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e responsabilidade
social
PRODUÇÃO
MAIS LIMPA
Você já ouviu falar em um modelo de gestão denominado produção mais limpa? Não? Então,
fique de olho nesta unidade para conhecer as especificidades e as principais certificações e selos
ambientais desse modelo.
Ao longo da sua jornada, você viu que o desenvolvimento sustentável é o modelo de desenvolvimento
que atende às necessidades do presente, sem comprometer as gerações futuras de satisfazerem as
suas próprias necessidades. Mas como lidar com a questão ambiental nos processos produtivos e
industriais? Como lidar com os resíduos gerados no processo? Esse é o assunto desta unidade.
Portanto, após esta unidade, você vai ser capaz de entender o conceito de rotulagem ambiental e
identificar selos e rótulos ambientais.
GESTÃO AMBIENTAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL 3
COM O
PÉ DIREITO
Para iniciar seus estudos com o pé direito, acesse este link ou escaneie
o QR Code ao lado e assista ao vídeo sobre esta unidade.
O relatório Brundtland (WCED, 1987) apontou três componentes básicos para o desenvolvimento
sustentável: o meio ambiente, a economia e a sociedade, os quais, do ponto de vista da indústria,
devem ser estudados de maneira sistêmica. Para isso, as organizações devem adotar novos princípios
e ferramentas para a produção de bens e serviços com foco na sustentabilidade.
TOUR
Acesse o conteúdo no AVA
360°
Falando sobre isso, no Tour 360°, disponível no ambiente virtual de aprendizagem (AVA), você vai
conhecer as “Orientações para o Triple Bottom Line”.
Nesse sentido, tem-se um exemplo de gerenciamento ambiental que objetiva dar prioridade para
atividades que visem a reduzir a fonte (CALIJURI; CUNHA, 2013). A produção mais limpa (P+L ou P
mais L) tem sido definida de forma diferente ao longo das últimas décadas, sobretudo devido aos
avanços das tecnologias e ao aprendizado com os erros do passado.
PENSO,
LOGO REFLITO
A inclusão do compromisso com a prevenção na política ambiental é um pré-requisito da norma
ISO 14001 (ABNT, 2015), e a ACV busca analisar todo o fluxo de um produto ou processo no
que tange aos impactos ambientais. Você acredita que organizações vêm procurando programas
complementares para não gerar impactos ou para não precisar lidar com eles?
Glossário
A produção mais limpa é uma estratégia para prevenir as emissões na fonte e iniciar uma melhoria
preventiva contínua do desempenho ambiental das organizações. O foco da gestão deve ser a
prevenção, em vez da cura, para evitar problemas ambientais.
Assim, uma forma de definir uma P+L é o comum conjunto de regras com o desígnio de proteger o
meio ambiente e tornar mínimo o desperdício, que vão desde os processos de fabricação até todo o
ciclo de vida de um produto. Esse conceito pode até ser aplicado em um nível pessoal, abordando o
estilo de vida e as escolhas diárias de cada um (SILVA; GOUVEIA, 2019).
Você sabe como se aplicam as ações que fazem parte da estratégia de gestão ambiental P+L?
Descubra a seguir!
Glossário
Produção mais limpa (P+L): Corresponde à aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada
aos processos, produtos e serviços para aumentar a ecoeficiência e reduzir os riscos ao homem e ao ambiente.
GESTÃO AMBIENTAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL 6
Figura 4. Processos de produção Figura 5. Produtos com Figura 6. Produtos orgânicos nas
embalagem sustentável prateleiras de uma loja
Com o fluxo da P+L, você pôde perceber que o foco principal é criar consciência para a prevenção da
poluição, encontrar a fonte de resíduos e emissões, definir um programa para reduzir as emissões
e aumentar a eficiência dos recursos por meio da implementação e da documentação de opções
de produção mais limpa. As ações podem ser organizadas em duas categorias e, estas, em níveis.
Confira mais detalhes no infográfico disponível no AVA.
Um ponto importante de se ressaltar é que, ao contrário dos tratamentos de fim de linha, a prevenção
da poluição na fonte pode ser aplicada às diferentes etapas do processo produtivo na maioria dos
processos industriais. Veja melhor a seguir.
O desempenho técnico, ambiental e econômico das empresas industriais pode ser aumentado com
a aplicação de estratégias de produção mais limpa. Além disso, sabe-se que as medidas de produção
mais limpa oferecem vantagens em termos de padrões/limites legais de descarte. Entretanto, muitas
são as barreiras que interferem na implementação de práticas e modelos de negócios sustentáveis,
retendo o potencial de inovação e melhoria ambiental e retardando-o ou até mesmo revertendo-o,
tal como: questões econômicas, motivacionais, tecnológicas, educacionais, entre outras.
