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INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS

NATURAIS RENOVÁVEIS (IBAMA)


LEGISLAÇÃO DO SETOR DE MEIO AMBIENTE (IBAMA) – TÉCNICO
ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS)
AULA 4
PROF: RICARDO GOMES

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS


RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS (IBAMA)
Prezados Concurseiros e futuros Técnicos do IBAMA!

Aula 4 de Legislação do Setor do Meio Ambiente!

Desejo a todos sucesso nessa trajetória até a data da prova!


Agora vamos lá!
Ricardo Gomes
Por sua aprovação!

QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

• Lei nº 9.605/1998 (Crimes Contra o Meio Ambiente) –


continuação:
o Crimes contra a Fauna;
o Crimes contra a Flora.

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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Lei nº 9.605/1998 (Infrações e Crimes Contra o Meio


Ambiente).

Crimes contra o Meio Ambiente.

1. Crimes contra a FAUNA.

A FAUNA consiste no conjunto da vida ANIMAL de determinada


região. Já a FLORA é o conjunto de espécies VEGETAIS da respectiva
região.

 FAUNA – vida Animal;


 FLORA – espécies Vegetais.
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Os Crimes contra a FAUNA são crimes contra a vida animal.
São diversos os Tipos Penais contra a Fauna previstos na Lei dos
Crimes Ambientais. Os tipos penais são as espécies de crimes, isto é, a
descrição, em abstrato, de condutas criminosas específicas.
Uma dica importante é que a pena em si não é tão importante,
mas é considerada mais relevante a conduta tipificada e as peculiaridades de
cada crime. Algumas bancas até cobram as penalidades dos crimes, mas o
mais importante são as condutas penais tipificadas.
Em melhor didática, classificarei os Tipos Penais em sequencia.
Tipos Penais de Crimes contra a FAUNA:

1) Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da


FAUNA silvestre, nativos ou em rota migratória, SEM
a devida permissão, licença ou autorização da autoridade
competente, ou em desacordo com a autorização
obtida.
A Fauna Silvestre é formada por todos aqueles animais
pertencentes às espécies nativas, migratórias e
quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham
todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos
limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais
brasileiras.
Observe que é possível praticar tais atos e não ser crime
se houver autorização, permissão ou licença da
autoridade competente e for realizado de acordo com
esta. Assim, é possível matar animais silvestres se houver
permissão legal e regulamentar expressa. Ex: se houver
permissão de caça profissional. Esta é uma prática
bastante combatida, mas prevista em tese.

Lei nº 5.197/67
Art. 1º. Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do
seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro,
constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida a
sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha.
§ 1º Se peculiaridades regionais comportarem o exercício da caça,
a permissão será estabelecida em ato regulamentador do Poder
Público Federal.

Também comete o mesmo crime e se submete às penas


da lei aquele que cometer as seguintes condutas:
1. impede a procriação da fauna, sem licença,
autorização ou em desacordo com a obtida;
2. modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou
criadouro natural;
3. vende, expõe à venda, exporta ou adquire,
guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza
ou transporta ovos, larvas ou espécimes da
fauna silvestre, nativa ou em rota migratória,
bem como produtos e objetos dela oriundos,
provenientes de criadouros não autorizados
ou sem a devida permissão, licença ou
autorização da autoridade competente.
Observem que muitos de nós já pode ter cometido alguma
das condutas acima descritas, que são caracterizadas
como Crime contra a Fauna. Portanto, cuidado na
aquisição de animais silvestres, pois estes devem ser
oriundos de criadouros autorizados e devidamente
registrados no IBAMA.
A Lei prevê em caso de simples guarda doméstica de
espécie silvestre (Ex: guarda de papagaio sem o devido
registro no IBAMA) que NÃO seja ameaçado de extinção,
pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de
aplicar a pena.

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Quem comete tais crimes se sujeita à PENA de Detenção
(prisão simples) de 6 MESES a 1 ANO e MULTA.
Esta Pena pode ser aumentada pela METADE, se o crime
é praticado com as seguintes circunstâncias (causas de
aumento de pena):
a) contra espécie RARA ou considerada ameaçada
de extinção, ainda que somente no local da
infração;
b) em período proibido à caça;
c) durante a noite (fora da fiscalização);
d) com abuso de licença (acima dos limites
definidos na licença);
e) em unidade de conservação;
f) com emprego de métodos ou instrumentos
capazes de provocar destruição em massa.

A Pena pode ser aumentada até o TRIPLO (3 VEZES), se


o crime decorre do exercício de caça profissional.
Obs: Cuidado! Estes crimes NÃO se aplicam aos atos de
PESCA, que têm crimes específicos.

2) Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e


répteis em bruto, SEM a autorização da autoridade
ambiental competente.
O termo legal “exportar para o exterior” não é
redundância, pois a tipificação poderia ser exportar para
qualquer região, interna ou externa.
Quem comete este crime se sujeita à PENA de Reclusão
de 1 a 3 ANOS e MULTA.

