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Licenciado para - Lucas - 35156974000143 - Protegido por Eduzz.com


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SUMÁRIO:

1. DESCOMPLICANDO O SETOR FISCAL ..................................................... 04


 Importância do Setor Fiscal ........................................................................... 04
 O que é o Setor Fiscal? ................................................................................. 04
 Importância do Setor Fiscal para uma Empresa ........................................... 05
 Como a tecnologia impacta no Setor Fiscal .................................................. 05

2. INTRODUÇÃO A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ............................................ 06


 Hierarquia dos Atos Legais ............................................................................. 06
 Princípios Gerais ............................................................................................. 08
 Instituição dos Tributos ................................................................................... 09
 Classificação dos Tributos .............................................................................. 10
 Cumulatividade x Não Cumulatividade .......................................................... 12
 Exercício de Fixação ...................................................................................... 13

3. IRPJ E CSLL ................................................................................................... 15


 IRPJ E CSLL – APURAÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO ........................... 16
 Deduções da Receita Bruta da Atividade ......................................................... 18
 Cálculo do Lucro Presumido ............................................................................. 19
 Tabela Prática de Percentuais – IRPJ .............................................................. 20
 Demais Receitas e Ganhos de Capital ............................................................. 21
 Cálculo do Imposto Devido ............................................................................... 21
 Deduções do Imposto ....................................................................................... 22
 Recolhimento do Imposto ................................................................................. 22
 IRPJ E CSLL – APURAÇÃO PELO LUCRO REAL ......................................... 23
 Periodicidade ................................................................................................... 23
 Formas de Cálculo ........................................................................................... 24
 Apuração Trimestral ......................................................................................... 24
 Apuração Anual ................................................................................................ 24
 Definição da Opção .......................................................................................... 26
 Cálculo da Estimativa Mensal a Ser Recolhida ................................................ 26
 Balancetes Mensais de Suspensão ou Redução ............................................. 27
 Requisitos dos Balanços ou Balancetes das Estimativas................................. 29
 Pagamento do Saldo do Ajuste Anual .............................................................. 30
 APURAÇÃO PELO LUCRO ARBITRADO ....................................................... 30
 Percentuais de arbitramento do lucro ............................................................... 31
 Receita não bruta conhecida ............................................................................ 32
 Cálculo do imposto devido ................................................................................ 33
 Deduções do imposto ....................................................................................... 33

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4. IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZOS ........................... 34


 Não se considera industrialização ................................................................. 35
 Conceito de estabelecimento industrial ......................................................... 36
 Apuração do imposto ..................................................................................... 38
 Não Cumulatividade ...................................................................................... 39

5. PIS E COFINS ............................................................................................... 40

 Isenção / Não Incidência ................................................................................ 41


 Base de Cálculo das Contribuições ............................................................... 41
 Exclusões Admitidas ...................................................................................... 42
 Alíquotas do PIS e da COFINS ...................................................................... 43
 Créditos do PIS/PASEP e da COFINS "Não-Cumulativo" ............................ 43
 Recolhimento ................................................................................................. 46
 Sistemática de apuração ............................................................................... 46

6. SIMPLES NACIONAL ................................................................................... 49


 Definição de Micro Empresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) ...... 50
 Tributos abrangidos ....................................................................................... 50
 Receita Bruta ................................................................................................. 51
 Cálculo ........................................................................................................... 52
 Vedações ao ingresso no Simples Nacional ................................................. 54
 Atividade Impeditivas ..................................................................................... 55

7. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS - ICMS .............. 55


 Aspectos Gerais ............................................................................................. 55
 Constituição Federal de 1988 ........................................................................ 56
 Documentos Fiscais ....................................................................................... 59
 Escrituração Fiscal ........................................................................................ 60

8. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS – ISSQN ...................................................... 62


 Legislação aplicável ...................................................................................... 62
 Fato Gerador do ISSQN ................................................................................ 64
 Lista de Serviços ............................................................................................ 64
 Local da Incidência do ISSQN ....................................................................... 66
 Sujeição Passiva ............................................................................................ 67
 Responsável/Contribuinte Substituto ............................................................. 67
 Base de Cálculo ............................................................................................. 68
 Alíquotas ........................................................................................................ 68
 ISSQN e o Simples Nacional ......................................................................... 68

9. OBRIGAÇÕES FEDERAIS ........................................................................... 69

 Obrigações Federais ..................................................................................... 69


REFERÊNCIAS .................................................................................................. 71

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DESCOMPLICANDO O SETOR FISCAL

Importância do Setor Fiscal

O departamento fiscal é uma das áreas essenciais para a continuidade das operações de
uma empresa. Independentemente do segmento de atuação ou do porte da empresa, todas as
pessoas jurídicas brasileiras precisam lidar com inúmeras exigências legais relacionadas a
tributos, obrigações acessórias e diversas mudanças na legislação sobre o tema.

