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3.Trabalho - Crimes contra o Meio Ambiente - DA II

Direito Ambiental (Universidade Regional de Blumenau)

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FURB – Fundação Universidade Regional de Blumenau


CCJ – Centro de Ciências Jurídicas da FURB – Curso de Direito – 9º semestre
Disciplina: Direito Ambiental II
Professor: Rodrigo Fernando Novelli

DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE

Dos Crimes contra a Fauna

Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a
autorização da autoridade ambiental competente:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa

 Classificação: Crime comissivo; comum; de perigo abstrato; doloso;


instantâneo; material; pode ser praticado de forma livre (por qualquer das
modalidades previstas); plurissubsistente e unissubjetivo.
 Objeto Jurídico: É a proteção ao meio ambiente. Busca evitar que o interesse
no lucro fácil, exportando as procuradas peles e couros de anfíbios e répteis,
acabe por dizimar a fauna silvestre. Destacadamente, a tutela recai sobre
espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória.
 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive a pessoa jurídica.
 Sujeito Passivo: A União Federal e a Coletividade.

 Objeto Material: É a pele ou o couro de répteis e anfíbios da fauna silvestre e


aquática nacional em bruto (sem que tenham sido manufaturados).

 Conduta: A conduta reprimida é a de exportar as peles e couros dos anfíbios e


répteis para o exterior, sem a autorização de autoridade ambiental competente.
Exportar seria mandar transportar para fora de um país, estado ou município.

 Consumação: Com a prática efetiva do ato de exportar. Isto é, dá-se com a saída
das peles e couros de répteis ou anfíbios do território nacional (conforme art. 23
do CTN).

 Tentativa: É possível a tentativa. O infrator pode ser surpreendido no momento


de atravessar a fronteira.

 Elemento Subjetivo: É o dolo, que não se presume. Basta o dolo genérico. Não
há forma culposa.

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

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Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e
licença expedida por autoridade competente:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

 Classificação: Crime comissivo; comum; de perigo abstrato; doloso; material,


plurissubsistente e unissubjetivo.

 Objeto Jurídico: É a proteção ao meio ambiente, em especial, à fauna nacional


ameaçada pelo ingresso de espécies sem o controle oficial.

 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive a pessoa jurídica.


 Sujeito Passivo: A União Federal e a Coletividade.

 Objeto Material: É o espécime animal alóctone (aquele que não é originário do


país onde habita), vivo, pois o que se procura proteger é sua atividade nociva.

 Conduta: Será o ato de introduzir o espécime em nosso território, sem a


autorização da autoridade administrativa.

 Consumação: Com a efetiva entrada do espécime animal no país, sem parecer


técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente.

 Tentativa: É possível. O ingresso poderá ser impedido por ação de autoridade.

 Elemento Subjetivo: É o dolo, que não se presume. Basta o dolo genérico. Não
há forma culposa.

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento


de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas
jurisdicionais brasileiras:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:
I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domínio
público;
II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença,
permissão ou autorização da autoridade competente;
III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de
moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.

 Classificação: Crime comissivo; comum; de perigo abstrato; doloso; material;


plurissubsistente e unissubjetivo.

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 Objeto Jurídico: É a proteção ao meio ambiente, assegurando especial proteção


à fauna aquática (fauna ictiológica) em suas variadas espécies.

 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive a pessoa jurídica.

 Sujeito Passivo: A coletividade. Eventualmente, o proprietário pode ser vítima,


assim como a União também pode figurar no polo passivo.

 Objeto Material: É a fauna aquática (fauna ictiológica). São as variadas formas


de vida animal que vivem, total ou temporariamente, nas águas.

 Conduta: No caput: Provocar (produzir ou causar) o perecimento de espécimes


da fauna aquática pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais; no
inciso I: Causar degradação (aniquilar); inciso II: Explorar (tirar proveito);
inciso III: fundear (ancorar, aportar) embarcações ou lançar (jogar) detritos.

 Consumação: Com a prática efetiva de qualquer das condutas previstas.

 Tentativa: Admite-se a tentativa em qualquer das modalidades previstas.

 Elemento Subjetivo: É o dolo, que não se presume. Basta o dolo genérico. Não
há forma culposa.

