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ALTEROSA – MG
Janeiro 2020
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1. FATORES DE DEGRADAÇÃO: Os elementos das atividades, produtos ou
serviços de uma organização, que podem interagir com o meio ambiente, podem
ser: as emissões, os rejeitos, os resíduos, consumo de recursos, o consumo de
energia.
De acordo com o que foi exposto, pesquise quais as formas de destinação de
rejeitos e resíduos mais utilizados no Brasil (cite a fonte).
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se acumulam no subsolo ou são lançados na atmosfera, como o metano (CH4), gás
também responsável pelo aquecimento global4,5.
Muitas vezes ainda o lixo é queimado ou incinerado nos próprios lixões ou em aterros
controlados sem o uso de equipamentos de controle adequados, resultando na emissão
descontrolada de partículas e outros poluentes atmosféricos, como metais pesados,
compostos orgânicos e hidrocarbonetos. De modo geral, os impactos dessa degradação
estendem-se para além das áreas de disposição final dos resíduos, afetando toda a
população. Além disso, os profissionais que trabalham nessas áreas, que na sua grande
maioria não fazem uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), podem
desenvolver alterações na função pulmonar e infecções por contaminação do sistema
respiratório5,6.
Os aterros sanitários, por sua vez, nos quais receberam o maior volume de resíduos
sólidos urbanos coletados no ano de 2018, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no
Brasil, são obras de engenharia, projetadas sob critérios técnicos, cujo o objetivo é dispor
o lixo no menor espaço possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente7.
A disposição de resíduos em aterros sanitários é considerada uma das técnicas mais
eficientes e seguras de destinação de resíduos sólidos, pois permite um controle eficiente
e seguro do processo e quase sempre apresenta a melhor relação custo-benefício. Todo o
projeto de um aterro sanitário deve ainda ser elaborado segundo as normas preconizadas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), nas quais descrevem as
diretrizes técnicas de elementos essenciais, tais como impermeabilização da base, e
impermeabilização superior, monitoramento ambiental e geotécnico, sistema de
drenagem de lixiviados e de gases, exigência de células especiais para resíduos de
serviços de saúde, apresentação do manual de operação do aterro e definição de qual será
o uso futuro da área do aterro após o encerramento das atividades7.
Outro dado divulgado pelo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil publicado pela
Abrelpe, referente ao ano 2018/2019, está relacionado a disposição dos Resíduos de
Serviços de Saúde (RSS). Estes resíduos incluem substâncias utilizadas em atividades
médicas ou assistenciais em locais como hospitais e clínicas (médicas, odontológicas ou
veterinárias), farmácias, necrotérios e centros de zoonoses, entre outros3.
Parte desse descarte não representa ameaça especial à saúde ou ao meio ambiente –
como sobras de alimentos ou resíduos das áreas administrativas. Mas alguns tipos
envolvem alto risco, por conter agentes biológicos infecciosos (lâminas de laboratório,
bolsas de transfusão de sangue, medicamentos), componentes potencialmente
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inflamáveis, corrosivos ou tóxicos (reagentes, resíduos com metais pesados), materiais
radioativos (como os utilizados em radioterapia) e cortantes (agulhas, lâminas de bisturi,
ampolas de vidro)3.
Dados do levantamento divulgados no referido documento, apontam que, em 2018,
4.540 municípios prestaram serviços de coleta, tratamento e disposição final de 252.948
toneladas de RSS, o equivalente a 1,2 quilo por habitante ao ano (kg/hab/ano). E mesmo
nesse grupo de municípios que executaram os serviços de coleta, mais de um terço
(36,2%) deu destinação inadequada aos resíduos, levando-os sem tratamento prévio a
lixões, aterros, valas sépticas etc. É importante destacar que a legislação estabelece que
certas classes de RSS devem ser tratadas antes de sua disposição final. Não direcionar
esses materiais a unidades de tratamento contraria as normas vigentes e impõe riscos
diretos aos trabalhadores, à saúde pública e ao meio ambiente3.
Os principais destinos dos resíduos sólidos de saúde (RSS) coletados, segundo dados
do panorama, são: incinerados (40,2%), tratados em autoclave (18,5%) e em micro-ondas
(5,1%), ambas tecnologias destinadas à desinfecção dos RSS, e 36,2% são destinados,
sem tratamento prévio, em aterros, valas sépticas, lixões, dentre outros. Deve-se destacar
que após o tratamento, os resíduos definitivamente tornam-se rejeitos, e estes devem
ainda ser dispostos em aterro sanitário devidamente projetados, operado e monitorado
tanto para disposição das cinzas ou escória provenientes de incineração, como para a
carga esterilizada em autoclaves ou para os rejeitos produzidos por outra tecnologia3.
No tocante aos Resíduos Sólidos Industriais (RSI), a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305/2010 prevê obrigações para o setor produtivo. Além
dos benefícios ambientais, o adequado gerenciamento dos RSI tem um importante viés
com a expansão adequada da infraestrutura econômica e social do país. Portanto, pelo
aspecto econômico, a Lei no 12.305/2010 obriga os grandes empreendedores a fazer uma
opção entre a redução, o reúso e a reciclagem dos resíduos, reconhecendo o seu valor
econômico e incentivando a integração das indústrias com as cooperativas de catadores
de materiais reciclados8.
