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Certificação em Produtos de Investimentos

Série – 20

Módulo V

Fundos de Investimento

(18% a 25% do exame)

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5. Fundos de Investimento ............................................................................................................ 6

5.1 Aspectos Gerais ................................................................................................................... 6

5.1.1 Condomínio .................................................................................................................. 6

5.1.2 Fundo de Investimento - Conceito ............................................................................... 6

5.1.3 Fundo de Investimento em Cotas ................................................................................ 6

5.1.4 Tipos de Fundos ........................................................................................................... 7

5.1.5 Cota. Valor da cota e transferência de titularidade. Fatores que afetam o valor da
cota:....................................................................................................................................... 7

5.1.5.1 Composição da carteira e riscos inerentes ........................................................... 7

5.1.5.2 Taxas de administração e outras despesas ........................................................... 7

5.1.6 Direitos e obrigações dos condôminos ........................................................................ 8

5.1.7 Administração .............................................................................................................. 8

5.1.7.1 Vedações e obrigações do Administrador e do Gestor ......................................... 8

5.1.7.2 As normas de conduta........................................................................................... 9

5.1.8 Objetivo do Fundo e Política de Investimento. Definição e finalidade ........................ 9

5.1.9 Diferenciais do Produto para o Investidor ................................................................. 10

5.1.9.1 Acessibilidade ...................................................................................................... 10

5.1.9.2 Diversificação ...................................................................................................... 10

5.1.9.3 Liquidez ............................................................................................................... 10

5.1.10 Divulgação de informações para venda e distribuição ............................................ 10

5.1.10.1 Instrumentos de divulgação das políticas de investimento e rentabilidade:


regulamento, lâmina de informações essenciais, demonstração de desempenho,
formulário de informações complementares e termo de adesão. ................................. 10

5.1.11 Divulgação de Informações e Resultados ................................................................ 13

5.1.11.1 Divulgação de cota e rentabilidade ................................................................... 14

5.1.11.2 Balancetes e demonstrações contábeis ............................................................ 14

5.1.11.3 Assembleias Gerais............................................................................................ 15

5.1.11.4 Composição e diversificação de carteira........................................................... 16

5.1.11.5 Informações periódicas e comunicação com os cotistas .................................. 16

2
5.1.11.6 Informações eventuais e Fato Relevante .......................................................... 17

5.1.12 Dinâmica de aplicação e resgate .............................................................................. 17

5.1.12.1 Aplicação de recursos e compra de ativos por parte dos gestores. Cota do dia
(D+0) e cota do dia seguinte ao da data de aplicação (D+1) ........................................... 17

5.1.12.2 Resgate de Recursos e venda de ativos por parte dos gestores ....................... 17

5.1.12.3 Prazo de cotização: conceito (prazo de conversão de cotas na aplicação e no


resgate) ........................................................................................................................... 18

5.1.12.4. Prazo de liquidação financeira (pagamento do resgate): conceito e limite .... 19

5.1.12.5 Prazo de carência para resgates........................................................................ 19

5.1.12.6. Fechamento dos fundos para resgates e aplicações........................................ 19

5.1.13 Aplicações por conta e ordem (AE)........................................................................... 20

5.1.13.1 Responsabilidades da instituição Intermediária (Distribuidor). Direitos dos


cotistas ............................................................................................................................ 20

5.1.13.1.1 Informações obrigatórias. Cadastramento e identificação dos clientes.... 21

5.1.13.1.2 Possibilidade de manutenção das aplicações em caso de finalização da


distribuição .................................................................................................................. 21

5.1.13.1.3 Segregação dos recursos aplicados do patrimônio da instituição


distribuidora ................................................................................................................ 21

5.1.14 Taxas, Tipos e Formas de Cobrança ......................................................................... 22

5.1.14.1 Taxa de Administração ...................................................................................... 22

5.1.14.2 Taxa de Performance......................................................................................... 22

5.1.14.3 Taxa de ingresso ................................................................................................ 23

5.1.14.4 Taxa de saída ..................................................................................................... 23

5.1.14.5 Regras de alteração ........................................................................................... 23

5.1.14.6 Encargos do Fundo (AE) .................................................................................... 23

5.2 Principais estratégias de gestão ........................................................................................ 24

5.2.1 Fundos de Investimento com Gestão Passiva. Definições ......................................... 24

5.2.1.1 Renda Fixa ........................................................................................................... 24

5.2.1.1.1 Conceito e finalidade de Benchmarks e Índices de Referênci: DI, Taxa Selic,


Índices de Preços (IGP-M e IPCA), Índices de Mercado Anbima e IDKA (Índice de
Duração Constante Anbima) ....................................................................................... 24

3
5.2.1.2 Renda Variável: ................................................................................................... 25

5.2.1.2.1 Conceito e finalidade dos Benchmarks e Índices de Referência: Índice


BOVESPA (IBOVESPA), Índice Brasil (IBrX) e Índice de Sustentabilidade Empresarial
(ISE).............................................................................................................................. 25

5.2.1.3 Estratégias para manter aderência aos índices de referência e as respectivas


limitações. ....................................................................................................................... 26

5.2.2 Fundos de Investimento com Gestão Ativa. Definições............................................. 26

5.2.2.1 Estratégias de Gestão: posicionamento, hedge e alavancagem ......................... 26

5.3 Principais modalidades de Fundo de Investimento .......................................................... 27

5.3.1 Classificação da CVM .................................................................................................. 27

5.3.1.1 Fundo de Renda Fixa ........................................................................................... 27

5.3.1.2 Fundo de Ações ................................................................................................... 27

5.3.1.2.1 Fundo de Ações versus Clube de Investimento: vantagens e desvantagens28

5.3.1.3 Fundo Cambial..................................................................................................... 28

5.3.1.4 Fundo Multimercado........................................................................................... 28

5.3.1.5 Características das Subclassificações : Curto Prazo, Referenciado, Simples,


Dívida Externa, Crédito Privado e Ações – Mercado de Acesso e Investimentos no
Exterior. ........................................................................................................................... 29

5.3.2 Ativos Financeiros no Exterior.................................................................................... 31

5.3.3 Limites por emissor .................................................................................................... 32

5.3.4 Limites por modalidade de ativo financeiro .............................................................. 32

5.3.5 Outros Fundos: definição e principais características ................................................ 32

5.3.5.1 FIDC – Fundo de Investimento em Direitos Creditórios...................................... 32

5.3.5.1.1 Cota Sênior e Cota Subordinada .................................................................. 33

5.3.5.2 Fundo de Investimento Imobiliário – FII ............................................................. 33

5.3.5.2.1 Tributação: Imposto de renda sobre os rendimentos e ganhos de capital


para Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas: características do fundo; fato gerador;
alíquotas; base de cálculo e agente responsável pelo recolhimento. ........................ 34

5.3.5.3. Fundo de Investimento em Índice de Mercado (Fundos de índice) com cotas


negociáveis em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado, também conhecido
como ETFs - Exchange Traded Funds .............................................................................. 36

5.3.5.4 Fundos de Investimento em Participações (FIP) ................................................. 36


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5.3.5.5 Fundos Restritos: Fundos para Investidores Qualificados e Fundos para
Investidores Profissionais ................................................................................................ 37

5.3.6 Tributação sobre Aplicações Financeiras em Fundos de Investimento, exceto Fundos


Imobiliários: IOF e Imposto de Renda para Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas: fato
gerador, alíquotas (conforme tipo de fundo – curto prazo, longo prazo e ações, segundo
classificação da Secretaria da Receita Federal e tempo de permanência da aplicação),
bases de cálculo e responsabilidade de recolhimento. ...................................................... 38

Base de cálculo .................................................................................................................... 40

5.3.6.1 Imposto de Renda (IR) – “come-cotas”: fato gerador, alíquotas (conforme tipo
de fundo - curto prazo e longo prazo - e classificação da Secretaria da Receita Federal),
datas de incidência e responsabilidade de recolhimento. Impacto para o investidor ... 40

5.3.6.2 Compensação de Perdas ..................................................................................... 41

5.4 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para Fundos de Investimento........... 42

5.4.1 Propósito e Abrangência ............................................................................................ 42

5.4.2 Princípios Gerais ......................................................................................................... 42

5.4.3 Documentos de informações dos fundos .................................................................. 43

5.4.4 Publicidade e divulgação de material técnico de fundos de investimento................ 44

5.4.5 Marcação a Mercado - MaM ...................................................................................... 45

5.4.6 Serviços: Administração, Gestão e Distribuição de Fundos de Investimento ............ 45

5.5 Classificação de Fundos de Investimento ANBIMA - Níveis 1, 2 e 3. ................................ 47

5.5.1 Estrutura e adequação de produtos em função dos objetivos do investidor. Cartilha


da Nova Classificação de Fundos. ....................................................................................... 47

5.5.1.1 Nível 1 - Classe de ativos: classe de ativos que mais se adequa àquele investidor.
......................................................................................................................................... 47

5.5.1.2 Nível 2 - Riscos: tipos de gestão e riscos (o risco que o investidor está disposto a
correr).............................................................................................................................. 47

5.5.1.3 Nível 3 - Estratégias de Investimentos: principais estratégias que se adequam


aos objetivos e necessidades do investidor. ................................................................... 47

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5. Fundos de Investimento

5.1 Aspectos Gerais

5.1.1 Condomínio

Nenhuma comparação é tão adequada para um fundo de investimento quanto com um


condomínio. Os investidores nada mais são que condôminos que rateiam as despesas com a
administração do patrimônio para garantir sua contínua valorização. Ao invés de ser dono de
um imóvel, cada investidor detém quotas de um fundo que investe em títulos ou valores
mobiliários. O gestor tem responsabilidades parecidas com a do síndico. É ele quem vai
contratar os profissionais que darão suporte ao fundo e decidir onde colocar o dinheiro dos
condôminos baseado em um estatuto – ou melhor, prospecto. Assim como nas reuniões de
condomínio, as mudanças de estatuto precisarão ser discutidas em assembleias de quotistas –
que também costumam ter quórum baixo.

As vantagens dos fundos também são as mesmas dos condomínios. Investir o próprio dinheiro
é uma prática que demanda tempo, experiência e conhecimento do mercado financeiro. Para
quem não tem nada disso, a melhor opção é contratar alguém capaz de realizar o trabalho – e
ratear as despesas com outras pessoas com interesses semelhantes. Se por um lado o morador
de um apartamento dispõe de benefícios como academia e área de lazer por dividir os custos
de construção e conservação com seus vizinhos, um fundo garante ao pequeno investidor
acesso a ativos mais caros que sozinho ele não conseguiria comprar. Tudo isso explica a
popularidade dos fundos de investimento no país, uma indústria que administra nada menos
do que 1,5 trilhão de reais.

5.1.2 Fundo de Investimento - Conceito

Fundo de Investimento: é uma comunhão de recursos, constituída sob a forma de condomínio,


destinado à aplicação em ativos financeiros.
Caracteriza-se por ser uma prestação de serviço em regime de melhores esforços. Isso significa
que o administrador e demais prestadores de serviços utilização de todos os meios e métodos
para alcançar os melhores resultados. Não significa, entretanto, uma promessa de
rentabilidade ou ausência de riscos. O investimento não é garantido pelo administrador,
gestor, FGC ou qualquer outro mecanismo de proteção.

5.1.3 Fundo de Investimento em Cotas

São fundos cujos recursos são destinados à aquisição de cotas de um fundo de investimento -
FI. Deverá manter, no mínimo 95% de seu patrimônio, investidos em cotas de fundo de
investimento da mesma classe, exceto os FIC’s classificados como "Multimercado", que podem
investir em cotas de fundos de classes distintas.

Os restantes 5% (cinco por cento) do patrimônio do fundo poderão ser mantidos em depósitos
à vista ou aplicados em:
I - títulos públicos federais;
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II - títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira;
III - operações compromissadas, de acordo com a regulação específica do Conselho Monetário
Nacional - CMN.
Deverá constar da denominação do fundo a expressão "Fundo de Investimento em Cotas de
Fundos de Investimento" acrescida da classe dos fundos investidos de acordo com
regulamentação específica.
Os percentuais referidos acima deverão ser cumpridos diariamente, com base no patrimônio
líquido do fundo do dia imediatamente anterior.

5.1.4 Tipos de Fundos


Abertos
São aqueles em que os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo.
Portanto, nos fundos abertos, o ingresso e a saída de cotistas se dão automaticamente por
solicitação junto ao Administrador do Fundo.

Fechados
São aqueles em que as cotas só podem ser resgatadas ao término do prazo de duração do
fundo ou quando de sua liquidação. Logo, nos fundos fechados não há resgate de cotas.
Neste caso, as cotas podem ser negociadas em mercado secundário, apresentando, portanto,
diferentes níveis de liquidez.

5.1.5 Cota. Valor da cota e transferência de titularidade. Fatores que afetam o


valor da cota:
É uma fração ideal do patrimônio do fundo, e serão escriturais e nominativas. Ao aplicar seus
recursos num fundo, o investidor adquire um determinado número de cotas que é obtido
dividindo-se o valor aplicado pelo valor da cota da data da aplicação ou do dia útil posterior
(conforme disponha o regulamento do fundo).

ATENÇÃO: COTAS NÃO BROTAM E NÃO SOMEM (COM EXCEÇÃO DO COME COTAS QUE VOCÊ
APRENDERÁ ADIANTE). COTAS SE VALORIZAM. SE EU COMPRO 1.000 COTAS HOJE A UM
PREÇO E AMANHÃ ELAS ESTÃO VALORIZADAS EU CONTINUO COM AS 1.000 COTAS, PORÉM
COM UM VALOR EM R$ MAIOR.

