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guia de gestão de

resíduos sólidos

Entenda a legislação por trás



da gestão de resíduos
o que você vai

encontrar aqui?

1.1 Definição e classificação de resíduos sólidos


1.2 Problemática dos resíduos

2.0 Legislação e normas legais


2.1 Política Nacional dos Resíduos Sólidos

3.0 Gestão de resíduos sólidos


3.1 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

4.0 Alternativas para a disposição final de resíduos


1.1 Definição e classificação

de resíduos sólidos industriais

Conforme estabelecido pela Resolução O método de classificação é


CONAMA no 313, de 29 de outubro de resumido pela norma com o seguinte
2002, resíduo sólido industrial é fluxograma:
​todo o resíduo que resulte de atividades industriais e
que se encontre nos estados sólido, semi-sólido,
gasoso - quando contido, e líquido - cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na
rede pública de esgoto ou em corpos d`água, ou
exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.
Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes
de sistemas de tratamento de água e aqueles gerados
em equipamentos e instalações de controle de
poluição.

Esses resíduos são divididos, de acordo com


a norma da ABNT NBR 10004, em:
Classe I: Resíduos perigosos;
Classe II: Resíduos não perigosos, que
se subdivide em:
Classe II A: Resíduos não perigosos
não inertes;
Classe IIB: Resíduos não perigosos
inertes;
A análise da periculosidade do resíduo leva
*Os anexos referidos na imagem são os anexos da
em conta o risco à saúde e ao meio própria norma, disponível no link que você encontra
ambiente, por questões como a na última seção do material.

inflamabilidade, corrosividade, reatividade,


toxicidade e patogenicidade.
1.2 Problemática

Tendo em vista um constante aumento observado na geração de resíduos sólidos,


como visto no gráfico 1, que exemplifica a tendência sob a ótica da cidade de
Porto Alegre, instituiu-se a Lei nº 123.05 de 2 de agosto de 2010 (a Política
Nacional de Resíduos Sólidos) cujo objetivo é a redução do volume de resíduos
produzidos e a correta gestão do que não se pode reduzir.

Gráfico 1

É importante observar que a tendência de crescimento continua e que a Lei busca


ao menos diminuir o ritmo desse crescimento nos próximos anos. Para cumprir
com os objetivos desta Lei e os demais objetivos de desenvolvimento sustentável,
é importante entender alguns pontos importantes de que ela trata, bem como
algumas alternativas para o descarte de resíduos.
2. Legislação e normas legais

Algumas das normativas legais sobre a


definição, classificação e gestão de resíduos
sólidos industriais a nível federal são:
É importante frisar que cada região
NBR: 10.004/2004, 12.235/1992, conta ainda com normas específicas
14.725/2005, 8.418/1984, 10.157/1987, do seu município e estado. Faz-se,
13.896/1997, 11.174/1990, portanto, necessária uma busca mais
13.221/2010, 11.175/1990, específica de acordo com a
13.894/1997, 10.005/2004, localização da indústria.
10.006/2004 e 10.007/2004;

Resoluções CONAMA: 334/2003,


314/2002, 316/2002, 264/1999 e
401/2008;

Decreto 4.074/2002;
Leis: 9.605/1998 ("Lei de crimes
ambientais"), 6.938/1981 ("Política
Nacional do Meio Ambiente") e
12.305/2010 ("Política Nacional de
Resíduos Sólidos").
2.1 Política Nacional de

Resíduos Sólidos

A Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), é uma
das normativas mais importantes e completas quando se trata de resíduos industriais.
Logo no seu artigo 6 a lei traz seus princípios, dos quais pode-se destacar o
desenvolvimento sustentável, o respeito à diversidade local e regional, a visão
sistêmica da gestão de resíduos, englobando variáveis sociais, ambientais, culturais,
econômicas, tecnológicas e de saúde pública, além do conceito de poluidor-pagador e
protetor-recebedor.

Logo depois, no artigo 7, trata dos


objetivos, como o estímulo a padrões de
produção e consumo sustentáveis, o
incentivo ao desenvolvimento de
sistemas de gestão ambiental e
empresarial voltados para a melhoria
dos processos produtivos e ao
reaproveitamento dos resíduos sólidos,
incluídos a recuperação e o
aproveitamento energético, e a não
geração, redução, reutilização,
reciclagem e tratamento dos resíduos
sólidos, bem como disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos,
nessa ordem de prioridade, como
sugeriu Valle em 1995.
2.1 Política Nacional de

Resíduos Sólidos

Um ponto importante na lei é o artigo 20, que determina a obrigatoriedade da


elaboração de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos por todas as indústrias
e diversos outros setores. Além disso, estabelece a obrigatoriedade de investimento
no desenvolvimento, produção e uso de produtos recicláveis, reutilizáveis ou que
possam ter destinação ambientalmente adequada no artigo 31, e no artigo 32 a
obrigatoriedade da produção e uso de embalagens sustentáveis. O artigo 33
estabelece as categorias de produtos que devem ter a logística reversa pensada pelos
fabricantes.