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3) Introduzir espécime animal no País, SEM parecer
técnico oficial favorável e licença expedida por
autoridade competente.
Em regulamento próprio, a entrada de animais
estrangeiros no país depende de algumas condições, bem
como a Lei Penal exige o parecer técnico oficial favorável e
licença específica. O desrespeito a tal exigência implica em
conduta criminosa.

Decreto 24548/34
Art. 4º São condições essenciais para a entrada no país de animais
procedentes do estrangeiro:
a) apresentação de certificado sanitário de origem, firmado por
veterinário oficial:
b) apresentação, segundo os casos, de certificado oficial de
tuberculinização, maleinização, sôro aglutinação, de bracelas e
salmonela pulorum;

PENALIDADE: detenção (prisão simples), de 3 MESES a


1 ANO e MULTA.

4) Crime de Maus-tratos: praticar ato de abuso, maus-


tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos
ou domesticados, nativos ou exóticos.
Esta é uma previsão penal que certamente já
presenciamos em nosso dia-a-dia. Contudo, a
perversidade com animais é considerada crime ambiental,
punível com Detenção de 3 MESES a 1 ANO e MULTA.

Também incorrem nas mesmas penas quem realiza


experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda
que para fins didáticos ou científicos, quando existirem

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recursos alternativos.
Neste caso, a Lei proíbe as experiências científicas
dolorosas e cruéis, salvo se não existir nenhum outro
recurso alternativo. Assim, o simples argumento utilizado
por laboratórios e pela indústria farmacêutica de que as
experiências realizadas são apenas para fins científicos
não afasta a tipificação penal. A Lei só admite tais
experiências se ficar comprovado que não existem
quaisquer outros recursos alternativos (sendo exceção da
exceção!).
É causa de aumento de pena (de 1/6 a 1/3) a morte do
animal em tais experiências.

5) Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de


materiais, o perecimento de espécimes da fauna
aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías
ou águas jurisdicionais brasileiras.
Exemplo: Empresa que derrama sobre um lago todos os
dejetos produzidos, ocasionando o completo perecimento
de alguma espécime aquática (peixes e outros animais
aquáticos).
PENALIDADE: detenção (prisão simples), de 3 MESES a
1 ANO OU apenas MULTA. Será possível também
cumulação de penalidades: detenção + multa.
Também comete o mesmo crime e se submete às penas
da lei aquele que cometer as seguintes condutas:
1. causa degradação em viveiros, açudes ou
estações de aquicultura de domínio público;
2. quem explora campos naturais de
invertebrados aquáticos e algas, sem licença,
permissão ou autorização da autoridade
competente (ex: campos de camarões e
caranguejos);
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3. fundeia embarcações (atracação) ou lança
detritos de qualquer natureza sobre bancos
de moluscos ou corais, devidamente
demarcados em carta náutica.

6) Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em


lugares interditados por órgão competente.
A Pesca NÃO é crime! Será crime quando for proibida pela
localidade ou pelo momento (ex: piracema), bem como se
o lugar estiver interditado por qualquer motivo natural ou
humano.

PENALIDADE: detenção (prisão simples), de 3 MESES a


1 ANO OU apenas MULTA. Será possível também
cumulação de penalidades: detenção + multa.

Também comete o mesmo crime e se submete às penas


da lei aquele que cometer as seguintes condutas:
1. pesca espécies que devam ser preservadas
ou espécimes com tamanhos inferiores aos
permitidos (Ex: pesca de lagosta ainda bem
pequenas, em desacordo às normas de pescas
marítimas);
2. pesca quantidades superiores às permitidas,
ou mediante a utilização de aparelhos,
petrechos, técnicas e métodos não permitidos
(Ex: utilização de redes ilegais para pesca –
esta técnica acaba por matar diversos outros
peixes e animais aquáticos);
3. transporta, comercializa, beneficia ou
industrializa espécimes provenientes da
coleta, apanha e pesca proibidas (atenção,
pois o simples transporte de peixes
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provenientes de pesca proibida é também
considerado crime – esta conduta é muito
comum em pescarias realizadas de forma
“inocente”, especialmente no Centro-Oeste e
na Região Amazônica.

7) Pescar mediante a utilização de:


1. explosivos ou substâncias que, em contato
com a água, produzam efeito semelhante (Ex:
utilização de Bombas – matam diversos peixes
e animais aquáticos);
2. substâncias tóxicas, ou outro meio proibido
pela autoridade competente.

PENALIDADE: reclusão de 1 ANO a 5 ANOS.

Conceito de Pesca.
Conceito Legal de PESCA para fins Penais: todo ato tendente a
retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos
dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não
de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de
extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.

Causas de Exclusão do Crime.


São causas Excludentes da Ilicitude (Causas em que NÃO há
crime – não se considera criminosa a conduta) – o abate de animal realizado:

1) em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou


de sua família;
2) para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação
predatória ou destruidora de animais, desde que legal e
expressamente autorizado pela autoridade competente (Ex:

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abate de Felinos que estejam ameaçando a criação de gados
de determinada Fazenda, desde que autorizado);
3) por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado
pelo órgão competente.