5.1.5.1 Composição da carteira e riscos inerentes


Os ativos escolhidos pelo gestor para compor a carteira do fundo determinarão, segundo sua
natureza, seu desempenho, afetando, conseqüentemente o valor da cota.

5.1.5.2 Taxas de administração e outras despesas


O patrimônio líquido do fundo é o valor de mercado de seus ativos, menos as despesas
autorizadas, sendo a taxa de administração e/ou taxa de performance (se houver) as mais
relevantes, ou seja, de maior impacto no valor da cota.

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ATENÇÃO: O Imposto de Renda NÃO afeta o valor da cota, e sim a quantidade de cotas.

5.1.6 Direitos e obrigações dos condôminos


Direitos

- receber, gratuitamente, exemplar do regulamento do fundo;


- ser informado a respeito do periódico (Ex.: jornal) utilizado para prestação de informações do
fundo, bem como da taxa de administração praticada pelo administrador;
- ser informado, ampla e imediatamente, sobre qualquer ato ou fato relevante, de modo a ter
garantido o acesso às informações que possam, direta ou indiretamente, influir em suas
decisões quando da permanência no fundo;
- acesso às demonstrações financeiras do fundo;
- receber mensalmente demonstrativo de que conste o número de cotas de sua propriedade e
seu respectivo valor, bem como a rentabilidade do fundo no período;
- ser informado, com a devida antecedência, a respeito da realização de Assembléias Gerais
com dia, hora, local de realização e assuntos a serem tratados;
- convocar Assembléia Geral, desde que possua, no mínimo, 5% do total de cotas emitidas pelo
fundo;
- votar nas Assembléias Gerais na proporção de um voto por cota possuída.

Obrigações

- manter atualizados seus dados cadastrais;


- analisar os diversos fundos disponíveis e sua compatibilidade com seus objetivos pessoais;
- ler o regulamento e o prospecto do fundo, pois ao investir o cliente está implicitamente
concordando com as regras do fundo, sua política e objetivo de investimento;
- acompanhar por meio do material disponibilizado pelo administrador, a performance do
fundo;
- comparecer às Assembléias Gerais de Cotistas.

5.1.7 Administração

A manutenção do fundo se faz necessária e existe um conjunto de serviços relacionados direta


ou indiretamente ao seu funcionamento, que podem ser prestados pelo próprio administrador
ou por terceiros por ele contratados, por escrito, em nome do fundo.

Podem ser administradores de fundo de investimento as pessoas jurídicas autorizadas pela


CVM para o exercício profissional de administração de carteiras de valores mobiliários.

5.1.7.1 Vedações e obrigações do Administrador e do Gestor

É vedado ao administrador praticar os seguintes atos em nome do fundo:


I – receber depósito em conta corrente;
II – contrair ou efetuar empréstimos salvo em modalidade autorizada pela CVM;
III – prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma;
IV – vender cotas à prestação, sem prejuízo da integralização a prazo de cotas subscritas;
V – prometer rendimento predeterminado aos cotistas;
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VI – realizar operações com ações fora de bolsa de valores ou de mercado de balcão
organizado por entidade autorizada pela CVM, ressalvadas as hipóteses de distribuições
públicas, de exercício de direito de preferência e de conversão de debêntures em ações,
exercício de bônus de subscrição e nos casos em que a CVM tenha concedido prévia e expressa
autorização;
VII – utilizar recursos do fundo para pagamento de seguro contra perdas financeiras de
cotistas; e
VIII – praticar qualquer ato de liberalidade.
Os fundos de investimento poderão utilizar seus ativos para prestação de garantias de
operações próprias, bem como emprestar e tomar títulos e valores mobiliários em
empréstimo, desde que tais operações de empréstimo sejam cursadas exclusivamente através
de serviço autorizado pelo Banco Central do Brasil ou pela CVM.

5.1.7.2 As normas de conduta


O administrador e o gestor estão obrigados a adotar as seguintes normas de conduta:

I – exercer suas atividades buscando sempre as melhores condições para o fundo, empregando
o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma dispensar à administração de
seus próprios negócios, atuando com lealdade em relação aos interesses dos cotistas e do
fundo, evitando práticas que possam ferir a relação fiduciária com eles mantida, e
respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas sob sua
administração ou gestão;
II – exercer, ou diligenciar para que sejam exercidos, todos os direitos decorrentes do
patrimônio e das atividades do fundo, ressalvado o que dispuser o regulamento sobre a
política relativa ao exercício de direito de voto do fundo; e
III – empregar, na defesa dos direitos do cotista, a diligência exigida pelas circunstâncias,
praticando todos os atos necessários para assegurá-los, e adotando as medidas judiciais
cabíveis.
O administrador e o gestor devem transferir ao fundo qualquer benefício ou vantagem que
possam alcançar em decorrência de sua condição, admitindo-se, contudo, que o administrador
e o gestor de fundo de cotas sejam remunerados pelo administrador do fundo investido.

5.1.8 Objetivo do Fundo e Política de Investimento. Definição e finalidade


Os fundos de investimento devem ter objetivo e política de investimento, os quais devem ser
divulgados de maneira clara para os cotistas e demais interessados.

Objetivo de investimento: os objetivos dos fundos dizem respeito ao seu “fim”, e devem
responder à pergunta “Onde o fundo pretende chegar?”. Dessa forma o administrador deverá
descrever, obrigatoriamente, os objetivos de investimento do Fundo, mencionando, quando
for o caso, metas e parâmetros de performance. Poderá também indicar a categoria ou tipo do
Fundo de Investimento.

Política de investimento: A Política diz respeito aos “meios” utilizados pelo gestor, devendo
responder à questão “Como o Objetivo será atingido?”. Assim a política de investimentos deve
descrever, obrigatoriamente, como o Fundo pretende atingir o seu objetivo, identificando as
principais estratégias técnicas ou práticas de investimento utilizadas, os tipos de títulos e
valores mobiliários nos quais o Fundo de Investimento pode investir (incluindo derivativos e
suas finalidades), políticas de seleção e alocação de ativos, e, quando for o caso, políticas de
concentração. Definir também as faixas de alocação de ativos e limites de concentração e
limites de alavancagem, quando for o caso.
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Vale lembrar que a distinção entre Política de Investimento e Objetivo deve ser clara no
prospecto do fundo.

5.1.9 Diferenciais do Produto para o Investidor

Quando investe em um fundo de investimento, o cliente possui uma estrutura diferenciada de


atendimento e segurança. Embora o risco sempre exista, uma equipe de prestadores de
serviço cuidará e tomará todas as precauções possíveis para minimizar os riscos dos
investidores.

Dessa forma, podemos dizer que os Fundos de Investimento possuem algumas vantagens em
relação à aplicação em Ativos Individuais, das quais destacamos:

5.1.9.1 Acessibilidade
Com poucos recursos o investidor poderá ter acesso a oportunidades que dificilmente teria
sozinho.

5.1.9.2 Diversificação
A diversificação faz com que perdas de uma aplicação sejam compensadas com ganhos em
outras.
Diversificar investimentos é tarefa que demanda tempo e experiência. Negociar no momento
certo é mais fácil para profissionais especializados do que para o investidor com pouca
experiência no mercado financeiro. Ao aplicar em fundos de investimento, o investidor tem o
risco diluído nos diversos títulos de emissores diferentes.

5.1.9.3 Liquidez
Seguindo o conceito de liquidez (transformação de algum ativo em $$ por um preço justo), os
fundos de investimento representam melhores condições de liquidez comparativamente a
ativos individuais.

5.1.10 Divulgação de informações para venda e distribuição

Há uma série de informações relevantes às quais o cotista de um fundo de investimento deve


ter acesso. A divulgação dessas informações segue padrões específicos. Para a venda de cotas
dos fundos, faz-se necessário ainda a disponibilização dos seguintes documentos:
regulamento, prospecto e termo de adesão ao fundo.

5.1.10.1 Instrumentos de divulgação das políticas de investimento e


rentabilidade: regulamento, lâmina de informações essenciais, demonstração
de desempenho, formulário de informações complementares e termo de
adesão.

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Regulamento
O Regulamento é o documento de constituição do fundo. Nele estão estabelecidas todas as
informações e as regras essenciais relacionadas, entre outras estabelecidas no capítulo IV da
instrução CVM 555.

As alterações no regulamento dependem de prévia aprovação da assembleia geral de cotistas


e devem ser comunicadas à CVM. É importante saber que as alterações feitas no regulamento
do Fundo de Investimento implicam modificações nas condições de funcionamento do Fundo.
Portanto, o cotista deve analisar as modificações propostas de acordo com seus interesses
como investidor.
Lâmina de Informações Essenciais
A Lâmina dos fundos é um relatório que tem como objetivo disponibilizar as principais
informações do fundo como rentabilidade, liquidez, patrimônio líquido e principais objetivos
do fundo. De acordo com as normas da CVM, a lâmina deve ser atualizada mensalmente até o
dia 10 de cada mês, com os dados do mês anterior.
Abaixo o artigo 42 da IN 555, que traz o detalhamento das diretrizes referentes a este
documento:
Art. 42. O administrador de fundo aberto que não seja destinado exclusivamente a
investidores qualificados deve elaborar uma lâmina de informações essenciais na forma do
Anexo 42 a esta Instrução.
§ 1º É facultado ao administrador de fundo formatar a lâmina livremente desde que:
I – a ordem das informações seja mantida;
II – o conteúdo do Anexo 42 não seja modificado;
III – os logotipos e formatação não dificultem o entendimento das informações; e
IV – quaisquer informações adicionais:
a) sejam acrescentadas ao final do documento;
b) não dificultem o entendimento das informações contidas na lâmina; e
c) sejam consistentes com o conteúdo da própria lâmina e do regulamento.
§ 2º É vedado ao administrador e aos demais prestadores de serviços do fundo de que trata o
caput atribuir a denominação “lâmina” à qualquer outro material de divulgação que não
atenda ao disposto neste artigo.
Art. 43. O administrador e o distribuidor devem assegurar que potenciais investidores tenham
acesso à lâmina antes de seu ingresso no fundo.

Formulário de Informações Complementares

Este documento era conhecido como Prospecto na instrução 409 da CVM que tratava dos
fundos de investimento. Com a instrução 555 a nomenclatura foi alterada. Na prática podemos
conceituá-lo como o documento que traz as informações relevantes ao investidor sobre a
política de investimento do fundo (para onde os recursos que você aplica são direcionados) e
os riscos envolvidos neste investimento. Em outras palavras contem informações que isentam
o gestor ou administrador de alguma responsabilidade.

Art. 41. O formulário de informações complementares deve abranger pelo menos o seguinte:

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I – periodicidade mínima para divulgação da composição da carteira do fundo, sem prejuízo
do prazo previsto no art. 59, inciso II;

II – local, meio e forma de divulgação das informações;

III – local, meio e forma de solicitação de informações pelo cotista;

IV – exposição, em ordem de relevância, dos fatores de riscos inerentes à composição da


carteira do fundo;

V – descrição da política relativa ao exercício de direito do voto decorrente dos ativos


financeiros detidos pelo fundo;

VI – descrição da tributação aplicável ao fundo e a seus cotistas, contemplando a política a ser


adotada pelo administrador quanto ao tratamento tributário perseguido;

VII – descrição da política de administração de risco, em especial dos métodos utilizados pelo
administrador para gerenciar os riscos a que o fundo se encontra sujeito, inclusive risco de
liquidez;

VIII – quando houver, identificação da agência de classificação de risco de crédito contratada


pelo fundo, bem como a classificação obtida e advertência de que a manutenção desse serviço
não é obrigatória, podendo ser descontinuado a critério do administrador do fundo ou da
assembleia geral de cotistas;

IX – apresentação detalhada do administrador e do gestor, inclusive informações sobre o


departamento técnico e demais recursos e serviços utilizados pelo gestor para gerir a carteira
do fundo;

X – relação dos demais prestadores de serviços do fundo;

XI – política de distribuição de cotas; e

XII – quaisquer outras informações que o administrador entenda relevantes.

§ 1º O fundo que mencionar ou sugerir, em seu regulamento, lâmina, se houver, ou em


qualquer outro material de divulgação, que tentará obter o tratamento fiscal previsto para
fundos de longo prazo, mas sem assumir o compromisso de atingir esse objetivo, ou que irá
fazê-lo apenas quando considerar conveniente para o fundo, deve incluir, dentre os fatores de
risco de que trata o inciso IV, o risco de não obtenção do tratamento tributário perseguido e as
consequências da perda do tratamento tributário perseguido, explicitando as alíquotas
incorridas pelos cotistas em tais casos.

§ 2º O fundo que realizar a cobrança de taxa de performance nos termos do art. 87, inciso III
(método do ajuste) deve, na descrição da tributação aplicável referida no inciso VI, esclarecer a
eventual incidência de tributos sobre os ajustes individuais.

§ 3º A política de distribuição de cotas referida no inciso XI, deve abranger pelo menos o
seguinte:

I – descrição da forma de remuneração dos distribuidores;

II – informação se o principal distribuidor oferta, para o público alvo do fundo,


preponderantemente fundos geridos por um único gestor, ou por gestoras ligadas a um
mesmo grupo econômico; e

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III – qualquer informação que indique a existência de efetivo ou potencial conflito de
interesses no esforço de venda, bem como, de forma objetiva, explicitar a natureza e
eventuais medidas de mitigação de tal conflito.

