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Sumário
Relatório de Administração ......................................................................................... 4
Balanços Patrimoniais ................................................................................................. 6
Demonstrações de Resultados .................................................................................... 8
Demonstrações de Resultados Abrangentes ............................................................. 9
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido ............................................ 10
Demonstrações do Fluxo de Caixa............................................................................ 11
1. Contexto operacional.................................................................................... 13
2. Apresentação das demonstrações financeiras........................................... 14
a) Base de apresentação....................................................................................... 14
b) Base de mensuração......................................................................................... 14
c) Moeda funcional e de apresentação .................................................................. 14
d) Uso de estimativas e julgamentos ..................................................................... 14
e) Apresentação da carteira de investimento do Fundo Exclusivo ......................... 15
f) Reclassificações e aberturas para fins de comparabilidade ............................... 16
3. Principais práticas contábeis ....................................................................... 20
a) Reconhecimento de receitas e despesas .......................................................... 20
b) Instrumentos financeiros não derivativos ativos e passivos ............................... 21
c) Redução ao valor recuperável de ativos financeiros .......................................... 22
d) Ativos não circulantes mantidos para venda ...................................................... 25
e) Ativo imobilizado ............................................................................................... 25
f) Provisões .......................................................................................................... 26
g) Impostos e contribuições correntes e diferidos .................................................. 27
h) Outros ativos e passivos ................................................................................... 27
i) Novas normas e interpretações ainda não adotadas. ........................................ 27
4. Caixa e equivalentes de caixa ...................................................................... 29
5. Títulos e valores mobiliários ........................................................................ 29
5.1. Títulos públicos federais .............................................................................. 29
5.2. Fundos de investimento ............................................................................... 30
6. Operações de Crédito ................................................................................... 31
6.1. Créditos Imobiliários..................................................................................... 31
a) Composição da carteira de crédito imobiliário ................................................... 31
b) Distribuição por tipo de financiamento ............................................................... 32
c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................................................. 33
d) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa...................... 33
6.2. Créditos Comerciais ..................................................................................... 33
7. Outros créditos ............................................................................................. 34
7.1. Títulos CVS .................................................................................................... 34
7.2. Créditos vinculados – Circulante ................................................................. 34
7.3. Créditos vinculados - Não Circulante .......................................................... 35

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8. Impostos e contribuições a recuperar ......................................................... 36
9. Ativos não circulantes mantidos para venda .............................................. 37
10. Créditos vinculados – SFH ........................................................................... 38
11. Créditos adquiridos ...................................................................................... 39
12. Imobilizado .................................................................................................... 39
13. Passivos financeiros – Financiamentos ...................................................... 39
14. Obrigações com pessoal .............................................................................. 41
15. Obrigações com fornecedores ..................................................................... 41
16. Obrigações tributárias .................................................................................. 42
17. Juros sobre capital próprio/Dividendos ...................................................... 42
18. Obrigações por repasses ............................................................................. 42
19. Obrigações com mutuários .......................................................................... 43
20. Provisão para riscos cíveis .......................................................................... 43
a) Contingências cíveis – Risco provável............................................................... 43
b) Contingências – Risco possível ......................................................................... 44
21. Obrigações com ativos mantidos para venda............................................. 44
22. Patrimônio Líquido ....................................................................................... 44
23. Desdobramento das principais contas da demonstração de resultados .. 46
a) Receita Bruta..................................................................................................... 46
b) Dedução da Receita Bruta................................................................................. 47
c) Custos Operacionais ......................................................................................... 48
d) Despesas Administrativas ................................................................................. 49
e) Receitas / Despesas Operacionais .................................................................... 50
f) Resultado Financeiro......................................................................................... 52
24. Ativos e passivos fiscais .............................................................................. 53
a) Demonstrativos de apuração do IRPJ e CSLL................................................... 53
b) Ativo fiscal diferido não ativado ......................................................................... 53
25. Remuneração a colaboradores .................................................................... 54
26. Partes relacionadas ...................................................................................... 54
a) Controlador ....................................................................................................... 54
b) Operações com administradores ....................................................................... 54
c) Transações com partes relacionadas ................................................................ 55
d) Reembolso de empregados cedidos ................................................................. 56
27. Gerenciamento de Riscos ............................................................................ 56
a) Estrutura da gestão de risco .............................................................................. 56
b) Risco de carteira ............................................................................................... 57
c) Risco de liquidez ............................................................................................... 58
d) Risco de mercado ............................................................................................. 58
PARECER DO CONSELHO FISCAL ........................................................................... 63
MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ......................................... 65

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Relatório de Administração
Apresentamos o Relatório da Administração sobre os negócios e os principais fatos
administrativos do exercício de 2017. O Relatório Anual, detalhando as atividades
realizadas no período encontra-se disponível no sítio eletrônico da Empresa
(www.emgea.gov.br).

1. A EMGEA

A Empresa Gestora de Ativos S.A. (EMGEA) é uma empresa de gestão de ativos –


bens e direitos – provenientes da União e de entidades integrantes da administração
pública federal. Foi criada pelo Decreto nº 3.848, de 26.6.2001, com base na
autorização contida na Medida Provisória nº 2.155/2001 (atual Medida Provisória nº
2.196-3, de 24.8.2001), que estabeleceu o Programa de Fortalecimento das
Instituições Financeiras Federais - PROEF. É uma empresa pública federal não
financeira, constituída sob a forma de sociedade anônima de capital fechado,
vinculada ao Ministério da Fazenda, com capital social totalmente integralizado pela
União.

Com sede em Brasília - DF, é regida por seu Estatuto Social. Esse Estatuto
contempla as disposições da Lei nº 13.303/2016 (estatuto jurídico das empresas
estatais), do Decreto nº 8.945/2016 (que regulamentou a Lei nº 13.303/2016) e de
Resoluções da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de
Administração de Participações Societárias da União (CGPAR).

Para a recuperação dos créditos que compõem os seus ativos (operações de crédito
imobiliário e de crédito comercial), a EMGEA desenvolve e implementa soluções
financeiras, priorizando a conciliação, tanto na esfera administrativa como na judicial,
com incentivos à liquidação ou à reestruturação. As atividades operacionais são
realizadas por empresas contratadas para a prestação de serviços, incluindo o
atendimento aos devedores.

Com sua atuação, a EMGEA contribuiu para a realização dos objetivos do PROEF e
continua a oferecer às instituições financeiras federais a possibilidade de, mediante
a transferência de ativos, promover a reestruturação patrimonial e a adequação do
capital aos níveis exigidos pelas autoridades reguladoras. Além disso, tem permitido
a milhares de cidadãos a regularização de suas dívidas e a consolidação da
propriedade de seus imóveis habitacionais, cujos financiamentos se encontravam
havia anos sem solução.

2. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

No exercício de 2017 a EMGEA gerou lucro líquido de R$ 190,22 milhões (8,61%


menor que o de 2016). Contribuíram especialmente para o resultado, as receitas
provenientes da recuperação de créditos imobiliários e comerciais, bem como a
atualização monetária e a apropriação de juros, notadamente na carteira de créditos
perante o FCVS. O Patrimônio Líquido aumentou 1,95% em relação a 2016,

4
totalizando R$ 10.157,16 milhões. O Ativo somou R$ 14.521,31 milhões e o Passivo
Exigível, R$ 4.364,15 milhões.

Comparativamente ao exercício de 2016, o Ativo aumentou 0,71%, em razão,


principalmente, do aumento do saldo da carteira de créditos perante o FCVS.
Destacam-se, na composição do Ativo, os créditos perante o FCVS (R$ 11.749,59
milhões), as operações de crédito imobiliário (R$ 1.365,21 milhões) e as operações
de crédito comercial (R$ 441,36 milhões), em montantes líquidos da provisão para
perdas. No Passivo Exigível houve também uma redução em relação a 2016
(2,07%).

3. GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E TRIBUTÁRIA

A gestão orçamentária da EMGEA é realizada em consonância com o Programa de


Dispêndios Globais - PDG das empresas estatais federais. O PDG para 2017 foi
aprovado pelo Decreto nº 8.933, de 16.12.2016. No decorrer do exercício o
orçamento foi adequado para fazer face a eventos não previstos originalmente,
tendo sido a reprogramação aprovada pela Portaria-MP nº 433, de 12.12.2017.

No ano, as receitas econômicas totalizaram R$ 1.529,20 milhões (5,90% abaixo do


previsto) e as despesas R$ 1.048,62 milhões (12,41% abaixo do estimado). O
“Resultado Primário” apresentou déficit fiscal de R$ 644,78 milhões (déficit 23,48%
menor que previsto). Durante o exercício foram recolhidos impostos e contribuições
no montante de R$ 151,81 milhões.

4. GESTÃO FINANCEIRA

Em 2017 ingressaram no caixa da EMGEA R$ 789,23 milhões (37,46% menos que


em 2016), originados, em especial, pelas carteiras de crédito imobiliário (R$ 463,56
milhões) e de crédito comercial (R$ 157,02 milhões) e pela alienação de imóveis não
de uso (R$ 124,48 milhões).

Os desembolsos no período, líquidos de compensações tributárias, somaram R$


664,18 milhões (55,21% menor que em 2016). Destacam-se os montantes relativos
ao pagamento de serviços de terceiros (R$ 241,33 milhões) e pagamentos de
financiamentos (R$ 201,94 milhões).

5. TRANSPARÊNCIA

A EMGEA tem a transparência como valor e princípio de governança. Para tanto,


divulga no sítio eletrônico www.emgea.gov.br informações sobre seus negócios e
seu funcionamento, incluindo informações detalhadas sobre sua estrutura de
governança corporativa e gestão. Disponibiliza também no sítio eletrônico canais
para solicitações de informações e para denúncias, sugestões, elogios e
reclamações.

5
Balanços Patrimoniais
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016
(Em milhares de Reais)
Ativo Nota 31.12.2017 31.12.2016
Circulante 1.271.637 920.109
Caixa e equivalentes de caixa 26.827 51.033
Disponibilidades 4 26.827 51.033
Títulos e valores mobiliários 341.742 192.488
Títulos públicos federais 5.1 237.973 130.166
Fundos de investimento 5.2 103.769 62.322
Operações de crédito 411.748 502.180
Créditos Imobiliários 6.1 296.553 350.116
Créditos Comerciais 6.2 115.195 152.064
Outros créditos 69.274 77.097
Títulos CVS 7.1 14.035 -
Créditos vinculados 7.2 55.239 77.097
Tributos a recuperar 18.584 17.737
Impostos e contribuições a recuperar 8 18.584 17.737
Ativos não circulantes mantidos para venda 403.462 79.574
Ativos não circulantes mantidos para venda 9 403.462 79.574
Não Circulante 13.249.672 13.499.049
Realizável a Longo Prazo 13.246.461 13.496.735
Operações de crédito 1.394.823 1.631.126
Créditos Imobiliários 6.1 1.068.661 1.185.402
Créditos Comerciais 6.2 326.162 445.724
Outros créditos 11.851.638 11.556.788
Créditos vinculados - SFH 10 11.749.592 11.385.016
Créditos adquiridos 11 - 78.183
Créditos vinculados 7.3 102.046 93.589
Ativos não circulantes mantidos para venda - 308.821
Ativos não circulantes mantidos para venda 9 - 308.821
Imobilizado 3.211 2.314
Imobilizado de uso 12 3.211 2.314
Total do Ativo 14.521.309 14.419.158
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

6
Balanços Patrimoniais
Em 31 de dezembro de 2017 e 2016
(Em milhares de Reais)
Passivo Nota 31.12.2017 31.12.2016
Circulante 651.309 968.177
Passivos financeiros 163.998 343.609
Financiamentos 13 163.998 343.609
Outras obrigações 487.311 624.568
Obrigações com pessoal 14 8.372 6.700
Obrigações com fornecedores 15 20.772 24.380
Obrigações tributárias 16 101.296 112.942
Juros sobre Capital Próprio 17 188.432 130.339
Dividendos 17 4.899 49.431
Obrigações por repasses 18 6.138 32.797
Obrigações com mutuários 19 125.735 245.565
Provisão para riscos cíveis 20 3.032 2.027
Obrigações com ativos mantidos para venda 21 28.635 20.387
Não Circulante 3.712.844 3.488.296
Passivos financeiros 3.712.560 3.488.019
Financiamentos 13 3.712.560 3.488.019
Outras obrigações 284 277
Obrigações com pessoal 14 284 277
Patrimônio Líquido 10.157.156 9.962.685
Capital Social 22.a 9.057.993 9.057.993
Reservas de lucros 22.b 1.099.163 904.692
Reserva legal 68.835 59.324
Reserva de aquisição de ativos operacionais 980.897 -
Reserva de retenção de lucros - 845.368
Reserva especial de dividendos não distribuídos 49.431 -
Total do Passivo 14.521.309 14.419.158
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

7
Demonstrações de Resultados
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016
(Em milhares de Reais)
Descrição Nota 2017 2016
Receita Bruta 23.a 1.272.067 1.599.446
Dedução da Receita Bruta 23.b (658.801) (923.359)
Receita Líquida 613.266 676.087
Custos Operacionais 23.c (443.960) (522.955)
Lucro Bruto 169.306 153.132
Receitas /Despesas (1.735) 74.502
Despesas Administrativas 23.d (65.781) (59.666)
Despesas de pessoal 23.d.i (25.793) (22.429)
Despesas de serviços de terceiros 23.d.ii (33.453) (30.802)
Demais despesas administrativas 23.d.iii (6.535) (6.435)
Receitas/Despesas Operacionais 23.e 64.046 134.168
Receitas 23.e.i 241.158 144.626
Despesas 23.e.ii (230.414) (221.188)
Reversões/Provisões Líquidas 23.e.iii 53.302 210.730
Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras 167.571 227.634
Resultado Financeiro 23.f 36.666 30.943
Receitas Financeiras 23.f.i 68.072 72.577
Despesas Financeiras 23.f.ii (31.406) (41.634)
Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro 204.237 258.577
Impostos e Contribuições sobre o Lucro (14.020) (50.447)
Imposto de Renda Pessoa Jurídica 24.a (10.221) (37.082)
Contribuição Social sobre Lucro Líquido 24.a (3.799) (13.365)
Resultado Líquido do Exercício 190.217 208.130
N° de Ações 9.057.993 -
Lucro por ação (R$) 21,00 -
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

8
Demonstrações de Resultados Abrangentes
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016
(Em milhares de Reais)
Descrição 2017 2016
Resultado do exercício 190.217 208.130

Outros resultados abrangentes

Resultado abrangente do exercício 190.217 208.130


As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

9
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016
(Em milhares de Reais)

Capital Social Reservas de Lucros Lucros / Prejuízos


EVENTOS Nota Retenção de Aquisição de Ativos Reserva Especial de Total
Realizado Legal Acumulados
Lucros Operacionais Dividendos
Saldo em 31 de dezembro de 2015 9.057.993 48.918 697.075 - - 9.803.986
Resultado do exercício 208.130 208.130
Destinação do lucro:
Reserva legal 22.b 10.406 (10.406) -
Reserva para Retenção de Lucros 22.b 148.293 (148.293) -
Dividendos - (49.431) (49.431)
Saldo em 31 de dezembro de 2016 9.057.993 59.324 845.368 - - - 9.962.685
Resultado do exercício 190.217 190.217
Destinação do lucro: -
Reserva legal 22.b 9.511 (9.511) -
Reserva para Retenção de Lucros 22.b (845.368) 845.368 - -
Reserva de Aquisição de Ativos
22.b 135.529 - (135.529) -
Operacionais
Reserva Especial de Dividendos - 49.431 49.431
Juros sobre Capital Próprio 22.c (45.177) (45.177)
Saldo em 31 de dezembro de 2017 9.057.993 68.835 - 980.897 49.431 - 10.157.156
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Demonstrações do Fluxo de Caixa
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016
(Em milhares de Reais)
Exercício Exercício
Descrição
2017 2016
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Resultado do exercício ajustado 1.010.690 1.214.337
Resultado antes do imposto de renda e contribuição social 204.237 258.577
Depreciação e amortização 792 806
Resultado na baixa de ativos imobilizados (81) 4
Provisão (reversão) para créditos de liquidação duvidosa (122.203) (178.458)
Provisão para perdas 67.897 (21.633)
Provisão para riscos cíveis 1.004 (10.639)
Descontos concedidos 221.386 220.110
Perdas com ativos financeiros 372.969 622.552
Despesas financeiras sobre financiamentos 246.874 306.933
Despesas financeiras sobre dividendo / JCP 17.815 16.085
Variações nos ativos (665.509) (327.274)
(Aumento) redução dos títulos públicos federais (107.807) 158.714
(Aumento) redução dos fundos de investimento (41.447) 74.580
(Aumento) redução das operações de crédito imobiliário 222.753 305.242
(Aumento) redução das operações de créditos comerciais 39.692 37.922
(Aumento) redução de créditos adquiridos 78.182 (5.540)
(Aumento) redução dos imóveis não de uso (19.919) (57.069)
(Aumento) redução de créditos vinculados - SFH (889.120) (1.172.426)
(Aumento) redução de outros créditos a receber 53.004 83.329
(Aumento) redução nos impostos e contribuições a recuperar (847) 247.974
Variações nos passivos (152.582) 109.560
Aumento (redução) de obrigações com pessoal 1.679 1.051
Aumento (redução) de obrigações com fornecedores (4.375) (6.324)
Aumento (redução) de obrigações tributárias (11.646) 94.626
Aumento (redução) de obrigações por repasse (26.659) 20.927
Aumento (redução) de obrigações com mutuários (119.831) (2.934)
Aumento (redução) de obrigações com ativos mantidos para
8.250 2.214
venda
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 192.599 996.623
Juros pagos por empréstimos e financiamentos (61.914) (121.377)
Impostos pagos sobre o lucro (14.020) (50.447)
Fluxos de caixa líquido das atividades operacionais 116.665 824.799

11
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Aquisição do imobilizado (841) (645)
Caixa líquido proveniente das atividades de investimento (841) (645)
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos
Pagamento de empréstimos e financiamentos (140.030) (811.984)
Caixa líquido proveniente das atividades de financiamentos (140.030) (811.984)
Diminuição líquida do caixa e equivalente de caixa (24.206) 12.170
Modificação na posição financeira
No início do exercício 51.033 38.863
No fim do exercício 26.827 51.033
Aumento (redução) líquida do caixa e equivalente de caixa (24.206) 12.170
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

12
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016
(Em milhares de Reais)

1. Contexto operacional
6. Introdução

A Empresa Gestora de Ativos S.A (EMGEA) é uma empresa de gestão de ativos –


bens e direitos – provenientes da União e de entidades da administração pública
federal. Foi criada pelo Decreto nº 3.848, de 26.6.2001, com base na autorização
contida na Medida Provisória nº 2.155/2001 (atual Medida Provisória nº 2.196-3, de
24.8.2001), que estabeleceu o Programa de Fortalecimento das Instituições
Financeiras Federais – PROEF. É uma empresa pública federal não financeira,
constituída sob a forma de sociedade anônima de capital fechado, vinculada ao
Ministério da Fazenda, com capital social totalmente integralizado pela União.

