Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Benefícios Econômicos
Economia de Custo
- Economias devido à redução do consumo de água e outros insumos
- Economias devido à reciclagem, venda e aproveitamento de resíduos e diminuição de efluentes
- Redução de multas e penalidades por poluição
Incremento de receitas
- Aumento da contribuição marginal de produtos verdes que podem ser vendidos a preços mais altos
- Aumento da participação no mercado devido a inovação dos produtos e menos concorrência
- Linha de novos produtos para novos mercados
- Aumento da demanda para produtos que contribuam para diminuição da poluição.
Benefícios Estratégicos
- Melhoria da imagem institucional
- Renovação do portfólio de produtos
- Aumento da produtividade
- Alto comprometimento do pessoal
- Melhoria nas relações de trabalho
- Melhoria e criatividade para novos desafios
- Melhoria das relações com os órgãos governamentais, comunidade e grupos ambientalistas
- Acesso assegurado ao mercado externo
- Melhor adequação aos padrões ambientais.
da empresa adotando uma política de gestão ambiental, utilizando-a para melhorar a imagem
da empresa, renovando seu portfólio de produtos e acessando novos mercados.
De acordo ao relatório da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, chamado “Nosso Futuro Comum”, é evidente a importância da preservação
ambiental para conseguir um desenvolvimento sustentável. Deste modo, a Câmara de
Comércio Internacional (CCI), reconhecendo que a proteção ambiental se inclui entre as
principais prioridades a serem buscadas, definiu em 1990, 17 Princípios para a Gestão
Ambiental, que dentro da ótica das organizações, são fundamentais para atingir o
Desenvolvimento Sustentável.
Dentre os princípios apresentados por esta comissão destacam-se os seguintes: definir
a gestão ambiental como fator prioritário para obter desenvolvimento sustentável; avaliar e
melhorar continuamente as políticas e práticas ambientais dentro de uma determinada
legislação internacional; prover e desenvolver produtos e serviços com mínimo o nulo
impacto ambiental, onde a eficiência energética, reciclagem e a reutilização de produtos sejam
normas a serem seguidas nas empresas; realizar constantes pesquisas que sirvam para melhor
avaliar os impactos ambientais das matérias-primas, processos, produtos e todo tipo de
resíduo relacionado com as atividades produtivas das empresas, com a finalidade de mitigar
tais impactos; e por último, promover o diálogo entre as diferentes partes interessadas
(funcionários, acionistas, comunidade, governo, etc.) para buscar o desenvolvimento de
políticas, projetos e programas inter-organizacionais que eduquem, valorizem e promovam a
consciência e proteção ambiental.
No século passado, a preocupação com o meio ambiente levou a mudanças nas políticas
governamentais, e nos hábitos de consumo do mercado, que gerou uma exigência para a
elaboração de produtos, os quais respeitem e conservem a natureza. Além destas mudanças,
apareceram organizações não-governamentais (ONGS) para manifestar a inconformidade da
sociedade contra as más práticas ambientais (PIRES, 1998).
Produto desta conjuntura, o controle governamental fiscaliza as empresas visando a
conservação do ambiente, começou com a implementação de várias normativas legais para
regulamentar os processos de produção, gerando com isso uma grande quantidade de
conjuntos de normas, organizados de maneira particular por alguns países, e revestidos por
determinadas conveniências.
Para as empresas tornou-se difícil atingir as múltiplas exigências dos diferentes
mercados onde estavam presentes. No entanto, a aparição destas regulamentações começou a
gerar uma distorção no comércio mundial, criando barreiras ambientais à entrada de produtos.
A viabilização deste mercado global passou a demandar uma normalização de
processos e especificações que garantisse a qualidade dos produtos adquiridos por empresas e
consumidores. Esta necessidade foi atendida pelas normas ISO 9000, que permitem a
certificação da capacidade de manter a qualidade dos processos em aprimoramento contínuo
por parte dos certificados (PIRES, 1998).