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2. Crimes contra a Flora.

Tipos Penais de Crimes contra a FLORA:

1) Destruir ou danificar floresta considerada de preservação


permanente (nos termos da Lei nº 4771/65), mesmo se
ainda em formação, ou utilizá-la com infringência das normas
de proteção. Exemplo: desmatar acima dos limites legais.

PENALIDADE: detenção (prisão simples), de 3 MESES a 1


ANO OU apenas MULTA. Será possível também cumulação
de penalidades: detenção + multa.
Este crime pode ser praticado na modalidade culposa (com
culpa e sem dolo), com pena reduzida à METADE.

2) Destruir ou danificar vegetação primária ou


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secundária, em estágio avançado ou médio de
regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com
infringência das normas de proteção.
Segundo a Resolução do CONAMA nº 392/2007, considera-
se:
• vegetação primária - aquela de máxima expressão
local com grande diversidade biológica, sendo os
efeitos das ações antrópicas mínimos ou ausentes a
ponto de não afetar significativamente suas
características originais de estrutura e espécies.
• vegetação secundaria ou em regeneração - aquela
resultante dos processos naturais de sucessão, após
supressão total ou parcial da vegetação primaria por
ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer
árvores remanescentes da vegetação primária.

PENALIDADE: detenção (prisão simples), de 1 ANO a 3


ANOS OU apenas MULTA. Será possível também cumulação
de penalidades: detenção + multa.
Este crime pode ser praticado na modalidade culposa (com
culpa e sem dolo), com pena reduzida à METADE.

3) Cortar árvores em floresta considerada de preservação


permanente, SEM permissão da autoridade competente.

PENALIDADE: detenção (prisão simples), de 1 ANO a 3


ANOS OU apenas MULTA. Será possível também cumulação
de penalidades: detenção + multa.

4) Causar dano direto ou indireto às Unidades de


Conservação e às áreas que circulam as Unidades de
Conservação em Raio de até 10Km, independentemente de
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sua localização.

São consideradas Unidades de Conservação de Proteção


Integral:
• Estações Ecológicas;
• Reservas Biológicas;
• Parques Nacionais;
• Monumentos Naturais;
• Refúgios de Vida Silvestre.

PENALIDADE: reclusão de 1 ANO a 5 ANOS.

Causa de Aumento de Pena: ocorrência de dano afetando


espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades
de Conservação de Proteção Integral.
Este crime pode ser praticado na modalidade culposa (com
culpa e sem dolo), com pena reduzida à METADE.

5) Provocar incêndio em mata ou floresta.


Este crime tem uma pena mais elevada dado o grande dano
social e ambiental ocasionado pelos incêndios criminosos.
Tais incêndios são os grandes responsáveis pela emissão de
CO2 para a atmosfera, ensejando aumento do efeito estufa.

PENALIDADE se o crime é DOLOSO: reclusão de 2


ANOS a 4 ANOS e MULTA.
PENALIDADE se o crime é CULPOSO: detenção de 6
MESES a 1 ANO e MULTA.

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6) Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam
provocar incêndios nas florestas e demais formas de
vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de
assentamento humano.
A prática criminosa de soltar balões gera uma série de
problemas: ambientais, sociais, aeroespaciais, etc. Por serem
alimentados por botijões de gás e fogo intenso, são
comumente causas de incêndios florestais.

PENALIDADE: detenção (prisão simples), de 1 ANO a 3


ANOS OU apenas MULTA. Será possível também cumulação
de penalidades: detenção + multa.

7) Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de


preservação permanente, SEM prévia autorização, pedra,
areia, cal ou qualquer espécie de minerais.
O processo de mineração em Florestas e em áreas de
preservação permanente é bastante sensível, sendo regido
por regras duras e bastante restritivas. Assim, eventual
infringência aos normativos específicos poderá ensejar na
prática de crime ambiental contra a flora.

PENALIDADE: detenção de 6 MESES a 1 ANO e


MULTA.

8) Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim


classificada por ato do Poder Público, para fins industriais,
energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou
não, em desacordo com as determinações legais.
As Madeiras de Lei são aquelas de alto valor comercial por
qualidade e resistência superiores. Ex: Jatobá, Pau-Brasil,
Jacarandá, etc. Imagine transformar uma madeira nobre em

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simples carvão para churrasco...

PENALIDADE: reclusão de 1 ANO a 2 ANOS e MULTA.

9) Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais,


madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem
vegetal, SEM exigir a exibição de licença do vendedor,
outorgada pela autoridade competente, e SEM munir-se da
via que deverá acompanhar o produto até final
beneficiamento.
O desrespeito às regras administrativas ambientais, neste
caso, também é considerado crime. Assim, não apenas quem
corta a madeira ilegal, mas quem recebe ou adquire para fins
comerciais ou industriais também responde penalmente.

PENALIDADE: detenção de 6 MESES a 1 ANO e MULTA.