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por
órgão competente:
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos
permitidos;
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos,
petrechos, técnicas e métodos não permitidos;
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da
coleta, apanha e pesca proibidas.

 Classificação: Crime comissivo; comum; de forma livre; de perigo abstrato;


doloso; material; plurissubsistente e unissubjetivo.

 Objeto Jurídico: No caput: Proteção ao meio ambiente, assegurando especial


proteção à fauna aquática (fauna ictiológica); no inciso I: qualquer espécime de
fauna aquática que deva ser preservada ou com tamanho inferior ao permitido
para pesca; inciso II: espécimes de fauna aquática que tenham sido pescadas em
quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos,
petrechos, técnicas e métodos não permitidos; inciso III: espécimes provenientes
da coleta, apanha e pesca proibida.

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 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive a pessoa jurídica.

 Sujeito Passivo: A coletividade. Eventualmente pode ser o particular


(proprietário) ou a União (pesca no mar territorial).

 Objeto Material: É a fauna aquática (fauna ictiológica), especialmente os


peixes.

 Conduta: No caput: pescar em época proibida ou lugar interditado; no


parágrafo único, inciso I: pescar espécies que devam ser preservadas ou
espécimes com tamanho inferior ao permitido; no inciso II: pescar quantidades
superiores ao permitido ou mediante a utilização de instrumentos vedados; no
inciso III: transportar, comercializar, beneficiar ou industrializar, ou seja,
colaborar para que a pesca predatória seja uma atividade lucrativa.

 Consumação: No caput e no parágrafo único, incisos I e II: a efetiva pesca de


qualquer espécime alcançado pela proteção penal específica do tipo em
comento; no inciso III: com a prática efetiva de qualquer das condutas previstas.

 Tentativa: É possível, em qualquer das modalidades previstas.

 Elemento Subjetivo: É o dolo, que não se presume. Basta o dolo genérico. Não
há forma culposa.

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

Art. 35. Pescar mediante a utilização de:

I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante;


II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:
Pena - reclusão de um ano a cinco anos.

 Classificação: Crime doloso; comum; comissivo; instantâneo; podendo em


alguns casos ser praticado de forma permanente; de perigo abstrato;
plurissubsistente; material e unissubjetivo.

 Objeto Jurídico: É a proteção ao meio ambiente, especialmente a fauna


aquática (fauna ictiológica).

 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive a pessoa jurídica.

 Sujeito Passivo: Coletividade. Eventualmente, o proprietário pode ser vítima,


assim como a União também pode figurar no polo passivo.

 Objeto Material: São as espécies de fauna aquática.

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 Conduta: Pescar com o uso de explosivos ou substância explosiva ou


substâncias tóxicas ou outro meio proibido pela autoridade competente.

 Consumação: Com a prática de qualquer das condutas previstas.

 Tentativa: É admitida.

 Elemento Subjetivo: É o dolo, que não se presume. Basta o dolo genérico. Não
há forma culposa.

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

Dos Crimes contra a Flora

Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo


que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

 Classificação: Crime comum; comissivo; de perigo abstrato; instantâneo nas


modalidades destruir e danificar e permanente na modalidade utilizar; material;
pode ser doloso ou culposo; plurissubsistente e unissubjetivo.

 Objeto Jurídico: A proteção ao meio ambiente, especialmente as florestas


consideradas de preservação permanente.

 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive a pessoa jurídica.

 Sujeito Passivo: A coletividade. Indiretamente pode ser o proprietário (pessoa


física ou jurídica) ou o possuidor do imóvel que venha a sofrer a ação ilícita.

 Objeto Material: A floresta considerada de preservação permanente, ainda que


em formação.

 Conduta: Destruir; danificar (crimes de dano) e utilizar (crime de perigo)


floresta de preservação permanente.

 Consumação: Com a prática de qualquer das condutas.

 Tentativa: Admite-se a tentativa na modalidade dolosa (destruir ou danificar);


não admite tentativa quando o infrator utilizar a floresta de preservação
permanente com infringência das normas de proteção.

 Elemento Subjetivo: É o dolo, que não se presume. Basta o dolo genérico.


Admite-se a forma culposa (que reduz a pena à metade).

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

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Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem


permissão da autoridade competente:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

 Classificação: Crime comum; comissivo; doloso; de forma livre; de perigo


abstrato; instantâneo; material; plurissubsistente e unissubjetivo.

