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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Este princípio é uma ponderação entre o direito


inalienável ao desenvolvimento e a necessidade e o direito
AUTONOMIA DO DIREITO AMBIENTAL inalienável à preservação ambiental, em que é preciso
implementar mecanismos que possibilitem a convivência
No caso do Direito Ambiental, durante bastante tempo desses direitos. Para isso é utilizado o princípio do
parte da doutrina resistiu em reconhecer a sua autonomia por desenvolvimento sustentável que determina que as
entender que se tratava de um sub-ramo do Direito atividades que possam comprometer o equilíbrio do
Administrativo ou de um simples agrupamento de institutos ecossistema adotem as melhores práticas de gestão
de outros ramos do conhecimento jurídico. No entanto, é ambiental, impedindo a degradação e evitando o
possível afirmar que esse caráter autônomo passou a existir esgotamento.
a partir da edição da Lei nº 6.938/81, que delineou o objeto e
O princípio tem previsão implícita na cabeça do artigo 225,
o objetivo e estabeleceu as diretrizes, os instrumentos e os
princípios do Direito Ambiental. combinado com o artigo 170, VI, ambos da Constituição
Federal, que tratam das atividades econômicas e a defesa do
meio ambiente.
OS PRINCÍPIOS JURÍDICOS
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização
PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim
Esse princípio exige que todas as atividades em que já se assegurar a todos existência digna, conforme os
tem base científica para prever os danos ambientais sejam ditames da justiça social, observados os seguintes
impedidas ou interrompidas antes que o dano se concretize. princípios:
Deve-se sempre buscar a prevenção em Direito Ambiental VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante
pois em muitos casos um dano pode ser incontornável. tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus
O princípio da prevenção tem aplicação no campo processos de elaboração e prestação;
legislativo (licenciamento ambiental), administrativo
(políticas públicas e fiscalização) e judicial (suspensão de
atividades com risco de dano), e está previsto de forma PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO AMBIENTAL
implícita no artigo 225 da Constituição Federal: Esse princípio visa garantir que a população tenha pleno
Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente conhecimento das questões relacionadas ao meio ambiente e
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do assim, possam formar opinião sobre os problemas
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo- ambientais.
se ao Poder Público e à coletividade o dever de Este princípio é previsto pela Lei nº 10650/2003, chamada
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras de “Lei de Acesso à Informação Ambiental”, que assegura o
gerações. acesso de qualquer cidadão as informações ambientais
existentes e sua respectiva publicação no diário oficial. O
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO acesso poderá ser limitado quando se tratar de sigilo
Esse princípio incide quando não se tem a certeza do dano, protegido por lei e comunicações internas de órgãos
mas há elementos suficientes para indicar a probabilidade de governamentais.
sua ocorrência. Nesse caso deve-se impedir a obra ou
determinar que ela seja desenvolvida com cautela redobrada PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO POPULAR
até que se possa confirmar a ausência de riscos. Esse princípio garante que as pessoas têm o direito de
Este princípio é previsto na Declaração do Rio (ECO/1992), participar ativamente das decisões políticas ambientais, por
no princípio 15: se tratar de um sistema democrático semidireto e por se
“Com o fim de proteger o meio ambiente, o princípio tratar de um direito e interesse de todos.
da precaução deverá ser amplamente observado Esse princípio é previsto na Declaração do Rio de 1992, no
pelos Estados, de acordo com suas capacidades. princípio 10:
Quando houver ameaça de danos graves ou
irreversíveis, a ausência de certeza científica “A melhor maneira de tratar as questões ambientais
absoluta não será utilizada como razão para o é assegurar a participação, no nível apropriado, de
adiamento de medidas economicamente viáveis para todos os cidadãos interessados. No nível nacional,
prevenir a degradação ambiental.” cada indivíduo terá acesso adequado às informações
relativas ao meio ambiente de que disponham as contribuição deve ser paga ao Poder Público, que destinará o
autoridades públicas, inclusive informações acerca de valor às medidas de proteção do bem.
materiais e atividades perigosas em suas
comunidades, bem como a oportunidade de participar
dos processos decisórios. Os Estados irão facilitar e COOPERAÇÃO ENTRE OS POVOS
estimular a conscientização e a participação popular, Tendo em vista que o meio ambiente não conhece
colocando as informações à disposição de todos. Será fronteiras políticas, sendo a terra um grande ecossistema, a
proporcionado o acesso efetivo a mecanismos única forma de preservá-la é a cooperação entre as nações,
judiciais e administrativos, inclusive no que se refere mormente por meio dos tratados internacionais, para se ter
à compensação e reparação de danos.” uma tutela global ambiental.