Também comete o mesmo crime e se submete às penas da


lei aquele que vende, expõe à venda, tem em depósito,
transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros
produtos de origem vegetal, SEM licença válida para todo o
tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela
autoridade competente.

10) Impedir ou dificultar a regeneração natural de


florestas e demais formas de vegetação.

PENALIDADE: detenção de 6 MESES a 1 ANO e MULTA.

11) Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer


modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros
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públicos ou em propriedade privada alheia.
Exemplo: destruir plantas e árvores de praças ou parques
públicos.

PENALIDADE se o crime é DOLOSO: detenção (prisão


simples), de 3 MESES a 1 ANO OU apenas MULTA. Será
possível também cumulação de penalidades: detenção +
multa.
PENALIDADE se o crime é CULPOSO: detenção de 1 a 6
MESES OU MULTA.

12) Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas


ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues,
objeto de especial preservação.

PENALIDADE: detenção (prisão simples), de 3 MESES a 1


ANO e apenas MULTA.

13) Desmatar, explorar economicamente ou degradar


floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou
devolutas, SEM autorização do órgão competente.

PENALIDADE: reclusão de 2 ANOS a 4 ANOS e MULTA.

Atenção!
Na hipótese da área ser superior a 1.000 ha (mil
hectares), a pena será aumentada de 1 ANO por cada
milhar de hectare a mais. Exemplo: se a pena aplicada for de
2 ANOS e a área total degrada for de 5.000 hectares, a pena
será aumentada em 4 ANOS (total = 6 ANOS de pena).

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Caso esta conduta (desmatamento, degradação de


florestas...) seja realizada para a simples subsistência
imediata pessoal do agente ou de sua família, NÃO se
considera crime – causa excludente da ilicitude.

14) Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e


nas demais formas de vegetação, SEM licença ou registro da
autoridade competente.
A comercialização e a utilização da motosserra sem
autorização ou registro são considerados crimes.

PENALIDADE: detenção (prisão simples), de 3 MESES a 1


ANO e apenas MULTA.

15) Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo


substâncias ou instrumentos próprios para caça (ex: armas
específicas de caça) ou para exploração de produtos ou
subprodutos florestais, SEM licença da autoridade
competente:

PENALIDADE: detenção (prisão simples), de 6 MESES a 1


ANO e apenas MULTA.

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Causas Gerais de Aumento de Pena.


Os Crimes Ambientais contra a FLORA têm suas penas
aumentadas de 1/6 a 1/3 nas seguintes hipóteses (causas de aumento de
pena):
a. do fato resulta a diminuição de águas naturais, a
erosão do solo ou a modificação do regime
climático;
b. se o crime é cometido:
1. no período de queda das sementes;
2. no período de formação de vegetações;
3. contra espécies raras ou ameaçadas de
extinção, ainda que a ameaça ocorra
somente no local da infração;
4. em época de seca ou inundação;
5. durante a noite, em domingo ou feriado
(fora da fiscalização);

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 54. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
É correto afirmar que caçar animal nativo sem a devida permissão da
autoridade competente é considerado crime contra a fauna.

COMENTÁRIOS:
Tipos Penais de Crimes contra a FAUNA:

1) Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da


FAUNA silvestre, nativos ou em rota migratória, SEM
a devida permissão, licença ou autorização da autoridade
competente, ou em desacordo com a autorização
obtida.
A Fauna Silvestre é formada por todos aqueles animais
pertencentes às espécies nativas, migratórias e
quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham
todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos
limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais
brasileiras.
Observe que é possível praticar tais atos e não ser crime
se houver autorização, permissão ou licença da
autoridade competente e for realizado de acordo com
esta. Assim, é possível matar animais silvestres se houver
permissão legal e regulamentar expressa. Ex: se houver
permissão de caça profissional. Esta é uma prática
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Lei nº 5.197/67
Art. 1º. Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do
seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro,
constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e
criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida a
sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha.
§ 1º Se peculiaridades regionais comportarem o exercício da caça,
a permissão será estabelecida em ato regulamentador do Poder
Público Federal.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 55. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
Se uma pessoa impedir a procriação da fauna, sem a licença necessária, bem
como se destruir criadouro natural, cometerá apenas infração ambiental de
natureza administrativa.

COMENTÁRIOS:
Também comete o mesmo crime e se submete às penas
da lei aquele que cometer as seguintes condutas:
1. impede a procriação da fauna, sem licença,
autorização ou em desacordo com a obtida;
2. modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou
criadouro natural;
3. vende, expõe à venda, exporta ou adquire,
guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza
ou transporta ovos, larvas ou espécimes da
fauna silvestre, nativa ou em rota migratória,
bem como produtos e objetos dela oriundos,

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provenientes de criadouros não autorizados
ou sem a devida permissão, licença ou
autorização da autoridade competente.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 56. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
A Lei permite que o Juiz simplesmente deixe de aplicar a pena se, apesar da
conduta do réu enquadrar-se nas hipóteses de crime ambiental, mas for de
simples guarda doméstica de espécie silvestre ameaçada de extinção.