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, conhecida como ECO-92, a idéia de
uma norma de certificação ambiental, no formato da ISO 9000, foi estruturada. Foi
desenvolvido, então, um conjunto de normas denominadas série ISO 14000 (PIRES, 1998).
Segundo Cavalcanti (1996), um dos principais argumentos para a elaboração da série
ISO 14000, foi tentar regular as múltiplas certificações desenvolvidas por diferentes países, de
forma que não possam constituir-se barreiras ambientais ao comércio. Além disso, as
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
empresas com presença em diversos países sofreram uma elevação nos custos e perda de
competitividade tentando atingir a estas particulares exigências.
A ISO 14000 é um conjunto de normas elaboradas pela Organização Internacional de
Normalização (International Organization for Standarization – ISO), para padronizar os
procedimentos de auditoria e rotulagem ambiental (SOUZA, 2000).
Pires (1998) ressalta que a origem da série ISO esta fortemente influenciada pela
Norma Britânica de Gestão Ambiental BS 7750, que visa a implementação de sistemas de
gerenciamento ambiental, política ambiental, organização e pessoal, efeitos ambientais,
objetivos ambientais e metas, programa de gerenciamento ambiental, manual de
gerenciamento ambiental e documentação, controle operacional, registro de gerenciamento
ambiental, auditorias de gerenciamento ambiental e revisões de gerenciamento ambiental. O
mesmo autor destaca que a implementação das normas ISO 9000 irá converter-se em um pré-
requisito para participar do mercado, e que na atualidade tem acontecido algo similar com a
série 14000.
A série ISO 14000 é composta por seis conjuntos de normas que servem como
instrumento para a implementação da gestão ambiental nas organizações. Souza (2000), faz
uma divisão didática dos componentes da série ISO 14000 agrupados na figura 2.
Gestão Ambiental
Sistema de Avaliação do
Gestão Ciclo de
Ambiental Vida
(SGA) (ACV)
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é composto pelas normas ISO 14001e ISO
14004. A ISO 14001 é o conjunto de normas que a empresa terá que cumprir para a obtenção
da certificação frente a terceiros. No entanto, a ISO 14004 é uma norma de apoio, que através
de exemplos ajuda a empresa a obter a certificação, coordenando o SGA com os demais
sistemas gerenciais da organização. Esta última norma é de utilização exclusiva da empresa.
O processo de Auditoria Ambiental (AA) é composto pelas normas ISO 14010, ISO
14011/1, ISO 14011/2, ISO 14011/3, ISO 14012, ISO 14013, e ISO 14015. Estas normas são
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
A atividade industrial é responsável por uma expressiva parcela dos problemas globais
do meio ambiente, como despejos de dejetos tóxicos e materiais assemelhados e o escoamento
de água poluída problemas estes, que têm aumentado de forma progressiva no mundo inteiro.
Para uma organização equacionar seu envolvimento com a questão ambiental, se faz
necessário incorporar ao seu planejamento estratégico e operacional um adequado programa
de gestão ambiental, compatibilizando-o aos demais objetivos da organização, sem esquecer
que essa implantação é uma decisão que deve envolver todos que fazem parte da empresa e
que o comprometimento é fundamental em todos os departamentos, setores e áreas de
trabalho, cujo objetivo comum deverá ser a minimização e/ou eliminação dos riscos
ambientais em cada etapa do processo produtivo.
Nos dias atuais, muitas indústrias vêm adotando uma política responsável frente ao
meio ambiente, através do desenvolvimento sustentável. Esta postura vem sendo realizada
através da sociedade globalizada que tem cada vez mais se conscientizar sobre o seu
verdadeiro papel de proteger o meio ambiente.
Esta nova realidade econômica de um mundo sem fronteiras repercute na questão do
meio ambiente. O grande mercado importador dos países ricos passa a fazer exigência às
empresas fornecedoras (transnacionais ou não) situadas nos países em desenvolvimento.
