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Cooperativa da Escola dos alunos do Centro de

Educação Profissional “Dario Geraldo Salles – CEDUP”


COOPERSALLES
__________________________________________

ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA
- ADF –
_____________________
MÓDULO: I e II
Cursos Técnicos em Contabilidade e Administração

Nome: _______________________ Turma: _____

Autora: Professora Mônica Correia da Silva – Joinville: CEDUP, 2015/2

Apostila, ampliada e atualizada de acordo com a necessidade das disciplinas ministradas nos cursos
técnicos do CEDUP “Dario Geraldo Salles”. Direitos autorais cedidos à Coopersalles para o ano
letivo de 2015, sendo que a elaboração da apostila é de inteira responsabilidade dos autores e
coautores. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzido, sejam quais forem os meios, sem
a permissão por escrito do(s) autor(es) e da Coopersalles.
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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA


1.1 - Definição de Finanças ......................................................................................... 03
1.2 Conceito de Administração Financeira ............................................................... 03
1.3 –Objetivos da Administração Financeira ........................................................... 03
1.4 - O Administrador Financeiro ............................................................................. 04
1.5 - Funções da Administração Financeira............................................................. 05
1.6 – Administração Financeira e Outras Disciplinas.............................................. 07
1.6.1 - Administração Financeira e a Economia ................................................. 07
1.6.2 – Administração financeira e a Controladoria .......................................... 08
1.6.3 - Administração Financeira e a Contabilidade......................................... 08

2 - PLANEJAMENTO FINANCEIRO
2.1 - Ciclo Operacional................................................................................................ 11
2.2 - Ciclo Financeiro ................................................................................................. 12
2.3 - Giro De Caixa ...................................................................................................... 14
2.4 - Caixa Operacional .............................................................................................. 14

3 - INICIAÇÃO AO CAPITAL DE GIRO


3.1 Necessidade de Capital de Giro............................................................................ 17
3.2. – Problemas Especiais de Capital de Giro ......................................................... 18
3.2.1 Sazonalidade da Vendas ............................................................................. 18
3.2.2 – Ciclo Operacional Longo .......................................................................... 18
3.2.3 – Insuficiência de Capital de Giro .............................................................. 19

4 - ADMINISTRAÇÃO DE CONTAS A RECEBER


4.1 - Risco Nas Operações De Crédito ....................................................................... 20
4.1.1 - Risco de transação ..................................................................................... 21
4.1.2 - Risco de Mercado ....................................................................................... 21
4.2 - Elementos De Uma Política de Crédito ............................................................. 20
4.2.1 - Prazo De Recebimento............................................................................... 21
4.2.2 - Critérios de aprovação de crédito ........................................................... 21
4.2.3 - Limite de crédito ........................................................................................ 22
4.2.4 - Condições financeiras do crédito .............................................................. 22
4.3 - Gestão Do Crédito ......................................................................................... 22
4.3.1 - Condições De Vendas................................................................................. 22
4.3.2 - Seleção De Crédito .................................................................................... 23
4.3.3 - Informações de Crédito ............................................................................ 24
4.4 - Efeitos das Alterações na Política de Crédito ................................................... 24
4.5 - Impacto da Política de Crédito Sobre Lucro .................................................... 25
4.6 - Política de Cobrança ........................................................................................... 26
4.7 – Prazo Médio de Cobrança ................................................................................. 26
4.7.1 - Prazo médio de cobrança ......................................................................... 26
4.7.2 - Giro de Contas a receber........................................................................... 26
4.8 – Desconto Financeiro ........................................................................................... 27

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5 – GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA


5.1 Introdução .............................................................................................................. 29
5.2 Fluxo de Caixa ....................................................................................................... 30
5.2.1 Objetivos do Fluxo de Caixa ....................................................................... 30
5.2.2 Características do Fluxo de Caixa .............................................................. 30
5.2.3 Gerenciamento de Dados do Fluxo de Caixa ............................................. 32
5.2.4 Principais Ingressos no Fluxo de Caixa ..................................................... 33
5.2.5 Principais Desembolsos no Fluxo de Caixa ................................................ 33
5.2.6 Precisão do Fluxo de Caixa ......................................................................... 33
5.2.7 Administração das Sobras de Caixa ........................................................... 34
5.2.8 Administração dos Déficits de Caixa .......................................................... 34
5.2.9 Controle das Oscilações de Caixa ............................................................... 35
5.2.10 Determinação do Caixa Ótimo .................................................................. 36
5.2.11 Nível Desejado de Caixa ............................................................................ 36
5.2.12 Saldo Final de Caixa .................................................................................. 36
5.3 Elaboração do Fluxo de Caixa ............................................................................. 36
5.3.1 Previsão de vendas ...................................................................................... 36
5.3.2 Projeção dos Recebimentos das Vendas à Vista e a Prazo ....................... 37
5.3.3 Mapa de Recebimento das Vendas a Prazo ............................................... 37
5.3.4 Previsão de Compras ................................................................................... 38
5.3.5 Mapa de Pagamento das Compras ............................................................ 38
5.3.6 Mapa de Pagamento das Compras a Prazo ............................................... 38
5.3.7 Fluxo de Caixa .............................................................................................. 39
6 - PLANEJAMENTO DA EMPRESA NO CENTRO COMERCIAL

7 - ANÁLISE DE INVESTIMENTO
7.1 - Lucratividade ...................................................................................................... 53
7.2 - Ponto De Equilíbrio ............................................................................................ 53
7.3 - Prazo De Retorno Do Investimento ................................................................... 53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 54

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1- INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

1.1 - Definição de Finanças

Para compreender o conceito de finanças, vamos imaginar a seguinte situação:

Como administramos nosso dinheiro, parte para o pagamento das contas de gás, luz,
água, telefone, condomínio, aluguel. Outra parte é destinada aos gastos com transporte,
alimentação e eventuais despesas médicas. O que sobra, quando sobra, guardamos para
compra de um bem, investimento. Logo, entendemos por finanças, a guarda, a aplicação e a
distribuição de recursos financeiros.

“As finanças de uma empresa representam à administração de seus recursos, desde


a aquisição até a distribuição eficiente”.

1.2 Conceito de Administração Financeira

A administração Financeira centraliza-se na captação, na aplicação dos recursos


necessários e na distribuição eficiente dos mesmos, para que a empresa possa operar de
acordo com os objetivos e as metas a que se propõe.

O princípio da Administração financeira é fundamentalmente, dispor o numerário


necessário para saldar em tempo hábil os compromissos assumidos com terceiros e
maximizar os lucros.

1.3 –Objetivos da Administração Financeira

Ao iniciar suas atividades, toda empresa tem a administração voltada para a


realização de seus objetivos (Produção, recrutamento, compras, vendas etc.)

Para a Administração Financeira, o objetivo econômico das empresas é a


maximização de seu valor de mercado, pois dessa forma estará aumentada a riqueza de seus
proprietários, que, esperam que seu investimento produza um retorno compatível com o risco
assumido, por meio da geração de resultados econômicos e financeiros adequados.

A geração permanente do lucro e caixa contribui para que uma empresa moderna
cumpra suas funções sociais por meio da geração e pagamento de impostos, treinamento e
remuneração adequada dos empregados, investimentos em melhoria ambiental, etc.

Na administração financeira, seu papel fundamental é o de garantir à empresa a


obtenção de lucros.

“Cabe à administração financeira aumentar o valor do patrimônio da empresa”.

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- Aumentando o patrimônio da empresa – a administração financeira precisa ter em mente


alguns aspectos:
- Perspectivas de investimento a longo prazo
- Destinação do lucro em exercício
- Consideração dos riscos assumidos
- Aumento ou a manutenção do valor de mercado da empresa.

- Investimento a longo prazo – Para garantir a manutenção das atividades e a consecução


dos lucros, toda empresa realiza investimentos, que tendem ser de curto ou de longo prazo.
Muitas vezes a administração financeira pode até sacrificar um lucro imediato com o objetivo
de conseguir maiores benefícios futuros para a empresa. Precisa de um acompanhamento e de
uma avaliação sobre as tendências e o desenvolvimento do mercado

- Destinação do lucro – O lucro apurado no final de um período contábil pode ter várias
destinações como:

- Quanto do lucro deve ser distribuído aos acionistas;


- Quanto deve ser retido para financiar a expansão dos negócios.
- Criação de reservas (que não são distribuídas aos acionistas)
- Bonificações (distribuídas aos acionistas em forma de novas ações)
- Dividendos (distribuídos aos acionistas em forma de dinheiro)

- O Risco – A Administração financeira precisa sempre considerar os riscos a serem


assumidos. O retorno deve ser compatível com o risco assumido.

- O valor de mercado – A capacidade de uma empresa gerar lucros, seu conceito junto aos
credores, sua tecnologia e sua competência gerencial são fatores que podem manter ou
aumentar o valor de uma empresa no mercado. Esses fatores devem ser considerados nas
pesquisas e nos projetos de investimento da administração financeira.

1.4 - O Administrador Financeiro

O administrador financeiro exerce um papel de extrema importância dentro de uma


organização. Desempenha funções que podem determinar o sucesso ou o fracasso do
empreendimento.

De um profissional da área financeira são exigidos um conjunto obrigatório de


conhecimentos, os quais devem ser incluídos: Economia brasileira e contas nacionais,
produtos e serviços do mercado financeiro, matemática financeira, contabilidade gerencial,
sistema tributário nacional, economia internacional, além do conhecimento geral de
informática, com ênfase em suas funções financeiras e estatísticas e seus recursos de

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simulação. Também o conhecimento de uma língua estrangeira começa a ser mais um


requisito.

1.5 - Funções da Administração Financeira

- Alternativas de Investimento – Para aumentar o valor do patrimônio de uma empresa a


administração financeira precisa ter em mente alguns aspectos, com as perspectivas de
investimento a longo prazo, a destinação do lucro em exercício, a consideração dos riscos
assumidos e o aumento ou a manutenção do valor de mercado da empresa.
Decidir em que ativos a empresa deve investir, qual o montante a ser investido, são decisões
cruciais enfrentadas pelo profissional de finanças.

- Planejamento Financeiro – Consiste na tomada de decisões fundamentais em projeções


financeiras para um determinado período futuro (orçamentos). Busca a garantia de que
nenhum projeto da empresa deixará de ser concluído por falta de recursos.
As informações de que se vale o administrador financeiro estão normalmente contidas em
relatórios e demonstrativos contábeis, e quanto mais exatas forem as informações, mais
acertadas serão as decisões tomadas.

- Alternativas de Financiamento – Para o financiamento das atividades de uma empresa,


são necessários recursos financeiros, que podem ser próprios, injetados pelos proprietários,
ou de terceiros, obtidos através de empréstimos.

Cabe ao profissional de finanças determinar a proporção adequada entre essas duas


fontes de recursos e decidir a maneira mais apropriada de obtê-los.

O administrador financeiro deve analisar todas as modalidades de empréstimos


disponíveis no mercado de crédito, a fim de escolher qual a mais adequada e a que vai gerar o
menor custo.