Termo de adesão
Todo cotista ao ingressar no fundo deve atestar, mediante formalização de termo de adesão e
ciência de risco, que:

I – teve acesso ao inteiro teor:

a) do regulamento;

b) da lâmina, se houver; e

c) do formulário de informações complementares;

II – tem ciência:

a) dos fatores de risco relativos ao fundo;

b) de que não há qualquer garantia contra eventuais perdas patrimoniais que possam ser
incorridas pelo fundo;

c) de que a concessão de registro para a venda de cotas do fundo não implica, por parte da
CVM, garantia de veracidade das informações prestadas ou de adequação do regulamento do
fundo à legislação vigente ou julgamento sobre a qualidade do fundo ou de seu administrador,
gestor e demais prestadores de serviços; e

d) se for o caso, de que as estratégias de investimento do fundo podem resultar em perdas


superiores ao capital aplicado e a consequente obrigação do cotista de aportar recursos
adicionais para cobrir o prejuízo do fundo.

5.1.11 Divulgação de Informações e Resultados


Uma das preocupações no processo de regulação do mercado de capitais, incluindo a indústria
de fundos de investimentos, é garantir a transparência das informações disponíveis aos
investidores de forma equânime e justa.

Nesse sentido, a CVM, através da instrução CVM 409, de agosto de 2004, determina regras
para a divulgação de informações e de resultados dos fundos de investimento. Esse conjunto
de informações pode ser segregado em: (i) informações periódicas; (ii) informações eventuais;
(iii) informações de venda e distribuição; e (iv) demonstrativos financeiros e de auditoria.

As informações relativas ao sistema de distribuição e vendas foram detalhadas no tópico sobre


regulamento, prospecto e lâmina. Entretanto, é igualmente fundamental que os investidores
conheçam todo o conjunto de informações a que eles têm direito, caso se tornem
efetivamente cotistas de determinado fundo. Afinal, constituem instrumento imprescindível
para avaliar a administração e a gestão do fundo, assim como para se inteirar dos diversos
fatos e eventos que possam de alguma forma interferir na rentabilidade futura.

Com respeito às informações periódicas, diariamente os administradores devem divulgar o


valor da cota e do patrimônio líquido do fundo aberto. Mensalmente, devem enviar aos
cotistas o extrato da sua conta contendo, entre outras informações, o saldo e valor das cotas

13
no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao longo do mesmo, além da
rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior e o último dia útil do
mês de referência do extrato. Nesse mesmo informativo, os investidores têm acesso, ainda, ao
telefone, ao endereço para correspondência e ao correio eletrônico do administrador para
acesso ao serviço de atendimento ao cotista. Vale lembrar que o cotista pode optar pelo não
recebimento do extrato.

O administrador está obrigado também, nos prazos estabelecidos na norma, a disponibilizar as


informações do fundo, inclusive as relativas à composição da carteira, de forma equânime
entre todos os cotistas.

5.1.11.1 Divulgação de cota e rentabilidade


O administrador está obrigado a:
I – divulgar, diariamente, o valor da cota e do patrimônio líquido do fundo aberto;
II - remeter mensalmente aos cotistas, extrato de conta contendo:
a) nome do fundo e o número de seu registro no CNPJ;
b) nome, endereço e número de registro do administrador no CNPJ;
c) nome do cotista;
d) saldo e valor das cotas no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao longo
do mesmo;
e) rentabilidade do fundo auferida entre o último dia do mês anterior e o último dia útil do
mês de referência do extrato;
f) data de emissão do extrato da conta e
g) o telefone, o correio eletrônico e o endereço para correspondência do serviço de
atendimento ao cotista.
III – disponibilizar as informações do fundo, inclusive as relativas à composição da carteira, no
mínimo no tocante a periodicidade, prazo e teor das informações, de forma equânime entre
todos os cotistas.

5.1.11.2 Balancetes e demonstrações contábeis

O fundo deve ter escrituração contábil própria, devendo as contas e demonstrações contábeis
do mesmo serem segregadas das do administrador.
O exercício do fundo deve ser encerrado a cada 12 meses, quando serão levantadas as
demonstrações contábeis do fundo relativas ao período findo.
A data do encerramento do exercício do fundo deve coincidir com o fim de um dos meses
calendário civil.
As demonstrações contábeis devem ser colocadas à disposição de qualquer interessado que as
solicitar ao administrador, no prazo de 90 dias após o encerramento do período.
A elaboração das demonstrações contábeis deve observar as normas específicas baixadas pela
CVM.
As demonstrações contábeis do fundo devem ser auditadas anualmente por auditor
independente registrado na CVM, observadas as normas que disciplinam o exercício dessa
atividade.
Obs.: A auditoria das demonstrações contábeis não é obrigatória para fundos em atividade há
menos de 90 dias.

14
5.1.11.3 Assembleias Gerais

Assembleia Geral dos Cotistas é a instância máxima de decisão de um Fundo. Ela é a reunião
realizada entre os cotistas do Fundo, objetivando tomar decisões importantes, muitas vezes
estratégicas, relacionadas à administração ou gestão do fundo. Entre outras matérias, cabe à
Assembleia Geral deliberar sobre:

 Alteração na política de investimento do Fundo;


 As demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador;
 Alteração do Regulamento do Fundo;
 Substituição do Administrador, do Gestor ou do Custodiante;
 Transformação, fusão, incorporação, cisão ou eventual liquidação do Fundo; e
 Aumento ou alteração da forma de cálculo das taxas de administração e, caso existam,
das taxas de performance, de entrada e de saída.

Todos os cotistas devem ser convocados por carta para a assembleia geral. Essa carta deve
especificar os assuntos a serem deliberados e o local, a data e a hora da assembleia. O
Administrador está obrigado a enviar essa carta com 10 (dez) dias de antecedência, no
mínimo, da data da realização da Assembleia.

O resumo das decisões da Assembleia Geral deve ser enviado a cada cotista no prazo de até 30
(trinta) dias após a data de sua realização, podendo ser utilizado para esse fim o extrato de
conta mensal.

A instrução CVM que regulamenta a indústria de fundos de investimento, obriga a realização


anual de uma assembleia geral, para deliberar sobre as demonstrações contábeis do fundo, no
prazo de até 120 (cento e vinte) dias após o término do exercício social.

Entretanto, independente dessa assembleia geral, o administrador, o gestor, o custodiante ou


o cotista ou grupo de cotistas que detenha, no mínimo, 5% (cinco por cento) do total de cotas
emitidas, poderão convocar a qualquer tempo assembleia geral de cotistas, para deliberar
sobre ordem do dia de interesse do fundo ou dos cotistas.

A Assembleia geral poderá ser instalada com a presença de qualquer número de cotistas. Em
regra, as deliberações serão tomadas por maioria de votos, cabendo a cada cota 1 (um) voto.

Entretanto, o regulamento poderá estabelecer quorum qualificado para as deliberações, mas,


na hipótese de destituição do administrador de fundo aberto, esse quorum qualificado não
poderá ultrapassar metade mais uma das cotas emitidas.

Os cotistas podem votar por meio de comunicação escrita ou eletrônica, desde que recebida
pelo administrador antes do início da assembleia, observado o disposto no regulamento, que
pode, inclusive, dispor sobre a possibilidade de as deliberações da assembleia serem adotadas
mediante processo de consulta formal, sem necessidade de reunião dos cotistas.

Somente os cotistas inscritos no registro de cotistas na data da convocação da assembleia,


seus representantes legais ou procuradores legalmente constituídos há menos de 1 (um) ano
podem votar na assembleia geral.

O administrador e o gestor; os sócios, diretores e funcionários do administrador ou gestor;


empresas ligadas ao administrador ou ao gestor, seus sócios, diretores e funcionários; e os
prestadores de serviços do fundo, seus sócios, diretores e funcionários não podem votar na
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assembleia geral, a menos que haja anuência expressa da maioria dos demais cotistas,
manifestada na própria assembleia, ou em instrumento de procuração que se refira
especificamente à assembleia em que se dará a permissão do voto.

É importante a participação atuante do cotista nas Assembleias do Fundo. Caso não seja
possível participar da Assembleia, é altamente recomendável que o cotista fique atento às
decisões que foram tomadas.

5.1.11.4 Composição e diversificação de carteira

A composição da carteira, em função do emissor dos títulos, modalidade de ativo e por


conjunto de ativos, deverá ser baseada de acordo com a Legislação em vigor.

Diversificação

A diversificação de uma carteira de investimentos sempre tem como principal objetivo a


redução do risco. Não existe uma eliminação por conta de diversos fatores que serão
elencados neste treinamento, todavia a diversificação muitas vezes consegue minimizar
sobremaneira o risco trazido pelos investimentos.

5.1.11.5 Informações periódicas e comunicação com os cotistas

Informações Periódicas

O administrador do fundo está obrigado a:


I - divulgar, diariamente, o valor da cota e do patrimônio líquido do fundo aberto;
II - remeter mensalmente ao cotista extrato de conta contendo:
a) nome do fundo e o número de seu registro no CNPJ;
b) nome, endereço e número de registro do administrador no CNPJ;
c) nome do cotista;
d) saldo e valor das cotas no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao longo
do mesmo;
e) a rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior e o última dia útil
do mês de referência do extrato;
f) data de emissão do extrato da conta; e
g) o telefone, o correio eletrônico e o endereço para correspondência do serviço de
atendimento ao cotista.
III - disponibilizar as informações do fundo, inclusive as relativas à composição da carteira, no
tocante a peridiocidade, prazo e teor das informações, de forma equânime entre todos os
cotistas.

Caso o administrador divulgue informação a terceiros referente à composição da carteira, a


mesma informação deve ser colocada à disposição dos cotistas na mesma periodicidade,
ressalvadas as hipóteses de divulgação de informações pelo administrador aos prestadores de
serviços do fundo, necessárias para a execução de suas atividades, bem como aos órgãos
reguladores, auto-reguladores e entidades de classe, quanto aos seus associados, no
atendimento a solicitações legais, regulamentares e estatutárias por eles formuladas.
O administrador não está obrigado a cumprir o disposto no inciso II do artigo anterior nos
casos em que o cotista, por meio de assinatura em documento específico, expressamente
optar pelo não recebimento do extrato.

16
O administrador deverá manter o documento previsto neste artigo à disposição da CVM, pelo
prazo de 5 (cinco) anos.

Caso o cotista não tenha comunicado ao administrador do fundo a atualização de seu


endereço, seja para envio de correspondência por carta ou através de meio eletrônico, o
administrador ficará exonerado do dever em prestar-lhe as informações previstas nesta
Instrução a partir da última correspondência que houver sido devolvida por incorreção no
endereço declarado.

O administrador deverá manter a correspondência devolvida à disposição da fiscalização da


CVM, enquanto o cotista não proceder ao resgate total de suas cotas.

5.1.11.6 Informações eventuais e Fato Relevante

Informações que o administrador deve remeter, através do Sistema de Envio de Documentos


disponível na página da CVM na rede mundial de computadores.

Fato relevante

Em um fundo de investimento poderão ocorrer situações não previstas pelos investidores e


que podem influenciar diretamente sua decisão de permanência no fundo. Essas situações são
chamadas de fatos relevantes, como a alteração de valores de movimentação.

5.1.12 Dinâmica de aplicação e resgate

5.1.12.1 Aplicação de recursos e compra de ativos por parte dos gestores. Cota
do dia (D+0) e cota do dia seguinte ao da data de aplicação (D+1)

Ao receber os recursos do cliente, o gestor do fundo tem que se preocupar em rentabilizá-lo.

Para isso precisa adquirir os ativos que comporão a carteira do fundo, pois são eles que
possibilitarão a valorização das cotas.

A dinâmica acontece assim em uma aplicação:

5.1.12.2 Resgate de Recursos e venda de ativos por parte dos gestores

Quando o cotista deseja fazer um resgate o gestor tem que vender parte dos ativos que estão
em carteira, pois só assim consegue dinheiro para devolver ao cliente, portanto, a ocorrência
de resgates corresponderá a venda de parte dos ativos que compõem a carteira do fundo.

No resgate a dinâmica é um pouco diferente:

17
5.1.12.3 Prazo de cotização: conceito (prazo de conversão de cotas na
aplicação e no resgate)

Prazo de cotização: é o tempo que o fundo leva para converter o dinheiro em cotas, a partir da
data de aplicação, ou as cotas em dinheiro, a partir da data do pedido de resgate.

D+n: é a forma de medir os prazos no mercado financeiro, como os prazos de cotização,


liquidação e resgate. A letra D representa o dia útil em que foi realizada a operação (por
exemplo, o pedido de resgate).

Já a letra n representa o número de dias úteis ou corridos a partir da data de operação. Em


geral, o material do fundo especifica, em cada caso, se a contagem se dá em dias úteis ou
corridos.

Por exemplo, se um fundo tem prazo de cotização na aplicação e/ou no resgate de D+0
significa que a conversão de cotas é feita no mesmo dia do pedido de aplicação e/ou resgate.

Já um fundo que tem prazo de cotização para resgate em D+1 dia útil só realiza a conversão de
cotas no dia útil seguinte à data de solicitação do resgate.

Fundos de renda fixa conservadora geralmente têm prazos de cotização e liquidação curtos,
em D+0 ou D+1. Uma configuração comum é prazo de cotização em D+0 para aplicação e
resgate e prazo de liquidação em D+0 para resgate, totalizando um prazo de resgate de D+0.

Em outras palavras, esses fundos permitem que você receba o dinheiro na sua conta no
mesmo dia em que pedir o resgate.

Cota de abertura e de fechamento


Quando o fundo utiliza cota de abertura, o investidor sabe, no momento da aplicação, valor da
cota que será utilizada para converter seu capital bem como a quantidade de cotas que
adquiriu.

