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Sumá rio

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................4

2. LEGISLAÇÃO............................................................................................5

3. PROCESSO, GERAÇÃO E DESTINAÇÃO DE EFLUENTES E


RESÍDUOS SÓLIDOS.....................................................................................................

4. ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DE ABATEDOUROS


BOVINOS

5. IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS..................................9

6. DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS E EFLUENTES.....................................11

7. CONCLUSÃO..........................................................................................12

REFERENCIAS................................................................................................13
1. INTRODUÇÃO

O crescimento populacional e o aumento de consumo resultam no surgimento


de um número crescente de indústrias, e consequentemente numa pressão sobre o
meio ambiente. Com uma população mundial prevista em 2020 de 8 bilhões de
habitantes, a degradação ambiental é assunto de extrema importância atualmente.
Conceitos como prevenção à poluição, reutilização, reciclagem e
planejamento estão ganhando mais espaço nas atividades produtivas. O
desenvolvimento econômico deve ser alcançado respeitando as limitações do meio
ambiente.
A produção animal para corte no Brasil é uma atividade econômica de grande
importância, fazendo com que haja crescimento no número de abatedouros, seja de
suínos, bovinos ou de aves.
Um importante aspecto a ser considerado em abatedouros são os resíduos
líquidos e os resíduos sólidos gerados nas etapas do processo industrial, além da
limpeza e higienização das instalações e equipamentos, que constituem em sua
composição, fontes de poluição e contaminação que ameaçam constantemente o
meio ambiente, e em particular, os corpos receptores.
2. LEGISLAÇÃO

Outro importante marco legal é a Lei Federal, de 2 de agosto de 2010, nº


12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). No 4° artigo é
destacado que a Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne os princípios,
objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotadas pelo Governo Federal
com Distrito Federal e Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao
gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.
O que se percebe na prática de gestão dos resíduos de matadouros públicos
é que o tratamento e a destinação de alguns resíduos ainda estão distantes do que
preconiza a PNRS, principalmente quando se correlacionam as atuas práticas
desses estabelecimentos aos princípios de prevenção e precaução,
desenvolvimento sustentável e ao reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e
reciclável como um bem econômico e de valor social.
No entanto não são apenas os aspectos ambientais que estão em discussão,
já que a problemática ambiental envolvendo matadouros implica também em
condições sanitárias satisfatórias em relação à manipulação, armazenamento,
transporte e distribuição do produto bovino, visando a saúde pública. Desse modo, o
artigo nº 196 da Constituição Federal dispõe que a saúde é direito de todos e dever
do Estado, garantindo isto mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doenças e de outros agravos.
Consoante à discussão proposta está a Lei Federal nº 1.283 de 29 de março
de 1950. Em seu artigo 1º ela estabelece “a obrigatoriedade da prévia fiscalização
sob o ponto de vista industrial e sanitário de todos os produtos de origem animal,
comestíveis ou não comestíveis”, e determina no seu artigo 2º que estão sujeitos a
tal fiscalização os “animais destinados à matança, seus produtos e subprodutos e
matérias primas”. E para complementar, apresenta-se também a Lei Federal nº
7.889 de 22 de novembro de 1989, a qual consigna que a inspeção sanitária prévia
de que trata a Lei nº 1.283/50, quanto aos produtos de origem animal, é também de
competência dos municípios, nos termos do artigo 23, II, da Constituição Federal, e
ainda que a referida competência fiscalizatória se dará por meio de seus órgãos,
quando os estabelecimentos a ela submetidos participarem do comércio apenas no
âmbito municipal. Apesar de todas essas leis representarem o que existe de mais
concreto no controle da higiene na produção da carne brasileira, constata-se que as
condições previstas muitas vezes não são obedecidas.
Todas as questões de higiene e saúde mencionadas refletem-se,
sobremaneira, nas relações de consumo, uma vez que a carne produzida é
comercializada ao consumidor.
No que se refere à defesa dos interesses coletivos, a Constituição Federal de
1988 estabelece no seu artigo 129º que cabe ao Ministério Público (MP), por dever
constitucional, a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis, sendo sua
função institucional “zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços
de relevância pública aos direitos constitucionalmente assegurados, promovendo as
medidas necessárias a sua garantia”, como também impute ao MP o dever da
instauração de Inquérito Civil e ajuizamento de Ação Civil Pública, para a proteção
de interesses difusos e coletivos. As questões de irregularidade vão desde as
questões sanitárias, passando por problemas estruturais, de impacto ambiental,
trabalhistas, de gestão, entre outras.
Algumas vezes estes problemas estão aglutinados, o que dificulta sua
resolução por todos eles requererem priorização. Para concluir ressalta-se que nos
casos envolvendo matadouros, uma das formas que se tem notícia para resolução
dos problemas de forma mais eficiente é o estabelecimento de acordos - entre
gestão e entidades fiscalizadoras - efetivados por meio de Termos de Ajustamento
de Conduta (TAC), os quais permitem soluções mais rápidas se comparadas à
morosidade da justiça brasileira.
3. PROCESSO, GERAÇÃO E DESTINAÇÃO DE EFLUENTES E RESÍDUOS
SÓLIDOS

