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Fabricio Soler
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fev./2022
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Advogado especialista em Direito do Ambiente, Direito dos Resíduos, Infraestrutura; sócio de Felsberg Advogados;
Consultor da ONU para o Desenvolvimento Industrial e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para estudos
em resíduos, tendo participado de projetos junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento e
ao Banco Mundial;
Coordenador do MBA Executivo em ESG da Trevisan Escola de Negócios e Exame Academy, e do curso de
educação executiva Gestão e Direito dos Resíduos. Professor da PUC-SP, UFSCar, entre outras instituições;
Mestre em Direito Ambiental pela PUC, MBA em Infraestrutura pela FGV, especialista em Gestão e Negócios do
Setor Energético pela USP e pós-graduado em Gestão Ambiental também pela USP;
Indicado por prestigiosas publicações internacionais e pela brasileira Revista Análise Advocacia como advogado
admirado na área de Direito Ambiental;
Membro de Conselhos e Comitês de Sustentabilidade e ESG, da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade
(RAPS), mentor do Green Sampa da Agência São Paulo de Desenvolvimento, do Youth Climate Leaders;
Notória atuação com a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Lei de Saneamento Básico, acordos setoriais,
termos de compromisso, sistemas de logística reversa, economia circular, reciclagem, sistemas de limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos, além de projetos e modelagens jurídicas envolvendo concessão e parcerias público-
privada;
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Legislação Federal Básica
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Conceitos Relevantes
Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante
de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se
propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou
semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;
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Conceitos Relevantes
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Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos - PGRS
Estão sujeitos à elaboração de PGRS:
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PGRS
Para a elaboração, implementação, operacionalização e monitoramento de todas as
etapas do PGRS será designado responsável técnico devidamente habilitado;
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PGRS (Novo Decreto 10.936/22)
Ficam dispensadas de apresentar o plano de gerenciamento de resíduos sólidos as
microempresas (receita bruta <360 mil/ano) e as empresas de pequeno porte (<4.8M/a) que
gerem somente resíduos sólidos domiciliares ou equiparados aos domiciliares pelo Poder
Público municipal até o volume de 200 litros por empreendimento por dia.
O PGRS das microempresas e das empresas de pequeno porte, quando exigível, poderá
constar do plano de empresas com as quais operem de forma integrada, desde que estejam
localizadas na área de abrangência da mesma autoridade de licenciamento ambiental.
“Art. 66. O disposto nesta Seção não se aplica às microempresas e às empresas de pequeno
porte geradoras de resíduos perigosos.
Parágrafo único. Para fins do disposto nesta Seção, não são considerados geradores de
resíduos perigosos aqueles que gerarem, em peso, mais de noventa e cinco por cento de
resíduos não perigosos em relação ao total dos resíduos sólidos gerados.”
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Manifesto de Transporte de Resíduos - MTR
- O MTR é uma ferramenta online, autodeclaratório, válido no território nacional, emitido pelo
Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos – SINIR;
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MTR
Art. 7º O gerador é o responsável exclusivo por emitir o formulário do MTR no SINIR, para cada remessa
de resíduo para destinação.
Art. 14. Cabe ao destinador, fazer o aceite da carga de resíduos no sistema, procedendo a baixa dos
respectivos MTRs, procedendo eventuais ajustes e correções, em um prazo de até 10 (dez) dias após o
recebimento da carga em sua unidade.
Certificado de Destinação Final de Resíduos - CDF: documento emitido pelo Destinador e de sua exclusiva
responsabilidade que atesta a tecnologia aplicada ao tratamento e/ou destinação final ambientalmente
adequada dos resíduos sólidos recebidos em suas respectivas quantidades, contidos em um ou mais
MTRs;
- O CDF somente será válido e reconhecido pelos órgãos ambientais competentes, quando emitido através do
MTR;
- A emissão do CDF deverá ser realizada apenas pelo destinador responsável, sendo vedada a emissão do CDF
por agentes não envolvidos diretamente na destinação de resíduos, entre os quais os transportadores e os
armazenadores temporários.