Apesar de ter as suas atividades muito relacionadas apenas ao cumprimento de


obrigações legais e realização de atividades de alto grau burocrático, a verdade é que o
departamento fiscal pode ter um papel de protagonista para o sucesso de uma empresa – seja
garantindo o cumprimento de todas as obrigações legais, reduzindo custos ou gerando
informações úteis para a gestão empresarial.

O que é o Setor Fiscal?

Para as pessoas que não lidam diretamente com o departamento fiscal, é muito comum
ter a ideia de que os profissionais desse setor passam o dia inteiro apenas lançando notas fiscais
e calculando impostos. Entretanto, essas atividades manuais ocupam cada vez menos tempo nas
rotinas desses profissionais – que também exercem uma importante função estratégica.

Entender todas as funções desempenhadas pelo departamento fiscal é muito importante


para compreender a sua importância dentro de uma organização. Veja quais são as principais
delas:

 Recebimento e escrita fiscal – que é a rotina de receber e escriturar todas as notas fiscais;

 Conferência de toda documentação fiscal;

 Lançamentos fiscais de entradas e saídas;

 Emissão de notas fiscais de devolução, remessa para conserto e industrialização;

 Atualização constante para acompanhar as mudanças na legislação fiscal e tributária;

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 Apuração de tributos;

 Análise dos dados cadastrais dos fornecedores junto ao Fisco;

 Auxílio na determinação de classificação Fiscal de novos produtos comercializados;

 Entrega de obrigações acessórias – como as Escriturações Fiscais e Contábeis Digitais


(EFD’s) via Sistema Público de Escrituração Digital (SPED).

Importância do Setor Fiscal para uma Empresa

Como você pode deduzir com base nas funções exercidas pelo departamento fiscal, esse
setor possui uma grande importância para que uma organização continue operando
tranquilamente. Para reforçar o papel do departamento fiscal, vamos analisar os principais
benefícios da atividade desempenhada pela área fiscal:

 Cumprimento de todas as obrigações fiscais em dia, criando uma boa relação com o Fisco
e reduzindo os problemas com a fiscalização – que podem gerar multas;

 Aproveitamento de benefícios fiscais que podem ser responsáveis por reduzir os custos
operacionais de uma empresa e impactar positivamente nos resultados financeiros;

 Geração de informações úteis que podem ser aproveitadas pelo gestor da empresa na
tomada de decisão;

 Agilidade nos processos internos e garantia da circulação das mercadorias vendidas pela
empresa;

 Otimização e previsibilidade do fluxo de caixa em relação aos compromissos fiscais que


geram custos – como o pagamento de impostos, taxas e contribuições.

Como a tecnologia impacta no Setor Fiscal

Ao longo deste capitulo, entendemos melhor todas as funções que são desempenhadas
pelo departamento fiscal, certo? Conforme abordamos anteriormente, grande parte dos
processos manuais e repetitivos não são mais realizados pelo trabalho humano, mas sim
por soluções digitais que permitem a automação de processos.

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Isso só é possível graças à evolução tecnológica e softwares específicos para auxiliar o


departamento fiscal. Entre essas soluções estão aquelas que permitem o gerenciamento de
documentos fiscais e guias de tributos ou mesmo o cálculo automático dos impostos.

Os departamentos fiscais que conseguem incorporar essas novas ferramentas de


automação conseguem dar um salto no seu desempenho e alcançar resultados ainda mais
satisfatórios – eliminando custos e aumentando a produtividade do setor. Dessa forma, toda a
organização sai ganhando.