Em novembro de 2017 foi aprovado pela Assembleia Geral o novo Estatuto Social
da Empresa, contemplando as disposições da Lei nº 13.303/2016 (estatuto jurídico
das empresas estatais), do Decreto nº 8.945/2016 (que regulamentou a Lei
nº 13.303/2016) e das Resoluções da Comissão Interministerial de Governança
Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR).

A EMGEA está situada no Setor Bancário Sul – Quadra 2 – Bloco B – Subloja e


1º Subsolo – Edifício São Marcus, em Brasília (DF) – CEP 70.070-902.

7. Informações sobre a constituição e forma de atuação

Quando da constituição da Empresa, a operação inicial envolveu a cessão pela


Caixa Econômica Federal (CAIXA) de contratos de financiamentos imobiliários,
grande parte deles oriundos do antigo Sistema Financeiro da Habitação - SFH. Em
contrapartida, assumiu obrigações da CAIXA, compostas por dívidas perante o
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o Fundo de Apoio à Produção de
Habitações para População de Baixa Renda (FAHBRE) e o Fundo de
Desenvolvimento Social (FDS). Na sequência, ainda na fase de constituição, a União
efetuou uma integralização de capital por meio da transferência de créditos
imobiliários decorrentes de operações oriundas da CAIXA. Em 2014, ampliando seus
negócios, a EMGEA adquiriu, novamente da CAIXA, ativos constituídos por
contratos de operações de crédito comercial e imobiliário.

Para a recuperação dos créditos, são desenvolvidas e implementadas soluções


financeiras, priorizando soluções conciliatórias, tanto na esfera administrativa como
na judicial, com incentivos à liquidação ou à reestruturação. As atividades
operacionais são realizadas por empresas contratadas para a prestação de serviços,
incluindo o atendimento aos devedores.

A EMGEA não está sujeita a nenhuma exigência legal ou regulamentar relativa à

13
manutenção de capital mínimo. No entanto, a Empresa avalia, permanentemente,
em conjunto com o acionista controlador, se existe indicativo de necessidade de
alienação de parte de seus ativos ou de recomposição de seu capital social, para
que seja mantido o equilíbrio financeiro. Para o exercício de 2018 não é esperada
necessidade de aporte de capital.

2. Apresentação das demonstrações financeiras


a) Base de apresentação

As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de


acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais abrangem a
legislação societária, os pronunciamentos, as orientações e as interpretações
emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e aprovadas pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e


somente elas, estão sendo evidenciadas, e que correspondem às utilizadas pela
Administração.

A aprovação destas demonstrações financeiras foi efetivada em reuniões da


Diretoria Colegiada, de 28 de março, e do Conselho de Administração, em
29 de março de 2018.

b) Base de mensuração

As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico, com


exceção, principalmente, dos ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio
do resultado conforme critérios descritos na Nota 3.b.

c) Moeda funcional e de apresentação

As demonstrações financeiras são apresentadas em Reais (R$) que é a moeda


funcional da EMGEA. As informações financeiras quantitativas são apresentadas em
milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma.

d) Uso de estimativas e julgamentos

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis


adotadas no Brasil exige que a Administração faça julgamentos, estimativas e
premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de
ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas
estimativas.

As estimativas e as premissas são revistas de uma maneira contínua pela


Administração. Os ajustes originários das revisões das estimativas contábeis são
reconhecidos no resultado do exercício em que são revisadas e em quaisquer
exercícios futuros afetados.

14
Os itens patrimoniais mais relevantes sujeitos a essas estimativas são os seguintes:

 Os instrumentos financeiros não derivativos mensurados pelo valor justo por


meio do resultado (Nota 3.b);
 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (Nota 3.c.i);
 Provisão para perdas na novação com o Fundo de Compensação de
Variações Salariais - FCVS (Nota 3.c.v);
 Provisão para desvalorização dos imóveis não de uso, quando o valor contábil
dos bens excede o valor justo (Nota 3.d);
 Provisão para riscos cíveis (Nota 3.f).

e) Apresentação da carteira de investimento do Fundo Exclusivo

Em consonância com suas estratégias de negócios, a EMGEA possui fundo de


investimento exclusivo, administrado pela Caixa Econômica Federal, cuja carteira
está sendo demonstrada de forma analítica (Nota 5.1). Os títulos e investimentos
mantidos por meio desse fundo são registrados nas rubricas Caixa e Equivalentes
de Caixa e Títulos e Valores Mobiliários, considerando os vencimentos originais dos
títulos e as estratégias de investimento.

Os ativos do Fundo Exclusivo de Renda Fixa nas demonstrações financeiras da


EMGEA estão apresentados a seguir:

Ativo Nota 31.12.2017 31.12.2016


Circulante
Caixa e equivalente a caixa 25.866 26.256
Operações compromissadas - CAIXA 4 25.866 26.256
Títulos e valores mobiliários 237.973 130.166
Títulos públicos federais 5.1 237.973 130.166
Total 263.839 156.422

15
f) Reclassificações e aberturas para fins de comparabilidade

Para melhor apresentação e compreensibilidade dos usuários, bem como para fins
de comparabilidade, foram efetuadas diversas reclassificações dos saldos da
Demonstração do Resultado do Exercício e da Demonstração do Fluxo de Caixa de
2016, sem afetar o resultado final, conforme demonstrado a seguir:

i. Demonstração do Resultado do Exercício:

Descrição Valor Valor Descrição


Grupo e Subgrupo Original Reclassificado Grupo e Subgrupo

Receita com juros e similares 1.400.939 1.400.939


Reclassificado para o Grupo
1.469.626
Receita Bruta
Reclassificado para o Grupo
(68.687) Dedução da Receita Bruta-
Impostos e Contribuições
Reclassificado para o Grupo
Custos Operacionais -
Despesas com juros e similares (306.933) (306.933)
Despesas com juros e
atualização de financiamentos.
Resultado Líquido com juros e similares 1.094.006
Resultado com ativos financeiros (746.733)
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
Reversões (provisões) líquidas 178.458 178.458
Operacionais, Subgrupo
Reversões/Provisões Líquidas.
Descontos Concedidos (223.466) (223.466)
Reclassificado para o Grupo
(220.110) Dedução da Receita Bruta -
Descontos Concedidos
Reclassificado para o Grupo
(3.356) Dedução da Receita Bruta -
Perdas nas Operações
Perdas nas operações (701.725) (701.725)
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
(82.528)
Operacionais, Subgrupo
Despesas
Reclassificado para o Grupo
(619.197) Dedução da Receita Bruta -
Perdas nas Operações
Receitas (despesas) na recuperação de
176.728 176.728
créditos adquiridos
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
(70.245)
Operacionais, Subgrupo
Despesas
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
67.532
Operacionais, Subgrupo
Receitas
Reclassificado para o Grupo
(11.896) Dedução da Receita Bruta-
Impostos e Contribuições

16
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
(6.246) Operacionais, Subgrupo
Despesas - Impostos e
Contribuições
Reclassificado para o Grupo
128.603
Receita Bruta
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
68.980
Operacionais, Subgrupo
Reversões/Provisões Líquidas.
Outras receitas (despesas) 22.576 22.576
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
(17.781)
Operacionais, Subgrupo
Despesas
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
28.621
Operacionais, Subgrupo
Receitas
Reclassificado para o Grupo
(29) Dedução da Receita Bruta-
Impostos e Contribuições
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
(1.856) Operacionais, Subgrupo
Despesas - Impostos e
Contribuições
Reclassificado para o Grupo
Resultado Financeiro,
(635) Subgrupo Despesas
Financeiras - Impostos e
Contribuições
Reclassificado para o Grupo
631
Receita Bruta
Reclassificado para o Grupo
13.625 Resultado Financeiro,
Subgrupo Receitas Financeiras
Resultado Intermediário 546.577
Ganhos (perdas) com outros recebíveis (19.354)
Receitas com outros recebíveis 13.677 13.677
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
5.540
Operacionais, Subgrupo
Receitas
Reclassificado para o Grupo
(84) Dedução da Receita Bruta-
Impostos e Contribuições
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
(258) Operacionais, Subgrupo
Despesas - Impostos e
Contribuições
Reclassificado para o Grupo
Resultado Financeiro,
(385) Subgrupo Despesas
Financeiras - Impostos e
Contribuições
Reclassificado para o Grupo
586
Receita Bruta
Reclassificado para o Grupo
8.278 Resultado Financeiro,
Subgrupo Receitas Financeiras

17
Reclassificado para o Grupo
Reversões (provisões) para perdas com outros Receitas/Despesas
(33.031) (33.031)
recebíveis Operacionais, Subgrupo
Reversões/Provisões Líquidas.
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
Resultado com (provisões) reversões para
10.639 10.639 Operacionais, Subgrupo
riscos cíveis
Reversões /Provisões
Líquidas.
Resultado com tributos a recuperar 3.664 3.664
Reclassificado para o Grupo
3.842 Resultado Financeiro,
Subgrupo Receitas Financeiras
Reclassificado para o Grupo
Resultado Financeiro,
(178) Subgrupo Despesas
Financeiras-Impostos e
Contribuições
Resultado líquido com ativos mantidos
(24.082) (24.082)
para venda
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas, Subgrupo
(6.704) Despesas Administrativas -
Despesa de Serviços de
Terceiros
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
(38.691)
Operacionais, Subgrupo
Despesas
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
39.261
Operacionais, Subgrupo
Receitas
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
(3.632) Operacionais, Subgrupo
Despesas - Impostos e
Contribuições
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
(14.316)
Operacionais, Subgrupo
Reversões/Provisões Líquidas.
Despesas administrativas (268.764)

Reclassificado para o Grupo


Receitas/Despesas, Subgrupo
Despesas com pessoal (22.429) (22.429)
Despesas Administrativas -
Despesas de pessoal
Despesas com serviços de terceiros (240.120) (240.120)
Reclassificado para o Grupo
(216.022) Custos Operacionais -
Prestação de Serviços - CAIXA
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas, Subgrupo
(24.098) Despesas Administrativas -
Despesas de Serviços de
Terceiros
Outras despesas administrativas (6.215) (6.215)

18
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas, Subgrupo
(6.435) Despesas Administrativas -
Demais Despesas
Administrativas
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
224 Operacionais, Subgrupo
Despesas - Impostos e
Contribuições
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
(4)
Operacionais, Subgrupo
Despesas
Resultado antes de outras receitas e
248.680
despesas financeiras
Receitas Financeiras 48.156 48.156
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
3.672
Operacionais, Subgrupo
Receitas
Reclassificado para o Grupo
46.832 Resultado Financeiro,
Subgrupo Receitas Financeiras
Reclassificado para o Grupo
Receitas/Despesas
(171) Operacionais, Subgrupo
Despesas - Impostos e
Contribuições
Reclassificado para o Grupo
Resultado Financeiro,
(2.177) Subgrupo Despesas
Financeiras-Impostos e
Contribuições
Reclassificado para o Grupo
Resultado Financeiro,
Despesas Financeiras (38.259) (38.259)
Subgrupo Despesas
Financeiras
Resultado antes dos tributos sobre o lucro 258.577
Imposto de Renda e Contribuição Social (50.447) (50.447)
Reclassificado para o Grupo
Impostos e Contribuições
(37.082) Sobre o Lucro, Subgrupo
Imposto de Renda Pessoa
Jurídica.
Reclassificado para o Grupo
Impostos e Contribuições
(13.365) Sobre o Lucro, Subgrupo
Contribuição Social sobre
Lucro Líquido
Resultado Líquido do
Resultado do Exercício 208.130 208.130
Exercício

19
ii. Demonstração do Fluxo de Caixa:

Descrição Valor Valor


Reclassificação
Grupo e Subgrupo original reclassificado
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Resultado do exercício ajustado 1.296.865 (82.528) 1.214.337
Resultado na baixa de ativos imobilizados 3 1 4
Descontos concedidos 223.466 (3.356) 220.110
Perdas com ativos financeiros 701.725 (79.173) 622.552
Variações nos ativos (409.802) 82.528 (327.274)

(Aumento) redução das operações de crédito imobiliário 222.646 82.596 305.242


(Aumento) redução das operações de créditos comerciais 37.990 (68) 37.922
Caixa líquido proveniente das atividades
996.623 - 996.623
operacionais

Na rubrica Perdas com ativos financeiros foi efetuada a dedução do valor de


R$ 82.596 tendo em vista a reclassificação na DRE para o Grupo
Receitas / Despesas com a respectiva redução no Resultado do exercício ajustado.
Adicionalmente na rubrica descontos concedidos foi efetuada a reclassificação do
valor de R$ 3.356 para perdas com ativos financeiros.

Tais reclassificações não afetaram a movimentação líquida de caixa.

3. Principais práticas contábeis


As práticas contábeis descritas a seguir têm sido aplicadas de maneira consistente
para os períodos apresentados nessas demonstrações financeiras.

a) Reconhecimento de receitas e despesas

As receitas e as despesas são registradas de acordo com o regime contábil de


competência, que estabelece que sejam incluídas na apuração de resultado dos
períodos em que ocorrerem, independentemente de recebimento ou pagamento.

Receitas e despesas de juros e de atualização monetária – As receitas e as


despesas de juros e atualização monetária decorrentes dos ativos e passivos que
rendem e pagam juros e atualização monetária, são reconhecidas no resultado de
acordo com o regime de competência, observando-se as condições previstas nos
itens “3.b.i e 3.b.ii” a seguir. Vide detalhamento na Nota 23.

Receita de taxas e comissões – Refere-se às taxas e comissões para cobertura de


despesas de administração de contratos recebida no encargo mensal, relativas às
operações de créditos imobiliário, reconhecidas no resultado de acordo com o
regime de competência, e às rendas de encargos moratórios por atraso,
considerando os aspectos mencionados na Nota 23.a.

20
Receitas de deságio - são reconhecidas no resultado de acordo com a
movimentação das respectivas operações de crédito adquiridas, em especial das
amortizações/liquidações.

b) Instrumentos financeiros não derivativos ativos e passivos

i. Ativos financeiros não derivativos

Os ativos financeiros são reconhecidos inicialmente ao valor justo, acrescidos, no


caso de ativos não designados a valor justo por meio do resultado, dos custos de
transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição do ativo financeiro.

Ativos financeiros são baixados quando expiram os direitos contratuais sobre os


seus fluxos de caixa, ou quando os direitos de receber os fluxos de caixa contratuais
são transferidos em uma transação na qual todos os riscos e benefícios da
propriedade do ativo financeiro são substancialmente transferidos.

A EMGEA classifica os ativos financeiros não derivativos nas seguintes categorias:


ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado, investimentos
mantidos até o vencimento, empréstimos e recebíveis.

 Ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio do resultado

Um ativo financeiro é classificado pelo valor justo por meio do resultado caso seja
classificado como mantido para negociação, designado como tal no momento do
reconhecimento inicial. Os ativos financeiros são designados pelo valor justo por
meio do resultado se a EMGEA gerencia tais investimentos e toma decisões de
compra e venda baseadas em seus valores justos de acordo com a gestão de riscos
e a estratégia de investimentos. Os custos da transação são reconhecidos no
resultado como incorridos.

