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Jurisprudências
Aloisio Pereira Neto
DIVISÃO DOS CRIMES
- Crimes Contra a Fauna
- Crimes Contra a Flora
- Da Poluição e Outros Crimes
Ambientais
- Dos Crimes contra o Ordenamento
Urbano e o Patrimônio Cultural
- Dos Crimes contra a Administração
Ambiental
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EXEMPLOS DE CRIMES
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar
animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou
exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
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EXEMPLOS DE CRIMES
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EXEMPLOS DE CRIMES
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EXEMPLOS DE CRIMES
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou
fazer funcionar, em qualquer parte do território
nacional, estabelecimentos, obras ou serviços
potencialmente poluidores, sem licença ou
autorização dos órgãos ambientais competentes,
ou contrariando as normas legais e regulamentares
pertinentes:
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EXEMPLOS DE CRIMES
Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento
urbano: (Redação dada pela Lei nº 12.408, de 2011)
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
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EXEMPLOS DE CRIMES
Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou
qualquer outro procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório
ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por
omissão:(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1o Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
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CRIME AMBIENTAL. ART. 60 DA LEI Nº 9.605/98.
EXERCÍCIO DE ATIVIDADE POTENCIALMENTE
POLUIDORA. INEXISTÊNCIA DE LICENCIAMENTO
AMBIENTAL. SUFICIÊNCIA PROBATÓRIA.
Denunciados que, sem possuírem licença ambiental
da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, colocam
em atividade estabelecimento potencialmente
poluidor, praticam o crime ambiental previsto no art.
60 da Lei nº 9.605/98, que é de mera conduta e,
portanto, não exige prova do dano causado. Recurso
ministerial provido. (TJRS; RCr 71002866846;
T.R.Crim.; Relª Desª Cristina Pereira Gonzales;
DJERS 17/12/2010)
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CRIME AMBIENTAL. LEI Nº 9.605/98, ART. 34, CAPUT. PESCA
PRATICADA EM PERÍODO DE DEFESO. PRINCÍPIO DA
INSIGNIFICÂNCIA. INADMISSIBILIDADE. 1. Este Regional,
majoritariamente, tem entendido pela não admissão da tese da
insignificância no trato de questões relacionadas ao cometimento de
ilícitos contra o meio ambiente, diante da incompatibilidade com o
cunho preventivo conferido à tutela penal ambiental 2. As
peculiaridades do caso concreto (apreensão de seis quilos de
camarão; disposição expressa no art. 1º, da Portaria nº 70/03, do
IBAMA, quanto ao período de defeso na localidade; o fato de o réu,
embora sem fazer da pesca sua profissão, trabalhar como arrumador
na época dos fatos, evidenciando considerável conhecimento acerca
das atividades pesqueiras na região e, ainda, a circunstância de ser
ele o proprietário da embarcação autuada em flagrante) conduzem à
aplicação da regra geral acerca do não acolhimento da tese bagatela.
(TRF 4ª R.; ACr 0000184-88.2007.404.7201; SC; 7ª T.; Rel. Des. Fed.
Tadaaqui Hirose; DEJF 18/02/2011; p. 378)
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Crime Ambiental. Pesca de Camarão-Rosa. Art. 34, Caput e
Parágrafo Único, Inciso II, c/c Art. 15, II, Alínea e, da Lei nº
9.605/98. Mínima Ofensividade ao Bem Jurídico Tutelado. Princípio
da Insignificância. Atipicidade Material da Conduta. Absolvição. Art.
386, III, do CPP
1. Tratando-se de ilícitos cometidos contra o meio ambiente, em
situações excepcionais, quando evidenciada a ausência de
ofensividade ao bem jurídico tutelado pela norma penal, a ausência
de periculosidade social da ação; o grau ínfimo da reprovabilidade
da conduta e a inexpressividade da lesão ao bem jurídico, é cabível
a aplicação do princípio da insignificância.
