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Eixo: Gestão Ambiental

FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL
Módulo 1

2023
PALESTRA 01 – José Vicente da Silva

Instrumentos da Política Ambiental


Os instrumentos de gestão ambiental são ferramentas empregadas para a formulação e a
implantação de políticas públicas voltadas à conservação e ao uso sustentável dos recursos
naturais.
Há um conjunto de modelos conceituais de como um determinado problema ambiental pode
ser resolvido, e os gestores ambientais adotam algum desses instrumentos ou a combinação
de mais de um deles.

Segundo a PNMA (1981), são instrumentos da política ambiental:


– Estabelecimento de Padrões de Qualidade Ambiental
– Zoneamento Ambiental
– AIA
– Licenciamento de atividades poluidoras
– Proteção de territórios
– Penalização disciplinar ou compensatória

Esses instrumentos se dividem em três tipos


– Instrumentos de Comando e Controle: se apoiam na regulamentação direta,
acompanhada de fiscalização e sanção pelo não cumprimento das normas e
dos padrões estabelecidos
• AIA, Zoneamento, Autorizações, Padrões Ambientais
– Instrumentos Econômicos: visam alcançar as metas ambientais por meio de
incentivos e desincentivos econômicos
• Taxas, multas, subsídios, pagamento por serviços ambientais
– Instrumentos de Persuasão: e levam as ações de indivíduos, grupos ou
empresas a proteger o meio ambiente
• Informações e Educação Ambiental

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Função: Disciplinar as condutas e atividades lesivas ao meio ambiente – colocar freios às
condutas
Importante diferenciar impacto/dano ambiental
Alteração da qualidade ambiental que resulta da modificação de processos naturais ou
sociais provocada por ação humana, contempla os aspectos negativos e positivos, tendo
como mecanismo de manifestação os processos ambientais
Impacto: previsível, adverso ou benéfico e mitigável/compensável
Dano: não previsto, prejudicial e gera responsabilidade

A responsabilização pelas condutas e atividades lesivas ao meio ambiente visa gerar


consequências às pessoas físicas e jurídicas que, por ação ou omissão, violaram regras e
causaram danos ao meio ambiente ou óbices à sua gestão pública
– Três esferas: administrativa, penal e civil
art. 225, § 3º, que “as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados

Sanções são cumulativas e não excludentes ou alternativas


– Penal: multa, restritiva de liberdade ou direitos
– Civil: reparação do dano
– Administrativa: sanções previstas no Decreto 6.514/2008 (e outros)
– art. 225, § 3º, que “as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e
administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados

Art. 78 da LEI N. 5.172/1966 (Código Tributário Nacional)


Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivo.

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Abrange os mais diferentes setores da sociedade, tais como, segurança, cultos, indústria,
comércio, costumes, moral, saúde, meio ambiente, propriedade, patrimônio artístico e
cultural, defesa do consumidor
Polícia Administrativa, de Segurança e Judiciária
Atos Normativos
Estabelece normas gerais e abstratas, disciplinando a lei
Atos Administrativos (concretos)
Licenças, autorizações, fiscalização, sanções, punições

O poder de polícia age por ordens e proibições, sobressaindo as normas limitadoras e


sancionadoras, ou pela ordem de polícia, pelo consentimento de polícia, pela fiscalização de
polícia e pela sanção de polícia (MEIRELLES, 1987). Assim, tal poder, na área ambiental, é
exercido mais comumente por meio das ações de fiscalização, com medidas preventivas, de
monitoramento, de inspeção, de advertência, punitivas, corretivas, entre outras.

Discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade


Discricionariedade no exercício do poder de polícia significa que a Administração
dispõe de certa liberdade de atuação, podendo valorar a oportunidade e conveniência da
prática do ato e da graduação das sanções aplicáveis, bem como estabelecer o motivo e o
objeto, respeitados os limites legais
Autoexecutoriedade implica dizer que a Administração Pública possui a prerrogativa
de decidir e executar sua decisão por seus próprios meios, sem necessidade de intervenção
judicial
Coercibilidade caracteriza-se pela imposição coativa das medidas adotadas pela
Administração, que, diante de eventuais resistências dos administrados, pode se valer,
inclusive, da força pública para garantir o seu cumprimento. Significa, pois, que todo ato de
polícia administrativa é imperativo, ou seja, de observância obrigatória pelo particular.

Constituição Federal de 1988


Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

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Constituição Federal de 1988
Art. 23, que é competência comum de todos os entes federativos: proteger os documentos,
as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens
naturais notáveis e os sítios arqueológicos; proteger o meio ambiente e combater a
poluição em qualquer de suas formas; e preservar as florestas, a fauna e a flora

Lei Complementar nº 140 de 2011


– Regulamenta o art. 23 da CF88, buscando o federalismo cooperativo
ambiental – esforço conjunto
Art. 6º As ações de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
deverão ser desenvolvidas de modo a atingir os objetivos previstos no art. 3º e a garantir o
desenvolvimento sustentável, harmonizando e integrando todas as políticas
governamentais.
Art 7º, 8º e 9º definem as competências de cada esfera
Art 15 define a ação supletiva
Art 17 define a ação concorrente

Lei nº 9.605 de 1998


– Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei,
incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade
Art 6º define a dosimetria
Arts 7º a 13 definem as formas das penas restritivas de direito
Art 70 confere a competência para instaurar procedimentos
Art 72 define as sanções administrativas

Decreto nº 6.514 de 2008


– Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente,
estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações
Art. 2º Considera-se infração administrativa ambiental, toda ação ou omissão que viole as
regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente

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Art. 3. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa simples;
III - multa diária;
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da biodiversidade, inclusive fauna e
flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na
infração;

Art. 3. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções:


V - destruição ou inutilização do produto;
VI - suspensão de venda e fabricação do produto;
VII - embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas;
VIII - demolição de obra;
IX - suspensão parcial ou total das atividades; e
X - restritiva de direitos.
Advertência – menor potencial lesivo (até R$ 1.000,00)
Multa diária – quando a infração se prolongar no tempo

Art. 101. Constatada a infração ambiental, o agente autuante, no uso do seu poder de
polícia, poderá adotar as seguintes medidas administrativas:
I - apreensão;
II - embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas;
III - suspensão de venda ou fabricação de produto;
IV - suspensão parcial ou total de a7vidades;
V - destruição ou inutilização dos produtos, subprodutos e instrumentos da infração; e
VI – demolição.