Os ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio do resultado incluem
principalmente as aplicações financeiras classificadas como Caixa e os Equivalentes
de Caixa (Nota 4) e os Títulos e Valores Mobiliários (Nota 5).

 Empréstimos e recebíveis

Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros com pagamentos fixos ou


calculáveis que não são cotados no mercado ativo. Tais ativos são reconhecidos
inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis.
Após o reconhecimento inicial, os empréstimos e recebíveis são medidos pelo custo
amortizado através do método dos juros efetivos, decrescidos de qualquer perda por
redução ao valor recuperável.

Os empréstimos e recebíveis abrangem:

a. Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa são representados por depósitos bancários e


aplicações financeiras, com prazos originais na data da efetiva aplicação iguais ou

21
inferiores a 90 dias, com baixo risco de mudança de valor, em razão de alteração
nas taxas de juros e que são usados pela Empresa para atender a compromissos de
curto prazo (Nota 4).

b. Recebíveis de mutuários e redução ao valor recuperável

Recebíveis de mutuários incluem os ativos financeiros com pagamentos fixos ou


determináveis, relativos a operações de créditos imobiliários realizadas
originalmente pela CAIXA e cedidas à EMGEA.

São demonstrados pelos valores de realização, incluídos os rendimentos auferidos


em função das taxas efetivas de juros de acordo com a fluência dos prazos
contratuais das operações e deduzida da provisão para créditos de liquidação
duvidosa.

A atualização das operações de crédito vencidas até o 59º dia é contabilizada em


receitas de operações de crédito, e a partir do 60º dia, em rendas a apropriar. A
partir desse momento, o reconhecimento no resultado ocorre quando do efetivo
recebimento do mutuário.

ii. Passivos financeiros não derivativos

A EMGEA classifica os passivos financeiros não derivativos na categoria de outros


passivos financeiros. Tais passivos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo
acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento
inicial, esses passivos são medidos pelo custo amortizado através do método dos
juros efetivos.

A baixa de passivos financeiros é efetuada quando suas obrigações contratuais são


extintas, canceladas ou expiram.

Os passivos financeiros não derivativos incluem principalmente os financiamentos


(Nota 13), obrigações com mutuários (Nota 19), obrigações com fornecedores
(Nota 15).

c) Redução ao valor recuperável de ativos financeiros

Em cada data de balanço, a EMGEA avalia o saldo contábil líquido dos ativos
financeiros com o objetivo de analisar eventos ou mudanças nas circunstâncias
econômicas e operacionais, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor
recuperável.

Se há evidências objetivas de que o valor contábil líquido excede o valor


recuperável, é constituída provisão ajustando o saldo contábil líquido ao valor
recuperável. Nas notas a seguir estão sendo destacados os aspectos detalhados do
reconhecimento e mensuração da redução ao valor recuperável para cada grupo de
ativos financeiros não derivativos relevantes, quando aplicável.

São consideradas as seguintes provisões:

i. Redução ao valor recuperável dos recebíveis de mutuários (“impairment”)

22
A provisão para créditos de liquidação duvidosa é efetuada conforme critérios
estabelecidos pela Administração para fazer face a eventuais perdas na realização
dos créditos. A Administração revisa periodicamente sua carteira de operações de
crédito imobiliário, comerciais e outros recebíveis, para avaliar a existência de perda
por valor recuperável nas suas operações. Nas análises, entre outros aspectos, são
considerados agrupamentos de operações com características de riscos
semelhantes, os enquadramentos dos contratos nas medidas negociais autorizadas
pela Empresa que incentivam a liquidação ou reestruturação da dívida, os níveis de
inadimplência, o comportamento histórico da carteira e possíveis impactos nos fluxos
de caixa dos ativos a serem recebidos.

Ao avaliar o valor recuperável de forma coletiva, a empresa utiliza tendências


históricas dos valores de perdas incorridos, probabilidade de inadimplência e prazo
de recuperação, ajustados para refletir o julgamento da administração quanto às
premissas.

Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso para atribuição


dos níveis de provisão sobre o valor das dívidas vencidas e vincendas dos contratos
de operações de créditos imobiliários de responsabilidade de mutuários pessoa
física e de pessoa jurídica. Para os contratos firmados com cobertura do Fundo de
Compensação de Variações Salariais (FCVS) também é considerada a parcela do
saldo que possui cobertura de responsabilidade do Fundo.

A Administração monitora periodicamente os contratos individualmente para detectar


as perdas específicas. Os resultados dessas análises, com base principalmente no
comportamento histórico das operações, são utilizados como indicadores para
avaliar e permitir que a Administração verifique se as provisões para operações de
créditos de liquidação duvidosa estão constituídas em montante considerado
suficiente para suprir as eventuais perdas na realização dos créditos.

As reversões subsequentes de provisão, por recuperação ou liquidação da dívida,


são apresentadas na demonstração de resultado e creditadas na rubrica Reversões
/ Provisões líquidas do grupo Receitas / Despesas Operacionais.

A apuração das estimativas com a redução ao valor recuperável de financiamentos a


mutuários é divulgada com mais detalhes nas Notas 6.1.c e 6.1.d.

ii. Perdas decorrentes de execução de garantias

As diferenças apuradas entre os saldos devedores de financiamentos imobiliários e


os valores de avaliação dos imóveis vinculados como garantia, quando este é
inferior, por ocasião de sua adjudicação, arrematação ou dação, são registradas em
contas a receber como créditos remanescentes, sendo simultaneamente constituída
provisão de igual valor para perdas na realização desses valores no caso de pessoa
jurídica, e baixado diretamente no resultado, no caso de pessoa física. No caso de
garantias avaliadas de valor superior ao montante do crédito a receber, nenhum
ganho é reconhecido.

Essas perdas são reconhecidas na demonstração do resultado na rubrica Despesas


do grupo Receitas / Despesas Operacionais.

23
iii. Perdas decorrentes de reestruturação de contratos

Quando possível, a EMGEA procura reestruturar seus contratos de operações de


créditos ao invés de adjudicar a garantia vinculada. Isso pode envolver a extensão
do prazo de pagamento e o acordo de novas condições ao financiamento, incluindo
os possíveis descontos concedidos.

Quando os prazos dos financiamentos são renegociados, são utilizados os encargos


originais, antes da modificação desses prazos, e qualquer redução ao valor
recuperável é reconhecida no resultado em “perdas com ativos financeiros”.

A EMGEA revisa continuamente os contratos reestruturados para garantir o


cumprimento dos critérios e a realização dos respectivos pagamentos.

Os empréstimos renegociados continuam sujeitos à avaliação individual ou coletiva


de redução ao valor recuperável, conforme descrito no item anterior.

iv. Perdas decorrentes por incentivo a liquidações antecipadas

A EMGEA possui como política de incentivo à aceleração de liquidações


antecipadas de contratos de financiamentos habitacionais, com ou sem a cobertura
do FCVS, e para contratos comerciais, as quais podem resultar na redução
substancial do saldo devedor.

As despesas com descontos decorrentes dessas medidas são reconhecidas


diretamente no resultado no momento da liquidação ou da renegociação de seus
contratos, e estão apresentadas nas demonstrações de resultado em “Dedução da
Receita Bruta”.

Para os descontos nas operações adquiridas com deságio, somente é reconhecida


no resultado a parcela que exceder o valor do deságio.

v. Créditos vinculados – SFH e redução ao valor recuperável

Créditos vinculados ao SFH se referem aos valores residuais de contratos


habitacionais encerrados a serem ressarcidos pelo Fundo de Compensação de
Variações Salariais (FCVS), que estão em processo de novação com a União.

 Provisão para perdas com o Fundo de Compensação de Variações


Salariais (FCVS)

A gestão de créditos perante o Fundo de Compensação de Variações Salariais


(FCVS) objetiva tornar líquido e certo o valor detido pela Empresa, para permitir que
a União possa saldá-lo com títulos CVS emitidos pelo Tesouro Nacional.
A realização desses créditos compreende as etapas de habilitação, validação e
novação dos créditos, conforme a Lei nº 10.150, de 21 de dezembro de 2000 e
legislações sucedâneas.

A Administração da EMGEA avalia as condições dos dados desses contratos para o


enquadramento a tais normas e procedimentos, para estimar as prováveis perdas
decorrentes dos contratos que não venham a atender às normas e aos

24
procedimentos definidos pelo FCVS.

Dessa forma a provisão para créditos com o FCVS é efetuada com base em estudos
estatísticos semestrais, considerando-se o histórico de perdas por negativas de
cobertura atribuídas pelo referido Fundo.

A efetiva realização desses créditos depende da aderência a um conjunto de normas


e procedimentos definidos em regulamento emitido pelo FCVS. A apuração das
estimativas relacionadas ao valor de FCVS a receber é divulgada com mais detalhes
na Nota 10.

d) Ativos não circulantes mantidos para venda

Representam os bens recebidos por execução de garantias vinculadas às operações


de crédito imobiliário, classificados de acordo com o CPC 31 – Ativos não circulantes
mantidos para venda e operação descontinuada, considerando que estão mantidos
essencialmente com o propósito de serem alienados. São reconhecidos pelo menor
dos dois valores entre o valor contábil e o valor líquido de venda menos o custo de
vender mensurado na data em que forem classificados nessa categoria.

Esses ativos não são depreciados enquanto permanecerem classificados nessa


categoria.

Perdas no valor recuperável de um ativo destinado à venda como resultado de uma


redução em seu valor contábil para o valor justo (menos os custos de venda) são
reconhecidos em “Provisões para desvalorizações” na demonstração de resultado.

Os ganhos decorrentes de aumentos subsequentes no valor justo (menos os custos


de venda) somente são reconhecidos na demonstração de resultado até o valor
equivalente às perdas previamente reconhecidas naquelas provisões.

A diferença entre o valor de alienação do ativo e o seu valor contábil é reconhecida


na demonstração do resultado, em “Lucro na alienação de imóveis não de uso”,
quando positiva, e em “Prejuízo na alienação de imóveis não de uso”, quando
negativa, no grupo Receitas / Despesas Operacionais.

A provisão para desvalorização desses imóveis é constituída com base em laudo de


avaliação disponibilizado pela CAIXA e inclui o custo do laudo de avaliação dos
imóveis e comissão de venda (Nota 9).

e) Ativo imobilizado

O grupo do ativo imobilizado é representado pelos ativos tangíveis e está registrado


contabilmente pelo custo de aquisição, deduzido de depreciação acumulada.
A depreciação é calculada pelo método linear, com base na vida útil estimada dos
bens (Nota 12).

As vidas úteis estimadas dos bens do ativo imobilizado são as seguintes:

25
Móveis, máquinas e equipamentos 10 anos
Sistemas de informática 5 anos
Benfeitoria em imóveis de terceiros 5 anos

i. Redução ao valor recuperável de ativos não financeiros

Os ativos sujeitos a depreciação e amortização são revisados para a verificação de


redução ao valor recuperável sempre que eventos ou mudanças nas circunstancias
indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por redução ao
valor recuperável é reconhecida quando o valor contábil do ativo excede seu valor
recuperável. Este último é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os
custos de venda e o valor em uso. Não houve indicativos de evidência de redução
ao valor recuperável dos ativos não financeiros.

f) Provisões

Uma provisão é reconhecida no balanço quando existe uma obrigação legal ou não
formalizada como resultado de um evento passado, e é provável que um
desembolso de recursos seja requerido para saldar a obrigação. As provisões são
constituídas tendo como base nas melhores estimativas disponíveis.

i. Provisão para riscos cíveis

O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos passivos contingentes são


efetuados de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC nº 25, da seguinte forma:

 Uma provisão deve ser reconhecida quando:

a. A entidade tem uma obrigação presente legal ou não formalizada como


resultado de evento passado;

b. Seja provável que será necessária uma saída de recursos que


incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e

c. Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão é reconhecida.

Com base nessas premissas, quando for provável que uma obrigação presente
exista na data do balanço, a EMGEA reconhece uma provisão, e quando não for
provável que uma obrigação presente exista na data do balanço, divulga a
contingência passiva, a menos que seja remota a possibilidade de saída
de recursos.

A apuração das provisões relacionadas a passivos contingentes é divulgada na


Nota 20.

26
g) Impostos e contribuições correntes e diferidos

i. Tributos correntes

O imposto de renda foi apurado com base na alíquota de 15%, acrescido de


adicional de 10%, e a contribuição social com base na alíquota de 9%, ambas
aplicáveis ao lucro tributável, e consideram a compensação de prejuízos fiscais e
base negativa de contribuição social, limitada a 30% do lucro real.

A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos e


contribuições sobre a renda correntes e diferidos, quando aplicável. O imposto
corrente e o imposto diferido são reconhecidos no resultado.

Os tributos PASEP e COFINS são apurados de acordo com a legislação tributária


em vigor e estão apresentados nas demonstrações de resultados nos respectivos
grupos de receitas que lhes deram origem.

ii. Tributos diferidos

A EMGEA não registra nenhum ativo ou passivo fiscal diferido sobre diferenças
temporárias ou sobre prejuízos fiscais ou bases negativas de contribuição social em
razão da ausência de previsibilidade quanto à realização futura de tais impostos
diferidos.

iii. Impostos e contribuições a recuperar

Os impostos e contribuições a recuperar oriundos de pagamentos a maior de


exercícios anteriores e de estimativas recolhidas/compensadas no exercício corrente
foram reconhecidos contabilmente com base no direito sobre esses créditos e
mensurados ao valor recuperável esperado ou pago para o ente tributante.

Os créditos são corrigidos à taxa SELIC conforme disposto no artigo 39 da


Lei nº 9.250/95 e vêm sendo utilizados em compensações no pagamento de tributos.

Os valores relacionados a impostos e contribuições a recuperar estão divulgados na


Nota 8.

h) Outros ativos e passivos

Os ativos estão demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando


aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidas (em base pró-rata die)
e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados
incluem os valores conhecidos e mensuráveis, acrescidos dos encargos e das
variações monetárias incorridas até as datas dos balanços.

i) Novas normas e interpretações ainda não adotadas.

Uma série de novas normas ou alterações emitidas pelo Comitê de


Pronunciamentos Contábeis (CPC) serão efetivas para os próximos exercícios e que
não serão aplicadas antecipadamente em 2017. As principais normas que poderão
ter impacto para a Empresa são:

27
i. CPC 48 - Instrumentos Financeiros

 Classificação – Ativos Financeiros

A vigência da adoção do CPC 48 a partir de 1º de janeiro de 2018, exigirá a


revisitação das principais práticas e políticas contábeis da instituição, dado que a
mesma estabelece princípios para os relatórios financeiros de ativos financeiros e
passivos financeiros, cuja realização se constitui no próprio objeto social da
entidade.

Neste sentido os ativos financeiros serão categorizados de acordo com o modelo de


negócios da empresa e segundo a nova classificação exigida: mensurados ao custo
amortizado, ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA) e ao
valor justo por meio do resultado (VJR).

A revisão da classificação acima indicada não deve implicar em impactos relevantes,


visto que não há previsão de alterações significativas no modelo de negócios da
entidade e os principais ativos constituídos por operações de crédito e créditos
vinculados ao SFH hoje classificados como Empréstimos e Recebíveis passarão a
adotar a terminologia Ativos Financeiros Mensurados ao Custo Amortizado.

 Redução ao valor recuperável (Impairment) – Ativos Financeiros

A nova norma substitui o modelo de perdas incorridas por um modelo de perdas de


crédito esperadas, o que exigirá maior grau de julgamento da administração quanto
à forma como as mudanças dos fatores econômicos afetarão as perdas de crédito
da entidade.

Ainda que a adoção da norma exija a evolução dos modelos de mensuração de


riscos adotados, acreditamos que a mesma não implicará em volatilidade nos
resultados da instituição, visto que os ativos financeiros da entidade serão
substancialmente classificados como mensurados ao custo amortizado e já se
encontram em estágio avançado de deterioração, sendo constituídos atualmente
elevados níveis de provisão os quais são calculados com base em toda vida do
instrumento financeiro.

 Classificação – Passivos Financeiros

A norma não traz impactos relevantes na classificação dos passivos financeiros da


entidade os quais são mensurados pelo custo amortizado.

ii. CPC 47 – Receita de contrato com cliente

O CPC 47 introduz uma estrutura abrangente para determinar se e quando uma


receita é reconhecida, e como a receita é mensurada. O CPC 47 substitui as atuais
normas para o reconhecimento de receitas, incluindo o CPC 30 (R1) Receitas e o
CPC 17 Contratos de Construção.

O CPC 47 entra em vigor para períodos anuais com início em ou após 1º de janeiro
de 2018.

28
A Entidade realizou uma avaliação inicial do potencial impacto da adoção do CPC 47
em suas demonstrações financeiras.
Até o momento não há previsão de reflexos significativos nas demais receitas
auferidas pela instituição.

iii. CPC 06 (R2) Operações de Arrendamento Mercantil


O CPC 06 (R2) introduz um modelo único de contabilização de arrendamentos no
balanço patrimonial para arrendatários. Um arrendatário reconhece um ativo de
direito de uso que representa o seu direito de utilizar o ativo arrendado e um passivo
de arrendamento que representa a sua obrigação de efetuar pagamentos do
arrendamento. Isenções opcionais estão disponíveis para arrendamentos de curto
prazo e itens de baixo valor. A contabilidade do arrendador permanece semelhante à
norma atual, isto é, os arrendadores continuam a classificar os arrendamentos em
financeiros ou operacionais.

