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RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
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Aluno do curso de Pós-Graduação das Faculdades Integradas FACVEST.
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INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 07
1 CONTABILIDADE E GERENCIAMENTO................................................................. 08
1.1 Implicações da Contabilidade Gerencial..................................................................... 11
1.2 Análise gerencial de custos............................................................................................ 13
1.3 Terminologia em análise de custos............................................................................... 15
CONCLUSÃO...................................................................................................................... 33
REFERÊNCIAS................................................................................................................... 34
INTRODUÇÃO
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1 CONTABILIDADE E GERENCIAMENTO
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Este fato de gerenciamento contábil nem sempre é aceito por todos, pois ainda se vê
por aí muitos profissionais contabilistas defendendo a posição da Contabilidade como um
segmento administrativo apenas.
Nesse foco, o caráter integrativo traz a identidade do processo contábil como forma
gerencial, isto é, entra em contato com todos os segmentos de uma organização e permite a
integração ampla e aprofundada.
Essa colocação define que a Contabilidade Gerencial pode agir de forma ampla e que
todas as suas prerrogativas têm sentido na forma de se requerer o desenvolvimento mais coeso
no processo empresarial.
Explica Banker (2000) que o atual estágio da Contabilidade Gerencial, que envolve
todos os estágios de evolução anteriores, centra-se no processo de criação de valor por meio
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do uso efetivo dos recursos vindos das empresas. Diz ainda o autor que essa função-objetivo
está declarada no Relatório e Gerenciamento da Federação Internacional de Contadores,
sobre os Conceitos de Contabilidade Gerencial.
Segundo o que cita o autor, de acordo com a Federação:
Evolução e Mudança na Contabilidade Gerencial
O campo da atividade organizacional abarcado pela Contabilidade Gerencial foi
desenvolvido através de quatro estágios reconhecíveis:
a) Estágio 01: antes de 1950, o foco era na determinação do custo e controle financeiro,
através do uso das tecnologias de orçamento e contabilidade de custos;
b) Estágio 02: por volta de 1965, o foco foi mudado para o fornecimento de informação para
o controle e planejamento gerencial, através do uso de tecnologias tais como análise de
decisão e contabilidade por possibilidade;
c) Estágio 03: por volta de 1985, a atenção foi focada na redução do desperdício de recursos
usados nos processos e administração estratégica de custos; e
d) Estágio 04: por volta de 1995, a atenção foi mudada para a geração ou criação de valor
através do uso dos recursos, através do uso de tecnologias tais como exame de direcionadores
de valor ao cliente, valor para o acionista e inovação organizacional.
Fonte: International Federation of Accountants. (1998).
Pelo exposto, pode-se entender que cada estágio da evolução representa a adaptação
para um novo conjunto de condições que as organizações enfrentam pela absorção, reforma e
edição aos focos e tecnologias utilizadas na forma anterior.
Cada estágio é uma combinação do velho e do novo, com o velho sendo reformado
para ajustar-se com o novo em combinação a um novo conjunto de condições para o
ambiente gerencial. A Contabilidade Gerencial atual refere-se ao produto do
processo de evolução cobrindo os quatro estágios. (IFAC, §§ 9 e 15 apud
BANKER, 2000, p. 29).
Neste aspecto, entende-se então que dentro dos pontos referenciais da Contabilidade
Gerencial, a controladoria, quando no exercício da função contábil gerencial, pode vir a
monitorar de forma adequada o processo de geração de valor das empresas.
Quanto às mudanças, Kanitz (1977) diz que: “o mundo está mudando de maneira
contínua, mais rápida e imprevisivelmente. Se hoje temos uma idéia do que controlar, nada é
possível afirmar em relação ao futuro imediato”.
As mudanças, como sempre, são necessárias em um mundo evolutivo em que se
vive. Fica foca de cogitação evidenciar-se a Contabilidade Gerencial sem as características de
mudanças.
Nakagawa (1993) ressalta que, em tal cenário, o modelo de decisão das empresas
requer a mais perfeita e completa integração de todas as áreas funcionais, e a
Controladoria desponta como o principal responsável pela disponibilidade na
empresa de um sistema de informações que suporte adequadamente tal modelo de
decisão. Pode-se afirmar que hoje a Contabilidade já tem a sua resposta às
necessidades informativas das empresas que estão adotando as tecnologias
avançadas de produção. Cabe tão-somente aos Contadores a responsabilidade de se
integrarem efetivamente na equipe que toma as principais decisões da empresa, para
disseminar e implementar os conceitos e sistema de gestão. (CASANOVA E
VARGAS, 2002, p. 119).
Desta forma, Coopers & Lybrand (2004, p. 184) indicam que a Contabilidade como
ciência está preparada para analisar, registrar e gerar dados e informações: cabe entretanto,
aos profissionais desta área reciclarem seus conceitos com o intuito de apresentarem um
modelo que melhor indique a realidade da manufatura diante da economia, podendo, assim,
apresentar resultados fidedignos.
Explica Crepaldi (2002) que a eficiência do sistema de custos tem uma dependência
muito grande do nível de informações e de integração entre produção e administração.
