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REVISÃO DIREITO AMBIENTAL 3° UNIDADE

Conceito •

Resolução do CONAMA 237/97: Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental


competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras, ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental,
considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicadas ao caso.

Quais sanções administrativas?

• A) multa,

• B) interdição de atividade,

• C) fechamento do estabelecimento;

• D) Demolição;

• E) Embargo de Obra;

• F) Destruição de Objetos;

• G) Inutilização de gêneros;

• H) Proibição de fabricação ou comércio de produtos;

Quem precisa de licenciamento ambiental?

Todo empreendimento ou atividade que causar, efetiva ou potencialmente, impacto ambiental.

Espécies de licença:

Prévia: Aprova a localização e concepção do empreendimento ou atividade.

Instalação: Autoriza o início das obras e construções para a instalação do empreendimento.

Operação: Autoriza o funcionamento do empreendimento ou atividade.

Licença Ambiental Simplificada

• § 1º - Poderão ser estabelecidos procedimentos simplificados para as atividades e


empreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental, que deverão ser aprovados pelos
respectivos Conselhos de Meio Ambiente. (RESOLUÇÃO Nº 237 , DE 19 DE dezembro DE 1997)

PRAZOS

Prazo para análise do pedido de licença ambiental. O órgão ambiental tem prazo para análise
do pedido (art. 14 da Res. Conama 237/97) Prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato de
protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento. Casos em que houver
EIA/RIMA e/ou audiência pública: o prazo será de até 12 (doze) meses.

§ 3o O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, não implica
emissão tácita nem autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra, mas instaura a
competência supletiva referida no art. 15. (art. 14, § 3º da LC 140/11)
• Em relação a licença de renovação se prorroga se o órgão competente não analisá-la. Em
relação as demais, não há emissão tácita caso o prazo não seja cumprido.

DIREITO AMBIENTAL

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (CF)

Art. 225, § 3º: as condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão seus infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independente da obrigação de
reparar os danos causados. (CF)

 Aplicação do princípio do poluidor-pagador, no aspecto reparatório.


 Responsabilidade Civil traz o dever de reparar o dano ambiental.
 Responsabilidade ambiental objetiva (art. 14, §1º da Lei nº 6.938/81).

O que é degradação?

Art 3º da lei 6938/81 – “Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

II - Degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio


ambiente;

III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou


indiretamente

Quem é o poluidor?

 POLUIDOR pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta


ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental (art. 3º, inc. IV da
Lei nº 6.938/1981)
 Solidariedade entre os agentes causadores de poluição.
 SOLIDARIEDADE em razão da indivisibilidade do dano ambiental.

Segundo o Superior Tribunal de Justiça (Resp.650.728), para o fim de apuração do nexo de


causalidade no dano ambiental, equiparam-se:

- Quem faz;

- Quem não faz quando deveria fazer;

- Quem deixa fazer;

- Quem não se importa que façam;

- Quem financia para que façam,

- Quem se beneficia quando outros fazem.

RESPONSABILIZAÇÃO PODE SER NA ESFERA:

ADMINISTRATIVA-Subjetiva

PENAL- Subjetiva / CIVIL-Objetiva


IMPORTANTE
SÚMULA 613/STJ

Em relação ao direito ambiental não se aplica a teoria do fato consumado, ou seja, não vai se
permitir a perpetuação da situação, ainda que se tenha tido autorização do Poder Público,
Executivo ou Judiciário.

Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de Direito Ambiental

TEORIA DO FATO CONSUMADO

▪ Se dá quando se tem a ocupação da área

▪ Construção irregular

▪ Decurso do tempo como elemento – se perpetua no tempo.

▪ Tolerância do Estado ou autorização liminar do Poder Judiciário

DANO AMBIENTAL É IMPRESCRITÍVEL NO ÂMBITO CIVIL

RESPONSABILIDADE CIVIL

Art. 14, § 1º da Lei 6938/81. Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o
poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos
causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. [...]