- Administração das disponibilidades – É administrar o fluxo das entradas e saídas de


recursos das empresas, a fim de garantir que haverá recursos financeiros disponíveis no
momento em que se fizer necessário um desembolso de caixa.

- Política de crédito – Desenvolver técnicas que permitam à empresa efetuar vendas a


crédito para seus clientes com a segurança de que nos respectivos vencimentos irá receber os
valores correspondentes. A quem vender? Quanto vender? A que prazo vender? São
decisões que, quando não tomadas corretamente, podem acarretar grandes prejuízos à
organização.

- Otimização dos recursos – Toda a empresa desde o momento que inicia suas operações e
começa a funcionar, realiza gastos. As despesas, os custos ou mesmo os investimentos feitos

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para a produção de bens e serviços. Otimizar os recursos de uma empresa significa


exatamente aplicá-los com eficácia, procurando um adequado equilíbrio orçamentário entre
as despesas, os custos e os investimentos.

Despesas – são gastos que decorrem das atividades operacionais.

Custos – são gastos atribuídos à fabricação dos produtos ou à realização dos serviços.

Investimentos – são gastos efetuados para manter as atividades e permitir a obtenção


dos lucros.

- Controle Financeiro – Tem início quando termina o planejamento da empresa. Esse


controle tem por objetivo verificar se os recursos destinados à consecução das atividades
estão sendo aplicados conforme o planejado e avaliar a necessidade de correções e
adaptações para que os resultados previstos ao longo do planejamento.

EXERCÍCIO

1 – Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda, de modo a estabelecer a relação


entre cada situação e o tipo de gasto a que ela se refere:

( 1 ) Despesas ( ) compra de automóvel


( ) compra de matéria-prima para produção
( 3 ) Investimentos ( ) Treinamento necessário do Pessoal da Produção
( ) Empréstimo bancário para cobertura de Caixa
( 2 ) Custos ( ) Pagamento de aluguel
( ) Pagamento de salários

2) Quais os objetivos da Administração financeira?

3) Analisando os objetivos da Administração Financeira, verificamos que as empresas


precisam ter rentabilidade e liquidez. Explique.

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4) Faça um resumo das funções do administrador financeiro.

5) O que são finanças?

6) O administrador financeiro tem competência para opinar sobre as vendas a prazo da


empresa? Justifique.

1.6 – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E OUTRAS DISCIPLINAS

1.6.1 - Administração Financeira e a Economia

Finanças e economia andam juntas, norteando o administrador financeiro que utiliza os


princípios da economia para a tomada de decisões. A teoria dos preços, os aspectos
envolvidos na oferta e demanda e outros conceitos auxiliam o administrador financeiro a
gerenciar as finanças de forma eficaz.

Vista sob duas dimensões, a economia divide-se em microeconomia e macroeconomia. A


microeconomia relaciona-se diretamente às empresas e aos indivíduos. A macroeconomia
abrange o ambiente global, quer a nível nacional ou internacional.

O comportamento da economia setorial e conjuntural é parte de um ambiente no qual a


empresa está inserida, oferecendo oportunidades e ameaças. A busca da compreensão da
performance da empresa em determinado período, certamente remeterá o analista ao exame
do comportamento do setor em que a empresa atua.

Atento às mudanças de ordem econômica setorial e conjuntural que possam interferir nas
atividades da empresa, o administrador financeiro antecipa suas ações no sentido de preparar
a empresa para as mudanças futuras.

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Os princípios da economia devem nortear as decisões do administrador financeiro. Deve estar


atento a todas as mudanças ocorridas na conjuntura econômica e que possam de alguma
forma afetar as atividades da empresa.

1.6.2 – Administração financeira e a Controladoria

A abertura de mercado e a queda da inflação depois de implantado o Plano Real,


ocasionaram mudanças profundas na economia brasileira e por conseqüência na forma de
administrar as empresas, seja no aspecto financeiro, econômico e administrativo.

Com as altas taxas de inflação, era importante maximizar os ganhos ou minimizar as perdas
com os recursos financeiros ociosos, através das aplicações financeiras.

Atualmente, a inflação baixa e a entrada de produtos importados obrigam as empresas


nacionais a se tornar competitivas, reduzindo custos, baixando preços e aumentando a
qualidade de seus produtos.

Neste contexto a atividade de controladoria se tornou imprescindível, na avaliação de custos,


na avaliação da rentabilidade das operações,na formação dos preços e na economicidade dos
processos, entre outras.

1.6.3 - Administração Financeira e a Contabilidade

A Contabilidade tem como finalidade registrar os fenômenos que afetam as situações


patrimoniais, financeiras e econômicas das empresas e adota para esse propósito o Regime
de Competência, que segundo os princípios contábeis geralmente aceitos, reconhece as
receitas no momento da venda e as despesas quando incorridas.

A Administração financeira tem como função básica: o planejamento, a


administração e o controle das entradas e saídas de fundos, ou seja, os investimentos e
financiamentos necessários à sustentação das atividades da empresa para isso adotam o
Regime de Caixa, preocupando-se apenas com o fluxo de recursos, isto é: reconhece receitas
e despesas somente quando acontecem reais entradas e saídas de caixa.
O administrador financeiro utiliza os demonstrativos contábeis que são as principais
fontes de informações da empresa, porém com a preocupação de analisá-los sob o ponto de
vista do fluxo de caixa.

Contador: Lucro ou prejuízo;

Administrador financeiro: Maximização das riquezas (investimentos).

ESTUDO DE CASO

A Cia. Acre teve durante o exercício social a seguinte movimentação:

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1) Compra de equipamento por R$ 100.000,00, tendo pago no exercício 70% do valor


devido.
2) Venda a crédito de produtos no valor de R$ 200.000,00 com recebimento no
exercício de 80% do valor total.
3) Compra de matérias-primas a crédito no valor de R$ 120.000,00, tendo pago no
decorrer do exercício 90% do total.
4) Venda de um equipamento a crédito por R$ 80.000,00 a ser recebido no exercício
seguinte.
Com base nos dados apresentados, prepare um demonstrativo de resultado e um
demonstrativo de fluxo de caixa.

REGIME DE COMPETÊNCIA

DEMONSTRATIVO DE RESULTADO
(Visão do contador)
Venda de produtos R$ 200.000,00
venda de equipamento R$ 80.000,00
Total das vendas R$ 280.000,00
( - ) compra de materiais R$ 120.000,00
( - ) Compra de equipamentos R$ 100.000,00
Custo total R$ 220.000,00
Lucro no Período R$ 60.000,00

REGIME DE CAIXA

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA

Recebimento das vendas de produtos R$ 160.000,00

Total das entradas de caixa R$ 160.000,00

( - ) Pagamento pela compra de materiais R$ 108.000,00

( - ) Pagamento pela compra de equipamentos R$ 70.000,00

Total das saídas de caixa R$ 178.000,00

Fluxo de caixa líquido R$ (18.000,00)

EXERCÍCIO

1) A Cia. Alpha, teve durante o exercício social a seguinte movimentação:

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a) – Compra de equipamento por R$ 150.000,00, tendo pago no exercício 80% do valor


devido.
b) – Venda a crédito de produtos no valor de R$ 207.000,00 com recebimento no exercício
de 90% do total.
c) – Compra de matéria-prima a crédito no valor de R$ 215.000,00, tendo pago no decorrer
do exercício 80% do total.
d) – Venda de um equipamento a crédito por R$ 100.000,00 a ser recebido no exercício
seguinte.
Com base nos dados apresentados, prepare os demonstrativos de resultado e os
demonstrativos de fluxo de caixa:

REGIME DE COMPETÊNCIA

DEMONSTRATIVO DE RESULTADO
(Visão do contador)
Cia. Alpha
Venda de produtos
venda de equipamento
1) Total das vendas
( - ) compra de materiais
( - ) Compra de equipamentos
2) Custo total
3) Lucro no Período (1-2)

REGIME DE CAIXA

DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA


(Visão do Administrador Financeiro)
Cia. Alpha
Recebimento das vendas
1) Total das entradas de caixa
( - ) Pagto. compra de materiais
( - ) Pagto. compra de equipamentos
2) Total das saídas de caixa
3) Fluxo de caixa líquido (1-2)

2) Com base nos dois demonstrativos analise os resultados de acordo com:

a) Regime de competência:

b) Regime de caixa

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3) Qual a relação entre a administração Financeira e a Contabilidade?

4) Por que a administração financeira trabalha com o regime de caixa e a contabilidade com o
regime de competência?

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5) Qual a relação entre a Administração Financeira e a Economia?

___________________________________________________________________________

2 - PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Conceito – É o processo de estimar a quantia necessária de financiamento para


continuar as operações de uma companhia e de decidir quando e como a necessidade de
fundos seria financiada.

Através do planejamento e do controle, a administração de uma companhia pode


avaliar se os padrões existentes de financiamento e os fundos gastos estão alinhados com as
metas totais da companhia. Tanto os prazos como as quantias de fundos necessários podem
ser determinados através de técnicas de planejamento.

As necessidades de capital de giro de uma empresa dependem de determinadas


características de seu processo ou de operação.

2.1 - Ciclo Operacional

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O processo operacional completo da indústria abrange a seqüência de atividades de


compra de matérias-primas, pagamento aos fornecedores, produção, estocagem, venda e
recebimento das vendas.

O Intervalo de tempo gasto na execução de todas as atividades é denominado ciclo


operacional. Ele representa o número de dias transcorridos entre a compra da matéria-prima
ou produtos e o recebimento da venda dos produtos fabricados ou comercializados.

A duração do ciclo operacional é afetada por fatores como produção, operação e


também suas práticas comerciais e financeiras, que envolvem prazos de pagamento e
recebimento.

A duração de cada fase integrante do ciclo operacional tem influência sobre o volume
de recursos financeiros consumidos ou imobilizados na operação da empresa.

Recebimento
de vendas
Ciclo operacional = 90 dias

Prazo de estocagem = 50 dias

Dias 0 30 50 90

Prazo de Prazo de
Pagamento Recebimento

Compra de Pagamento Venda de


Matéria Prima de compra produto

2.2 - Ciclo Financeiro

O ciclo financeiro é o intervalo de tempo entre os eventos financeiros ocorridos ao


longo do ciclo operacional, representados pelo pagamento a fornecedores e pelo recebimento
das vendas.

Indústria – Supondo que a fabricação comece imediatamente após a compra da matéria-


prima e que a venda seja realizada após a fabricação, o ciclo financeiro é calculado com base
no prazo de fabricação e nos prazos de pagamento de compras e de recebimento das vendas.

Varejo – O prazo de estocagem e os prazos de pagamento e recebimento definem seu ciclo


financeiro

Prestadora de Serviços – Na maioria dos casos, é afetado apenas pelos prazos de pagamento
e recebimento.

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Como as empresas têm prazos diferentes para pagamento aos fornecedores e


recebimento dos clientes, o ciclo financeiro é determinado com base nos prazos médios de
pagamento e recebimento.