De acordo com Santos, Freire e Malo (2000), muitas empresas no Brasil têm tomado
iniciativas de promoção e desenvolvimento dos aspectos sociais ligados aos indivíduos e vêm
apresentando em seus balanços sociais informações relativas à geração de empregos,
formação e desenvolvimento profissional, treinamentos, segurança e medicina do trabalho,
alimentação, transporte, assistência social, criação e distribuição de riquezas, impostos e
lucros, demonstração do valor adicionado e à política empregada na proteção e preservação
do meio ambiente.
De acordo com Nascimento (2002), o desenvolvimento rural é a aplicação de uma
política de sustentabilidade ao ambiente rural, ou seja, a aplicação de um conjunto de medidas
que gerem, intergeracionalmente, oportunidades econômicas no meio rural com base em
critérios sócio-ambientais que enfatizem a adaptabilidade humana (o ajustamento das
possibilidades humanas às potencialidades ecológicas).
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
pelos meios de comunicação leva facilmente à denúncia das empresas que não adotam
práticas administrativas e operacionais responsáveis nesses aspectos.
Segundo Karkotli (2004), a implementação de um sistema de gestão ambiental
constitui estratégia para que o empresário, através do seu gerenciamento, possa identificar
oportunidades de melhorias que reduzam os impactos das atividades de sua empresa sobre o
meio ambiente, de forma integrada. Assim, como os programas de qualidade, também a
preocupação com o meio ambiente é uma estratégia e fator de sucesso na gestão empresarial,
tendo em vista a consciência de que o meio ambiente é uma das maiores responsabilidades
sociais de todos.
Muitas empresas começaram a verificar que as despesas realizadas com a proteção
ambiental podem transformar-se em vantagem competitiva e, gradativamente, vêm incluindo
na sua gestão de negócios a dimensão ecológica.
Segundo Tachizawa (2002), a gestão ambiental e a responsabilidade social tornam-se
importantes instrumentos gerenciais para a capacitação e criação de condições de
competitividade para as organizações, qualquer que seja seu segmento econômico.
5. METODOLOGIA
mensagens. Do ponto de vista analítico instrumental este conceito foi fundamental para a
compreensão dos dados fornecidos nas entrevistas.
6. RESULTADOS DA PESQUISA
Capacitação Ambiental
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
Observou-se que a empresa se adapta a diferentes normas ambientais, visto que ela
encontra-se inserida em diversos mercados externos, estando sujeita a diferentes
regulamentações. Tais regulamentações implicam na fabricação de produtos que possuem
características diferenciadas quanto aos aspectos de segurança, técnicos e ambientais. Em
relação ao mercado interno, identificou-se que a empresa o percebe ainda incipiente quanto às
elevadas exigências apresentadas em outros países.
municipais, estaduais e nacionais. Não foi observada a utilização de nenhuma ação ambiental
específica.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
LEFF, Enrique. Epistemologia Ambiental. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2002. pg 59-69
NOELI, L. Desafio da Gestão Ambiental. Revista Ambiental, São Paulo, vol 1, n. 5, p.12,
abril/2000.
PIRES, Alexandre Kalil. Avaliação do Impacto das Normas ISO 14000 na Estratégia
Competitiva das Indústrias de Celulose do Rio Grande do Sul. Dissertação (Mestrado).
Programa de Pós-Graduação Em Administração. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Porto Alegre, 1998.
SANTOS, Ariovaldo dos; FREIRE Fátima S.; MALO, François B. O balanço social no
Brasil: gênese, finalidade e implementação como complemento às demonstrações contábeis.
Disponível em:<http://www.fipecafi.br>. Acesso em 10 abril 2007.
SOUZA, Renato Santos de. Entendendo a Questão Ambiental. Santa Cruz do Sul:
EDUNISC, 2000.
VALLE, C. E. Como se preparar para as normas ISO 14000: Qualidade ambiental. São
Paulo: Pioneira, 1995.
YIN, R. K.. Estudo de Caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.