A norma é efetiva para períodos anuais com início em ou após 1º de janeiro de


2019.

Não é previsto qualquer impacto significativo nas demonstrações financeiras da


Entidade

4. Caixa e equivalentes de caixa


A composição do saldo é a seguinte:

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


Disponibilidade em moeda nacional (caixa) 961 24.777
Operações compromissadas (i) 25.866 26.256
Total 26.827 51.033
(i) Refere-se ao valor das Operações Compromissadas mantido por meio do Fundo de Investimento
CAIXA Extramercado Exclusivo XXI Renda Fixa, administrado pela Caixa Econômica Federal. A
rentabilidade no exercício de 2017 foi de 11,03% (11,02% no exercício de 2016).

5. Títulos e valores mobiliários

5.1. Títulos públicos federais

As aplicações em fundos exclusivos descritos a seguir são administradas pela


CAIXA que possuem recursos aplicados em títulos de renda fixa.

Conforme definido no regulamento do fundo de investimento, as cotas não possuem


prazo de carência para resgates, os quais podem ocorrer a qualquer tempo.

Todas as aplicações nos fundos de investimentos estão marcadas pelo valor de cota
do fundo divulgada na data do balanço, e o fundo adota o valor justo como critério
de avaliação da sua carteira de ativos.

29
Considerando que esses fundos são exclusivos da EMGEA, para fins de
apresentação, estão sendo apresentados de forma segregada por tipo de aplicação.
As características de cada fundo e ativos aplicados estão descritos a seguir:

i. Em 31 de dezembro de 2017:
Fundo de Investimento CAIXA Extramercado Exclusivo XXI Renda Fixa:

Valor de Valor Ganhos / (perdas) Faixas de


Descrição
curva justo não realizadas vencimento
Títulos para negociação:
Letras do Tesouro Nacional (LTN) 50.441 50.480 39 Até 06 meses
Letras do Tesouro Nacional (LTN) 1.821 1.824 3 7 a 12 meses
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 185.668 185.669 1 Até 06 meses
Total 237.930 237.973 43

ii. Em 31 de dezembro de 2016:


Fundo de Investimento CAIXA Extramercado Exclusivo XXI Renda Fixa:
Valor de Valor Ganhos / (perdas) Faixas de
Descrição
curva justo não realizadas vencimento
Títulos para negociação:
Letras do Tesouro Nacional (LTN) 29.453 29.478 25 até 06 meses
Notas do Tesouro Nacional, série F (NTN-F) 41.932 41.931 (1) até 06 meses
Letras do Tesouro Nacional (LTN) 58.597 58.757 160 7 a 12 meses
Total 129.982 130.166 184

Os títulos possuem classificação nível 1 de hierarquia de valor justo.

O Fundo operou no mercado de derivativos até o limite das posições detidas a vista,
com o objetivo de adequar a carteira à política de investimento, cujas operações no
mercado futuro estavam distribuídas em 31 de dezembro de 2017, conforme a
seguir:
Valor de Faixa de
Título Ativo Passivo
Referência vencimento
DI1 - 49.974 até 6 meses
DI1 8 - 108.897 7 a 12 meses
DI1 3 - 37.429 1 a 3 anos
Total Mercado de Derivativos 11 - 196.300

5.2. Fundos de investimento

i. Em 31 de dezembro de 2017:
Quotas de Fundo de Investimento:

Descrição Qtda Quota Valor Quota Valor Contábil


Fundo BB Extra-Mercado FAE 2 (i) 61.323.798,43 1,694980798 103.943
Bloqueio Judicial (ii) (174)
Total 103.769

30
ii. Em 31 de dezembro de 2016:
Quotas de Fundo de Investimento:

Descrição Qtda Quota Valor Quota Valor Contábil


Fundo BB Extra-Mercado FAE 2 (i) 40.937.787 1,526493477 62.491
Bloqueio Judicial (ii) (169)
Total 62.322
(i) Refere-se ao valor das cotas do Fundo BB Extramercado FAE 2 com liquidez diária,
administrado pela BB Gestão de Recursos - DTVM S.A. A rentabilidade média bruta de 2017 foi de
aproximadamente 11,04% (14,45% no exercício em 2016)
(ii) Refere-se ao valor de bloqueio judicial reclassificado para outros créditos vinculados (Nota 7.2).

6. Operações de Crédito

6.1. Créditos Imobiliários

O saldo dos recebíveis de operações de crédito imobiliário refere-se aos créditos


transferidos à EMGEA pela CAIXA em decorrência de Instrumentos Contratuais de
Cessão firmados com aquela Instituição. É composto por contratos de
responsabilidade de mutuários de pessoas físicas, com e sem cobertura do Fundo
de Compensação de Variações Salariais (FCVS), e de pessoas jurídicas,
representadas por Construtoras, Cooperativas Habitacionais, Liquidandas e
Repassadoras, Estados e Municípios, cujo vencimento final ocorrerá até o ano de
2023.

a) Composição da carteira de crédito imobiliário

A composição da carteira de crédito imobiliário é a seguinte:

i. Em 31 de dezembro de 2017:
31.12.2017
Descrição
Circulante Não Circulante Total
Saldo devedor (i) 189.203 1.081.336 1.270.539
Valores a receber (ii) 596.027 10.735.588 11.331.615
Rendas a apropriar (iii) (250.391) (5.114.064) (5.364.455)
Diferencial de juros (iv) (63) (8.907) (8.970)
Outros valores (v) 6.962 - 6.962
Deságio (vi) (24.491) (59.834) (84.325)
Subtotal 517.247 6.634.119 7.151.366
Provisão para créditos liquidação duvidosa (220.694) (5.565.458) (5.786.152)
Total 296.553 1.068.661 1.365.214

31
ii. Em 31 de dezembro de 2016
31.12.2016
Descrição
Circulante Não Circulante Total
Saldo devedor (i) 251.753 1.311.523 1.563.276
Valores a receber (ii) 582.763 11.745.451 12.328.214
Rendas a apropriar (iii) (233.383) (5.741.325) (5.974.708)
Diferencial de juros (iv) (62) (13.344) (13.406)
Outros valores (v) 7.228 - 7.228
Deságio (vi) (23.794) (70.393) (94.187)
Subtotal 584.505 7.231.912 7.816.417
Provisão para créditos liquidação duvidosa (234.389) (6.046.510) (6.280.899)
Total 350.116 1.185.402 1.535.518
(i) O saldo devedor corresponde às parcelas vincendas dos contratos de financiamentos
imobiliários.
(ii) O saldo de valores a receber corresponde às parcelas vencidas dos contratos de financiamentos
imobiliários.
(iii) Refere-se as receitas de operações de crédito vencidas a partir do 60° dia.
(iv) O diferencial de juros, instituído pela Lei nº 10.150/2000, corresponde à diferença entre as taxas
de juros estabelecidas contratualmente com os tomadores dos financiamentos imobiliários com direito
à cobertura do FCVS e os juros estabelecidos para novação desses contratos com a administradora
do Fundo, respeitadas as origens dos recursos, sendo 3,12% ao ano para as operações com
recursos originários do FGTS e 6,17% ao ano para as operações originadas com recursos de outras
fontes. Esse diferencial de juros, por não ser passível de recebimento do Fundo, quando do decurso
de prazo ou de liquidação antecipada, está registrado como redutor do saldo das operações de
crédito imobiliário com cobertura do FCVS.
(v) Outros valores incluem os valores não classificados pelos sistemas de controle operacional, em
fase de identificação para apropriação aos correspondentes contratos.
(vi) O deságio corresponde à diferença entre o valor dos saldos devedores e o valor de aquisição
dos créditos imobiliários decorrentes do Instrumento Particular de Cessão Onerosa de 30.9.2014.

b) Distribuição por tipo de financiamento

A composição do saldo é a seguinte:

i. Em 31 de dezembro de 2017:
31.12.2017
Tipo Com cobertura Sem cobertura
Total
do FCVS do FCVS
Pessoa Física 225.087 4.867.894 5.092.981
Provisão para créditos liquidação duvidosa (183.885) (3.480.027) (3.663.912)
Deságio (489) (83.836) (84.325)
Total Pessoa Física 40.713 1.304.031 1.344.744
Pessoa Jurídica - Setor Privado - 2.122.592 2.122.592
Pessoa Jurídica - Setor Público - 13.156 13.156
Provisão para créditos de liquidação duvidosa - Privado - (2.122.240) (2.122.240)
Total Pessoa Jurídica - 13.508 13.508
Outros valores - 6.962 6.962
Total 40.713 1.324.501 1.365.214

32
ii. Em 31 de dezembro de 2016

31.12.2016
Tipo Com cobertura Sem cobertura
Total
do FCVS do FCVS
Pessoa Física 236.578 5.232.051 5.468.629
Provisão para créditos liquidação duvidosa (187.513) (3.678.625) (3.866.138)
Deságio (637) (93.550) (94.187)
Total Pessoa Física 48.428 1.459.876 1.508.304
Pessoa Jurídica - Setor Privado - 2.416.032 2.416.032
Pessoa Jurídica - Setor Público - 18.715 18.715
Provisão para créditos de liquidação duvidosa-Privado - (2.414.761) (2.414.761)
Total Pessoa Jurídica - 19.986 19.986
Outros valores - 7.228 7.228
Total 48.428 1.487.090 1.535.518

c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa

A composição da provisão para créditos de liquidação duvidosa da carteira por faixa


de atraso está demonstrada a seguir:

Faixa de Atraso 31.12.2017 31.12.2016


Setor Privado - Pessoa Física e Pessoa Jurídica
De 0 a 60 dias (742.112) (956.187)
De 61 a 180 dias (12.065) (17.995)
De 181 a 360 dias (15.947) (25.654)
Acima de 360 dias (5.016.028) (5.281.063)
Total (5.786.152) (6.280.899)

d) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa

No período, a movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa,


calculada sobre os saldos a receber das operações de crédito imobiliário, foi a
seguinte:

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


Saldo inicial (6.280.899) (6.404.229)
Reversão de provisões 892.293 593.648
Reforço de provisões (397.546) (470.318)
Movimentação líquida nas provisões 494.747 123.330
Saldo final (5.786.152) (6.280.899)

6.2. Créditos Comerciais

Referem-se aos créditos transferidos à EMGEA pela CAIXA, em decorrência do


Instrumento Particular de Cessão Onerosa de Créditos de 30.9.2014, representados
por contratos comerciais perante pessoas físicas, cujo vencimento final ocorrerá até
o ano de 2018.

33
Descrição 31.12.2017 31.12.2016
Circulante 115.195 152.064
Saldo Devedor (i) 2.469.865 1.904.889
Deságio - Créditos Comerciais (ii) (2.279.443) (1.733.084)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (iii) (75.227) (19.741)
Não Circulante 326.162 445.724
Saldo Devedor (i) 2.645.407 3.466.737
Deságio - Créditos Comerciais (ii) (2.258.049) (3.021.013)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (iii) (61.196) -
Total 441.357 597.788
(i) Composto por contratos perante pessoas físicas, de baixo valor, originados de financiamentos de
bens de consumo duráveis, materiais de construção, crédito rotativo, Minha Casa Melhor e crédito
direto ao consumidor.
(ii) O deságio corresponde à diferença entre o valor dos saldos devedores e o valor de aquisição
dos créditos comerciais.
(iii) No exercício foi efetuada constituição de provisão no valor de R$ 136.422 milhões para créditos
da carteira comercial adquirida na cessão onerosa com a CAIXA em 2014, referente a contratos em
atraso maior que 1.800 dias, já baixados dos cadastros restritivos, relativos aos produtos
Construcard, Crediário Caixa Fácil, Crédito Direto CAIXA (CDC), Microcrédito Produtivo Orientado.

7. Outros créditos
7.1. Títulos CVS

Refere-se ao valor corresponde ao ingresso de Títulos CVS oriundos da quitação de


contratos de aquisição de carteiras habitacionais, tendo em vista a resolução da
condição pro-solvendo, conforme instrumentos firmados junto a Entes da Federação.

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


Títulos CVS 14.035 -
Total 14.035 -

7.2. Créditos vinculados – Circulante

Referem-se aos créditos vinculados às operações de créditos imobiliários,


comerciais, de imóveis não de uso e outros valores cujo, composição é a seguinte:

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


Créditos Vinculados 123.026 204.501
Movimentação financeira - CAIXA (i) 22.438 58.272
Desembolso com execuções a recuperar (ii) 62.114 61.458
Repasse com Seguro FCVS/FCVS (iii) - 35.080
Cessão de Créditos - quitação de dívida créditos pro-solvendo (iv) - 15.083
Débitos remanescentes (v) 11.881 11.881
Indenizações de sinistro a receber (vi) 9.975 11.183
Valores a apropriar (vii) 11.557 6.791
Créditos a receber na novação do FCVS (viii) 4.435 4.286
FGTS a receber (ix) 164 157
Bloqueios judiciais (x) 245 249

34
Outros recebíveis (xi) 217 61
Provisões para perdas (67.787) (127.404)
Provisão desembolso de execução a recuperar (xii) (55.906) (55.316)
Provisão repasse com Seguro/FCVS/FGTS - (35.080)
Provisão perdas débitos remanescentes (xiii) (11.881) (11.881)
Provisão s/ valores a repassar – Movimentação financeira CAIXA - (25.127)
Total 55.239 77.097
(i) Valores arrecadados pela CAIXA relativos às prestações e às liquidações de financiamentos
imobiliários e créditos comerciais, à alienação de imóveis e outros, ainda pendentes de repasse à
EMGEA.
(ii) Desembolsos efetuados em processos de execução judicial e extrajudicial de créditos a receber
que poderão ser recebidos ao final dos processos.
(iii) Refere-se ao saldo de pendências apuradas no repasse do prêmio de seguro mensal e
contribuições mensais ao FCVS. Em dezembro de 2017 foram concluídos os trabalhos de análise das
pendências e efetuada reversão da provisão em contrapartida no resultado, conforme aprovado pela
Administração.
(iv) Refere-se ao somatório de ressarcimentos de sinistros represados na seguradora provenientes
da carteira imobiliária da COHAB/ES cedidos à EMGEA em pagamento das diferenças de saldos da
cessão originária, em razão do caráter pro solvendo da aquisição dos créditos, conforme Instrumento
de Transação com Quitação de Dívida entre o Estado do Espírito Santo, a COHAB/ES e a EMGEA
assinado em 21 de dezembro de 2016, ressarcido em 1º de agosto de 2017.
(v) Valores referentes às diferenças apuradas entre os saldos devedores de financiamentos
imobiliários e os valores de avaliação desses imóveis, quando de sua adjudicação, arrematação ou
dação.
(vi) Saldo a receber da seguradora, relativo a indenizações de seguros em decorrência de sinistros
de morte e de invalidez permanente.
(vii) Valores arrecadados não classificados pelos sistemas de controle operacional, em fase de
identificação pela CAIXA para posterior repasse à EMGEA.
(viii) Valores a receber decorrentes de débitos de contribuição compensados indevidamente nos
contratos de novação de créditos perante o FCVS.
(ix) Saldo a receber do FGTS referente a valores utilizados nas liquidações e nas reestruturações de
operações de créditos imobiliários.
(x) Referem-se basicamente a valores bloqueados em caixa e equivalente de caixa e nos fundos de
investimento da Empresa, em atendimento a determinações judiciais relacionadas a processos
judiciais na esfera passiva de créditos imobiliários.
(xi) Refere-se a adiantamento a funcionários como férias, MBA, diárias, auxílio moradia e pagamento
de pequenas despesas com fundo rotativo.
(xii) Provisão constituída sobre o saldo de desembolso com execuções a recuperar com base no
histórico de recuperação dos valores dos mutuários.
(xiii) Valor da provisão referente ao total da diferença apurada entre os saldos devedores de
operações de crédito imobiliário e os valores de avalição desses imóveis, quando da sua adjudicação
ou arrematação, no caso de pessoa jurídica.