Recebimento
de vendas
Ciclo financeiro = 60 dias

Dias 0 30 50 90

Prazo de Prazo de
Pagamento recebimento

Compra de Pagamento Venda de


Matéria Prima de compra produto

Para o cálculo financeiro de uma empresa, é necessário considerar as seguintes


variáveis:
- Prazo médio de pagamento a fornecedor ( PP )
- Prazo médio de fabricação/estocagem ( PE )
- Prazo médio de recebimento das vendas ( PR )

O Ciclo Financeiro ( CF ) é calculado pela seguinte fórmula:

CF = PE + PR - PP

Quando a empresa opera sem estoques, como é o caso da maioria das empresas
prestadora de serviços, o prazo médio de produção e estocagem é considerado igual à zero.

Na empresa varejista, o prazo médio de produção e estocagem será o correspondente


ao prazo médio de seus estoques, já que não existe processo de produção.

EXEMPLO:

A empresa VXZ apresenta os seguintes prazos médios em seu processo de compra,


produção e venda:
- Fabricação e estocagem (PE) = 50 dias
- Pagamento (PP) = 30 dias
- Recebimento (PR) = 40 dias

Seu ciclo financeiro: CF = PE + PR – PP


CF = 50 + 40 – 30
CF = 60 dias.

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2.3 - Giro De Caixa

É um parâmetro relacionado com o ciclo de caixa que indica quantas vezes, ao longo
de um ano, ocorre o revezamento do caixa da empresa.

Considerando 360 o número de dias de um ano, o giro de caixa (GC) é dado pelo
quociente entre 360 e o ciclo financeiro (CF):

GC = 360 / CF

O giro da empresa VXZ é:

GC = 360 / CF
CG = 360 / 60
GC = 6

Indica que ao longo de 1 ano, seu caixa se reveza seis vezes.

Quanto menor for o ciclo financeiro, maior será o giro de caixa. É desejável que a
empresa tenha alto giro de caixa, de modo que reduza sua necessidade de capital de giro.

2.4 - Caixa Operacional

É o volume mínimo de recursos financeiros de que uma empresa precisa para o giro
de suas operações é denominado caixa operacional. Representa o capital de giro mínimo
necessário a um volume de vendas.

Consiste em dividir o valor da projeção de desembolso anual de caixa (DAC) pelo


giro de caixa (GC). Esse cálculo requer a projeção de lucro da empresa pra o ano e também a
destinação desse lucro. A projeção deve abranger o pagamento a fornecedores e o
desembolso com custos operacionais.

CO = DAC / GC

EXEMPLO:

a) Determine o caixa operacional com base nas seguintes informações:

- Desembolso anual de caixa (DAC) = R$ 600.000,00


- Sendo: Pagto. a fornecedores R$ 360.000,00

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- Custos operacionais R$ 240.000,00


- Prazo médio de pagamento (PP) = 30
- Prazo médio de produção e estocagem (PE) = 90
- Prazo médio de recebimento das vendas (PR) = 60

Seus parâmetros de caixa são os seguintes:

a) Ciclo financeiro: CF = PE + PR – PP
CF = 90 + 60 – 30
CF = 120 dias

b) Ciclo de caixa: GC = 360 / CF


GC = 360 / 120
GC = 3 vezes

c) Caixa operacional: CO = DAC / GC


CO = 600.000,00 / 3
CO = 200.000,00

d) Ciclo operacional: C.OP = PE + PR


C.OP = 90 + 60
C.OP = 150 dias

EXERCÍCIO

1) O que representa o caixa operacional para uma empresa?

2) A empresa XXX apresenta os seguintes prazos médios em seu processo de compra,


produção e vendas:

PRAZOS MÉDIOS Dias


Fabricação e estocagem (PE) 30
Pagamento (PP) 28
Recebimento (PR) 30
Pagamentos a fornecedores R$ 43.279,46
Custos operacionais R$ 115.879,00
Desemb. Anual de caixa (DAC) R$ 159.158,46

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a) Calcule o ciclo financeiro (CF)

b) Calcule o ciclo operacional (C.OP)

c) Calcule o Giro de caixa (GC)

d) Calcule o caixa operacional (CO)

3) A empresa DELTA apresenta os seguintes prazos médios em seu processo de compra,


produção e vendas:

PRAZOS MÉDIOS Dias


Fabricação e estocagem (PE) 55
Pagamento (PP) 7
Recebimento (PR) 15

Pagamentos a fornecedores R$ 350.745,00


Custos operacionais R$ 243.784,45
Desemb. Anual de caixa (DAC) R$ 594.529,45

a) Calcule o ciclo financeiro (CF)

b) Calcule o ciclo operacional (C.OP)

c) Calcule o Giro de caixa (GC)

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d) Calcule o caixa operacional (CO)

4) Quais as influências que o ciclo operacional e o ciclo financeiro têm sobre o caixa
operacional de uma empresa? Comente.

___________________________________________________________________________

3 - INICIAÇÃO AO CAPITAL DE GIRO

Uma empresa utiliza para seu funcionamento, recursos de renovação lenta, como as
instalações, equipamentos e imóveis – denominados “capital fixo ou permanente” – e
recursos de renovação rápida, com os estoques de matérias-primas e produtos que formam o
capital circulante.

Os recursos materiais de renovação rápida são denominados capital de giro. No


balanço patrimonial da empresa, o capital de giro é representado pelo ativo circulante ou
ativo corrente, composto pelas disponibilidades financeiras, contas a receber e estoques. O
estudo do capital de giro é fundamental para o administrador financeiro e para os
profissionais que atuam na área financeira de modo geral.

O capital de giro precisa de recursos para seu financiamento, como acontece com o
capital permanente, representado pelos imóveis e instalações físicas. Dessa forma, quanto
maior for o capital de giro, maior será a necessidade de financiamento, seja com recursos
próprios, seja com recursos de terceiros.

A quantidade de capital de giro utilizado por uma empresa depende de seu volume de
vendas, de sua política de crédito comercial e do nível de estoque que ela precisa manter.
Esses três fatores podem variar independentemente uns dos outros.

Uma expansão do capital de giro em decorrência do aumento de vendas é considerada


um fato normal. Provavelmente, o incremento de vendas provoque crescimento dos estoques
e de contas a receber. O custo decorrente do aumento do capital de giro é considerado com
um dos investimentos necessários à expansão das vendas.

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Quando o capital de giro aumenta em virtude do crescimento dos estoques ou das


duplicatas a receber sem o correspondente crescimento das vendas, traduz uma situação de
administração inadequada.

3.1 Necessidade de Capital de Giro

O correto dimensionamento da necessidade de capital de giro é um dos maiores


desafios do gestor financeiro. Essa tarefa requer visão abrangente do processo de operação da
empresa, de suas práticas comerciais e financeiras, além de dados sobre prazos de cobrança e
de recebimento.
Elevado volume de capital de giro irá desviar recursos financeiros que poderiam ser
aplicados nos ativos permanentes da empresa. Todavia, capital de giro muito reduzido
restringirá a capacidade de operação e de vendas da empresa.

Ao dimensionar seu capital de giro, a empresa deve observar os seguintes princípios:

• Deve ser minimizado ao ponto em que não traga restrições às vendas e à lucratividade
da empresa;
• O dimensionamento do capital de giro depende também da geração de lucros,que
fornece recursos para financiar o capital de giro;
• Quando a empresa está em fase de crescimento acelerado, o dimensionamento
adequado do capital de giro tem sido um dos fatores-chave para o sucesso de seu
crescimento.

3.2. – Problemas Especiais de Capital de Giro

Dependendo do ramo de atividade da empresa e de outras características intrínsecas


ao mercado, o administrador financeiro poderá encontrar inúmeras dificuldades para
administrar o capital de giro. Alguns aspectos serão abordados a seguir.

3.2.1 Sazonalidade das Vendas

Quando as vendas são distribuídas de forma irregular ao longo do ano, cabe ao


administrador financeiro tomar algumas medidas para evitar surpresas com o capital de giro
durante o período de redução das vendas.

Para um perfil de sazonalidade previsível, baseado nas estatísticas de venda de


períodos anteriores, basta manter um planejamento financeiro adequado, mantendo reservas
sob a forma de aplicações financeiras de alta liquidez. Quando não existe o planejamento
financeiro, os resultados excepcionalmente bons, verificados no período de vendas elevadas,
são confundidos com uma tendência permanente e a provisão de reservas para o período de
queda nas vendas deixa de ser feita.

3.2.2 – Ciclo Operacional Longo

A empresa com ciclo operacional longo tem maior necessidade de capital de giro e
habitualmente precisa de maior rentabilidade sobre as vendas para compensar o elevado
custo de financiamento.

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O problema do ciclo operacional longo é muitas vezes questionado com o


recebimento dos valores mediante um cronograma de eventos contratualmente estabelecido;
quando a atividade é concluída, já foi praticamente recebida. As atividades da construção
civil e da construção naval são exemplos típicos de atividades com ciclo operacional longo.

3.2.3 – Insuficiência de Capital de Giro

Vários fatores podem contribuir, isoladamente ou em conjunto, para que o volume de


capital de giro seja insuficiente para o funcionamento normal da empresa. Os princípios são
os seguintes:

• Redução de vendas
• Crescimento da inadimplência
• Aumento das despesas financeiras
• Aumento dos custos

Algumas medidas para eliminar ou prevenir a insuficiência de capital de giro:

a) Controlar a Inadimplência
Quando a inadimplência é decorrente de fatores externos à empresa, derivados da
situação econômica geral do país, a empresa tem pouco controle sobre o problema. Quando a
inadimplência é decorrente de práticas de crédito inadequadas, estabelecidas pela própria
empresa, a solução é mais simples, sendo necessário rever a política de crédito,dando mais
atenção à qualidade do que à quantidade das vendas.

b) Não financiar o capital de giro a qualquer custo

A captação de recursos para capital de giro deverá ser analisada com o objetivo de não
permitir que as altas de juros praticadas pelo mercado não venham a comprometer a
rentabilidade da empresa. O financiamento do capital de giro a taxas elevadas pode resolver o
problema imediato de caixa da empresa, mas cria outra dificuldade no futuro, a liquidação da
dívida.

c) Alongar o perfil do endividamento

Prazos maiores para pagamento de dividas adiam as saídas de dinheiro do caixa, e


melhoram a situação do capital de giro, permitindo à empresa fazer ajustes que proporcionam
melhoras em sua situação econômica. O custo do alongamento dos prazos deve ser suportado
pela rentabilidade da empresa.

d) Reduzir os custos

Diante da necessidade de capital de giro, a implantação de um programa de redução de


custos é uma das alternativas viáveis, desde que não traga restrições às vendas ou à execução
das operações da empresa, tendo como maior desafio a identificação dos gastos que podem
ser cortados. A redução de custos por meio de processos de modernização, automação ou

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informatização a princípio não é possível, uma vez que a empresa com problemas de capital
de giro também estará com sua capacidade de investimento comprometida.

e) Encurtar o ciclo operacional

Quando a empresa encurta o seu ciclo operacional, suas necessidades de capital de giro
são reduzidas.
Numa indústria, a redução do ciclo operacional acarretará menor tempo para produzir e,
em conseqüência para vender. NO comércio, essa redução significa um giro mais rápido dos
estoques. Na atividade de serviços, a redução do ciclo econômico equivale a trabalhar com
um cronograma mais curto para a execução dos serviços.
A redução do ciclo operacional não é uma função tipicamente financeira, pois requer o
apoio de funções como produção, operação e logística.

