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A maioria dos carros possuem películas de proteção solar nos vidros, popularmente
conhecidas como Insulfilm. A legislação da película de proteção solar não é recente, porém
são muitas as pessoas que ainda tem dúvidas sobre este assunto. Vamos então entender
um pouco mais sobre isso e como você pode estar dentro da lei?
As transparências deste tipo de produto podem variar entre 5%, 20%, 50%, 70%, 75% e
até 100%. Porém, segundo a legislação, resolução 254 de 26/10/2007 do CONTRAN (leia a
resolução na íntegra aqui), o uso é permitido somente quando aplicado da seguinte forma:
De 28% a 100% para o conjunto dos vidros das laterais traseiras e o vidro traseiro;
De 70% a 100% para o conjunto dos vidros das laterais dianteiras
De 75% a 100% para o pára-brisa (opcional).
Fique atento: todos os produtos que possuem transparências menores que 28%, não são
permitidos pela legislação. A utilização é opção exclusiva do consumidor, porém a lei é bem
clara quanto as consequências. O motorista que desrespeitar a lei será multado em R$
127,69, perdendo 5 pontos na sua Carteira Nacional de Habilitação e tendo ainda seu
veículo retido até a regularização do problema, ou seja, até a película ser trocada.
Muitas pessoas optam por colocar películas de proteção em seus automóveis por
segurança, como forma de reduzir a luminosidade e proteger o carro dos danos causados
pelo sol e pela própria estética proporcionada ao veículo. Mas, seja qual for o seu motivo,
fique atento às determinações da lei para não ser pego desprevinido.
Visão atual das películas automotivas
Alguns parâmetros para orientar novo marco legal
Há riscos desnecessários na manutenção do status quo - com parte dos veículos fora
de padrões legais – bem como conflitos judiciais adicionais que oneram gastos públicos,
com prejuízos sócio-econômicos para o país (Ver Anexo I).
Neste sentido é que a proposta da ANEPP procura contribuir para a atualização da lei
também como uma necessidade diante do avanço tecnológico, especialmente na área de
materiais de alta complexidade utilizados na fabricação das películas de proteção solar, bem
como do maior entendimento do papel dos raios solares na saúde e da função ótica do
motorista na questão da segurança veicular, entendida no contexto da segurança do
trânsito, tanto para motoristas e pedestres, quanto para agentes policiais.
As maiores objeções do passado relativas à segurança do ponto de vista do Estado
foram substituídas por novas razões de segurança do ponto de vista do cidadão – e
tornaram-se ultrapassadas pelo melhor entendimento e modernização das práticas de
abordagem policial de condutores de veículos automotores.
São pesquisas e estudos que devem ser considerados, mesmo tratando em sua
maioria de experiências no exterior, por estarem baseados em sua maioria na longa
tradição de tratamento das questões relacionadas com veículos automotores em
"sociedades do automóvel".
Note-se que as primeiras normas legais sobre a questão dos vidros dos veículos
automotores e materiais de proteção solar remontam a 1930 nos EUA e ganharam
atualizações diferenciadas nos diversos estados da federação americana, especialmente
entre os anos 1980, 1990 e mais recentemente, bem como em outros países com regiões
ensolaradas. Em muitos casos estas normas continuam em discussão em parlamentos locais
e nacionais. Passam por diversas atualizações e a questão está entre as mais estudadas
cientificamente no ramo da engenharia de segurança de trânsito (Ver Anexo IV).
No Brasil, atualmente, com a Resolução 254 do Denatran, os veículos têm que usar
películas que apresentem transmitância não inferior a 28% na área envidraçada traseira e
70% e 75% nos vidros laterais dianteiros e pára-brisa respectivamente o que é considerado
pela média dos consumidores aqui e no exterior como excessivamente claro para produzir
efeitos acentuados em matéria de diminuição do calor, ofuscamento por excesso de
claridade e danos dos raios solares sobre o interior do veículo, proteção à saúde e
segurança de seus ocupantes, além dos aspectos relacionados com conforto e estética. Não
há regulamentação para casos específicos de necessidades especiais, tanto de passageiros
(personalidades, autoridades etc) quanto de tipo e função dos veículos (Ver Anexo III).
Sugestões
Entende-se que o ideal seria que a nova normal legal, para dar ao Estado e ao
cidadão garantias de regras claras e racionais, viesse a ser incorporada ao texto do Código
Brasileiro de Trânsito, inclusive com estes percentuais e condições gerais referentes ao uso
de películas de proteção solar, especificados por tipo de veículo, conforme a presente
solução e em consonância com outras propostas, estudos e projetos neste sentido.
Com isso a direção da ANEPP passou a considerar que suas sugestões começam a
gerar resultados e que sua contribuição nesta nova fase da tramitação do projeto no
Senado Federal é oferecer, dentro de seus humildes limites, todas as informações técnicas
necessárias à rediscussão do tema "películas automotivas" ou, pelo menos, indicar o
caminho para reuni-las.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, usando das atribuições que lhe foram
conferidas pelo inciso I, do art. 12, da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que
institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto n° 4.711, de 29 de maio de
2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e Considerando a
necessidade de regulamentar o uso dos vidros de segurança e definir parâmetros
que possibilitem atribuir deveres e responsabilidades aos fabricantes e/ou a seus
representantes, através de fixação de requisitos mínimos de segurança na fabricação
desses componentes de veículos, para serem admitidos em circulação nas vias públicas
nacionais;
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os requisitos de segurança para os
veículos automotores nacionais e importados;
Art. 2º Para circulação nas vias públicas do território nacional é obrigatório o uso de vidro
de segurança laminado no pára-brisa de todos os veículos a serem admitidos e de vidro de
segurança temperado, uniformemente protendido, ou laminado, nas demais partes
envidraçadas.
Art. 3º A transmissão luminosa não poderá ser inferior a 75% para os vidros incolores dos
pára-brisas e 70% para os pára-brisas coloridos e demais vidros indispensáveis à
dirigibilidade do veículo.
§ 1º Ficam excluídos dos limites fixados no caput deste artigo os vidros que não interferem
nas áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do veículo. Para estes vidros, a
transparência não poderá ser inferior a 28%.
Art. 7º A aplicação de película não refletiva nas áreas envidraçadas dos veículos
automotores, definidas no art. 1°, será permitida desde que atendidas as mesmas
condições de transparência para o conjunto vidro-película estabelecidas no Artigo 3° desta
Resolução.
§ 1° A marca do instalador e o índice de transmissão luminosa existentes em cada conjunto
vidro-película localizadas nas áreas indispensáveis à dirigibilidade serão gravados
indelevelmente na película por meio de chancela, devendo ser visíveis pelos lados externos
dos vidros.
Art. 8º Fica proibida a aplicação de películas refletivas nas áreas envidraçadas do veículo.
Art. 13 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as Resoluções
n.ºs 784/94, 73/98 e demais disposições em contrário.
ANEXO