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Petróleo e Gás
a,* b.
ZAMPOLLO, D. M. , NEDER, L. T. C.
a. Petróleo Brasileiro S.A., Rio de Janeiro
b. Petróleo Brasileiro S.A., Rio de Janeiro
*Corresponding author, daniellamz@petrobras.com.br
Resumo
Diante do cenário mundial em que se encontram as questões voltadas para a gestão e a proteção ao meio
ambiente, alem das iniciativas introduzidas por meio dos avanços na legislação ambiental aplicável na área de
exploração e produção de petróleo e gás, a Petrobras vem trabalhando, desde 2011, na implementação de
projetos baseados na metodologia de Produção Mais Limpa, no âmbito de um programa corporativo de E&P.
A Área de E&P (Exploração e Produção) da Petrobras é composta por mais de uma dezena de unidades
operacionais, as quais atuam distribuídas em diversas localidades do território brasileiro, executando uma grande
quantidade de atividades terrestres e marítimas, perfazendo a cadeia completa de exploração e produção, o que,
de certa forma, caracteriza um desafio grandioso de concretização, na medida em que a metodologia prevê a
seleção e implementação de ações em processos produtivos ou até mesmo administrativos, podendo estes serem
compostos por diversas eta pas.
O início da implementação lenta (visto o universo considerado) de projetos de Produção Mais Limpa foi precedida
pela disponibilização de um treinamento do pessoal de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde) das Unidades,
ministrado por instituição de comprovada experiência no tema. O treinamento, programado em formato escolar,
contribuiu na construção e solidificação do conhecimento das etapas da metodologia. Na seqüência, foi sugerido
que as Unidades trabalhassem na elaboração e execução de um projeto piloto, exemplificativo da metodologia,
mas de fácil e rápida implementação. Surgiram, portanto, varias ideias de processos sujeitos à minimização da
geração de resíduos e efluentes, deixando clara a possibilidade de se estudar e tratar um universo vasto de
situações.
1. Introdução
No sentido de se implementar ações que visem à prevenção da geração de poluição no meio ambiente,
mais especificamente, por meio dos resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas,
tornou-se imprescindível que a indústria inserisse, em seus métodos de produção, alguma metodologia
capaz de gerar resultados palpáveis e mensuráveis.
Uma das metodologias mais procuradas, principalmente pela indústria manufatureira, são a Produção
Limpa ou a Produção Mais Limpa (PMaisL), criada a partir desta primeira. O grande foco da
metodologia em questão é a prevenção da geração de resíduos, efluentes e emissões, contrariamente
à visão anterior: tratamento ao final da produção, ou tratamento de “fim de tubo”.
A prevenção da geração é importante, pois, além de visar à otimização do processo, devido à utilização
da menor quantidade possível de matéria-prima e insumos, objetiva garantir a geração de nenhum ou
pouco resíduo (aqui, leia-se resíduo como o conjunto resíduo sólido, efluente líquido ou emissão
atmosférica), evitando, portanto, a necessidade de implementação de ações para seu manuseio,
estocagem, transporte, tratamento e disposição final, a qual, muitas vezes, feita em aterros sanitários
ou industriais, de forma menos qualificada possível. CEBDS, 2012.
Com o crescimento populacional no planeta, cada vez mais insumos e matérias-primas são
empregados, tanto para o fornecimento de energia quanto para a fabricação de produtos de consumo.
Pensando em um grande balanço de massa para caracterizar o funcionamento da Terra, a equação
“entradas” e “saídas” mostra o quanto se usa, o quanto se produz e o quanto se rejeita. São estes
rejeitos que a metodologia Produção Mais Limpa foca minimizar.
Qualquer empreendimento humano traz como conseqüência a alteração do meio onde este está
inserido. Seja por necessidade de evacuação de seres do meio biótico, devido à ocupação de espaço,
seja por geração de impactos negativos não imediatamente absorvidos, como, por exemplo, odores no
ambiente, emissões atmosféricas, ruídos, vibrações, dentre outros, mudanças são percebidas pelas
espécies ali anteriormente estabelecidas.