A produção da carne para consumo humano requer uma série de cuidados. O


processo nos abatedouros se inicia com a recepção dos animais nos currais,
respeitando o tempo de descanso que varia entre 16 e 24 horas. Após completarem
o tempo necessário e estabelecido, os animais são conduzidos para a lavagem e em
seguida para o abate, que é composto por duas etapas: atordoamento e sangria.
Segue o processo com a esfola do animal, retirada das vísceras, corte da carcaça,
desossa, refrigeração e expedição.
Considerando que cada etapa do processo de produção da carne gera
subprodutos diversificados, logo, são necessários diferentes procedimentos quanto à
gestão destes, adotando medidas que, prioritariamente, possam reaproveitá-los
minimizando a geração de efluentes e resíduos sólidos. As práticas de destinação
dos resíduos de origem animal, geralmente, são utilizadas em: aterros,
enterramento, compostagem, queima, incineração e reciclagem.
4. ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DE ABATEDOUROS BOVINOS

Aspecto Ambiental é o “elemento das atividades, produtos e/ou serviços de


uma organização que pode interagir com o meio ambiente” (ABNT NBR ISO
14001:2004). Portanto, aspectos ambientais são os elementos da produção que
quando utilizados geram impactos ambientais.
Destaca-se: emissões atmosféricas, lançamentos em corpos d´água,
lançamentos no solo, uso de matérias primas e recursos naturais, etc. Quando se
trata de abatedouros bovinos: utilização da água, das máquinas, o processamento
da carne, e a utilização da energia elétrica, se enquadram como aspectos
ambientais.
Impacto Ambiental é o resultado da interação entre o os aspectos ambientais
e o meio ambiente, como: alteração da qualidade de corpos d´água, do ar,
contaminação do solo, erosão, etc. Para cada aspecto ambiental pode gerar um ou
mais impactos ambientais. Os impactos gerados nos abatedouros são: consumo de
água e energia, geração de efluentes líquidos com alta carga de poluição orgânica, o
odor, os resíduos sólidos e o ruído das máquinas.
Para controlar os impactos ambientais é necessário: monitoramento, medição
e avaliação dos impactos ambientais e comprometimento.
5. IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS

