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Um aterro sanitário.
• Aterros sanitários são considerados como uma solução prática, relativamente
barata de disposição final de resíduos urbanos e industriais - inclusive de
resíduos que poderiam ser reciclados. Todavia, demandam grandes áreas de
terra, onde o lixo é depositado. Após o esgotamento do aterro, essas áreas
podem ser descontaminadas e utilizadas para outras finalidades. Todavia, se o
aterro não for adequadamente impermeabilizado e operado, constitui-se em fator
de poluição ambiental e contaminação do solo, das águas subterrâneas e do ar.
A poluição se deve ao processo de decomposição da matéria orgânica, que gera
enormes quantidades de chorume (fluido que se infiltra para o solo e nos corpos
de água) e biogás, composto de metano e outros componentes tóxicos.
A construção do aterro sanitário requer a instalação prévia de mantas
impermeabilizantes, que impedem a infiltração do chorume no solo e no lençol
freático. O líquido que fica retido no aterro, o chorume, é então conduzido até
um sistema de tratamento de efluentes para posterior descarte em condições
que não agridam o meio ambiente.
• Lixões
"Lixão", vazadouro ou descarga de resíduos a céu aberto é uma forma
inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela
simples descarga do lixo sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio
ambiente ou à saúde pública.[9]
No "lixão", não há nenhum controle quanto aos tipos de resíduos depositados.
Resíduos domiciliares e comerciais de baixa periculosidade são depositados
juntamente com os industriais e hospitalares, de alto poder poluidor. A presença
de catadores, que geralmente residem no local, e de animais (inclusive a criação
de porcos) e os riscos de incêndios causados pelos gases gerados pela
decomposição dos resíduos constituem riscos associados aos lixões.
• Coprocessamento
Coprocessamento é o sistema utilizado com o uso de resíduos industriais e/ou
urbanos, no processo de fabricação do cimento, a fim de gerar energia e/ou
recuperação de recursos e resultar na diminuição do uso de combustíveis fósseis
e/ou substituição de matéria-prima.
• Incineradores
Incineradores reduzem o lixo a cinzas com redução de volume superior a 90%.
Pode ser utilizado quando se acabaram todas as outras possibilidades de
tratamentos a priori, como o reuso e reciclagem. É o tipo de destinação final mais
utilizado nos países Europeus e Japão com reaproveitamento da energia térmica
para geração de energia elétrica. Podem ser altamente poluidores, gerando
dioxinas e gases de efeito estufa se mal operados ou ainda pequenos ou
nenhum investimento em controle, monitoramento e lavagem dos gases for
realizado. É um dos métodos mais corretos para destinação final de lixo
hospitalar (RSS - Resíduos de Serviços de Saúde), que podem conter agentes
causadores de doenças potencialmente fatais. No século passado até meados
dos anos cinquenta era prática comum, a destruição descontrolada de resíduos
industriais e até a matéria orgânica serem eliminados com uso de grandes fornos
por dissipação atmosférica das chaminés o que gerava emissões gasosas acima
dos limites mundiais.
• Pirólise
Craqueamento ou destilação dos compostos orgânicos, na ausência de total ou
parcial de Oxigênio (atmosfera redutora), obtendo-se um gás, o Syngás e
resíduos com alto teor de carbono fixo. O sistema consiste em tratamento a baixa
temperatura dos resíduos e inibe a geração de dioxinas e furanos, gases
altamente tóxicos, ainda proporciona uma redução de volume dos resíduos de
até 70%. O resíduo proveniente do processo de pirólise pode ser usado como
condicionador de solo, combustível, ou suplemento agrícola. O processo emite
quantidades de gases infimamente inferiores aos métodos de compostagem e
aterro controlado e ainda pode utilizar os gases e carbono provenientes do
processo para geração de energia elétrica.
• Compostagem
A compostagem pode ser definida como um processo controlado de
decomposição aeróbia e exotérmica da substância orgânica biodegradável, por
meio da ação de microrganismos autóctones, com liberação de gás carbônico e
vapor de água, produzindo, ao final, um produto estável e rico em matéria
orgânica.[10]
A compostagem apresenta muitas vantagens ambientais, podendo-se destacar
o aumento da vida útil do aterro sanitário, a redução na emissão do gás metano
e na geração de lixiviado. Indiretamente, tem-se, como benefício, a redução nos
custos de implantação e operação de sistemas para o tratamento do chorume.
É importante ressaltar que essas vantagens somente serão obtidas se houver
um controle adequado do processo. Considerando que o metabolismo dos
micro-organismos envolvidos na compostagem é extremamente sensível às
variações de temperatura, nível de oxigênio, quantidade e qualidade do material
compostável, relação Carbono/Nitrogênio, pH e disponibilidade de nutrientes,
infere-se que esses são os principais fatores que devem ser controlados.