Art. 111. Os produtos, inclusive madeiras, subprodutos e instrumentos utilizados na prática


da infração poderão ser destruídos ou inutilizados quando:

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I - a medida for necessária para evitar o seu uso e aproveitamento indevidos nas situações
em que o transporte e a guarda forem inviáveis em face das circunstâncias; ou
II - possam expor o meio ambiente a riscos significativos ou comprometer a segurança da
população e dos agentes públicos envolvidos na fiscalização

O entendimento mais atual entende que a responsabilidade em matéria ambiental é


SUBJETIVA, ou seja, deve haver comprovação mínima de dolo e/ou culpa para a ocorrência
da infração (OJN 53 de 2020)
Excludentes de responsabilidade
(ato de terceiro, caso fortuito ou força maior)

Princípio de Bis in Idem


O princípio de vedação ao bis in idem parte do pressuposto de que ninguém pode ser punido
mais de uma vez pela mesma infração.
Múltipla Subsunção versus Consunção (absorção)
Versa sobre a possibilidade de subsunção de um fato ambiental a mais de um tipo
infracional administrativo ambiental, e de fatos sequenciais a seus respectivos tipos sem
consunção

Princípio de Bis in Idem


Em respeito ao princípio da ISONOMIA deve ser lavrado um auto de infração por ilícito
apurado e que tenha tipificação própria
Os ilícitos são independentes?
Há a possibilidade de gerar dano sem descumprir determinada condicionante?
Da mesma forma, há a possibilidade de descumprir condicionantes sem gerar o dano
ambiental em questão?

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JOSÉ VICENTE DA SILVA
E-mail: jose-vicente.silva@ibama.gov.br
Tel: (61) 9.8151-9095

NÚCELO DE BIODIVERSIDADE DO IBAMA/ES.


E-mail: ditec.es@ibama.gov.br

DENÚNCIAS IBAMA
Fala.BR
falabr.cgu.gov.br

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PALESTRA 02 – Jacques Passamani

FUNDAMENTOS DE FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL

Macroprocesso de Responsabilização Administrativa Ambiental


A responsabilização administrativa é organizada em um macroprocesso composto por quatro
etapas: detecção da infração; autuação da infração; julgamento da infração; e execução
das sanções. As duas primeiras etapas compõem o processo de fiscalização ambiental, e as
duas últimas o processo de apuração de infração ambiental ou processo sancionador
ambiental

Detecção da Autuação da Julgamento da Execução da


Infração Infração Infração Sanção

Monitoramento Planejamento Conciliação Pagamento multa


Investigação Operação Conversão de multa Destinação bens
Autuação Defesa Cumprimento
Inteligência
Analise Ambiental Apreensão Interlocutória Embargo
Embargo Instrução Reparação dano
Denúncia
Abertura de processo Julgamento

Para as etapas deve ser avaliado


Equipe envolvida, orçamento para execução da ação, equipamentos necessários a Fiscalização,
documentação de apoio, data prevista para ação, sigilo, estratégia de abordagem, meta
esperada, resultado.
INVESTIGAÇÃO AMBIENTAL: métodos que analisa resultado de observações e que está
intimamente relacionado ao monitoramento, sendo responsável pela geração de relatório
indicando a irregularidade observada no monitoramento.
MONITORAMENTO AMBIENTAL: coleta de informações continuas, visando acompanhar
alterações ambientais geradas por fatores antrópicos ou eventos naturais.
Ex: Monitoramento por satélite, de criadores de fauna, de efluentes, de
importação/exportação, de produto químico perigoso
INTELIGÊNCIA AMBIENTAL: Ramo da fiscalização ambiental que atua na prevenção,
obstrução, identificação e neutralização das infrações ambientais, apoiando a investigação
ambiental.
ANÁLISE AMBIENTAL: Conjunto de ações que são realizadas na detecção e uma infração
ambiental

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TIPOS DE AÇÕES FISCALIZATÓRIAS

• Programada: Obtida após vencidas as etapas anteriores


• Denúncia: atendimento a denúncia formal (FalaBR)
• Emergencial: Em situação emergencial declarada pelo poder público ou prevista em
legislação de emergência ambiental
• De ordem: Com determinação de chefia
• Judicial: Determinação judicial ou MP
• Supletiva e Subsidiária: art. 15 e 16 da LC 140/2011