A Cota de abertura é calculada atualizando-se os valores dos ativos/títulos componentes da


carteira do fundo de investimento até a data do dia anterior, devidamente atualizada por 1
dia, quando se tratar dos fundos de investimento classificados como Curto Prazo, Renda Fixa e
Referenciados. Fundos Exclusivos ou Previdenciários, independente da classe, desde que
estabelecido no regulamento do fundo.

Sendo assim, o valor da cota é conhecido na abertura dos negócios do dia e as aplicações e
resgates do dia são convertidos utilizando-se o valor da cota de abertura.

Quando um fundo utiliza cota de fechamento, o investidor não sabe no momento da compra,
a quantidade de cotas que adquiriu, o mesmo ocorre quando do resgate, o investidor não
conhece o valor de cota a ser utilizado.

18
A Cota de fechamento é calculada atualizando os valores dos ativos/títulos componentes da
carteira do fundo de investimento no próprio dia do cálculo da cota, sendo esta divulgada após
o fechamento do mercado, portanto, no 1º dia útil seguinte.

Por exemplo, os fundos de ações usam a cota de fechamento porque o valor da cota pode ter
grande variação durante o dia (volatilidade alta) que não seria refletido na cota de abertura.

5.1.12.4. Prazo de liquidação financeira (pagamento do resgate): conceito e


limite

Prazo de liquidação: é o tempo que o fundo leva, depois da cotização, para depositar o
dinheiro resgatado na conta do cotista.

Pode ser que a liquidação também leve alguns dias. Digamos, D+3 dias úteis. Isso significa que
o prazo de resgate é de nada menos que 30 dias corridos mais 3 dias úteis – mais de um mês
esperando o dinheiro cair na sua conta a partir do pedido de resgate.

Fundos com prazo de cotização mais longo geralmente investem em ativos de longo prazo e
liquidez reduzida, que não permitem ao fundo fazer uma venda ou resgate imediato para
honrar o pedido de resgate de um cotista.

5.1.12.5 Prazo de carência para resgates


O regulamento pode apresentar prazo de carência para resgates, ou seja, se houver resgates
durante o período de carência o cotista perderá o direito ao rendimento do período.

Regras para conversão de cotas e pagamento do resgate:

- Aplicação e resgate: de acordo com a CVM os fundos das classes, Curto Prazo, Referenciado e
Renda Fixa, podem utilizar cota de abertura ou de fechamento. Sendo que as demais classes só
poderão utilizar cota de fechamento.
- Pagamento do resgate: conforme estabelecido no regulamento. Vale lembrar que a CVM
estabelece que o prazo para crédito do resgate poderá ocorrer em até 5 dias úteis contados da
data da cotização.
O resgate de cotas de fundo obedecerá às seguintes regras:
I – o regulamento estabelecerá o prazo entre o pedido de resgate e a data de conversão de
cotas, assim entendida, para os efeitos desta Instrução, a data da apuração do valor da cota
para efeito do pagamento do resgate;
II – a conversão de cotas dar-se-á pelo valor da cota do dia na data de conversão;
III – o pagamento do resgate deverá ser efetuado em cheque, crédito em conta corrente ou
ordem de pagamento, no prazo estabelecido no regulamento, que não poderá ser superior a 5
(cinco) dias úteis, contados da data da conversão de cotas;
IV – salvo na hipótese de que trata o art. 16, será devida ao cotista uma multa de 0,5% (meio
por cento) do valor de resgate, a ser paga pelo administrador do fundo, por dia de atraso no
pagamento do resgate de cotas.

5.1.12.6. Fechamento dos fundos para resgates e aplicações

Fechamento de fundos para resgates


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Em casos excepcionais de iliquidez (baixa liquidez) dos ativos componentes da carteira do
fundo, inclusive em decorrência de pedidos de resgates incompatíveis com a liquidez
existente, ou que possam implicar alteração do tratamento tributário do fundo ou do conjunto
dos cotistas, em prejuízo destes últimos, o administrador poderá declarar o fechamento do
fundo para a realização de resgates, sendo obrigatória convocação de Assembleia Geral
Extraordinária, no prazo máximo de 1 (um) dia, para deliberar, no prazo de 15 (quinze) dias, a
contar da data do fechamento para resgate, sobre as seguintes possibilidades:

I - substituição do administrador, do gestor ou de ambos;


II - reabertura ou manutenção do fechamento do fundo para resgate;
III - possibilidade do pagamento de resgate em títulos e valores mobiliários;
IV - cisão do fundo; e
V - liquidação do fundo.

O fechamento do fundo para resgate deverá, em qualquer caso, ser imediatamente


comunicado a CVM.

A assembleia de que trata o caput deverá realizar-se mesmo que o administrador delibere
reabrir o fundo antes da data marcada para sua realização.
O administrador poderá solicitar a CVM autorização específica para proceder à cisão do fundo
antes da reabertura para resgates, ficando neste caso vedadas novas aplicações no fundo
resultantes da cisão, e devendo, de qualquer modo, realizar-se a assembleia de que trata o
caput.

Fechamento dos Fundos para aplicações

É facultado ao administrador suspender, a qualquer momento, novas aplicações no fundo,


desde que tal suspensão se aplique indistintamente a novos investidores e cotistas atuais.
A suspensão do recebimento de novas aplicações em um dia não impede a reabertura
posterior do fundo para aplicações.
O administrador deve comunicar imediatamente aos intermediários sobre a eventual
existência de fundos que não estejam admitindo captação.
Lembramos que, o fundo deve permanecer fechado para aplicações enquanto perdurar o
período de suspensão de resgates.

5.1.13 Aplicações por conta e ordem (AE)

Caracterização
O fundo de investimento poderá contratar, por escrito, instituições intermediárias integrantes
do sistema de distribuição de valores mobiliários para realizar a distribuição de cotas,
autorizando-as a realizar a subscrição de cotas do fundo por conta e ordem de seus respectivos
clientes.

5.1.13.1 Responsabilidades da instituição Intermediária (Distribuidor). Direitos


dos cotistas
A CVM determina que todo cotista, ao ingressar no fundo, deve atestar, por meio da assinatura
ao termo de adesão (ou Termo Próprio) que recebeu o prospecto e o regulamento, portanto a

20
Instituição Distribuidora deverá seguir a determinação de manter a disposição da CVM o
referido documento (termo de adesão).

5.1.13.1.1 Informações obrigatórias. Cadastramento e identificação dos


clientes
As instituições intermediárias que estejam atuando por conta e ordem de clientes assumem
todos os ônus e responsabilidades relacionadas aos clientes, inclusive quanto a seu
cadastramento, identificação e demais procedimentos que, caberiam originalmente ao
administrador, em especial no que se refere:
- ao fornecimento aos clientes de prospectos, regulamentos e termos de adesão, a serem
obrigatoriamente encaminhados pelos administradores aos intermediários, para tal finalidade;
- à responsabilidade de dar ciência ao cotista de que a distribuição é feita por conta e ordem;
- à obrigação de dar ciência aos clientes de quaisquer exigências formuladas pela CVM;
- ao controle e manutenção de registros internos referentes à compatibilidade entre as
movimentações dos recursos dos clientes, e sua capacidade financeira e atividades
econômicas, nos termos das normas de proteção e combate à lavagem de dinheiro ou
ocultação de bens, direitos e valores;
- à regularidade e guarda da documentação cadastral dos clientes, nos estritos termos da
regulamentação em vigor, bem como pelo cumprimento de todas as exigências legais quanto à
referida documentação cadastral;
- à prestação de informação diretamente à CVM sobre os dados cadastrais dos clientes que
aplicarem nos fundos, quando esta informação for solicitada;
- à comunicação aos clientes sobre a convocação de assembléias gerais de cotistas e sobre suas
deliberações, de acordo com as instruções e informações que, com antecedência suficiente e
tempestivamente, receber dos administradores dos fundos de investimento;
- à manutenção de serviço de atendimento aos clientes, para esclarecimento de dúvidas e pelo
recebimento de reclamações;
- ao zelo para que o investidor final tenha pleno acesso a todos os documentos e informações
previstos pela CVM, em igualdade de condições com os demais cotistas do fundo de
investimento objeto da aplicação;
- à manutenção de informações atualizadas que permitam a identificação, a qualquer
tempo,de cada um dos investidores finais, bem como do registro atualizado de todas as
aplicações e resgates realizados em nome de cada um dos investidores finais (esta
documentação deve permanecer na posse da instituição que esteja atuando por conta e ordem
de clientes, à disposição da CVM, pelo prazo de 5 anos);
- à obrigação de efetuar a retenção e o recolhimento dos tributos incidentes nas aplicações ou
resgates em fundos de investimento, conforme determinar a legislação tributária.

5.1.13.1.2 Possibilidade de manutenção das aplicações em caso de finalização


da distribuição
Na hipótese de rescisão do contrato firmado entre o fundo e o intermediário que esteja
atuando por conta e ordem de clientes, deve ser facultado ao cotista permanecer como
investidor no fundo, comprometendo-se a instituição intermediária, neste caso, a identificar e
fornecer ao administrador toda a documentação cadastral do cliente.

5.1.13.1.3 Segregação dos recursos aplicados do patrimônio da instituição


distribuidora
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As aplicações ou resgates realizados nos fundos de investimento por meio de instituições
intermediárias que estejam atuando por conta e ordem de clientes, serão efetuadas de forma
segregada, de modo que os bens e direitos integrantes do patrimônio de cada um dos clientes,
bem como seus frutos e rendimentos, não se comuniquem com o patrimônio da instituição
intermediária.

5.1.14 Taxas, Tipos e Formas de Cobrança

5.1.14.1 Taxa de Administração

Conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e à manutenção


do fundo, que podem ser prestados pelo próprio administrador ou por terceiros por ele
contratados, por escrito em nome do fundo, a taxa de administração é cobrada pela instituição
devido ao serviço de administração de um fundo de investimento.

Fica a critério da instituição estabelecer os valores percentuais dessa taxa, que deve estar
preestabelecida no regulamento do fundo. A taxa de administração é calculada sobre o
patrimônio do fundo, sendo provisionada diariamente e cobrada mensalmente. A taxa de
administração é fixa, sendo a forma mais comum de remuneração do administrador.

O regulamento deve dispor sobre a taxa de administração, que remunerará todos os serviços
indicados abaixo:
I – a gestão da carteira do fundo;
II – a consultoria de investimentos;
III – as atividades de tesouraria, de controle e processamento dos títulos e valores mobiliários;
IV a distribuição de cotas;
V – a escrituração da emissão e resgate de cotas;
VI - custódia de títulos e valores mobiliários e demais ativos financeiros; e
VII – classificação de risco por agência especializada constituída no País.

Formas de cobrança (ajuste no valor da cota)


A remuneração do administrador é calculada à base de 1/252 da taxa referida, sobre o valor
diário do patrimônio líquido do fundo. Essa remuneração é paga mensalmente, por períodos
vencidos.

ATENÇÃO: Lembre-se que a taxa de administração é cobrada independente do desempenho


do fundo (positivo ou negativo).

5.1.14.2 Taxa de Performance

É a taxa cobrada pelos administradores sobre a parcela da rentabilidade do fundo de


investimento que exceder a variação de um determinado índice previamente estabelecido,
portanto é uma taxa variável.

ATENÇÃO: Essa taxa é conhecida no mercado como Linha D´agua

Regras da CVM para a cobrança de taxa de performance:

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O regulamento poderá estabelecer a cobrança da taxa de performance, sendo vedada a
cobrança (exceto quando se tratar de fundos destinados a investidor qualificado) para os
fundos das classes: Curto Prazo, Referenciado e Renda Fixa.
- A cobrança da taxa de performance deverá atender aos seguintes critérios:
a) vinculação a um parâmetro de referência compatível com a política de investimento do
fundo e com títulos que efetivamente a componham;
b) vedação da vinculação da taxa de performance a percentuais inferiores a 100% do
parâmetro de referência;
c) cobrança por período, no mínimo, semestral; e
d) cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa de administração.
e) é vedada a cobrança de taxa de performance quando o valor da cota do fundo for inferior
ao seu valor por ocasião da última cobrança efetuada (conceito Linha d’água)
f) é permitida a cobrança de ajuste sobre a performance individual do cotista que aplicar
recursos no fundo posteriormente à data da última cobrança, exclusivamente, nos casos em
que o valor da cota adquirida for inferior ao valor da mesma na data da última cobrança de
performance efetuada.
g) Os fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados podem cobrar taxa de
performance, de acordo com o que dispuser o seu regulamento.

5.1.14.3 Taxa de ingresso


Alguns fundos cobram taxa de ingresso, no momento da aplicação, desde que conste do
regulamento sua forma de cobrança.

5.1.14.4 Taxa de saída

Alguns fundos cobram taxa de saída no resgate, que pode ser utilizada para penalizar uma
saída antes de um prazo preestabelecido.

5.1.14.5 Regras de alteração


As taxas previstas não podem ser aumentadas sem prévia aprovação da assembléia geral de
cotistas, mas podem ser reduzidas unilateralmente pelo administrador, que deve comunicar
esse fato, de imediato, à CVM e aos cotistas, promovendo a devida alteração no regulamento
e, se for o caso, no prospecto.