4 - ADMINISTRAÇÃO DE CONTAS A RECEBER

Um dos componentes mais expressivos do capital de giro de uma empresa são contas
a receber provenientes de suas vendas a prazo.
A cobrança é a principal função operacional de contas receber. A formalização de
uma boa política de crédito e o acompanhamento de seus resultados são as funções típicas de
planejamento e controle de contas a receber.
Quando a empresa vende seus produtos a prazo, a principal decisão a ser tomada é a
que se refere a concessão do crédito.

- A quem vender?
- O quanto vender?
- Em que condições vender?

4.1 - Risco Nas Operações De Crédito

Risco é a probabilidade do resultado de uma ação ser diferente do esperado e está


presente em todos os momentos de nossas vidas, quaisquer que sejam nossas atividades. O
risco de crédito define a probabilidade de perda no negócio e é inerente à atividade de
crédito.

O risco de crédito está relacionado à probabilidade de não cumprimento da promessa


de pagamento feita pelo tomador no ato da contratação e podem apresentar dois aspectos:

4.1.1 - Risco de transação – Quando o cliente não paga por motivos específicos oriundos
daquela operação (avaliação do crédito feita de forma inadequada, limite de crédito
concedido acima da capacidade do cliente, etc.)

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4.1.2 - Risco de Mercado – Quando a falta de pagamento acontece por fatores externos que
fogem do controle da empresa, como por exemplo, mudança na conjuntura econômica
(recessão, planos governamentais, mudança brusca no câmbio, etc.)

4.2 - Elementos De Uma Política de Crédito

Uma política de crédito contém diretrizes de natureza mercadológica e financeira que


têm efeito sobre vários parâmetros econômico-financeiros da empresa. Volume de vendas,
necessidade de capital de giro, disponibilidade de caixa e geração de lucro são alguns dos
Parâmetros afetados pela política de crédito.

Os principais elementos de uma política de crédito são:

4.2.1 - Prazo De Recebimento -

É um dos pilares da política de crédito de uma empresa, pois afeta vários de seus
parâmetros econômicos.

Em determinados setores empresariais, o prazo de pagamento concedido aos seus


clientes é padronizado. Assim, as empresas do setor terão pouca liberdade para fixar prazos
de pagamentos menores do que o padrão, sob pena de perder mercado.

A concessão de prazos de pagamento maiores do que os praticados no setor poderá


ser adotada, desde que a situação financeira da empresa vendedora o permita.

O alongamento dos prazos para os clientes acarreta maior investimento em contas a


receber, com reflexos na necessidade de capital de giro da empresa e nos custos financeiros
correspondentes.

4.2.2 - Critérios de aprovação de crédito –

O critério dominante entre as pequenas e médias empresas para aprovação de crédito


é a análise do cadastro da empresa candidata à compra a prazo.

Num estágio intermediário de avaliação de crédito, são acrescentados à análise do


cadastro algumas informações complementares da empresa em avaliação, como, por
exemplo, seu faturamento, perspectivas comerciais e principais clientes.

O estágio mais avançado de avaliação de crédito acrescenta às informações e cadastro


um completo estudo econômico-financeiro da empresa candidata ao crédito-comercial. Esse
estudo é denominado análise de crédito.

Com base nas informações extraídas das demonstrações contábeis da empresa


avaliada, a análise de crédito fornece um prognóstico de sua situação econômico-financeira,
que permite conhecer antecipadamente sua capacidade de pagar seus credores num futuro
próximo.

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4.2.3 - Limite de crédito -

Para reduzir o risco com possível inadimplência dos clientes, a empresa vendedora
precisa estabelecer um valor máximo de venda para cada um deles.

Esse valor de venda precisa ser compatível com sua situação financeira. Deve ser
coerente com o valor do patrimônio líquido e das vendas da empresa candidata ao crédito.
Algumas empresas limitam a concessão de crédito a 50% do patrimônio líquido da empresa
compradora, mas não existe comprovação de que esse limite seja o adequado.

A fixação de um limite superior de crédito para um cliente é perfeitamente aceitável.


Entretanto não existe um critério confiável para a determinação do limite superior de crédito.

Deve ser levado em conta que uma empresa pode comprar a crédito de vários
fornecedores, e as empresas vendedoras não costumam conhecer o valor dessas compras.

O limite superior de crédito acaba sendo fixado de forma subjetiva, com base na
análise do caso específico.

A fixação de um limite mínimo de crédito é praticada porque a empresa vendedora


incorre em custos fixos para realizar uma operação de crédito.(emissão e documentos de
cobrança, tarifa bancária para a cobrança etc.) Esses custos precisam ser cobertos pelo lucro
gerado pela operação que lhes deu origem.

4.2.4 - Condições financeiras do crédito -

Uma política de crédito precisa definir as condições financeiras da venda a prazo, tais
como descontos por pagamento antecipado e juros de mora para os pagamentos efetuados em
atraso.

Quando uma empresa antecipa um pagamento para obter um desconto, está fazendo
uma aplicação financeira. Essa operação representa captação de recursos financeiros para a
empresa vendedora. Desse modo uma taxa de desconto maior do que a taxa de aplicação no
mercado e menor que a taxa de captação de recursos financeiros será interessante para as
duas partes.

A fixação de juros de mora para o pagamento de duplicatas em atraso precisa atender


a dois requisitos. Primeiro os juros de mora devem ser maiores do que os juros bancários
para não estimularem atrasos voluntários. Depois, esses juros não devem ser extorsivos para
não afetar o relacionamento comercial com os clientes.

4.3 - Gestão Do Crédito

A gestão do crédito consiste em criar condições para que exista um equilíbrio entre o
risco e o retorno do capital investido

4.3.1 - Condições De Vendas

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É a forma pela qual a empresa vai efetuar a venda de seu produto ao cliente,
envolvendo prazo de pagamento, concessão de descontos, etc.

4.3.2 - Seleção De Crédito

A quem pode ser concedido o crédito, e em que proporções. Para isso é


imprescindível que a empresa possua as informações necessárias e os métodos apropriados
para fazer uma avaliação adequada.
Os analistas financeiros frequentemente utilizam-se para orientar suas decisões sobre
concessão de créditos os “5 Cs”
.
– Caráter;
– Capacidade;
– Capital;
– Colateral;
– Condições.

Caráter – é uma avaliação histórica do comportamento do solicitante do crédito, quanto a


sua disposição em pagar corretamente suas obrigações. (integridade, honestidade, moral, etc.)
Pode ser feita através de informações sobre o procedimento passado do cliente, no tocante à
pontualidade nos pagamentos, ações judiciais pendentes etc.

Capacidade - É o potencial do cliente frente ao crédito solicitado. Uma empresa de porte


muito pequeno, apesar de não ter restrições no mercado, somente poderá obter crédito
compatível com sua capacidade em cumpri-lo.

Capital - É a análise do grau de endividamento do cliente e de sua solidez financeira. É o


estudo do nível de endividamento da empresa relacionado ao risco do crédito concedido.

Colateral - São garantias adicionais apresentadas pelo solicitante de crédito. São os ativos
de propriedade da empresa que, em caso de insolvência poderão garantir o crédito.

Condições - A análise das condições da conjuntura econômica no momento da concessão do


crédito. São as variações apresentadas pela economia e que podem influenciar a capacidade
de pagamento do solicitante do crédito.

Podemos afirmar que Condições são as influências das variáveis ambientais, tanto do
macroambiente como do microambiente.

Macroambiente: é onde se encontra as variáveis pertencentes aos grupos político,


econômico e psicosocial, cabendo às empresas, pouca ou nenhuma influência sobre as
variáveis do macroambiente. Essas variáveis, no entanto podem influenciar decisivamente a
empresa. Planos econômicos, abertura da economia e política cambial são alguns exemplos

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de fatos que podem causar impactos consideráveis na empresa, tanto positivos quanto
negativos.

Microambiente: também chamado de ambiente operacional, constitui o público-alvo


e os aspectos relacionados à atividade diária da empresa: mercado consumidor, fornecedores
e concorrência. Esse ambiente influencia muito a empresa, mas nesses aspectos a empresa
tem poder maior de adaptação.

4.3.3 - Informações de Crédito

As principais fontes de informações de crédito são:

- Informações Internas;
- Demonstrativos financeiros;
- Trocas diretas de informações;
- Consulta bancária;
- Empresas especializadas em informações de crédito.

Informações internas - Quando o solicitante teve experiências passadas com a empresa e


esta, possui suas próprias informações históricas quanto ao comportamento do cliente.

Demonstrativos financeiros - É a análise dos principais demonstrativos contábeis da


empresa que está pleiteando o crédito, quando serão levantadas informações referentes à sua
liquidez, atividade, endividamento e lucratividade.

Trocas diretas de informações de crédito - Intercâmbio entre empresas do mesmo


segmento que trocam informações financeiras sobre a liquidez e pontualidade nos
pagamentos de clientes comuns.

Consulta bancária – O banco por ser uma instituição altamente especializada em análises de
crédito, é uma fonte interessante de informações comerciais.

Empresas especializadas em informações de crédito - Existem inúmeras instituições


especializadas em análise de crédito que fornecem relatórios detalhados e padronizados sobre
a situação financeira das empresas. Esses relatórios incluem informações sobre a
pontualidade, endividamento e ainda acusam eventual existência de títulos protestados e
ações judiciais pendentes.

4.4 - Efeitos das Alterações na Política de Crédito

As alterações que vierem a ocorrer na política de crédito das empresas afetam


sensivelmente os seguintes itens:

- Volume de vendas;
- Despesas com incobráveis;

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- Despesas gerais de crédito;


- Despesas com cobranças.

Volume de vendas – Se os padrões de vendas forem rígidos, o volume de vendas deve


diminuir, pois um menor número de empresas terá acesso ao crédito. Se, ao contrário, a
empresa adotar uma política mais flexível, afrouxando o crédito, o volume de vendas deve
crescer.

Despesas com devedores incobráveis - É o risco que uma empresa espera correr dentro do
padrão estipulado em uma política de crédito. Normalmente é definido como um percentual
do volume de vendas. Quando ocorre mudança na política de crédito da empresa, esse
número sofre alterações, diminuindo quando a política é restritiva e aumentando quando é
liberal.

Despesas gerais de crédito - São despesas incorridas durante o processo de análise e


seleção do crédito referente a salários de pessoas especializadas, materiais utilizados,
pagamento de empresas de informações etc.