PRINCÍPIO DO POLUIDOR PAGADOR SOLIDARIEDADE INTERGERACIONAL


Este princípio assegura que deve o poluidor responder As atuais gerações devem preservar o meio ambiente e
pelos custos sociais da degradação causada por sua atividade adotar políticas ambientais para a presente e as futuras
impactante (as chamadas externalidades negativas). Assim gerações, não podendo utilizar os recursos ambientais de
este princípio obriga o poluidor a arcar com as despesas de maneira irracional de modo que prive seus descendentes do
prevenção e com a reparação do meio ambiente. seu desfrute.
Esse princípio consta na Declaração do Rio de 1992, no
princípio 16, que inspirou o § 1º, do artigo 14, da Lei NATUREZA PÚBLICA DA PROTEÇÃO AMBIENTAL
6938/1981 que prevê que é o poluidor, independente de
culpa, obrigado a reparar os danos. É dever irrenunciável do Poder Público e da coletividade
promover a proteção do meio ambiente, por ser bem difuso,
As autoridades nacionais devem procurar promover a indispensável à vida humana sadia.
internacionalização dos custos ambientais e o uso de
instrumentos econômicos, tendo em vista a abordagem
segundo a qual o poluidor deve, em princípio, arcar com o PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA
custo da poluição, com a devida atenção ao interesse público As pessoas têm o direito de participar da formação da
e sem provocar distorções no comércio e nos investimentos decisão ambiental, existindo vários instrumentos nesse
internacionais. sentido, como a audiência pública no EIA-RIMA.
Art. 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela
legislação federal, estadual e municipal, o não FUNÇÃO SOCIOAMBIENTAL DA PROPRIEDADE
cumprimento das medidas necessárias à preservação Um dos requisitos para que a propriedade rural alcance a
ou correção dos inconvenientes e danos causados sua função social é o respeito à legislação ambiental (artigo
pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os
186, II, da CRFB/1988), bem como a propriedade urbana, pois
transgressores:
o plano diretor deverá necessariamente considerar a
§1º - Sem obstar a aplicação das penalidades preservação ambiental, a exemplo da instituição de áreas
previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, verdes.
independentemente da existência de culpa, a
indenizar ou reparar os danos causados ao meio
ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O INFORMAÇÃO
Ministério Público da União e dos Estados terá Independentemente da demonstração de interesse
legitimidade para propor ação de responsabilidade específico, qualquer indivíduo terá acesso às informações dos
civil e criminal, por danos causados ao meio órgãos ambientais, ressalvado o sigilo industrial e
ambiente.
preservados os direitos autorais.
PRINCÍPIO DO USUÁRIO-PAGADOR
LIMITE
Esse princípio preceitua que aquele que utilizar recursos
Explicita o dever estatal de editar patrões máximos de
ambientais com fins econômicos ou utilizar de forma privativa
poluição a fim de manter o equilíbrio ambiental.
recursos escassos deve pagar uma contribuição financeira à
coletividade.
PROTETOR-RECEBEDOR
Este princípio é previsto na Lei nº 6938/81, que afirma que
a PNMA visará à imposição ao usuário da contribuição É necessária a criação de benefícios em favor daqueles
financeira pela utilização dos recursos ambientais. Essa que protegem o meio ambiente com o desiderato de fomentar
e premiar essas iniciativas.
VEDAÇÃO AO RETROCESSO ECOLÓGICO § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao
É defeso o recuo dos patamares legais de proteção meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas
físicas ou jurídicas, a sanções penais e
ambiental, salvo temporariamente em situações calamitosas.
administrativas, independentemente da obrigação de
reparar os danos causados.
RESPONSABILIDADE COMUM, MAS DIFERENCIADA
Todas as nações são responsáveis pelo controle da Assim, toda a prática de conduta que cause degradação
poluição e a busca da sustentabilidade, mas os países mais (dano) ambiental, sujeita o infrator à tríplice
poluidores deverão adotar as medidas mais drásticas. responsabilidade: civil, penal e administrativa.
