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Resumo de proteção ambiental:

Art. 225, CF/88 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.
Conceito de meio ambiente:
Art. 3º, lei 6.938/1981 – Para os fins previstos nessa lei, entende-se por:
I – meio ambiente o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem
física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
=) Classificação de meio ambiente:
- Meio ambiente natural
- Meio ambiente artificial
- Meio ambiente cultural
- Meio ambiente de trabalho
=) Conservação X preservação:
Conservação = Permite o desenvolvimento socioeconômico aliado ao cuidado com a
natureza. É a através da conservação que desenvolvemos, por exemplo, a agricultura
sustentável. Utilização sustentável dos recursos naturais de uma região.
Preservação = Preservar é manter as características próprias de um ambiente, sem fazer
qualquer tipo de alteração. É deixar a natureza seguir seu curso sem nenhuma
interferência humana. A preservação é fundamental em locais de biodiversidade
sensível.
=) Poluição da água: introdução de resíduos na água na forma de matéria ou energia,
de modo a torná-la prejudicial às pessoas e a outras formas de vida, ou imprópria para
um determinado uso a ela estabelecido.

Esgoto
Doméstico

Drenagem de
Efluentes Áreas
Industriais Agrícolas e
Urbanas
=) Fontes de poluição – águas subterrâneas
1 – Despejo de resíduos ou aterros sanitários
2 – Infiltração de rios com contaminação industrial
3 – Drenagem de instalações industriais
4 – Vazamento de tanques de armazenamento
5 – Saneamento in situ
6 – Atividade pecuária
7 – Vazamentos na rede de esgoto
8 – Lagos de estabilização de águas residuais
9 – Agricultura intensiva

=) Consequências das alterações:


Elevação da temperatura:
- Aumento das reações químicas e biológicas (ação tóxica)
- Diminuição do teor de oxigênio (afeta a vida aeróbia)
- Diminuição da viscosidade da água (afundamento de organismos)
Sólidos:
- Assoreamento dos recursos hídricos (inundações)
- Soterramento de animais e ovos de peixes
- Turbidez da água (atividade fotossintética)
Matéria orgânica:
- Maus odores (decomposição)
- Oxigênio dissolvido
Mudanças no PH:
- Corrosão
- Custo do tratamento de água (altera o processo)
- Toxidez (efeitos flora e fauna)
Nutrientes:
- Eutrofização (prejudica fotossíntese, recreação e navegação, causa entupimentos, entre
outros)
Microorganismos patogênicos:
- Trasmissão de doenças (cólera, giardíase, poliomielite, etc)

=) Poluição do solo: qualquer alteração provocada nas suas características, pela


introdução de produtos químicos ou resíduos, de forma que ele se torne prejudicial ao
homem e a outros organismos ou tenha seus usos prejudicados.
- Fontes de poluição do solo:
- Lançamento de resíduos sólidos
- Disposição de esgotos no solo
- Alteração da capacidade de retenção e escoamento das águas
- Utilização de fertilizantes artificiais
- Aplicação de pesticidas
- Degradação de suas características.

=) Poluição do ar: qualquer forma de matéria ou energia com intensidade,


concentração, tempo ou características que possam tornar o ar impróprio, nocivo ou
ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à
flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e à qualidade de vida da
comunidade.
- Consequências locais:
- Danos à saúde humana: asfixia, odor desagradável, doenças do aparelho respiratório,
irritação dos olhos, garganta e mucosa, entre outros.
- Danos à vegetação: redução da fotossíntese, ataques às folhagens, alterações no
crescimento e na produção de frutos.
- Consequências macro:
- Danos à sociedade: redução da visibilidade, danos aos materiais, desfiguração da
paisagem e alterações das características climáticas.
- Regionais ou continentais: chuva ácida.
- Globais: efeito estufa e destruição da camada de ozônio.