Os impactos podem ser positivos ou negativos, reais ou potenciais, porém, são, geralmente, de difícil
quantificação e não de todo lineares. Durante as etapas de extração de materiais do meio físico ou
biótico, seu processamento, fabricação, utilização e final de vida, os impactos ambientais gerados
podem ser de natureza diversa, assim como de tratamento mais ou menos trabalhoso.
Um empreendimento, esteja ele estabelecido ou em impla ntação, que não tenha previsto, de forma
planejada, uso de artifícios de mitigação para os efeitos de impactos ambientais, encontrará maiores
dificuldades para dar início e andamento ao tratamento de seus rejeitos de “fim de tubo”, os quais,
muitas vezes, devem estar enquadrados em limites estabelecidos por regulamentação governamental
ou técnica.
É neste contexto que a Área de E&P da Petrobras resolveu adotar medidas de Produção Mais Limpa em
seu conjunto de atividades voltadas para a Gestão Ambiental de seus empreendimentos, de forma
conjugada com as diretrizes legais, as quais preconizam a minimização da geração de resíduos,
incluindo o estabelecimento de metas temporais.
A experiência do E&P vem sendo bastante interessante, no tocante, principalmente, às dificuldades que
se impõem e nas soluções que se buscam para viabilizar a implementação de projetos, em processos
tanto de instalações marítimas quanto de terrestres. O universo de possibilidades de trabalho é
considerável, de onde advém a imprescindível necessidade de tomada de medidas de maneira
organizada e planejada, levando em conta a continuidade das ações, ou seja, a manutenção dos
projetos.
2. Justificativa
No âmbito da Gestão Ambiental da Área de E&P da Petrobras, assim como de qualquer outra empresa,
é sabido que existem dificuldades inerentes na implementação de programas de educação ambiental,
assim como de outros programas que envolvem a participação de pessoas. A escolha pela execução de
metodologias como a Produção Mais Limpa surge no sentido de complementar as ações educativas
junto aos trabalhadores, assim como de reforçar a interface entre educação e minimização de resíduos,
além de objetivar o atendimento aos requisitos legais relacionados.
Por um lado, nos dias atuais, é incontestável a importância de programas de educação ambiental
implementados nas empresas como parte inerente de sua gestão, mas ao mesmo tempo, são
conhecidas as barreiras de evolução neste sentido, quando se trata de trabalhadores caracterizados
por pessoas adultas que, na maioria das vezes, não passaram pela aprendizagem ambiental quando
crianças e não cresceram em contato com conceitos básicos a respeito da necessidade de proteção e
conservação ambiental. A mudança de hábitos e comportamentos é extremamente complexa quando
se considera este tipo de profissional.
Desta forma, a educação ambiental, pilar indiscutível da Gestão Ambiental, ganha um grande aliado na
obtenção de resultados ambientais: a metodologia de Produção Mais Limpa, que, integrada de forma
lógica e otimizada aos programas de educação, possibilitam a construção de melhorias ambientais
mitigadoras de impactos das atividades.
Os empreendimentos e as atividades marítimas de petróleo e gás são licenciados pelo IBAMA, por meio
da Coordenação Geral de Petróleo e Gás, que também criou diretrizes norteadoras das medidas de
mitigação de impactos desta indústria: a Nota Técnica CGPEG/DILIC/IBAMA N° 01/11 (Projeto de
Controle da Poluição - PCP), que estabelece a relação direta entre educação ambiental dos
trabalhadores e o controle da poluição: “Na medida em que os trabalhadores incorporam os
ensinamentos recebidos do PEAT (Projeto de Educaç ão Ambiental dos Trabalhadores) referentes ao
controle da poluição gerada nas unidades e embarcações, a implementação do PCP (Projeto de
Controle da Poluição) se torna mais eficiente, uma vez que estes trabalhadores são agentes
fundamentais no gerenciamento de resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas a
bordo”. (IBAMA, 2011).
