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DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Realizado por:
Acaina Aizeque
Eliseu Botão
Madalena Da Piedade
Michaela agostinho
Docente:
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2023
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Realizado por:
Acaina Aizeque
Eliseu Botão
Madalena Da Piedade
Michaela agostinho
Docente:
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2023
I. INTRODUÇÃO
1
n° 1 do art. 19° SISTAFE.
1. Objectivos e Metodologia de investigação
1.1. Objectivo geral
Analisar o Processo Orçamental Moçambicano.
O Plano e Orçamento das autarquias locais, aprovado pela respectiva Assembleia, deve ser
submetido ao Governo até 1 de Setembro do ano anterior4.
2
n° 1 do art. 23° SISTAFE.
3
n° 2 do art. 23° SISTAFE.
4
n° 3 do art. 23° SISTAFE.
A proposta do Orçamento do Estado compõe-se do articulado da respectiva proposta de Lei
Orçamental e mapas orçamentais. Os mapas orçamentais compriendem:
2.2. Aprovação
Por sua vez, a Assembleia da República delibera sobre a proposta do Orçamento do Estado
até o dia 15 de Dezembro de cada ano7. Aprovado o Orçamento, o Governo fica autorizado a:
5
De acordo a al. m) do n° 2 do art. 178° da CRM.
6
n° 4 do art. 23° SISTAFE.
7
n° 5 do art. 23° SISTAFE.
a) Proceder á gestão e execução do Orçamento do Estado aprovado, adoptando as
medidas necessárias á cobrança de receitas previstas e à realização de despesas
fixadas;
b) Proceder à captação e canalização de recursos necessários, visando a utilização mais
racional possível das dotações orçamentais aprovadas e o princípio da melhor gestão
de tesouraria;
c) Proceder á abertura de créditos, nas cindições fixadas pela Assembleia da República,
para atender défices momentâneos de tesouraria.
d) Realizar operações de crédito por antecipação da receita, para atender défices
momentâneos de tesouraria.
2.3. Execução
Uma vez aprovado o orçamento e iniciado o ano económico, começam-se a cobrar as receitas
e a pagar as despesas.
Compete ao Governo executar e fazer executar o orçamento, sendo para tal coadjuvado pelo
conjunto da Administração Pública10. A execução orçamental deverá obedecer a dois
princípios básicos: o da utilização mais racional possível das dotações orçamentais aprovadas
e o da melhor gestão de tesouraria.
8
n° 6 do art. 23° SISTAFE.
9
n° 1 do art. 24° SISTAFE.
10
Al. e) do n° 1 do art. 203° da CRM.
As despesas só poderão ser assumidas durante o ano económico para o qual estiverem
orçamentadas e deverão sempre respeitar os princípios de economia (minimização dos
custos), eficiência (maximização dos resultados) e eficácia (obtenção dos resultados
pretendidos).
Para dar início à execução do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado e do Plano e
Orçamento dos órgãos de governação descentralizada, o Governo aprova as normas que se m
ostrem necessárias11.
a) Fixação, que consiste no processo de registo dos limites da despesa aprovadas pela
Lei que aprova o Plano Económico e Social e Orçamento do Estado;
b) Cabimento, que consiste no acto administrativo de verificação, registo e cativo do
valor do encargo a assumir pelo Estado de forma parcial ou total;
11
Art. 41° SISTAFE.
12
Al. a) a e) do art. 42° SISTAFE.
13
n° 2 do art. 42° SISTAFE.
c) Liquidação, que consiste no acto de verificação do direito adquirido pelo credor e
apuramento do valor que efectivamente há a pagar, tendo como base os documentos
comprovativos do respectivo crédito;
d) Pagamento, que consiste na entrega do valor ao titular do documento de despesa.
Não poderá liquidar e cobrar, nem inscrever no orçamento, uma receita que não esteja
autorizada por lei. A cobrança de um imposto pode, todavia, superar o montante
inscrito no orçamento, já que, ao contrário das despesas, para as quais são fixadas
limites máximos, as receitas são uma previsão. Podem variar de acordo com a
conjuntura económica e outros factores que estão fora do controlo do Governo.
Não poderá realizar despesas que, além de terem base legal, não se encontrem
inscritas no orçamento ou não tenham cabimento na correspondente verba orçamental,
isto é, superem o montante de verba fixado no orçamento.
