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1-O que são Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS?

PGRS é a sigla para Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. O plano é um documento


técnico que identifica o tipo e a quantidade de cada tipo de resíduos gerados em uma
empresa.

Através do PGRS são indicadas as formas ambientalmente corretas para o manejo,


acondicionamento, transporte, tratamento, reciclagem, destinação e disposição final do
resíduo gerado. Isto quer dizer, que através do PGRS as empresas demonstram que realizam o
gerenciamento adequado.

2- Para que serve um PGRS?

O PGRS é um requisito legal em defesa do meio ambiente. Com o grande aumento da


tecnologia e, consequentemente, do número cada vez maior de lixos eletrônicos produzidos,
inúmeros resíduos sólidos também são gerados. De extrema importância é seu descarte ser
feito por empresas especializadas, pois possuem substâncias tóxicas à saúde e ao meio
ambiente, podendo representar um grande perigo à sustentabilidade.

Visando isso, o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos auxilia no controle da gestão de


resíduos, calculando a quantidade produzida pelas empresas e buscando alternativas para
reduzi-la, bem como seu impacto no meio ambiente, além de favorecer a reciclagem e a
reutilização e estar de acordo com a legislação do município.

3- Quem está obrigado a elaborar um PGRS?

Desde 2010, os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos são obrigatórios para empresas
públicas ou privadas de determinados setores, de acordo com a Política Nacional de Resíduos
Sólidos. São alcançados pela obrigação, nos termos do art. 20 da PNRS:

Geradores de resíduos dos serviços públicos de saneamento básico, exceto os resíduos sólidos
urbanos domiciliares e de limpeza urbana, originários da varrição, limpeza de logradouros e
vias públicas e outros serviços de limpeza urbana. Nessa categoria são consideradas as
empresas de tratamento de água e esgoto, drenagem de água pluvial, as prefeituras que
prestam os serviços públicos de saneamento básico por conta própria, entre outros;

Geradores de resíduos industriais: se aplica a toda e qualquer indústria no país. Desde a


indústria alimentícia, automobilística, de equipamentos eletrônicos, as serrarias, entre outras;

Geradores de resíduos de serviços de saúde: os resíduos desta categoria de geradores são


gerados principalmente em hospitais, clínicas, consultórios, mas também na indústria
farmacêutica;

Geradores de resíduos da construção civil: as empresas de construção, de reformas, reparos e


demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de
terrenos para obras civis;
Geradores de resíduos perigosos: os geradores dessa categoria devem se cadastrar em órgãos
específicos e detalhar o gerenciamento de resíduos perigosos periodicamente aos órgãos
controladores, mesmo se gerarem um volume pequeno de resíduo;

Geradores de resíduos de serviços de transporte: neste grupo entram as empresas de


transporte originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e
ferroviários e passagens de fronteira;

Geradores de resíduos das atividades agropecuárias e silviculturas, incluídos os relacionados a


insumos utilizados nessas atividades: as empresas pertencentes a essa categoria são:
frigoríficos, matadouros, abatedouros, açougues, indústria de processamento de produtos
agrícolas como arroz, mandioca, milho, soja, feijão, etc.

4- Quem pode ser responsável por um PGRS?

Para a elaboração do PGRS a sua empresa deve ter auxílio de profissionais qualificados. A PNRS
determina que o gerador deva designar um responsável técnico devidamente habilitado para
elaborar o documento.

O Responsável Técnico Habilitado pode ser qualquer profissional com registro em Conselho de
Classe (CREA, CRQ, CRBio, etc.) e formação em algum curso técnico ou superior que possua
interface com gestão ambiental. Dessa forma, normalmente Engenheiros Ambientais,
Biólogos, e Químicos têm essa competência atribuída pelos seus respectivos conselhos de
classe.

O termo Responsável Técnico representa o cidadão habilitado, na forma da lei que


regulamentou sua profissão, ao qual é conferida atribuição para exercer a responsabilidade
técnica de um empreendimento. Ele tem o dever de trabalhar para a preservação da saúde, da
segurança e do bem-estar da população, bem como o de agir em favor da prevalência do
interesse público sobre o privado na empresa em que atua.

Para atingir esse objetivo, o Responsável Técnico deve ter como norma de conduta ético-
profissional a preocupação prioritária com o controle de qualidade e a garantia do consumidor.

O Responsável Técnico é obrigado a prestar conta aos órgãos governamentais ligados à sua
área de atuação e ao Conselho de fiscalização de sua categoria. Também é importante
registrar que ele responde por suas ações e omissões no exercício da responsabilidade técnica
nos termos da legislação vigente, que é de ordem publica.

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