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Material Rodante

Prof.ª
Andreia Santos
Dinâmica da Disciplina
• Aulas 11/03 e 12/03 – Ministrado conteúdo com atividade avaliativa
das 21:30 ás 22:30h.

• Aulas 18/03 e 19/03 – Aula normal com atividade avaliativa seguido


de desenvolvimento de trabalho e apresentação dos mesmos, com
exposição de elementos rodantes.

• Aulas 25/03 d 26/03 – Aulas práticas, manutenção de materiais


rodantes.

• Entrega das médias e atividade prática e teórica de recuperação.


O QUE SÃO MATERIAIS RODANTES?

Podemos defini-lo como o conjunto


de equipamentos usados por
equipamentos de grande porte,
como os tratores e escavadeiras, e
que inclui rodas guias, sapatas,
correntes, roletes, aro motriz, etc.
TERMOS QUE SERÃO UTILIZADOS

• Lubrificação;
• Manutenção;
• Manutenção Preditiva;
• Manutenção Preventiva;
• Manutenção Corretiva:
• Emergencial ou Programada.
Alguns especialistas garantem que
os custos com a manutenção do
material rodante pode chegar a até
50% dos valores relacionados aos
maquinários e equipamentos.
Em média o custo para
recuperação de uma sapata
de um guindaste de grande
porte, com capacidade de
içamento de 800 t, custaria
cerca de 2 mil reais por
componente, ciente que se
trata de RECUPERAÇÃO e
não da TROCA.
TEMPO MÉDIO DE GIRO DAS
ESTEIRAS
• Terrenos Argilosos: em média 3.500h;

• Terrenos Rochosos: 1200 a 1500h, desgaste


maior nas sapatas, buchas, elos e nos pinos
que sofrem impactos e estão sujeitos a
quebra.
TEMPO MÉDIO DE GIRO DAS
ESTEIRAS
• Terrenos com Areia molhada: 400h, risco
de buchas e pinos serem gravemente
comprometidos.
• Terrenos com lama: Não existe limite de
horas, serviços realizados dentro da lama as
pedras podem atingir os componentes
ocasionando a quebra.
ALGUNS VEÍCULOS QUE UTILIZAM
COMPONENTES RODANTES

Escavadeira de Esteira

Trator Esteira Guindaste de Esteira


IDENTIFICAÇÃO, FUNÇÃO E
CONJUNTO DE PEÇAS BÁSICAS
1. CONJUNTO DE ELOS
• Fornecem um trilho • Resiste ao contato
sobre o qual a máquina abrasivo e ao uso severo;
pode funcionar, • Absorve impactos e
• Suportam todo o peso da cargas das sapatas.
máquina;
1.2 ELOS DA ESTEIRA

Um elo direito e um esquerdo,


um pino e uma bucha formam uma
seção de esteira.
Seções de esteiras são ligadas em
conjunto para formar uma corrente
de esteira ou conjunto de elos.
1.2 ELOS DA ESTEIRA
1.2 ELOS DA ESTEIRA
Características micro-estrutural que devem possuir os elos:
1.3 PINOS

Os pinos das esteiras,


juntamente com as buchas
mantém os elos das esteiras em
conjunto além de agir como uma
articulação para a próxima
secção.
1.3.1 PINOS DE ESTEIRA VEDADA
A esteira vedada (não lubrificada) tem custo de
aquisição mais baixo, mas se desgasta mais
rapidamente. Na fábrica, você encontrará esse tipo de
esteira em máquinas menores.

A = O pino
B = as vedações
C = o elo
D = a bucha
1.3.3 PINOS DE ESTEIRA LUBRIFICADA
A = o elo
B = a bucha
C = o plugue
D = o pino
E = o anel de vedação
F = o anel-suporte
G = o anel de encosto

As esteiras lubrificadas oferecem uma fina camada de óleo


entre os pinos e as buchas, reduzindo a fricção. Essa
característica aumenta a vida útil em aproximadamente
50% em comparação com as esteiras vedadas.
1.4 BUCHAS
Funções das buchas:

1 - Juntamente com os pinos, mantêm os elos


ligados.
2 - Agem como uma articulação em uma seção de
esteira adjacente.
3 - Fazem parte da vedação entre o elo e a bucha.