7.3. Créditos vinculados - Não Circulante

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


Créditos Vinculados 338.239 323.805
Créditos a receber da União - retenção indevida de IR (i) 182.333 176.510
Valores a receber de agentes cedentes - devolução de créditos (ii) 53.878 55.237
Cessão Onerosa de Créditos entre a EMGEA e a CAIXA - Saldo de
54.996 51.818
reposicionamento (iii)
Depósitos judiciais (iv) 39.137 33.327
PLD - seguro de crédito (v) 7.895 6.913

35
Provisões para perdas (236.193) (230.216)
Provisão de créditos a receber da União - retenção indevida de IR (vi) (182.333) (176.510)
Provisão de valores a receber de agentes cedentes - devolução de créditos (vii) (45.965) (46.793)
Provisão de PLD - Seguro de crédito (viii) (7.895) (6.913)
Total 102.046 93.589
(i) Referem-se aos valores a receber relativos a retenções de imposto de renda na fonte efetuadas
pela Itaipu Binacional, em repasses de recursos, no período de 2001 a 2002, oriundos de créditos
cedidos pela União à EMGEA para aumento de capital. Os valores foram atualizados com base na
variação da taxa SELIC.
(ii) Referem-se a valores a receber de agentes cedentes relativos a créditos adquiridos a serem
devolvidos para substituição ou ressarcimento, conforme estabelecido nos contratos de cessão.
(iii) Refere-se à diferença em favor da EMGEA decorrente do reposicionamento dos créditos
habitacionais e comerciais adquiridos de acordo com Instrumento Contratual de Cessão Onerosa de
Créditos entre a CAIXA e a EMGEA de 30.9.2014, conforme Termo Aditivo ao Instrumento Particular
formalizado em 30.1.2015. Conforme previsto contratualmente, o valor da diferença é atualizado com
base no percentual nominal de 5,37% a.a., acrescido de Taxa Referencial – TR.
(iv) Referem-se a depósitos judiciais feitos pela EMGEA decorrente de ações movidas pelos
mutuários de contratos habitacionais do ajuizamento até o encerramento do processo.
(v) Perda líquida definitiva (PLD) – seguro de crédito inclui a diferença negativa entre a realização
da garantia e o custo de aquisição do imóvel do SFH, por adjudicação, arrematação ou dação de
pagamento.
(vi) A Administração constituiu provisão para perdas na totalidade do valor dos créditos de
R$ 182.333 tendo em vista que a ação de Repetição de Indébito impetrada pela EMGEA teve
sentença desfavorável. A Empresa apelou da sentença que lhe foi desfavorável, e, conforme opinião
dos seus advogados, o risco de indeferimento do pleito foi classificado como “possível”.
(vii) A provisão para perdas sobre os valores a receber de agentes cedentes relativos à devolução de
créditos é apurada com base em valor de expectativa de realização desses créditos, conforme
estabelecido nos instrumentos contratuais.
(viii) Provisão PLD – valor integral do crédito – Provisão constituída para a eventualidade de não
recebimento da garantia PLD visto que é considerada de difícil realização.

8. Impostos e contribuições a recuperar


i. Em 31 de dezembro de 2017
Créditos Créditos
Saldo em Acréscimo Juros Saldo em
Tributos tributários utilizados nas
31.12.2016 s / Baixas compensatórios 31.12.2017
restituídos compensações
IRPJ 14.174 14.325 1.092 (535) (14.731) 14.325
CSLL 3.523 4.197 285 - (3.787) 4.218
COFINS 7 - 1 - - 8
PASEP 33 - - - - 33
Total 17.737 18.522 1.378 (535) (18.518) 18.584

36
ii. Em 31 de dezembro de 2016
Créditos Créditos
Saldo em Acréscimos Juros Saldo em
Tributos tributários utilizados nas
31.12.2015 / Baixas compensatórios 31.12.2016
restituídos compensações
IRPJ 183.809 13.600 2.681 (181.599) (4.317) 14.174
CSLL 80.701 3.458 1.134 (71.321) (10.449) 3.523
COFINS 1.170 - 26 - (1.189) 7
PASEP 31 - 2 - - 33
Total 265.711 17.058 3.843 (252.920) (15.955) 17.737

9. Ativos não circulantes mantidos para venda


A composição dos saldos é a seguinte:

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


Circulante 403.462 79.574
Imóveis não de uso 491.098 84.247
Provisão para desvalorização (87.636) (4.673)
Não Circulante - 308.821
Imóveis não de uso - 386.931
Provisão para desvalorização - (78.110)
Total 403.462 388.395

Essa rubrica está representada por imóveis tomados em garantia de operações de


crédito, os quais são colocados integralmente a venda pela Caixa Econômica
Federal conforme contrato de prestação de serviços. Os imóveis são colocados a
venda assim que retomados nas condições existentes na época por um valor
razoável de mercado.

Para fazer face a possíveis perdas é constituída provisão quando:

a) O valor justo do ativo menos o custo de venda é inferior ao valor obtido na


retomada no imóvel; e

b) O imóvel possui alguma pendência judicial, podendo ser ou não impeditiva de


venda.

A Administração revisa o critério anualmente comparando o valor provisionado com


o valor efetivamente recebido considerando os descontos dados na venda, não
sendo encontrada, nos exercícios de 2016 e 2017, nenhuma divergência relevante
entre estes dois valores.

Tendo em vista as medidas e os esforços adotados pela Empresa para alienação


dos imóveis retomados nas condições existentes, mesmo com pendências judiciais,
e considerando que não é a intenção da Empresa em manter esses ativos, a
classificação é mantida como “ativos não circulantes mantidos para venda” no ativo
circulante nos termos do pronunciamento técnico CPC 31.

A movimentação ocorrida nos períodos foram as seguintes:

37
i. Em 31 de dezembro de 2017:
Descrição Imóveis não de uso
Saldo em 31 de dezembro de 2016 471.178
Adições 132.341
Alienações (112.421)
Saldo em 31 de dezembro de 2017 491.098

ii. Em 31 de dezembro de 2016:


Descrição Imóveis não de uso
Saldo em 31 de dezembro de 2015 414.110
Adições 123.425
Alienações (66.357)
Saldo em 31 de dezembro de 2016 471.178

10. Créditos vinculados – SFH

Representam os valores residuais de contratos encerrados a serem ressarcidos pelo


Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), que estão em processo de
novação com a União. Atualmente, esses contratos rendem juros de até 6,17% ao
ano e são atualizados de acordo com a variação da Taxa Referencial de Juros (TR).
A efetiva realização desses créditos depende da aderência a um conjunto de normas
e procedimentos definidos em regulamento emitido pelo FCVS.

A EMGEA, com base na autorização prevista na MP n° 2.196/2001, de 24 de agosto


de 2001, vem realizando permutas dos títulos CVS adquiridos nas novações e
negociações, pelo seu valor de face, com o Tesouro Nacional, por títulos públicos
federais, de maior liquidez.

A composição do saldo é a seguinte:

i. Em 31 de dezembro de 2017:
31.12.2017
Situação dos contratos
Saldo Provisão Líquido
Não habilitados (i) 142.705 (91.845) 50.860
Habilitados e não homologados (ii) 807.516 (519.717) 287.799
Habilitados e homologados (iii) 14.655.022 (3.244.089) 11.410.933
Saldo 15.605.243 (3.855.651) 11.749.592

ii. Em 31 de dezembro de 2016:


31.12.2016
Situação dos contratos
Saldo Provisão Líquido
Não habilitados (i) 324.464 (96.058) 228.406
Habilitados e não homologados (ii) 613.426 (180.040) 433.386
Habilitados e homologados (iii) 13.930.233 (3.207.009) 10.723.224
Saldo 14.868.123 (3.483.107) 11.385.016

38
(i) Representam os contratos ainda não submetidos à homologação do FCVS, pois estão em
processo de análise e habilitação na CAIXA (Prestadora de Serviços da EMGEA).
(ii) Representam os contratos já habilitados em fase de análise por parte da Administradora do
FCVS, para homologação.
(iii) Representam os contratos já avaliados e aceitos pelo FCVS e que dependem de formalização de
processo de novação, conforme previsto na Lei nº 10.150/2000, para a sua realização.

11. Créditos adquiridos


Referem-se a créditos adquiridos pela EMGEA decorrentes de quitação de contratos
de aquisição de carteiras habitacionais, com vistas à resolução da condição
pro solvendo, estabelecida nos contratos originais de aquisição e reposicionamento
dos ativos. Os saldos são atualizados com base nos encargos financeiros previstos
contratualmente.

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


Valores a receber – Entes da Federação (i) - 78.183
Total - 78.183
(i) Em 23.3.2017 ocorreu a assinatura do instrumento de transação com quitação de dívida entre o
Estado de Minas Gerais e a EMGEA para o pagamento das dívidas do Estado no valor de R$ 78.978,
com o recebimento de R$ 7.897, em espécie, e de R$ 71.081, em créditos FCVS homologados pelo
Fundo.

12. Imobilizado
As movimentações ocorridas nessa rubrica estão representadas a seguir:

i. Em 31 de dezembro de 2017
Movimentação Depreciação
Saldo Saldo
Custo em acumulada
Bens líquido em líquido em
31.12.2017 em
31.12.2016 Aquisições Baixas Depreciação 31.12.2017
31.12.2017
Móveis, máquinas e equipamentos 588 - - (142) 446 2.271 (1.825)
Sistema de informática 1.726 1.614 (228) (347) 2.765 8.207 (5.442)
Benfeitorias em imóveis de terceiros - - 376 (376)
Total 2.314 1.614 (228) (489) 3.211 10.854 (7.643)

ii. Em 31 de dezembro de 2016:


Movimentação Depreciação
Saldo Saldo
Custo em acumulada
Bens líquido em líquido em
31.12.2016 em
31.12.2015 Aquisições Baixas Depreciação 31.12.2016
31.12.2016
Móveis, máquinas e equipamentos 725 11 (143) (5) 588 2.271 (1.683)
Sistema de informática 1.352 1.045 (732) 61 1.726 6.821 (5.095)
Benfeitorias em imóveis de terceiros - - - - - 376 (376)
Total 2.077 1.056 (875) 56 2.314 9.468 (7.154)

13. Passivos financeiros – Financiamentos


Referem-se a obrigações com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),
com garantia da União, com o Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) e com a

39
Caixa Econômica Federal (CAIXA).

A movimentação ocorrida nos períodos foram as seguintes:


i. Em 31 de dezembro de 2017
Credor 31.12.2017 Vencimento final Encargos
FGTS - Dívida Vincenda (i) 1.940.657 2.029 TR + juros de 3,08% a 6% a.a.
FGTS - Dívida Vincenda (ii) 1.935.046 2.020 SELIC
FDS 855 2.019 TR + juros de 0,5% a.a.
Total 3.876.558
Passivo circulante 163.998
Passivo não circulante 3.712.560

ii. Em 31 de dezembro de 2016


Credor 31.12.2016 Vencimento Final Encargos
FGTS – Dívida Vincenda (i) 3.647.487 2029 TR + juros de 3,91% a.a. / SELIC
FGTS – Dívida Vencida (ii) 174.576 TR + juros de 7,758% a.a. + mora 1% a.m
FDS 1.332 2019 TR + juros de 0,5% a.a.
CAIXA (iii) 8.233 2017 TR + juros de 6,06% a.a.
Total 3.831.628
Passivo circulante 343.609
Passivo não circulante 3.488.019
(i) Valores renegociados em 30.12.2014, 30.12.2016 e 24.2.2017, com base nas Resoluções do
Conselho Curador do FGTS nos 752/2014 e 809/2016, por meio das quais foram repactuadas em
2014, as condições da dívida com origem em operações de habitação, e em 2016 e 2017, os
passivos com origem em operações de infraestrutura e saneamento, no valor de R$ 1.585,26 milhões
em 31.12.2016 e R$ 179.854 em 24.2.2017. De forma resumida, as últimas repactuações (2016 e
2017) consistem na concessão de carência, para pagamento das obrigações da EMGEA com o
Fundo, de 36 meses, prorrogável, a critério do Agente Operador do Fundo, por mais 18 meses,
mediante a dação em garantia de créditos perante o FCVS. Durante o período de carência, a dívida
será atualizada com base na taxa SELIC.
(ii) Valores vencidos em 31.12.2016, que foram objeto de repactuação em 24.2.2017, com base no
previsto na Resolução do CCFGTS nº 809/2016, estabelecendo as mesmas condições pactuadas no
Instrumento de 30.12.2016 (carência de 36 meses mediante a dação em garantia de créditos FCVS).
(iii) Em abril de 2014, após o equacionamento de pendências decorrente das Cessões de Créditos
com a CAIXA, foi assumido um passivo perante aquela Instituição, o qual foi liquidado em abril/2017.
O saldo dos financiamentos classificados no “Não circulante - Passivos financeiros -
Financiamentos” tem o seguinte vencimento:

Vencimento 31.12.2017 31.12.2016


2018 - 159.021
2019 1.902.747 1.745.846
2020 355.689 158.315
2021 161.569 158.315
2022 161.569 158.315
2023 a 2029 1.130.986 1.108.207
Total 3.712.560 3.488.019

Os Contratos mantidos com o FGTS e FDS não contêm condições restritivas


financeiras, sendo que, para o caso do FGTS, as obrigações assumidas possuem
garantia da União.

40
14. Obrigações com pessoal

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


Circulante 8.372 6.700
Férias a pagar 1.528 1.385
Salários a pagar 1.163 1.015
Participação no lucro – Administradores (i) 1.469 1.113
Participação no lucro – Empregados (ii) 3.230 2.280
INSS a recolher 697 633
FGTS a recolher 285 274
Não Circulante 284 277
Participação no lucro – Administradores (i) 284 277
Total 8.656 6.977
(i) Referem-se aos valores de participação no lucro aos Administradores, relativos aos exercícios
de 2012 (R$ 92), 2013 (R$ 196), 2014 (R$ 369), 2015 (R$ 277), 2016 (R$ 355) e 2017 (R$ 464), que
foram atualizados pelo IPCA até a data do relatório, uma vez que os valores não foram pagos, em
decorrência da decisão do acionista controlador em condicionar a aprovação da destinação do
resultado dos exercícios de 2014, 2015 e 2016 aos efeitos que poderão advir da decisão do Tribunal
de Contas da União, em face da Representação nº TC 23.999/2015-2 em trâmite naquela Corte
(Nota 22).
(ii) Referem-se aos valores não pagos de participação no lucro aos empregados, relativos aos
exercícios de 2014 (R$ 683), 2015 (R$ 745), 2016 (R$ 852) e 2017 (R$ 950), em decorrência dos
efeitos que poderão advir da decisão do Tribunal de Contas da União, em face da Representação
nº TC 23.999/2015-2 (Nota 22).

15. Obrigações com fornecedores

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


CAIXA - prestação de serviços (i) 16.932 20.431
Pessoal requisitado de terceiros (ii) 2.073 1.841
Fornecedores de bens e serviços (iii) 1.767 2.108
Total 20.772 24.380
(i) Valores a pagar à CAIXA decorrente da prestação de serviços de administração, de
contabilização, jurídicos e de engenharia, dos contratos de créditos imobiliários e comerciais, dos
imóveis não de uso e dos débitos detidos pela EMGEA, decorrentes da cessão de créditos pela
CAIXA à EMGEA.
(ii) Para as funções comissionadas ocupadas por empregados originários da Administração Pública
Federal, a EMGEA ressarce integralmente os benefícios oferecidos pelo Órgão ou Entidade de
Origem. Refere-se a valores a serem reembolsados aos órgãos da administração pública federal,
relativos ao custo com pessoal cedido, enquanto a empresa não dispuser de quadro de pessoal
próprio.
(iii) Refere-se a valores a pagar a fornecedores por aquisições de utilidades e serviços, bens de
informática, serviços de manutenção, apoio administrativo e outros.

41
16. Obrigações tributárias

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


COFINS 7.904 8.476
PASEP 1.413 1.500
IRRF/ISS 667 651
Impostos e Contribuições Retidos na Fonte 1.353 2.669
Crédito de imposto recebido da RFB (i) 89.959 99.646
Total 101.296 112.942
(i) Refere-se a crédito efetuado pela RFB em 20.4.2016 no montante de R$ 90.858 de IRRF retido
indevidamente, objeto da carta cobrança da RFB de 9.5.2017, atualizado pela SELIC até a referência.
Em 29.5.2017 a EMGEA aderiu ao Programa de Regularização Tributária – PRT, instituído pela MP
nº 766/2017 com parcelamento do débito em 24 meses, cuja adesão foi validada em 29.6.2017 e
encontra-se em fase de consolidação pela RFB. O saldo em 31.12.2017 encontra-se deduzido das
parcelas do PRT com vencimento até dezembro/2017.

17. Juros sobre capital próprio/Dividendos

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


Juros sobre capital próprio - JCP (i) 188.432 130.339
Dividendos (ii) 4.899 49.431
Total 193.331 179.770
(i) Referem-se aos valores de JCP dos exercícios de 2017 (R$ 45.177), 2015 (R$ 72.628) e
2014 (R$ 70.627) que foram atualizados pela taxa SELIC até 31.12.2017, uma vez que os valores
não foram pagos em decorrência da decisão do acionista controlador em condicionar a aprovação da
destinação do resultado dos exercícios de 2014 e 2015 aos efeitos que poderão advir da decisão do
Tribunal de Contas da União, em face da Representação nº TC 23.999/2015-2 em trâmite naquela
Corte (Nota 22).
(ii) Em 31.12.2016 refere-se ao valor dos dividendos mínimos obrigatórios, de 25% do lucro líquido
ajustado do exercício de 2016, transferido para Reserva Especial para Dividendo Obrigatório Não
Distribuído (PL), em abril de 2017, a ser pago como dividendo assim que o permitir a situação
financeira da companhia. O saldo em 31.12.2017 refere-se à atualização monetária pela Taxa SELIC
até dezembro de 2017, conforme Decreto 2.673/98.