Uma série de atitudes devem ser observadas para que as informações sejam
eficientes: equilibrar a velocidade da informação e sua completa exatidão; gerar
informações de forma que seu usuário as entenda e procurar evitar sempre a seguinte
situação: o incompetente informando o irrelevante para o indiferente. (CREPALDI,
2002, p. 75).
Explica ainda o autor, que custo é uma despesa que se faz a fim de obter um
rendimento. Ao estabelecer um preço, para seu produto ou serviço, deve-se saber qual é seu
custo total e o custo por unidade. É preciso também estar familiarizado com os vários
conceitos de custo, que são úteis na determinação da receita, na tomada de decisões a curto e a
longos prazos, no planejamento, nas avaliações e nos controles. Diferentes tipos de custos são
usados para diferentes propósitos, e a escolha correta poderá assegurar o uso apropriado dos
recursos do departamento, expõe Crepaldi (2002).
Prerroga Crepaldi (2002) que em função desses argumentos, pode ser facilmente
constatado que as despesas de distribuição vêm aos poucos experimentando um crescimento
dentro da composição final dos custos dos bens e serviços. Essa tendência deverá acentuar-se
cada vez mais, nos próximos anos, à medida que a automação tende a racionalizar os
processos dos produtos com conseqüentes reduções de custos, enquanto a colocação dos
produtos no mercado exigirá uma estrutura mercadológica cada vez mais habilitada, o que
com certeza incrementará a participação das despesas de distribuição.
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Expõe o autor não acreditar em um Setor Fiscal que insere informações decorrentes
das notas fiscais recebidas e emitidas, que cumpre suas obrigações tributárias, sejam
acessórias ou principais, porém sem nenhuma sintonia com a gestão empresarial, e distante do
seu planejamento estratégico. Nenhuma empresa poderá sobreviver a uma economia em
desenvolvimento, se os órgãos fiscalizatórios não estiverem muito afinados com seus sistemas
de aferição. A desatenção a esses aspectos poderá dificultar a gestão empresarial, tornando-se
pois, imprescindível uma mudança radical dessa atividade a fim de agregar valor à empresa.
Não podemos conviver com o Setor de Pessoal que atende suas obrigações
trabalhistas, previdenciárias e sociais, com a movimentação de contratação e
desligamento de colaboradores, elaboração de folha de pagamento, emissão das
guias de recolhimento de contribuições trabalhistas, previdenciárias e sociais,
controle de férias, 13º.Salário e demais atividades, mas lamentavelmente sem
nenhuma sintonia com o planejamento estratégico da empresa. (ARGEU, 2006, p.
112).
citadas atividades em completa falta de sintonia empresarial, fazendo parte muitas vezes do
problema e não da solução como era desejo de todos”. Agregado a isso, ressalta-se, a ausência
de uma educação continuada que permita a capacitação e qualificação, do profissional.
Iniciativa desses porte contribuirá significativamente para a melhoria da gestão, sobre tudo se
houver uma mudança de postura radical cuja meta seja o planejamento empresarial.
Não dá mais para conviver com essa atitude de ainda defendê-la diante da empresa,
os profissionais e escritórios de contabilidade devem agregar valor as suas
atividades com suas competências exclusivas que possam comprovar sua
capacitação e qualificação em prol de uma empresa moderna e mais progressista.
(ARGEU, 2006, p. 113).
Entendo que citada atividade tem diversas categorias, dentre elas cita o autor:
- Os que vivem para a contabilidade.
- Os que vivem da contabilidade.
- Os que vivem na contabilidade.
- Os que vivem a contabilidade.
Conclui Argeu (2006) que, independente de sua opção, deve-se estar consciente de
que algo há de ser feito imediatamente para caracterizar a real importância dos serviços de
contabilidade para a gestão empresarial ou fatalmente se estará à mercê da imprevisibilidade.
Expõe Padovezi (2000) que se a empresa entende que a melhor forma de custeio para
seus produtos é o custeio direto, o sistema de acumulação de custos só coletará, para apuração
do custo dos produtos, os custos e despesas diretamente relacionadas aos produtos.
2.1.2.2 Custo-padrão
Tendo em vista que o custo real para ser calculado necessariamente tem que se valer
de informações passadas, surgiu o conceito de custo-padrão, como forma de antecipação da
informação de custos dos produtos. O custo-padrão é calculado baseado em eventos futuros
de custos ou eventos desejados de custos, que podem ou não acontecer na realidade da
empresa.
Explica Bruni (2003) que atualmente a Contabilidade de Custos é vista sob dois
prismas: o auxílio ao controle e a ajuda na tomada de decisões.