Estrutura e Funcionamento da Fiscalização Ambiental


Marco legal da Fiscalização Ambiental: Com a criação do IBAMA em 1989, percebeu-se que a
Marco legal da Fiscalização Ambiental: Com a criação do IBAMA em 1989, percebeu-se que
a normatização da autarquia, em muitos casos, se pautava em normas infralegais, que
acabavam sucumbindo no judiciário, fator que motivou o estabelecimento de um novo
marco legal para disciplinar a responsabilização administrativa ante as atividades lesivas ao
meio ambiente. Que se pautou em:
CF 1988: N o art 23 estabelece competência comum de proteção ao MA aos entes
federativos. Art 225 §3º que prevê sanções as condutas lesivas ao MA e obrigação de reparar
o dano.
LC 140/2011: Art 7º, 8º e 9º competência dos entes federativos. Art 15 e 16 prevê ações
supletivas e subsidiárias Art 17 § 1º, 2º e 3º fiscalização concorrente.
Lei 6938/81 – Politica Nacional de Meio Ambiente
Lei 9605/98 – Lei de crimes ambientais (instrumento mais efetivo de responsabilização
ambiental)
Decreto 6514/08 – Regulamentação administrativa da LCA
Lei 13123/2015 – Disciplina o uso de patrimônio Genético
Dec 8772/2015 – Regulamenta Lei de patrimônio Genético
Lei 7802/1989 – Disciplina o uso de agrotóxicos
Dec 4074/2002 – Regulamenta Lei agrotóxicos
Lei 9966/2000 – Controle e fiscalização da poluição
Decreto 4136/2002 – Regulamenta Lei da Poluição

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Estrutura da Fiscalização Ambiental do IBAMA

DIPRO

COAER COINT CGFIS CGEMA PREVFOGO

SAOP NPPI NPPI


NOIN CONOF COFIS CPrev COATE
DIPRO – Divisão de Proteção Ambiental
COAER – Coord. De Operações Aéreas DAL
COINT – Coord. De Inteligência
DMC
CGFIS – Coord. Geral de Fiscalização
CGEMA – Coord. Geral de Emergências Ambientais
DPEA
PREVFOGO – Coord. Nac. prevenção e combate a incêndios Florestais

Estrutura da Superintendência do IBAMA-ES

SUPERINTENDÊNCIA

DITEC (Divisão Técnica) DIAF (Divisão Adm) ASSJUR


NUBIO

NUFIN
NUFIS

NUAP
NQA

NLA
NEF

NUBIO – Núcleo de Biodiversidade NUFIN – Núcleo de Finanças


NQA – Núcleo de Qualidade NUAP – Núcleo de Apoio
NUFIS – Núcleo de Fiscalização
NEF – Núcleo de Emergência e Incêndio Florestal
NLA – Núcleo de Licenciamento

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COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS DA FISCALIZAÇÃO

COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA: são as especificas do campo de atuação político-


administrativa do ente federado. São as tarefas executadas por cada ente.
Competência exclusiva: aquela a cargo da União e de relevante valor ao Estado e não pode
ser delegada. Ex: manter relações com Estados estrangeiros, declarar guerra e emitir moeda
Competência comum: aquela que todos os entes federativos (União, Estados e Municípios)
podem exercer, com maior interesse coletivo nacional, e possui interesse público. É
disciplinada por lei complementar.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA: são as atribuições para estabelecer normas.
Competência privativa: atribuição legislativa exclusiva de determinado ente. Pode ser
transferida ao todo ou parte.
Competência concorrente: aquela que é compartilhada por mais de um ente.
Competência supletiva: aquela que é exercida por outro ente, quando o detentor não possui
normas editadas.
Competência residual: Cabe aos Estados todas as competências que não forem da União, dos
Municípios e comuns.

Regulamento interno de fiscalização - RIF

Portaria Ibama nº 24, de 2016


instrumento que disciplina a atuação dos servidores da fiscalização. Disciplina os seguintes
aspectos: pressupostos, diretrizes, designação, atribuições dos agentes, ética, planejamento,
procedimentos operacionais, atividade de inteligência, grupos especializados, uso da força,
porte de arma, uniforme, documentos de fiscalização, infraestrutura, comunicação, honrarias.

PLANEJAMENTO
PNAPA (Plano Nac. Anual de Prot. Amb.): Elaborado todo fim de ano para próximo exercício.
Visa estabelecer estratégias de fiscalização e organizar ações de combate a ilícitos ambientais.
LOGÍSTICA: Conjunto de estruturas, serviços e recursos financeiros, para a realização da
fiscalização ambiental.
Estrutura: veículo, embarcação, helicóptero, drone, GPS, máquina fotográfica, paquímetro,
armamento e colete balístico e sistemas informatizados (SICAFI e AI-E), entre outros

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Serviços: Contratados (aeronaves, imagens satélite, passagens aéreas e outros)
Recursos Financeiros: Orçamento da União (2020 – 76 milhões)

PLANEJAMENTO OPERACIONAL

PLANEJAMENTO: Deve responder sempre perguntas básicas


O que fazer? Quando fazer? Como fazer? Quem vai fazer? e Qual sequência fazer?
Ação fiscalizatória: Ato de fiscalizar possíveis condutas infracionais ao meio ambiente.
Operação de fiscalização: Compreende a execução de forma ordenada das operações
planejadas, com as ações fiscalizatórias e técnicas previstas para sua execução.
Ordem de fiscalização: Documento emitido em sistema próprio que vincula os fiscais as
operações de fiscalização e serve para iniciar a apuração de infrações.
Análise de risco: procedimento que identifica, quantifica, analisa e qualifica ameaças e
vulnerabilidades as ações fiscalizatórias.
Visa estabelecer medidas para mitigar e controlar os riscos, com base em restringir acesso de
não interessados (mesmo que sejam colegas), para evitar a perda de segurança das
informações.

FORMULÁRIOS DE AUTUAÇÃO
• Notificação
• Auto de Infração,
• Termo de embargo,
• Termo de apreensão,
• Termo de depósito,
• Termo de suspensão,
• Termo de interdição,
• Termo de demolição,
• Termo de entrega de animais silvestres,
• Termo de soltura
• Relatório de fiscalização.