OBS: As buchas são os componentes mais frágeis


do material rodante e necessita de atenção
especial durante as operações dos equipamentos e
medição.
1.5 MONTAGEM DAS SEÇÕES
1.6 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO
Em esteiras vedadas, a vedação protege contra a
entrada de abrasivos e outros contaminantes entre
o pino e a bucha.
1.6.1 RETENTORES DE ESTEIRAS
VEDADAS (ARRUELAS DE PRESSÃO
BELLVILLE)
Composto por duas arruelas em formato cônico.
Quando comprimidas, deformam-se para manter a
pressão de vedação do conjunto.
1.6.2 RETENTORES DE ESTEIRAS
VEDADAS E LUBRIFICADAS (ANÉIS
RÍGIDOS)
Composto por duas arruelas em formato cônico.
Quando comprimidas, deformam-se para manter a
pressão de vedação do conjunto.
1.6.2 RETENTORES DE ESTEIRAS
VEDADAS E LUBRIFICADAS (ANÉIS
RÍGIDOS)
1 – Ajuste por pressão entre
o pino e o elo.
2 – Interface entre o
conjunto de vedação e a
bucha.
3 – Tampão / Bujão no furo
do pino do óleo
1.7 SAPATAS

As sapatas são aparafusadas nos elos, suportam o


peso da máquina e fornecem tração e flutuação
necessária.
1.7.1 NOMENCLATURA SAPATAS

1- Garra
2- Placa
3- Borda de ataque e
borda de fuga
4- Entalhes
1.8 SPROCKETS
(Segmentos de Roda Motriz)

Os sprockets são responsáveis pelo movimento da


esteira, transferem a carga dos comandos finais
para as esteiras através das buchas.
1.8 SPROCKETS
(Segmentos de Roda Motriz)
1
•(1) Roda motriz
Pela ação dos motores hidráulicos e
redutores finais, se transfere a força
de tração para a roda motriz (1),
fazendo com que as esteiras
desloquem a máquina.
2

•(2) Roda-guia
A roda guia (2) alinha a esteira e o
deslocamento da mesma em relação
aos roletes e carros ou trucks.
1.9 RODAS GUIAS
• As rodas guias executam três funções: guiar as esteiras, suportam
intermitentemente o peso da máquina, fornecem ajuste necessário da
tensão das esteiras.
1.10 ROLETES
• Os roletes de esteira são montados na parte inferior da armação, eles
apoiam a máquina sobre a estrutura, suportam o peso e guiam as
esteiras.
• Equipamento montado com carcaças tratadas termicamente e
revenido, para assegurar perfeita lubrificação e possibilidade de
reutilização de componentes em montagens de outros roletes.
1.10 ROLETES
(1) Roletes inferiores 5 2

4
(2) Rolete superior

1 3
(3) Trucks ou carros
Nota: 2

Na parte traseira os trucks são


fixados através do eixo (4) e na
1
parte dianteira, através dos
cilindros de suspensão (5).
1.10.1 RETENTORES DUO-CONE
Quando falamos em
equipamentos Caterpillar, três
componentes trabalham com
vedação Duo-Cone, são eles:
Roletes superiores e inferiores;
Rodas guias.

Tem a finalidade de reterem a


entrada de abrasivos e manter a
lubrificação dentro das carcaças
1.11 PROTETORES GUIAS DE
ESTEIRA
São elementos opcionais no sistema de material rodante,
porém auxilia na entrada de pedras ou detritos entre os roletes,
rodas guias e sprockets, e assim diminuir o desgaste dos mesmos.
1.12 BARRAS EQUALIZADORAS
A barra equalizadora é responsável por controlar a quantidade
independente de movimentos de cada lado do equipamento.
HORA DO EXERCÍCIO
SAPATAS DE ESTEIRA
Objetivo:
Tracionar e sustentar a máquina.
Quais os tipos de sapatas
existentes:
Os mais variados, variando formas
e tamanhos.
Como determinar o uso da
sapata:
Varia de acordo com o tipo de
trabalho ao qual será exposta.
SAPATAS DE ESTEIRA
As sapatas necessitam de uma análise de
rotina, feita através de um
acompanhamento rigoroso de:
• Condição dos parafusos de fixação;
•Amplitude e uniformidade do desgaste
da garra;
•Existência de trincas.
ROLETES – INFERIORES E SUPERIORES
Roletes Inferiores Roletes Superiores