Despesas com cobranças - São gastos com o serviço de cobrança das duplicatas e englobam
as taxas cobradas pelos bancos, despesas com ações judiciais etc. Uma política liberal
aumenta o montante desses gastos enquanto que, uma política restritiva tem o efeito inverso.

4.5 - Impacto da Política de Crédito Sobre Lucro

CRÉDITO LIBERAL
VARIÁVEL IMPACTO LUCRO
VOLUME DE VENDAS AUMENTA AUMENTA
INVESTIMENTO EM DUPLICATAS A AUMENTA DIMINUI
RECEBER
GASTO COM INCOBRÁVEIS AUMENTA DIMINUI

CRÉDITO RÍGIDO
VARIÁVEL IMPACTO LUCRO
VOLUME DE VENDAS DIMINUI DIMINUI
INVEST. EM DUPLICATAS A RECEBER DIMINUI DIMINUI
GASTO COM INCOBRÁVEIS DIMINUI DIMINUI

4.6 - Política de Cobrança

Definido como um conjunto de procedimentos adotados para o recebimento dos


créditos provenientes das duplicatas a receber, por ocasião de seus respectivos vencimentos.

A eficiência da política de cobrança vai ter um reflexo no nível de inadimplentes ou


incobráveis. Entretanto, vale ressaltar que o volume de inadimplência não depende de
política de cobrança adotada, mas, dos critérios aplicados na concessão do crédito.

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4.7 – Prazo Médio de Cobrança

4.7.1 - Prazo médio de cobrança – Dependendo das condições de mercado, a empresa pode
conceder a seus clientes prazos de pagamento diferenciados de acordo com o tipo de produto.
O prazo médio de cobrança de uma empresa é a média ponderada dos prazos de recebimento
de suas vendas pelo crédito comercial.

(V1 x P1) + (V2 x P2) + (V3 x P3) + ... + (Vn x Pn)


Pmc =
VT

Onde: Pmc = Prazo médio de cobrança


VT = Valor total a receber
V1, V2, V3..., Vn = Valores a receber nos prazos P1, P2, P3..., Pn
P1, P2, P3..., Pn = Prazos de recebimento

EXEMPLO:

Calcular o prazo médio de cobrança de uma empresa cujas vendas mensais têm a
seguinte composição de valores: R$ 300.000,00 a 30 dias
R$ 100.000,00 a 10 dias
R$ 200.000,00 a 50 dias

(300.000 x 30) + (100.000 x 10) + (200.000 x 50)


Pmc =
600.000

Pmc = 33,33 dias

4.7.2 - Giro de Contas a receber – É o parâmetro que indica quantas vezes no ano acontece
a rotação do estoque de contas a receber. É calculado da seguinte forma

Grc = 360 / Pmc

Onde: Grc = Giro de contas a receber


Pmc = Prazo médio de cobrança

Com base no exercício anterior, o giro de contas a receber é:

Grc = 360 / 33,33

Grc = 10,80

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O parâmetro calculado indica que o estoque de contas a receber dessa empresa gira
aproximadamente 11 vezes num ano.

4.8 – Desconto Financeiro

São abatimentos concedidos aos clientes para antecipação do pagamento da compra.


Geralmente são implantados visando atingir alguns objetivos como:

Aumento das vendas – Com o objetivo de conquistar novos clientes e aumentar o volume
das vendas, fazendo com que as condições de pagamento pelo cliente fiquem mais atrativas;

Redução das necessidades de caixa – com a antecipação do recebimento dos recursos


proporcionará reflexos positivos nas necessidades de caixa.

Redução de perda com Incobráveis – Recebimento nos vencimentos em função do


benefício concedido, diminuindo assim o índice de devedores incobráveis.

Redução do investimento em cobrança – Com o recebimento no vencimento ou em alguns


casos até antecipadamente, o nível de duplicatas a receber será menor, diminuindo assim o
investimento nesse tipo de ativo.

EXERCÍCIO

1) Quando se justifica utilizar uma política liberal de crédito?

2) Quais as etapas da gestão de crédito? Explique cada uma delas.

3) Qual o objetivo da seleção de crédito?

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4) Os analistas financeiros utilizam-se dos cinco “Cs” do crédito (caráter, capacidade,


capital, colateral e condições). Faça seu comentário sobre o que entendeu de cada um
deles.

5) Cite as principais fontes de informações de crédito e comente sobre cada uma delas.

6) Qual o objetivo da política de crédito de uma empresa?

7) O que são descontos financeiros, quando devo aplicá-los e com que objetivo?

8) O que entendemos por risco nas operações de crédito?

9) Se não é possível eliminar totalmente o risco numa operação de crédito, o que o


administrador financeiro pode fazer para minimizá-lo?

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10) Na concessão de crédito, estão envolvidos dois tipos de risco. Comente.

11) O que é a política de cobrança de uma empresa?

5 – GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA

5.1 Introdução

As empresas realizam operações de vendas, compras e investimentos todos os dias em


que abrem suas portas ao mercado. Às vezes, o volume de numerário é maior ou menor,
dependendo do período em que se realizam as compras e as vendas, bem como do interesse
do mercado pelos seus produtos e serviços.

Quando pretendem honrar obrigações com terceiros, precisam saber se na data do


vencimento terão o dinheiro disponível para saldar os compromissos, caracterizando, neste
caso, maior interesse para o disponível, ou seja, os saldos de caixa, bancos e aplicações
financeiras das empresas.

Assim, a projeção do fluxo de caixa depende de vários fatores, como a atividade


econômica, o porte da empresa, o processo de produção e/ou comercialização, sazonalidade
das vendas, ciclo operacional, etc., cabendo ao administrador financeiro, a tarefa de
equacionar as situações de caixa daí decorrentes.

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5.2 Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa é um instrumento que relaciona o conjunto de ingressos e


desembolsos de recursos financeiros pela empresa em determinado período e tem por
objetivo básico, a projeção das entradas e das saídas de recursos financeiros para
determinado período, visando prognosticar a necessidade de captar empréstimos ou aplicar
excedentes de caixa nas operações mais rentáveis da empresa.

Nas projeções de curto prazo, o fluxo de caixa atende as necessidades de capital de


giro da empresa e a longo prazo atende as necessidades de investimento em itens do ativo
permanente, traduzindo em valores e datas os diversos dados gerados pelos demais sistemas
de informação da empresa.

5.2.1 Objetivos do Fluxo de Caixa

O principal objetivo do fluxo de caixa é projetar as entradas e saídas de recursos


financeiros da empresa para determinado período, visando informar a capacidade que a
empresa tem para liquidar seus compromissos financeiros de curto e longo prazos,
evidenciando a necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa em
operações mais rentáveis para a empresa.

Outros objetivos podem ser considerados para se elaborar o fluxo de caixa de uma
empresa, quais sejam:

• planejar a contratação de linhas de crédito para suprir as necessidades financeiras da


empresa, no tempo e quantidade certos, informando “quando” e “quanto” de
financiamentos contratar;
• empregar da melhor forma possível, os recursos financeiros excedentes disponíveis na
empresa, evitando que fiquem ociosos, antecipando a melhor aplicação (rentabilidade,
prazo e segurança);
• planejar e controlar os recursos financeiros da empresa (ingressos e desembolsos),
através das informações constantes nas projeções de vendas, produção e valores a
receber e a pagar;
• saldar as obrigações da empresa na data do vencimento;
• buscar o perfeito equilíbrio entre ingressos e desembolsos de caixa da empresa.

5.2.2 Características do Fluxo de Caixa

Os principais fatores determinantes do formato do fluxo de caixa são o prazo de


cobertura, sua utilização e a disponibilidade de recursos humanos e materiais a serem
alocados na sua implantação e operação.
Na elaboração de um fluxo de caixa, os seguintes aspectos precisam ser considerados:

a) Prazo de cobertura e período de informação

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Entende-se por prazo de cobertura, o período em que um fluxo de caixa projeta o


saldo de caixa (semana, mês, ano, etc) e por período de informação, a unidade de tempo em
que se divide o prazo de cobertura, sendo a formatação mais comum, um prazo de cobertura
de 30 dias, com informações diárias.

Prazo de Cobertura Período de Informação


Semana Dia
Quinzena Dia
Mês Dia ou semana
Trimestre Dia, semana ou mês
Semestre Mês
Ano Mês ou trimestre

b) Grau de detalhamento das entradas e saídas de caixa

Os dados sobre entradas e saídas de caixa podem ser apresentados de forma resumida
ou detalhada. À medida que aumenta o número de funções do fluxo de caixa, ele precisará
ter maior nível de detalhamento para as entradas e saídas de caixa.

É recomendável que os objetivos do fluxo de caixa limitem-se às informações sobre a


posição de caixa da empresa. Assim, o fluxo de caixa não deve incluir funções de controle
financeiro.

O fluxo de caixa contém as principais entradas e saídas de caixa periódicas (diárias,


semanais, mensais etc.), o estoque inicial de dinheiro da empresa (caixa, depósitos bancários
à vista e aplicações financeiras de liquidez diária) e o saldo de caixa no final de cada período
de informação (dia, semana, mês etc.).
c) Grau de precisão

O grau de precisão dos dados do fluxo de caixa varia em função de seu prazo de
cobertura. Para o fluxo de caixa mensal, uma variação de até 10 % entre os valores previstos
e realizados é considerada satisfatória.

d) Funções do fluxo de caixa

O fluxo de caixa deve ser apenas um instrumento de planejamento financeiro. Outras


funções como controle da inadimplência, controle bancário ou mesmo controle de gastos, não
devem ser objeto do fluxo de caixa. Se necessário, esses controles deverão ser obtidos
através de relatórios específicos.

e) Item “diversos”

É recomendável que o item “diversos” - tanto na entrada como na saída de caixa –


não ultrapasse 10% do total de entradas e saídas. Se esse percentual não for observado, a
utilidade do fluxo de caixa fica bastante comprometida, já que passa a ter um dado genérico,
de valor substancial, não identificado especificamente.

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f) Dinâmica do prazo de cobertura

O fluxo de caixa de curto prazo pode estar estruturado por prazos de cobertura
correspondentes a um calendário fixo (do dia primeiro ao dia trinta de cada mês), ou por
prazos corridos (do dia cinco do mês atual ao dia quatro do mês seguinte - do dia seis do mês
atual ao dia cinco do mês seguinte).

5.2.3 Gerenciamento de Dados do Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa absorve os dados financeiros gerados por todas as áreas da empresa.
Projeções de recebimentos de vendas e pagamentos de compras, pessoal, serviços de
terceiros, juros, impostos, receitas e gastos diversos são informações coletadas junto às
diversas áreas da empresa, pelo fluxo de caixa. Em muitos casos, a administração de caixa
precisa fazer suas próprias projeções com base nos dados atuais e naqueles referentes ao
passado.

