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COOPERATIVA ESCOLA DOS ALUNOS DO

CEDUP “DARIO GERALDO SALLES”


COOPERSALLES

AGB – ANALISE GERENCIAL DE


BALANÇO
0
3 Módulo

CURSO: Técnico em Contabilidade

Autor: Professor: João Evaristo Ferreira Filho


Professora: Leila Patrícia Oliveira

AGB – Análise Gerencial de Balanços – III 2014/2


COOPERATIVA ESCOLA DOS ALUNOS DO CEDUP 2
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 3

2. CONTABILIDADE GERENCIAL E CONTABILIDADE FISCAL ..................................4

3. ETAPAS DO PROCESSO DE ANÁLISE............................................................................. 5

4. ANÁLISE VERTICAL ......................................................................................................... 6

5. ANÁLISE HORIZONTAL .................................................................................................... 6

6. ANÁLISE POR QUOCIENTES ............................................................................................ 6


6.1 Quocientes de Estrutura de Capital ................................................................................ 7
6.1.1 Participação de Capital de Terceiros .................................................................. 7
6.1.2 Endividamento Geral.......................................................................................... 8
6.1.3 Composição do Endividamento.......................................................................... 9
6.1.4 Imobilização do Patrimônio Líquido................................................................ 10
6.2 Quocientes de Liquidez ou Solvência .......................................................................... 11
6.2.1 Liquidez Geral .................................................................................................. 12
6.2.2 Liquidez Corrente ............................................................................................. 12
6.2.3 Liquidez Seca ................................................................................................... 13
6.2.4 Liquidez Imediata ............................................................................................. 14
6.3 Quocientes de Rentabilidade ........................................................................................ 14
6.3.1 Giro do Ativo.................................................................................................... 14
6.3.2 Margem Líquida ............................................................................................... 14
6.3.3 Rentabilidade do Ativo..................................................................................... 15
6.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido............................................................... 15

7. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA – D.F.C ..................................................... 17


7.1 Método Direto ....................................................................................................... 17
7.2 Método Indireto .................................................................................................... 21

8. RELATÓRIO DE ANÁLISE ............................................................................................... 22

9. BALANÇO SOCIAL ........................................................................................................... 23

10. NOTAS EXPLICATIVAS................................................................................................. 26

11. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 27

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1. INTRODUÇÃO

O conjunto de funções que determinada profissão englobava em dado tempo, de repente se


mostra alterado. Determinadas atividades são excluídas porque se tornam inúteis e outras são
acrescidas ou modificadas para atender à nova realidade do mundo empresarial. O trabalho do
profissional de Contabilidade, particularmente, vem passando por transformações onde não
bastam apenas fazer a escrituração contábil, mas apresentar resultados e orientar os dirigentes
das empresas para a tomada de decisões. O trabalho do profissional de Contabilidade vai
muito além da escrituração, migrando de Contador para Consultor, abrindo novas
oportunidades de trabalho e renda.

A análise das Demonstrações Financeiras é uma das ferramentas que proporcionam ao


profissional da área contábil, oportunidade para ampliar suas atividades de consultoria.

Cabe ainda lembrar de uma grande ferramenta que


também contribui para a vida saudável de uma empresa é a
Contabilidade Gerencial, a qual, diferencia-se da
Contabilidade Fiscal e financeira pelos relatórios,
podendo os mesmos serem infinitos com o objetivo de
atender as necessidade dos usuários externos. A título de
exemplo podemos citar: gráficos comparativos com
investidores, produtos, moedas, relatórios de orçamentos
paraibamix.com fluxo de caixa e outros mais. Quanto que a análise
apenas com dados da contabilidade Fiscal nos deixa
um tanto engessado.

Focaremos, a princípio, a análise das demonstrações financeiras, voltando a falar sobre


contabilidade gerencial no final da nossa apostila, o que não significa que caso seja oportuno,
a Contabilidade Gerencial poderá ser
utilizada a qualquer momento.

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2. Contabilidade Gerencial X Contabilidade Financeira

A Contabilidade Gerencial é o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar,


interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a atingir objetivos
organizacionais com relatórios não necessariamente extraindo das demonstrações
financeiras.
Já a Contabilidade Financeira como já conhecemos refere-se à informação contábil
desenvolvida para os usuários externos, como acionistas, fornecedores, bancos e agências
reguladoras governamentais.

É importante analisar em uma empresa os Quociente de Estrutura de Capitais, Liquidez,


Rentabilidade e outros, mas ficar nisto ainda é muito pouco, a competitividade nos exige o
máximo de informações possíveis e é nesse momento que surge a necessidade de nos
apoiarmos em relatórios gerencias tais como: gastos com a folha de salário, um fluxo de caixa
para os próximos 6 meses, a comparação das vendas feitas por uma equipe em relação a outra,
entre vários outras análises que podem ser feitas através da captação de dados para a
elaboração de relatórios de análises.

O mais importante para o contador ou administrador gerencial da empresa (controller) não é


saber calcular, mas interpretar indicadores e elaborar relatórios com os pontos fortes e fracos
do processo operacional e financeiro da empresa, visando propor alternativas de exercícios
futuros.

O limite entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial é difícil de ser


determinado, já que, em vários casos, há o entrelaçamento entre técnicas puramente contábeis
e gerenciais. De certa forma, a fronteira entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade
Gerencial são as demonstrações contábeis.