Podem se dividir em simples ou Objetivo principal é guiar e


duplos, onde os roletes de flanges apoiar a esteira. Reduz a batida
simples são aplicados próximos as da esteira, reduz a carga sobre a
rodas guias ou motrizes, para se bucha e roda motriz.
ter uma melhor orientação.
ROLETES – SUPERIORES
Roletes Superiores
• Percurso mais suave da esteira
lateral superior;
• Flexão correta da esteira em
vários tipos de solo;
• Maior capacidade de trabalhos;
• Maior altura livre entre o rolete e
a armação;
• Vida útil ligeiramente maior da
bucha e roda motriz em solos
abrasivos.
O acréscimo de roletes
superiores ao trator deve ser
cuidadosamente avaliado antes
da instalação. A vida útil do elo
pode ser ligeiramente reduzida
devido ao desgaste adicional da
superfície.
ROLETES – INFERIORES E SUPERIORES
Todos os roletes têm aros forjados com dureza
superficial correspondente a dos elos, para se
obter maior durabilidade.
A dureza dos flanges e da pista proporciona
lubrificação permanente e permitem a troca das
carcaças dos roletes.
SEGUIMENTO DE ELOS - CORRENTE
• Fornece um trilho para esteira;

• Local onde se instalam as sapatas;

• Suportam peso da máquina;

• Alta resistência a abrasão;

• Absorção de impactos e cargas das


sapatas.
SEGUIMENTO DE ELOS - CORRENTE
Formado por:

• Buchas;

• Pinos:
• Pinos vedados;

• Pinos Lubrificados;

• Elos

• Elementos de Vedação.
SEGUIMENTO DE ELOS - CORRENTE
Buchas:

• Mantém os elos ligados;

• Agem como articulação;

• Executam vedação entre o elo As buchas são os componentes mais


frágeis do material rodante e necessita de
e a bucha. atenção especial durante as operações
SEGUIMENTO DE ELOS - CORRENTE
Pinos:
Manter os elos unidos e agir como articulação do conjunto.

• Pinos vedados ou não lubrificados;

• Baixo valor aquisitivo, encontrado em máquinas de pequeno porte

• Pinos Lubrificados:

• Contém uma fina camada de óleo onde propicia a absorção de impactos dos
pinos e das buchas durante as operações.
SEGUIMENTO DE ELOS - CORRENTE
Elos
Trilho;
Furo do pino;
Furo da bucha;
Rebaixo;
Suporte da sapata;
Esteiro;
Parede da bucha.
ELEMENTOS DE VEDAÇÃO
• RETENTORES DUO-CONE (Utilizados nos roletes superiores e
inferiores)
• ARRUELAS DE PRESSÃO BELLVILLE
• Retentores de esteiras vedadas e lubrificadas (anéis rígidos)
ELEMENTOS DE VEDAÇÃO -
RETENTORES DUO-CONE
• (Utilizados nos roletes superiores e inferiores)
Quando falamos em equipamentos Caterpillar, três componentes
trabalham com vedação Duo-Cone, são eles:
Roletes superiores e inferiores;
Rodas guias.

Tem a finalidade de reterem


a entrada de abrasivos e manter a
lubrificação dentro das carcaças.
ELEMENTOS DE VEDAÇÃO -
ARRUELAS DE PRESSÃO BELLVILLE
• Composto por duas arruelas em formato cônico.
• Quando comprimidas, deformam-se para manter
a pressão de vedação do conjunto.
ELEMENTOS DE VEDAÇÃO –
ANÉIS RÍGIDOS
1- Mantém os abrasivos fora da área interna entre o pino e a bucha;
2 - Mantém a lubrificação na junta;
3 - Absorve cargas laterais.

Sem os retentores rígidos, as esteiras

vedadas e lubrificadas não seriam

viáveis uma vez que não suportariam

as cargas axiais envolvidas no conjunto.