As informações necessárias à elaboração do fluxo de caixa são as seguintes:

a) Projeção das receitas com vendas

A projeção das receitas com vendas é de fundamental importância na elaboração do


fluxo de caixa. Tendo por base essa informação, é possível estimar os ingressos e os
desembolsos relacionados com investimentos no imobilizado, com produção, estoques,
distribuição, isto é, as entradas e saídas de dinheiro.

b) Projeção de recebimento de cobranças

Através das informações fornecidas por contas a receber, são feitas estimativas de
recebimento de cobrança dos clientes e representam as entradas de caixa a curto prazo.
Como nem todos os pagamentos são feitos pontualmente, é preciso considerar certa margem
de inadimplência, baseada nos históricos dos recebimentos.

c) Projeção dos desembolsos com compras e serviços

Quanto mais se vende, maiores são os desembolsos com pagamento de fornecedores e


prestadores de serviços, se tornando no maior item de saída de dinheiro de caixa. Desta
forma, é possível, através das informações de contas a pagar para os desembolsos já
programados ou através das estimativas de vendas, prever os desembolsos necessários em
determinado período.

d) Projeção de despesas com pessoal

Os dados da folha de pagamento são a fonte de informações para o fluxo de caixa, aí


inclusos também, os encargos sociais pertinentes. As despesas com pessoal são
relativamente estáveis e podem ser previstos com bastante precisão.

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e) Despesas e receitas financeiras

As despesas financeiras correspondem aos empréstimos de curto e longo prazos


contratados pela empresa, referentes ao principal e aos juros pagos, tendo seu cronograma de
pagamentos previamente definido. Já as receitas financeiras se referem aos rendimentos
ganhos com investimentos financeiros ou cobrança de juros por atraso nos valores a receber.

5.2.4 Principais Ingressos no Fluxo de Caixa

Os principais ingressos que deverão ser considerados no fluxo de caixa são:

• Receita de vendas de produtos prontos ou mercadorias e de serviços à vista;


• Receita de vendas de produtos prontos ou mercadorias e de serviços a prazo;
• Aumento de capital social por novas integralizações dos sócios atuais ou pela entrada
de novos sócios na empresa;
• Receitas financeiras decorrentes de aplicações no mercado financeiro;
• Empréstimos captados junto às instituições financeiras;
• Dividendos recebidos de empresas coligadas ou controladas;
• Outras receitas, de menor significado que, em geral, não correspondem à atividade
principal da empresa, como: aluguéis recebidos, vendas de itens do ativo imobilizado
quando estes se tornarem obsoletos, benefícios decorrentes de incentivos fiscais, etc.

5.2.5 Principais Desembolsos no Fluxo de Caixa

Os principais desembolsos que deverão ser considerados no fluxo de caixa são:

• Fornecedores, com aquisições de matérias-primas, secundárias, de expediente e de


conservação à vista;
• Fornecedores, com aquisições de matérias-primas, secundárias, de expediente e de
conservação a prazo;
• Pagamento de salários aos funcionários da empresa;
• Pagamento de encargos previdenciários e fiscais da empresa;
• Empréstimos assumidos com as instituições financeiras;
• Compra de itens do ativo imobilizado;
• Pagamento das despesas operacionais: administrativas, de vendas, financeiras e
tributárias;
• Pagamento de gratificações aos funcionários e à diretoria;
• Pagamento de dividendos aos acionistas.

5.2.6 Precisão do Fluxo de Caixa

Algumas medidas capazes de melhorar a precisão das projeções do fluxo de caixa, ou


diminuir as dificuldades para lidar com suas incertezas, são:

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• Utilizar-se das informações estatísticas disponíveis na empresa, quanto à sazonalidade


das vendas, quanto ao nível de inadimplência, quanto ao percentual de vendas à vista
e vendas a prazo;
• Criar na empresa, uma cultura de planejamento, para que os dados gerados no fluxo
de caixa proporcionem o maior nível de precisão;
• Sempre que necessário, as estimativas deverão ser reavaliadas e corrigidas, buscando
sempre o maior grau de precisão possível.

5.2.7 Administração das Sobras de Caixa

Sempre que há sobra de recursos no caixa, o dinheiro disponível deverá ser aplicado
no mercado financeiro, em investimentos de baixo risco e com liquidez imediata.

Alguns cuidados deverão ser observados ao aplicar os recursos excedentes de caixa:

• Devido à incidência de taxas e impostos sobre o valor do resgate – deve-se ficar


atento para o prazo do investimento, pois se muito curto (alguns dias) o rendimento
não cobrirá os custos da aplicação;
• Os investimentos de maior risco são aqueles de maior rentabilidade, sendo que se
deve estudar a viabilidade econômica risco versus retorno;
• Valores mais significativos apresentam maior rentabilidade;
• O pagamento antecipado de duplicatas ou o pagamento das compras à vista é uma
excelente opção de ganhos com os descontos oferecidos que via de regra são maiores
que os conseguidos nas aplicações financeiras, bastando para tanto negociar as
condições com os fornecedores;
• O financiamento de clientes com o alongamento do prazo de pagamento e cobrança
de encargos financeiros normalmente muito maior que as conseguidas junto ao
mercado financeiro.

Quanto maior a precisão do fluxo de caixa, mais confiáveis são os saldos e menor a
necessidade de manter sobras ociosas de caixa. Porém, é recomendável manter uma pequena
margem de folga nas aplicações das sobras de caixa para prevenir eventuais erros de
previsão, haja vista a grande diferença entre as taxas de captação e aplicação.

Se a empresa, com dinheiro aplicado, mas indisponível para saque precisar recorrer a
uma linha de financiamento de curtíssimo prazo para cobrir um déficit de caixa, pagará bem
mais por esse empréstimo do que obterá de rendimento na aplicação.

5.2.8 Administração dos Déficits de Caixa

A insuficiência de caixa é o primeiro sintoma da existência de problemas financeiros


na empresa.
Vários fatores, isolados ou em conjunto, podem contribuir para o surgimento de
insuficiência de caixa numa empresa. Entre esses fatores podem ser citados:

• Inadimplência de clientes;
• Queda nas vendas;
• Prejuízo nas operações;

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• Desembolsos extraordinários;
• Endividamento excessivo com pagamento de juros.

Uma solução permanente dos problemas de caixa exige mudanças profundas na


empresa. Um problema de caixa é quase sempre reflexo de problema maior com o capital de
giro da empresa. A administração financeira pode dar contribuições limitadas à insuficiência
de caixa, porque as medidas a seu alcance têm ação restrita. As providências que a
administração financeira pode tomar para solucionar os problemas de caixa são as seguintes:

• Reduzir o prazo de faturamento para acelerar as entradas de caixa;


• Oferecer descontos em faturas pagas antecipadamente;
• Agilizar o processo de recebimento através do encurtamento entre o prazo de
pagamento e a disponibilização dos recursos para a empresa, principalmente quando
se trata de cobrança bancária;

• Retardar ou suspender os pagamentos mediante negociação com as empresas credoras


e pagamento dos encargos financeiros;
• Renegociar os financiamentos com o alongamento da dívida permite adiar ou diluir as
saídas de caixa referentes ao pagamento da mesma;

5.2.9 Controle das Oscilações de Caixa

As constantes mudanças de sinal - positivo e negativo – do saldo de caixa são


desaconselhadas por dois motivos:

• As taxas de captação são bem maiores do que as taxas de aplicação e nas poucas
vezes em que o caixa fica negativo, os juros pagos nas captações acabam superando
os juros ganhos com as aplicações nas vezes em que o caixa estava positivo;
• Do ponto de vista administrativo, as oscilações nos saldos de caixa tendem a criar um
impacto desfavorável sobre o trabalho na área financeira, fazendo com que o
administrador financeiro dedique grande parte de seu tempo tentando suprir as
deficiências de caixa.

As oscilações do fluxo de caixa podem ser eliminadas com o deslocamento dos saldos
positivos para aqueles dias em que existem déficits de caixa.

O primeiro ponto a ser examinado é a existência de concentração de desembolsos em


poucas datas. Quando isso acontece, tende a provocar o surgimento de pontos de
estrangulamento no fluxo de caixa.

As medidas destinadas a reduzir as variações nos saldos de caixa devem produzir


efeitos permanentes e por isso envolvem todos os setores da empresa, exigindo alterações no
processo de produção ou operação e nos cronogramas de compras e vendas.

Algumas medidas da administração de caixa são motivadas por seus aspectos


econômicos, principalmente aqueles relacionados a custos. Desse modo, uma decisão no
âmbito da administração de caixa pode ser justificada mediante uma análise de custo-
benefício.

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5.2.10 Determinação do Caixa Ótimo

Um dos objetivos da administração de caixa é conseguir o nível ótimo de caixa para a


empresa. É recomendável que a empresa tenha um bom grau de liquidez, mas esse deve ser
limitado porque tem um custo.

Os ativos permanentes das empresas têm retorno maior do que os ativos correntes,
como é o caso das disponibilidades financeiras. Assim, quando uma empresa mantém um
saldo de caixa elevado, aumenta sua proteção contra imprevistos, mas reduz a rentabilidade
medida de seus ativos.

Um mesmo volume de vendas pode ser obtido de vários volumes de caixa. O menor
volume de caixa que pode ser mantido para gerar certo volume de vendas é o nível ótimo de
caixa.

5.2.11 Nível Desejado de Caixa

É a projeção do disponível para o período seguinte, ou seja, a determinação do capital


de giro líquido necessário pela empresa, em função do volume de ingressos e desembolsos
futuros.

Nestes termos, em função do nível desejado de caixa (encaixe mínimo) e da


disponibilidade acumulada, o saldo poderá ser positivo, indicando excesso, que deverá ser
carreado para a melhor aplicação pela empresa, ou, caso contrário, ser negativo, que deverá
ser captado nas fontes disponíveis menos onerosas. Portanto, o que levará a utilizar uma ou
outra fonte será o custo do recurso a ser captado pela empresa.

5.2.12 Saldo Final de Caixa

É o nível desejado de caixa projetado para o período seguinte, que será o saldo inicial
de caixa do período subseqüente.

5.3 Elaboração do Fluxo de Caixa

A informação fundamental para qualquer orçamento de caixa é a previsão das vendas


que a empresa pretende realizar. Tendo por base essa previsão, podem-se estimar as receitas
e os gastos relacionados com produção, estoque e distribuição, isto é, o fluxo das entradas e
saídas de dinheiro. Também se poderá determinar o nível de imobilizado necessário e o
financiamento a ser captado para assegurar o nível previsto de produção e vendas.

5.3.1 Previsão de vendas

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A política de crédito da empresa instituída pelo administrador financeiro propõe que


as vendas sejam realizadas da seguinte forma:

Elabore o orçamento de caixa para o período de Julho à Outubro, conforme dados a seguir:

MÊS VENDAS (R$)


Julho 10.500,00
Agosto 16.700,00
Setembro 15.000,00
Outubro 22.000,00

5.3.2 Projeção dos Recebimentos das Vendas à Vista e a Prazo

A primeira tarefa na elaboração do fluxo de caixa consiste em projetar os


recebimentos com base no orçamento de vendas de produtos e/ou serviços, que serve de
subsídio para dimensionar as receitas operacionais da empresa.