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Critério Classificação Gerador Gerenciador Regime jurídico
Resíduos da produção Licenciamento
ambiental
(Artigo 13, I, alíneas Responsável pela atividade produtiva
“d” a “k” da Lei (Artigos 20 a 24 e 27
Federal nº da Lei Federal nº
12.305/2010) 12.305/2010)
Origem
Serviço público
financiado por
(Artigo 13, I, Lei
Resíduos sólidos Munícipes em receitas tributárias
Federal nº
urbanos (RSU) residências urbanas Municípios e o DF (IPTU, taxa do lixo) ou
12.305/2010)
(titulares dos serviços não tributárias (tarifa)
(Artigo 13, I, alíneas Sociedade em geral na públicos de limpeza
“a” a “c” da Lei varrição e na limpeza urbana e de manejo (Artigo 175 da CF c/c
Federal nº de logradouros de RSU) artigos 2º, I, alínea “c”,
12.305/2010) e 7º da Lei Federal nº
11.445/2007 c/c
artigo 36 da Lei
Federal nº
12.305/2010)
Produto ou embalagem em fim de vida Consumidores Logística reversa
Fabricantes
(Artigo 33, I a IV, e §§1º a 2º da Lei Federal nº Consumidores Importadores (Artigo 31, III c/c
12.305/2010) Distribuidores artigo 33 da Lei
Comerciantes Federal nº
12.305/2010)
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Resíduos Perigosos (Novo Decreto 10.936/22)
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Responsabilidade compartilhada
pelo ciclo de vida dos produtos
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Responsabilidade compartilhada
SETOR EMPRESARIAL
Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes
(ii) Divulgação de informações relativas às formas de evitar, reciclar e eliminar os resíduos sólidos
associados a seus respectivos produtos;
(iii) Recolhimento dos produtos e dos resíduos remanescentes após o uso, assim como sua
subsequente destinação final ambientalmente adequada, no caso de produtos objeto de sistema de
logística reversa na forma do art. 33;
(iv) Compromisso de, quando firmados acordos ou termos de compromisso com o Município, participar
das ações previstas no PMGIRS, no caso de produtos ainda não inclusos no sistema de logística
reversa.
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Responsabilidade compartilhada
pelo ciclo de vida dos produtos
LOGÍSTICA REVERSA
Instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações,
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta
e a restituição dos resíduos sólidos ao setor
empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou
em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final
ambientalmente adequada.
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Sistemas de Logística Reversa
Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos
produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e
de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:
I- agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso,
constitua resíduo perigoso;
II - pilhas e baterias;
III - pneus;
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
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Viabilidade técnica e econômica do sistema de logística reversa
Visão sistêmica, razoabilidade e respeito às diversidades regionais
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Sistemas de Logística Reversa
MEDIDAS PARA IMPLEMENTAÇÃO
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Sistemas de Logística Reversa
ATRIBUIÇÕES INDIVIDUALIZADAS E ENCADEADAS
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Sistemas de Logística Reversa
Na hipótese de a importação dos produtos ser realizada por terceiro, nas
modalidades por conta e ordem e por encomenda, na qual a mercadoria importada
seja repassada ao adquirente ou ao encomendante, conforme o caso, e este se
configure como o real destinatário do produto, a estruturação, a implementação e a
operacionalização do sistema de logística reversa serão de responsabilidade do
adquirente ou do encomendante do produto, de acordo com a modalidade
contratada.
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Sistemas de Logística Reversa
Instrumentos de Implementação
I - acordos setoriais;
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Instrumentos de Implementação
I - definições;
II - objeto;
III - estruturação da implementação do sistema de logística reversa;
IV - operacionalização da logística reversa e do seu plano operativo;
V - financiamento do sistema de logística reversa;
VI - governança para acompanhamento de performance;
VII - entidades gestoras;
VIII - forma de participação dos consumidores na logística reversa;
IX - obrigações dos fabricantes, dos importadores, dos distribuidores e dos
comerciantes;
X - planos de comunicação e de educação ambiental;
XI - objetivos, metas e cronograma;
XII - monitoramento e avaliação do sistema;
XIII - viabilidade técnica e econômica do sistema de logística reversa; e
XIV - gestão de riscos e de resíduos perigosos.