RODA MOTRIZ
Durante o trabalho, a roda motriz recebe a força dos
motores e é também ela que faz a roda guia trabalhar,
assim como todo o conjunto.

Os sprockets são responsáveis pelo


movimento da esteira, transferem a
carga dos comandos finais para as
esteiras através das buchas.
RODAS GUIAS
• Guiam as esteiras para dentro e para fora dos roletes;
• Suportam intermitentemente o peso da máquina;
• Fornecem ajuste necessário da tensão das esteiras.
BARRA EQUALIZADORA
A barra equalizadora é
responsável por
controlar a
quantidade
independente de cada
movimento de cada
lado do equipamento.
FATORES DE DESGASTE CONTROLÁVEIS

• TENSIONAMENTO DE
CORRENTES

Manter as correntes muito esticadas


podem desgastar as bucha de 50% a 75%
mais rápido. A sugestão é seguir o padrão
proposto pelo fabricante no manual do
equipamento.
FATORES DE DESGASTE CONTROLÁVEIS

• LARGURA DAS SAPATAS


Sapatas mais largas que o necessário
para a flutuação da máquina diminui
a vida útil do material rodante.
O ideal é operar com a sapata mais
estreita possível para o tipo de terreno
em que o equipamento operará, pois
assim reduz o impacto sobre o
conjunto rodante e seu desgaste
precoce.
FATORES DE DESGASTE CONTROLÁVEIS

Peso da máquina
É necessário respeitar o peso máximo
de operação do equipamento.
Exceder esse limite provoca não só o
aumento do desgaste do material
rodante, assim como:
• Aumento no consumo de combustível;
• Deterioração de outras partes da
máquina;
• Compromete a segurança do operador.
FATORES DE DESGASTE CONTROLÁVEIS

• Derrapagem das esteiras


Treinar e conscientizar o operador de
como proceder com o equipamento
também ajuda na prevenção do
desgaste do material rodante.
Deixa o equipamento patinar no solo
impacta na força necessária para sua
locomoção, reduzindo a vida útil do
material rodante e causando desgastes
desnecessários em outros
componentes.
FATORES DE DESGASTE CONTROLÁVEIS

• De olho na lubrificação

Por se tratarem de equipamento que


são constantemente expostos a
ambientes hostis os mesmos devem
manter-se protegidos quando ao fator
lubrificação.
FATORES DE DESGASTE CONTROLÁVEIS
Os principais fatores que interfere no desgaste gerando
excessiva manutenção e aumento dos custos são as condições da
operação e a não correta manutenção.

ASPECTOS A SEREM ANALISADOS E


PREVENIDOS:
ASPECTOS A SEREM ANALISADOS E PREVENIDOS
Planejamento da operação:

Utilizar máquinas compatíveis com a


operação, condições do terreno,
declividade e os efeitos da atividade.
Antes de realizar a atividade, deve-se
minimizar a passagem do material
rodante sobre superfícies que
venham a danificar o equipamento
ASPECTOS A SEREM ANALISADOS E PREVENIDOS

Curvas mais amplas:

giros muito curtos


aumentam o desgaste e
podem danificar a
superfície de rolamento.
Realizar, sempre que
possível, giros graduais;
ASPECTOS A SEREM ANALISADOS E PREVENIDOS
Operar na direção de
declive:
Deslocamentos em
inclinação ocasionam
desgastes irregulares. As
atividades devem ser
preferencialmente a favor
do declive, com os giros
ocorrendo em superfícies
planas;
ASPECTOS A SEREM ANALISADOS E PREVENIDOS

Alterar a direção de
deslocamento:

Deslocamentos
contínuos somente para
uma direção aceleram o
desgaste do material
rodante;
ASPECTOS A SEREM ANALISADOS E PREVENIDOS
Controle de tração:
Derrapagens constantes ocasionam aumento de desgaste e menor
produtividade. Deve-se ficar atento ao volume movimentado;
ASPECTOS A SEREM ANALISADOS E PREVENIDOS

Cuidados com as bordas da


pista de rolamento:
operar sobre estes locais pode
prejudicar as esteiras. Sempre
que possível, manter ao
máximo a esteira em contato
com o solo.
AGORA É COM

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