18. Obrigações por repasses

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


Valores a ressarcir (i) 4.089 7.381
Seguros a pagar 1.756 2.660
Subsídios contratos do FGTS 39 28
FCVS a pagar 4 9
Obrigações assumidas quitação de contratos pro solvendo (ii) 250 22.719
Total 6.138 32.797
(i) Valores relativos a desembolsos com execução judicial e extrajudicial e despesas com
manutenção de créditos imobiliários e repasses de IOF de créditos comerciais, ainda pendentes de
reembolso à CAIXA.
(ii) Valor refere-se principalmente ao débito perante a Administradora do Seguro Habitacional em
função da inadimplência da COHAB/ES assumido pela EMGEA conforme Instrumento de Transação

42
com Quitação de Dívida entre o Estado do Espírito Santo, a COHAB/ES e a EMGEA, assinado em
21 de dezembro de 2016, para pagamento das diferenças de saldos da cessão originária, em razão
do caráter pro solvendo da aquisição dos créditos, cujo pagamento foi realizado em 1º de agosto de
2017.

19. Obrigações com mutuários

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


Diferença de prestações pagas a maior 43.448 72.357
Saldos credores (i) 10.876 81.061
Valores a apropriar 1.154 12.549
Pendência de arrecadação e cadastro (ii) 68.348 77.587
FGTS-SFH-quotas utilizadas pagamento prestação crédito imobiliário 1.909 2.011
Total 125.735 245.565
(i) Valores credores registrados no sistema corporativo, em análise pela CAIXA, para apropriação
no saldo devedor dos contratos. Esses valores estão correlacionados a registros devedores de
mesma natureza.
(ii) Valores arrecadados não classificados pelos sistemas de controle operacional, em fase de
identificação pela CAIXA.

20. Provisão para riscos cíveis

A EMGEA possui na esfera passiva demandas judiciais relacionadas à contestação


de indexadores aplicados em operações ativas, relativas a financiamentos
imobiliários, inclusive em razão de planos econômicos. Adicionalmente, possui
demandas na esfera administrativa relativas a contingências fiscais. Essas
demandas judiciais e administrativas são avaliadas e revisadas periodicamente, com
base em pareceres de advogados, e reconhecidas de acordo com as regras
estabelecidas pelo Pronunciamento Técnico CPC 25.

a) Contingências cíveis – Risco provável


Tendo em vista as características das demandas existentes, que incluem um volume
significativo de ações relacionadas à revisão de indexadores contratuais, na
metodologia utilizada para constituição da provisão, as ações foram segregadas em
rotineiras e relevantes.

Para as ações rotineiras, na constituição da provisão foi utilizado o histórico dos


valores das condenações sofridas pela EMGEA nos últimos 36 meses, atualizados
pelo IPCA-e, e as ações extintas no mesmo período.

Para as ações relevantes, o valor considerado para a constituição da provisão


corresponde ao valor estimado de condenação.

A EMGEA tem realizado acordos com os mutuários que têm possibilitado a solução
de grande parte das ações no curto prazo, no contexto da política de acordos
instituída pela Empresa.

A Administração entende que tais demandas judiciais não implicarão prejuízos que
excedam o saldo da provisão para essas contingências, que é de R$ 3.032

43
(R$ 2.027 em 2016), suficiente para a cobertura de eventuais decisões
desfavoráveis à Empresa.

Movimentações na provisão para demandas cíveis classificadas como prováveis:

i. Em 31 de dezembro de 2017

Descrição Ações cíveis


Saldo em 31 de dezembro de 2016 2.027
Adições 1.434
Reversões (429)
Saldo em 31 de dezembro de 2017 3.032

ii. Em 31 de dezembro de 2016:

Descrição Ações cíveis


Saldo em 31 de dezembro de 2015 12.667
Adições 2.018
Reversões (12.658)
Saldo em 31 de dezembro de 2016 2.027

b) Contingências – Risco possível

Não há contingências classificadas como de risco possível.

21. Obrigações com ativos mantidos para venda


Referem-se, principalmente, às despesas com manutenção e aos valores a pagar à
CAIXA pela prestação de serviços de administração e controle de imóveis
arrematados e/ou adjudicados, disponíveis para a venda, conforme contrato de
prestação de serviços firmado com a CAIXA.

Descrição 31.12.2017 31.12.2016


Desembolso com Imóveis não de uso EMGEA 28.635 20.387
Total 28.635 20.387

22. Patrimônio Líquido


a) Capital Social

O Capital Social da EMGEA, em 31.12.2017, permanece no valor de


R$ 9.057.993, totalmente integralizado pela União, e dividido em 9.057.993 ações
ordinárias nominativas, sem valor nominal, conforme art. 5º do Estatuto Social
aprovado na 2ª Assembleia Geral Extraordinária - AGE em 21.11.2017.

No exercício de 2012 foi autorizada e registrada contabilmente a redução do Capital


Social mediante a absorção de prejuízos acumulados, no montante de
R$ 10.952.226. Com a referida redução, o Capital Social passou de R$ 20.010.219
para R$ 9.057.993.

44
Em 2014, a Assessoria Jurídica da então Controladoria Geral da União - CGU
manifestou entendimento divergente ao adotado pela Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional - PGFN quanto à necessidade de edição de decreto autorizativo,
preliminarmente à concretização da redução do capital efetuada pela Empresa em
2012.

Em decorrência de tal divergência a Secretaria de Controle Externo da Fazenda


Nacional, do Tribunal de Contas da União – TCU autuou, em 15.11.2015, a
Representação objeto do processo nº TC 23.999/2015-2 questionando a autorização
concedida pelo Senhor Ministro da Fazenda para citada redução.

Em 15.12.2015, foi publicado o Decreto nº 8.590, que aprovou o novo Estatuto


Social da EMGEA com o novo valor do capital, devidamente registrado na Junta
Comercial do Distrito Federal.

A divergência inicialmente levantada pela Assessoria Jurídica da CGU foi sanada em


decorrência de posterior manifestação daquele Órgão, a qual foi corroborada pela
Advocacia Geral da União – AGU em 15.3.2016.

A acima citada representação encontra-se ainda em exame no TCU e a


Administração entende que terá êxito no desfecho do assunto.

Em face de Representação em trâmite naquela Corte, as demonstrações financeiras


relativas aos exercícios encerrados em 2014, 2015 e 2016 foram aprovadas -
ressalvados os efeitos que poderão advir da decisão do TCU -, conforme despacho
do Sr. Ministro de Estado da Fazenda, datado de 5.4.2016, e Ata da 1ª Assembleia
Geral Ordinária realizada em 19.4.2017.

Caso o posicionamento da unidade técnica venha a ser acolhido pelo TCU em última
instância, o Patrimônio Líquido bem como a situação patrimonial da empresa não
teriam alteração significativa, tendo em vista que os dividendos recolhidos ao STN
não serão devolvidos, a redução do capital social foi uma operação permutativa e o
Decreto, que aprovou o novo Estatuto Social da EMGEA, foi publicado em 2015.

b) Reservas de Lucros

As reservas de lucros são constituídas por reserva legal, reserva de retenção de


lucros, reserva estatutária para aquisição de ativos operacionais e reserva especial
de dividendos não distribuídos:
Descrição 31.12.2017 31.12.2016
Saldo no início do exercício 904.692 745.993
Reservas de Lucros 194.471 158.699
Reserva Legal 5% 9.511 10.406
Reserva retenção de lucros (i) (845.368) 148.293
Reserva de aquisição de ativos operacionais (i) 845.368 -
Reserva de aquisição de ativos operacionais (ii) 135.529 -
Reserva especial de dividendos não distribuídos (iii) 49.431 -
Saldo final do exercício 1.099.163 904.692
(i) Conforme deliberado na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 21.11.2017, foi aprovada
a transferência da totalidade do saldo de Reserva de Retenção de Lucros constituída até o exercício

45
de 2016 para a Reserva Estatutária de Aquisição de Ativos Operacionais, conforme proposta da
Administração.
(ii) Conforme Proposta da Administração de Destinação do Resultado do Exercício de 2017, a ser
submetida à Assembleia Geral Ordinária (AGO), a reserva de aquisição de ativos operacionais no
valor de R$ 135.529, refere-se à parcela remanescente do resultado, após a destinação do lucro do
exercício para a reserva legal e dividendos mínimos obrigatórios (vide Nota 22.c), de acordo com o
Art.47, § 2º, III, do Estatuto Social da EMGEA. Foi constituída com a finalidade de financiar a
aquisição de novos ativos operacionais junto a instituições financeiras e federais, que terão por
objetivo a diversificação da atual carteira de créditos sob gestão da EMGEA, de forma a maximizar a
rentabilidade das operações da Empresa e possibilitar maior retorno ao acionista.
(iii) Conforme aprovado na Assembleia Geral Ordinária realizada em 19.4.2017, o valor dos
dividendos mínimos obrigatórios relativos ao exercício de 2016 foi transferido para Reserva Especial
de Dividendos não Distribuídos, que deverão ser pagos quando a situação do caixa da Empresa for
suficiente à cobertura dessas obrigações, conforme permitido pela Lei nº 6.404 de 15.12.1976, art.
202, § 5º.

c) Juros sobre Capital Próprio

São assegurados à União dividendos ou Juros sobre Capital Próprio (JCP), sobre o
lucro líquido ajustado, conforme dispõe o Estatuto Social da EMGEA, de no mínimo,
25% do lucro líquido ajustado.

Conforme Proposta da Administração de Destinação do Resultado do Exercício de


2017, a ser submetida à AGO, foi provisionado o pagamento de Juros sobre o
Capital Próprio (JCP) relativos ao exercício de 2017 no valor de R$ 45.177,
imputados ao dividendo mínimo, conforme Art.47, § 4° do Estatuto Social da
EMGEA.

Descrição 31.12.2017
Lucro Líquido 190.217
Reserva Legal 5% (9.511)
Base para cálculo JCP/Dividendo mínimo obrigatório 180.706
JCP mínimo obrigatório 25% (45.177)

23. Desdobramento das principais contas da demonstração de


resultados
a) Receita Bruta

Descrição 2017 2016


Receitas de juros - saldo residual a receber do FCVS (i) 733.330 865.050
Receitas de juros - operações de crédito imobiliário (ii) 177.087 189.583
Receitas de juros - créditos comerciais (iii) 5.191 19.449
Receitas de atualização monetária - operações de crédito imobiliário (ii) 89.368 70.153
Receitas de atualização monetária - saldo residual a receber do FCVS (i) 39.898 178.636
Receitas de taxas, comissões e encargos moratórios - imobiliário (iv) 118.712 147.386
Receitas com deságio de crédito imobiliário (v) 9.861 7.534
Receitas com deságio de crédito comercial (v) 98.244 121.069
Receita com remuneração de seguros (vi) 376 586
Total 1.272.067 1.599.446

46
(i) Referem-se aos valores de atualização monetária e a juros apropriados sobre o saldo a receber
do FCVS de acordo com a variação da Taxa Referencial (TR) e juros de até 6,17% ao ano.
(ii) Equivale à incidência de juros de taxa média ponderada de 7,29% ao ano para contratos
firmados com pessoa física com cobertura do FCVS, de 9,83% ao ano para contratos firmados com
pessoa física sem cobertura do FCVS, de 11,43% ao ano para contratos firmados com pessoa
jurídica do setor privado, e de 5,01% ao ano para contratos firmados com pessoa jurídica do setor
público. Para os contratos de crédito imobiliário de pessoa física com cobertura e sem cobertura do
FCVS, transferidos a EMGEA pela CAIXA em 30.9.2014, as taxas médias foram de 9,70%. A
atualização monetária é calculada de acordo com os diversos índices pactuados contratualmente
(TR, LBC, POUP, e UPRD).
(iii) Referem-se aos valores de juros contratuais apurados sobre os saldos devedores dos créditos
comerciais transferidos à EMGEA pela CAIXA em 30.9.2014.
(iv) Referem-se às taxas para cobertura de despesas de administração dos contratos recebida no
encargo mensal, reconhecidas por regime de competência, e às rendas de encargos por atraso
reconhecidos por regime de caixa considerando tratar-se de recebimento altamente duvidoso,
relativas às operações de créditos imobiliários e comerciais.
(v) Referem-se às apropriações de receita de deságio relacionados aos contratos objeto da cessão
onerosa de 30.9.2014 apropriadas de acordo com o fluxo de caixa obtido com estas operações.
(vi) Referem-se aos valores de remuneração do agente pela intermediação do prêmio de seguro
habitacional contido nas operações de crédito imobiliário.

b) Dedução da Receita Bruta

Descrição 2017 2016


Impostos e Contribuições (i) (64.446) (80.696)
Descontos Concedidos (ii) (221.386) (220.110)
Perdas nas Operações (iii) (372.969) (622.553)
Total (658.801) (923.359)
(i) Referem ao COFINS (R$ 55.012), PIS/PASEP (R$ 9.415) e Imposto Sobre Serviço (R$ 19).

(ii) Descontos concedidos

Descrição 2017 2016


Operação de crédito imobiliário (209.536) (219.179)
Com Cobertura do FCVS (9.090) (22.360)
Sem Cobertura do FCVS (200.445) (196.819)
Operações créditos comerciais (24) (35)
Total Pessoa Física (209.560) (219.214)
Pessoa Jurídica (11.826) (896)
Total (221.386) (220.110)
Referem-se aos descontos concedidos nas liquidações antecipadas e
reestruturações de dívida de contratos das operações de créditos imobiliários e
créditos comerciais.

47
(iii) Perdas nas Operações

Descrição 2017 2016


Operação de crédito imobiliário (i) (9.893) (740)
Com Cobertura do FCVS (2.534)
Sem Cobertura do FCVS (7.359) (740)
Operações créditos comerciais (33) (33)
Total Pessoa Física (9.926) (773)
Pessoa Jurídica (ii) (211.043) (2.583)
Perdas com créditos FCVS (iii) (152.000) (619.197)
Total (372.969) (622.553)
(i) Acréscimo decorreu principalmente pela baixa de contratos que possuem dívida total entre
R$ 0,01 e R$ 10.000,00, conforme autorizado pela Administração.
(ii) Valor assumido como perda no período, principalmente decorrente de baixa de créditos
representados pelos contratos de responsabilidade de empresas jurídicas do setor privado que se
encontram na situação de falidas.
(iii) Valor assumido como perda no exercício decorrente de validação operacional dos créditos
perante ao FCVS homologado pelo Fundo com valores interiores ao de expectativa de recebimento
pela EMGEA e baixa de créditos homologados com negativa de cobertura, para os quais já foram
esgotadas as possibilidades de recurso ao Fundo.

c) Custos Operacionais

i. Prestação de serviço - CAIXA

Descrição 2017 2016


Serviços prestados CAIXA - Tarifa Administração (i) (178.251) (173.386)
Serviços prestados CAIXA - Taxa de Performance (ii) (18.835) (42.636)
Total (197.086) (216.022)
(i) Referem-se às tarifas pagas ao prestador de serviços CAIXA decorrente da prestação de
serviços de administração, de contabilização, jurídicos e de engenharia, dos contratos de créditos
imobiliários e comerciais e dos débitos detidos pela EMGEA, decorrentes da cessão de créditos pela
CAIXA a EMGEA.
(ii) Refere-se a taxa de performance paga a CAIXA sobre os valores de arrecadações das
operações de créditos imobiliários e comerciais.
ii. Despesas com juros e atualização de financiamentos

Descrição 2017 2016


Despesas com juros (i) (228.738) (162.798)
Despesas com atualização monetária (i) (13.254) (69.413)
Despesas com encargos moratórios (ii) (4.882) (74.722)
Total (246.874) (306.933)
(i) Valor dos juros e atualização monetária calculados sobre as obrigações da EMGEA perante o
FGTS (TR +juros de 3,08% a 6% a.a. e Selic durante o período de carência) e FDS (TR + 0,5% a.a.),
(ii) Valor dos encargos moratórios sobre dívida vencida das obrigações da EMGEA perante o FGTS,
decorrente da suspensão de pagamento das prestações mensais de janeiro a fevereiro de 2017,
incorporado na dívida do contrato renegociado em 24.2.2017, com base na Resolução do Conselho
Curador do FGTS nº 809/2016.