Portanto, a PNRS estabeleceu instrumentos para implementar o princípio da
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Um desses instrumentos
que merece destaque é a logística reversa, destinada a viabilizar o reaproveitamento dos
resíduos sólidos no processo produtivo e, assim, diminuir o envio de materiais para a
disposição no solo3.
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Em 2018, segundo dados do panorama, publicado pela Abrelpe, foram processadas
44.261 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas, o que representa 94% do
total de produtos desse tipo comercializados no país. Desse total processado, 93% foi
enviado para reciclagem e 7% para incineração.
Outro tipo de embalagem processada no sistema de logística reversa são as embalagens
de óleos lubrificantes. Em 2018, o programa recebeu 4.774 toneladas de embalagens
plásticas – equivalentes a 95,48 milhões de recipientes. Do total, 4.674 toneladas (98%)
tiveram destino ambientalmente adequado, das quais 4.568 foram recicladas. Deve-se
destacar que, conforme apresentada pela ABNT NBR 10.004, na qual define as classes
de resíduos sólidos, essas embalagens plásticas e baldes contendo residual de óleo
lubrificante, são classificados como Classe I – perigosos, por apresentar características de
toxicidade e, essa periculosidade induz a conscientização de que o descarte no lixo
comum é uma prática que deve ser abolida, pela possibilidade de causar danos ao meio
ambiente e a saúde pública3,9.
São várias as formas de tratamento e disposição final que podem ser aplicadas às
embalagens plásticas usadas contendo óleos lubrificantes. Entre os principais utilizadas
no Brasil podem ser citados: a reciclagem, a incineração para fins de recuperação
energética, o co-processamento ou a disposição final em aterros9.
Além desses resíduos, provenientes de produtos fornecidos aos clientes, as atividades
industriais geram resíduos sólidos de diferentes características e quantidades. Tratar estes
resíduos significa, portanto, modificar suas características como quantidade, toxicidade e
patogenia, de forma a diminuir os impactos sobre o ambiente e saúde pública. Resíduos
de reatores químicos, pintura industrial e solventes clorados, na sua maioria são
incinerados, para posterior disposição em aterro sanitário Classe-I. Já os resíduos como
sucatas, embalagens de produtos químicos, como citado anteriormente, pláticos e
lâmpadas fluorescentes, passam pelo processo de reciclagem nos próprios produtores, e
os resíduos galvânicos, por sua vez, devem passar pelo processo de encapsulamento, no
qual consiste na imobilização do resíduo, transformando-o em um material menos
poluente através da adição de compostos aglomerados ou processos físicos, que alteram
sua solubilidade e/ou mobilidade e/ou toxicidade10.
Um outro tipo de resíduo gerado nas indústrias são os efluentes líquidos. Várias
processos industriais podem gerar efluentes, como na produção do etanol, nas indústrias
sucroalcooleiras, durante o processo de resfriamento de equipamentos, nas indústrias
siderúrgicas, durante o processo de cozimento e branqueamento, nas indústria de celulose,
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sendo estes últimos responsáveis pela geração de efluentes com alta demanda bioquímica
de oxigênio (DBO), turbidez, cor, sólidos suspensos e baixas concentrações de oxigênio
dissolvido, com a presença de substâncias tóxicas, como os fenóis clorados, altamente
tóxicos para muitos organismos aquáticos e com alta resistência à degradação11.
O tratamento desses efluentes segue diferentes rotas e é dividido em algumas etapas,
a depender do tipo de efluente líquido gerado. Um tipo de tratamento bastante utilizado,
sendo caracterizado como tratamento secundário, quando utilizado nos sistemas de
tratamento de efluentes, é o tratamento biológico, no qual tem como objetivo a redução
da DQO e DBO do efluente, feito com o uso de lodo ativado. Após a etapa de
homogeneização em uma lagoa, os efluentes são levados para um reator aerado para
degradação da matéria orgânica presente através de processos microbiológicos11,12.
Deve-se destacar que os lodos gerados nas diferentes etapas do sistema de tratamento,
devem também ter uma destinação final adequada. Geralmente o lodo passa por um
processo de secagem e desidratação, sendo o mais utilizado o filtro prensa, sendo em
seguida estocado em silos e transportados para uma empresa terceirizada que
normalmente realiza o tratamento e reaproveitamento do mesmo para produção de
substratos para o solo, ou, em menor proporção, realizam a incineração12.
Com relação às emissões, são inúmeros os processos responsáveis pelo lançamento de
gases prejudiciais ao ambiente e à saúde, provenientes tanto da queima de combustíveis
fósseis, quanto dos processos produtivos. As soluções adotadas para o controle, redução
e até mesmo a prevenção da emissão de poluentes atmosféricos, estão relacionadas ao
aumento da eficiência energética nas indústrias e, como forma de mitigação das emissões,
relacionadas ao uso de equipamentos, como: câmara de sedimentação, ciclone, filtros de
manga, precipitadores eletrostáticos, lavador de gases, torre de lavagem de gases, filtro
de carvão ativo e pós-queimador13,14.
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Referências Bibliográficas
7
das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Departamento de Meio Ambiente.
São Paulo, 2007.