2. INTRODUÇÃO A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA


O objetivo desse módulo é fornecer aos alunos um contato inicial com o Sistema
Tributário Brasileiro, apresentando os princípios constitucionais que regem a ordem jurídico
tributária no país de forma simples e prática. Dessa forma, proporcionar uma maior segurança na
aplicação da legislação tributária e melhor a aplicação na relação fisco-contribuinte.
Vamos começar falando sobre a Hierarquia dos Atos Legais... Para que você possa fazer
uma aplicação prática das normas tributárias é fundamental o entendimento a respeito da
hierarquia dos atos legais, das leis. Acima de todas as normas está a Constituição Federal e
abaixo dela estão os demais atos legais e normativos que não podem contrariá-la, sobre o risco
de tornar uma determinada lei “inconstitucional”.
Abaixo vou apresentar de maneira esquematizada a pirâmide de hierarquia das normas,
fundamental para uma visão prática da legislação tributária.

1. Constituição Federal
2. Emendas Constitucionais
3. Leis Complementares
4. Convenções e Tratados Internacionais
5. Leis Ordinárias
6. Leis Delegadas
HIERARQUIA
DOS ATOS 7. Medidas Provisórias
LEGAIS
8. Decretos Legislativos
9. Resoluções do Senado Federal
10. Decretos do Poder Executivo
11. Portarias
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Importante destacar que essa esquematização não é unanime, se trata de uma adaptação
do entendimento de alguns tributaristas e doutrinadores, podendo haver diferenças de
interpretações.

Constituição Federal: É a lei maior de um Estado (país). Trata-se de um conjunto de normas


reguladoras que instituem os pilares jurídicos de uma nação. A atual constituição brasileira é de
1988.

Emenda Constitucional: É uma modificação na constituição de um Estado (país), resultando em


mudanças pontuais no texto constitucional, as quais são restritas a determinadas matérias, não
podendo, apenas, ter como objeto a abolição das chamadas cláusulas pétreas.

Lei Complementar: É uma lei que, tem como propósito, complementar e explicar algo à
constituição.

Convenções e Tratados Internacionais: São acordos firmados por dois ou mais países de direito
internacional, resultante da convergência de suas vontades.

Lei Ordinária: É um ato normativo primário e contém, em regra, normas gerais e abstratas.
Embora as leis sejam definidas, normalmente, pela generalidade e abstração, estas contêm, não
raramente, normas singulares.

Lei Delegada: É um ato normativo elaborado pelo chefe do poder executivo no âmbito federal,
com a solicitação ao Congresso Nacional, relatando o assunto que irá legislar.

Medidas Provisória: É um ato unipessoal do presidente da República, com força imediata de lei,
sem a participação do Poder Legislativo, que somente será chamado a discuti-la e aprova-la em
momento posterior.

Decreto Legislativo: É um ato normativo de competência exclusiva do Poder Legislativo com


eficácia análoga a de uma lei.

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Resolução do Senado Federal: É um instrumento do Poder Legislativo destinado ao exercício das


competências privativas constitucionais do Senado Federal.

Decreto do Poder Executivo: É uma norma jurídica expedida pelo chefe do Poder Executivo com
a intenção de pormenorizar as disposições gerais e abstratas da lei, viabilizando sua aplicação em
casos específicos.

Portaria: É um documento oficial assinado por um chefe de estado. É um ato administrativo


normativo que visa a correta aplicação da lei.

Continuando o estudo do Sistema Tributário Nacional, nós temos o artigo 150 da Constituição
Federal que institui limitações ao poder de tributar e apresenta os Princípios Gerais e as
Imunidades que norteiam a ordem jurídico tributária. Outros princípios são também
apresentados nos artigos, 142, 152 e 155, abaixo explicarei cada um desses princípios.

1. Princípio da Legalidade
Não há imposto sem lei. Esse princípio é muito amplo e não se restringe apenas em proibir que o
tributo seja cobrado ou majorado sem lei, mas sim disciplinar várias regras relacionadas a
tributação objetivando um ordenamento jurídico mais justo.

2. Princípio da Igualdade
É vedado instituir um tratamento desigual entre os contribuintes que se encontrem em situações
equivalentes, dessa forma é proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou
função.

3. Princípio da Irretroatividade
É proibido cobrar impostos em relação aos fatos ocorridos antes da vigência da lei que os houver
instituídos ou aumentados.

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4. Princípio da Anterioridade
Impedir que sejam cobrados tributos no mesmo exercício financeiro em que foi publicada a lei
que o instituiu ou aumentou.

5. Princípio Nonagesimal
É vedada a cobrança de tributos antes de decorridos noventa dias da data da publicação da lei
que o instituiu ou majorou. Com isso, mesmo que um tributo seja cobrado ou majorado no
exercício anterior, não poderá ser exigido pela autoridade fiscal antes de 90 dias. É benéfico ao
contribuinte quando as alterações ocorrem no final do ano.