5.1.14.6 Encargos do Fundo (AE)

Além das taxas de administração e performance, um fundo tem outras despesas (encargos)
que podem ser debitadas pela instituição administradora que são:
I. taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais, municipais ou autárquicas, que recaiam
ou venham a recair sobre os bens, direitos e obrigações do fundo;
II. despesas com o registro de documentos em cartório, impressão, expedição e publicação de
relatórios e informações periódicas previstas;
III. despesas com correspondências de interesse do fundo, inclusive comunicações aos cotistas;
IV. honorários e despesas do auditor independente;
V. emolumentos e comissões pagas sobre as operações do fundo;
VI. honorários de advogados, custas e despesas processuais correlatas, feitas em defesa dos
interesses do fundo, em juízo ou fora dele, inclusive o valor da condenação imputada ao fundo,
se for o caso;
23
VII. parcela de prejuízos não coberta por apólices de seguro e não decorrente diretamente de
culpa ou dolo dos prestadores dos serviços de administração no exercício de suas respectivas
funções;
VIII. despesas relacionadas, diretas ou indiretamente, ao exercício de direito de voto do fundo
pelo administrador ou por seus representantes legalmente constituídos, em assembléias gerais
das companhias nas quais o fundo detenha participação;
IX. despesas com custódia e liquidação de operações com títulos e valores mobiliários, ativos
financeiros e modalidades operacionais;
X. despesas com fechamento de câmbio, vinculadas às suas operações ou com certificados ou
recibos de depósito de valores mobiliários;
XI. no caso de fundo fechado, a contribuição anual devida às bolsas de valores ou às entidades
do mercado de balcão organizado em que o fundo tenha suas cotas admitidas à negociação; e
XII. as taxas de administração e de performance se houver.
Obs.: quaisquer despesas não previstas como encargos do fundo, inclusive as relativas à
elaboração do prospecto, correm por conta do administrador, devendo ser por ele contratados.

5.2 Principais estratégias de gestão

5.2.1 Fundos de Investimento com Gestão Passiva. Definições


Fundos passivos ou indexados, ou ainda, fundos com gestão passiva, são aqueles que buscam
alcançar uma rentabilidade a mais próxima o possível de seu parâmetro de comparação
(benchmark) e com a menor volatilidade possível de sua rentabilidade em relação à deste
mesmo parâmetro.

Seu objetivo, portanto, é de replicar (acompanhar) determinado índice usado como


parâmetro de performance, diretamente, por meio da aquisição de ativos atrelados ao índice
de referência da carteira, ou indiretamente, por meio de contratos de derivativos.

5.2.1.1 Renda Fixa

O CDI é o principal benchmark quando o assunto é renda fixa. Como ele é utilizado como o
custo do dinheiro no mercado diversas modalidades de investimento o utilizam como
parâmetro para comparação. Daí que surge também os fundos DI, atrelados ao parâmetro de
referência ora citado.

Quando o investidor tem com expectativa a tendência de elevação da taxa de juros ou


acompanhar a variação da taxa de juros ele pode ser muito interessante.

5.2.1.1.1 Conceito e finalidade de Benchmarks e Índices de Referênci: DI, Taxa


Selic, Índices de Preços (IGP-M e IPCA), Índices de Mercado Anbima e IDKA
(Índice de Duração Constante Anbima)

Benchmarking é uma ferramenta de gestão que consiste na mensuração da performance de


uma organização, permitindo que ela compare sua eficiência com a de outras organizações,
frequentemente com a empresa líder do segmento ou outro concorrente muito relevante.

Assim, benchmark pode ser definido como um referencial para comparação.

24
Se procurarmos uma aplicação conservadora com rendimento que acompanhe as taxas de
juros vigentes no mercado, um bom benchmark é o CDI.

Se o objetivo do investidor é manter o poder de compra do dinheiro em reais (R$), deve


procurar um investimento que tenha como benchmark o IGP-M, por exemplo, pois como visto,
trata-se de um índice de preços que registra a evolução dos preços como medida síntese da
inflação. Já o Governo federal, para calcular se a inflação está de acordo com a meta
inflacionária definida pelo Conselho Monetário Nacional utiliza-se do IPCA – Índice de Preços
ao Consumidor Amplo que é um benchmark para a inflação nacional.

ÍNDICES DE MERCADO ANBIMA

IMA (Índice de Mercado ANBIMA): O IMA representa uma família de índices de renda fixa,
composto pelos títulos públicos que são precificados pela Associação.

Títulos que compõem cada índice:


 IMA – B = NTN – B (IPCA)
 IMA – C = NTN-C (IGPM
 IRF – M = LTN E NTN-F (PREFIXADOS)
 IMA – S = LFT (SELIC OVER)

5.2.1.2 Renda Variável:

5.2.1.2.1 Conceito e finalidade dos Benchmarks e Índices de Referência: Índice


BOVESPA (IBOVESPA), Índice Brasil (IBrX) e Índice de Sustentabilidade
Empresarial (ISE).

Por outro lado, caso se trate de investimento em ações, um possível referencial é o IBOVESPA
ou o IBrX, já que esses índices são compostos pelas ações mais negociadas na BM&FBovespa,
refletindo o comportamento do mercado.

Índice BOVESPA – IBOVESPA

O Ibovespa é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os


critérios estabelecidos em sua metodologia.

Aplicam-se ao Ibovespa todos os procedimentos e regras constantes do manual de definições e


procedimentos dos índices da BM&FBOVESPA.

Objetivo
O objetivo do Ibovespa é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de
maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.

Ativos elegíveis
O Ibovespa é composto pelas ações exclusivamente de ações de companhias listadas na
BM&FBOVESPA que atendem aos critérios de inclusão descritos em sua metodologia

Para tanto, as ações que fazem parte do índice representam mais de 80% do número de
negócios e do volume financeiro negociados no mercado à vista. Como as ações que fazem

25
parte dessa carteira têm grande representatividade, podemos dizer que se a maioria delas
estiver subindo, o mercado, medido pelo Índice BOVESPA, está em alta, e se estiver caindo,
está em baixa.
Índice Brasil – IbrX

É um índice de preços que mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100 ações
selecionadas entre as mais negociadas na BM&FBovespa, em termos de número de negócios e
volume financeiro; sua metodologia de cálculo é parecida com o Ibovespa e reavaliada a cada
quatro meses. Uma variante deste benchmark é o IBX 50, que como o próprio nome diz é
composto pelas 50 ações entre as mais negociadas.

Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE

O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), criado pela BM&FBovespa em 2005, é uma


ferramenta para análise comparativa do desempenho das empresas listadas na BM&FBovespa
sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada em eficiência econômica, equilíbrio
ambiental, justiça social e governança corporativa.

5.2.1.3 Estratégias para manter aderência aos índices de referência e as


respectivas limitações.

Nem sempre os gestores de fundos de investimento conseguem replicar com sucesso os


índices que lhes servem de referência. As condições de mercado, despesas, taxas, marcação a
mercado, etc. são limitadores que devem ser considerados.

De qualquer maneira, se mantiver os ativos rigorosamente atrelados aos referidos índices a


possibilidade de sucesso certamente será maior.

5.2.2 Fundos de Investimento com Gestão Ativa. Definições.

Fundos ativos ou fundos com gestão ativa são aqueles que buscam superar a rentabilidade de
seu parâmetro de comparação (benchmark). Para atingir esse objetivo, o gestor pode adotar
estratégias de exposição a riscos (crédito, mercado e liquidez) com ou sem alavancagem, tanto
em renda fixa quanto em renda variável.

5.2.2.1 Estratégias de Gestão: posicionamento, hedge e alavancagem

Posicionamento

O fundo assume riscos (previstos em regulamento) utilizando instrumentos derivativos.

Hedge (proteção)

A palavra "hedge" pode ser entendida como "proteção". Hedge é uma operação que tem por
finalidade proteger o valor de um ativo contra uma possível redução de seu valor numa data
futura ou, ainda, assegurar o preço de uma dívida a ser paga no futuro. Esse ativo poderá ser o
dólar, uma commodity, um título do governo ou uma ação.

Alavancagem
26
Alavancagem Financeira: A alavancagem financeira é o nível de endividamento utilizado para a
maximização do retorno do capital investido. Diz-se que uma empresa tem muita alavancagem
financeira quando recorre a muito endividamento externo para financiar os seus ativos. O
endividamento é o principal indicador de alavancagem financeira.

Fundo de Investimentos alavancados são de alto risco. Em movimentos opostos as estratégias


assumidas, podem até gerar Patrimônio Líquido negativo, exigindo aporte de capital por parte
de seus cotistas.

Essa estratégia visa aumentar a exposição financeira em um determinado fator de risco em


percentual acima do Patrimônio Líquido do fundo, inclusive, pode até gerar Patrimônio Líquido
negativo, exigindo aporte de capital por parte de seus cotistas.

5.3 Principais modalidades de Fundo de Investimento

5.3.1 Classificação da CVM

Renda Fixa, Ações, Multimercado e Cambial

5.3.1.1 Fundo de Renda Fixa


Deverá ter como principal fator de risco de sua carteira a variação da taxa de juros doméstica
ou de índice de preços ou ambos.

- deverá possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente, ou


indiretamente sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe;

- é vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundo destinado a


investidor qualificado ou classificado como Renda Fixa de Longo Prazo (quando o prazo médio
de sua carteira supere 365 dias).

5.3.1.2 Fundo de Ações


Deverão ter como principal fator de risco a variação de preços de ações admitidas à
negociação no mercado à vista de bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão
organizado.

- 67% (sessenta e sete por cento), no mínimo, de seu patrimônio líquido deverão ser
compostos pelos seguintes ativos:

a) ações admitidas à negociação em bolsa de valores ou entidade de balcão organizado;

b) bônus ou recibos de subscrição e certificados de depósito de ações admitidas à negociação


em bolsa de valores ou entidade de balcão organizado;

c) cotas de fundos de ações e cotas dos fundos de índice de ações, negociadas em bolsa de
valores ou entidade de balcão organizado; e

d) BDR - Brazilian Depositary Receipts, classificados como nível II e III.

27
5.3.1.2.1 Fundo de Ações versus Clube de Investimento: vantagens e
desvantagens

Segue tabela comparativa com as principais diferenças entre os dois produtos de investimento.

5.3.1.3 Fundo Cambial


Deverá ter como principal fator de risco de sua carteira a variação de preços de moeda
estrangeira, ou a variação do cupom cambial.

- deverá possuir, 80%, no mínimo, da carteira em ativos relacionados diretamente, ou


indiretamente sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe;

5.3.1.4 Fundo Multimercado


Devem possuir políticas de investimento que envolva vários fatores de risco, sem o
compromisso de concentração em nenhum fator especial ou em fatores diferentes das demais
classes.

- o regulamento dos fundos poderá autorizar a aplicação em ativos financeiros no exterior, no


limite de 20% de seu patrimônio líquido;

- quando adquirir cotas de fundos classificados como Dívida Externa, não estará sujeita a
incidência de limite de concentração por emissor; e

- não estará sujeito a limites de concentração por emissor, desde que o regulamento,
prospecto e material de venda, bem como os extratos enviados aos clientes, contenham, com
destaque alerta de que o fundo pode estar exposto à significativa concentração em ativos de
poucos emissores, com riscos daí decorrentes, os investimentos nos seguintes ativos:

a. ações admitidas à negociação em bolsa de valores ou entidade de balcão organizado;

b. bônus ou recibos de subscrição e certificados de depósito de ações admitidas à negociação


em bolsa de valores ou entidade de balcão organizado;

28
c. cotas de fundos de ações e cotas dos fundos de índice de ações, negociadas em bolsa de
valores ou entidade de balcão organizado; e

d. BDR - Brazilian Depositary Receipts, classificados como nível II e III.

5.3.1.5 Características das Subclassificações : Curto Prazo, Referenciado,


Simples, Dívida Externa, Crédito Privado e Ações – Mercado de Acesso e
Investimentos no Exterior.
I. Fundo de Curto Prazo

- deverão aplicar seus recursos exclusivamente em títulos públicos federais ou privados


prefixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, ou títulos indexados a índice de
preços, com prazo máximo a decorrer de 375 dias, e prazo médio da carteira do fundo inferior
a 60 dias;

- os títulos privados referidos acima deverão ter seu emissor classificado na categoria baixo
risco de crédito ou equivalente, com certificação por agência de classificação de risco
localizada no País;

- permitida a utilização de derivativos somente para proteção da carteira e a realização de


operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais;

- é vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundo destinado a


investidor qualificado.

II. Fundo Referenciado

Deverá identificar em sua denominação o seu indicador de desempenho, em função dos ativos
financeiros integrantes das respectivas carteiras, desde que atendidas, cumulativamente, as
seguintes condições:

- tenham 80% no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou


cumulativamente, por:

a) títulos de emissão do tesouro Nacional ou Banco Central do Brasil;

b) títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emissor esteja classificado na categoria baixo
risco de crédito ou equivalente, com certificação por agência de classificação de risco
localizada no país;

- estipule que 95%, no mínimo, da carteira seja composta por ativos financeiros de forma a
acompanhar, direta ou indiretamente, a variação do indicador de desempenho (benchmark)
escolhido;

- restrinjam a respectiva atuação nos mercados de derivativos a realização de operações com o


objetivo de proteger posições à vista, até o limite dessas;

- o indicador de desempenho deve estar expressamente definido na denominação do fundo;

- é vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundo destinado a


investidor qualificado.