Assim, a grande questão vem a ser: como trabalhar, em paralelo, a educação ambiental e a
implementação de gestão de controle da poluição, de modo a se obter reais mudanças de
comportamento, hábitos e atitudes por parte de pessoas que, em sua maioria, desde sua formação
escolar, não foram apresentadas e expostas ao tema. A promoção da gestão integrada das ações de
educação ambiental e de controle da poluição, ambas obrigatórias em licenciamentos ambientais, se
torna o grande foco da execução da Produção Mais Limpa na Área de E&P da Petrobras.
As Unidades de E&P estão espalhadas por todo o território nacional e as distâncias entre elas são
consideráveis. Por este motivo, e também por ser uma das maiores empresas do Brasil, a companhia
está consciente das dificuldades na implementação de qualquer tipo de programa ou projeto,
considerando seu comprometimento com o desenvolvimento das economias regionais, respeitando as
diferenças sociais e culturas locais. No mapa abaixo (Fig. 1), encontram-se algumas das regiões onde a
Petrobras atua no território brasileiro:
Da Política de SMS da companhia, são desdobrados os objetivos, metas e planos de ação relacionados
à gestão de SMS, na qual se insere a Gestão Ambiental. Uma série de ferramentas foram criadas para
dar suporte ao Sistema de Gestão Integrado, incluindo: 15 Diretrizes de SMS, Planos de Perenização,
Processo de Avaliação de Gestão de SMS - PAG-SMS, dentre outros.
As diversas etapas que compõem o E&P podem ser agrupadas segundo onze processos principais: (1)
prospecções sísmicas; (2) construção de bases e acessos de locação de poços; (3) perfuração
exploratória de poços; (4) completação e cimentação de poços; (5) construção de instalações de
produção; (6) construção e manutenção de instalações para escoamento da produção; (7) instalações
para recuperação da produção; (8) construção de instalações para tratamento de fluidos; (9)
manutenção da produção; (10) atividades de apoio e (11) descomissionamento.
Uma descrição detalhada dessas atividades, seus processos e suas implicações para o meio ambiente
podem ser vistas nos documentos da Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA) “Profile of the
Oil and Gas Extraction Industry” (EPA, 2000), e nas diretrizes para gerenciamento de resíduos
“Guidelines for waste management - with special focus on areas with limited infrastructure” (OGP,
2008).
As atividades de E&P de petróleo e gás geram resíduos, efluentes e emissões que precisam de
A exploração tem início com a busca por formações de rochas associadas com óleo ou depósitos de gás
natural e envolve a prospecção geofísica e/ou perfuração exploratória. O desenvolvimento do poço
acontece depois que a atividade de exploração localiza um campo economicamente recuperável e
envolve desde a construção de um ou mais poços exploratórios e também seu abandono, caso não
sejam encontrados hidrocarbonetos, ou a completação e cimentação do mesmo, se forem encontrados
hidrocarbonetos em quantidades economicamente desejáveis.
Quando o óleo cru atinge a superfície, este pode conter uma mistura de gás natural e fluidos, tais
como : água salgada e sólidos dissolvidos ou em suspensão. Em operações em terra (e em muitas
operações marítimas), o gás natural é separado no local do poço se, nas imediações, houver meio de
transportá-lo (dutos ou outros meios de transporte), ou então o mesmo é queimado como resíduo (em
operações na terra). A água (que pode representar mais de 90% do fluido extraído em poços antigos)
é separada, assim como os sólidos. Depois de passar por um tratamento primário no local de
produção, onde são removidos aproximadamente 98% de impurezas (sólidos), o óleo cru encontra-se
preparado para ser transportado até as refinarias (SITTIG, 1978).
Além da Normas Técnicas, a Petrobras, visando a minimização dos impactos ambientais, bem como o
atendimento aos requisitos da Política de SMS e das legislações que disciplinam as atividades nos
países em que atua, conta com um sistema informatizado, desde 1998, para publicação de seus
procedimentos gerenciais e operacionais denominado Sistema Integrado de Padronização Eletrônica da
Petrobras - SINPEP.