A política de crédito da empresa instituída pelo administrador financeiro propõe que


as vendas sejam realizadas da seguinte forma:

- 20 % das vendas serão recebidas à vista;


- 50 % das vendas serão recebidas em 30 dias;
- 30 % das vendas serão recebidas em 60 dias.

MÊS JUL AGO SET OUT


TOTAL DAS VENDAS
VENDAS À VISTA
VENDAS À PRAZO

5.3.3 Mapa de Recebimento das Vendas a Prazo

Depois de calculados os valores correspondentes às vendas à vista e a prazo, é


necessário fazer uma projeção do recebimento das vendas a prazo.

MÊS DO RECEBIMENTO (Vendas a Prazo com Duplicatas)


MÊS VENDA
JUL AGO SET OUT
JULHO

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AGOSTO
SETEMBRO
TOTAL

5.3.4 Previsão de Compras

Supondo que as compras tradicionalmente representem 50% das vendas da empresa,


já podemos estimar os desembolsos de caixa, não considerando ainda os outros gastos.

Desse modo, podemos calcular o montante dos desembolsos previstos mensalmente


conforme mostramos a seguir:

- as compras correspondem a 50% das vendas da empresa, ficando da seguinte forma:

MÊS COMPRAS (R$)


Julho
Agosto
Setembro
Outubro

5.3.5 Mapa de Pagamento das Compras

Do total das compras, estima-se que 10% serão pagas à vista, conforme tabela abaixo:

- 10% das compras serão pagas à vista;


- 50 % das compras serão pagas em 30 dias;
- 40% das compras serão pagas em 60 dias.

MÊS JUL AGO SET OUT


TOTAL DAS COMPRAS
COMPRAS À VISTA
COMPRAS À PRAZO

5.3.6 Mapa de Pagamento das Compras a Prazo

Depois de calculados os valores correspondentes às compras à vista e a prazo, é


necessário fazer uma projeção dos pagamentos das compras a prazo:

MÊS DO PAGAMENTO (Compras a Prazo com Duplicatas)


MÊS COMPRA
JUL AGO SET OUT

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JULHO
AGOSTO
SETEMBRO
TOTAL

5.3.7 Fluxo de Caixa

Projetados os recebimentos e os pagamentos, a terceira tarefa é elaborar a planilha do


fluxo de caixa, lançando os valores nos seus respectivos espaços.

FLUXO DE CAIXA (R$)


MÊS
ITENS JUL AGO SET OUT
ENTRADAS
VENDAS A VISTA
DUPL. A RECEBER
RESGATE APLIC.+ RENDIM.
TOTAL RECEBIMENTOS
SAÍDAS
COMPRAS A VISTA
DUPL. A PAGAR
SALÁRIOS
DESPESAS GERAIS
PAGTO EMPREST + JUROS
TOTAL PAGAMENTOS

FECHAMENTO DO FLUXO DE CAIXA (R$)


MÊS
ITENS
JUL AGO SET OUT
( ) RECEBIMENTOS
( - ) PAGAMENTOS
( = )FLUXO LÍQ. CAIXA
( + ) SALDO INICIAL CAIXA
( = ) SALDO FINAL CAIXA
( - ) SALDO MÍNIMO CAIXA
( = ) FALTA OU EXCEDENTE
( - ) APLICACÃO FINANCEIRA
( + )EMPRESTIMOS
( = )SALDO FINAL

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EXERCÍCIO I

Dadas as informações a seguir, elabore os seguintes mapas:


a) vendas e recebimento das vendas à prazo;
c) compras e pagamento das compras a prazo;
e) mapa das entradas e das saídas;
g) fluxo de caixa;
- vendas em julho R$ 14.000,00;
- aumento de 10% ao mês para os meses de agosto e setembro;
- recebimento à vista – 20% do total das vendas;
- do saldo das vendas a prazo: 60% - 30 dias e 40% - 60 dias;
- compras em julho, agosto e setembro R$ 5.000,00 mensais;
- compra somente a prazo em duas parcelas iguais;
- pagamento de salário + encargos = R$ 4.000,00 ao mês;
- despesas gerais mensais = R$ 1.200,00;
- saldo inicial de caixa R$ 1.500,00;
- saldo mínimo de caixa R$ 1.000,00;
- aplicação do saldo excedente para 30 dias a taxa de 3% a. m.;
- empréstimo para cobertura da falta de caixa a taxa de 5% a.m. com pagamento em 30 dias.

VENDAS
MÊS
TOTAL DAS VENDAS
À VISTA
À PRAZO

MAPA DO RECTO. DAS VENDAS A PRAZO (DUPLICATAS A RECEBER)


MÊS DA VENDA

TOTAL

COMPRAS
MÊS
TOTAL
À VISTA
À PRAZO

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MAPA DO PAGTO. DAS COMPRAS A PRAZO (DUPLICATAS A PAGAR)


MÊS DA COMPRA

TOTAL

FLUXO DE CAIXA
ENTRADAS
VENDAS A VISTA
DUPL. A RECEBER
RESGATE APLIC.+ RENDIM.
TOTAL RECEBIMENTOS

SAÍDAS
COMPRAS A VISTA
DUPL. A PAGAR
SALÁRIOS
DESPESAS GERAIS
PAGTO EMPREST + JUROS
TOTAL PAGAMENTOS

FECHAMENTO DO FLUXO DE CAIXA

( ) RECEBIMENTOS

( - ) PAGAMENTOS

( = )FLUXO LÍQ. CAIXA

( + ) SALDO INICIAL CAIXA

( = ) SALDO FINAL CAIXA

( - ) SALDO MÍNIMO CAIXA

( = ) FALTA OU EXCEDENTE

( - ) APLICACÃO FINANCEIRA

( + )EMPRESTIMOS

( = )SALDO FINAL

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EXERCÍCIO II

A) Com as informações a seguir elabore o fluxo de caixa:


a) VENDAS: jan: 48.000,00 fev: 52.000,00 mar: 55.000,00 abr: 52.000,00;
b) Condições de recebimento: 30% à vista, 30% em 30 dias e saldo 60 dias;
c) Títulos a receber: Jan: 27.000,00 e Fev: 17.000,00;
d) COMPRAS: jan: 20.000,00 fev: 24.000,00 mar: 26.000,00 abr: 28.000,00;
e) Condições de pagamento: 40% à vista, 40% em 30 dias e saldo em 60 dias;
f) Títulos à pagar: Jan: 16.000,00 e fev: 12.000,00;
g) Salários + encargos: 15% das vendas;
h) Despesas operacionais: 10% das vendas;
i) Saldo inicial em janeiro: R$ 1.000,00;
j) Saldo mínimo de caixa: R$ 2.000,00;
k) Saldo excedente aplicar p/ resgate em 30 dias corrigido em 2% a. m.;
l) Fazer empréstimo para cobrir caixa para 30 dias a taxa de 5% a. m.

VENDAS
ESPECIFICAÇÕES/MÊS
TOTAL DAS VENDAS
ÁVISTA
DIAS
DIAS

MAPA DOS RECEBIMENTOS A PRAZO (Duplicatas)


MÊS DA VENDA

MÊS ANTERIORES
TOTAL DAS
ENTRADAS

COMPRAS MÊNSAL
ESPECIFICAÇÕES
TOTAL DAS COMPRAS
ÁVISTA
DIAS
DIAS

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MAPA DOS PAGAMENTOS A PRAZO (Duplicatas)


MÊS DA COMPRA

MESES ANTERIORES
TOTAL DAS SAIDAS
FLUXO DE CAIXA
ÍTENS MÊS
ENTRADAS
VENDAS A VISTA
DUPL A RECEBER
RESGATE DE APL. + REND.
TOTAL DOS RECEBIMENTOS
SAÍDAS
COMPRAS A VISTA
DUPL A PAGAR
SALÁRIOS + ENCARGOS
DESPESAS OPERACIONAIS

PGTº EMPREST. +ENCARGOS


TOTAL DOS PAGAMENTOS

FECHAMENTO DO FLUXO DE CAIXA (R$)


MÊS
ITENS
( ) RECEBIMENTOS
( - ) PAGAMENTOS
( = )FLUXO LÍQ. CAIXA
( + ) SALDO INICIAL CAIXA
( = ) SALDO FINAL CAIXA
( - ) SALDO MÍNIMO CAIXA
( = ) FALTA OU EXCEDENTE
( - ) APLICACÃO FINANCEIRA
( + )EMPRESTIMOS
( = )SALDO FINAL
GANHO DE APLICAÇÃO %

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ENC. S/ EMPRÉSTIMOS %

B) Com as informações a seguir elabore o fluxo de caixa:


a) VENDAS: Jan: 45.000,00; Fev: 53.000,00; Mar 56.000,00 e Abr 53.000,00;
b) Condições de recebimento: 30% a vista, 30% em 30 dias e saldo em 60 dias;
c) Títulos a receber: Jan: 28.000,00 e Fev: 19.000,00;
d) COMPRAS: Jan: 20.000,00; Fev: 26.000,00; Mar 25.000,00 e Abr 28.000,00;
e) Condições de pagamento: 40% a vista, 40% em 30 dias e saldo em 60 dias;
f) Título à pagar: Jan: 15.000,00 e Fev: 11.000,00;
g) Salários + encargos: 15% das vendas;
h) Despesas operacionais: 10% das vendas;
i) Saldo inicial do caixa em Janeiro 1.500,00;
j) Saldo mínimo de caixa: 1.000,00;
k) Saldo excedente aplicar p/ resgate em 30 dias corrigido em 2%;
l) Fazer empréstimo para cobrir caixa para 30 dias a taxa de 5% a.m.