COMENTÁRIOS:
A Lei prevê em caso de simples guarda doméstica de espécie
silvestre (Ex: guarda de papagaio sem o devido registro no IBAMA) que NÃO
seja ameaçado de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar
de aplicar a pena.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 57. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
É correto afirmar que se uma pessoa matar animal silvestre em caça
profissional, sua pena poderá ser aumentada até o triplo, inclusive quanto aos
atos de pesca.

COMENTÁRIOS:
A Pena pode ser aumentada até o TRIPLO (3 VEZES), se o crime
decorre do exercício de caça profissional.
Obs: Cuidado! Estes crimes NÃO se aplicam aos atos de PESCA,

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que têm crimes específicos.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 58. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
A simples introdução de espécime animal no país, mesmo com parecer técnico
oficial favorável e licença específica, pode ensejar crime contra a fauna.

COMENTÁRIOS:
Tipos Penais de Crimes contra a FAUNA:
1) Introduzir espécime animal no País, SEM parecer
técnico oficial favorável e licença expedida por
autoridade competente.
Em regulamento próprio, a entrada de animais
estrangeiros no país depende de algumas condições, bem
como a Lei Penal exige o parecer técnico oficial favorável e
licença específica. O desrespeito a tal exigência implica em
conduta criminosa.
No caso, como há o parecer técnico e licença, não há
crime.

Decreto 24548/34
Art. 4º São condições essenciais para a entrada no país de animais
procedentes do estrangeiro:
a) apresentação de certificado sanitário de origem, firmado por
veterinário oficial:
b) apresentação, segundo os casos, de certificado oficial de
tuberculinização, maleinização, sôro aglutinação, de bracelas e
salmonela pulorum;

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RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 59. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
Considera-se crime contra a fauna a prática de maus-tratos aos animais,
inclusive em experiência dolorosa para fins didáticos ou científicos se houver
outros recursos alternativos.

COMENTÁRIOS:
Tipos Penais de Crimes contra a FAUNA:
1) Crime de Maus-tratos: praticar ato de abuso,
maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,
domésticos ou domesticados, nativos ou
exóticos.
Esta é uma previsão penal que certamente já
presenciamos em nosso dia-a-dia. Contudo, a
perversidade com animais é considerada crime ambiental,
punível com Detenção de 3 MESES a 1 ANO e MULTA.

Também incorrem nas mesmas penas quem realiza


experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda
que para fins didáticos ou científicos, quando existirem
recursos alternativos.
Neste caso, a Lei proíbe as experiências científicas
dolorosas e cruéis, salvo se não existir nenhum outro
recurso alternativo. Assim, o simples argumento utilizado
por laboratórios e pela indústria farmacêutica de que as
experiências realizadas são apenas para fins científicos
não afasta a tipificação penal. A Lei só admite tais
experiências se ficar comprovado que não existem
quaisquer outros recursos alternativos (sendo exceção da
exceção!).

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É causa de aumento de pena (de 1/6 a 1/3) a morte do
animal em tais experiências.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 60. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
A pesca realizada em lugares interditados é considerada crime ambiental,
punível com detenção de 3 meses a 1 ano ou multa.

COMENTÁRIOS:
Tipos Penais de Crimes contra a FAUNA:
1) Pescar em período no qual a pesca seja
proibida ou em lugares interditados por
órgão competente.
A Pesca NÃO é crime! Será crime quando for proibida pela
localidade ou pelo momento (ex: piracema), bem como se
o lugar estiver interditado por qualquer motivo natural ou
humano.

PENALIDADE: detenção (prisão simples), de 3 MESES a


1 ANO OU apenas MULTA. Será possível também
cumulação de penalidades: detenção + multa.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 61. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
A pesca por meio de explosivos ou substâncias tóxicas é considerada crime
específico contra a fauna.

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COMENTÁRIOS:
Tipos Penais de Crimes contra a FAUNA:
1) Pescar mediante a utilização de:
1. explosivos ou substâncias que, em contato
com a água, produzam efeito semelhante (Ex:
utilização de Bombas – matam diversos peixes
e animais aquáticos);
2. substâncias tóxicas, ou outro meio proibido
pela autoridade competente.

PENALIDADE: reclusão de 1 ANO a 5 ANOS.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 62. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
Em matéria de crimes contra a fauna, o abate de animal nocivo, devidamente
caracterizado pelo órgão competente, e em caso de estado de necessidade
para alimentação do agente, são consideradas causas excludentes do crime.

COMENTÁRIOS:
São causas Excludentes da Ilicitude (Causas em que NÃO há
crime – não se considera criminosa a conduta) – o abate de animal realizado:

1) em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou


de sua família;
2) para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação
predatória ou destruidora de animais, desde que legal e
expressamente autorizado pela autoridade competente (Ex:
abate de Felinos que estejam ameaçando a criação de gados

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de determinada Fazenda, desde que autorizado);
3) por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado
pelo órgão competente.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 63. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
A simples danificação da floresta de preservação permanente não é
considerado crime ambiental, mas a danificação da vegetação primária ou
secundária, sim.