Cada qual apresenta peculiaridades e requisitos próprios
GESTÃO AMBIENTAL DESCENTRALIZADA, DEMOCRÁTICA E e emana efeitos nas respectivas áreas, ressalvando-se
EFICIENTE algumas hipóteses previstas em lei (artigos 65, 66 e 67, todos
As competências ambientais são repartidas por todos os do Código de Processo Penal).
entes federativos, que deverão cooperar harmonicamente na Assim, como regra geral, as decisões proferidas em cada
sua eficiente realização, contando com o apoio da sociedade, uma das esferas não repercute nas demais, isto porque são
que deverá participar ativamente da gestão ambiental. independentes.
A tríplice responsabilidade se divide da seguinte forma:
CONCEITO DE MEIO AMBIENTE
A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº ADMINISTRATIVA: importa na aplicação de multas, embargos,
6.938/81) nos traz o conceito da palavra “Meio Ambiente”, demolição, suspensão, destruição, apreensão, revogação de
disposto através do artigo 3°, inciso I, estabelecendo que tal licenças, aplicadas pelo IBAMA, ICMBio, Polícia Ambiental,
expressão significa: “conjunto de condições, leis, influências Instituo do Meio Ambiente, etc;
de ordem física, química e biológica que permite, abriga e
rege a vida em todas as suas formas. CÍVEL: é a imposição para recuperar o dano causado ao meio
ambiente, por meio de ação civil pública que pode ser movida
MEIO AMBIENTE NATURAL: Este é o tipo de meio ambiente mais pelo Ministério Público Federal ou Estadual, ou ainda, por
conhecido, e geralmente é a ele que nos referimos quando termo de ajustamento de conduta;
dizemos que é preciso preservar a natureza. Também
conhecido como meio ambiente físico, diz respeito a fauna e
flora, além dos recursos naturais preciosos à vida - como o ar PENAL: o infrator é processado criminalmente, se a infração
que respiramos, o solo e a água. constituir crime ambiental, podendo figurar como órgão
acusador o Ministério Público Federal ou Estadual.
MEIO AMBIENTE ARTIFICIAL: O meio ambiente artificial
corresponde às cidades e tudo que faz parte delas, como os Em outras palavras, um ilícito ambiental, via de regra,
edifícios, os espaços públicos e equipamentos utilizados como impõe uma tríplice responsabilidade ao agente infrator, uma
bem comum. É importante salientar que, quando se fala em na esfera criminal, outra na esfera administrativa e outra
espaços urbanos, o meio ambiente artificial não se refere ainda na esfera cível. Independentemente de ter respondido
somente à grandes cidades, mas envolve também a área pela conduta lesiva ao meio ambiente na esfera criminal, o
rural, pois compreende todo e qualquer lugar onde se agente infrator deverá responder por esta conduta também
habitam os cidadãos. na esfera administrativa, bem como igualmente na esfera
cível, acaso, neste último caso, não tenha havido a
composição integral do dano na esfera criminal.
A TRÍPLICE RESPONSABILIDADE
Está prevista na Constituição Federal, e significa que os
causadores de danos ambientais, pessoas físicas e jurídicas, LICENCIAMENTO AMBIENTAL
poderão ser punidos de forma independente nas três esferas:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-
se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA): Técnico e O RIMA CONTERÁ, NO MÍNIMO:
Complexo. - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e
compatibilidade com as políticas setoriais, planos e
RELATÓRIO DE IMPACTO SOBRE O MEIO AMBIENTE programas governamentais;
(RIMA): Conclusões do EIA, de forma objetiva e adequada em - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e
linguagem acessível. locacionais;
A licença ambiental para empreendimentos e atividades - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos
consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de ambiental da área de influência do projeto;
significativa degradação do meio ambiente dependerá de EIA - A descrição dos prováveis impactos ambientais da
e respectivo RIMA. atividade, indicando os métodos, técnicas e critérios adotados
A análise técnica dos estudos ambientais é atividade para sua identificação, quantificação e interpretação;
própria do Poder Executivo, é exercício do poder de polícia! - A caracterização da qualidade ambiental futura da área
O empreendedor e os profissionais que subscrevem os de influência, comparando as diferentes situações da adoção
estudos serão responsáveis pelas informações apresentadas, do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de
sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais. sua não realização;
- A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras
O EIA OBEDECERÁ ÀS SEGUINTES DIRETRIZES previstas em relação aos impactos negativos;
GERAIS: - O programa de acompanhamento e monitoramento dos
- Contemplar TODAS as alternativas tecnológicas e de impactos;
localização do projeto, confrontando-as com a hipótese de não - Recomendação quanto à alternativa mais favorável
execução do projeto;
RIMA SERÁ ACESSÍVEL AO PÚBLICO.