É um processo de produção de composto fertilizante, através da decomposição
natural em presença de oxigénio e com o auxílio de micro-organismos da matéria
orgânica. A utilização das lamas na agricultura é uma das alternativas que se
pode utilizar pois promove a sua valorização e é um nutriente natural para os
solos. Sabendo desde já que a aplicação de lamas nos solos exige muitos
cuidados de higienização e cumprimento de legislação específica, o que eleva
os custos das empresas produtoras deste resíduo. Neste sentido pondera-se a
solução de enviar este resíduos de lamas de algodão para operadores de
resíduos licenciados.[11]
No Brasil, se define, por lei, a responsabilidade compartilhada pelo gerador,
poder público, e responsável pela limpeza urbana e coleta de resíduos sólidos,
de se realizar a gestão dos resíduos sólidos orgânicos. Como consta no item V
do Art. 36, da seção II, capítulo III da lei 12305/2010,[12] no âmbito da
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, é dever do titular
dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos:
"Implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular
com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto
produzido".
A presença de metais pesados e outros elementos indesejados no
composto
A Portaria n.º 176/96 (2.ª série), de 3 de outubro de 1996, estabelece os valores
permitidos para a concentração de metais pesados nos solos receptores de
lamas e nas lamas para utilização na agricultura como fertilizantes, bem como
as quantidades máximas que poderão ser introduzidas anualmente nos solos
agrícolas. A Portaria n.º 177/96 (2.ª série), de 3 de outubro de 1996, estabelece
as regras sobre a análise de lamas e dos solos. Com a publicação do Decreto-
Lei n.º 118/2006, de 21 de junho de 2006, cujo objeto, estabelece a utilização de
lamas de depuração em solos agrícolas, de forma a, evitar efeitos nocivos para
o homem, para a água, para os solos, para a vegetação e para os animais, é
revogado, o Decreto-Lei n.º 446/91 e respectivas portarias. Este Decreto
consagra uma maior exigência de proteção de valores fundamentais como o
ambiente e a saúde humana, que se consubstancia em regras mais restritas no
que respeita às análises, às definições, às informações a prestar e às proibições
de aplicações de lamas.
• Vermicompostagem
Vermicompostagem é uma tecnologia de tratamento e valorização da fração
orgânica dos resíduos que recorre a espécies Epígeas de minhocas.
• Biogasificação
A biogasificação ou metanização é um tratamento por decomposição anaeróbica
que gera biogás, formado por cerca de 50% de metano e que pode ser utilizado
como combustível.[carece de fontes]
O resíduo sólido da biogasificação pode ser tratado aerobicamente para formar
composto orgânico.
• Confinamento permanente
O lixo altamente tóxico e duradouro, e que não pode ser destruído, como o lixo
nuclear, precisa ser tratado e confinado permanentemente, e mantido em locais
de difícil acesso, tais como túneis escavados a quilômetros abaixo do solo.
• Reciclagem
A reciclagem é o processo de reaproveitamento de resíduos sólidos orgânicos e
inorgânicos. É considerado o melhor método de destinação do lixo, em relação
ao meio ambiente, uma vez que diminui a quantidade de resíduos enviados a
aterros sanitários, e reduz a necessidade de extração de matéria-prima
diretamente da natureza. Porém, muitos materiais não podem ser reciclados
continuadamente (fibras, em especial). A reciclagem de certos materiais é viável,
mas pouco praticada, pois muitas vezes não é comercialmente interessante.
Alguns materiais, entretanto, em especial o chamado lixo tóxico e o lixo
hospitalar, não podem ser reciclados, devendo ser eliminados ou confinados.
Fraldas descartáveis são recicláveis. No processo de reciclagem, que além de
preservar o meio ambiente também gera riquezas, os materiais mais reciclados
são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem contribui para a
diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias
estão reciclando materiais como uma forma de reduzir os custos de produção.
Um outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem
gerado nas grandes cidades. Muitos desempregados estão buscando trabalho
neste setor e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de
catadores de papel e alumínio já são uma boa realidade nos centros urbanos do
Brasil.[13] No Brasil, apenas 3% de todo o lixo produzido foi reciclado em 2015,
porém esta cifra poderia chegar a até 30% de reaproveitamento.[14]
• O consumo consciente
O consumo consciente já é muito incentivado nas empresas privadas. Hoje
muitas empresas estão procurando reaproveitas toda a matéria prima utilizada
no seus processos, de diferentes formas como por exemplo gerar energia de
volta para a fabrica.
As empresas que estão aderindo a essa mudança de reaproveitamento dos
resíduos da sua matéria prima, estão gerando mais lucros por gerar energia a
partir do que antes era lixo e descartado de forma não proveitosa para a
empresa.