48
d) Despesas Administrativas

i. Despesa de pessoal

Descrição 2017 2016


Salários e Gratificações (11.725) (10.409)
Encargos Sociais (FGTS/INSS) (4.693) (4.147)
Honorários - Diretoria e Conselhos (3.340) (2.576)
Provisão de férias/13º salário e encargos (2.844) (2.541)
Participação - dirigentes e empregados (1.305) (1.094)
Auxílio alimentação (991) (835)
Treinamento de pessoal (595) (269)
Assistência médica e social (245) (193)
Rescisões Contratuais (36) (274)
Ajuda de custo/moradia e PQVT (19) (91)
Total (25.793) (22.429)

ii. Despesa de serviços de terceiros

Descrição 2017 2016


Tarifa com administração de imóveis não de uso (15.334) (6.704)
Reembolso aos órgãos de origem (i) (8.249) (13.476)
Apoio administrativo, limpeza e conservação (7.182) (6.307)
Serviços de terceiros (ii) (2.688) (4.315)
Total (33.453) (30.802)
(i) Para as funções comissionadas ocupadas por empregados originários da Administração Pública
Federal, a EMGEA ressarce integralmente os benefícios oferecidos pelo Órgão ou Entidade de
Origem.
(ii) Referem-se basicamente aos valores pagos a auditoria, consultoria, serviços de manutenção,
primeiros socorros e segurança da informação.

iii. Demais despesas administrativas

Descrição 2017 2016


Aluguel, locação de veículos e condomínios. (2.692) (2.773)
Despesas Gerais (seguro, reprografia, associação de classe e outros) (1.044) (1.211)
Depreciação (792) (806)
Utilidades e serviços (712) (679)
Publicidade oficial e divulgação (571) (283)
Passagens aéreas e rodoviárias (277) (258)
Diárias de viagens (217) (197)
Reembolso hospedagem (77) (118)
Taxas e contribuições locais (76) (8)
Segurança e medicina no trabalho (50) (50)
Material de consumo (27) (52)
Total (6.535) (6.435)

49
e) Receitas / Despesas Operacionais

i. Receitas

Descrição 2017 2016


Receitas de validação de carteiras pro solvendo (i) 113.185 74.573
Receitas fundo de equalização/deságio (ii) 43.548 6.267
Lucro na alienação de imóveis (iii) 37.844 38.317
Baixa de saldos prescrição de dívida (iv) 21.687 -
Receitas com ressarcimento de prestação de contas/glosas (v) 9.332 2.606
Recuperação receitas mutuários em execução/adjudicação (vi) 8.227 8.405
Atualização monetária/juros reposicionamento de cessão (vii) 3.178 3.672
Receitas eventuais liquidação operações de crédito/outras 2.149 4.304
Valores a receber - entes da federação 1.357 5.540
Recuperação saldos residuais-operações de créditos comerciais (viii) 568 942
Ganho na alienação de imobilizado 83 -
Total 241.158 144.626
(i) Recebimento no exercício para quitação de contratos de aquisição de carteira habitacionais, com
vistas à resolução da condição de dívida pro solvendo.
(ii) Refere-se a receita com apropriação da parcela do fundo de equalização/deságio sobre as
operações de crédito pessoa jurídica oriundas da cessão da CAIXA em 2001.
(iii) Refere-se a diferença positiva entre o valor da alienação dos imóveis e seu valor contábil.
(iv) Refere-se ao valor dos créditos baixados no sistema corporativo no exercício por prescrição de
dívida, conforme aprovado pela Administração.
(v) Referem-se a receitas apuradas no repasse de arrecadações e glosas na rotina de prestação de
contas com o Prestador de Serviços (CAIXA)
(vi) Refere-se basicamente à recuperação eventual de despesas com execução e remissão de
dívida com mutuários em fase de execução/adjudicação do imóvel.
(vii) Refere-se a apropriação de atualização monetária e juros sobre o saldo oriundo de
reposicionamento na cessão onerosa firmada entre a EMGEA e a CAIXA em 30.9.2014.
(viii) Referem-se à arrecadação na EMGEA da carteira comercial - Crédito Caixa Fácil adquirida na
permuta de créditos realizada com a CAIXA em 30.9.2014.

ii. Despesas

Descrição 2017 2016


Prejuízo na adjudicação/arrematação de imóveis (i) (72.252) (82.528)
Pendências de repasse - Seguros/FCVS (ii) (41.212) -
Reversão de atualização monetária créditos imob/comerciais (21.608) -
Despesas com imóveis não de uso (condomínios, impostos, taxas e outras) (19.656) (25.216)
Prejuízos na alienação de imóveis não de uso (iii) (18.607) (6.863)
Despesas com execução de créditos - não recuperáveis e outras (iv) (18.137) (6.180)
Despesas com ressarcimento de prestação de contas/outras (7.331) (2.681)
Despesas com perdas na quitação de débitos - Agentes cedentes (v) (6.247) (70.245)
Tarifa com administração de imóveis não de uso (5.560) (4.710)
Despesas com fundo de equalização/deságio (1.755) (907)
Despesas com diferenças de prestações de créditos imobiliários (997) (7.529)
Despesas com laudo de avaliação (379) (1.902)

50
Despesas com manutenção de créditos e garantias (9) (484)
Perda na alienação do imobilizado (2) (4)
Impostos e Contribuições (vi) (16.662) (11.939)
Total (230.414) (221.188)
(i) Referem-se às diferenças apuradas entre os saldos devedores de financiamentos imobiliários e
os valores de avalição dos imóveis vinculados como garantia, quando este é inferior, por ocasião de
sua adjudicação/arrematação,
(ii) Valor assumido no resultado em contrapartida com reversão de provisão relativo as pendências
no repasse do prêmio de seguro mensal e contribuições mensais ao FCVS nas operações de crédito
imobiliário, conforme aprovado pela Administração (Nota 7.2).
(iii) Refere-se a diferença negativa apurada entre o valor da alienação dos imóveis
arrematados/adjudicados e o seu valor contábil.
(iv) Refere-se a despesas com mutuários em fase de execução/adjudicação.
(v) Perdas em contrapartida com reversão de provisão tendo em vista Contrato de Quitação de
Dívida de débitos relacionados a créditos adquiridos em caráter pro solvendo (Nota 7.2).
(vi) Referem ao COFINS (R$ 13.900) e PIS/PASEP (R$ 2.762) do grupo Receitas/Despesas,
subgrupo Receitas.

iii. Reversões / Provisões Líquidas

Descrição 2017 2016


Reversões (provisões) líquidas para créditos de liquidação
494.747 123.331
duvidosa - operações de crédito imobiliário (i)
Reversões (provisões) líquidas para créditos de liquidação
(116.682) -
duvidosa – créditos comerciais (ii)
Reversões (provisões) líquidas para perdas na novação de
(372.544) 55.127
créditos perante o FCVS (iii)
Reversões (provisões) para desvalorização de imóveis não de uso (4.853) (14.316)
Reversões (provisões) para Riscos Cíveis (1.004) 10.639
Reversões (provisões) para perdas – devolução de créditos
826 68.980
Agentes cedentes (iv)
Reversões (provisões) sobre saldo de IR retido indevidamente em
(5.823) (8.066)
repasse de recursos
Reversões (provisões) para perdas no desembolso com
(1.572) (5.315)
execução/PLD
Reversões (provisões) para perdas sobre valores a receber de
25.127 (13.859)
movimentação financeira – CAIXA
Reversões (provisões) pendências repasse Seguro/FCVS 35.080 (5.791)
Total 53.302 210.730
(i) Reversões de provisão principalmente pelas liquidações antecipadas e reestruturações de
dívidas e baixa de operações de créditos imobiliários para contratos de pessoas físicas e jurídicas.
(ii) Constituição de provisões líquidas para créditos comerciais que não foram liquidados e
apresentam decurso de prazo, os quais foram baixados dos cadastros restritivos por apresentarem
atraso superior a 1.800 dias.
(iii) Valor composto pela provisão na novação de créditos perante o FCVS (R$ 592.007) e pelas
reversões ocorridas no exercício (R$ 219.463) em contrapartida com perdas assumidas no resultado
de créditos homologados pelo Fundo com valores inferiores ao de expectativa de recebimento pela
EMGEA e de créditos homologados com negativa de cobertura, para os quais já foram esgotadas as
possibilidades de recurso ao Fundo.
(iv) Reversão de provisão em contrapartida com perdas tendo em vista Contratos de Quitação de
Dívida de débitos relacionados a créditos adquiridos em caráter pro solvendo.

51
f) Resultado Financeiro

i. Receitas Financeiras

Descrição 2017 2016


Receita de aplicações financeiras - Fundos de Investimento/Títulos e valores
28.730 29.449
mobiliários
Atualização Monetária s/Indenizações Sinistro/FGTS 17.523 13.469
Remunerações da CAIXA - repasses em atraso (i) 14.284 17.383
Valores a receber - IR retido indevidamente em repasse de recursos 5.823 8.066
Juros compensatórios sobre tributos a recuperar 1.378 3.842
Demais receitas financeiras 333 368
Receitas cobrança administrativa 1 -
Total 68.072 72.577
(i) Referem-se aos valores de atualização à taxa SELIC sobre os valores financeiros de prestação
de contas das arrecadações repassadas em atraso pela CAIXA.

ii. Despesas Financeiras

Descrição 2017 2016


Despesa financeira com SELIC sobre JCP/Dividendos (i) (17.816) (16.085)
Encargos sobre movimentação financeira - CAIXA (ii) (8.802) (11.172)
Atualização de débitos assumidos quitação de créditos pro solvendo (iii) (672) (1.190)
Tarifas bancárias e outras (iv) (943) (845)
Atualização monetária - prêmio de seguro habitacional (v) (8) (28)
IOF-Imposto sobre Operação Financeira - (151)
SELIC créditos de impostos RFB - (8.788)
Impostos e Contribuições (vi) (3.165) (3.375)
Total (31.406) (41.634)
(i) Refere-se à despesa de atualização monetária calculada com base na taxa SELIC do Juros
sobre Capital Próprio
(ii) Refere-se à despesa de atualização monetária calculada com base na taxa SELIC sobre
devoluções à CAIXA de valores financeiros de prestação de contas.
(iii) Valor da atualização monetária sobre os valores de débitos assumidos na quitação de créditos
de contratos, em razão do caráter pro solvendo.
(iv) Refere-se a tarifas bancárias, atualização SELIC sobre permuta com Secretaria do Tesouro
Nacional e atualização sobre PLR dos diretores.
(v) Refere-se aos valores de atualização monetária sobre os repasses à Seguradora do prêmio de
seguro mensal contido nas prestações de operações de crédito imobiliário.
(vi) Referem ao COFINS (R$ 2.723) e PIS/PASEP (R$ 442) do grupo Resultado Financeiro,
subgrupo Receitas Financeiras.

52
24. Ativos e passivos fiscais
a) Demonstrativos de apuração do IRPJ e CSLL

2017 2016
Descrição
IRPJ CSLL IRPJ CSLL

Resultado antes do IRPJ e CSLL 204.236 204.236 258.577 258.577

IRPJ e CSLL total às alíquotas de 25% e 9% (51.059) (18.381) (64.644) (23.272)

Encargos sobre JCP 11.294 4.066 - -

Efeitos tributários das adições e exclusões 24.691 8.888 11.608 4.179

Provisão (reversão) de PCLD 93.782 33.761 30.842 11.103

Provisão (reversão) de perdas de novação de FCVS (93.136) (33.529) 13.782 4.961

Provisão (reversão) de débitos remanescentes - - - -

Provisão (reversão) de desvalorização imóveis (1.213) (437) (3.579) (1.288)

Provisão (reversão) de pendências de repasses 976 351 (6.251) (2.250)

Provisão (reversão) de perdas outros créditos (1.456) (524) (2.016) (726)

Provisão (reversão) de rendas a apropriar 27.372 9.854 (41.004) (14.762)

Provisão (reversão) de perdas na devolução créditos 207 74 17.245 6.208

Provisão (reversão) de causas contingenciais/fiscais (251) (90) 2.660 958

Despesas não dedutíveis (1.590) (572) (71) (25)

Efeito tributário de compensação de prejuízos fiscais - - - -

Efeito tributário do prejuízo fiscal a compensar 4.522 1.628 15.911 5.728

Ajuste do adicional (10% de R$ 240.000,00) 24 - 24 -

Incentivo fiscal 307 - 19 -

Receita (Despesa) total de IRPJ e CSLL (10.221) (3.799) (37.082) (13.365)

b) Ativo fiscal diferido não ativado

Saldo em Saldo em
Diferenças temporárias Constituição Reversão
31.12.2016 31.12.2017

Provisão para créditos de liquidação duvidosa 1.183.131 83.257 229.699 1.036.689


Provisão para perdas na novação do FCVS 1.113.406 201.282 74.617 1.240.071
Provisão para débitos remanescentes 114.959 11.747 11.747 114.959
Provisão para pendências de repasses 58.322 6.726 26.662 38.386

53
Provisão para desvalorização de imóveis 26.286 3.764 2.114 27.936
Provisão para perdas na alienação de imóveis 2.693 - - 2.693
Provisão para causas contingenciais 688 380 39 1.029
Provisão para perdas de créditos tributários 57.205 1.982 - 59.187
Diferenças temporárias 2.556.691 309.138 344.878 2.520.951
Prejuízo fiscal/Base Negativa 1.493.157 - 6.150 1.487.007
Créditos tributários não ativados 4.049.848 309.138 351.028 4.007.958
Imposto de renda 2.977.830 227.308 258.109 2.947.029
Contribuição social 1.072.018 81.830 92.919 1.060.929

25. Remuneração a colaboradores


Os custos com remuneração e outros benefícios atribuídos ao pessoal chave da
Administração, formado pelo Conselho de Administração, pelo Conselho Fiscal,
Diretoria Executiva e pelos Comissionados, são apresentados como segue:
Em R$1,00

Descrição 2017 2016


Comissionados
Maior remuneração 22.836,64 22.836,64
Menor remuneração 5.518,94 5.518,94
Remuneração média dos comissionados 11.301,50 11.284,19
Dirigentes
Presidente 42.827,16 42.827,16
Diretoria:
Maior remuneração 40.787,77 40.787,77
Menor remuneração 40.787,77 40.787,77
Remuneração média dos dirigentes 41.195,65 41.195,65
Conselheiros
Conselho Fiscal 4.119,56 4.462,86
Conselho de Administração 4.119,56 4.462,86

26. Partes relacionadas


a) Controlador

O controlador da EMGEA é a União, que detém a participação da totalidade do


capital social.

b) Operações com administradores

Descrição 2017 2016


Honorários
Diretoria Executiva (i) 2.737 2.216
Conselho de Administração 249 265
Conselho Fiscal 149 163
Total 3.135 2.644
(i) Os valores informados referem-se a honorários, férias e gratificação natalina.

54
c) Transações com partes relacionadas

i. Entidade/Operações
Ativo / Receita / Ativo / Receita /
Entidades/operações (Passivo) (Despesa) (Passivo) (Despesa)
31.12.2017 2017 31.12.2016 2016
Secretaria do Tesouro Nacional
União 14.035 219 - -
Juros sobre capital próprio (i) (188.432) (58.093) (130.339) (16.085)
Dividendos a pagar (i) (4.899) (4.899) (49.431) -
Reserva Especial de Dividendos não distribuídos (i) (49.431) - - -
Fundos e Programas
FCVS (ii) (11.749.592) 248.684 (11.385.016) 479.133
FGTS (iii) (3.875.703) (246.748) (3.822.063) (305.265)
FDS (iii) (855) (13) (1.332) (38)
Caixa Econômica Federal
Depósito à vista (iv) 485 (13) 24.295 (32)
Valores a receber (iv) 22.438 17.433 33.145 21.049
Prestação de serviços (iv) (16.932) (217.999) (21.969) (227.447)
Valores a pagar (iv) (29.905) (8.771) (25.507) (11.654)
Aplicações financeiras (v) 263.839 20.867 156.422 21.607
Ajuste de Cessão (vi) - (114) (8.232) (1.630)
(i) Valor dos juros sobre capital próprio, dividendo mínimo obrigatório e reserva especial de
dividendos não distribuídos, calculado no percentual de 25% do lucro líquido ajustado, consoante
Art. 47 do Estatuto Social.
(ii) Corresponde aos valores residuais de contratos encerrados a serem ressarcidos pelo FCVS que
estão em processo de novação com aquele Fundo. Atualmente, esses contratos rendem juros de até
6,17% ao ano e são atualizados monetariamente de acordo com a variação da Taxa referencial de
Juros (TR).
(iii) A Empresa assumiu dívidas de longo prazo perante o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS), o Fundo de Desenvolvimento Social (FDS). Conforme previsto contratualmente, esses saldos
são atualizados de acordo com a variação da Taxa Referencial de Juros (TR) e rendem juros de
3,08% a 6% ao ano e Selic para dívida dos contratos renegociados em 24.2.2017 (FGTS) e 0,5% ao
ano (FDS).
(iv) A EMGEA realiza transações bancárias com a parte relacionada, como depósitos em conta
corrente, movimentação financeira objeto de prestação de contas, remuneração por serviços
prestados, nos termos do Contrato de Prestação de Serviços firmado entre a CAIXA e a EMGEA,
para administração dos contratos de crédito imobiliário e administração e venda de imóveis não de
uso.
(v) A EMGEA aplica parte de suas disponibilidades financeiras oriundas de recursos próprios por
intermédio da CAIXA, que são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias
praticadas no mercado.
(vi) Passivo assumido perante a CAIXA após o equacionamento das pendências decorrentes do
Ajuste de Cessão. Conforme previsto contratualmente, esse saldo é atualizado de acordo com a
variação da Taxa Referencial de Juros (TR) e rendem juros de 6,06% ao ano. Foi liquidado em
abril/2017.

55
d) Reembolso de empregados cedidos

Órgão de origem 2017 2016


Caixa Econômica Federal – CAIXA 7.363 12.245
Banco do Brasil – BB 485 761
Controladoria Geral da União – CGU 388 359
Ministério da Fazenda – MF 13 -
Secretaria Tesouro Nacional – STN - 111
Total 8.249 13.476

Para as funções comissionadas ocupadas por empregados originários da


Administração Pública Federal, a EMGEA ressarce integralmente os benefícios
oferecidos pelo Órgão ou Entidade de origem.