6. Princípio da Vedação ao Confisco


É proibido usar o tributo como efeito de confisco, esse principio visa garantir o direito de
propriedade.

7. Imunidade ao Tráfego
É proibido exercer limitação ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos. Ressalvadas a
cobrança de pedágio.

8. Capacidade Contribuitiva
Sempre que possível os tributos terão caráter pessoal, e serão graduados conforme a capacidade
econômica do contribuinte.

9. Uniformidade Quanto a Procedência


É proibido estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, em razão de sua procedência
ou destino.

INSTITUIÇÃO DOS TRIBUTOS

A união, os Estados, o Distrito Federal, e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:


- Impostos, taxas e contribuições.

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Definição de Tributo
Artigo 3 do CTN – Lei Complementar n° 5.172 de 1966
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,
que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.

IMPOSTOS
Art. 16 do CTN – Código Tributário Nacional
Imposto é um tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

TAXAS
Art. 77 do CTN – Código Tributário Nacional
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no
âmbito de suas respectivas atribuições, tem como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial de serviço público especifico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto a sua disposição.

CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
Art. 81 do CTN – Código Tributário Nacional
A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito e suas respetivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado.

Classificação dos Tributos

Os tributos podem ser classificados em: Direto, indireto, adicional, fixo, proporcional,
progressivo, regressivo, real, pessoal, extrafiscal e parafiscal.

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DIRETOS
Incidem sobre o Contribuinte de Direito, diretamente sobre a renda ou patrimônio, não
possibilitando, pelo menos teoricamente, o repasse do ônus tributário.

INDIRETOS
Incidem sobre o Consumo, onde o Contribuinte de Direito repassa o ônus fiscal para o
Contribuinte de Fato.

ADICIONAL
Quando o seu fato gerador é ocasionado pelo pagamento de outro tributo. Como por exemplo, o
adicional do IRPJ.

FIXO
Quando seu valor é determinado em quantia certa, independentemente de cálculos. Como pro
exemplo, o ISS dos profissionais liberais.

PROPORCIONAL
Quando estabelecido em porcentagem incidente sobre a base tributável, crescendo o valor do
imposto apenas quando o valor base para o cálculo sofra crescimento, como por exemplo, o
ICMS, PIS e COFINS sobre as receitas.

PROGRESSIVO
Quando suas alíquotas são fixadas em porcentagens variáveis e crescentes, conforme a elevação
da base tributável, como por exemplo o IRPF.

REGRESSIVO
São cobrados em porcentagens iguais sobre os contribuintes, independente da capacidade
econômica daqueles que suportam o ônus fiscal. Os contribuintes com menores condições
econômicas, acabam pagando (proporcionalmente) maior parcela do tributo. Como por exemplo,
ICMS, PIS e COFINS.

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REAL
É o imposto baseado em bens reais, físicos. São também denominados de impostos sobre o
patrimônio, como por exemplo IPVA, IPTU e ITR.

PESSOAL
É o imposto que estabelece diferenças tributárias em virtude de condições inerentes ao
contribuinte. Tributa-se sobre a capacidade econômica, como é o caso do IR das pessoas físicas e
jurídicas.

EXTRAFISCAL
Tributo que não visa somente a arrecadação e sim, corrigir anomalias econômicas, como por
exemplo o Imposto de Exportação.

PARAFISCAL
Contribuição cobrada por autarquia, órgãos paraestatais, profissionais ou sociais, para custear
seu funcionamento autônomo, como por exemplo as anuidades de categorias profissionais, CRC,
CREA, OAB e etc.

CUMULATIVO x NÃO CUMULATIVO

Os tributos indiretos podem ser cumulativos ou não cumulativos.


Os tributos cumulativos, incidem de maneira integral e uniforme em todas as etapas da cadeia
economia. Já os tributos não cumulativos incidem sobre o valor agregado em cada etapa.

OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
Art. 113 do CTN – Código Tributário Nacional
A obrigação tributária é principal ou acessória.
A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objetivo o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
Exemplos: ICMS, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL e etc.

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A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objetivo ás prestações, positivas
ou negativas, nelas previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. O
simples fato de inobservância dessa obrigação, converte-se em obrigação principal relativamente
a penalidade pecuniária.