A contabilidade Gerencial não se prende a nenhuma obrigação legal, cabe ao administrador


determinar quais os procedimentos que mais lhe convêm para demonstrar as informações
gerenciais de que necessita para a tomada de decisões.

Não se pode afirmar, contudo, que tais peças contábeis, apenas por serem o último degrau da
Contabilidade Financeira e por servirem preponderantemente aos interessados externos, não
sejam importantes, ao menos como ponto de partida, para a Contabilidade Gerencial e para a
administração interna.

Para melhorar o seu entendimento observe esta tabela abaixo:


FATOR CONTABILIDADE FINANCEIRA CONTABILIDADE GERENCIAL
Objetivos dos Facilitar a análise financeira dos Facilitar o planejamento, controle, avaliação de
relatórios usuários externos. desempenho e tomada de decisões dos usuários
e seus internos (sócios e gestores).
destinatários
Espécies e formas BP, DRE, DLPA, DFC* e DVA*, Orçamentos, relatórios de desempenho, de custos
dos relatórios conforme os moldes legais, e outros não rotineiros para facilitar a tomada de
elaborados de forma resumida, decisões, elaborados de forma detalhada, com
preocupando – se principalmente especificidades de partes da entidade, como
com a entidade como um todo. produtos, departamentos etc. E liberdade quando a
forma de elaboração.
Frequência dos Relatórios anuais, semestrais, Relatórios produzidos sempre que necessários
relatórios e seu trimestrais ou mensais, conforme a pela administração, com horizonte temporal

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horizonte legislação, com abrangência desse variável, que vai desde horas a vários anos.
temporal período.
Enfoque temporal Primariamente históricos (orientação Históricos e esperados (orientação para futuro).
dos valores para o passado). Uso formal de registros históricos e orçamentos.
utilizados
Bases de Moeda corrente no pais. Várias bases (moeda corrente, estrangeira –
mensuração dos moeda forte, medidas físicas etc.)
dados
Restrições nas Sem restrições, salvo as determinadas pela própria
informações Princípios fundamentais da administração, como custos ou relevância, das
contabilidade, Código Fiscal , RIR informações.
(Regulamento do Imposto de Renda)
Conjunto técnico Ciências Contábeis. Ciência contábil, economia, finanças, estatísticas,
e teórico pesquisa operacional e comportamental etc.
Características da Somente para mensuração* Engloba a mensuração física e operacional
informação financeira e econômica, sendo (processos, tecnologia, fornecedores,
objetiva (sem viés), verificável, competidores etc.) deve ser relevante e
relevante e dentro de um tempo. tempestiva, podendo ser subjetiva e possuir
menores verificabilidade e precisão, desde que
isso não prejudique a qualidade da informação.
Perspectiva dos Orientação histórica Orientação para o futuro (planejamento, avaliação
relatórios de desempenho e estabelecimento de metas) e
histórica (avaliação de resultados obtidos para
orientar a tomada de decisões futura).
Implicações Preocupação em mensurar e Preocupação com a influência que as mensurações
comportamentais comunicar fenômenos econômicos, e os relatórios exercerão sobre o comportamento
tendo as considerações cotidiano dos gestores.
comportamentais dos executivos
importância secundária.
WWW.editora ferreira.com.br

*DFC = Demonstração de Fluxo de Caixa


*DVA = Demonstração do Valor Adicionado
*Mensuração = Medidas

Exercícios: Elabore 5 relatórios gerenciais de uma empresa que considere relevante para
tomada de decisões

3. Etapas do Processo de Análise

O analista Gerencial deverá analisar e decompor as demonstrações financeiras, transcrevendo-


as em mapas padronizados, para facilitar os trabalhos de análise.

Primeira etapa: exame e padronização das demonstrações financeiras;

Segunda etapa: coleta de dados, ou seja, extração dos valores das demonstrações financeiras;

Terceira etapa: análise vertical e horizontal (interpretação isolada e conjunta);

Quarta etapa: cálculo dos indicadores;

Quinta etapa: interpretação isolada e conjunta dos indicadores;

Sexta Etapa: relatório de análise com apresentação das conclusões.

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4. Análise Vertical

Através da Análise Vertical, comparamos cada um dos elementos do


conjunto em relação ao total ou ao somatório de seu grupo,
visualizando de forma direta e objetiva a representatividade de cada
componente das demonstrações, identificando aqueles que mais
contribuem para a formação da demonstração em análise.
O percentual com que cada elemento participa em relação ao conjunto
é feito por meio de regra de três, sendo que no Balanço Patrimonial
podemos relacionar as contas tanto com os grupos a que pertencem
como com o total do Ativo ou Passivo.

qieducacao.com

A Análise Vertical é de grande importância, principalmente quando aplicada na


Demonstração do Resultado do Exercício, porque possibilita detectar a composição percentual
das receitas e despesas, evidenciando aquelas que mais influenciaram na formação do lucro
ou do prejuízo.

5 Análise Horizontal
qieducacao.com
A Análise Horizontal é efetuada tomando-se por base dois ou mais exercícios financeiros,
com o objetivo de observar a evolução dos seus componentes ao longo dos anos,
acompanhando o desempenho de cada uma das contas e ressaltando as tendências
evidenciadas em cada uma delas.

Para se efetuar a Análise Horizontal, escolhe-se a demonstração mais antiga e atribui-se aos
seus valores o percentual de cem por cento e a partir daí, calcula-se o percentual dos demais
exercícios por meio de regra de três, sempre em relação ao primeiro período. De posse dos
números índices (percentuais) ficam claras a evolução ou a retração de cada conta em relação
ao exercício escolhido como base.