Aula 02
Evolução histórica
Princípios
1 – Princípio da prevenção – Objetiva impedir que ocorram danos ao meio ambiente.
Os riscos são conhecidos e previsíveis. Tomar medidas que mitiguem a possibilidade de
danos ambientais.
2 – Princípio da precaução – Quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis,
a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para
postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação
ambiental. Na dúvida a respeito dos danos que possam ser causados ao meio ambiente,
deixa-se de agir.
3 – Princípio do poluidor-pagador – Instrumento econômico e também ambiental, que
exige do poluidor, uma vez identificado, suportar os custos das medidas preventivas
e/ou das medidas cabíveis para, senão a eliminação, pelo menos a neutralização dos
danos ambientais. Não se trata da possibilidade de pagar para poder poluir, mas de
impor a responsabilidade ambiental para aquele que causa poluição ao meio ambiente.
O princípio do poluidor-pagador possui cunho preventivo (incentiva os agentes
econômicos a internalizar as externalidades) e um cunho repressivo (faz com que o
poluidor arque com os custos da degradação).
4 – Princípio do usuário-pagador – Estabelece que quem utiliza o recurso ambiental
deve suportar seus custos, sem que essa cobrança resulte na imposição de taxas
abusivas. O uso gratuito causa enriquecimento ilegítimo, onerando a sociedade.
5 – Princípio do protetor-recebedor – Assegura que o agente público ou privado que
protege um bem natural em benefício da comunidade deve receber uma compensação
financeira como incentivo pelo serviço de proteção ambiental prestado. Incentiva
economicamente quem protege uma área, deixando de utilizar seus recursos,
estimulando assim a preservação. Pode ser considerado o avesso do usuário-pagador.
=) Intervenções governamentais:
a-) Produção direta de qualidade ambiental – Ação de melhoria. Em muitos casos,
teria sido melhor se a degradação ambiental fosse evitada.
b-) Prevenção da poluição – São usados para aumentar a lucratividade e reduzir a
poluição por meio de tecnologias mais lucrativas e limpas.
c-) Normas de comando e controle – Instrumentos de política com grande capacidade
para modificar o comportamento ambientalmente degradante. Geralmente assumem a
forma de limite de insumos ou de produtos aos processos de consumo ou produção.
d-) Incentivos econômicos – Mecanismos que orientam os agentes econômicos a
valorizarem os bens e serviços ambientais, de acordo com a sua escassez e seu custo de
oportunidade social.
No Brasil, há uma cultura forte na direção de comando e controle, que possui alto custo
de monitoramento. Contudo, no Brasil, ainda há pouca competência técnica para
desenvolver e implementar políticas com base em incentivos econômicos (incentivam a
inovação tecnológica no desenvolvimento de melhores maneiras de reduzir a poluição).
=) Licenciamento ambiental – É o procedimento administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva
ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas
aplicáveis ao caso.
=) Licença ambiental – Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente
estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser
obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar
e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma,
possam causar degradação ambiental.
Órgãos licenciadores:
- IBAMA
- Localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe.
- Localizados ou desenvolvidos em terras indígenas.
- Localiazdos ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União.
- Localizados ou desenvolvidos em 2 ou mais estados.
- IMASUL
- Localizados ou desenvolvidos em mais de um município ou em unidades de
conservação de domínio estadual ou do Distrito Federal.
- Delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou
convênio.
- Secretarias Municipais
- Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos
Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de
empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem
delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio.
=) Tipos de licença:
I – Licença prévia – Concedida na fase preliminar do planejamento do
empreendimento ou atividade. Aprova sua concepção e localização, atestando sua
viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem
atendidos nas próximas fases de sua implementação, observadas as diretrizes do
planejamento e zoneamento ambiental e demais legislações pertinentes.
II – Licença de instalação – Autoriza o início da implementação do empreendimento
ou atividade, de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e
projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais
condicionantes, das quais constituem motivo determinante.
III – Licença de operação – Autoriza o início da atividade, do empreendimento ou da
pesquisa científica, após a verificação do efetivo cumprimento das medidas de controle
ambiental e condicionantes determinados para a operação, conforme o disposto nas
licenças anteriores.