À obrigatoriedade das receitas cobradas e das despesas efectuadas terem que estar
necessariamente inscritas no orçamento chama-se tipicidade orçamental. Convém, no entanto,
salientar que a tipicidade orçamental apresenta naturezas distintas, consoante se trate do
orçamento das despesas ou do orçamento das receitas:
No caso das receitas, apenas se condiciona a espécie de receita que poderá ser inscrita
no orçamento (tipicidade qualitativa), não o seu montante.
No caso das despesas, pelo contrário, impõem-se limites aos montantes que poderão
ser gastos (tipicidade quantitativa). Elas não poderão exceder as dotações globais
fixadas no orçamento: são autorizadas em espécie e em quantidade.
14
Disposto nas alíneas a) a J) do art. 5° SISTAFE.
b) Regularidade financeira, pelo qual a execução do Plano Económico e Social e
Orçamento do Estado deve estar em harmonia com as normas vigentes e
mediante o cumprimento dos prazos estabelecidos;
c) Economicidade, na base do qual se deve alcançar uma utilização racional dos
recursos postos à disposição e uma melhor gestão de tesouraria;
d) Eficiência, que se traduz na maximização dos benefícios com o menor custo;
e) Eficácia, que resulta na obtenção dos efeitos desejados com a medida
adoptada, procurando a maximização do seu impacto no desenvolvimento
económico e social;
f) Segregação de funções, que consiste na separação de responsabilidades entre
diferentes pessoas, especialmente as funções ou actividades-chave
potencialmente conflituantes;
g) Transparência, que consiste na disponibilização e divulgação, ao público em
geral, de informação sobre a planificação, orçamentação, execução, controla
monitoria e avaliação dos resultados na gestão do erário;
h) Boa-fé, na base do qual os servidores públicos devem agir com lealdade,
honestidade e equilíbrio sem lesar o Estado e os particulares;
i) Responsabilidade, que se traduz na obrigação da não assunção de actos
contrários a lei e no dever de prestação de contas;
j) Coordenação e articulação, que estabelece que a organização da administração
pública seja orientada de modo a permitir a planificação articulada.
A arrecadação e afectação de recursos seja feita de acordo com o que vem estipulado
no orçamento do Estado, de forma a evitar-se uma má utilização dos dinheiros
públicos e a ocorrência de desperdícios;
Os objectivos que se pretende alcancar com a execução orçamental, e que vêm
definidos no Plano Económico e Social, estejam a ser efectivamente cumpridos.
Com base nesta informação, o Governo deverá apresentar à Assembleia da República
relatórios trimestrais sobre a execução das despesas e das receitas e os financiamentos
recebidos pelo Estado. Neste caso, o controlo administrativo é acompanhado de um controlo
político-parlamentar.
Uma vez executado o orçamento e aprovada a Conta Geral do Estado, chega o momento de
se prestar contas: de se detectarem os erros e as irregularidades cometidas durante a execução
orçamental e de se apurarem responsabilidades.
A fiscalização visa assegurar que a execução orçamental não sofre desvios, cumprindo-se
assim os objectivos e a estratégia definidos no orçamento. Procura-se garantir que o
Executivo se mantém dentro dos limites impostos pela lei - os quais foram determinados pela
Assembleia da República aquando da aprovação da Lei do Orçamento – e evitar o
desperdício e a má utilização dos dinheiros públicos.
A fiscalização tem normalmente em vista as despesas, uma vez que o montante das receitas é
uma estimativa e está sujeito a variações, dependendo da conjuntura económica, entre outros
factores. A sua fiscalização é, por isso, menos rigorosa: limita-se a averiguar se as receitas
foram correctamente liquidadas e contabilizadas.
A fiscalização jurisdicional assume uma especial importância, não só pela sua “força”, mas
também pelo facto de depender de um orgão externo e independente do Governo. Garante-se,
assim, a separação do poder executivo e jurídico, essencial para o funcionamento de qualquer
democracia.
É de salientar que a fiscalização não incide apenas sobre a Conta-Geral do Estado: não é feita
somente depois de executado o orçamento. Ela é também realizada ao longo da própria
execução orçamental. Trata-se, neste caso, de uma fiscalização prévia, por oposição à
fiscalização sucessiva.
III. CONCLUSÃO
O Orçamento obedece regras específicas na sua elaboração cuja é elaborada pelo Governo
por meio da autorização do Assembleia da República e, por sua vez, a Assembleia da
República aprova-o e o Governo promove a execução do Orçamento do Estado na sua
execução ela obedece princípios já descritos na Lei do SISTAFE.
IV. BIBLIOGRAFIA