COMENTÁRIOS:
Tipos Penais de Crimes contra a FLORA:

1) Destruir ou danificar floresta considerada de preservação


permanente (nos termos da Lei nº 4771/65), mesmo se
ainda em formação, ou utilizá-la com infringência das normas
de proteção. Exemplo: desmatar acima dos limites legais.

PENALIDADE: detenção (prisão simples), de 3 MESES a 1


ANO OU apenas MULTA. Será possível também cumulação
de penalidades: detenção + multa.
Este crime pode ser praticado na modalidade culposa (com
culpa e sem dolo), com pena reduzida à METADE.

2) Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária,


em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma
Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de
proteção.

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Segundo a Resolução do CONAMA nº 392/2007, considera-
se:
• vegetação primária - aquela de máxima expressão
local com grande diversidade biológica, sendo os
efeitos das ações antrópicas mínimos ou ausentes a
ponto de não afetar significativamente suas
características originais de estrutura e espécies.
• vegetação secundaria ou em regeneração - aquela
resultante dos processos naturais de sucessão, após
supressão total ou parcial da vegetação primaria por
ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer
árvores remanescentes da vegetação primária.

PENALIDADE: detenção (prisão simples), de 1 ANO a 3


ANOS OU apenas MULTA. Será possível também cumulação
de penalidades: detenção + multa.
Este crime pode ser praticado na modalidade culposa (com
culpa e sem dolo), com pena reduzida à METADE.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 64. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
O dano causado às áreas que circundam as unidades de conservação em até
vinte quilômetros é considerado crime ambiental.

COMENTÁRIOS:
Tipos Penais de Crimes contra a FLORA:
1) Causar dano direto ou indireto às Unidades de
Conservação e às áreas que circulam as Unidades de
Conservação em Raio de até 10Km, independentemente de

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sua localização.

São consideradas Unidades de Conservação de Proteção


Integral:
• Estações Ecológicas;
• Reservas Biológicas;
• Parques Nacionais;
• Monumentos Naturais;
• Refúgios de Vida Silvestre.

PENALIDADE: reclusão de 1 ANO a 5 ANOS.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 65. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
O corte da madeira de lei e sua transformação em carvão é permitida em
caráter apenas excepcional pela legislação penal ambiental.

COMENTÁRIOS:
Tipos Penais de Crimes contra a FLORA:
1) Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim
classificada por ato do Poder Público, para fins industriais,
energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou
não, em desacordo com as determinações legais.
As Madeiras de Lei são aquelas de alto valor comercial por
qualidade e resistência superiores. Ex: Jatobá, Pau-Brasil,
Jacarandá, etc. Imagine transformar uma madeira nobre em
simples carvão para churrasco...

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PENALIDADE: reclusão de 1 ANO a 2 ANOS e MULTA.

Observem que não há exceção: é crime em qualquer


hipótese.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 66. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
Se uma pessoa degradar floresta sem autorização do órgão competente, com
área superior a 2.000 hectares, terá aumento de 2 anos na sua pena criminal.

COMENTÁRIOS:
Tipos Penais de Crimes contra a FLORA:
1) Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta,
plantada ou nativa, em terras de domínio público ou
devolutas, SEM autorização do órgão competente.

PENALIDADE: reclusão de 2 ANOS a 4 ANOS e MULTA.

Atenção!
Na hipótese da área ser superior a 1.000 ha (mil
hectares), a pena será aumentada de 1 ANO por cada
milhar de hectare a mais. Exemplo: se a pena aplicada for de
2 ANOS e a área total degrada for de 5.000 hectares, a pena
será aumentada em 4 ANOS (total = 6 ANOS de pena).

RESPOSTA CERTA: C

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QUESTÃO 67. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
Caso uma pessoa cometa crime contra a flora durante o período de queda das
sementes ou durante a noite, poderá ter sua pena aumentada de um sexto a
um terço.

COMENTÁRIOS:
Os Crimes Ambientais contra a FLORA têm suas penas
aumentadas de 1/6 a 1/3 nas seguintes hipóteses (causas de aumento de
pena):
a. do fato resulta a diminuição de águas naturais, a
erosão do solo ou a modificação do regime
climático;
b. se o crime é cometido:
1. no período de queda das sementes;
2. no período de formação de vegetações;
3. contra espécies raras ou ameaçadas de
extinção, ainda que a ameaça ocorra
somente no local da infração;
4. em época de seca ou inundação;
5. durante a noite, em domingo ou feriado
(fora da fiscalização);