POSTURA DO AGENTE DE FISCALIZAÇÃO

A conduta do agente de fiscalização representa sua instituição para sociedade e gera grande
responsabilidade, devendo ter ciência do grau de risco e deve observar
• Sua obrigação de agir para impedir condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

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• A coleta de provas de autoria e materialidade dos fatos é indispensável para subsidiar
a instrução processual
• Adoção de medidas para cessar a infração ambiental em curso, são obrigação do
agente que lideração a ação fiscalizatória
• Não realizar ação fiscalizatória sozinho, a montagem de equipe, com pelo menos 2
pessoas e indispensável
• A presença do segundo membro na equipe é crucial para a segurança de ambos,
cabendo a este observar os quesitos de segurança, quando em ações sem o BPMA.
• O Agente de Fiscalização é responsável pela condução das ações durante a
abordagem. O agente deve manter a calma, ser educado, não ser subserviente, se
qualificar.
• Muito cuidado ao adentrar uma propriedade privada, sempre peça autorização de
ingresso. O poder de polícia administrativa, em tese, garante ingresso em local com
infração observada, mas seus limites são frágeis
• Se a fiscalização for integrada com outras instituições, observe o planejamento
elaborado e respeite a coordenação da ação. Caso haja divergência, não deixe o
investigado perceber tal situação.
• Observe a sua área de Atuação. Se sair de sua jurisdição, pode estar cometendo
irregularidade passível de punição.
• Mantenha-se em estado de alerta e atenção, avaliando constantemente o ambiente,
em busca de perigos e riscos
• Caso existam agentes armados, estes devem sempre observar a segurança da equipe.
Devendo estes tomar a frente na primeira abordagem junto aos possíveis infratores.
• Definição calara de papeis antes da abordagem fiscalizatória

ABORDAGEM
a. Abordar as pessoas de forma educada e formal, quando em ação de fiscalização
b. Abster-se de aceitar favorecimentos que impliquem no recebimento de benefícios
para hospedagem, transporte, alimentação, bem como presentes e brindes de
qualquer espécie, sob qualquer pretexto
c. Abster-se do consumo de bebidas alcoólicas durante o serviço, bem como de
trabalhar alcoolizado
d. Manter a discrição e portar-se de forma compatível com a moralidade e bons
costumes.

RECOMENDÁVEL PARA O AGENTE DE FISCALIZAÇÃO

• Uso do Uniforme
• Cautela e boa prática na condução de Viaturas
• Comportamento adequado na abordagem do fiscalizado
• Não adotar postura exibicionista, ser discreto.

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FISCALIZAÇÃO DE
FAUNA

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Fauna Silvestre Nativa: espécie que possui todo ou parte do seu ciclo de vida
original, ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro ou águas jurisdicionais
brasileiras.(art. 29 §3º 9605/98)
Fauna Silvestre Exótica: conjunto de espécies cuja distribuição geográfica original
não inclui o território brasileiro e suas águas jurisdicionais, ainda que introduzidas,
pelo homem ou espontaneamente, em ambiente natural, inclusive as espécies
asselvajadas e excetuadas as migratórias (IN IBAMA 07/15 e Port. IBAMA 93/98)
Fauna Doméstica: Todos animais que através de processos tradicionais e sistematizados de manejo
e/ou melhoramento zootécnico tornaram-se domésticas, apresentando características biológicas e
comportamentais em estreita dependência do homem, podendo apresentar fenótipo variável,
diferente da espécie silvestre que os originou. Port. IBAMA 93/98

FISCALIZAÇÃO DE FAUNA x PESCA

FILO CLASSE EXEMPLO ORDENAMENTO

Porifera -- esponjas FAUNA


Cnidaria -- corais e águas-vivas FAUNA
Platyhelminthes -- tênia e planária FAUNA
Nematoda -- lombrigas e vermes FAUNA
Annelidae -- minhoca, minhocoçu FAUNA
Mollusca Aquático polvo, lula, mexilhão PESCA
Mollusca Terrestre caracol, lesma FAUNA

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FILO CLASSE EXEMPLO ORDENAMENTO

Artropoda Crustacea caranguejo, Siri PESCA


Camarão, lagosta
Artropoda Insecta abelha, borboleta, FAUNA
besouro, vespa
Artropoda Arachnida aranha e escorpião FAUNA
Artropoda Diplopoda piolho-de-cobra FAUNA
Artropoda Chilopoda lacraia FAUNA
Echinodermata -- ouriço e estrela-do- FAUNA
mar

CLASSE EXEMPLO ORDENAMENTO

Chordata Piscies peixes PESCA


Chordata Amphibia sapo, rã, perereca, FAUNA
cobra-cega,
salamandra
Chordata Reptilia jacaré, tartaruga, FAUNA
cobra, lagarto
Chordata Aves pássaro, arara, FAUNA
gavião, jacu
Chordata Mammalia Gambá, Cachorro, FAUNA
Gato, sagui

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TIPOS DE INFRAÇÕES DE FAUNA,

Decreto 6514/2008
1 – Matar, perseguir, caçar, apanhar, coletar, utilizar (art 24)
2 – Introduzir espécie fora de seu habitat (art 25)
3 – Exportar pele de anfíbios e répteis (art 26)
4 – Praticar caça profissional (art. 27)
5 – Comercializar objetos que implique em caça (28)
3 - Praticar abuso ou maus-tratos (art 29)
4 - Molestar Cetáceos (art 30)
5 – Deixar de ter livro de registro ou atender pedido (art 31)
6 – Deixar comercio apresentar declaração estoque (art 32)
7 – Explorar ou fazer uso comercial de imagem (art 33)