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Sistemas de Logística Reversa
Os instrumentos estabelecidos:
I - em âmbito nacional prevalecem sobre os firmados em âmbito regional,
distrital ou estadual; e
II - em âmbito regional, distrital ou estadual prevalecem sobre os firmados em
âmbito municipal.
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INSTRUMENTOS
Acordo Setorial
• apresentação de proposta pelos fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes dos
produtos e das embalagens ao MMA;
• submissão da proposta à consulta pública pelo prazo de 30 dias;
• oitiva dos órgãos federais com competências relacionadas à matéria para manifestação em 30
dias;
• consolidação e análise pelo MMA que poderá: aceitar, solicitar complementação ou arquivar.
Decreto (regulamento)
• elaboração de proposta pelo MMA, com submissão à consulta pública e oitiva dos órgãos
federais;
• setor empresarial deve apresentar no prazo da consulta estudo de viabilidade técnica e
econômica do sistema de logística reversa objeto do regulamento, de forma a contribuir para o
aprimoramento da proposta.
Termo de Compromisso
• quando não há na mesma área de abrangência acordo setorial ou regulamento; ou
• para o estabelecimento de compromissos e metas mais exigentes;
• não será precedido de consulta pública.
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Programa Nacional de Logística Reversa
Instituído o Programa Nacional de Logística Reversa, integrado ao Sistema
Nacional de Informações Sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos - Sinir e ao Plano
Nacional de Resíduos Sólidos - Planares.
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ISONOMIA
Os fabricantes, os importadores, os distribuidores e os comerciantes de produtos,
de seus resíduos e de suas embalagens que sejam objeto de logística reversa, não
signatários de acordo setorial ou termo de compromisso firmado com a União
deverão estruturar e implementar sistemas de logística reversa, consideradas as
obrigações imputáveis aos signatários e aos aderentes de acordo setorial ou ao
termo de compromisso firmado com a União.
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Panorama Federal dos Sistemas de Logística Reversa
PRÉ PNRS (antes de2010)
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Panorama Federal dos Sistemas de Logística Reversa
PÓS PNRS (a partir de 2010)
Ano Tipo de norma Produto ou embalagem
2012 CONAMA OLUC
Embalagens de OLUC
2014 Lâmpadas
Acordo Setorial
2015 Embalagens em geral
2017 Decreto Federal ISONOMIA
2018 Termo de Compromisso Embalagens de aço
Acordo Setorial Baterias de chumbo ácido
2019
Acordo Setorial Eletroeletrônicos
Decreto Federal Eletroeletrônicos
Decreto Federal Medicamentos
2020
Termo de Compromisso (consulta pub.) Embalagens em geral
Termo de Compromisso Embalagens de alumínio
2021 Decreto (consulta pública) Embalagens de vidro
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Resolução SMA nº 45/2015
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100 toneladas de embalagens no mercado nacional
22% do colocado no mercado
Meta BR: 22 ton.
Estabelece o procedimento
para a incorporação da
Logística Reversa no âmbito
do licenciamento ambiental
Termos de Compromisso de
Logística Reversa
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Desafios comuns dos Sistemas de Logística Reversa
• Participação efetiva de todos os agentes no ciclo de vida dos produtos, incluindo consumidores;
• Isonomia entre os sujeitos obrigados (fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes);
• Desburocratização (simplificação) das operações, sobretudo quanto ao transporte e ao
licenciamento ambiental;
• Criação de incentivos fiscais (desoneração da cadeia reversa);
• Fiscalização pelo Poder Público;
• Harmonização normativa visando a conferir maior segurança jurídica;
• Reconhecimento da não periculosidade de produtos descartados;
• Instituição de mecanismo de financiamento - ecovalor;
• Assegurar a não colidência e a unicidade dos resultados da logística reversa;
• Fortalecimento das cooperativas de catadores de materiais e superação da informalidade no
setor.
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www.centraldecustodia.com.br
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Repercussões Jurídico-Ambientais e Riscos de Penalidades
• Inquéritos Civis Ambientais e Ações Civis Públicas Ambientais com o objetivo de requerer a
implementação de sistema de logística de reversa de embalagens, discussão de reparação de
eventual dano ambiental e ressarcimento de municípios;
• Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de
relevante interesse ambiental; pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa.
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