RESPOSTA CERTA: C

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EXERCÍCIOS com GABARITO

QUESTÃO 54. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo


Gomes.
É correto afirmar que caçar animal nativo sem a devida permissão da
autoridade competente é considerado crime contra a fauna.
QUESTÃO 55. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes.
Se uma pessoa impedir a procriação da fauna, sem a licença necessária, bem
como se destruir criadouro natural, cometerá apenas infração ambiental de
natureza administrativa.
QUESTÃO 56. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes.
A Lei permite que o Juiz simplesmente deixe de aplicar a pena se, apesar da
conduta do réu enquadrar-se nas hipóteses de crime ambiental, mas for de
simples guarda doméstica de espécie silvestre ameaçada de extinção.
QUESTÃO 57. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes.
É correto afirmar que se uma pessoa matar animal silvestre em caça
profissional, sua pena poderá ser aumentada até o triplo, inclusive quanto aos
atos de pesca.
QUESTÃO 58. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes.
A simples introdução de espécime animal no país, mesmo com parecer técnico
oficial favorável e licença específica, pode ensejar crime contra a fauna.
QUESTÃO 59. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes.
Considera-se crime contra a fauna a prática de maus-tratos aos animais,

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inclusive em experiência dolorosa para fins didáticos ou científicos se houver
outros recursos alternativos.
QUESTÃO 60. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes.
A pesca realizada em lugares interditados é considerada crime ambiental,
punível com detenção de 3 meses a 1 ano ou multa.
QUESTÃO 61. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes.
A pesca por meio de explosivos ou substâncias tóxicas é considerada crime
específico contra a fauna.
QUESTÃO 62. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes.
Em matéria de crimes contra a fauna, o abate de animal nocivo, devidamente
caracterizado pelo órgão competente, e em caso de estado de necessidade
para alimentação do agente, são consideradas causas excludentes do crime.
QUESTÃO 63. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes.
A simples danificação da floresta de preservação permanente não é
considerado crime ambiental, mas a danificação da vegetação primária ou
secundária, sim.
QUESTÃO 64. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes.
O dano causado às áreas que circundam as unidades de conservação em até
vinte quilômetros é considerado crime ambiental.
QUESTÃO 65. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes.
O corte da madeira de lei e sua transformação em carvão é permitida em
caráter apenas excepcional pela legislação penal ambiental.
QUESTÃO 66. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo
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Se uma pessoa degradar floresta sem autorização do órgão competente, com

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área superior a 2.000 hectares, terá aumento de 2 anos na sua pena criminal.
QUESTÃO 67. Legislação do IBAMA – Ponto dos Concursos - Ricardo
Gomes.
Caso uma pessoa cometa crime contra a flora durante o período de queda das
sementes ou durante a noite, poderá ter sua pena aumentada de um sexto a
um terço.

GABARITOS OFICIAIS

54 55 56 57 58 59 60 61 62 63
C E E E E C C C C E
64 65 66 67
E E C C

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RESUMO DA AULA

A FAUNA consiste no conjunto da vida ANIMAL de determinada


região. Já a FLORA é o conjunto de espécies VEGETAIS da respectiva
região.

 FAUNA – vida Animal;


 FLORA – espécies Vegetais.

Em melhor didática, classificarei os Tipos Penais em sequencia.


Tipos Penais de Crimes contra a FAUNA:

1) Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da


FAUNA silvestre, nativos ou em rota migratória,
SEM a devida permissão, licença ou autorização da
autoridade competente, ou em desacordo com a
autorização obtida.
2) Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e
répteis em bruto, SEM a autorização da autoridade
ambiental competente.
3) Introduzir espécime animal no País, SEM parecer
técnico oficial favorável e licença expedida por
autoridade competente.
4) Crime de Maus-tratos: praticar ato de abuso, maus-
tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,
domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.
5) Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de
materiais, o perecimento de espécimes da fauna
aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas,
baías ou águas jurisdicionais brasileiras.
6) Pescar em período no qual a pesca seja proibida
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ou em lugares interditados por órgão competente.
7) Pescar mediante a utilização de:
4. explosivos ou substâncias que, em contato
com a água, produzam efeito semelhante (Ex:
utilização de Bombas – matam diversos peixes
e animais aquáticos);
5. substâncias tóxicas, ou outro meio proibido
pela autoridade competente.

Conceito Legal de PESCA para fins Penais: todo ato tendente a


retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos
dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não
de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de
extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.
São causas Excludentes da Ilicitude (Causas em que NÃO há
crime – não se considera criminosa a conduta) – o abate de animal realizado:

1) em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou


de sua família;
2) para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação
predatória ou destruidora de animais, desde que legal e
expressamente autorizado pela autoridade competente (Ex:
abate de Felinos que estejam ameaçando a criação de gados
de determinada Fazenda, desde que autorizado);
3) por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado
pelo órgão competente.