Em contrapartida a essas barreiras, estão os fatores que estão começando a ganhar impulso e estão
se tornando impossíveis de ignorar. Confira, a seguir, exemplos desses fatores.
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TIRANDO A
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PROVA DOS NOVE
Chegou o momento de testar os conhecimentos adquiridos até aqui. Acesse o AVA e confira.
PENSO,
LOGO REFLITO
Atualmente, o conceito geral de proteção ambiental está mudando de uma abordagem reativa,
denominada “controle da poluição”, para uma abordagem proativa, denominada “prevenção da
poluição”. Quais organizações você conhece ou já ouviu dizer que vêm modificando sua forma de
enxergar a proteção ambiental?
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A ecoeficiência industrial tem sido uma medida inestimável para a relação entre as atividades
produtivas e o esgotamento ambiental, o que é importante investigar quando se busca o
desenvolvimento sustentável. O conceito de ecoeficiência baseia-se na mesma noção adotada pelas
políticas globais de criar mais valor econômico com menos impactos ambientais.
Acesse o AVA para conhecer os sete fatores que contribuem para a obtenção da ecoeficiência em
um processo produtivo.
Parece um tanto quanto lógica a implementação da ecoeficiência industrial, não é mesmo? Ao conceber
produtos e serviços que permitem aos clientes reduzir o consumo de recursos e reduzir o impacto
ambiental, ao mesmo tempo que satisfazem suas necessidades de forma mais eficaz e a um melhor
preço, as empresas já estão colhendo os benefícios dessa estratégia empresarial de visão de longo prazo.
Glossário
Ecoeficiência industrial: A ecoeficiência para processos industriais pode ser definida como a razão entre o
desempenho técnico-econômico associado a um processo e a carga ambiental associada à sua operação.
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Mas, pensando bem... O que será que a ecoeficiência e a P+L têm em comum? Siga em seus estudos
e descubra!
Ecoeficiência e produção mais limpa têm muito em comum. Ambas ajudam as empresas em sua
busca pela melhoria contínua na minimização do consumo de recursos, reduzindo os encargos
ambientais e limitando os riscos e as responsabilidades concomitantes. Continue analisando os
pontos em comum entre a P+L e a ecoeficiência a seguir.
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DE OLHO
NO PROFESSOR
Chegou a hora de ficar “De olho no professor” para relacionar a P+L e a
ecoeficiência. Por isso, acesse este link ou escaneie o QR Code ao lado
e fique ligado.
As interligações entre ecoeficiência e P+L são numerosas. Assim como a P+L, a ecoeficiência
une os objetivos de excelência empresarial e excelência ambiental, criando a ponte por meio da
qual o comportamento corporativo pode apoiar o desenvolvimento sustentável, a integração do
crescimento econômico e a melhoria ambiental.
De outro ponto de vista, a ecoeficiência abrange conceitos de P+L, como uso eficiente de matérias-
primas, prevenção da poluição, redução de fontes, minimização de resíduos e reciclagem e
reutilização interna. Ela captura a ideia de redução da poluição por meio da mudança de processo, em
oposição às abordagens anteriores de fim de linha. Ela compartilha características com ferramentas
de gestão ambiental, como avaliação ambiental ou design for environment, ao incluí-las entre as
opções tecnológicas para reduzir a intensidade de materiais e energia na produção, facilitando o
reaproveitamento por meio de remanufatura e reciclagem (UNITED NATIONS ENVIRONMENT
PROGRAMME, 1998).
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Rotulagem ambiental
Para abordar os selos e as certificações
ambientais, é necessário conhecer a rotulagem
ambiental. Com o aumento da preocupação do
consumidor com o impacto ambiental dos bens
e serviços que compram, a rotulagem ambiental
surgiu como uma ferramenta fundamental para
tomar decisões de compra sustentáveis.
Glossário
Rotulagem ambiental: Segundo a ISSO 14020:2002 (ABNT, 2002), a rotulagem ambiental consiste na atribuição
de um selo ou rótulo a um produto ou serviço para comunicar, de modo bem embasado, informações acerca do
seu desempenho ambiental, sem fazer greenwashing.