 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO DO MÓDULO

1. Esquematize de maneira hierárquica os atos normativos abaixo apresentados:

- Decretos Legislativos - Emendas Constitucionais


- Leis Delegadas - Convenções e Tratados Internacionais
- Constituição Federal - Resoluções do Senado Federal
- Portarias - Decretos do Poder Executivo
- Leis Complementares - Leis Ordinárias
- Decretos do Poder Executivo

1. ________________________________________
2. ________________________________________
3. ________________________________________
4. ________________________________________
5. ________________________________________
6. ________________________________________
7. ________________________________________
8. ________________________________________
9. ________________________________________
10. _______________________________________
11. _______________________________________

2. Diferencie uma Lei Complementar de uma Emenda Constitucional


_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

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_______________________________________________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________________________________

3. Cite e explique 03 princípios gerais da legislação tributária:


_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________

4. Complete a definição de tributo:

Tributo é toda prestação pecuniária ____________, em ___________ ou cujo valor nela se


possa exprimir, que não constitua ______________________, instituída em ________ e
cobrada mediante _________________ plenamente vinculada.

5. Os tributos se dividem em 03 (três categorias) que são:


a) Impostos, pedágios e taxas
b) Impostos, taxas e tributos
c) Impostos, anuidades de conselhos de classe e taxas
d) Impostos, taxas e contribuições
e) Impostos, IPVA, IRPJ e CSLL

6. Diferencie os tributos Diretos dos Indiretos:


_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________

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7. Conceitue abaixo as classificações dos tributos:


a) PESSOAL:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________
b) PROGRESSIVO:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________
c) EXTRAFISCAL:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________
d) REAL:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________

8. Cite 05 (cinco) exemplos de obrigações acessórias de caráter federal, estadual e


municipal:
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________

3. IRPJ E CSLL

Desde a instituição do chamado sistema de bases correntes a partir do ano-calendário de


1992, o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ e a Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido - CSLL são devidos na medida em que os rendimentos e lucros forem sendo auferidos. A
apuração dos valores a pagar se faz num período de tempo dado pela lei. É o chamado período
de apuração.
O período de apuração que era mensal até o ano-calendário de 1996, agora é como regra,
trimestral. A apuração anual, com recolhimentos mensais por estimativa é uma opção deferida

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às pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, obrigatoriamente ou por terem escolhido esta
sistemática de tributação.
As empresas optantes pelo lucro presumido apuram o imposto de renda e a contribuição
social sobre o lucro trimestralmente. O regime tributário escolhido pela empresa deve respeitar
sua atividade, desenvolvimento econômico, lucratividade, dentre outros aspectos inerentes ao
planejamento tributário da pessoa jurídica.
A opção é realizada no primeiro pagamento referente ao IRPJ do ano-calendário, sendo
irretratável para o mesmo ano-calendário.
Outra decisão a ser tomada é o regime de recolhimento (Caixa x Competência) o regime
de competência trata a tributação na existência do fato gerador já o regime de caixa trata a
tributação na existência de um recebimento. Ademais, esta definição é importante para a gestão
e saúde financeira da pessoa jurídica.

IRPJ E CSLL – APURAÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO

Desde 1º de janeiro de 1997, o lucro presumido passou a ser apurado trimestralmente


nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, ou
na data de extinção da pessoa jurídica, ocorrida no curso do ano-calendário.

No lucro presumido a apuração dos valores devidos é feita sobre um lucro estimado com
base na receita bruta e acréscimos, mas nada impede que essa pessoa jurídica faça os
pagamentos mensais, com o código de presumido (2089), ao invés da apuração trimestral, desde
que ajuste o adicional devido no último mês do trimestre. Observe que, muito embora os
pagamentos sejam efetuados (a critério da pessoa jurídica) de forma mensal, os campos
"período de apuração", e "data de vencimento", devem ser sempre preenchidos em relação à
periodicidade trimestral, de forma a demonstrar claramente que se trata de pagamento
antecipado, ou seja, de recolhimento aos cofres públicos antes de sua data de vencimento.

A opção pela sistemática do lucro presumido só pode ser exercida pelas empresas
industriais, comerciais ou de prestação de serviços cuja receita bruta no ano-calendário anterior
tenha sido de até R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais).

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Quando a pessoa jurídica tenha iniciado atividades no decorrer do ano, o limite é de R$


6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de
atividade naquele ano.