VENDAS MEN SAL


ESPECIFICAÇÕES
TOTAL DAS VENDAS
ÁVISTA
DIAS
DIAS

MAPA DOS RECEBIMENTOS A PRAZO (Duplicatas)


MÊS DA VENDA

MESES ANTERIORES
TOTAL DAS ENTRADAS

COMPRAS MÊNSAL
ESPECIFICAÇÕES
TOTAL DAS COMPRAS
ÁVISTA
DIAS
DIAS

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MAPA DOS PAGAMENTOS A PRAZO (Duplicatas)


MÊS DA COMPRA

MESES ANTERIORES
TOTAL DAS SAIDAS
FLUXO DE CAIXA
ÍTENS MÊS
ENTRADAS
VENDAS A VISTA
DUPL A RECEBER
RESGATE DE APL. + REND.
TOTAL DOS RECEBIMENTOS

SAÍDAS
COMPRAS A VISTA
DUPL A PAGAR
SALÁRIOS + ENCARGOS
DESPESAS OPERACIONAIS

PGTº EMPREST. +ENCARGOS


TOTAL DOS PAGAMENTOS
FECHAMENTO DO FLUXO DE CAIXA (R$)
MÊS
ITENS
( ) RECEBIMENTOS
( - ) PAGAMENTOS
( = )FLUXO LÍQ. CAIXA
( + ) SALDO INICIAL CAIXA
( = ) SALDO FINAL CAIXA
( - ) SALDO MÍNIMO CAIXA
( = ) FALTA OU EXCEDENTE
( - ) APLICACÃO FINANCEIRA
( + )EMPRESTIMOS
( = )SALDO FINAL

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GANHO DE APLICAÇÃO %
ENC. S/ EMPRÉSTIMOS %

EXEMPLO DE FLUXO DE CAIXA REALIZADO


Com as informações a seguir elabore o fluxo de caixa (deixando uma coluna de intervalo
entre os messes):

DADOS PARA O PANEJAMENTO DO FLUXO DE CAIXA (EM DEZEMBRO DE


X1):
A) VENDAS: Jan: 40.000,00; Fev: 55.000,00;
B) Condições de recebimento: 40% a vista, 35% em 30 dias e saldo (25%) em 60 dias;
C) Títulos a receber referente ao Ano anterior: Jan: 19.000,00 e Fev: 29.650,00;
D) COMPRAS: Correspondem a 50% do valor das vendas;
E) Condições de pagamento: 25% a vista, 40% em 30 dias e saldo (35%) em 60 dias;
F) Título a pagar: Jan: 15.000,00 e Fev: 11.000,00;
G) Comissão no valor de 5% sobre as vendas mensais;
H) Salários + encargos: Fixo mensal no valor de R$8.400,00;
I) Despesas operacionais: Fixas mensais no valor de R$3.550,00;
J) Aluguel Fixo mensal de R$2.500,00;
K) Frete sobre entrega de Mercadorias vendidas no valor de 1,5% a.m. sobre o valor das Vendas;
L) Saldo inicial do caixa em Janeiro 1.000,00;
M) Saldo mínimo de caixa: 1.000,00;
N) Saldo excedente aplicar p/ resgate em 30 dias corrigido em 2%;
O) Fazer empréstimo para cobrir caixa para 30 dias a taxa de 5% a.m.

REALIZADO:

Houve uma queda de 18% nas vendas de Janeiro e Fevereiro em relação ao planejado
em Dezembro de X1;

As compras de Janeiro se mantiveram já em fevereiro houve uma redução de 20%


em relação ao planejado. Tendo em vista que a projeção é de aumento nas vendas
futuras;
As demais informações se mantiveram.

MÊS DOS RECEBIMENTOS


ITENS
Real. Real.
Vendas
À Vista
30 dias
60 dias
Dupl. Meses Ant.
Resg. Apl + Juros
Total dos Recebimentos

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MÊS DOS PAGAMENTOS


ITENS
Real. Real.
Compras
Á vista
30 dias
60 dias
Dupl. Meses Ant.
Pag Empr. + Enc.
Salários + Enc.
Aluguel
Desp Operacionais
Comissão s/Vendas
Frete s/ Vendas
Total dos Pagamentos

FECHAMENTO DO FLUXO DE CAIXA (R$)


MÊS
ITENS Real. Real.
( ) RECEBIMENTOS
( - ) PAGAMENTOS
( = )FLUXO LÍQ. CAIXA
( + ) SALDO INICIAL CAIXA
( = ) SALDO FINAL CAIXA
( - ) SALDO MÍNIMO CAIXA
( = ) FALTA OU EXCEDENTE
( - ) APLIC. FINANCEIRA
( + )EMPRESTIMOS
( = )SALDO FINAL
GANHO DE APLICAÇÃO %
ENC. S/ EMPRÉSTIMOS %

EXERCÍCIO IV

1) Preparação do orçamento de caixa

A empresa JM S/A, está desenvolvendo um orçamento de caixa para maio, junho e


julho. As vendas foram de R$ 150.000,00 para março e de R$ 250.000,00 para abril. Foram
previstas vendas de R$ 400.000,00, R$ 350.000,00 e R$ 250.000,00 para maio, junho e julho
respectivamente. Tradicionalmente 10% das vendas tem sido à vista, 40% em 30 dias e 50%
em 60 dias, em julho a empresa recebera dividendos de uma subsidiária no valor de R$
50.000,00.

a) Programação de recebimentos

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MÊS
ÍTENS
Mar Abr Mai Jun Jul

Vendas 150.000,00 250.000,00 400.000,00 350.000,00 250.000,00

À vista

30 dias

60 dias

Outros Rec.

Total Rectos.

A JM S/A reuniu os seguintes dados necessários ao preparo de uma programação de


pagamentos para os meses de maio, junho e julho: Compras representam 60% de suas
vendas; 20% desse montante com pagamento a vista, 60% são pagos no mês seguinte, e o
saldo em pago em 60 dias. Pagamento de leasing e alugueis são de R$ 5.000,00
mensalmente. Ordenados e salários representam 8% das vendas mensais mais um valor fixo
de R$ 12.000,00. Impostos de R$ 21.000,00 pagos em julho. Aquisição de equipamentos de
R$ 120.000,00 a ser pago em junho. Pagamentos de juros de R$ 10.000,00 em julho.
Dividendos em dinheiro de R$ 15.000,00 pagos em maio. Pagamento de empréstimo de R$
20.000,00 é devido em julho.

b) Recebimentos e Programação de Pagamentos

MÊS
ÍTENS
Mar Abr Mai Jun Jul

Compras 90.000,00 150.000,00 240.000,00 210.000,00 150.000,00

À vista

30 dias

60 dias

Total Recebimentos

Leasing e aluguel

Salários + Encargos

Impostos

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Compra Equip.

Pagtos. juros

Dividendos

Pagto. de emprést.

Total Pagamentos

c) Orçamento de caixa
MÊS
ÍTENS
Mai Jun Jul
(+) Recebimentos
( -) Pagamentos
(=) Fluxo liquido de caixa
(+) Saldo inicial de caixa 50.000,00
(=) Saldo final de caixa
(-) Saldo mínimo de caixa 25.000,00
Financiamento necessário
Saldo de caixa

6 - PLANEJAMENTO DA EMPRESA NO CENTRO COMERCIAL

A atividade a seguir consiste no planejamento da empresa que será administrada no


Centro Comercial no módulo III. As informações aqui apresentadas devem será as mais
próximas possíveis da realidade que será desenvolvida junto ao Centro Comercial, cujas
atividades serão elaboradas de acordo com esse planejamento.

Obs.: Os dados para elaboração dos controles financeiros junto ao centro comercial
deverão ser coletados nas planilhas da apostila.

Sócios:
a) ________________________________________
b) ________________________________________

Atividade da empresa:

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Missão:

Visão:

Razão Social:

Capital Social:

Participação dos sócios

Política de Vendas:

Condições %
Á vista
Á prazo
30 dias
60 dias
90 dias
120 dias

Mapa das vendas

Mês Valor mensal Á vista 30 dias 60 dias 90 dias 120 dias

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Recebimento das Vendas à prazo (Duplicatas):

Mês

Política de Compras:

Condições %
Á vista
Á prazo
30 dias
60 dias
90 dias
120 dias

Mapa das Compras:

Mês Valor mensal Á vista 30 dias 60 dias 90 dias 120 dias

Recebimento das Compras a prazo (Duplicatas):

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Mês

Fluxo de Caixa:

MÊS:
ESPECIFICAÇÃO PREVISTO REALIZADO % PREVISTO REALIZADO %
ENTRADAS
Vendas à vista
Duplicatas a Receber

TOTAL DAS ENTRADAS

SAÍDAS
Compras à vista
Duplicatas a Pagar

TOTAL DAS SAÍDAS

FLUXO DE CAIXA
MÊS:
ESPECIFICAÇÃO PREVISTO REALIZADO % PREVISTO REALIZADO %
Recebimentos
(-) Pagamentos
(=)Fluxo de caixa líquido
(+) Saldo inicial de caixa
(=) Disponibilidades
(-) Nível desejado de caixa
(=) Falta ou excedente
(+) Empréstimos a captar
(-) Aplicações financeiras
(=) SALDO FINAL DE
CAIXA

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7 - ANÁLISE DE INVESTIMENTO

EXERCÍCIO

A empresa xxx tem os seguintes dados anuais para elaboração do Demonstrativo de


resultados:

DADOS (R$)
VENDAS 320.000,00
COMPRAS 70.000,00
SALÁRIOS 36.000,00
PRÓ-LABORE 45.000,00
DESPESAS GERAIS 28.000,00
IMPOSTO S/ VENDAS 25%
COMISSÃO S/ VENDAS 3%
ENCARGOS S/ SALÁRIOS 55%
ENCARGOS S/ PRÓ-LABORE 55%

- A empresa optou pela compra de novos equipamentos, com o objetivo de aumentar a


produção e melhorar a qualidade dos produtos.
- Investimento de 30.000,00;
- Pagamento mensal do financiamento dos equipamentos R$ 1.600,00;
- O investimento pode gerar um aumento de 15% nas vendas de produtos;
- Com a melhora do processo de fabricação, as despesas fixas serão reduzidas em 5%;

Elabore um novo Demonstrativo de resultados, com as alterações previstas e calcule:

7.1 - Lucratividade:

Lucro Líquido
Lucratividade = X ( 100 )
Receita Total

7.2 - Ponto De Equilíbrio:

Custo Fixo
Ponto De Equilíbrio = X ( 100 )
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

7.3 - Prazo De Retorno Do Investimento

Investimento Total
P.R.I. = X ( 12 )
Lucro Liquido Adicional

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DEMONSTRATIVO ANUAL DE RESULTADO


PERÍODO ANO I % ANO II %
RECEITAS
VENDAS

( = )TOTAL RECEITAS
CUSTOS VARIÁVEIS
COMPRAS
IMPOSTOS
( - ) CUSTOS VARIÁVEIS

( = ) MARGEM CONTRIBUIÇÃO
CUSTOS FIXOS
PRO LABORE
ENCARGOS S/ PRO-LABORE
SALÁRIOS
ENCARGOS S/ SALÁRIOS
DESPESAS GERAIS
( - ) CUSTOS FIXOS

( = ) Lucro Líquido

Ponto de Equilíbrio

Retorno do Investimento

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BANCO DO BRASIL. Curso auto-instrucional de Análise do Crédito;

Biblioteca Digital: www.cengage.com.br – Outubro/Novembro – 2014;

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Geral. 3ª ed. – São Paulo, Editora Saraiva, 1999;

RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e Análise de Balanços. 6ª ed. – São Paulo, Editora
Saraiva, 1999;

SANTOS, Edno Oliveira dos. Administração Financeira da Pequena e Média Empresa. 1ª ed.
– São Paulo, Atlas, 2001;

SANVICENTE, Antônio Zoratto, Administração Financeira – São Paulo, Ed. Atlas,1979;

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“DARIO GERALDO SALLES” – COOPERSALLES

SILVA, Edson Cordeiro, Introdução à Administração Financeira – Rio de Janeiro, LTC


Editora S. A.,2009;

ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa: uma decisão de planejamento e controle


financeiro. 10ª Ed. – Porto Alegre, Editora Sagra Luzzato, 2004.

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