RISCO DA ATIVIDADE - Admite a excludente da responsabilidade em caso fortuito ou força


maior.

RISCO INTEGRAL- Responsabilidade objetiva agravada que não admite a existência de


excludentes de nexo causal (Posicionamento majoritário)

PRECAUÇÃO - ausência de certeza científica sobre o dano, atividade, empreendimento, etc.

PREVENÇÃO - amplos conhecimentos científicos sobre o dano, atividade, empreendimento,


etc.

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

 Instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente (art. 9º, IX da Lei nº 6.938/81). 


 Função repressiva
 Poder de polícia ambiental.

O CONCEITO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA É ABRANGENTE:

Conceito de infração administrativa (art. 70 da Lei nº 9.605/98)

 Toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e
recuperação do meio ambiente.
 O auto de infração ambiental deverá indicar a regra jurídica violada (respeito ao
Princípio da Legalidade) e a autoridade ambiental é obrigada a promover a sua
apuração imediata, sob pena de corresponsabilidade

Prescrição (Administrativa): 5 anos (art. 1º da Lei nº 9.873/99 e Súmula 467 do STJ)

SANÇÕES ADMINISTRATIVAS (LEI 9605/98)

1. Advertência

2. Multa simples

3. Multa diária

4. Apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos,


equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;

5. Destruição ou inutilização do produto

6. Suspensão de venda e fabricação do produto;

7. Embargo de obra ou atividade

8. Demolição de obra (não se aplica a imóveis residenciais)

9. Só deve ser tomada no caso de irregularidade insanável ou de perigo à saúde pública ou de


grave dano ambiental)

10. Suspensão parcial ou total de atividades

11. Restritiva de Direitos (associada a pena – na seara penal)

RESPONSABILIDADE PENAL

Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide
nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o
administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou
mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir
a sua prática, quando podia agir para evitá-la.

Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme


o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante
legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas,
autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.

Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo
ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
PENALIDADES:

As penas privativas de liberdade ou restritivas de direito. (art. 6 e 7 da Lei 9605/98)

Art. 8º As penas restritivas de direito são:

I - Prestação de serviços à comunidade;

II - Interdição temporária de direitos;

III - Suspensão parcial ou total de atividades;

IV - Prestação pecuniária;

V - Recolhimento domiciliar.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
São áreas, com características naturais relevantes, criadas e protegidas pelo Poder Público com
objetivos de conservação.

• Unidades de conservação (UCs) são áreas naturais criadas e protegidas pelo Poder Público,
municipal, estadual e federal.

Previsão legal. Art. 225 CF, III.

• III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a


serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através
de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem
sua proteção.

Unidades de conservação são espaços territoriais que, por força de ato do Poder Público, estão
destinados ao estudo e preservação de exemplares da flora e da fauna. As unidades de
conservação podem ser públicas ou privadas. (ANTUNES)

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA


Art. 4° O SNUC tem os seguintes objetivos:

• I - contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território


nacional e nas águas jurisdicionais;

• II - proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional;

• III - contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais

A CRIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO SNUC (LEI 9985/2000)


1. Ato de poder público (art. 2º)

2. Espaço territorial e seus componentes (atributos ecológicos)

3. Estudos técnicos e consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os


limites
APA – ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
Art. 15 (SNUC). A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau
de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais
especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e
tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação
e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. (APOSTA PARA QUESTÃO ABERTA)

§ 1 o A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou privadas.

O QUE NÃO SE PERMITE EM APA?


• Implantação e funcionamento de indústrias potencialmente poluidoras capazes de afetar
mananciais de água;

• A realização de obras de terraplanagem e a abertura de canais, quando essas iniciativas


importarem sensível alteração das condições ecológicas locais;

• O exercício de atividades capazes de provocar uma acelerada erosão das terras e/ou um
acentuado assoreamento das coleções hídricas

• O exercício de atividades que ameacem extinguir na área protegida as espécies raras da biota
regional;

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