A opção por esta modalidade de tributação é formalizada no decorrer do ano-calendário,


e manifestada com o recolhimento no mês de abril da primeira ou única cota correspondente ao
primeiro período trimestral de apuração do ano-calendário (Janeiro a março). É preciso muito
cuidado neste ponto, pois uma vez feita a opção ela é irretratável para todo o ano-calendário. As
empresas que iniciarem atividades a partir do mês de abril do ano-calendário manifestam a
opção pelo lucro presumido com o pagamento do imposto relativo ao trimestre em que se deu o
evento.

É comum as empresas confundirem o lucro presumido com os pagamentos mensais por


estimativa. Embora ambas as sistemáticas tenham por base a presunção do lucro, o traço
marcante da diferenciação está na periodicidade dos pagamentos (o presumido é trimestral e a
estimativa é mensal) e, principalmente, no código do DARF relativo ao primeiro recolhimento no
ano-calendário.

Não podem optar pela sistemática do lucro presumido:

 entidades financeiras;

 empresas que aufiram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

 empresas que usufruam benefícios fiscais de isenção ou redução do imposto de renda,


calculados com base no lucro da exploração (empresas geralmente sediadas nas áreas da
SUDENE e SUDAM);

 empresas de prestação de serviço de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de


crédito (factoring);

 as imobiliárias de construção, incorporação, compra e venda de imóveis que tenham


registro de custo orçado, nos termos das normas aplicáveis a essas atividade;

 constituídas como Sociedade de Propósito Específica - SPE, nos termos do art. 56 da Lei
Complementar nº 123/2006.

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As pessoas jurídicas que promoverem incorporação imobiliária devem observar Regime


Especial de Tributação instituído pela Lei nº. 10.931/2004.

A base de cálculo do imposto de renda sobre o lucro presumido é apurada a partir da


totalidade das receitas decorrente da atividade da pessoa jurídica ou não, ou seja, ganhos de
capital oriundos de atividades não pertencentes a segmentação da empresa serão considerados,
também.

A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações
de conta alheia (consignação, por exemplo).

Na receita bruta não se incluem os impostos não cumulativos cobrados destacadamente


do comprador ou contratante, além do preço do bem ou serviço, e dos quais o vendedor dos
bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário, a exemplo do IPI.

O ICMS devido pela pessoa jurídica, na qualidade de contribuinte, não deve ser excluído
da receita bruta. Entretanto o ICMS cobrado do adquirente, a título de substituição tributária,
não integra a receita bruta.

Nas vendas a prazo, o custo do financiamento, contido no valor dos bens ou serviços ou
destacado na nota fiscal, integra a receita bruta como complemento do preço de venda.

Deduções da Receita Bruta da Atividade

Podem ser deduzidos da receita bruta da atividade as seguintes parcelas:

 as vendas canceladas;

 os descontos incondicionais concedidos (descontos na nota fiscal); e

a) os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou


contratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero
depositário (IPI e os tributos cobrados na condição de substituto tributário).

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Cálculo do Lucro Presumido

O imposto de renda das empresas incide sobre o lucro. As empresas optantes pelo lucro
presumido devem presumir o lucro auferido em cada trimestre, e essa presunção é feita pela
aplicação de percentuais de lucratividade ditados pela lei:

 comércio e Indústria: 8,0% (oito por cento);

 revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e


gás natural: 1,6% (um inteiro e seis décimos por cento);

 serviços em geral: 32,0% (trinta e dois por cento);

a) serviços hospitalares e de transporte de carga: 8% (oito por cento);

 demais serviços de transporte: 16% (dezesseis por cento); e

A base de cálculo mensal do imposto de renda das pessoas jurídicas prestadoras de


serviços em geral, exceto serviços hospitalares e de transporte, bem como aqueles prestados por
sociedades prestadoras de serviços de profissões legalmente regulamentadas, cuja receita bruta
anual seja de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), poderá ser determinada mediante a
aplicação do percentual de 16% sobre a receita bruta auferida mensalmente.

A pessoa jurídica que houver utilizado a alíquota reduzida de 16,0%, cuja receita bruta
acumulada até um determinado mês do ano-calendário exceder o limite de R$ 120.000,00, ficará
sujeita ao pagamento da diferença de estimativa não recolhida, apurada em relação a cada
trimestre transcorrido, até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrer o
excesso, sem acréscimos legais.