 Objeto Jurídico: Proteção ao meio ambiente, em especial às árvores localizadas


em florestas consideradas de preservação permanente.

 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive a pessoa jurídica.

 Sujeito Passivo: A coletividade. Indiretamente, o proprietário ou possuidor.

 Objeto Material: Qualquer árvore situada em floresta considerada de


preservação permanente.

 Conduta: Cortar árvores.

 Consumação: A partir do corte das árvores.

 Tentativa: É possível.

 Elemento Subjetivo: É o dolo, que não se presume. Basta o dolo genérico. Não
há forma culposa.

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:


Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e
multa.

 Classificação: Crime doloso; comum; comissivo; instantâneo; de forma livre; de


perigo abstrato; material; pode ser doloso ou culposo; plurissubsistente e
unissubjetivo.

 Objeto Jurídico: Proteção ao meio ambiente, destacadamente as matas e


florestas.

 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive a pessoa jurídica.

 Sujeito Passivo: A coletividade. Indiretamente o proprietário ou possuidor do


imóvel e / ou da floresta.

 Objeto Material: A mata ou a floresta.

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 Conduta: Provocar (causar, produzir, originar) fogo.

 Consumação: Com a provocação do incêndio, sem necessidade da ocorrência


de dano.

 Tentativa: É possível.

 Elemento Subjetivo: É o dolo, que não se presume. Basta o dolo genérico.


Admite-se a forma culposa, com pena mais branda.

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

Da Poluição e outros Crimes Ambientais


Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam
resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a
destruição significativa da flora:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
§ 2º Se o crime:
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos
habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público
de água de uma comunidade;
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos
ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou
regulamentos:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar,
quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco
de dano ambiental grave ou irreversível.

 Classificação: Crime comum; comissivo, em regra, e omissivo próprio na


modalidade de deixar de adotar, prevista no §3º; de forma livre; doloso ou
culposo; de perigo abstrato; instantâneo; pode ser material ou formal;
pluriofensivo; plurissubsistente e unissubjetivo.

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 Objeto Jurídico: É a proteção ao meio ambiente (fauna e flora) e à saúde


humana; a incolumidade pública.

 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive a pessoa jurídica.

 Sujeito Passivo: A coletividade.

 Objeto Material: O ser humano e as diversas espécies da fauna e flora.

 Conduta: Causar poluição ou deixar de adotar medida de precaução em caso de


risco de dano ambiental grave ou irresistível.

 Consumação: Com a prática efetiva de qualquer das condutas previstas.

 Tentativa: É possível apenas quando se tratar de crime doloso. Não se admite


tentativa em crime culposo.

 Elemento Subjetivo: É o dolo, que não se presume. Basta o dolo genérico.


Admite-se a forma culposa, com pena mais branda.

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente
autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a área pesquisada
ou explorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação
do órgão competente.

 Classificação: Caput: comissivo; comum; de forma livre; de mera conduta nas


modalidades pesquisa ou lavra; formal na modalidade extração; de perigo
abstrato; doloso; instantâneo; plurissubsistente e unissubjetivo. Parágrafo único:
omissivo; de forma livre; de perigo abstrato; doloso; formal; instantâneo;
plurissubsistente; próprio e unissubjetivo.

 Objeto Jurídico: Proteção ao meio ambiente, em sentido amplo.

 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive a pessoa jurídica.

 Sujeito Passivo: A coletividade. Secundariamente, o órgão que deveria dar a


autorização, permissão, concessão ou licença, ou que a deu e o sujeito ativo
utilizou para finalidade diversa.

 Objeto Material: Compreende o solo, o subsolo e toda forma de vegetação


existente no local em que se tenha realizado pesquisa, lavra ou extração de
recursos minerais.

 Conduta: Executar (realizar) pesquisa, lavra ou extração.

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 Consumação: Com a prática de qualquer das condutas previstas.

 Tentativa: É possível somente em relação as modalidades comissivas previstas


no caput. No delito omissivo previsto no parágrafo único, não se admite
tentativa.

 Elemento Subjetivo: É o dolo, que não se presume. Basta o dolo genérico. Não
há forma culposa.

