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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA DE DIREITO
CURSO DE DIREITO

FELIPE DE OLIVEIRA

TDE – CONDUÇÃO AUTÔNOMA

LONDRINA
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................3
2. ANÁLISE DO CASO ESCOLHIDO...................................................................3
3. CONCLUSÃO....................................................................................................5
4. REFERÊNCIAS.................................................................................................6
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1 INTRODUÇÃO

A condução autônoma refere-se aos veículos que podem operar sem a


necessidade de intervenção humana. Tal tecnologia tem o objetivo de substituir a
intervenção humana na condução de automóveis e envolve sensores, algoritmos,
inteligência artificial e outras tecnologias avançadas como a internet das coisas, em
que permite que o carro esteja conectado com outros veículos e dispositivos da via,
fazendo com que a eficiência e fluidez do trânsito aumente consideravelmente. Seu
potencial é promover a segurança nas estradas, reduzir acidentes causados por
erros humanos e aumentar a eficiência no transporte. No entanto, ainda há desafios
a serem superados, como questões de segurança, regulamentação e aceitação
pública.
Embora a ideia de veículos autônomos tenha sido explorada por décadas,
apenas recentemente a tecnologia alcançou um nível de desenvolvimento que torna
sua utilização em larga escala viável. Com a possibilidade de automatizar totalmente
a condução, podemos vislumbrar um futuro com menos acidentes, um trânsito mais
eficiente e mais tempo livre para os motoristas.
Tal tema leva a várias discussões e desafios jurídicos, tais como a
responsabilidade civil em caso de acidentes. É necessário que seja definido quem
será o responsável por um acidente: o condutor do veículo ou o fabricante. Além
disso, a regulamentação dos veículos autônomos é essencial para garantir a
segurança e a confiabilidade desses sistemas. As autoridades governamentais
precisam estabelecer padrões de segurança, requisitos técnicos e procedimentos de
certificação para os veículos autônomos. Também, é necessário definir como os
veículos autônomos devem interagir com os demais usuários das vias, como os
veículos convencionais e os pedestres.

2 ANÁLISE DO CASO ESCOLHIDO

Título da matéria: Tesla relata acidente fatal em carro com condução autônoma
nos EUA.
Link: https://www.bloomberglinea.com.br/2023/04/18/tesla-relata-novo-acidente-
fatal-por-conducao-autonoma/
Tema jurídico tratado: Responsabilidade civil e regulamentações.
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A Tesla revelou mais um acidente fatal envolvendo seus sistemas de assistência


ao motorista, elevando o total para 17 desde junho de 2021. O acidente em questão
ocorreu em fevereiro, quando um Model S da Tesla colidiu com um veículo de
emergência na área da Baía de São Francisco. A National Highway Traffic Safety
Administration (NHTSA), responsável pela segurança viária nos Estados Unidos,
solicitou mais informações à empresa sobre o acidente. A divulgação dos dados
coletados pela NHTSA revelou que esse acidente foi um dos 66 incidentes
envolvendo sistemas de condução autônoma de Nível 2, conforme exigido por uma
ordem de junho de 2021 que obrigou as montadoras e empresas de tecnologia a
relatarem tais incidentes. A Tesla ainda não respondeu aos pedidos de comentários
da imprensa. Defensores da segurança em Washington estão instando os
reguladores e legisladores a estabelecerem regras mais rígidas para os veículos e
tecnologias autônomas, incluindo o recurso de assistência ao motorista do piloto
automático da Tesla. A NHTSA está investigando a maneira como o piloto
automático da Tesla lida com cenas de colisão envolvendo veículos de emergência
e outros tipos de veículos.
Não há, no Brasil, regulamentação específica nem jurisprudência para os
veículos autônomos. Então, seria adequada a criação de regulamentação específica
que estabeleça requisitos técnicos, padrões de segurança e que seja definida a
responsabilidade civil em caso de acidentes. Essa regulamentação deve abordar
aspectos como testes de segurança, certificação dos sistemas e obrigações de
transparência e divulgação de informações pelos fabricantes. Também, é possível
que os sistemas de condução autônoma sejam submetidos a processos de
homologação e certificação pelas autoridades competentes, como o Departamento
Nacional de Trânsito (DENATRAN) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (INMETRO). Esses órgãos podem estabelecer critérios de segurança e
desempenho para aprovação dos sistemas antes de serem comercializados e
utilizados nas vias públicas. Além disto, seria possível especializar e capacitar os
órgãos de trânsito para que fiscalizem e controlem o uso adequado dos sistemas de
condução autônoma.
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3 CONCLUSÃO

A condução autônoma é uma tecnologia promissora que tem o potencial de


transformar a maneira como nos deslocamos, aumentando a segurança nas
estradas e melhorando a eficiência do transporte. No entanto, para que os veículos
autônomos sejam amplamente adotados, é essencial superar os desafios existentes,
como questões de segurança, regulamentação e aceitação pública.
O recente acidente envolvendo um veículo da Tesla destaca a importância de
regulamentações mais rígidas e padrões de segurança para os sistemas de
condução autônoma. A falta de regulamentação específica no Brasil ressalta a
necessidade de estabelecer requisitos técnicos, responsabilidade civil em casos de
acidentes e processos de homologação e certificação pelos órgãos competentes.
A criação de uma regulamentação abrangente, que aborde aspectos como
testes de segurança, certificação dos sistemas e divulgação de informações pelos
fabricantes, é fundamental para garantir a confiabilidade e segurança dos veículos
autônomos. Além disso, capacitar os órgãos de trânsito para fiscalizar e controlar o
uso adequado dos sistemas de condução autônoma é uma medida importante.
É preciso um esforço conjunto entre os governos, fabricantes de automóveis,
especialistas em segurança viária e sociedade como um todo para criar um
ambiente propício à adoção segura e eficiente dos veículos autônomos. Com o
avanço da tecnologia e uma regulamentação adequada, poderemos colher os
benefícios desses veículos, como redução de acidentes, trânsito mais fluído e maior
qualidade de vida para os motoristas.
No entanto, é importante lembrar que a transição para a condução autônoma
deve ser realizada de forma gradual e cuidadosa, levando em consideração os
desafios e impactos envolvidos. A segurança e a proteção dos usuários das vias
públicas devem ser sempre prioridade, e a regulamentação adequada desempenha
um papel fundamental nesse processo. Com o tempo, poderemos alcançar um
futuro em que a condução autônoma seja uma realidade com benefícios
significativos para a sociedade.
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REFERÊNCIAS

AUTOFORCE BLOG. Carro do futuro: 4 tendências que vão impactar o


automóvel. Disponível em: https://blog.autoforce.com/carro-do-futuro/. Acesso
em: 24 mai. 2023.

BLOOMBERG LÍNEA. Tesla relata acidente fatal em carro com condução


autônoma nos EUA. Disponível em:
https://www.bloomberglinea.com.br/2023/04/18/tesla-relata-novo-acidente-fatal-
por-conducao-autonoma/. Acesso em: 24 mai. 2023.

HYUNDAI. Carros do futuro: 6 tendências que podem chegar em breve.


Disponível em: https://www.hyundai.com.br/inovacao-e-tecnologia/Carros-do-
futuro-6-tendencias-que-podem-chegar-em-breve.html/. Acesso em: 24 mai.
2023.

NHTSA. Automated Driving Systems: A Vision for Safety. Disponível em:


https://www.nhtsa.gov/sites/nhtsa.gov/files/documents/13069a-
ads2.0_090617_v9a_tag.pdf. Acesso em: 24 mai. 2023.

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