Com base nos conhecimentos sobre o processo industrial dos abatedouros e


dos tipos de resíduos gerados, é possível saber sobre os impactos ambientais nas
fases de implementação e operação. Portanto, se propõe tais medidas mitigadoras,
ou seja, formas para atenuar os impactos ambientais.
Minimização de efluentes: pode ser obtido pela otimização do uso da água,
como, por exemplo o reuso da água, avaliação contínua e melhoramento do método
de processamento, avaliação e melhoramento da operação de equipamentos.
Recuperação de subprodutos: a recuperação de subprodutos é
economicamente rentável e corrobora para a diminuição dos impactos negativos ao
meio ambiente e atenuar o sistema de tratamento. À exemplo disso, convém
ressaltar alguns produtos que são provenientes desse tipo de tratamento: pelos/
crinas, que podem ser utilizados na fabricação de pincéis; esterco/resíduos de
estômago/ intestino que podem ser convertidos em fertilizante e energia; sangue,
que pode ser transformado em farinha e destinado para nutrição animal; osso, pode
ser transformado em graxa ou farinha, que podem ser utilizados para alimento
animal; sebo, que pode ser convertido em graxa alimentícia.
Tratamento dos efluentes líquidos: para se escolher o tratamento
adequado, deve-se primeiro considerar o grau necessário de remoção dos
poluentes, a disponibilidade de área e custos de implantação, operação e
manutenção dos sistemas. As águas residuais têm elevada carga orgânica, por esse
motivo se utilizam mais tratamentos biológicos:
 Processos anaeróbios;
 Sistema de lagoas aeróbias;
 Iodo ativados e suas variações;
 Filtros biológicos de alta taxa e discos biológicos rotativos (biodiscos)
Esses tratamentos removem de 75-95% de DBO e 80-95% de sólidos em
suspensão. Além disso, antes da aplicação de algum tratamento deve ser feito o
tratamento preliminar, que previsto para remoção de sólidos grosseiros e da
gordura.
Tratamento e disposição adequados dos resíduos sólidos: depende do
tipo de resíduos, entre os processos, pode-se citar processos térmicos para
remoção de sólidos grosseiros e de gordura.
Controle da proliferação de insetos: para evitar insetos devem ser tomadas
algumas medidas como: manter o piso, mesas e câmara de refrigeração limpos e
desinfetados; coletar e tratar os efluentes líquidos gerados no processamento
industrial.
Controle de odores: Os odores são eliminados com uma boa higienização,
mas etapas de processamento onde não pode deixa restos de resíduos orgânicos
que pode promover mal cheiro. Para o tratamento das fontes geradoras de odores
pode-se utilizar biofiltros, lavagem de gases de escape e filtração em leitos de
carvão ativado.
Controle de emissões atmosféricas: O material que as caldeiras produzem
quando utiliza lenha como combustível deve passa belo um processo de ciclones,
precipitadores eletrostáticos, lavadores de gases ou filtros de manga. As caldeiras
que tem como sua energia fósseis em que libera no ar NOx e SOx devem ter suas
emissões tratadas por adsorção em carvão ativado, torres de lavagem de gases e
incineração.
Controle de ruídos: tratamento acústico e isolamento de máquinas e
equipamentos que provoquem ruídos, de modo a atender aos padrões de emissão
da Resolução CONAMA.
Tem que se levado em conta os outros aspectos, as possibilidades
locacionais no que se vê a proximidade de fontes de água para abastecimento, onde
pode ser dispersado os resíduos tratados de acordo com a classe de uso do corpo d'
água e capacidade de absorção desses efluentes
6. DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS E EFLUENTES

O descarte e acúmulo de resíduos orgânicos podem ser prejudiciais tanto ao


meio ambiente, tanto a saúde pública. Os odores incomodam e um dos agravantes,
é que o descarte desses resíduos pode atrair moscas, ratos, urubus, e outros mais
causadores de doenças.
No meio ambiente, esse depósito de resíduos é o contaminante de solo e rios.
Destino dos resíduos, na maior parte dos casos:
 As fezes são doadas para adubos.
 O sangue é coletado para depósito no lixão.
 Os efluentes líquidos e águas residuais são depositados em lagoas.
 O couro é vendido para fabricação de bolsas e sapatos.
 O rabo é vendido para fabricar cordas e pincéis.
 Os cascos são vendidos para fabricação de farinha de ossos.
 O sebo é vendido para fabricar sabão.
 A cabeça é vendida para fabricar adubos ou rações.
 Os chifres são utilizados para fabricação de farinha de osso.
 As vísceras geralmente são vendidas para consumo humano.
 As vísceras não comestíveis são depositadas no lixão.
 Ossos são usados em farinha de ossos.
 Gorduras são depositadas no lixão.
7. CONCLUSÃO

A atividade de abate de bovinos proporciona diversos benefícios como por


exemplo no setor socio econômico onde gera empregos desde da etapa de criação,
reprodução, abate, entre tantas outras atividades desenvolvidas, porém no
abatedouro é produzido de forma significativa causas contra o meio ambiente, há
uma grande produção de resíduos sólidos, onde em sua grande maioria são
aproveitados para a fabricação de outros produtos mas ainda existe a falta do
tratamento de resíduos como fezes, gorduras, sangue e vísceras que ainda são
descartados em lixões onde vão ser prejudiciais à saúde pública. A avaliação dos
aspectos e impactos ambientais são uma ótima forma de formular um bom
planejamento ambiental para frigoríficos.
REFERENCIAS

ARAÚJO, P. P. P.; COSTA, L. P. Impactos ambientais nas atividades de abate de


bovinos: um estudo no matadouro público municipal de Caicó/RN. Revista
Halos, v. 1, 2014.

FERREIRA, Ivete Vasconcelos Lopes et al. Impactos ambientais de abatedouros


e medidas mitigadoras. In: Congreso Interamericano de Ingeniería Sanitaria y
Ambiental, 28. FEMISCA, 2002.

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