6 Análise por Quocientes

A Análise por quocientes serve como termômetro para


a avaliação da saúde econômica e financeira das
empresas. Não devem ser considerados isoladamente,
mas sim sob o aspecto dinâmico e dentro de um
contexto mais amplo, onde outros indicadores e
variáveis devem ser conjugadamente ponderados.

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6.1 Quocientes de Estrutura de Capital

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Avaliam a segurança oferecida pela empresa aos capitais alheios e revelam sua política de
obtenção de recursos, bem como sua alocação nos diversos itens do ativo. Evidenciam o grau
de endividamento da empresa em decorrência das origens dos capitais investidos no
patrimônio. Mostram a proporção existente entre os capitais próprios e os capitais de
terceiros, sendo calculados com base em valores extraídos do Balanço Patrimonial.

Passivo = Origem dos Recursos

Ativo = Aplicação dos Recursos

• do confronto entre os capitais próprios e os capitais de terceiros, sabe-se quem mais


investiu na empresa: os proprietários ou as pessoas estranhas ao negócio;

• quando a origem dos investimentos é o capital próprio, em proporção maior que o capital
de terceiros, a situação financeira da empresa é satisfatória;
• quando a origem dos investimentos é o capital de terceiros em proporção maior que o
capital próprio, a situação financeira da empresa é insatisfatória (em princípio está
endividada). Uma grande parcela dos lucros está sendo empregada para remunerar o
capital de terceiros;

- quanto menor o quociente, melhor.

Os principais quocientes de Estrutura de Capital são: Participação de Capitais de Terceiros


(PCT), Endividamento Geral (EG), Composição do Endividamento (CE) e Imobilização do
Patrimônio Líquido (IPL).

6.1.1 Participação de Capitais de Terceiros (PCT)

Estabelece a relação entre os recursos de terceiros e os recursos próprios aplicados na


empresa.

PCT = ET = PC + PELP + REF onde:


PL PL

PCT = Participação de Capitais de Terceiros


ET = Exigível Total
PL = Patrimônio Líquido
PC = Passivo Circulante

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PELP = Passivo Exigível a Longo Prazo


REF = Resultado de Exercícios Futuros

• Quanto menor a participação de capitais de terceiros na empresa, menor será o seu grau de
endividamento;

• Quociente inferior à unidade, indica predominância de capitais próprios sobre os capitais


de terceiros, evidenciando maior liberdade financeira para a tomada de decisões;

• A análise desse indicador por diversos exercícios, mostra a política de obtenção de


recursos da empresa: está mantendo uma maior dependência de capitais de terceiros ou
está utilizando predominantemente capitais próprios.

Exemplo:

PCT = Exigível Total (capital de terceiros investido na empresa)


Patrimônio Líquido (capital próprio investido na empresa)

PCT = 5000 + 2000 + 100


6200
PCT = 1,15

Conclusão:
- O capital de terceiros é 15 % maior que o capital próprio;
- Para cada real de capital próprio, a empresa possui um real e quinze centavos de capital de
terceiros.

6.1.2 Endividamento Geral (EG)

Revela o grau de endividamento total da empresa, a proporção de recursos de terceiros


financiando o Ativo e, complementarmente, a fração do Ativo que está sendo financiada por
recursos próprios.

EG = PC + PNC onde:
AT

EG = Endividamento Geral
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante (exigível)
AT = Ativo Total
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A análise desse indicador por diversos exercícios mostra a política de obtenção de recursos da
empresa, isto é, se vem financiando seu ativo predominantemente com recursos próprios ou
de terceiros e em que proporção.

EG < 0,5 O endividamento é menor que o Patrimônio Líquido. Há predominância de


capitais próprios investidos na empresa;

EG = 0,5 O Ativo é financiado em igual proporção por recursos de terceiros e próprios.


O Patrimônio Líquido é igual às exigibilidades;

EG > 0,5 Há predominância de capitais de terceiros investidos na empresa;

EG = 1 A empresa não tem Patrimônio Líquido. Todo o Ativo é financiado com


recursos de terceiros;

EG > 1 Passivo a descoberto. Situação insolvente. As obrigações perante terceiros


superam o total do Ativo.

Exemplo:

EG = PC + PNC
AT

EG = 150.000 + 280.000
560.000
EG = 0,77

Conclusão:

- Como 0,77 é maior que 0,5 há predominância de capitais de terceiros investidos na empresa.

6.1.3 Composição do Endividamento (CE)

Este quociente revela qual a proporção existente entre as obrigações de curto prazo e as
obrigações totais, ou seja, quanto a empresa terá de pagar a curto prazo para cada real do total
das obrigações existentes.

CE = PC onde:
PC + PNC
CE = Composição do Endividamento
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante

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• Quanto menor for o valor a pagar no curto prazo, maior tempo terá a empresa para buscar
recursos financeiros para saldar suas dívidas.

Exemplo:

CE = PC
PC + PNC

CE = 5000
6000 + 9000

CE = 0,33

Conclusão:

- Para cada real de dívidas totais, trinta e cinco centavos são de curto prazo e sessenta e cinco
centavos são de longo prazo.

6.1.4 Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL)

Este quociente indica quanto a empresa imobilizou para cada real de Patrimônio Líquido, ou
seja, qual parcela do Patrimônio Líquido foi utilizada para financiar a compra do Ativo
Permanente.