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Tabela Prática de Percentuais - IRPJ

Percentuais Reduzidos
Percentuai
ATIVIDADES Receita Anual até R$
s
120.000,00*

Serviços de transporte de cargas 8,0

Sobre a receita bruta dos serviços hospitalares 8,0

Sobre a receita bruta de construção por


empreitada, quando houver emprego de materiais
8,0
em qualquer quantidade (Ato Declaratório
Normativo COSIT nº. 06/97).

Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e Atividades que não


venda de imóveis construídos ou adquiridos para 8,0 podem se beneficiar da
revenda redução do percentual

Serviços de transporte de passageiros 16,0

Revenda de combustíveis derivados de petróleo e


1,6
álcool, inclusive gás

Prestadoras de serviços relativos ao exercício de


profissões legalmente regulamentada, inclusive 32,0
escolas (S/C do antigo regime do DL 2.397)

Intermediação de negócios, inclusive corretagem


(seguros, imóveis, dentre outros) e as de 32,0 16,0
representação comercial

Administração, locação ou cessão de bens imóveis,


32,0 16,0
e móveis.

Construção por administração ou por empreitada


32,0 16,0
unicamente de mão de obra

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Prestação de serviços de gráfica, com ou sem


fornecimento de material, em relação à receita
32,0 16,0
bruta que não decorra de atividade comercial ou
industrial

Prestação de serviços de suprimento de água


tratada e coleta de esgoto e exploração de rodovia
32,0 16,0
mediante cobrança de pedágio (Ato Declaratório
COSIT nº. 16/2000)

Diferencial entre o valor de venda e o valor de


32,0 16,0
compra de veículos usados

O Cálculo da presunção do lucro, para fins de CSLL deverá ser feito pela soma das receitas
brutas auferidas ou recebidas no trimestre e aplicar o percentual de:

 12%, no caso de comércio, indústria e prestação de serviços hospitalares, de transportes


e construção por empreitada com emprego de materiais;

 32%, no caso das prestações de serviços não contempladas no percentual de 12%.

Demais Receitas e Ganhos de Capital

Calculado o lucro presumido, a empresa deverá adicionar a esse lucro, integralmente, os


ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as
demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pela atividade,
auferidos no trimestre.

Cálculo do Imposto Devido

O imposto de renda das pessoas jurídicas é calculado pela aplicação da alíquota de 15%
(quinze por cento) sobre a base de cálculo (lucro presumido mais demais receitas e ganhos de
capital)

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Incide também um adicional do imposto de renda à alíquota de 10% (dez por cento) sobre
a parcela da base de cálculo (lucro presumido mais demais receitas e ganhos de capital) que
exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período
de apuração, ou seja, R$ 60.000,00 quando o período de apuração englobar os três meses do
trimestre.

A empresa que optar por antecipar em cada mês do trimestre os pagamentos do lucro
presumido, deve deixar o adicional para o encerramento do trimestre, sob pena de incorrer em
pagamento a maior, pois o limite deve ser calculado no trimestre.

A CSLL é calculada pela aplicação da alíquota de 9% (nove por cento) sobre a base de
cálculo (lucro presumido mais demais receitas e ganhos de capital)

Deduções do Imposto

Do imposto devido a empresa poderá deduzir:

 o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo;
 os créditos, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativos aos tributos e
contribuições administrados pela Receita Federal, objeto de declaração de compensação;
 o saldo negativo de IRPJ e CSLL de trimestres anteriores.

O saldo negativo de IRPJ e CSLL poderá ser restituído ou compensado a partir do


encerramento do trimestre, acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Selic para
títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subseqüente ao do
encerramento do período de apuração até o mês anterior ao da restituição ou compensação e de
um por cento relativamente ao mês em que esta estiver sendo efetuada.

Recolhimento do Imposto

O pagamento é feito em DARF de IRPJ e CSLL ou mediante transmissão eletrônica de


fundos (caixas eletrônicos ou Home Bank), no código 2089 e 2372, respectivamente.

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É vedada a utilização de DARF para pagamento de imposto de valor inferior a R$ 10,00


(dez reais). Dessa forma, o imposto apurado sob determinado código de receita, que, no período
de apuração, resultar inferior a R$ 10,00, deverá ser adicionado ao imposto do mesmo código,
correspondente aos períodos subseqüentes, até que o total seja igual ou superior a R$ 10,00 (dez
reais), quando, então, será pago ou recolhido no prazo estabelecido na legislação para este
último período de apuração. O imposto será pago em cota única até o último dia útil do mês
subseqüente ao do encerramento do período de apuração.

