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ANHANGUERA EDUCACIONAL

VITÓRIA DA CONQUISTA/BA

DIREITO AMBIENTAL

JAASIEL NERES SANTOS BRITO

ATIVIDADE DIREITO AMBIENTAL


LICENCIAMENTO AMBIENTAL

2023
QUESTIONÁRIO

1 - O que significa Licenciar?


Licenciar significa, em sentido comum, dar “permissão”, “anuência”, “consentimento”,
“autorização”, etc. Considerando que o meio ambiente ecologicamente equilibrado é um
bem de uso comum do povo e que compete ao poder público o seu controle e gestão, é
certo que não se poderá admitir o uso incomum ou atípico do bem ambiental (uso
econômico, por exemplo) sem um “pedido de licença”. Ou seja, é preciso que se
consinta, autorize, permita, anua um uso incomum do bem ambiental, pois o seu uso
vulgar e típico é aquele destinado aos fins ecológicos e naturais. E, como a titularidade
deste bem é do povo, sendo ele gerido pelo Poder Público (art. 225, § 1º), é este que
deverá conceder ou não conceder a licença pretendida para um uso incomum.

2 - Defina Licença Ambiental.


É o ato resultante do processo de licenciamento. Só se obtém uma licença ambiental
após o desenvolvimento válido e regular de uma sequência de atos administrativos em
contraditório que culminam num ato final, que é a concessão ou denegação do pedido
de licença ambiental.

3 - Diferencie Licença Ambiental e Licenciamento Ambiental


Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva
ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as
normas técnicas aplicáveis ao caso.
Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente
estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser
obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar
e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos
recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que,
sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

4 - Quais são os principais objetivos do licenciamento ambiental?


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O licenciamento ambiental visa garantir que empreendimentos e atividades sejam


desenvolvidos de forma a causar o menor impacto ambiental possível, considerando a
preservação dos recursos naturais, a saúde pública e o bem-estar da população, além
de promover o desenvolvimento sustentável.

5 - Quais são os tipos de licença ambiental mais comuns no processo de


licenciamento?
Os tipos mais comuns de licenças ambientais são: Licença Prévia (LP), concedida na
fase de planejamento do empreendimento; Licença de Instalação (LI), que autoriza o
início das obras; e Licença de Operação (LO), que permite o funcionamento regular da
atividade.

6 - Quais são os critérios considerados no processo de licenciamento


ambiental?
No processo de licenciamento ambiental, são considerados critérios técnicos, legais,
econômicos, sociais e ambientais. Isso envolve estudos de impacto ambiental, planos
de controle e monitoramento, além do cumprimento da legislação vigente.

7 - Quais são as penalidades para empreendimentos que não cumprem o


licenciamento ambiental?
Empreendimentos que operam sem licença ambiental ou desrespeitam as condições
impostas estão sujeitos a penalidades que podem variar desde multas, embargos,
interdições e até mesmo ações judiciais para reparação dos danos causados ao meio
ambiente.

8 – Defina sobre estudos ambientais.


São todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à
localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento,
apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório
ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar,
diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e
análise preliminar de risco.
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9 – Sobre Licenciamento ambiental, ele é um processo ou procedimento


administrativo?
A questão de saber se a natureza do licenciamento ambiental é de processo ou de
simples procedimento administrativo, em nada interfere na atuação concreta dos
operadores do direito ambiental.
Seja visto como processo ou como procedimento, a verdade é que a sequência de atos
interligados entre si que culminam na concessão ou na rejeição da licença ambiental
deve se pautar pelo devido processo legal e pelos princípios constitucionais regentes da
atuação da administração pública, seja sob a perspectiva formal ou material.
Isso significa que este método ou técnica deve ser público, conter decisões
fundamentadas, desenvolver-se com contraditório e ampla defesa, ser processado e
julgado com imparcialidade, etc.
Particularmente, entendemos que a obtenção (ou rejeição) da licença ambiental é
angariada num processo administrativo informado por princípios constitucionais, com
sujeitos que nele se inserem e desenvolvem suas pretensões, criando situações
jurídicas diversas e complexas, num ritual dialético e participativo, marcas próprias
de um contraditório.
É, portanto, uma relação jurídica que se forma entre o Estado/administração e o
administrado, animada por um contraditório e totalmente permeada e delimitada pelo
devido processo legal.