IPL = IM onde:
PL

IPL = Imobilização do Patrimônio Líquido


IM = Imobilizado
PL = Patrimônio Líquido
• O ideal é que as empresas imobilizem a menor parte possível de seus recursos
próprios. Assim, não ficarão na dependência de capitais alheios para a movimentação normal
de seus negócios.

Exemplo:

IPL = IM
PL
IPL = 12.000
16.400

IPL = 0,732

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Conclusão:

- indica que a empresa imobilizou 73,2 % de seu Patrimônio Líquido, sobrando 26,8 % de
recursos próprios para aplicar no Ativo Circulante/Longo Prazo;
- quando este quociente for inferior à unidade, indica que a entidade não imobilizou todo o
seu Patrimônio Líquido, existindo o Capital Circulante Próprio, revelando liberdade
financeira para movimentar seu negócio;
- quanto maior for a parcela do Patrimônio Líquido aplicada no Investimento e Imobilizado,
menor será a participação dos capitais próprios para financiar o Ativo Circulante e maior será
a dependência da entidade em relação aos capitais de terceiros;
- investir a maior parte dos recursos próprios na parte imobilizada e menor parte no Ativo
Circulante é aceitável, porque é mais difícil conseguir recursos financeiros para financiar o
Ativo Fixo (financiamento a longo prazo com retorno a longo prazo);
- se o quociente for superior à unidade, indica que a entidade aplicou no Ativo fixo todo o
capital próprio e ainda recursos de terceiros. Neste caso deve ser analisado o quociente de
imobilização de recursos não-correntes, para saber se a empresa investiu no Ativo
Imobilizado, recursos de terceiros tomados a curto ou a longo prazos.

6.2 Quocientes de Liquidez ou Solvência

São medidas de avaliação da capacidade financeira da


empresa em satisfazer os compromissos para com
terceiros. Evidenciam quanto a empresa dispõem de
bens e direitos em relação às obrigações assumidas no
mesmo período. São calculados com base em valores
extraídos do Balanço Patrimonial. Quanto maior a
liquidez, melhor será a situação financeira da empresa.

aix.com.br

Um alto índice de liquidez não representa, necessariamente, boa saúde financeira. O


cumprimento das obrigações nas datas previstas depende de uma adequada administração dos
prazos de recebimento e de pagamento.

- alto grau de endividamento nem sempre é sinônimo de insolvência. A empresa pode estar
endividada, mas pagando seus compromissos em dia (negociação);
- a empresa poderá apresentar baixo grau de liquidez a curto prazo, porém um bom grau de
liquidez a longo prazo e vice-versa;
- a empresa poderá contar com alto grau de liquidez, mas não dispor de dinheiro para pagar
seus compromissos imediatos.

Estes e outros aspectos poderão ser esclarecidos através da análise isolada e conjunta dos
quocientes de liquidez.

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6.2.1 Liquidez Geral (LG)

Mede a capacidade de pagamento de todo o Passivo Exigível da entidade. Este quociente


indica o quanto a entidade poderá dispor de recursos circulantes e de longo prazo para honrar
todos os seus compromissos.

LG = AC + ARLP onde:
PC + PNC

LG = Liquidez Geral
AC = Ativo Circulante
ARLP = Ativo Realizável a Longo Prazo
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante (exigível)
Exemplo:

LG = 10.000 + 3.200
4.000 + 7.000

LG = 1,20

Conclusão:

Para cada real de dívidas totais, a empresa poderá dispor de um real e vinte centavos de
recursos de curto e longo prazos.

- quando LG > 1, a entidade encontra-se satisfatoriamente estruturada do ponto de vista


financeiro;
- quando LG < 1, a entidade encontra-se em situação de insolvência, pois os capitais de
terceiros (obrigações totais) financiaram todo o Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo,
além de parte do Ativo Permanente, revelando que a entidade encontra-se nas mãos de
terceiros.

6.2.2 Liquidez Corrente (LC)

Revela a capacidade financeira da empresa para cumprir seus compromissos de curto prazo,
ou seja, quanto a empresa tem de Ativo Circulante para cada real de Passivo Circulante.

LC = AC onde:
PC

LC = Liquidez Corrente
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
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Exemplo:

LC = 5.000
2.000

LC = 2,50

Conclusão:

A empresa dispõe de dois reais e cinqüenta centavos em Ativos Circulantes para cada real de
Passivo Circulante.

- quando LC = 1, indica grau de solvência suficiente para cumprir os compromissos de curto


prazo;

- quando LC > 1, indica folga financeira de curto prazo, podendo essa folga ser utilizada na
aquisição de estoques, aplicações financeiras de curto prazo, etc.

6.2.3 Liquidez Seca (LS)

Indica quanto a entidade poderá dispor de recursos circulantes, sem vender seus estoques,
para fazer frente às suas obrigações de curto prazo.

LS = AC - Estoques

onde:
PC
LS = Liquidez Seca
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
A interpretação deste quociente deve ser direcionada a verificar se o ativo circulante líquido é
suficiente para saldar os compromissos de curto prazo.

Exemplo:

LS = 10.000 – 4.000
3.000

LS = 2,00

Conclusão:

Para cada real de obrigações a curto prazo, a empresa possui dois reais, mesmo sem vender os
estoques.

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6.2.4 Liquidez Imediata (LI)

Revela a capacidade da empresa para saldar seus compromissos de curto prazo, dispondo de
dinheiro em caixa, Bancos e aplicações financeiras de liquidez imediata.