A padronização adquirida com o SINPEP, juntamente com uma adequada manipulação das
informações, se traduz em uma ferramenta fundamental no auxílio à gerência na tomada de decisões e
na definição de estratégias, garantindo qualidade nas informações fornecidas aos “clientes”.
6. Metodologia / estratégia
Por realizar atividades de potencial poluidor, a Petrobras procura adotar as melhores práticas para
evitar/ minimizar seus impactos. Em suas atividades, a Petrobras consome energia e matérias primas
que passam por diversos processos, até se transformarem nos produtos desejados. Porém, como
resultado desta transformação, também são produzidos efluentes (águas contaminadas), emissões de
Em 2010, a Área de E&P tomou a decisão de buscar, por meio da metodologia de Produção Mais
Limpa, uma ferramenta de implementação simplificada, mas que garantisse uma real mudança na
situação da geração de resíduos em processos produtivos ou administrativos, em apoio aos projetos de
educação ambiental e controle da poluição da companhia, no âmago de sua Gestão Ambiental.
As turmas tiveram seu início espaçado de 6 meses e foram compostas por 25 alunos, em média. Já na
elaboração da proposta de especificação técnica para a contratação, a coordenação da Área de E&P
definiu um formato específico para a capacitação: em módulos, espaçados entre si, para que o
instrutor pudesse intercalar a teoria com o trabalho prático de implementação de um projeto piloto, em
cada Unidade do E&P.
Na primeira turma, de caráter experimental, foram definidos 3 módulos, cujos conteúdos são
apresentados a seguir:
Como foi possível se depreender, no espaço de tempo entre cada um dos módulos, os alunos voltavam
para suas Unidades a fim de implementar as etapas seqüenciais da metodologia, tendo, dentre as
atividades de responsabilidade de cada Unidade, selecionado um processo específico, objeto do estudo
e foco de implementação de ações de melhoria.
O objetivo principal da capacitação inicial foi a obtenção de pessoas preparadas e aptas a executar
projetos de Produção Mais Limpa nos mais diversos setores do E&P, viabilizando, com isso, o início da
divulgação, conscientização, promoção e perpetuação da metodologia dentro da companhia. As
pessoas capacitadas foram “nomeadas” como responsáveis pela implementação de projetos de
Produção Mais Limpa em suas áreas de trabalho, recebendo, inclusive, certificado da empresa
contratada para o treinamento.
Já para a segunda turma, os coordenadores optaram pela alteração da quantidade e conteúdo dos
módulos, além de providenciar um espaçamento de tempo maior entre os mesmos (de
aproximadamente um mês e meio para três meses, em média). Estas mudanças puderam garantir
maior eficiência na capacitação e na fixação dos conhecimentos, visto que, para este segundo formato,
os alunos puderam selecionar processos e trabalhar as etapas da metodologia contando com
acompanhamentos mais freqüentes.
Foram visíveis as vantagens em termos de eficiência na implementação dos projetos quando das
alterações propostas para a segunda turma. O maior período de tempo entre os módulos permitiu que
os alunos se dedicassem, além de sua rotina normal de trabalho, aos seus projetos piloto com
regularidade, alcançando as etapas finais com maior freqüência do que na primeira turma.
Com relação ao conteúdo dos projetos piloto, devido à diversidade de atividades das Áreas de E&P de
uma companhia de petróleo, foram selecionados processos relacionados desde a atividade de sísmica
até a de transporte de resíduos oriundos das plataformas marítimas, passando por oficinas de
consertos e manutenção de equipamentos, refeitórios, escritórios administrativos, laboratórios
químicos, dentre outros.
Os grupos focaram, em sua grande maioria, a redução da geração de resíduos sólidos, obedecendo aos
critérios de seleção preconizados pela metodologia: resíduos sólidos/efluentes líquidos/emissões
atmosféricas controlados por legislação, grau de periculosidade e quantidade/volume gerado. A
simplicidade do processo também foi um dos fatores que contribuiu para a escolha do processo a ser
trabalhado e do resíduo/efluente/emissão a ser minimizado. Em sua maioria, buscaram-se resíduos
gerados a partir de processos específicos, pontuais, mas que, inicialmente, pudessem concentrar a
atenção dos trabalhadores e incorporá-los, mais facilmente, nas “equipes verdes”, necessárias para dar
andamento à Produção Mais Limpa.