Tipos Penais de Crimes contra a FLORA:


1) Destruir ou danificar floresta considerada de preservação
permanente (nos termos da Lei nº 4771/65), mesmo se

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ainda em formação, ou utilizá-la com infringência das normas
de proteção. Exemplo: desmatar acima dos limites legais.
2) Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária,
em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma
Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de
proteção.
3) Cortar árvores em floresta considerada de preservação
permanente, SEM permissão da autoridade competente.
4) Causar dano direto ou indireto às Unidades de
Conservação e às áreas que circulam as Unidades de
Conservação em Raio de até 10Km, independentemente de
sua localização.
5) Provocar incêndio em mata ou floresta.
6) Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam
provocar incêndios nas florestas e demais formas de
vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de
assentamento humano.
7) Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de
preservação permanente, SEM prévia autorização, pedra,
areia, cal ou qualquer espécie de minerais.
8) Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim
classificada por ato do Poder Público, para fins industriais,
energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou
não, em desacordo com as determinações legais.
9) Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais,
madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem
vegetal, SEM exigir a exibição de licença do vendedor,
outorgada pela autoridade competente, e SEM munir-se da
via que deverá acompanhar o produto até final
beneficiamento.
10) Impedir ou dificultar a regeneração natural de
florestas e demais formas de vegetação.
11) Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer
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modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros
públicos ou em propriedade privada alheia.
12) Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas
ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues,
objeto de especial preservação.
13) Desmatar, explorar economicamente ou degradar
floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou
devolutas, SEM autorização do órgão competente.
14) Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e
nas demais formas de vegetação, SEM licença ou registro da
autoridade competente.
15) Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo
substâncias ou instrumentos próprios para caça (ex: armas
específicas de caça) ou para exploração de produtos ou
subprodutos florestais, SEM licença da autoridade
competente:

Os Crimes Ambientais contra a FLORA têm suas penas


aumentadas de 1/6 a 1/3 nas seguintes hipóteses (causas de aumento de
pena):
a. do fato resulta a diminuição de águas naturais, a
erosão do solo ou a modificação do regime
climático;
b. se o crime é cometido:
1. no período de queda das sementes;
2. no período de formação de vegetações;
3. contra espécies raras ou ameaçadas de
extinção, ainda que a ameaça ocorra
somente no local da infração;
4. em época de seca ou inundação;
5. durante a noite, em domingo ou feriado

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(fora da fiscalização);

Espero a todos na próxima aula!


Fraterno Abraço e até a próxima!
Ricardo Gomes
Por sua aprovação!

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TEXTO DA LEGISLAÇÃO

LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998.

CAPÍTULO V

DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE

Seção I

Dos Crimes contra a Fauna

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota
migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo
com a obtida:

Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas:

I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida;

II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;

III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou
transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e
objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou
autorização da autoridade competente.

§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode
o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.

§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e
quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro
dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.

§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:

I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração;

II - em período proibido à caça;

III - durante a noite;

IV - com abuso de licença;

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V - em unidade de conservação;

VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.

§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional.

§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.

Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da
autoridade ambiental competente:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida
por autoridade competente:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que
para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de


espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais
brasileiras:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:

I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domínio público;

II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou
autorização da autoridade competente;

III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou
corais, devidamente demarcados em carta náutica.

Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão
competente:

Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

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Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:

I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos;

II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos,


técnicas e métodos não permitidos;

III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e


pesca proibidas.

Art. 35. Pescar mediante a utilização de:

I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante;

II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:

Pena - reclusão de um ano a cinco anos.

Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar,
apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais
hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de
extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.

Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:

I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;

II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde
que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;

III – (VETADO)

IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.

Seção II

Dos Crimes contra a Flora

Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em
formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio de
regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: (Incluído pela
Lei nº 11.428, de 2006).

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. (Incluído

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pela Lei nº 11.428, de 2006).

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. (Incluído pela Lei nº 11.428,
de 2006).

Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da
autoridade competente:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27
do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

o
§ 1 Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas, as
Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre.
(Redação dada pela Lei nº 9.985, de 18.7.2000)

o
§ 2 A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de
Conservação de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a fixação da pena.
(Redação dada pela Lei nº 9.985, de 18.7.2000)

§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

Art. 40-A. (VETADO) (Artigo inluído pela Lei nº 9.985, de 18.7.2000)

o
§ 1 Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável as Áreas de Proteção Ambiental,
as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas, as Reservas
de Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural.
(Parágrafo inluído pela Lei nº 9.985, de 18.7.2000)

o
§ 2 A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de
Conservação de Uso Sustentável será considerada circunstância agravante para a fixação da pena.
(Parágrafo inluído pela Lei nº 9.985, de 18.7.2000)

o
§ 3 Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. (Parágrafo inluído pela Lei nº 9.985, de
18.7.2000)

Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:

Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.

Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e
demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano:

Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

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Art. 43. (VETADO)

Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem
prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do Poder Público,
para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com
as determinações legais:

Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.

Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros
produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade
competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta
ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o
tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.

Art. 47. (VETADO)

Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de
logradouros públicos ou em propriedade privada alheia:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa.

Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora
de mangues, objeto de especial preservação:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de
domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão competente: (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

o
§ 1 Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência imediata pessoal do agente ou
de sua família. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

o
§ 2 Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil hectares), a pena será aumentada de 1 (um) ano

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por milhar de hectare. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem
licença ou registro da autoridade competente:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para
caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de um sexto a um terço se:

I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regime


climático;

II - o crime é cometido:

a) no período de queda das sementes;

b) no período de formação de vegetações;

c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local da
infração;

d) em época de seca ou inundação;

e) durante a noite, em domingo ou feriado.

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