Outra parte interessante da PNRS são os artigos 42-45, que dispõem sobre os
incentivos econômicos para entidades que se dediquem ao cumprimento da lei. É
importante ressaltar, no entanto, que essa lei não estabelece multas e punições, o
que é feito pela Lei de Crimes Ambientais. Essa lei estabelece multa mínima de R$
50,00 e máxima de R$ 50.000.000,00 e reclusão ou detenção com tempos variando de
um mês a seis anos, a depender da gravidade do crime.
3. Gestão de resíduos sólidos

Gestão de resíduos é uma adoção de Os 3Rs devem nortear o programa de


ações em conjunto que formam a gestão de resíduos:
capacidade de gerenciamento dos
Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
vários tipos de resíduos nas etapas de
Essas três palavras orientam o princípio de
operação, distribuição, e
ações de educação e gestão de resíduos. São
comercialização de produtos, sempre atitudes que devem ser tomadas de modo
atendendo legislações específicas e integrado, pensando em todo o sistema e seu
ambientalmente aceitas. funcionamento.

A Lei que rege a gestão de resíduos sólidos Reduzir diz respeito à minimização do resíduo
é a Política Nacional de Resíduos Sólidos diretamente na fonte, ou seja, significa não
(Lei nº 12.305/2010), abordada produzir o resíduo. Análises de falhas são muito
importantes nesse ponto para que gastos
anteriormente quando traçamos as
desnecessários não sejam despendidos.
principais legislações e normas legais, é
A reutilização permitirá o reuso do resíduo sem
importante entendermos que dentro dela
uma alteração das suas características físico-
há a determinação de que cada gerador é
químicas.
responsável pelos resíduos gerados e que
esses devem ser segregados no local de E a reciclagem consiste no retorno da matéria-
geração. prima ao ciclo de produção, utilizando, na
maioria das vezes, menos energia do que a
Dentro disso, surge uma responsabilidade produção de um produto original. Ela também
muito importante para as indústrias e pode ser considerada uma forma de tratamento
empresas a respeito dos seus resíduos, dos resíduos.
pois além de eficaz, a gestão deve integrar
o âmbito social e ambiental de forma
harmoniosa.
3.1 Plano de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos - PGRS

Esse plano consiste em ações implantadas nas organizações com o objetivo de


evitar a geração de Resíduos Sólidos, melhorar o acondicionamento e o
tratamento.
Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos algumas empresas passam a ser
obrigadas a apresentar o PGRS como exigência para obtenção de licenciamento,
dentro delas estão incluídas aquelas que geram resíduos industriais, no caso,
gerados em processos produtivos e de instalação de indústrias.
Conteúdo mínimo de um PGRS

Na Lei 12305/2010 também estão definidos os conteúdos mínimos de um PGRS, são esses:
I - descrição do empreendimento ou atividade;
II - diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, o volume e
a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados;
III - observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa e, se
houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos:
a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos;
b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de
resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador;

IV - identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros geradores;


V - ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento
incorreto ou acidentes;
VI - metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos e,
observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, à
reutilização e reciclagem;
VII - se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos, na forma do art. 31;
VIII - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos;
IX - periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da respectiva
licença de operação a cargo dos órgãos do Sisnama.
4. Alternativas para a

disposição final de resíduos

Aterros Sanitários
Aterros sanitários são uma opção para a disposição final dos resíduos sólidos urbanos
sobre um terreno natural. Eles são confinados em camadas cobertas por material
inerte, segundo normas que visam evitar danos ao meio ambiente. Uma problemática
nesse sistema é a perda de potencial de reciclagem e reaproveitamento, além da
restrição de ocupação de terras próximas a implantação de um aterro.

Incineradores
A queima em incineradores é recomendada para resíduos de saúde, já que serve como
um processo de eliminação de organismos patogênicos. Dentro na incineração, ainda há
a opção de coincineração, uma forma de coprocessamento de resíduos perigosos em
fornos de subprodutos de cimento, onde o resíduo funciona como um combustível.
4. Alternativas para a

disposição final de resíduos

Reciclagem de resíduos
A reciclagem de resíduos, como mencionado anteriormente, além de estar contida na
Política Nacional de Resíduos Sólidos, traz inúmeros benefícios para as empresas,
principalmente em relação à utilização de matérias-primas naturais. Além disso,
podemos contar a redução do consumo de energia, diminuição da emissão de poluentes,
economia financeira e logística. Dentro dela, também podemos encontrar a
compostagem, um processo de transformação de matéria orgânica, encontrada no lixo,
em adubo orgânico.

A compostagem é realizada com o uso dos próprios microorganismos presentes nos


resíduos, em condições ideais de temperatura, aeração e umidade.

A EME Jr. realiza análises de viabilidade em gestão de resíduos, entendendo as


características do seu resíduo e fornecendo um estudo completo de
diferentes formas possíveis para a reinserção no próprio ciclo de
produção ou criando subprodutos.
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