MANEJO DE FAUNA EM CRIADOUROS

Criadouro de fauna silvestre nativa e exótica: Atividade com funcionamento autorizado


pelos Estados, Art 8º XIX da LC 140/11
CENTRO DE TRIAGEM – Art 3º I IN IBAMA 07/2015
CENTRO DE REABILITAÇÃO – Art 3º II IN IBAMA 07/2015
COMERCIANTE DE ANIMAIS – Art 3º III IN IBAMA 07/2015
COMERCIANTE DE PARTES – Art 3º IV IN IBAMA 07/2015
CRIADOURO CIENTÍFICO – Art 3º V IN IBAMA 07/2015
CRIADOURO CIENTÍFICO PARA CONSERVAÇÃO – Art 3º VI IN IBAMA 07/2015
CRIADOURO CIENTÍFICO PARA PESQUISA – Art 3º VII IN IBAMA 07/2015
CRIADOURO COMERCIAL – Art 3º VII IN IBAMA 07/2015
MANTENEDOURO DE FAUNA – Art 3º VIII IN IBAMA 07/2015
MATADOURO, ABATEDOURO E FRIGORÍFICO – Art 3º IX IN IBAMA 07/2015
ZOOLÓGICO – Art 3º X IN IBAMA 07/2015

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Apoio:
CRIAÇÃO AMADORISTA (SISPASS) – IN IBAMA 10/2011

IMPORTAÇÃO / EXPORTAÇÃO

Licença CITES

Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de
Extinção (Cites) assinada em 1975 e estabelece um modelo jurídico internacional para regular a
exportação, importação, re-exportação de animais ou plantas, vivos ou mortos.

O IBAMA disponibiliza o sistema SisCites para solicitar licenças para exportação ou importação de
espécimes, material biológico, produtos/ subprodutos da fauna silvestre brasileira ou exótica.

BEM ESTAR ANIMAL

CONDIÇÃO PARA O BEM ESTAR ANIMAL


1) Estar livre de fome e sede
2) Estar livre de desconforto
3) Estar livre de dor, doença e injúria
4) Ter liberdade para expressar os comportamentos naturais da espécie
5) Estar livre de medo e de estresse

MAUS TRATOS

Ato provocado por ação direta, indireta, omissão, abuso, negligência, ou qualquer outra
forma de ameaça ao bem-estar, e que gere angústia física ou psicológica nos animais.
Maus tratos: queimar, Envenenar, Atirar, Mutilar, Sufocar, Afogar, Espancar, Abandonar,
Restringir movimentos, Realizar treinamento incorreto, Realizar transporte abusivo,
Bestialidade.
Negligência ou ignorância: Falta de água, Comida ou Tratos veterinários, Falta de
higienização, Falta de abrigo.
Exploração comercial: Trabalho, Lutas, Reprodução abusiva, Esporte, Experimentação

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Apoio:
FISCALIZAÇÃO
DE FLORA

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Apoio:
CONFLITO CÓDIGO FLORESTAL E LEI DA MATA ATLANTICA

Art. 61 A e 61 B da Lei 12651/2012 (CF)


X
Art 11 e 17 da Lei 11428/2006 (LMA)

Código florestal indica 2008 como marco temporal,


Lei da MA impede supressão de vegetação, primária e em estágio médio e avançado de
regeneração
Ate 2020 IBAMA reconhecia como válida a lei da MA.
Divergência ocorreu pelo Despacho 4410/20 do MMA, assinado pelo Ministro Ricardo
Salles, que trouxe a época uma mudança nesse entendimento, validando os artigos 61A e
61B em detrimento do previsto na Lei da MA
Tal alteração de postura institucional, motivou a União a mover a ADI 6446 (0094770-
95.2020.1.00.0000), que solicitava a validação dos artigos 61A e 61B da Lei 12651/12 e a
inconstitucionalidade dos artigos artigos 2º, parágrafo único, 5º e 17 da Lei federal
11.428/2006, sendo proferida em 08/06/20 a seguinte decisão pelo STF:
Decisão STF: por unanimidade, não conheceu da ação direta de inconstitucionalidade, com
fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF, e declarou prejudicado o pedido de medida cautelar,
nos termos do voto do Relator.

FISCALIZAÇÃO DE FLORA

INDÍCIOS DE INFRAÇÃO COONTRA FLORA


• Observar imagens de satélite, alterações da cor indicam supressão
• Presença de tocos. Observar se é fresco, a forma do corte (motosserra)
• O material lenhoso. folhagens indicam o tempo que ocorreu o corte.
• Picadas na mata, podem indicar área de extração de palmito, orquídeas, samambaias
e outros produtos da flora.
• Presença de veículo de transporte próximo a área de mata
• Presença de lixo e outros objetos no interior da mata
• Presença de marcações com fitas, barbantes e outros instrumentos podem indicar
invasão individual ou coletiva
• Ter cuidado para não cair na estratégia da supressão por cortinamento.
• Verificar o transporte em estradas municipais

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Apoio:
JACQUES PASSAMANI
E-mail: jacques.passamani@ibama.gov.br
Tel: (27) 9.9229-6915

NÚCELO DE BIODIVERSIDADE DO IBAMA/ES.


E-mail: nubio.es@ibama.gov.br

DENÚNCIAS IBAMA
Fala.BR
falabr.cgu.gov.br

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Apoio:
PALESTRA 03 – Verônica Dias da Silva Correa

PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR


AMBIENTAL - PASA - IBAMA
OBJETIVO DO PASA:
“Prevenir a prática de ilícitos ambientais, induzindo o comportamento social de conformidade
com a legislação ambiental pela efetiva aplicação de sanções administrativas e medidas
administrativas cautelares.”