Partindo dessa premissa, entende-se que as organizações utilizam-se da
Contabilidade de Custos para tornarem-se cada vez mais atraentes, respondendo de forma
positiva às várias mudanças ocorridas tanto no âmbito interno quanto externo de sua
organização. Os concorrentes, os clientes, o governo, os avanços tecnológicos e outros são
fatores que diretamente influenciam no crescimento e, conseqüentemente, na existência de
uma organização. Assim sendo, as mesmas devem exercer um constante controle de seus
gastos a fim de continuarem consolidadas ou se consolidarem no mercado.
a) Custos: podem ser conceituados como sendo todo gasto que é consumido dentro
do processo produtivo na fabricação de bens ou prestação de serviços. São, com isso,
incorporados aos estoques, quando bens tangíveis, até o momento da venda, quando
passam a ser representados na DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) como
Custo do Produto Vendido ( CPV) ou Custo dos Serviços Prestados (CSP). Ainda,
podem ser tratados na empresa comercial como elementos de composição dos custos
das mercadorias sendo levado a resultado como Custo das Mercadorias Vendidas
(CMV). Como exemplo de Custos, podemos citar a Matéria-prima utilizada no
processo produtivo. Os custos, porém, podem ser classificados sob duas óticas:
quanto à facilidade de identificação ao produto: diretos: são custos que podem ser
identificados com facilidade aos produtos/serviços gerados. Exemplo de Custos
Diretos: Aço usado na fabricação de uma chapa de aço. Indiretos: são aqueles de
difícil identificação e para serem apropriados aos produtos/serviços necessitam de
algum tipo de rateio. Exemplo de Custos Indiretos: Aluguel do galpão industrial.
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Quanto ao volume produzido no período: variáveis: são aqueles cujos valores variam
de acordo com o volume de produção. Exemplo de Custos Variáveis: Energia
Elétrica consumida na produção. Fixos: são os custos que em determinado período
permanecem invariáveis, quaisquer que seja o volume da atividade. Podendo existir
mesmo que nada seja produzido. Exemplo de Custos Fixos: Seguro da Fábrica.
Sobre o preço de venda, Bruni (2003) situa que estabelecer o preço de venda é um
dos mais importantes momentos nas decisões a serem implantadas na empresa. A resposta à
simples questão “Por quanto devem ser vendidas as mercadorias/produtos/serviços?” pode
representar o sucesso, a rentabilidade, a competitividade ou não da empresa, e,
conseqüentemente, sua existência ou não.
Santos (1995, p. 4 apud BRUNI, 2003, p. 30) diz: “Pode-se afirmar que, a fixação de
preços de venda dos produtos e serviços é uma questão que afeta diariamente a vida de uma
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Seguindo tal linha de pensamento, Bruni (2003) considera possível enumerar alguns
modelos de decisão de preço de venda que podem auxiliar o decisor na tomada de decisão:
- Os modelos de decisão de preço de venda orientados pela Teoria Econômica;
- Os modelos de decisão de preço de venda orientados pelo Mercado;
- Os modelos de decisão de preço de venda orientados pelos Custos.
Souza (2001 apud BRUNI, 2003, p. 33), com base em uma pesquisa feita sobre a
formação de preço declara: 50% das pequenas empresas consultadas acrescentam um
percentual nos custos dos seus produtos para formar o preço de venda; 26% estabelecem seus
preços através de pesquisa de mercado; 13% por critérios estimativos e 10% por indicação
dada pelo fornecedor.
Embora haja outros modelos de decisão, o alvo de discussão do autor no artigo
pesquisado, é o modelo orientado pelos Custos, o qual se utiliza da quantificação dos custos
incorridos como principal variável para a formação do Preço de Venda.
Coloca Andrade (2005) que custeio baseado em atividades ou custeio ABC (Activity
Based Costing) é um método de custeio baseado nas atividades efetuadas pela empresa no
processo de fabricação de seus produtos.
Segundo Martins (2003, p.96) para atribuir custos às atividades e aos produtos
utilizam-se de direcionadores. Martins (2003, p.96) ensina ainda que “há que se
distinguir dois tipos de direcionador: […] direcionador de custos de recursos, e os
direcionadores de custos de atividades”. O citado autor continua afirmando que “o
primeiro identifica a maneira como as atividades consomem recursos e serve para
custear as atividades”. Afirma ainda que “o segundo identifica a maneira como os
produtos consomem atividades e serve para custear produtos”. Nakagawa (2001,
p.42), conceitua atividade “como um processo que combina, de forma adequada,
pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu ambiente, tendo como objetivo a
produção de produtos”. Assim para o estudo do método ABC deve-se ponderar
sobre as atividades envolvidas em cada processo de produção, seja de uma
mercadoria ou um serviço. (ANDRADE, 2005, p. 113).
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Este demonstrativo pode ser útil para indicar tendências nos relatórios de resultados
e do Balanço Patrimonial devido às práticas contábeis, bem como para determinar a
qualidade dos lucros (quanto dinheiro já entrou no caixa desses lucros) e a facilidade
da empresa em poder pagar juros e dividendos. O fluxo de caixa das operações é
determinado a partir do lucro líquido indicado na demonstração de resultados,
adicionando-se as despesas não-desembolsáveis e diminuindo-se as receitas que não
tenham representado ingresso de recursos (variação monetária ativa, correção
monetária, etc). (CRUZ, 2006, p. 191)
CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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BORNIA, A. Análise Gerencial dos Custos. Porto Alegre: Editora: Bookman, 2002.