27. Gerenciamento de Riscos


a) Estrutura da gestão de risco

O gerenciamento de riscos na EMGEA integra a estrutura de Controles Internos da


Empresa, composta por três linhas de defesa.

Todas as unidades organizacionais são responsáveis, como primeira linha de


defesa, por identificar, avaliar, comunicar e monitorar permanentemente os riscos
relacionados aos processos na sua área de atuação e implementar ações de
controle para mitigá-los.

Em segunda linha de defesa, a unidade encarregada pela gestão de riscos e


controles internos, com atuação independente em relação às demais unidades
organizacionais, é responsável por assessorar e monitorar as atividades de gestão
de riscos e controles internos, bem como por realizar verificações de conformidade.

A Auditoria Interna, em terceira linha de defesa, é responsável por realizar


avaliações independentes da atuação das unidades organizacionais.

Nessa estrutura, o gerenciamento de riscos é realizado com os objetivos de:


a) assegurar que os responsáveis pela tomada de decisão, em todos os níveis da
Empresa, tenham acesso tempestivo a informações suficientes quanto aos
riscos aos quais ela está exposta;
b) aumentar a probabilidade de atingimento dos objetivos da Empresa, reduzindo
os riscos a níveis aceitáveis; e
c) agregar valor à Empresa por meio da melhoria dos processos de tomada de
decisão e do tratamento adequado dos riscos e dos impactos negativos de
eventuais materializações.
Para tanto, é utilizada metodologia composta por etapas sequenciais, que
abrangem:
a) identificação dos riscos, dos fatores internos e externos e das consequências;

56
b) avaliação da probabilidade de ocorrência e dos respectivos impactos dos riscos
inerentes e residuais;
c) estruturação e definição de respostas para os riscos identificados e priorizados
na avaliação;
d) identificação das medidas de controle necessárias, ou do aprimoramento
daquelas já existentes, para mitigar os riscos mapeados; e
e) comunicação dos resultados do trabalho às unidades gestoras e à alta
administração.

Os resultados das etapas de identificação e de avaliação alimentam uma matriz de


riscos que, considerando os níveis de probabilidade (possibilidade de materialização
de um determinado evento de risco) e de impacto (efeito da ocorrência do evento de
risco), permite identificar os riscos relevantes para a Empresa, ou seja, aqueles que
podem comprometer o atingimento dos objetivos e da Missão institucional.
Particularmente em relação aos riscos atrelados ao uso de instrumentos financeiros,
destacam-se os riscos de carteiras, de liquidez e de mercado:

b) Risco de carteira

O risco de carteiras se refere a degradação de créditos adquiridos e garantias a eles


vinculados (similar ao “risco de crédito”, característico de empresas que concedem
créditos).
Esse risco é alto, principalmente pelos impactos financeiros que a ocorrência de
eventos de risco relacionados às carteiras de créditos (composição detalhada nas
Notas 6 a 7.3), característicos da atividade fim da EMGEA, podem gerar para a
Empresa, com reflexos no alcance dos objetivos organizacionais.
Fatores de risco como concentração (exposições significativas a uma única
contraparte ou a grupos de contrapartes relacionadas por meio de características
comuns); contraparte (não cumprimento de obrigações contratuais pela contraparte);
qualidade do crédito (degradação da qualidade do crédito em decorrência da
redução da expectativa de sua realização) e garantia (inexistência ou degradação da
qualidade das garantias recebidas) podem ocasionar perdas.
Especificamente em relação ao fator concentração, este é caracterizado pelo fato de
os ativos da Empresa estarem, atualmente, constituídos em maior parte por créditos
perante o FCVS (Nota 10) – a União não tem efetuado novações de dívidas do
Fundo.
Para reduzir essa concentração, a EMGEA tem adotado as medidas possíveis no
seu âmbito de atuação, notadamente o acompanhamento e o cumprimento
tempestivos das normas e dos procedimentos definidos no regulamento do FCVS e
das demandas da sua Administradora.
Quanto aos fatores de contraparte, qualidade do crédito e garantia, são adotadas
ações de controle, que contemplam a definição de políticas, normas e
procedimentos específicos, incluindo a avaliação da atuação das empresas
prestadoras de serviços.

57
c) Risco de liquidez

O risco de liquidez decorre da possibilidade de ocorrer descasamento entre os


prazos previstos para o ingresso de recursos (recebimentos) e os prazos previstos
para o pagamento de compromissos assumidos.
O fluxo das obrigações da EMGEA, registradas no Passivo (Notas 13 a 21), no
encerramento dos exercícios de 2017 e 2016, por período de vencimento, está
sintetizado no quadro a seguir:

Dias 31.12.2017 31.12.2016


0 a 30 141.077 332.451
31 a 60 13.512 15.295
61 a 90 13.512 15.295
91 a 180 238.565 41.769
181 a 270 40.535 39.715
271 a 360 204.108 523.651
361 a 720 1.903.031 159.298
721 a 1.080 355.689 1.745.846
1.081 a 1.440 161.569 158.315
acima de 1.440 1.292.555 1.424.837
Total 4.364.153 4.456.472

Para mitigar o risco de liquidez, o fluxo de caixa é projetado anualmente e


acompanhado diariamente pela área financeira, o que permite a adoção de medidas
preventivas.
A mensuração e o monitoramento dos níveis de liquidez são reportados nas
reuniões da Diretoria Executiva e mensalmente aos Conselhos de Administração e
Fiscal.
Em 2017, contribuiu para a redução do risco de liquidez a renegociação da dívida
para com o FGTS, formalizada em 30.12.2016 e 24.2.2017. Na renegociação foi
pactuada carência de 36 meses (até dezembro/2019 e fevereiro/2020,
respectivamente) para pagamento das obrigações, mediante dação em garantia de
créditos perante o FCVS. Durante o período de carência, a dívida está sendo
atualizada pela taxa Selic. A renegociação foi formalizada ao amparo da Resolução
nº 809, do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS,
de 10.5.2016.
O risco de liquidez da EMGEA também é acompanhado pela União (acionista
controlador), por meio do Programa de Dispêndios Globais (PDG) elaborado e
aprovado anualmente.

d) Risco de mercado

O risco de mercado – mudança nos preços de mercado dos instrumentos


financeiros, incluindo variação cambial, taxa de juros e de preços – para a EMGEA,
se restringe à flutuação da Taxa Referencial de Juros - TR sobre as aplicações
financeiras.

58
A Empresa não atua no mercado de derivativos, câmbio ou com ativos referenciados
em moeda estrangeira.
As aplicações em títulos e valores mobiliários (detalhadas na Nota 5.2) são, em sua
maior parte, efetuadas em fundos de investimento exclusivos – BB Extramercado
FAE 2 e CAIXA Extramercado Exclusivo XXI –, ambos com política de investimentos
adequada à Resolução CMN nº 4.034/2011.
Em 2017 os referenciais de rentabilidade acompanharam a variação do sub índice
Anbima IRFM-1 (Índice de Renda Fixa de Mercado), cujas carteiras são compostas
por títulos públicos federais prefixados (LTN e NTN), de curto prazo.
Considerando o modelo estatístico do Valor em Risco (VaR - Value at Risk) – que
sintetiza a maior perda esperada dentro de um intervalo temporal de 1 dia e com
nível de confiança de 95% –, o risco de taxas de juros para os fundos de
investimento não produz impacto relevante sobre os resultados (0,01% sobre o
patrimônio líquido tanto do Fundo BB Extramercado FAE 2 como do Fundo CAIXA
Extramercado Exclusivo XXI).

Roberto Meira de Almeida Barreto


Diretor-Presidente

Antonio Luiz Bronzeado


Diretor

Carlos Eduardo da Silva Monteiro


Diretor

Daniele Lunetta
Diretor

Euclides Renato Deponti


Diretor

Marilene Beatriz Brum Paiva


Chefe de Contabilidade
Téc. Cont. CRC MG 076097/O-S DF

59
KPMG Auditores Independentes
SBS - Qd. 02 - Bl. Q - Lote 03 - Salas 708 a 711
Edifício João Carlos Saad
70070-120 - Brasília/DF - Brasil
Caixa Postal 8587
www.kpmg.com.br

Relatório dos auditores independentes sobre as


demonstrações financeiras

Aos Conselheiros e Diretores da


Empresa Gestora de Ativos S.A. - EMGEA
Brasília - DF

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras da Empresa Gestora de Ativos S.A. - EMGEA


(Companhia), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as
respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio
líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes
notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações
elucidativas.
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente,
em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Empresa Gestora de
Ativos S.A. - EMGEA em 31 de dezembro de 2017, o desempenho de suas operações e os seus
fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas
no Brasil.

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir
intitulada “Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras”.
Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes
previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo
Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de
acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e
apropriada para fundamentar nossa opinião.

60
Ênfase

Chamamos a atenção para a Nota Explicativa nº 10 às demonstrações financeiras, que descreve


que a EMGEA possui créditos a receber do Fundo de Compensação de Variações Salariais
(FCVS), originados de contratos de financiamento habitacionais. Em 31 de dezembro de 2017, os
financiamentos habitacionais encerrados com cobertura do FCVS e ainda não homologados
totalizam R$ 338.659 mil (R$ 661.792 mil em 2016), e a sua efetiva realização depende da
aderência a um conjunto de normas e procedimentos contidos em regulamentação do FCVS.
Adicionalmente, a realização dos créditos relacionados a financiamentos habitacionais já
homologados pelo FCVS, no montante de R$ 11.410.933 mil (R$ 10.723.224 mil em 2016), está
condicionada ao processo de novação, conforme previsto pela Lei nº 10.150/2000. Nossa opinião
não contém ressalva relacionada a esse assunto.

Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras e o relatório dos


auditores

A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o


Relatório da Administração.
Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não abrange o Relatório da Administração e
não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório.
Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, nossa responsabilidade é a de ler o
Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante,
inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria
ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho
realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos
requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.

Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações


financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos
que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras
livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da
capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos
relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das
demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou
cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento
das operações.
Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela
supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas
em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou
erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de
segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas

61
brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes
existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes
quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva
razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações
financeiras.
Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da
auditoria. Além disso:
– Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras,
independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos
de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e
suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante
resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato
de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas
intencionais.
– Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos
procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de
expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.
– Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas
contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.
– Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade
operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em
relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à
capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza
relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas
divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as
divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de
auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem
levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.
– Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras,
inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes
transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.
Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do
alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive
as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos
trabalhos.

Brasília, 29 de março de 2018


KPMG Auditores Independentes
CRC SP-014428/O-6 F-DF

Marcelo José de Aquino


Contador CRC 1SP183836/O-6

62
PARECER DO CONSELHO FISCAL
1. O Conselho Fiscal da Empresa Gestora de Ativos S/A – EMGEA, em
cumprimento ao disposto no Art. 39, II e III, do Estatuto Social da EMGEA, aprovado
pela Assembleia Geral Extraordinária de 21.11.2017, e o Art. 163, II, III e VII da Lei
nº 6.404/76, e no exercício de suas atribuições legais, examinou os seguintes
documentos emitidos pela EMGEA e aprovados pelo Conselho de Administração:
- Demonstrações FINANCEIRAS e suas respectivas notas explicativas, bem como o
Relatório da Administração, ambos referentes ao exercício social encerrado em 31
de dezembro de 2017; e
- Proposta de Destinação do Resultado do exercício de 2017, apresentada nos
seguintes termos:
(em R$)
Lucro líquido do exercício 190.216.450,00
Destinações:
1. Reserva Legal 9.510.822,50
2. Juros sobre o capital próprio (imputados aos Dividendos) 45.176.406,87
3. Reserva de aquisição de ativos operacionais 135.529.220,63

2. Os membros do Conselho Fiscal, à vista dos documentos apresentados pela


Administração, e levando em consideração as observações consignadas no relatório
dos Auditores Independentes da KPMG, o qual, a despeito de ter registrado uma
ênfase, não apresentou ressalvas, entendem que as Demonstrações Financeiras e o
Relatório de Administração refletem adequadamente a situação financeira e
patrimonial da Empresa, razão pela qual os documentos descritos no item 1 deste
Parecer estão em condições de serem submetidos à deliberação da Assembleia
Geral Ordinária de Acionistas da Empresa.
3. O Conselho Fiscal registra que o Ministro Relator da Representação TC
023.999/2015-2, em curso no Tribunal de Contas da União - TCU, revogou, em 29
de janeiro de 2016, “...a medida cautelar, adotada, em 29 de dezembro de 2015,
ratificada pelo Plenário em 27/1/2016, no sentido de que a Empresa Gestora de
Ativos (Emgea) se abstivesse de efetuar pagamentos de Participação dos Lucros e
Resultados (PLR) e dividendos relativos ao exercício de 2015 e a partir do exercício
de 2016 até que o Tribunal decidisse sobre o mérito dos presentes autos, nos
termos do art. 45 da Lei 8.443/1992”.
4. Posteriormente, a Secretaria de Controle Externo da Fazenda Nacional -
SecexFazenda da Secretaria-Geral de Controle Externo do Tribunal de Contas da
União – TCU reiterou, em sua manifestação do dia 25 de junho de 2017, a seguinte
consideração:
59. Cabe aqui reiterar as considerações e encaminhamentos da SecexFazenda
à peça 49:
66. De acordo com o art. 3º, II, da Resolução do Conselho de Coordenação e

63
Controle das Empresas Estatais – CCE010, DE 30 DE MAIO DE 1995, é
vedada a distribuição, aos empregados, de qualquer parcela dos lucros ou
resultados apurados nas demonstrações contábeis e financeiras, que
servirem de suporte para o cálculo, se a empresa estatal possuir dívida
vencida, de qualquer natureza ou valor, com órgão e entidades da
Administração Pública Federal direta ou indireta, com fundos criados por Lei
ou com empresas estatais, mesmo que em fase de negociação administrativa
ou cobrança judicial;
5. Diante do constante na manifestação do TCU em epígrafe, a Diretoria da
EMGEA, com respaldo em manifestação da Superintendência Financeira
(Memorando nº 981/2018 – SUFIN) e na Superintendência de Contabilidade
(Memorando nº 980/2018 – SUCOR) e com suporte em certidões de regularidade
fiscal, declarou a pedido deste Conselho Fiscal que a empresa não possui dívida
vencida, de qualquer natureza ou valor, com órgão e entidade da Administração
Pública Federal direta ou indireta, com fundos criados por lei ou empresas estatais,
mesmo que em fase de negociação administrativa ou cobrança judicial. A referida
declaração foi ratificada pela Auditoria Interna da EMGEA (Memorando nº
0982/2018).
6. Por último, registra-se que consta na ata da 1ª Assembleia Geral Ordinária
realizada em 19 de abril de 2017 (data posterior à revogação da medida cautelar
citada acima) que: “A acionista única, por meio de seu representante, dispensou a
leitura dos documentos, por já serem esses do conhecimento de todos, tendo
deliberado por (I) aprovar o relatório de administração e as demonstrações
financeiras da EMGEA referentes aos exercícios de 2015 e 2016, condicionada à
aprovação aos efeitos que poderão advir com a decisão final do Tribunal de Contas
da União – TCU na Representação nº 23.999/2015-2;”.

Brasília, 29 de março de 2018.

Helder Calado de Araújo


Presidente

Maíra Souza Gomes


Conselheira

Hélio Saraiva Franca


Conselheiro suplente

64
MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
O Conselho de Administração da Empresa Gestora de Ativos S/A– EMGEA, em
cumprimento ao disposto no Art. 29, inciso VII, alínea “a” do Estatuto Social da
EMGEA, aprovado por meio da Assembleia Geral Extraordinária de 21.11.2017, e no
Art. 142, inciso V, da Lei nº 6.404/1976, após haver examinado e discutido as
Demonstrações Financeiras da EMGEA e respectivas Notas Explicativas,
considerando o Relatório da KPMG Auditores Independentes e o Parecer do
Conselho Fiscal, manifesta-se favoravelmente à aprovação das Demonstrações
Financeiras 2017, da Proposta de Destinação do Resultado do exercício de
2017, e do Relatório da Administração referente ao exercício de 2017, conforme
proposta constante do Voto CA nº 10/2018, de 27.3.2018. Por fim, o Colegiado
registra que, conforme disposto na alínea “a” do item 22 das Notas Explicativas das
Demonstrações Financeiras de 2017, está pendente de julgamento no Tribunal de
Contas da União – TCU a Representação nº TC 23.999/2015-2, que trata da
redução do capital social da EMGEA havida em 2012.

Brasília, 29 de março de 2018

Leonardo Silveira do Nascimento Gustavo Sampaio de Arrochela Lobo


Presidente Conselheiro

Rodrigo Toledo Cabral Cota Ronaldo Affonso Nunes Lopes Baptista


Conselheiro Conselheiro

Roberto Meira de Almeida Barreto


Conselheiro

65

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