PRINCÍPIOS DO PASA:
“Lei n° 9.784/99 – Artigo 2° - A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios
da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência”.

LEGISLAÇÃO E TIPIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES

INSTRUÇÃO PASA – PEÇAS INICIAIS

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Apoio:
• Auto de Infração – descrição da infração; enquadramento legal; local da infração e
valor da multa imposta inicialmente;
• Relatório de Fiscalização – detalhamento da ação fiscalizatória descrevendo como se
deu apuração da autoria e materialidade da infração ambiental, indicando sua
fundamentação legal e a dosimetria da multa, e demais circunstâncias da autuação.
• Medidas Cautelares – Previsão: Art.101, incs.I à IV, § 1 ° do Decreto n° 6.514/2008 - § 1° “ As
medidas de que trata este artigo têm como objetivo prevenir a ocorrência de novas infrações,
resguardar a recuperação ambiental e garantir o resultado prático do processo administrativo”.

• Termo de Apreensão (*Art.105 - termo de depósito excepcionalmente o


autuado/depositário);

• Termo de Embargo - obra ou atividade em suas respectivas áreas, ex. desmatamento;

• Termo de Suspensão - de venda ou fabricação de produto, ex. suspensão de venda de pescado


em SP, parcial ou total das atividades, ex. criador SISPASS;

• Termo de Destruição - ex. operação garimpo TI;

• Termo de Demolição - ex. construção em área de APP * excepcionalmente no ato da


fiscalização (Art.112).

MODALIDADES DE ADESÃO - PASA

*SOLUÇÕES LEGAIS PARA ENCERRAMENTO DO PROCESSO – PASA ANALISADO PELO GN-ADESÃO

*Previsão: Decreto n° 6.514/2008 (inc.II, § 5° do Art.96) e IN-IBAMA n° 19/2023 (Art.88, inc.II, a, b e


c): PAGAMENTO DA MULTA COM DESCONTO - 30%;
PARCELAMENTO DA MULTA; OU CONVERSÃO DA MULTA EM SERVIÇOS DE PRESERVAÇÃO, DE
MELHORIA E DE RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE.

*TEXTO TRATANDO DA ADESÃO FOI INCLUSO NO CORPO DO AUTO DE INFRAÇÃO:

*Conciliação ambiental - No início deste ano, edição do Decreto 11.373, o instituto da


conciliação ambiental foi revogado, passivo AI’s lavrados antes 02/01/2023.

PARCELAMENTO DO DÉBITO – PASA

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Apoio:
• Débito de multa aplicada e consolidada (Art. 124,IN-IBAMA n° 19/2023):
*Até 60 prestações mensais (autuado tem que pedir o nº de parcelas); *Termo de
parcelamento é confissão de dívida; *Durante o cumprimento dos pagamentos parcelados,
não pode haver inscrição no Cadin.

• Parcelamento após inscrição na dívida ativa - (Art. 125) - Cabe à Produradoria-Geral


Federal parcelar.

INSTRUÇÃO INICIAL- PASA


• Ditec/UF realizadas as comunicações pertinentes, tais como: MP; MPA; Oema;
DETRAN; outros indicados pelo Agente Ambiental Federal responsável pela autuação,
remete o processo ao GN-P. *Defesa da parte autuada – Prazo de 20 (vinte) dias
contados da ciência da autuação (Art.113 do Dec. Fed.6.514/08), “o autuado poderá
ser representado por advogado ou procurador legalmente constituído (Art.116)”.
• GN-P remete o processo ao Grupo Nacional de 1ª Instância – GN-I – nacionalização
do PASA desde 2020 servidores do IBAMA nos Estados

*Fase Instrutória – GN-I – Formula Relatório de Análise Instrutória – analisando os seguintes


aspectos (Art.100, incs.I à XII da IN-IBAMA n° 19/2023:

I - os elementos que evidenciam a autoria e a materialidade da infração;

II - a eventual existência de vícios sanáveis ou insanáveis;

III - o correto enquadramento da conduta ao tipo infracional;

IV - as razões de acolhimento ou rejeição dos argumentos apresentados na defesa;

V - a proporcionalidade e razoabilidade das sanções indicadas;

VI - a existência de causa que extinga a punibilidade

VII - se cabe o perdimento ou a restituição, por exemplo, de bem ou animal apreendido;

VIII - a existência de indícios de dano ambiental e do responsável pela reparação;

IX - se cabe admitir a conversão da multa ambiental em serviços;

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Apoio:
X - se cabe exigir a reposição florestal;

XI - a possibilidade de imposição de sanções restritivas de direito; e

XII - a conformidade legal das medidas cautelares aplicadas.

Instrução complementar-Contradita AAF–Art.101 da IN-IBAMA n° 19/2023: “Art. 101. O


integrante da equipe nacional poderá remeter o processo ao agente autuante ou à área técnica
competente para manifestação, no prazo de cinco dias, caso seja necessária manifestação ou
instrução documental complementar, com especificação do ponto a ser esclarecido ou mais
bem instruído”. §1° prorrogação prazo e §2° outro servidor.

Encerrada a fase instrutória – notificação da parte autuada para apresentação de Alegações


Finais (Art.106 da IN-IBAMA n° 19/2023 e Art.122 do Dec. Fed.n° 6.514/08 – Prazo: 10 (dez)
dias. **Causas extintivas da punibilidade (Art.119, incs.I/II e III da IN-IBAMA n° 19/2023): a
prescrição da pretensão punitiva; a morte do autuado e a extinção regular da pessoa jurídica
de direito privado, antes de formada a coisa julgada administrativa.