LI = Disponibilidades onde:
PC

LI = Liquidez Imediata
Disponibilidades = Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras com liquidez imediata;
PC = Passivo Circulante
A interpretação deste quociente deve ser direcionada a verificar se o ativo circulante líquido é
suficiente para saldar os compromissos de curto prazo.
Exemplo:
LI = 4.000
3.000

LI = 1,33

Conclusão:

Para cada real de obrigações a curto prazo, a empresa possui um real e trinta e três centavos
de liquidez imediata para cumprir com suas obrigações de curto prazo.

6.3 Quocientes de Rentabilidade

Medem a capacidade econômica da empresa,


evidenciando o grau de êxito econômico obtido pelo
capital investido. São calculados com base em valores
extraídos da Demonstração do Resultado do Exercício
e do Balanço Patrimonial.
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6.3.1 Giro do Ativo


Indica quantas vezes, durante um determinado período, girou o ativo total da empresa,
evidenciando a proporção existente entre o volume das vendas e os investimentos totais
efetuados na empresa, isto é, quanto a empresa vendeu para cada real de investimento total.

Giro do Ativo (GA) = Vendas Líquidas


Ativo Total

- o ideal é que este quociente seja superior a 1.


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6.3.2 Margem Líquida

Revela a margem de lucratividade obtida pela empresa em função do seu faturamento, ou


seja, quanto a empresa obteve de lucro líquido para cada real vendido.

Margem Líquida (ML) = Lucro Líquido__


Vendas Líquidas

- quanto maior for este quociente, maiores serão os lucros obtidos pela empresa.

6.3.3 Rentabilidade do Ativo

Indica o potencia de geração de lucros por parte da empresa, isto é, quanto a empresa obteve
de lucro líquido para cada real de investimentos totais.

Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido


Ativo Total

Deve ser direcionado para verificar o tempo necessário para que haja retorno dos capitais
totais (próprios e de terceiros) investidos na empresa.

- quanto maior for este quociente, maior será a lucratividade obtida pela empresa em relação
aos investimentos totais.

6.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Informa qual foi a taxa de rentabilidade obtida pelo capital próprio investido na empresa, ou
seja, quanto a empresa ganhou de lucro líquido para cada real de capital próprio investido.

Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RPL) = Lucro Líquido___


Patrimônio Líquido
- quanto maior, melhor;
- a interpretação deste quociente deve ser direcionada para verificar qual o tempo necessário
para se obter o retorno do capital próprio investido na empresa;
- os proprietários ou acionistas poderão comparar os ganhos com os capitais investidos na
empresa com a rentabilidade do mercado financeiro.

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INDICADORES PARA ANÁLISE ECONÔMICA E FINANCEIRA

ESTRUTURA DE CAPITAIS (QUANTO MAIOR, PIOR)

PARTICIPAÇÃO DE PCT = ET QUOCIENTE SUPERIOR À UNIDADE,


CAPITAIS PL INDICA PREDOMINÂNCIA DE CAPITAIS
DE TERCEIROS DE TERCEIROS.

ENDIVIDAMENTO GERAL EG = PC + PNC EVIDENCIA A PARCELA DO ATIVO


ATIVO FINANCIADA POR CAPITAIS DE
TERCEIROS.

COMPOSIÇÃO DO CE = PC MOSTRA A PARCELA DAS DÍVIDAS


ENDIVIDAMENTO PC + PNC VENCÍVEIS NO CURTO PRAZO.

IMOBILIZAÇÃO DO IPL = AI EVIDENCIA A PARCELA DO CAPITAL


PATRIMÔNIO LÍQUIDO PL PRÓPRIO APLICADA NO ATIVO
IMOBILIZADO.

LIQUIDEZ (QUANTO MAIOR, MELHOR)


LIQUIDEZ GERAL INDICA OS RECURSOS DISPONÍVEIS
LG = AC + ARLP PARA SALDAR DÍVIDAS DE CURTO E
PC + PNC LONGO PRAZOS.

LIQUIDEZ CORRENTE LC = AC REVELA A CAPACIDADE DE CUMPRIR


PC COMPROMISSOS DE CURTO PRAZO.

LIQUIDEZ SECA EVIDENCIA A CAPACIDADE DE


LS = AC – ESTOQUES CUMPRIR COMPROMISSOS DE CURTO
PC PRAZO, MESMO SEM VENDER OS
ESTOQUES.

LIQUIDEZ IMEDIATA DISPONIBILIDADE DE RECURSOS


LI = DISPONIBILIDADES IMEDIATOS PARA CADA REAL DO
PC PASSIVO CIRCULANTE.

RENTABILIDADE (QUANTO MAIOR, MELHOR)


GIRO DO ATIVO GA = VENDAS LÍQUIDAS O VOLUME DE VENDAS É
ATIVO TOTAL ADEQUADO AO CAPITAL
INVESTIDO?

MARGEM LÍQUIDA ML = LUCRO LÍQUIDO QUANTO A EMPRESA


VENDAS LÍQUIDAS OBTEVE DE LUCRO PARA
CADA REAL VENDIDO.

RENTABILIDADE DO ATIVO RA = LUCRO LÍQUIDO QUANTO A EMPRESA


ATIVO TOTAL OBTEVE DE LUCRO
LÍQUIDO, PARA CADA REAL
DE INVESTIMENTOS TOTAIS.