III. Fundo Simples

Tenha 95% (noventa e cinco por cento), no mínimo, de seu patrimônio líquido representado,
isolada ou cumulativamente, por:
29
a) títulos da dívida pública federal;

b) títulos de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições financeiras que possuam


classificação de risco atribuída pelo gestor, no mínimo, equivalente àqueles atribuídos aos
títulos da dívida pública federal;

c) operações compromissadas lastreadas em títulos da dívida pública federal ou em títulos de


responsabilidade, emissão ou coobrigação de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil, desde que, na hipótese de lastro em títulos de responsabilidade de pessoas
de direito privado, a instituição financeira contraparte do fundo na operação possua
classificação de risco atribuída pelo gestor, no mínimo, equivalente àquela atribuída aos títulos
da dívida pública federal;

 Realize operações com derivativos exclusivamente para fins de proteção da carteira


(hedge);
 Se constitua sob a forma de condomínio aberto; e
 Preveja, em seu regulamento, que todos os documentos e informações a eles
relacionados sejam disponibilizados aos cotistas preferencialmente por meios
eletrônicos.

IV. Fundo de Dívida Externa

Deverão aplicar, no mínimo, 80% de seu patrimônio líquido em títulos representativos da


dívida externa de responsabilidade da União, sendo permitida a aplicação de até 20% do
patrimônio líquido em outros títulos de crédito transacionados no mercado internacional.

- os títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da União devem ser


mantidos, no exterior, em conta de custódia.

- os títulos integrantes da carteira do fundo devem ser custodiados em entidades habilitadas a


prestar esse serviço pela autoridade local competente.

- a aquisição de cotas de outros fundos classificados como “Dívida Externa” não está sujeita a
incidência de limites de concentração por emissor.

- os recursos porventura remanescentes podem:

a) ser direcionados à realização de operações em mercados organizados de derivativos no


exterior, exclusivamente para fins de “hedge” dos títulos integrantes da respectiva carteira, ou
ser mantidos em conta de depósito em nome do fundo, no exterior, observado, relativamente
a essa última modalidade, o limite de 10% do patrimônio líquido respectivo;

b) ser direcionados à realização de operações em mercados organizados de derivativos no País,


exclusivamente para fins de “hedge” dos títulos integrantes da respectiva carteira e desde que
referenciadas em títulos representativos de dívida externa de responsabilidade da União, ou
ser mantidos em conta de depósito à vista em nome do fundo, no País, observado, no
conjunto, o limite de 10% do patrimônio líquido respectivo.

V. Fundos de Crédito Privado

Os fundos de investimento pertencentes às classes: Curto Prazo, Referenciado, Renda Fixa,


Cambial e Multimercado, que realizar aplicações em quaisquer ativos ou modalidades
30
operacionais de responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, exceto no
caso de ativos financeiros listados na classe “Ações”, ou de emissores públicos que não seja a
União Federal que, em seu conjunto, exceda o percentual de 50% de seu patrimônio líquido,
deverão observar as seguintes regras, cumulativamente àquelas previstas para sua classe:

- na denominação do fundo deverá constar a expressão “Crédito Privado”;

- o regulamento, o prospecto e o material de venda do fundo deverão conter, com destaque,


alerta de que o fundo está sujeito a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido em
caso de eventos que acarretem o não pagamento dos ativos integrantes de sua carteira,
inclusive por força de intervenção, liquidação, regime de administração temporária, falência,
recuperação judicial ou extrajudicial dos emissores responsáveis pelos ativos do fundo;

- o ingresso no fundo será condicionado à assinatura de termo de ciência dos riscos inerentes à
composição da carteira do fundo, sendo vedada à utilização de sistemas eletrônicos para esse
fim; e

- caso a política de investimento contemple a possibilidade de alocação de mais de 30% do


patrimônio líquido do fundo em créditos privados deverão conter disclaimers (informações
relevantes) nos prospectos.

Obs.: estas regras aplicam-se aos fundos de investimento em cotas (FIC) de fundos de
investimento.

VI. Fundo de Ações – Mercado de Acesso

Fundos de ações cuja política de investimento preveja que, no mínimo, 2/3 (dois terços) do seu
patrimônio líquido seja investido em ações de companhias listadas em segmento de
negociação de valores mobiliários, voltado ao mercado de acesso, instituído por bolsa de
valores ou por entidade do mercado de balcão organizado, que assegure, por meio de vínculo
contratual, práticas diferenciadas de governança corporativa:

I – devem usar, em seu nome, a designação “Ações – Mercado de Acesso”; e

II – quando constituídos sob a forma de condomínios fechados, podem investir até 1/3 (um
terço) do seu patrimônio líquido em ações, debêntures, bônus de subscrição, ou outros títulos
e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de companhias
fechadas.

5.3.2 Ativos Financeiros no Exterior


O gestor do fundo é responsável por executar, na seleção dos ativos financeiros no exterior,
procedimentos compatíveis com as melhores práticas do mercado, assegurando que as
estratégias a serem implementadas no exterior estejam de acordo com o objetivo, política de
investimento e níveis de risco do fundo.

31
5.3.3 Limites por emissor

5.3.4 Limites por modalidade de ativo financeiro

5.3.5 Outros Fundos: definição e principais características

5.3.5.1 FIDC – Fundo de Investimento em Direitos Creditórios

É uma comunhão de recursos que destina no mínimo 50% do respectivo patrimônio líquido
para aplicação em direitos creditórios, o restante poderá ser aplicado em outros ativos.

Direitos Creditórios: os direitos e títulos representativos de crédito, originários de operações


realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas, de
32
arrendamento mercantil e de prestação de serviços, e os Warrants como direitos e títulos
representativos de créditos de natureza diversa assim reconhecida pela CVM.

Principais características:
I – será constituído na forma de condomínio aberto ou fechado;
II – somente poderão receber aplicações, bem como ter cotas negociadas no mercado
secundário, quando o subscritor ou o adquirente das cotas for investidor qualificado;
III – cada classe ou série de cotas de sua emissão destinadas à colocação pública deve ser
classificada por agência de risco em funcionamento no país;
IV – valor mínimo para aplicações será de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).

FIC-FIDC – Fundo de Investimento em Cotas de Fundos e Investimento em Direitos


Creditórios: uma comunhão de recursos que destina no mínimo 95% do respectivo patrimônio
líquido para a aplicação em cotas de FIDC.

5.3.5.1.1 Cota Sênior e Cota Subordinada

A emissão de cotas será feita em um FIDC com classificação de risco diferenciada, sendo:

- Cota de classe sênior: aquela que não se subordina às demais para efeito de amortização e
resgate;
- Cota de classe subordinada: aquela que se subordina às demais para efeito de amortização e
resgate.

5.3.5.2 Fundo de Investimento Imobiliário – FII

O Fundo de Investimento Imobiliário (FII) é uma comunhão de recursos destinados à aplicação


em ativos relacionados ao mercado imobiliário. Cabe ao administrador, uma instituição
financeira específica, constituir o fundo e realizar o processo de captação de recursos junto aos
investidores através da venda de cotas.

Os recursos captados na venda das cotas poderão ser utilizados para a aquisição de imóveis
rurais ou urbanos, construídos ou em construção, destinados a fins comerciais ou residenciais,
bem como para a aquisição de títulos e valores mobiliários ligados ao setor imobiliário, tais
como cotas de outros FIIs, Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Certificado de Recebíveis
Imobiliários (CRI), ações de companhias do setor imobiliário etc.

Todo FII possui um regulamento que, dentre outras disposições, determina a política de
investimento do fundo. A política pode ser específica e estabelecer, por exemplo, que o FII
invista apenas em imóveis prontos destinados ao aluguel de salas comerciais, ou ser genérica e
permitir ao fundo adquirir imóveis prontos em geral ou em construção, os quais poderão ser
alugados ou vendidos.

Com a aquisição dos imóveis, o fundo obterá renda com sua locação, venda ou arrendamento.
Caso aplique em títulos e valores mobiliários, a renda se originará dos rendimentos
distribuídos por esses ativos ou ainda pela diferença entre o seu preço de compra e de venda
(ganho de capital). Os rendimentos auferidos pelo FII são distribuídos periodicamente aos seus
cotistas.

33
O FII é constituído sob a forma de condomínio fechado, em que não é permitido ao investidor
resgatar as cotas antes de decorrido o prazo de duração do fundo. A maior parte dos FIIs tem
prazo de duração indeterminado, ou seja, não é estabelecida uma data para a sua liquidação.
Nesse caso, se o investidor decidir sair do investimento, somente poderá fazê-lo através da
venda de suas cotas no mercado secundário.

Resumo das características principais:


- Constituído sob a forma de condomínio fechado, cujo resgate de cotas não é permitido.
Contudo, alguns fundos permitem a negociação de cotas em mercado secundário.
- O Fundo poderá ter prazo de duração determinado ou indeterminado.
- Não tem personalidade jurídica própria.
- Sua denominação deverá constar a expressão “Fundo de Investimento Imobiliário”.
- No mínimo 75% dos recursos deverá ser investido no mercado imobiliário.
- Será destinado ao desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, tais como construção
de imóveis, aquisição de imóveis prontos, ou investimentos em projetos visando viabilizar o
acesso à habitação e serviços urbanos, inclusive áreas rurais, para posterior alienação, locação
ou arrendamento.

5.3.5.2.1 Tributação: Imposto de renda sobre os rendimentos e ganhos de


capital para Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas: características do fundo; fato
gerador; alíquotas; base de cálculo e agente responsável pelo recolhimento.

Fato Gerador

- Rendimentos distribuídos pelo Fundo aos seus cotistas.


- Rendimento auferido pelo cotista: na alienação; e no resgate de cotas na liquidação do
Fundo.
- Rendimentos auferidos pela carteira dos Fundos de Investimento Imobiliário.

Alíquota e tratamento do imposto

1) Os fundos de investimento imobiliário, deverão distribuir a seus cotistas, no mínimo, 95%


(noventa e cinco por cento) dos lucros auferidos, apurados segundo o regime de caixa, com
base em balanço ou balancete semestral encerrado em 30 de junho e 31 de dezembro de cada
ano.

* Os lucros quando distribuídos a qualquer beneficiário, inclusive pessoa jurídica isenta,


sujeitam-se à incidência do imposto sobre a renda na fonte à alíquota de 20% (vinte por
cento);

2) Os ganhos de capital e rendimentos auferidos na alienação ou no resgate de cotas dos


fundos de investimento imobiliário por qualquer beneficiário, inclusive por pessoa jurídica
isenta, sujeitam-se à incidência do imposto sobre a renda à alíquota de 20% (vinte por cento).

Os ganhos de capital ou ganhos líquidos serão apurados:

I - de acordo com os procedimentos previstos, quando auferidos:


a) por pessoa física em operações realizadas em Bolsa e;
b) por pessoa jurídica em operações realizadas dentro ou fora de Bolsa;
34
II - de acordo com as regras aplicáveis aos ganhos de capital na alienação de bens ou de
direitos de qualquer natureza, quando auferidos por pessoa física em operações realizadas
fora de Bolsa.

O resgate de cotas previsto no caput está sujeito à retenção do imposto sobre a renda na
fonte, e ocorrerá somente em decorrência do término do prazo de duração do fundo ou da sua
liquidação, sendo o rendimento constituído pela diferença positiva entre o valor de resgate e o
custo de aquisição das cotas. O administrador do fundo deverá exigir a apresentação da nota
de aquisição das cotas, se o beneficiário do rendimento efetuou essa aquisição no mercado
secundário.

Compensação de perdas

As perdas incorridas na alienação de cotas de fundo de investimento imobiliário só podem ser


compensadas com ganhos auferidos na alienação de cotas de fundo da mesma espécie.

Base de cálculo:

Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos pelas carteiras dos fundos de investimento


imobiliário, em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável, sujeitam-se à
incidência do imposto sobre a renda de acordo com as mesmas normas previstas para as
aplicações financeiras das pessoas jurídicas.
- O imposto poderá ser compensado com o retido na fonte pelo Fundo de Investimento
Imobiliário, por ocasião da distribuição de rendimentos e ganhos de capital.
Observação:
Se sujeita à tributação aplicável às pessoas jurídicas, o fundo de investimento imobiliário que
aplicar recursos em empreendimento imobiliário que tenha como incorporador, construtor ou
sócio, cotista que possua, isoladamente ou em conjunto com pessoa a ele ligada, mais de 25%
(vinte e cinco por cento) das cotas do fundo.
Considera-se pessoa ligada ao cotista:
I - pessoa física:
a) os seus parentes até o 2º (segundo) grau; e
b) a empresa sob seu controle ou de qualquer de seus parentes até o 2º (segundo) grau; e
II - pessoa jurídica, a pessoa que seja sua controladora, controlada ou coligada.

Regras de isenção de IR em Fundos de Investimento Imobiliário para pessoa física

Ficam isentos do imposto sobre a renda na fonte e na declaração de ajuste anual das pessoas
físicas, os rendimentos distribuídos pelos fundos de investimento imobiliário cujas cotas sejam
admitidas à negociação exclusivamente em bolsas de valores ou no mercado de balcão
organizado.
O benefício:
I - será concedido somente nos casos em que o fundo de investimento imobiliário possua, no
mínimo, 50 (cinquenta) cotistas;
II - não será concedido ao cotista pessoa física titular de cotas que representem 10% (dez por
cento) ou mais da totalidade das cotas emitidas pelo fundo de investimento imobiliário ou
cujas cotas lhe derem direito ao recebimento de rendimento superior a 10% (dez por cento) do
total de rendimentos auferidos pelo fundo.

35
Agente responsável pelo recolhimento

O investidor é responsável pelo recolhimento do IR, de acordo com as regras de ganho de


capital.