Exemplo de vício insanável no que tange à autoria da infração ambiental apurada no PASA:

CONVERSÃO DE MULTA-PASA

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Apoio:
• Previsão: IN-IBAMA n° 21/2023; Art.23 da IN-IBAMA n° 19/2023 e Artigo 142 do
Decreto Federal 6.514/2008.
• Modalidades de conversão – Art.11 da IN-IBAMA n° 21/2023: conversão direta -
implementação, por seus meios, de serviço de preservação, de
melhoria e de recuperação da qualidade do meio ambiente e conversão indireta-
adesão a projeto previamente selecionado pelo Ibama.

CONVERSÃO DE MULTA-INDEFERIDA
• da infração ambiental decorrer morte humana;
• o autuado constar do cadastro de empregadores que tenham submetidos
trabalhadores a condições análogas à de escravo;
• no ato de fiscalização forem constatados indícios de que o autuado explore trabalho
infantil;
• a infração for praticada contra as populações indígenas e quilombolas ou nas terras por
elas ocupadas;
• a infração for praticada mediante abuso, maus-tratos ou emprego de métodos cruéis
no manejo de animais;
• a infração for praticada por agente público no exercício do cargo ou função; essa
alternativa se mostrar inapta a cumprir com a função de desincentivo à prática de
ilícitos ambientais. NÃO CABE CONVERSÃO: para reparação pelos danos decorrentes
da própria infração; quando o valor resultante dos descontos aplicáveis for inferior ao
valor mínimo da multa cominada no tipo infracional infringido; de multa diária,
quando a situação que deu causa à lavratura do auto de infração ambiental não tiver
cessado até o termo final do prazo de alegações finais.

REINCIDÊNCIA-PASA
• Art.11 do Dec. Federal n° 6.514/08:
“Art.11 - O cometimento de nova infração ambiental pelo mesmo infrator, no período de
cinco anos, contado da data em que a decisão administrativa que o tenha condenado por
infração anterior tenha se tornado definitiva, implicará: Idênc* (art. 24 e 25
I - aplicação da multa em triplo, no caso de cometimento da mesma infração; ou
*REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA
II - aplicação da multa em dobro, no caso de cometimento de infração distinta.
*REINCIDÊNCIA GENÉRICA *Não cabe aplicação após o julgamento do Art.124, há
possibilidade de sua aplicação quando da adesão. Não cabe aplicação após julgamento pela
autoridade julgadora

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Apoio:
ATENUANTES E AGRAVANTES-PASA

• As atenuantes e agravantes podem ser aplicadas na fase recursal, desde que indicadas
na fase instrutória.
• Quanto à revisão do valor da multa, poderá haver redução por incidência da atenuante.
No entanto, é vedada, na fase recursal, a majoração da sanção quando não foi feita na
instrução e julgamento de 1ª instância (Art. 37 – IN-IBAMA N° 19/2023).

COMPETÊNCIAS PARA JULGAMENTO

PRESCRIÇÃO - PASA

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Apoio:
*Reparação dano ambiental: Imprescritível.

SANÇÕES RESTRITIVAS DE DIREITO-PASA

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Apoio:
PEDIDO DE REVISÃO-PASA

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Apoio:
VERÔNICA DIAS DA SILVA CORREA
E-mail: veronica-dias.silva@ibama.gov.br
Tel: (27) 3010-1150

NÚCELO DE FISCALIZAÇÃO DO IBAMA/ES.


E-mail: nufis.es@ibama.gov.br

DENÚNCIAS IBAMA
Fala.BR
falabr.cgu.gov.br

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Apoio:
PALESTRA 04 – Luciano Bazoni Jr

O SISNAMA E A GESTÃO COMPARTILHADA ENTRE


UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS
Linha do Tempo:

Lei de Proteção
Código florestal Código florestal Código florestal
1ª Constituição à Fauna
Decreto nº Lei nº Lei nº
1891 Lei nº
23.793/1934 4.771/1965 12.651/2012
5.197/1967

Lei de
Crimes Portaria
Resolução Portaria
PNMA Lei da ACP
CONAMA CF 88
Ambie Decreto nº Lei do SNUC 189/2001 473/2003 Decreto nº LC
1981 7.347/1985 ntais 3.179/1999 9.985/2000 CT 6.514/2008 140/2011
01/86 1ª CTN Estaduais
9.605/1
998

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Apoio:
SISNAMA (art. 6º da Lei 6.938/1981):
Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema
Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA.a prática
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República;

II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA);

III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República;

IV - órgãos executores: o IBAMA e o ICMBio;

V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais;

VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas
atividades, nas suas respectivas jurisdições;

Lei nº 6.938/1981 (CONAMA):


• O CONAMA foi instituído em 1981, pela Lei 6.938;
• Órgão consultivo e deliberativo do SISNAMA;
• É responsável pelo estabelecimento de normas e critérios para o licenciamento
de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal e Municípios;
• Estabelecimento de normas, critérios e padrões relativos ao controle e à
manutenção da qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos
recursos ambientais, principalmente os hídricos;
Composição:
I - MMA, que o presidirá, e Secretaria-Executiva;
II - IBAMA, ICMBio, SFB, ANA
III - 1 de cada dos Governos estaduais;
IV - 8 representantes dos Governos municipais (órgão ambiental estruturado e
conselho de meio ambiente com caráter deliberativo), dos quais:
a) 1 representante de cada região geográfica;
b) 1 representante da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente -
ANAMMA; e
c) 2 representantes de entidades municipalistas de âmbito nacional;

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Apoio:
Instrumentos da PNMA:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;

II - o zoneamento ambiental;

III - a avaliação de impactos ambientais;

IV - o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;

V - a criação de espaços especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal;

VI - o CTF de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental / de atividades potencialmente poluidoras


e/ou utilizadoras dos recursos ambientais;

VII - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à


preservação ou correção da degradação ambiental.