RENTABILIDADE DO RPL = LUCRO LÍQUIDO QUAL A TAXA DE

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PATRIMÔNIO LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO RENTABILIDADE OBTIDA


PELO CAPITAL PRÓPRIO

7. - DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - D.F.C

Para a Contabilidade no Brasil seguir as tendências internacionais foi preciso se


adaptar a novas mudanças. Uma das significantes alterações foi a troca da DOAR
(demonstração da origem e aplicação de Recursos) pela D.F.C (Demonstrações do
Fluxo de Caixa).
Trata-se de uma demonstração obrigatória para as empresas de capital aberto e
para as empresas que tiverem uma situação líquida de R$ 2.000.000,00, o DFC é
mais uma ferramenta na Contabilidade que vem contribuir de forma gerencial não só
para as grandes, mas para todo e qualquer tipo de empresa. Um bom controle do
disponível significa ter em mãos mais de 50% da situação desta empresa.
Esta demonstração passou a vigorar no Brasil Com a mudança pela lei 11.638/07,
que altera dispositivos da Lei nº 6.404/76.

Objetivo da D.F.C
Em um recente passado, grandes empresas maquiaram suas peças contábeis para
ter mais espaço no mercado. A D.F.C vem para ajudar a inibir tais situações por
mostrar o fluxo (entrada e saída) de disponível na empresa, dentro de um período
contábil. Desta forma, as pessoas que usam os relatórios contábeis para auxilio na
administração ganharam mais uma importante ferramenta nas tomadas de decisões.

Sua Apresentação

Existe 2 métodos de apresentação: método DIRETO e INDIRETO .

7.1 – Método direto (obrigatório)

Os dados que fazem parte desta demonstração também fazem parte do Balanço
Patrimonial e são usados três grupos na elaboração da D.F.C pelo método direto:

I) Atividades Operacionais - Pagamento e recebimento das atividades


principais da empresa;

II) De Investimentos - Pagamento e recebimento de imobilizado para uso da


empresa;

III) dos financiamentos – Capacitação de recursos financeiros pela empresa junto


a entidades financeiras como também recursos dos sócios quando em dinheiro.

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DADOS PARA ELABORAÇÃO DA D.F.C

Saldo em Outubro de 2011 da empresa Prestadora de Serviços Tiracraca Ltda.

Máquinas 1.200,00
Caixa 2.000,00
Veículos 6.300,00
Promissórias a Receber nº 123 1.500,00
Capital 11.000,00

MOVIMENTO DE NOVEMBRO

02/11- Empréstimo bancário com depósito em conta corrente para capital de giro .................. 15.000,00
04/11- Compra de um mine compressor de ar para uso, em dinheiro de AX Ltda. conf. n.f 12 800,00
05/11 – Transferência de dinheiro do caixa para conta corrente, conf. Recibo nº 78 ................. 100,00
12/11- Compra avista em cheque nº 01 de óleo lubrificante do posto Gas S/A para consumo 30,00
14/11- O banco desconta da nossa conta corrente ref. Talão de cheque conf. Aviso 333 ........... 5,00
15/11- Serviços prestados conf. Nossa nf 01, Recebimento pelo caixa ....................................... 10.200,00
17/11 - Serviços prestados a Sugerinha ltda. R$ 300,00 conf. Nf nº02 a saber:
A) Como entrada em dinheiro recebemos 50% do valor total do serviço ...................... 150,00
B) Conf. Duplicata nº 01 para recebimento após 20 dias................................................. 150,00
19/11 - Compra de um terreno para uso, junto a imobiliária R$ 3.100,00 da seguinte forma:
A) Em dinheiro como entrada .................................................................................. 100,00
B) O restante a imobiliária aceitou 1 duplicata de nº 10 para 30 dias ....................... 3.000,00
20/11- Recebimento da duplicata nº 01 conf. cheque nº 54 pelo caixa da empresa .................. 150,00
21/11- Compra de máquina com financiamento junto ao banco Verde Ltda .............................. 10.000,00
29/11 - Serviços prestados com recebimento a vista em dinheiro pelo caixa ............................. 5.000,00
30/11 - Pagamento de salário do mês em cheques ..................................................................... 10.000,00

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Exemplo da elaboração D.F.C pelo método direto

D.F.C - Demonstração do Fluxo de Caixa – Empresa Tiracraca Ltda. em novembro


Das Atividades Operacionais - 5.465,00
(+) Recebimentos de Clientes e outros ( 10.200+150 + 150 + 5.000) 15.500,00
(-) Pagamentos a Fornecedores
(-) Pagamentos a Funcionários 10.000,00
(-) Pagamento ao Governo
(-) Pagamentos de Despesas Diversos (30+5) 35,00

Das Atividades de Investimentos - 900,00


(+) Recebimento de Venda de Imobilizado
(-) Aquisição de imobilizado (800+100) 900,00

Das Atividades de Financiamentos +15.000,00


(+) s Empréstimos 15.000,00
(-) Amortização de Empréstimos
(+) Integralização de Capital

AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES (-) 19.565,00

Saldo inicial caixa e equivalentes (Caixa + Banco) (+) 2.000,00

Saldo final caixa e equivalentes (Caixa + Banco) (- ) 21.565,000


AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES (-) 19.565,00

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Exercícios

Movimento de dezembro Empresa Tiracraca Ltda

01/12- Pagamento de impostos ao governo em dinheiro ........................................ 200,00


10/12- Recebimento da promissória em dinheiro nº 123 do mês 10. ..................... 150,00
13/12- Pagamento de combustível em dinheiro ....................................................... 100,00
14/12- Serviços prestados com recebimento a vista pelo caixa ............................... 20.000,00
15/12- Pagamento de férias em cheque nº 123 ....................................................... 1.500,00
19/12- Compra de um armário a prazo para pgto. em 180 dias com duplicata ....... 150,00
20/12- Pagto da primeira parcela do empréstimo bancário em dinheiro................. 1.000,00
21/12- Venda de um veículo a vista recebimento pelo caixa ................................... 6.300,00
25/12- Depósito bancário em dinheiro ..................................................................... 15.000,00
30/12- Pagamento de salários em cheques nº 1234 ................................................. 10.000,00

D.F.C - Demonstração do Fluxo de Caixa Método direto-Empresa ..............em .....