5.3.5.3. Fundo de Investimento em Índice de Mercado (Fundos de índice) com


cotas negociáveis em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado,
também conhecido como ETFs - Exchange Traded Funds

Fundos de Investimento em Índice de Mercado – Fundos de Índice é uma comunhão de


recursos destinado à aplicação em carteira de títulos e valores mobiliários que vise refletir as
variações e rentabilidade de um índice de referência, por prazo indeterminado.

Índice de referência é o índice de mercado específico reconhecido pela CVM, ao qual a política
de investimento do fundo esteja associada.

O fundo deve manter 95%, no mínimo, de seu patrimônio aplicado em valores mobiliários ou
outros ativos de renda variável autorizados pela CVM, na proporção em que estes integram o
índice de referência, ou em posições no mercado futuro do índice de referência, de forma a
refletir a variação e rentabilidade de tal índice.

O PIBB - Papéis de Índice Brasil BOVESPA, são cotas do fundo PIBB Fundo de Índice Brasil – 50
– Brasil Tracker, o primeiro fundo de investimento em índice de mercado, regulado pela CVM –
Comissão de Valores Mobiliários. É um fundo de investimento constituído sob forma de
condomínio aberto e destina-se à aplicação em carteira de títulos e valores mobiliários que
visa buscar os resultados semelhantes à performance do IbrX 50.

As ações que compõem o PIBB são as mesmas que integram o IBrX-50, índice calculado pela
BM&FBOVESPA, que mede o retorno total de uma carteira teórica composta pelas 50 ações
mais negociadas no mercado à vista, ponderadas de acordo com o seu valor de mercado e
considerando o volume financeiro e o número de negócios realizados.
Portanto o PIBB tende a acompanhar a rentabilidade do IBrX-50, e não somente de uma
determinada ação do mercado.

5.3.5.4 Fundos de Investimento em Participações (FIP)

O Fundo de Investimento em Participações, também conhecido como Private Equity, é


destinado exclusivamente a investidores qualificados.

Constituído sob a forma de condomínio fechado, é uma comunhão de recursos destinados à


aquisição de ações, debêntures, bônus de subscrição, ou outros títulos e valores mobiliários
conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de companhias, abertas ou fechadas,
participando do processo decisório da companhia investida, com efetiva influência na
definição de sua política estratégica e na sua gestão, notadamente por meio da indicação de
membros do Conselho de Administração.

A participação do fundo no processo decisório da companhia investida pode ocorrer:


I. pela detenção de ações que integrem o respectivo bloco de controle;
II. pela celebração de acordo de acionistas; ou ainda
36
III. pela celebração de ajuste de natureza diversa ou adoção de procedimento que assegure ao
fundo efetiva influência na definição de sua política estratégica e na sua gestão.
- Valor mínimo para aplicação: R$ 100.000,00.

5.3.5.5 Fundos Restritos: Fundos para Investidores Qualificados e Fundos para


Investidores Profissionais
Fundo Restrito

“Fundo Restrito” significa o fundo de investimento ou fundo de investimento em cotas de


fundos de investimento destinado a investidores qualificados ou não e constituído para
receber aplicações de um grupo determinado de investidores, que tenham entre si vínculo
familiar, societário ou pertençam a um mesmo grupo econômico, ou que, por escrito,
determinem esta condição;
Fundo Exclusivo

São os fundos para investidores qualificados constituídos para receber aplicações


exclusivamente de um único cotista. Para ter um fundo exclusivo, o cotista deve ter um
volume de recursos alto, pois um fundo apresenta uma série de custos que não poderão ser
partilhados com outros cotistas. Um fundo exclusivo com um pequeno volume aplicado acaba
mostrando-se inviável, portanto, são destinados a investidor qualificado. Mas o que é
investidor qualificado?

São considerados Investidores Qualificados:


I – investidores profissionais;
II – pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição
de investidor qualificado mediante termo próprio, de acordo com a IN CVM;
III – as pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou
possuam certificações aprovadas pela CVM como requisitos para o registro de agentes
autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores
mobiliários, em relação a seus recursos próprios; e
IV – clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por um ou mais cotistas, que
sejam investidores qualificados.
Os regimes próprios de previdência social instituído pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou por Municípios são considerados investidores profissionais ou investidores
qualificados apenas se reconhecidos como tais conforme regulamentação específica do
Ministério da Previdência Social.

São considerados Investidores Profissionais:


I – instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil;
II – companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
III – entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
IV – pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a
R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor profissional mediante termo próprio, de acordo com a IN CVM;
V – fundos de investimento;
VI – clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por administrador de carteira
de valores mobiliários autorizado pela CVM;

37
VII – agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores
de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios;
VIII – investidores não residentes.

Fundos para Investidores Qualificados


Os fundos destinados exclusivamente a Investidores Qualificados, desde que previsto em seu
regulamento, podem:

I – admitir a utilização de títulos e valores mobiliários na integralização e resgate de cotas, com


o estabelecimento de critérios detalhados e precisos para adoção desses procedimentos,

atendidas ainda, quando existirem, as correspondentes obrigações fiscais;

II – dispensar a elaboração de prospecto, assegurando que as informações previstas estejam


contempladas no regulamento;

III – cobrar taxas de administração e de performance, conforme estabelecido em seu


regulamento; e

IV – estabelecer prazos para conversão de cota e para pagamento dos resgates diferentes dos
padrões.

5.3.6 Tributação sobre Aplicações Financeiras em Fundos de Investimento,


exceto Fundos Imobiliários: IOF e Imposto de Renda para Pessoas Físicas e
Pessoas Jurídicas: fato gerador, alíquotas (conforme tipo de fundo – curto
prazo, longo prazo e ações, segundo classificação da Secretaria da Receita
Federal e tempo de permanência da aplicação), bases de cálculo e
responsabilidade de recolhimento.

IOF – Imposto Sobre Operações Financeiras (Valores Mobiliários)

Fato Gerador

Aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação de títulos e valores


mobiliários.

Alíquota (Tabela Regressiva)

O IOF será cobrado à alíquota de 1% (um por cento) ao dia sobre o valor do resgate, cessão ou
repactuação, limitado ao rendimento da operação, em função do prazo, conforme tabela
constante do anexo I, para:
I – às operações realizadas no mercado de renda fixa;
II - o resgate de cotas de fundos de investimento e de clubes de investimento (com carteira
com menos de 67% em ativos de renda variável).
- O IOF será cobrado à alíquota de 0,5% (zero vírgula cinco por cento) ao dia sobre o valor de
resgate de quotas de fundos de investimento, constituídos sob qualquer forma, na hipótese de
o investidor resgatar cotas antes de completado o prazo de carência para crédito dos
rendimentos.
38
- Ficam sujeitas à alíquota 0% (zero) as operações:
I - de titularidade das instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar
pelo Banco Central do Brasil, excluída a administradora de consórcio;
II - das carteiras dos fundos de investimento e dos clubes de investimento;
III - do mercado de renda variável, inclusive as realizadas em Bolsas de Valores, de
mercadorias, de futuros e entidades assemelhadas;
IV - de resgate de cotas dos fundos e clubes de investimento em ações, assim considerados
pela legislação do imposto de renda (carteiras com no mínimo 67% em ativos de renda
variável).
V - com Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio - CDCA, com Letra de Crédito do
Agronegócio - LCA e com Certificado de Recebíveis do Agronegócio – CRA;
VI - com Debêntures de que trata o art. 52 da Lei nº 6.404, com Certificados de Recebíveis
Imobiliários – CRI, de que trata o art. 6º da Lei nº 9.514, e com Letras Financeiras – LF.
Isenção do IOF
- negociações com Cédula de Produto Rural - CPR realizadas nos mercados de Bolsas e de
Balcão;
- de negociações com Certificado de Depósito Agropecuário - CDA e com Warrant
Agropecuário – WA.

Base de Cálculo

A base de cálculo do IOF é o valor:


I - de aquisição, resgate, cessão ou repactuação de títulos e valores mobiliários de renda fixa;
II - da operação de financiamento realizada em Bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas;
III - de aquisição ou resgate de cotas de fundos de investimento e de clubes de investimento
considerados de renda fixa.

Agente responsável pelo recolhimento

Administrador do Fundo ou a instituição intermediadora da operação (na fonte).


39
Imposto de Renda sobre aplicações financeiras em Fundos de Investimento –
exceto Fundos Imobiliários

Fato gerador

Fato Gerador: Rendimentos auferidos no último dia útil dos meses de maio e novembro de
cada ano, ou no resgate, se ocorrido em outra data.

Alíquotas conforme a classificação e tipo do fundo segundo a Secretaria da Receita Federal:


ações, curto prazo e longo prazo. Tempo de permanência na aplicação.

Para efeito de tributação, os fundos de investimento, exceto os fundos de ações, são


classificados em Curto Prazo e Longo Prazo.

Curto Prazo: fundos que possuem carteira de títulos com prazo médio igual ou inferior a 365
dias.
Longo Prazo: fundos que possuem carteira de títulos com prazo médio superior a 365 dias.
Observe que as alíquotas de tributação levam em consideração o prazo em que os recursos
ficam aplicados.

Base de cálculo
Base de Cálculo: Diferença positiva entre o valor patrimonial da quota no dia da aplicação e o
valor apurado no último dia útil dos meses de maio e novembro ou no resgate.

5.3.6.1 Imposto de Renda (IR) – “come-cotas”: fato gerador, alíquotas


(conforme tipo de fundo - curto prazo e longo prazo - e classificação da
Secretaria da Receita Federal), datas de incidência e responsabilidade de
recolhimento. Impacto para o investidor

Obs.: Não existe em fundo de ações

40
O come-cotas é uma forma de tributação um pouco diferente da convencional. Em vez de o
imposto de renda ser cobrado em dinheiro e apenas no resgate, ele é cobrado em forma de
cotas de seis em seis meses.

Ou seja, quando ocorre o desconto do imposto, a quantidade de cotas que o investidor tem
naquele fundo diminui. Daí o nome come-cotas.

A incidência do imposto sobre a renda na fonte sobre os rendimentos auferidos por qualquer
beneficiário, inclusive pessoa jurídica isenta, nas aplicações em fundos de investimento,
classificados como de curto ou de longo prazo, ocorrerá:

I - no último dia útil dos meses de maio e novembro de cada ano, ou no resgate, se ocorrido
em data anterior;
II - na data em que se completar cada período de carência para resgate de cotas com
rendimento ou no resgate de cotas, se ocorrido em outra data, no caso de fundos com prazo
de carência de até 90 (noventa) dias.
O administrador do fundo de investimento de longo ou de curto prazo deverá, nas datas a que
se refere os itens I e II anteriores, reduzir a quantidade de cotas de cada contribuinte em valor
correspondente ao imposto sobre a renda devido.
A incidência do imposto a que se refere será apurada de acordo com as seguintes alíquotas:
I - 20% (vinte por cento) no caso de fundos de investimento de curto prazo; e
II - 15% (quinze por cento) no caso de fundos de investimento de longo prazo.
Por ocasião do resgate das cotas será aplicada alíquota complementar.
Nota: O IR afeta a quantidade de cotas e não o valor da cota do fundo.

Fundos com Carência

O imposto será cobrado na data em que se completar cada período de carência para resgate
de cotas com rendimento ou no resgate de cotas, se ocorrido em outra data, no caso de
fundos com prazo de carência de até 90 (noventa) dias.

5.3.6.2 Compensação de Perdas


Tanto os fundos sujeitos ao come-cotas como os fundos de ações contam com um mecanismo
de compensação de prejuízos. As perdas em um fundo podem ser abatidas dos ganhos em
outro fundo, de forma a reduzir o IR a pagar no fundo que teve lucro.

Para isso, ambos os fundos precisam se encaixar em certos requisitos. Uma delas é que os dois
tenham a mesma classificação – fundos de longo prazo, fundos de curto prazo ou fundos de
ações (curto prazo com curto prazo, longo prazo com longo prazo e ações com ações);

A outra é que ambos sejam administrados pela mesma instituição financeira. Além disso, esse
administrador precisa manter um controle de lucros e prejuízos de cada cotista, uma vez que a
compensação é um benefício, mas não uma obrigação.

Obs.: quando houver resgate total de cotas em todos os fundos de investimento administrados
pela mesma instituição, o valor das perdas deverá permanecer nos sistemas de controle e
registro da referida instituição até o final do ano-calendário seguinte ao do resgate. Caso o
cotista mantenha algum valor investido junto ao administrador, não há limite temporal para a
compensação das perdas.
41
Abaixo um exemplo de como as perdas podem ser compensadas considerando um fundo de
renda variável cuja tributação é de 15%.

Resgate com Rendimento Compensação de Rendimento


I.R Devido
rendimento Obtido perdas anteriores Tributável
1 R$ 10.000,00 - R$ 10.000,00 R$ 1.500,00
2
-R$ 2.000,00 - - -

3
R$ 10.000,00 R$ 2.000,00 R$ 8.000,00 R$ 1.200,00

A perda ocorrida no segundo período foi compensada no período seguinte, quando o cliente
não pagou o Imposto de Renda.

Agente responsável pelo recolhimento: o administrador do fundo ou a instituição que


intermediar recursos, junto a clientes, para aplicações em fundos de investimento
administrados por outra instituição, na forma prevista em normas baixadas pelo CMN.