- Identificar e avaliar sistematicamente os impactos
ambientais gerados nas fases de implantação e operação da LICENÇAS AMBIENTAIS – RESOLUÇÃO CONAMA
atividade; SIGLA NOME CARACTERÍSTICA(S) VALIDADE
- Definir os limites da área geográfica a ser direta ou  Concedida na fase preliminar
indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de LP Licença Prévia do planejamento; 5 Anos
influência do projeto, considerando, em todos os casos, a  Aprova sua localização e
bacia hidrográfica na qual se localiza; concepção;
 Atesta a viabilidade
- Considerar os planos e programas governamentais, ambiental;
propostos e em implantação na área de influência do projeto,  Estabelece os requisitos
e sua compatibilidade. básicos e condicionantes.
LI Licença de  Autoriza a instalação do
Instalação empreendimento ou atividade.
6 Anos
O EIA DESENVOLVERÁ, NO MÍNIMO, AS SEGUINTES
ATIVIDADES TÉCNICAS: LO Licença de  Autoriza operação do 4 a 10
- Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, Operação empreendimento ou atividade. Anos
com completa descrição e análise dos recursos ambientais e
suas interações, considerando:
O meio físico: o subsolo, as águas, o ar e o clima.
O meio biológico e os ecossistemas naturais: a fauna e a ETAPAS DO PROCEDIMENTO DO LICENCIAMENTO
flora. AMBIENTAL:
O meio socioeconômico: o uso e ocupação do solo, os usos  Definição dos documentos, projetos e estudos
da água e a socioeconômica. ambientais, necessários ao início do processo de
licenciamento correspondente à licença a ser
- Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas
requerida;
alternativas.
 Requerimento da licença ambiental;
- Definição das medidas mitigadoras dos impactos
negativos.  Solicitação de esclarecimentos e complementações;
 Audiência pública (quando couber, de acordo com
- Elaboração do programa de acompanhamento e regulamentação pertinente);
monitoramento dos impactos positivos e negativos
 Solicitação de esclarecimentos e complementações; ESPAÇOS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS
 Emissão de parecer técnico conclusivo (quando De acordo com o Código Florestal, as áreas de especial
couber, parecer jurídico); proteção ambiental são:
 Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - Área protegida,
dando publicidade. coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental
de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna
MODIFICAÇÃO, SUSPENSÃO OU CANCELAMENTO DE
e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
LICENÇA
populações humanas. (art. 3º da Lei n.º 12.651/2012).
O órgão ambiental competente poderá modificar,
APICUNS E SALGADOS - São, respectivamente, (apicuns)
suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer:
áreas de solos hipersalinos situados nas regiões entre marés,
 Violação ou Inadequação de quaisquer inundadas apenas pelas marés de sizígias, que apresentam
condicionantes ou normas legais; salinidade superior a 150 partes por 1.000, desprovidas de
 Omissão ou falsa descrição de informações vegetação vascular, em outras palavras, um brejo de água
relevantes que subsidiaram a expedição da licença; salgada à beira do mar e, (salgados) áreas situadas em
 Superveniência de graves riscos ambientais e de regiões com frequência de inundações entre mares de
saúde. sizígias, porém, com salinidade que permite a presença de
vegetação herbácea. As áreas de apicuns e salgados estão
protegidas, em regra, pelo regime jurídico das áreas de
AUDIÊNCIA PÚBLICA
preservação permanente; porém, em casos específicos, há
Finalidade: Expor aos interessados o RIMA, tirando dúvidas e proteção específica pelo Código Florestal no art. 11 – A, com
recolhendo críticas e sugestões. O órgão de Meio Ambiente previsão de manejo ecologicamente sustentável.
promoverá a realização de audiência pública.