2. Caracterizada a insignificância do ato em razão do bem protegido,
impõe-se a absolvição, forte no art. 386, III, do CPP. Precedentes do
STF.
(TRF 4ª R.; ACr 2008.71.00.007778-4; RS; Sétima Turma; Rel. Des. Fed. Márcio Antônio Rocha; Julg. 30/11/2010; DEJF 17/12/2010; Pág. 735)
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EXTRAÇÃO DE MINERAIS SEM LICENÇA DA AUTORIDADE
COMPETENTE. ARTS. 55 E 62 DA LEI Nº 9.605/98 E ART. 2º, CAPUT, DA
LEI Nº 8.176/91. RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO EM FAVOR DO
RÉU COM 70 ANOS NA DATA DA SENTENÇA CON DENATÓRIA.
Praticam o delito previsto no art. 62 da Lei nº 9.605/98 os acusados que
causaram dano à Gruta Escura, ainda que não tenham tido o intento
específico, pois assumiram o risco de produzi-los ao realizar atividade
minerária nas proximidades daquela. Reconhecimento da prescrição da
pretensão punitiva em favor de um dos réus, maior de 70 (setenta) anos, na
data da sentença, o que acarreta prazos prescricionais reduzidos de metade
(art. 115 do CP). Não se aplica o princípio da insignificância em delitos
contra a natureza. Ademais, a prova técnica elaborada pelo IBAMA indica
grave dano ambiental. Não há falar em bis in idem na punição à pessoa
jurídica e aos seus sócios, consoante autorização expressa constante no
art. 3º da Lei nº 9.605/98. Devem ser reduzidas as penas de multa e
pecuniárias dos corréus de modo que sejam suportáveis pelos mesmos.
(TRF 4ª R.; ACr 0022286-28.2007.404.7000; PR; 8ª T.; Rel. Des. Fed. Luiz
Fernando Wowk Penteado; DEJF 27/10/2010; p. 616)
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HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA O MEIO AMBIENTE. ART. 54 DA LEI Nº 9.605/98.
POLUIÇÃO SONORA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. INÉPCIA DA INICIAL
CONFIGURADA. DENÚNCIA QUE NÃO ATENDE AOS REQUISITOS LEGAIS. MANIFESTA
ILEGALIDADE. ORDEM CONCEDIDA.
1. É ilegítima a persecução criminal quando, comparando-se o tipo penal apontado na
denúncia com a conduta atribuída ao denunciado, verifica-se ausente o preenchimento dos
requisitos formais do art. 41 do Código de Processo Penal, necessários ao exercício do
contraditório e da ampla defesa.
2. Não obstante seja imputada suposta conduta ilícita aos pacientes, na qualidade de empresa
e de seu administrador, constata-se que o órgão acusador sequer indicou a forma pela qual
teriam praticado o núcleo do tipo penal.
3. Não há demonstração do nexo de causalidade entre a alegada prática criminosa e a
conduta dos pacientes - ainda que, em relação ao denunciado Manoel Lopes Filho,
decorresse da sua qualidade de administrador da empresa -, não sendo os fatos descritos
suficientes para estabelecer a plausibilidade da imputação.
4. A imputação, da forma como foi feita, representa a imposição de indevido ônus do processo
aos pacientes, em vista da ausência da descrição de todos os elementos necessários à
responsabilização penal decorrente de dolosa provocação de poluição de qualquer natureza,
em níveis tais - poluição sonora acima de 70 dB - que resultem danos à saúde.
....
6. Trata-se o dispositivo de norma penal em branco, que exige complementação por meio de
ato regulador - esse, sim, na forma da lei - que forneça parâmetros e critérios para a
penalização das condutas ali descritas.
.... (STJ; EDcl-HC 240.249; Proc. 2012/0081796-7; MG; 6ª T.; Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz; DJE
03/06/2015)
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