5.4 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para Fundos de


Investimento

5.4.1 Propósito e Abrangência

Art. 1º - O objetivo deste Código de Regulação e Melhores Práticas (“Código”) é estabelecer


parâmetros pelos quais as atividades das instituições participantes abaixo definidas,
relacionadas à constituição e funcionamento de fundos de investimento, devem se orientar,
visando, principalmente, a estabelecer:

I. A concorrência leal;

II. A padronização de seus procedimentos;

III. A maior qualidade e disponibilidade de informações sobre fundos de investimento,


especialmente por meio do envio de dados pelas instituições participantes à ANBIMA; e

IV. A elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas do mercado.

5.4.2 Princípios Gerais


– As Instituições Participantes devem observar, na esfera de suas atribuições e
responsabilidades em relação aos Fundos de Investimento, as seguintes regras de
autoregulação:

42
I – desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos descritos nos documentos
do Fundo de Investimento, observada a regulamentação aplicável a cada tipo de fundo, bem
como a promoção e divulgação de informações a eles relacionadas de forma transparente,
inclusive no que diz respeito à remuneração por seus serviços, visando sempre ao fácil e
correto entendimento por parte dos investidores;

II – cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o


cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus
próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser
cometidas.

III – evitar práticas que possam ferir a relação fiduciária mantida com os cotistas dos Fundos
de Investimento; e

IV – evitar práticas que possam vir a prejudicar a indústria de Fundos de Investimento e seus
participantes, especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados às atribuições
específicas de cada uma das Instituições Participantes, estabelecidas em contratos,
regulamentos e na legislação vigente.

Parágrafo Único – Entende-se por relação fiduciária a relação de confiança e lealdade que se
estabelece entre os cotistas dos Fundos de Investimento e a Instituição Participante, no
momento em que é confiada à mesma a prestação de serviço para a qual foi contratada.

5.4.3 Documentos de informações dos fundos


Art. 12 - As Instituições Participantes devem tomar providências para que sejam
disponibilizados aos investidores, quando de seu ingresso nos Fundos de Investimento, os
documentos relacionados a cada tipo de fundo disciplinado por este Código e respectivos
anexos, atualizados e compatíveis com o Regulamento dos Fundos de Investimento.

Parágrafo único - Os documentos serão facultativos nos casos previstos pela regulamentação
aplicável a cada tipo de Fundo de Investimento.

Art. 13 – Os documentos, conforme aplicável, deverão conter as principais características do


Fundo de Investimento, dentre as quais as informações relevantes ao investidor sobre políticas
de investimento, riscos envolvidos, bem como direitos e responsabilidades dos cotistas,
devendo conter, no mínimo, os dizeres obrigatórios constantes do artigo seguinte, bem como
as exigências específicas para cada tipo de Fundo disciplinado contidas nos respectivos anexos
deste Código.

Art. 14 - Na capa dos Prospectos ou dos Formulários de Informações Complementares


(“Formulário”) dos Fundos de Investimento administrados pelas Instituições Participantes que
sejam elaborados em conformidade com todos os requisitos estabelecidos neste Código,
devem ser impressas a logomarca da ANBIMA, acompanhada de texto obrigatório, na forma
disposta no § 1º deste artigo, utilizada para demonstração do compromisso das Instituições
Participantes com o cumprimento e observância das disposições do presente Código (“Selo
ANBIMA”) e a data do Prospecto ou do Formulário.

§ 1º - O texto obrigatório do Selo ANBIMA, conforme aplicável a cada tipo de fundo de


investimento, terá o seguinte teor:

PROSPECTO ou FORMULÁRIO DE ACORDO COM O CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E


MELHORES PRÁTICAS PARA OS FUNDOS DE INVESTIMENTO.

§ 2º - Deve constar com destaque, na capa, na contracapa ou na primeira página do Prospecto


ou do Formulário, aviso com o seguinte teor:
43
ESTE [PROSPECTO ou FORMULÁRIO] FOI PREPARADO COM AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
AO ATENDIMENTO DAS DISPOSIÇÕES DO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES
PRÁTICAS PARA OS FUNDOS DE INVESTIMENTO, BEM COMO DAS NORMAS EMANADAS DA
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. A AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E/OU VENDA
DAS COTAS DESTE FUNDO NÃO IMPLICA, POR PARTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS
OU DA ANBIMA, GARANTIA DE VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS, OU
JULGAMENTO SOBRE A QUALIDADE DO FUNDO, DE SEU ADMINISTRADOR OU DAS DEMAIS
INSTITUIÇÕES PRESTADORAS DE SERVIÇOS.

§ 3º - Quando for o caso, e de acordo com o nível de exposição a risco de cada Fundo de
Investimento, devem ser ainda incluídos, obrigatoriamente, com destaque, na capa, na
contracapa ou na primeira página do Prospecto ou Formulário, um dos seguintes avisos ou
avisos semelhantes que expressem o mesmo teor:

"ESTE FUNDO UTILIZA ESTRATÉGIAS QUE PODEM RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS PERDAS


PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS."; ou

"ESTE FUNDO UTILIZA ESTRATÉGIAS QUE PODEM RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS PERDAS


PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS, PODENDO INCLUSIVE ACARRETAR PERDAS SUPERIORES
AO CAPITAL APLICADO E A CONSEQUENTE OBRIGAÇÃO DO COTISTA DE APORTAR RECURSOS
ADICIONAIS PARA COBRIR O PREJUÍZO DO FUNDO."

§ 4º - Devem ainda constar, com destaque na capa, na contracapa ou na primeira página do


Prospecto ou do Formulário, os seguintes avisos ou avisos semelhantes com o mesmo teor:

O INVESTIMENTO DO FUNDO DE QUE TRATA ESTE [PROSPECTO ou FORMULÁRIO] APRESENTA


RISCOS PARA O INVESTIDOR. AINDA QUE O GESTOR DA CARTEIRA MANTENHA SISTEMA DE
GERENCIAMENTO DE RISCOS, NÃO HÁ GARANTIA DE COMPLETA ELIMINAÇÃO DA
POSSIBILIDADE DE PERDAS PARA O FUNDO E PARA O INVESTIDOR;

ESTE FUNDO NÃO CONTA COM GARANTIA DO ADMINISTRADOR, DO GESTOR, DE QUALQUER


MECANISMO DE SEGURO OU, AINDA, DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS – FGC;

A RENTABILIDADE OBTIDA NO PASSADO NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE


FUTURA; e

AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESSE [PROSPECTO OU FORMULÁRIO] ESTÃO EM CONSONÂNCIA


COM O REGULAMENTO DO FUNDO, MAS NÃO O SUBSTITUEM. É RECOMENDADA A LEITURA
CUIDADOSA TANTO DESTE [PROSPECTO ou FORMULÁRIO] QUANTO DO REGULAMENTO, COM
ESPECIAL ATENÇÃO PARA AS CLÁUSULAS RELATIVAS AO OBJETIVO E À POLÍTICA DE
INVESTIMENTO DO FUNDO, BEM COMO ÀS DISPOSIÇÕES DO [PROSPECTO FORMULÁRIO] E DO
REGULAMENTO QUE TRATAM DOS FATORES DE RISCO A QUE O FUNDO ESTÁ EXPOSTO.

§ 5º - Competirá ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas emitir, por meio de


deliberação, avisos adicionais a serem inseridos nos Prospectos ou nos Formulários.

5.4.4 Publicidade e divulgação de material técnico de fundos de investimento

Art. 15 - A divulgação de publicidade, material publicitário, material ou propaganda


institucional elaborado técnico pelas Instituições Participantes devem obedecer às disposições
trazidas pela legislação e regulamentação vigente aplicável, bem como às diretrizes expedidas
pelo Conselho de Regulação e Melhores Práticas, para cada tipo de Fundo disciplinado por este
Código.

44
Art. 16 - Todo o material publicitário, material técnico ou propaganda institucional dos Fundos
de Investimento é de responsabilidade de quem o divulga, inclusive no que se refere à
conformidade de tal material com as normas do presente Código.

Art. 17 - Considerando que o registro de um Fundo de Investimento na ANBIMA pressupõe a


adesão da Instituição Participante à totalidade das normas do presente Código, os materiais
publicitários, materiais técnicos ou propagandas institucionais divulgados pelos Fundos de
Investimento podem ser analisados pela ANBIMA a partir de denúncias formuladas por
Instituições Participantes, devendo tais denúncias atender ao disposto no Código ANBIMA dos
Processos de Regulação e Melhores Práticas.

5.4.5 Marcação a Mercado - MaM


Art. 18 - As Instituições Participantes devem adotar a Marcação a Mercado (“MaM”) no
registro dos ativos financeiros, conforme definidos pela regulamentação da CVM em vigor,
componentes das carteiras dos Fundos de Investimento que administrem.

§ 1º - A MaM consiste em registrar todos os ativos, para efeito de valorização e cálculo de


cotas dos Fundos de Investimento, pelos respectivos preços negociados no mercado em casos
de ativos líquidos ou, quando este preço não é observável, por uma estimativa adequada de
preço que o ativo teria em uma eventual negociação feita no mercado.

§ 2º - A MaM tem como principal objetivo evitar a transferência de riqueza entre os cotistas
dos Fundos de Investimento, além de dar maior transparência aos riscos embutidos nas
posições, uma vez que as oscilações de mercado dos preços dos ativos, ou dos fatores
determinantes destes, estarão refletidas nas cotas, melhorando assim a comparabilidade entre
suas performances.

Art. 19 - Caberá ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir diretrizes que deverão
ser observadas pelas Instituições Participantes no que se refere à MaM para cada tipo de
Fundo disciplinado por este Código.

5.4.6 Serviços: Administração, Gestão e Distribuição de Fundos de


Investimento

A administração do Fundo de Investimento compreende o conjunto de serviços relacionados


direta ou indiretamente ao funcionamento e manutenção do Fundo.

A Instituição Participante que exercer administração do Fundo de Investimento, e,


cumulativamente, todas as atividades pertinentes, deve fazê-lo de acordo com as previsões do
Código, respondendo integralmente por tais atividades.

A Instituição Participante que exercer administração do Fundo de Investimento e,


representando-o, contratar prestador de serviço habilitado paras atividades previstas, deverá
incluir no contrato a descrição da(s) atividade(s) exercida(s) por cada uma das partes, e a
obrigação de cumprir suas tarefas em conformidade com as disposições deste Código.

Cabe ainda ao administrador:

I. Para as atividades previstas no § 1º do artigo 2º, incisos II, V, VI, VII e VIII, contratar somente
prestadores de serviço aderentes a este Código ou ao Código ANBIMA de Regulação e

45
Melhores Práticas para Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais, se for o caso, ressalvado
o previsto no artigo 27 deste código; e

II. Na contratação de prestador de serviço paras demais atividades previstas, incluir no


contrato entre as partes a obrigação de cumprir tais tarefas em conformidade com as
disposições deste Código.

As Instituições Participantes somente poderão administrar Fundos de Investimento exclusivos


Constituídos sob a forma de condomínios fechados, se houver, no máximo, uma única
amortização das cotas de tais Fundos a cada período de 12 (doze) meses. Porém não se aplica:

I. Aos Fundos de Investimento em Ações e aos Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de


Investimento em Ações;

II. Aos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios e aos Fundos de Investimento em Cotas
de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios; e

III. Aos Fundos de Investimento não compreendidos na disciplina deste Código, tais como os
Fundos de Investimentos em Participações e Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de
Investimento em Participações.

A Instituição Participante administradora de Fundo de Investimento que, representando-o,


contratar prestador de serviço para atividade de gestão deverá especificar, no contrato entre
as partes, os procedimentos que deverão ser aplicados nos casos de desenquadramento da
carteira do Fundo de Investimento em relação ao seu Regulamento, à legislação e às normas
da CVM, da Secretaria da Receita Federal do Brasil e da ANBIMA, especialmente no que se
refere:

I. À comunicação de tais eventos entre o administrador e gestor;

II. Aos mecanismos de registro e guarda, tanto pelo administrador, quanto pelo gestor, dos
documentos e demais informações referentes ao fato; e

III. Às providências previstas visando ao reenquadramento do respectivo Fundo de


Investimento.

A Instituição Participante administradora de Fundo de Investimento que, representando


Fundo, contratar prestadores de serviço deve manter política interna para seleção desses
prestadores de serviço (due diligence).

A política prevista acima deve ser formalizada e descrita em documento específico, devendo
adotar mecanismos que avaliem a capacidade do prestador de serviço de cumprir as normas
legais e da regulação e melhores práticas.

Na contratação de prestador de serviço para atividade de gestão, deve ser utilizado


Questionário Padrão ANBIMA Due Diligence para Fundos de Investimento (“Questionário Due
Diligence para gestores”), conforme modelo disponibilizado pela ANBIMA, que contém
questões mínimas, podendo cada Instituição Participante adicionar outras questões julgadas
relevantes na forma de anexo ao Questionário.

Caso a Instituição Participante administre fundo exclusivo em que a gestão seja exercida pelo
próprio cotista, legalmente habilitado e formalmente constituído como tal, fica o
administrador dispensado, com relação a esse Fundo de Investimento, de:
46
I. Aplicar a política interna para seleção de prestadores de serviço; e

II. Exigir que o gestor seja aderente a este Código.

5.5 Classificação de Fundos de Investimento ANBIMA - Níveis 1, 2 e 3.

5.5.1 Estrutura e adequação de produtos em função dos objetivos do


investidor. Cartilha da Nova Classificação de Fundos.

5.5.1.1 Nível 1 - Classe de ativos: classe de ativos que mais se adequa àquele
investidor.
Renda Fixa • Ações • Multimercados • Cambial

5.5.1.2 Nível 2 - Riscos: tipos de gestão e riscos (o risco que o investidor está
disposto a correr)
Indexados • Ativos • Inv. Exterior

5.5.1.3 Nível 3 - Estratégias de Investimentos: principais estratégias que se


adequam aos objetivos e necessidades do investidor.
Conforme a Estratégia

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