10 – Quais são as atividades sujeitas à licença ambiental?


A existência da licença ambiental está condicionada a dois fatores fundamentais:
■Não se pode dar um uso incomum a um bem que pertence ao povo e cuja destinação
constitui um direito fundamental (equilíbrio ecológico) da coletividade, sem que se peça
autorização para tanto.
■Trata-se de uma ferramenta de gestão ambiental para que o Estado atue no controle do
uso atípico e na prevenção e precaução dos impactos que possam ser causados ao
meio ambiente.
Dessa forma, para saber se uma atividade ou obra deve ser merecedora de um processo
de licença ambiental, basta verificar se em tal empreendimento será dado algum uso
incomum a um recurso ambiental.
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Se assim o for, deve haver o licenciamento ambiental. Ninguém pode usar um bem que
pertence ao povo de uma forma diversa daquela que foi constitucionalmente garantida
como direito fundamental de todos, sem que estejaautorizado a tanto.
Acrescente-se a este aspecto (uso incomum) o fato de que, sendo a licença ambiental
um instrumento de gestão do meio ambiente, é com ela que se permite proteger,
prevenir, responsabilizar, mitigar, compensar, enfim, controlar atividades,
empreendimentos e obras que possam causar impacto ambiental.
Lembremos que há, no texto constitucional, uma verdadeira presunção de que toda
atividade econômica é impactante do meio ambiente (art. 170, VI). Não é por acaso que a
ordem econômica brasileira tem por princípio a defesa do meio ambiente.
A palavra “defesa” é o reconhecimento de que toda atividade econômica faz uso dos
bens ambientais como matéria-prima e, por isso, agride e ofende o meio ambiente, ainda
que de forma mínima.
Por isso, até que se prove o contrário, nas atividades econômicas cabe ao
empreendedor requerer a licença ambiental ao Poder Público, em procedimento
específico para este fim.

11 – O licenciamento ambiental é mecanismo de grande valia para perquirir a


existência de ambas as situações (uso incomum e poluição), sendo, portanto,
instrumento de atuação dos princípios do poluidor-pagador e do usuário-
pagador. Como é a sua aplicação junto a esses princípios?
Sendo a licença um instrumento de gestão ambiental, é com ela que se identifica,
controla, previne, mitiga e compensa o uso incomum e a impactação do meio ambiente.
Por meio dela, pode tanto ser fixado o custo de internalização da degradação ambiental
que virá a ser causada pela obra ou atividade (poluidor-pagador), como ser estabelecido
um preço pelo uso incomum do bem ambiental (usuário-pagador).
A título de exemplo, basta imaginar uma siderúrgica que pretenda se instalar numa
cidade com fins de produção e exportação de minério de ferro.
A fumaça diária e cotidiana que é despejada a céu aberto dá ao ar atmosférico um uso
incomum, ou seja, serve o ar como descarga de particulados produzidos pela empresa.
Aqui, apenas sob o rótulo de usuário, deve a empresa pagar um preço pelo uso
incomum do bem ambiental.
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Afinal, tomar o ar emprestado do povo usando-o de uma forma incomum para um fim
egoísta não pode ser algo gratuito. Não se pode admitir que este uso seja gratuito para
um enriquecimento do particular.
Contudo, se, além de usar de forma incomum (e ter que pagar por este empréstimo), este
uso também causa degradação da qualidade do ambiente (polui), deve a empresa arcar
com os custos da internalização da referida degradação, caso o órgão público entenda
por deferir a concessão da licença.
Como se vê, assim, poluir e usar são conceitos distintos e geram cobranças distintas por
parte do poder público. Pode-se afirmar que todo poluidor é um usuário incomum, mas
nem todo usuário é um poluidor.
Aquele, poluidor e usuário, deve arcar duplamente com o custo do uso incomum do bem
ambiental. Este, apenas usuário, deve arcar apenas com o custo do empréstimo do bem
do povo.
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MAPA MENTAL

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