Das Atividades Operacionais
(+) Recebimentos de Clientes e outros
(-) Pagamentos a Fornecedores
(-) Pagamentos a Funcionários
(-) Pagamento ao Governo
(-) Pagamentos de Despesas Diversos

Das Atividades de Investimentos


(+) Recebimento de Venda de Imobilizado
(-) Aquisição de imobilizado

Das Atividades de Financiamentos


(+) Empréstimos
(-) Amortização de Empréstimos
(+) Integralização de Capital

AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES

Saldo inicial caixa e equivalentes (Caixa + Banco) (+)


Saldo final caixa e equivalentes (Caixa + Banco) (- )
AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES ( )

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7.2 – Método indireto (facultativo)


Os dados que fazem parte desta demonstração, fazem parte do Balanço Patrimonial
como também do resultado da D.R.E. É uma forma diferente de encontrar as
atividades operacionais mas o resultado será o mesmo. A mudança do direto para o
indireto está nas Atividades Operacionais sendo que no indireto usaremos Lucro
Liquido do Exercício.
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DA EMPRESA TIRACRACA LTDA – Método indireto
31/11

1- LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO AJUSTADO 5.465,00


( +) Depreciação
( +) Amortização

2- LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO AJUSTADO 5.465,00

3- Variação do Ativo Operacional 0,00-


( + ) Diminuição do ativo operacional 150
( - ) Aumento do ativo operacional 150

4- Variação do Passivo Operacional 18.000,00


( - ) Diminuição do passivo operacional
(+ ) Aumento do passivo operacional 18.000

5- GERAÇÃO DO CAIXA OPERACIONAL ( 2 + 3 + 4) 23.465,00

6- Utilização do Caixa em Atividades de Investimento e Imobilizado (13.900,00)


( - ) Aquisição de investimento e imobilizado 13.900
( +) Alienação de investimento e imobilizado

7- Geração de caixa em atividades de financiamentos 10.000,00


( +) Aumento de empréstimos e financiamentos 10.000
( - ) Diminuição de empréstimos e financiamentos
(+ ) Aumento do Capital
( - ) Diminuição do Capital

8- AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES ( 5 + 6 + 7) 19.565,00

9- Saldo inicial caixa e equivalentes (Caixa + Banco) (+) 2.000,00


10 - Saldo final caixa e equivalentes (Caixa + Banco) (- ) 21.565,00

AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES ( 9 - 10) (-) (19.565,00)

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Exercícios

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DA EMPRESA TIRACRACA LTDA – Método indireto


31/12
LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO AJUSTADO
( +) Depreciação
( +) Amortização

LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO AJUSTADO


Variação do Ativo Operacional
( + ) Diminuição do ativo operacional
( - ) Aumento do ativo operacional

Variação do Passivo Operacional


( - ) Diminuição do passivo operacional
(+ ) Aumento do passivo operacional

GERAÇÃO DO CAIXA OPERACIONAL ( 2 + 3 + 4)

Utilização do Caixa em Atividades de Investimento e Imobilizado


( - ) Aquisição de investimento e imobilizado
( +) Alienação de investimento e imobilizado

Geração de caixa em atividades de financiamentos


( +) Aumento de empréstimos e financiamentos
( - ) Diminuição de empréstimos e financiamentos
(+ ) Aumento do Capital
( - ) Diminuição do Capital

AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES ( 5 + 6 + 7) ( )

Saldo inicial caixa e equivalentes (Caixa + Banco) (+)


Saldo final caixa e equivalentes (Caixa + Banco) (-)
AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES ( 9 - 10) ( )

8. RELATÓRIO DE ANÁLISE

O Relatório de Análise representa a conclusão do processo de análise, devendo oferecer ao


usuário, informações sobre a situação econômica e financeira da empresa em estudo,
observando-se o que segue:

- elaborar em linguagem simples, para que mesmo aqueles que não possuam conhecimento
em contabilidade, possam entender;
- informar de modo que facilite a tomada de decisões pelo usuário;

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- adequar as informações às necessidades do usuário;


- deixar claro as tendências para o futuro (se a situação é passageira ou se vai perdurar por
muito tempo);
- a empresa tem condições de pagar suas obrigações em dia;
- em situações financeiramente adversas, tem condições de levantar recursos junto às
instituições financeiras;
- se apresentam tendência a falir;
- o retorno do capital investido é condizente com que o mercado financeiro oferece.

Ao Relatório de Análise deverão ser anexados todos os documentos que comprovam o


resultado da análise:

- Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício, bem como, tabela


contendo os indicadores utilizados (quocientes de Estrutura de Capitais, Quocientes de
Liquidez e Quocientes de Rentabilidade).

O volume de informações apresentado no Relatório de Análise varia de acordo com as


necessidades e o grau de conhecimento do usuário.

