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Você conhece as

regras no uso de
películas auto-
motivas?

Muitos concordam que películas deixam o carro mais bonito e até


mais valorizado. Sobretudo em dias de muito sol, uma boa pelícu-
la traz conforto para a vista. Mas será que podemos instalar qual-
quer uma em nosso carro, como as espelhadas?

O uso de películas automotivas são cada vez mais comum. Faça


chuva ou faça sol, elas trazem conforto e elegância para os carros
em que são instaladas. Para as pessoas sensíveis à luz, com fotofo-
bia, por exemplo, chegam a ser indispensáveis.

Mas até que ponto podemos usar aquelas bem escuras? E será que
as espelhadas estão dentro da lei?

Uma coisa é certa: carros com películas traz prós e contras. São boas
porque dão mais privacidade e conforto. Mas podem ser ruins caso
seu carro seja roubado com você dentro, pois a menor visibilidade
dificultará a polícia na identificação da situação “fora do normal”.

Neste artigo, vamos tirar essas e outras suas dúvidas sobre “Regras
no uso de películas automotivas”. E então, vamos nessa?!

Uso de películas nos vidros


dos veículos
A legislação de trânsito prevê a possibilidade do uso de películas nas
partes envidraçadas dos veículos automotores – janelas das portas
traseiras, dianteiras, etc. Elas também precisam atender as exigên-
cias regulamentadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

As películas, além de maior privacidade, oferece ao condutor e pas-


sageiros uma maior proteção contra o sol, e também ajudam a
reduzir a temperatura interna do veículo, pois diminui a incidência
de raios solares.

Mas vale lembrar que a aplicação desse acessório não pode oferecer
riscos à segurança do trânsito. A Resolução nº 254/2007 do Contran
regulamenta os tipos de vidros que os veículos devem possuir, e os
tipos de películas que podem ser usadas.

Atenção para a cor do vidro


Os vidros dos veículos podem ser incolores ou coloridos. Repare que,
em alguns modelos, especialmente os esportivos, vemos pára-bri-
sas nas cores: azul, verde ou fumê. Mais à frente, veremos que essas
cores vão influenciar na película permitida ao seu carro.

Quantidade de luz que passa


pelas películas automotivas
O motorista precisa ter consciência de que todos os vidros são indis-
pensáveis para uma condução segura. Para isso, é de suma impor-
tância observar a questão da transmissão luminosa da película es-
colhida – que é a quantidade de luz que passa pela película.

A resolução citada acima diz que a transmissão luminosa não


poderá ser inferior a 75% no para-brisa incolor. Já no para-brisa com
vidro colorido, a transmissão luminosa deverá ser de, no mínimo,
70%. Nas janelas das portas da frente, o nível de transmissão lumi-
nosa deve ser de, pelo menos, 70%. Nos demais vidros, como nas
janelas laterais traseiras e vidro traseiro, os níveis de transmissão
luminosa deve ser de 28%.

Note que o maior índice de transparência será do vidro dianteiro.


Nas portas dianteiras, ela já pode ser um pouco menor, diminuindo
ainda mais conforme chegamos à parte traseira. Em outras pala-
vras, os vidros dianteiros precisam ser mais claros que os traseiros.

Perigos das películas


muito escuras
Carros com uma película muito escura dificulta a visibilidade do
motorista, podendo levar a acidentes. Outro ponto negativo é que
esses carros que podem servir para esconder criminosos, pessoas
sendo sequestradas, além de constituir risco para a polícia no ato de
uma abordagem – já que, em alguns casos, é impossível ver quem
está no seu interior.

Fiscalização e penalidades
A comprovação de que sua película atende aos níveis de transmis-
são luminosa deve ser feita através de uma chancela (espécie de ca-
rimbo) gravada na película, visível pelo lado externo do veículo, e a
aplicação de películas fora das normas permitidas é considerada
infração de trânsito.

Os veículos que forem fazer vistoria, e que têm películas, passam por
testes específicos com equipamento oficial credenciado pelo Insti-
tuto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e ho-
mologado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Ao ser constatada uma transmissão luminosa menor do que a obri-
gatória, o proprietário do veículo é convidado a retirar toda a aplica-
ção do material para, depois, ser vistoriado. Caso contrário, ele é
reprovado na vistoria.

Outra forma de fiscalização é em blitz da Polícia Militar ou Polícia


Rodoviária. Nestes casos, se os níveis constatados na medição não
estiverem de acordo com a resolução, o agente de trânsito poderá
autuar o condutor por infração de natureza grave, de acordo com o
artigo 230, inciso XVI, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Além de
multa e perda de pontos na carteira, o veículo ainda pode ser apre-
endido para regularização.

Películas automotivas re-


fletivas ou espelhadas
Outra informação importante é que as películas refletivas ou espe-
lhadas são proibidas em qualquer parte envidraçada do veículo,
independente do índice de transmissão luminosa.

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