Aula 03 – Ações de proteção ambiental IF


- Adoção imediata de leis estaduais específicas de prevenção e de combate ao fogo, que
disciplinem a forma e maneira que devem se dar tanto os trabalhos de prevenção como
de combate aos incêndios.
- Lei estadual de proteção aos rios e às nascentes, que encare seriamente a necessidade
de manutenção e, em vários casos, de expansão das matas ciliares e das áreas de
proteção das nascentes ao redor do pantanal, além da regulação da atividade pesqueira.
- Monitoramento dos focos de calor.
- Melhores condições/ tecnologias para o combate.

Aula 04
A3P – Agenda ambiental na Administração Pública – é um programa do ministério do
meio ambiente que objetiva estimular os órgãos públicos do país a implementarem
práticas de sustentabilidade. No âmbito do CBMMS – abafador sustentável.
Lei 9.985, de 18 de julho de 2000:
Art. 1º Esta lei institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza –
SNUC, estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades
de conservação.
Art. 2º - Para os fins previstos nesta lei, entende-se por:
I – Unidade de Conservação: Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as
águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo
poder público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de
administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.
Importância das Unidades de Conservação:
- Conservação da biodiversidade
- Conservação da água e do solo
- Regulação do clima
- Produção de medicamentos
- Geração de renda
- Lazer
Principais desafios
- Queimadas, caça, desmatamento, pesca predatória e mineração.
Grupos de Unidades de conservação
- Proteção integral = Preservação da natureza – não admite consumo, coleta, dano ou
destruiçãodos recursos naturais.
- Uso sustentável = conservação e uso sustentável dos recursos naturais.
Unidades de conservação em MS:
- 51 UC’s estaduais
- 10 gestão pública
- 41 gestão privada
Unidades de conservação MS:
1- Parque Estadual do Prosa
2- Parque Estadual Matas do Segredo
3- Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema
4- Parque Estadual Pantanal do Rio Negro
5- Parque Estadual Nascentes do Rio Taquari
6- Monumento natural do rio formoso
7- Monumento natural Gruta do Lago azul
8- Apa Rio Cênico
9- Apa Estrada-parque Piraputanga
10- Estrada Parque do Pantanal
UC’s Parques:
- Unidade de proteção integral
- O parque tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande
relevância ecológica e beleza cênica.
- Posse e domínio públicos
- Visitação pública sujeita a normas e restrições
- Pesquisa científica depende de autorização prévia.
Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 – Lei de crimes ambientais
- Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente e dá outras providências.
- Crimes contra a fauna
- Crimes contra a flora
- Poluição e outros crimes ambientais (lançamento acima dos limites).
- Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural.
- Crimes contra a administração ambiental (afirmações falsas, enganosas, sonegação...)
- Infrações administrativas (Ação ou omissão que viole regras jurídicas).
Art. 29 – Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos
ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade
competente, ou em desacordo com a obtida:
Pena – detenção, de 6 meses a 1 ano e multa.
Art. 32 – Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,
domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena – detenção, de 3 meses a 1 ano e multa.
§ 1º-A – Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput
deste artigo será de reclusão, de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda.
Art. 39 – Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem
permissão da autoridade competente:
Pena – Detenção, de 1 a 3 anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 49 – Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de
ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia:
Pena – Detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 41 – Provocar incêndio em mata ou floresta:
Pena – Reclusão, de 2 a 4 anos e multa.
Art. 54 – Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam
resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a
destruição significativa da flora:
Pena – Reclusão, de 1 a 4 anos e multa.
Art. 65 – Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano
Pena – Detenção, de 3 meses a 1 ano e multa.

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