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CÂMPUS DE PALMAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
PALMAS/TO
2022
FABRÍCIO CÍCERO NUNES DA SILVA
PALMAS/TO
2022
RESUMO
Por muitos anos a humanidade presenciou os grandes avanços que o meio de transporte
motorizado trouxe, o que não foi previsto seria como os outros modais se adequaria a esta
nova realidade. Caminhabilidade é o termo que resume a sensação do pedestre no local que
tem disponível para caminhar. E o presente trabalho é um apanhado de referenciais teóricos
sobre o termo com uma aplicação prática dos parâmetros levantados, utilizando a praça
pública do Bairro Santo Amaro em Palmas-TO como objeto de estudo. Buscando entender as
dinâmicas urbana da região em torno do transporte ativo.
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 5
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................................. 6
2.1 Definições de camimhabilidade ............................................................................................... 6
2.2 Métodos de mensurar caminhabilidade ................................................................................. 8
2.3 Atual cenário da caminhabilidade no brasil .......................................................................... 9
3 METODOLOGIA...................................................................................................................... 12
3.1 Fase teórica.............................................................................................................................. 12
3.2 Fase prática ............................................................................................................................. 12
3.2.1 Estudo do percurso até a praça .............................................................................................. 13
3.2.2 Estrutura do caminho até a praça........................................................................................... 13
3.2.3 Aplicação do questionário ..................................................................................................... 13
3.2.4 Análise através do iCam 2.0 .................................................................................................. 13
4 RESULTADOS E ANÁLISE.................................................................................................... 14
4.1 Fase teórica.............................................................................................................................. 14
4.2 Fase prática ............................................................................................................................. 14
4.2.1 Estudo do percurso até a praça .............................................................................................. 14
4.2.2 Estrutura do caminho até a praça.............................................................................................. 17
4.2.3 Aplicação do questionário ..................................................................................................... 18
4.2.4 Análise através do iCam 2.0 .................................................................................................. 21
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 22
6 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 23
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1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Após a correlação feita por Cambra, o autor resume suas definições e indica qual será
o agente detentor do conhecimento técnico, uma vez que, é reconhecido a cidade como
conjunto todos que a constituem, portanto sendo o reflexo de todos os interesses.
A Jornalista Jane Jacobs (1961) em seu livro “Morte e vida de grandes cidades” opõe-
se aos modelos urbanísticos vigentes, em uma breve analise sobre bairros periféricos cheios
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de vitalidade, que carecem de infraestrutura, mas que são ricos em relações sociais
estabelecidas, portanto apresentam altas qualidades para a escala do pedestre como a
seguraça. E em contrapartida, disserta sobre bairros que estão designados a funções bem
definidas pelo zoneamento urbano e apresentam caos durante o horário de funcionamento e
subutilização em horários contrários, sendo as duas situações degradantes para os pedestres.
Para Jane, a cidade deve ser compacta, acessível e democrática.
Porém, estudos atuais como Segnestam (2002 apud CARDOSO et. al. 2019), apontam
que os índices devem ser tomados de forma mais específica em relação ao objeto de estudo,
pois a sua localidade é um fator determinante por questões culturais, ambientais e
sociodemográficas. Também devem ser considerados os objetivos da aplicação dos dados, e a
escala para uma obtenção precisa e objetiva. O que leva ao entendimento de quem não existe
formula padrão para o conjunto de indicadores, mas sim combinações de dados diferentes.
Percebendo certa divergência com a metodologia de Brashaw, que trouxe 10 indicadores a
serem utilizados para diversos objetivos em qualquer situação. Como ideia inicial sobre o
assunto, é compreensível que seja um método ainda imaturo. Contudo, esses primeiros
pensamentos foram desenvolvidos e aplicado por outros, gerando uma evolução.
A partir desses dados, fica evidente o quão os trajetos feitos a pé são maiores que os
demais, isso significa que planejamento deve ser pautado em priorizar este modal. Sabendo
que esta realidade repete-se aos anos anteriores, a seguir dispõe-se sobre os aparatos legais
que buscam melhoria da mobilidade de modo geral.
No ano de 2012 que segundo VELOSO et. Al (2020), foi determinante para a
mobilidade urbana no Brasil, com a publicação da Lei Nacional da Mobilidade Urbana, Lei
Nº 12.587/2012, que prioriza dos modos não motorizados e coletivos de deslocamento, para
as cidades brasileiras com população superior a 20 mil habitantes. E logo em 2015 foi
elaborado um caderno de referência para a criação do Plano de Mobilidade Urbana –
PlanMob 2015 que propunha oferecer subsídio para o planejamento da mobilidade urbana,
além de instrumentalizar os municípios para o atendimento da exigência legal.