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural


Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido
por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico,
ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou
monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a
concedida:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

 Classificação: Crime comissivo; comum; de forma livre; doloso; instantâneo;


material; plurissubsistente e unissubjetivo.

 Objeto Jurídico: Proteção do patrimônio cultural e do meio ambiente.

 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive a pessoa jurídica.

 Sujeito Passivo: A coletividade. Podendo, de mediato, ser o proprietário do


bem.

 Objeto Material: A edificação ou o local especialmente protegido por lei, ato


administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico,
turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou
monumental.

 Conduta: Alterar (modificar, transformar) o aspecto ou a estrutura.

 Consumação: Consuma-se o crime com a alteração efetiva. Trata-se de um


crime de dano, portanto exige o resultado para consumar-se.

 Tentativa: É possível a tentativa.

 Elemento Subjetivo: É o dolo, que não se presume. Basta o dolo genérico. Não
há forma culposa.

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim
considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico,

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cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da


autoridade competente ou em desacordo com a concedida:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

 Classificação: Crime comissivo; comum; de forma livre; de perigo abstrato;


doloso; formal; instantâneo; material; plurissubsistente e unissubjetivo.

 Objeto Jurídico: Proteção cultural e do meio ambiente.

 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive a pessoa jurídica.

 Sujeito Passivo: A coletividade. Secundariamente, a pessoa detentora do


domínio do solo não edificável.

 Objeto Material: É o solo não edificável, ou o seu entorno, em razão das


particularidades apontadas no tipo de ilícito.

 Conduta: Consiste em promover a construção (edificar ou reformar).

 Consumação: Com a construção em solo não edificável ou no seu entorno.

 Tentativa: É possível a tentativa.

 Elemento Subjetivo: É o dolo, que não se presume. Basta o dolo genérico. Não
há forma culposa.

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

Dos Crimes contra a Administração Ambiental


Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade,
sonegar informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou
de licenciamento ambiental:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

 Classificação: Crime comissivo na modalidade fazer afirmação falsa ou


enganosa; omissivo nas modalidades omitir ou sonegar; de ação múltipla ou de
conteúdo variado; de forma livre; de perigo abstrato; doloso; formal;
instantâneo; próprio; unissubsistente e unissubjetivo.

 Objeto Jurídico: A Administração Pública e o meio ambiente.

 Sujeito Ativo: Crime próprio que somente pode ser praticado por funcionário
público (conceito, para fins penais, previsto no art. 327, caput, do CP): “[...]
quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou
função pública.”.

 Sujeito Passivo: É a coletividade e a Administração Pública Ambiental.

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 Objeto Material: É o procedimento de autorização ou de licenciamento. O


documento específico que tenha materializado qualquer das características
previstas no caput.

 Conduta: Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa (crime


comissivo) ou omitir ou sonegar informações ou dados técnico-científicos
(crime omissivo), especialmente em procedimentos de autorização ou de
licenciamento ambiental.

 Consumação: Com a ação ou omissão, independentemente do resultado.

 Tentativa: Não se admite a tentativa.

 Elemento Subjetivo: É o dolo, que não se presume. Basta o dolo genérico. Não
há forma culposa.

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em


desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja
realização depende de ato autorizativo do Poder Público:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano de detenção,
sem prejuízo da multa.

 Classificação: Crime comissivo; de forma livre; de perigo abstrato; doloso


(caput) ou culposo (parágrafo único); formal; instantâneo; próprio;
plurissubsistente e unissubjetivo.

 Objeto Jurídico: A administração pública e o meio ambiente.

 Sujeito Ativo: Crime próprio que somente pode ser praticado por funcionário
público (conceito, para fins penais, previsto no art. 327, caput, do CP): “[...]
quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou
função pública.”.

 Sujeito Passivo: É a coletividade e a Administração Pública Ambiental.

 Objeto Material: É a licença, autorização ou permissão concedida em


desacordo com as normas ambientais.

 Conduta: É o ato de concessão irregular.

 Consumação: Dá-se com a expedição do ato administrativo (licença,


autorização ou permissão), independentemente de vir ou não a ser executada ou
de causar danos ambientais.

 Tentativa: É possível, exceto quando se tratar de crime culposo.

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Admite-se a forma culposa com pena mais branda.

 Ação Penal: Pública incondicionada (art. 26 da Lei 9.605/98).

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