Pode-se citar os principais resíduos sólidos focados nos projetos piloto: papel, embalagens plásticas,
embalagens de papel, estacas de madeira, caixas de madeira para transporte de material e resíduos,
talheres de plástico, resíduo químico de laboratório, embalagens tetrapack, resíduos alimentares. Um
dos grupos trabalhou com a redução do uso de água doce industrial, utilizada em plataforma marítima,
visualizando sua substituição por água do mar, por meio da viabilização de um equipamento de
dessalinização.
Devido à pesada rotina de trabalho dos alunos, grande parte das Unidades encontra-se com o projeto
piloto em andamento, ou seja, sem poder dispor de medições finais comparativas, após a execução de
ações de melhoria. Algumas Unidades chegaram a finalizar a implementação do projeto piloto e
partiram para a geração de novas idéias e levantamentos de processos para aplicação da metodologia.
Algumas aplicações da metodologia de Produção Mais Limpa podem ser visualizadas na tabela a seguir
(Tabela 1):
Muitas dúvidas foram aparecendo, desde a formação da “equipe verde” até a geração das medições
finais, porém, coube ao líder da equipe não desanimar e acreditar em seus objetivos finais, estipulados
desde o início da implementação do projeto.
Outro tipo de barreira encontrada durante a execução dos projetos é a questão das relações humanas,
pelo fato de se estar lidando com pessoas das mais diferentes origens, culturas e com os mais diversos
tipos de nível educacional, o que eleva a dificuldade de aprendizado e de, algumas vezes, disposição
para colocar em prática a ação.
Estas tais dificuldades foram presenciadas por várias equipes, que tentaram adequar as situações
encontradas, buscando o equacionamento complexo entre tantas variáveis e focando a obtenção de
resultados concretos, favorecendo a criação de conscientização por parte das pessoas, levando a
mudanças (mesmo pequenas) de hábitos e atitudes, podendo, inclusive, futuramente, mensurá-las e
quantificá-las. A quantificação se daria, por exemplo, pela melhoria na coleta seletiva de resíduos
(aumento de ocorrência de resíduos recicláveis e diminuição de lixo comum), melhoria na geração de
resíduos como um todo (minimização da geração e reuso de materiais), diminuição do uso de água
potável e industrial, diminuição da geração de efluente sanitário.
Por outro lado, tais atividades/processos são menos visíveis para as partes interessadas e, portanto,
têm um impacto menor no desempenho não financeiro, tal como reputação corporativa. A
implementação da metodologia de Produção Mais Limpa em atividades/processos de alto custo é mais
demorada e exige maior investimento. É, por conseguinte, o tipo de iniciativa de maior contribuição
para o desempenho não financeiro, em comparação com o desempenho financeiro (ZENG et al., 2010).
Na tabela abaixo (Tabela 2), encontram-se as principais barreiras e vantagens observadas durante o
início da implementação da Produção Mais Limpa no E&P :
8. Próximos passos
Passado o estágio inicial de implementação, estes novos desafios se resumem à: finalização dos
projetos piloto em andamento, manutenção do projeto de treinamento junto aos trabalhadores do E&P,
planejamento de um programa de consultoria corporativa sobre a metodologia, coordenação de planos
de trabalho junto às Unidades, dentre outros.
A situação atual de implementação e as ações futuras a serem desenvolvidas estão sendo monitoradas
de forma corporativa e serão objeto de um relatório específico sobre a metodologia de Produção Mais
Limpa na companhia.
9. Bibliografia
CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, 2012.Visão Brasil 2050.
http://www.cebds.org.br/media/uploads/pdf/visao_brasil_2050_-_vfinal.pdf . acessado março/2013.
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http://dx.doi.org/10.1016/j.jclepro.2012.10.026
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413.
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Zeng, S.X., Meng, X.H., Yin, H.T., Tam, C.M., Sun, L. (2010) Impact of cleaner production on business
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