Lei nº 6.938/1981 (CTF e TCFA):


- Cria os CTFs;

- Institui a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA), cujo fato gerador é o


exercício regular do poder de polícia conferido ao IBAMA para controle e fiscalização
das atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais;

- Anexos VIII (sujeito passivo) e IX (valores)

Linha do Tempo:

Código florestal Lei de Proteção à


1ª Constituição Código florestal Código florestal
Decreto nº Fauna
1891 Lei nº 4.771/1965 Lei nº 12.651/2012
23.793/1934 Lei nº 5.197/1967

Lei de
Crimes Portaria
Resolução Portaria
PNMA Lei da ACP
CONAMA CF 88
Ambie Decreto nº Lei do SNUC 189/2001 473/2003 Decreto nº LC
1981 7.347/1985 ntais 3.179/1999 9.985/2000 CT 6.514/2008 140/2011
01/86 1ª CTN Estaduais
9.605/
1998

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Apoio:
Comissões Tripartites Estaduais:
Tem o objetivo de constituir um espaço institucional de diálogo entre os entes federados com vistas a
uma gestão compartilhada e descentralizada entre União, Estados e Municípios, bem como o
fortalecimento e a estruturação do SISNAMA (Portaria MMA nº 473/2003).

CTE (Composição Port. 473/2003):


I - dois representantes do MMA (IBAMA e IMCBio);

II - dois representantes do(s) órgao(s) estadual(is) de meio ambiente; e

III - dois representantes dos órgãos municipais de meio ambiente, sendo pelo menos um indicado pela
Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (ANAMMA).

CTE (LC 140/2011):


Art. 4º (...) instrumentos de cooperação institucional:

I - consórcios públicos;

II - convênios, ACTs e outros;

III - CTN, CTEs e C. Bipartite do DF;

IV - delegação de atribuições e execução de ações de um ente federativo a outro.

CTE (Composição LC 140/2011):


As Comissões Tripartites Estaduais serão formadas, paritariamente, por representantes dos Poderes
Executivos da União, dos Estados e dos Municípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental
compartilhada e descentralizada entre os entes federativos (Art. 4º, § 3).

CTE (Composição ES):

IBAMA;

- IEMA; IDAF; BPMA; AGERH;

- ANAMA

CTE (Regimento interno ES):


As Comissões Tripartites e a Comissão Bipartite do Distrito Federal terão sua organização e
funcionamento regidos pelos respectivos regimentos internos (Art. 4º, § 3).

Regimento interno ES:


(https://seama.es.gov.br/Media/seama/Comiss%C3%A3o%20Tripartite/Regimento%20Interno%20Co
miss%C3%A3o%20Tripartite%20-%20ES.pdf

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Apoio:
Denúncias:
“Importantes formas de detecção das infrações ambientais, pois qualquer cidadão pode servir como
fonte de informação e repassar ao órgão ambiental fiscalizador dados sobre a ocorrência de infrações".
prática

Legislação
Lei nº 13.460/2017: Dispõe sobre participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços
públicos da administração pública.

Art. 2º, V - manifestações - reclamações, denúncias, sugestões, elogios e demais pronunciamentos de


usuários (...)

Lei nº 13.460/2017:

Art. 10. A manifestação será dirigida à ouvidoria do órgão ou entidade responsável e conterá a
identificação do requerente.

§ 3º Caso não haja ouvidoria, o usuário poderá apresentar manifestações diretamente ao órgão ou
entidade responsável pela execução do serviço;

§ 4º A manifestação poderá ser feita por meio eletrônico, ou correspondência convencional, ou


verbalmente.

Decreto nº 9.492/2018: Regulamenta a Lei nº 13.460/2017. Dispõe sobre participação, proteção e


defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública federal.

Art. 3º, II - denúncia - ato que indica a prática de irregularidade ou de ilícito cuja solução dependa da
atuação dos órgãos apuratórios competentes;

Canais de recebimento
• Linha Verde: 0800 061 8080

• Fala.BR (falabr.cgu.gov.br/)

• Disque Denúncia – 181 (link)

• Presencial ou telefone ou

• ática de ilícitos ambientais

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Apoio:
Responsabilização ambiental

DDA
Diagnóstico de Delitos Ambientais

Etapa inicial – pré-planejamento

Identificação dos ilícitos que ocorrem na região de atuação do órgão

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Apoio:
Página 38 de 46
Apoio:
Casos de fiscalização
Fauna

Flora

Recursos pesqueiros

Qualidade Ambiental

Emergências

Licenciamento

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Apoio:
Fauna
prática de ilícitos ambientais

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Apoio:
Flora
prática de ilícitos ambientais

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Apoio:
Recursos Pesqueiros

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Apoio:
Qualidade Ambiental
prática de ilícitos ambientais

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Apoio:
Emergências
prática de ilícitos ambientais

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Apoio:
Licenciamento
prática de ilícitos ambientais

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Apoio:
LUCIANO BAZONI JUNIOR
E-mail: luciano.bazoni-junior@ibama.gov.br
Tel: (27) 3010-1150

GABINETE DO IBAMA/ES.
E-mail: supes.es@ibama.gov.br

DENÚNCIAS IBAMA
Fala.BR
falabr.cgu.gov.br

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Apoio:

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