RESERVA LEGAL - Definido pelo art. 3º, inciso III do Código
Ocorre: Florestal como “área localizada no interior de uma
 Sempre que o órgão ambiental julgar necessário; propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12,
 Quando solicitado por: com a função de assegurar o uso econômico de modo
o Entidade Civil; ou sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a
o Ministério Público; ou conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e
o 50 ou mais cidadãos. promover a conservação da biodiversidade, como o abrigo de
a proteção de fauna silvestre e da flora nativa”. Trata-se,
portanto, de instituto com natureza de limitação do uso da
Obs.: Se a audiência pública for solicitada, mas o órgão propriedade rural.
ambiental não à realiza e concede a licença, esta não terá UNIDADES DE CONSERVAÇÃO - Segundo a Lei n.º
validade. 9.985/2000, as categorias de unidades de conservação são
divididas em áreas de proteção integral e áreas de uso
COMPENSAÇÃO AMBIENTAL sustentável, assim, organizadas:
Instrumento que obriga o empreendedor a apoiar a  As Áreas de Proteção Integral se caracterizam
implantação e manutenção de unidade de conservação, nos pela preservação da natureza, admitindo-se o
casos de licenciamento ambiental de empreendimentos que uso indireto dos recursos naturais. As áreas são
causem significativo impacto ambiental, com fundamento no classificadas em: a) estação ecológica, b) reserva
EIA/RIMA. biológica, c) parque nacional, d) monumento
natural e, e) refúgio da vida silvestre.
 O valor será fixado pelo órgão ambiental, e será
proporcional ao grau de impacto causado  Já as Áreas de Uso Sustentável, diferentemente
das áreas de proteção integral, admitem a
exploração do ambiente de maneira sustentável.
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA (EIV) A classificação é dividida em: a) áreas de proteção
 Lei municipal definirá os empreendimentos (área ambiental, b) áreas de relevante interesse
urbana) que dependerão de EIV. ecológico, c) floresta nacional, d) reserva
 EIV não substitui EIA extrativista, e) reserva da fauna, f) reserva de
 Exigido nos casos que estiverem previstos em lei desenvolvimento sustentável e, g) reserva
municipal particular do patrimônio natural.
ÁREAS AMBIENTAIS MUNICIPAIS - Visa proteger bens  Refúgio da Vida Silvestre.
ambientais naturais e culturais dos processos de urbanização.
ÁREAS DE USO RESTRITO - Uma inovação oriunda do novo O grupo de Unidades de Conservação de Uso Sustentável
código florestal, com a pretensão de proteger e desenvolver é composto pelas seguintes categorias de Unidades de
o bioma do Pantanal e as áreas com inclinação entre 25º e 45º. Conservação:

 Área de Proteção Ambiental;


ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
 Reserva de Desenvolvimento Sustentável;
As Áreas de Preservação Permanente – APPs, são aquelas
obrigatoriamente protegidas da ação humana, devido a  Reserva Particular do Patrimônio Natural;
importância que possuem para a manutenção da  Área de Relevante Interesse Ecológico;
biodiversidade e sustentabilidade.
 Floresta Estadual;
Ademais, a preservação das APPs garante ao ser humano
a segurança em viver sem os riscos e as ameaças provocados  Reserva de Fauna.
pela exploração irregular dos recursos naturais, como
instabilidade climática, enchentes, deslizamentos, dentre
outros.
As APPs são áreas intocáveis, proibidas de manuseio,
onde somente é possível o manejo humano se for para a
finalidade de reflorestamento, preservação, estudos
biológicos e levantamento dos recursos naturais e das
espécies nativas.

RESERVA LEGAL
A Reserva Legal constitui uma área na qual é possível
realizar exploração econômica e rural de maneira
sustentável. Quer dizer que, é possível utilizar o espaço e os
recursos naturais que a área determina, desde que seja
realizado de maneira sustentável, sem agredir ou extrair de
maneira total ou imprudente esses recursos.
Outrossim, a reserva legal é a área do imóvel rural que,
coberta por vegetação natural, pode ser explorada com o
manejo florestal sustentável, nos limites estabelecidos em lei
para o bioma em que está a propriedade. Por acolher uma
porcentagem representativa do ambiente natural da região
onde está designada e, que por esse motivo, se torna
imprescindível à manutenção da biodiversidade local.
Na reserva legal é possível utilizar os espaços rurais e
exploração dos recursos, desde que seja realizado de
maneira sustentável e dentro do que está previsto na lei
ambiental.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
O grupo de Unidades de Conservação de Proteção Integral
é composto pelas seguintes categorias de Unidades de
Conservação:
 Estação Ecológica;
 Parque Estadual;
 Monumento Natural;

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