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PENSO,
LOGO REFLITO
Em um cenário em que cada vez mais os consumidores estão motivados a adquirir produtos
ambientalmente adequados, a rotulagem pode influenciar positivamente as escolhas dos
consumidores, criando uma situação vantajosa para todos. Você já deve ter ouvido falar em
greenwashing, certo? Muitas empresas se dizem ambientalmente adequadas, porém isso é apenas
uma jogada de marketing. Por isso, reflita: até que ponto estamos realmente preocupados com a
questão ambiental dos produtos que consumimos ou com o modo como as pessoas os veem?
Que tal conhecer um pouco mais sobre os acontecimentos acerca dos primeiros rótulos diretamente
no AVA?
1) Assume-se que um determinado bem pode ser produzido de formas variadas e que estas diferem
em termos de impacto ambiental.
2) Supõe-se que métodos de produção mais limpos são geralmente mais caros ou requerem a
redução de atributos apreciados pelos consumidores (MOURA, 2013).
PAUSA PARA
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UM CAFÉ
Até o momento, foram apresentados variados pontos essenciais sobre a P+L. Agora, chegou a hora
de se aprofundar ainda mais nesse tema, e nada como uma “Pausa para um café” para debater o
assunto. Então, acesse o AVA, aperte o play e ouça o podcast com a professora Ana Carla Fernandes
Gasques e a convidada, Karine Zanotti.
A série de padrões ISO 14020 (ABNT, 2002) fornece às empresas um conjunto de referências
internacionalmente reconhecido e acordado com o qual podem preparar seus próprios rótulos,
reivindicações e declarações ambientais.
É importante observar que, do ponto de vista da iniciativa, os selos podem: ser conduzidos por
governos – como o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Selo Procel) no
Brasil; funcionar de forma independente, mas podendo aceitar assistência técnica governamental –
como o Ecolabel da União Europeia; ou ser estabelecidos pelo próprio setor industrial ou produtivo,
por meio das chamadas autodeclarações ambientais.
Rótulo ecológico ABNT, iniciado em 1993, esse selo identifica produtos com
Selo ABNT menor impacto ambiental em relação a outros compatíveis disponíveis
– Qualidade no mercado. Está estruturado de acordo com o esboço das versões das
ambiental normas ISO 14020 e ISO 14024. É um programa de terceira parte, positivo,
que concede selo do tipo I (SIQUEIRA, 2009).
aspectos ambientais.
Durante esse processo, são realizadas auditorias para análise de conformidades. A fim de prevenir
a poluição, em vez de dispersá-la, vêm sendo implantados programas como a P+L, vista nesta
unidade, e a ACV, vista na unidade anterior. Além disso, existem os selos e certificações ambientais,
que buscam dar mais visibilidade a empresas ambientalmente adequadas.
O QUE
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EU PENSO
Entre no AVA, retorne à problemática do início da unidade e faça uma comparação entre o que você
pensava e o que pensa agora.
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SE LIGA!
Você está chegando ao fim da unidade e quase ao fim da disciplina. Para complementar os seus estudos,
explore os materiais extras que trazem um plus para tudo o que você viu durante esta unidade.
Este artigo traz uma aplicação Este artigo analisa as Este artigo traz uma
do conceito de P+L em um certificações ambientais perspectiva diferente de
laticínio, um setor com que têm maior visibilidade certificações ambientais,
uma elevada quantidade e estabelece a sua possível tendo em vista que analisa
de impactos ambientais. utilização nas obras de as mudanças do arranjo
Ele é bem interessante, uma Companhia de Água produtivo da madeira oriunda
principalmente porque a na cidade de Joinville. da extração comunitária,
empresa em questão já vinha no município de Boa Vista
adotando algumas práticas do Ramos, Amazonas,
ambientais e manifestou decorrentes das alterações
interesse em conhecer outras nas políticas ambientais e
que contribuíssem para normas voltadas ao manejo
minimizar os impactos e florestal sustentável.
propiciar ganhos econômicos.
Assim, foi possível
identificar e apresentar as
oportunidades de P+L.
REFERÊNCIAS
GREEN SEAL. Washington: Green Seal, 2012. Disponível em: www.greenseal.org. Acesso em: 13
out. 2022.
OLIVEIRA NETO, G. C. et al. Princípios e ferramentas da produção mais limpa: um estudo exploratório
em empresas brasileiras. Gestão & Produção, v. 22, n. 2, p. 326-344, jun. 2015.
SILVA, F. J. G.; GOUVEIA, R. M. Cleaner production main concept and history. In: SILVA, F. J. G;
GOUVEIA, R. M. Cleaner Production. Portugal: Springer, 2020. p. 15-31.
SAGAH, 2022