9. BALANÇO SOCIAL
( proposto pelo Ibase Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas)

. O objetivo maior deste documento é tornar público o compromisso social da Instituição com
suas comunidades interna e externa, bem como com o desenvolvimento da região onde está
inserida.
Com base no levantamento de informações Gerenciais, sociais, ambientais e outras, deve ser
apresentado um Balanço Social de preferência de 02 anos, a partir do modelo proposto.
Um balanço Social deve conter :
Nome da instituição:
Tipo/categoria: (Comercio, industria, prestadora de serviços públicas)
Natureza jurídica: (Associação Fundação Sociedade Sem ou com fins lucrativos)
Certificados Possui :
Contribui direto com encargos: Municipais Estaduais, Federais

1- Origem dos recursos Nº de Ano % Nº de Ano %


benefícios benefícios
....... ........
Receita Total 100% 100%
a) Bolsas e Serviços (Gratuidade) / Subvenções
b) Doações de pessoas jurídicas
c) Doações de pessoas físicas
d) Contribuições
e) Patrocínios
f) Prestação de serviços e/ou venda de
produtos
g) outras receitas

2- Aplicação de Recursos
Despesa e Investimento Total
a) Custo com Gratuidade de Bolsas e Serviços
b) Pessoal (salário+benefícios+encargos)

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c) Operacionais
d) Impostos e Taxas
e) Financeiras
f) Outras Despesas

3- Indicadores Sociais Internos

a) Alimentação
b) Educação
c) Capacitação e desenvolvimento profissional
d) Creche ou auxílio-creche
e) Saúde
f) Segurança e medicina no trabalho
g) Transporte
h) Bolsas/estágio
I) Outros
Total - Indicadores Sociais Internos
4- Programas e Projetos de Extensão
- Saúde
- Educação
- Políticas e Direitos Sociais
- Desenvolvimento Tecnológico e Ambiental
- Diversificação Econômica
- Projetos de Pesquisa
- Assistência Jurídica
- Desenvolvimento Social
- Arte e Cultura
- Meio Ambiente
- Outros
Valores e números totais

5 - Indicadores do Corpo Funcional


Nº de empregados ao final do período
Nº de admissões durante o período
Nº de prestadores de serviços
% de empregados(as) acima de 45 anos
Nº de mulheres que trabalham na Instituição
% de cargos de chefia ocupados por mulheres
Idade média das mulheres em cargos de chefia
Salário médio das mulheres
Idade média dos homens em cargos de chefia
Salário médio dos homens
Nº de negros que trabalham na Instituição
% de cargos de chefia ocupados por negros

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Idade média dos negros em cargos de chefia


Salário médio dos negros
Nº de brancos que trabalham na Instituição
Salário médio dos brancos
Nº de estagiários
Nº de voluntários
Nº de portadores de necessidades especiais
Salário médio de portadores de necessidades
especiais

6- Qualificação dos funcionários


Nº total de colaboradores (administrativo e da
produção)
Nº de especialistas
Nº de graduados
Nº de não graduados
Nº de não alfabetizados
Nº total de funcionários administrativo
Nº de pós-graduados (especialistas, mestres e
doutores)
Nº de pessoas com ensino médio
Nº de pessoas com ensino fundamental
Nº de pessoas com ensino fundamental incompleto

7- Informações relevantes quanto à


ética, transparência e responsabilidade
social
Relação entre a maior e a menor remuneração
A% processo de admissão de
empregados(indicação, seleção/ concurso
% participação de empregados no planejamento da
Instituição

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Metas para o próximo ano

Para o próximo ano, a APESC possui o compromisso de continuar desenvolvendo ações que
promovam a inclusão social e a cidadania, dando continuidade aos trabalhos iniciados,
implementando novos programas, projetos e incentivando práticas visando ao
aperfeiçoamento da solidariedade, do humanismo, da ética, da transparência e da
responsabilidade social.
São metas, para ano seguinte, criar novas alternativas de garantir a permanência do aluno no
Ensino Superior pelo compromisso assumido no Programa Universidade para Todos –
PROUNI; contribuir cada vez mais com atendimento de qualidade às necessidades essenciais
da população carente em relação ao saneamento básico, à prevenção da saúde física e mental,
ao meio ambiente, à assistência judiciária, ao esporte e lazer; continuar proporcionando cada
vez
mais a participação de colaboradores no planejamento da Instituição; admitir docentes e
técnicos administrativos exclusivamente pela via do concurso/seleção, valorizando a
diversidade do quadro funcional e a manutenção de processos eleitorais para escolha de
coordenadores e
dirigentes; enfim, oferecer constantes melhorias nos serviços prestados pela Instituição,
contribuindo para o bem-estar da comunidade.

10 - NOTAS EXPLICATIVAS

Para adaptarmos as informações contábeis ao modelo de balanço social adotado,


acreditamos ser importante o esclarecimento de alguns itens com relação à composição do
Superávit do primeiro exercício com o segundo .Da Receita Total, deve-se deduzir R$
634.305,90, no primeiro exercício, e R$ 2.003.245,39, para o próximo exercício de
doações de pessoas jurídicas e físicas, contabilizadas no Patrimônio Social, de acordo com
a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica -NBCT

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11. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e Análise de Balanços Fácil. 6. ed. São Paulo: Saraiva,
2002.

MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços – Abordagem básica e


gerencial – 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

SILVA, José Pereira da. Análise Financeira das Empresas – 8. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

TINOCO, Eduardo Prudêncio. Balanço Social – 1º ed. São Paulo: Atlas, 2001

MARION José Carlos, Analise das Demonstrações Contábeis 5º Ed São Paulo Atlas 2010.

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