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EEEM Raimundo Ribeiro da Costa

Diretora: Ana Nery da Costa Barbosa


Profº:
Disciplina: Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Introdução aos Resíduos Sólidos


Conforme consta na Lei 12305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS), resíduo sólido é material, substância, objeto ou bem descartado resultante de
atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou
se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em
recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública
de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.
A PNRS se baseia no conceito de responsabilidade compartilhada. Nesta concepção, a
sociedade passa a ser responsável pela gestão ambientalmente adequada dos resíduos
sólidos:
 Cidadão: é responsável pela disposição correta dos resíduos que gera;
 Setor privado: é responsável pelo gerenciamento ambientalmente correto dos resíduos
sólidos, pela sua reincorporação na cadeia produtiva e pelas inovações nos produtos que
tragam benefícios socioambientais;
 Governos federal, estaduais e municipais: são responsáveis pela elaboração e
implementação dos planos de gestão de resíduos sólidos, assim como dos demais
instrumentos previstos na PNRS.
Além disso, a PNRS refere que são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística
reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente
do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes de:
 Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem,
após o uso constitua resíduo perigoso;
 Pilhas e baterias;
 Pneus;
 Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
 Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
 Produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

PILHAS E BATERIAS
O desenvolvimento e expansão do setor de equipamentos eletroeletrônicos têm originado o
aumento na geração de resíduos de pilhas e baterias. Elas são extremamente tóxicas ao meio
ambiente quando descartadas de modo inadequado. Os componentes tóxicos vazam e
contaminam os solos, os cursos d’água e lençóis freáticos, atingindo assim, a flora e a fauna
das regiões próximas.

LÂMPADAS FLUORESCENTES
As lâmpadas fluorescentes são práticas, duráveis e econômicas. No entanto, são compostas
por Mercúrio, e quando descartadas incorretamente podem contaminar o solo, as plantas, os
animais e a água. Se for quebrada, libera vapor de Mercúrio continuamente no ar, durante
semanas e até meses, podendo exceder os níveis seguros de exposição humana.

TERMÔMETROS E ESFIGMOMANÔMETROS
Conforme a RDC Anvisa 145 de 2017 está proibido em todo o território nacional a fabricação,
importação e comercialização, assim como o uso em serviços de saúde, dos termômetros e
esfigmomanômetros com coluna de mercúrio.

PNEUS
Os pneus velhos ocasionam problemas quando destinados a aterros sanitários, por não serem
compactáveis. Quando aterrados, ocasionam problemas ligados às drenagens de líquidos e
gases. Além disso, são de difícil degradação, permanecendo por muitos anos intactos. Podem
também se tornarem habitat de vetores, como o mosquito transmissor da dengue quando
descartados em rios ou dispostos a céu aberto.
Além de observar as especificações da Política Nacional de resíduos sólidos, os fabricantes e
importadores de pneus deverão destinar um número de carcaças proporcional ao número de
novos produtos que coloquem no mercado, conforme a resolução 416/2009 do Conselho
Nacional do Meio Ambiente – Conama.

MEDICAMENTOS
Os remédios possuem uma infinidade de diferentes formulações, utilizando matérias-primas
naturais e sintéticas, desenvolvidas para diversas finalidades específicas relacionadas à saúde
humana e animal. A destinação de medicamentos vencidos a aterros sanitários municipais é
um procedimento não adequado, principalmente porque:
 Aterro sanitário é um método de tratamento biológico de resíduos. Antibióticos,
antimicrobianos e bactericidas irão prejudicar o seu desempenho;
 A interação de fármacos com formulações diversas pode provocar o aparecimento de
organismos muito resistentes no aterro sanitário;
 Substâncias complexas podem permanecer na água e resistir aos processos naturais e
induzidos de tratamento, apresentando-se na água da rede, prejudicando a saúde dos
consumidores. Ex.: Quimioterápicos: carcinogênicos, mutagênicos.
Os resíduos de medicamentos são considerados como perigosos pela NBR 10004/2004 da
ABNT.

Classificação de resíduos

O lixo orgânico é o lixo que pode ser transformado em composto orgânico, ou seja, virando
adubo através de um processo de compostagem, podendo ser usado em hortas e jardins
devido ao seu alto índice de nutrientes.
Fazem parte do lixo orgânico todos os resíduos que têm origem animal ou vegetal: restos de
alimento, folhas, sementes, restos de carne, ossos, entre outros, que sofrem um processo de
decomposição natural, sumindo da natureza em pouco tempo. Porém, uma grande quantidade
desse lixo abandonado pode provocar o desenvolvimento de microrganismos que, muitas
vezes, são agentes de doenças, além de exalar um odor muito forte.
Além de adubo, o lixo orgânico pode ser utilizado para produção de certos combustíveis a partir
da biogasificação e em usinas termoelétricas para produção de energia com base no gás que
emite.
Também faz parte do lixo orgânico as fezes e urina do ser humano. O “lixo humano” pode ser
altamente perigoso por abrigar uma grande variedade de vermes, bactérias, fungos e vírus.
Mas graças à higiene e ao saneamento básico, os casos de transmissão de doenças por conta
deste tipo de resíduo têm diminuído.
A diferença entre lixo orgânico e inorgânico é basicamente a origem dos materiais descartados.
O material que compõem o lixo inorgânico não possui origem biológica, ele é produzido por
meios não-naturais, ou seja, produzidos pelo homem, como o plástico, alumínio, vidro e outros
materiais.

O grande problema desse tipo de resíduo é seu longo tempo de decomposição na natureza.
Por serem produtos industrializados, suas moléculas foram produzidas com uma grande
quantidade de átomos que forma uma matéria complexa e resistente, o que torna difícil a sua
digestão por agentes decompositores.
Dessa forma, é importantíssimo que a população interfira também no processo de reciclagem
do lixo inorgânico. A maioria desses materiais pode ser reciclada através de diferentes
processos que são realizados pelas usinas de reciclagem. Essas usinas recebem material
coletado e organizado por postos de coletas de diversos materiais como latinhas de alumínio,
garrafas PET, óleo de cozinha, sacolas plásticas, vidro, papelão, isopor e metais diversos.
Devido à diferença dos processos de reciclagem, existe a necessidade de separar o lixo
orgânico, do inorgânico. Cada material do lixo inorgânico deve ser separado, armazenado
limpo, seco e não sofrer contaminação do lixo orgânico. Já o lixo orgânico pode ser coletado
sem a necessidade de separação de seus resíduos. Procure fazer o uso correto das lixeiras de
coleta seletiva e ajude no processo de reciclagem.

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