Uma das novas ferramentas criadas é a chamada iCam, que segundo ITDP (2017) tem
propostas de simplificar a coleta de dados, sistematizar as informações e aperfeiçoar alguns
indicadores de caminhabilidade com o objetivo de aumentar o potencial de aplicação do
recurso nas cidades brasileiras. Foi produzido pelo Instituto de Políticas de Transporte e
Desenvolvimento (ITDP Brasil), em parceria com o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade
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(IRPH), órgão da Prefeitura do Rio de Janeiro, e a Pública Arquitetos. Classificação dos dados
é composta por 15 indicadores agrupados em seis diferentes categorias;
3 METODOLOGIA
Neste primeiro momento, o percurso da casa do autor até a praça pública mais
próxima, é o objeto observado. Cronometrando o tempo que dure esse deslocamento para
verificar se é possível manter uma velocidade constante e se a distância percorrida
corresponde à distância entre a origem e o destino. Faz-se necessário o registro fotográfico
praça e a descrição do quão é confortável é a caminhada. Foram sugeridos os horários entre
06:00 até 07:30h ou 17:00 até 19:30h, sendo prioridade horários de movimentação de
veículos, para notar se o trânsito interfere no acesso ao equipamento.
Nesta terceira etapa a pesquisa é realizada com os moradores do bairro, por meio da
aplicação de um questionário feito pela orientadora, passível de mudanças. O questionário vai
gerar resultados mais completos que descrevam a relação que a população tem com o
equipamento urbano e questiona sobre sua qualidade e função. Foram determinados o
número mínimo de 20 questionários, com 11 perguntas.
4 RESULTADOS E ANÁLISE
Para cumprir está etapa foi realizado o deslocamento do Residencial Santo Amaro,
onde reside o autor, percorrendo uma distância de 350 metros até a Praça pública do Santo
Amaro, como na figura 4. O trajeto foi feito por volta das 18:30 na expectativa de que
observasse grande movimentação, mas como a quadra está à periferia da cidade, ainda não é
passagem para outros bairros, o fluxo de veículos ainda é tranquilo, mesmo que não existam
estruturas que priorizem o pedestre.
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Fonte: Autor,2022.
A praça é pequena, tem uma área de 5.000 m² medidos no Google earth, tem um
formato retangular com medidas de 100 metros por 50 metros, como pode ser observado na
figura 6, que contém uma imagem de satélite com algumas outras imagens feitas pelo autor.
Contando não apenas com espaço para caminhada, mas também com uma quadra
poliesportiva, academia ao ar livre e um playground. O entorno é residencial, mas tem alguns
comércios, o que é positivo, pois gera movimento. A arborização faz-se presente, cobrindo
por completo alguns ambientes da praça e também contém um pequeno estacionamento. A
iluminação é suficiente, sendo mais reforçada na quadra poliesportiva. Todos os pontos
levantados podem ser observados na imagem 6.
situações com esta, o pedestre prefere caminhar pela rua, pois a rua é mais continua, e quando
se fala de cadeirantes os deficientes visuais, essa realidade torna-se hostil.
A B
D
C
Está etapa foi construída pela aplicação de questionário feitas em campo e por alguns
moradores do residencial santo Amaro. Dos 20 questionários, 10 foram realizados no dia 29
de novembro de 2022, entre as pessoas que estavam passando pela praça que o estudo aborda.
Outros 5 questionários foram aplicados em pessoas que estavam no trajeto mencionado nas
etapas anteriores, o que aconteceu no dia 2 de Dezembro de 2022. Os 5 restantes foram
realizados pelos moradores do condomínio em dias diferentes. E todos estão em anexo a este
trabalho.
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Através dos resultados obtidos, foi possível separar em a população entre os grupos
que não tem o hábito de caminhar e que faz esse tipo de atividade em qualquer frequência, o
que pode ser mensurado em 35% e 65% respectivamente. Deve-se considerar que a pesquisa
em sua maioria foi respondida por pessoas que estavam na praça, e não pela população em
geral, tendenciando os resultados para quem pratica atividades ao ar livre. Os gráficos a seguir
representam os dados colhidos (figura 8).
Ao lado direito da figura xx, encontra-se uma subclassificação dentre os 65% que
fazem caminhada. A partir desta amostra, busca-se saber o quanto destes utilizam a praça
pública da quadra do Santo Amaro para praticar atividades físicas, e verificou-se que 62% é
parte desse grupo, sendo os outros 38% não usuários do equipamento público em questão.
Afim de entender os dados anteriores, tentou-se montar o perfil dos entrevistados
com base nas repostas obtidas pelo questionário. Esses dados são especificamente de pessoas
que têm o habito de caminhar e são divididas entre a utilização da praça ou não, como elas a
qualificam e são subdivisão entre sexo e idade. Esses dados são verificados na figura 9 a
seguir:
Através da média entre as notas das categorias é possível identificar que é preciso
uma intervenção prioritária, com recomendação de ação a curto prazo. Entendendo que a falta
de estrutura está impedindo com que as pessoas utilizem a praça de sua quadra e busquem
esta estrutura em outros lugares. O que pode resultar em perda de sentimento de
pertencimento, pela busca e necessidade de outros lugares para atividades básicas.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS
JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. 2 ed. São Paulo: WMF Martins Fontes,
2011.
ANEXOS