Opcionalmente o imposto apurado em cada trimestre poderá ser pago em até três quotas
mensais, iguais e sucessivas, no valor mínimo de R$ 1.000,00, vencíveis no último dia útil dos três
meses subseqüentes ao de encerramento do período de apuração a que corresponder,
observando:

 1ª quota (vence no mês determinado para a quota única): sem encargo;


 2ª quota - juros de 1%;
 3ª quota - SELIC do mês anterior, mais 1%.

IRPJ E CSLL – APURAÇÃO PELO LUCRO REAL

O IRPJ e CSLL no lucro Real são calculados sobre a renda auferida, que pode ser
conceituada como acréscimo patrimonial, de forma que o Imposto não pode incidir sobre meros
ingressos quando não representem riqueza nova. Dessa forma, o IR e a CSLL, no caso das
empresas, deve incidir sobre o lucro.

Periodicidade
O Lucro Real comporta duas periodicidades: anual e trimestral, tanto para o IRPJ, quanto
para a CSLL.

Como regra, o imposto de renda das pessoas jurídicas é devido trimestralmente com base
no lucro real. Mas a apuração trimestral pode trazer desvantagens para a pessoa jurídica.

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Formas de cálculo

A apuração do IR e da CSLL pelo Lucro Real poderá ser feito das seguintes formas:
 Real trimestral - sempre por meio de balanço trimestral;

 Real anual - por meio de estimativas mensais ou por meio de balanço de suspensão ou de
redução, e ainda com a apuração do Lucro Real Anual ao final do período de apuração.

Apuração Trimestral

A base de cálculo do IRPJ e da CSLL corresponderá ao lucro líquido do período (lucro


contábil), ajustado pelas adições, exclusões e compensações determinadas e autorizadas pela
legislação do Imposto de Renda.

É que, por ser definitiva, a apuração trimestral, dependendo da sazonalidade do


faturamento, ou até do descompasso que se verifica em algumas atividades, entre a efetivação
das despesas e o ingresso das receitas, podem ocorrer resultados negativos em determinado
trimestre que não se compensará automaticamente com resultados positivos de trimestres
posteriores por conta da chamada "trava" de 30% na compensação de prejuízos fiscais.

A apuração acontece nas datas de 31/03, 30/06, 30/09 e 31/12.


Após o ajuste no lucro, as alíquotas de 15% para e IRPJ e 9% para CSLL são aplicadas. Caso
o lucro seja superior a R$ 60.000,00 no trimestre, o que exceder desse valor, será tributado ainda
com 10% de IRPJ.

Apuração Anual

Conforme mencionamos, a tributação pelo Lucro Real Anual implica cálculos mensais,
seja por meio de estimativas, ou ainda, pós balanços de redução ou suspensão. A seguir,
veremos as regras gerais para efetuarmos esses cálculos.

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A melhor forma de apuração do imposto de renda devido em cada ano-calendário, para


as empresas não optantes pelo lucro presumido ou obrigadas à apuração do lucro real, é a
apuração anual, com recolhimentos mensais calculados por estimativa (antecipação).

Essa sistemática, das estimativas mensais monitoradas, tem ainda a vantagem de permitir
o ajuste das antecipações (estimativas) calculadas com base na receita bruta e acréscimos,
mediante balanços ou balancetes mensais de acompanhamento do resultado do período em
curso, além de permitir a compensação de prejuízos gerados no decorrer do ano-calendário.

O ajuste final é feito em 31 de dezembro de cada ano, ou na data de encerramento das


atividades e nos eventos de incorporação, fusão ou cisão, mediante apuração do lucro real.

A opção pelos pagamentos mensais por estimativa, com apuração do lucro real anual, é
efetuada com o pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro do ano-calendário
(até o último dia útil de fevereiro) ou com o levantamento do respectivo balanço ou balancete de
suspensão do referido mês. Ainda que o pagamento da estimativa referente ao mês de janeiro
tenha sido efetuado após o prazo de vencimento a opção é válida. No caso de início de
atividades, a opção será manifestada com o pagamento do imposto correspondente ao primeiro
mês de atividade da pessoa jurídica.

Na hipótese de início de ação fiscal por parte da Receita Federal antes que a pessoa
jurídica faça a opção pelos pagamentos mensais por estimativa, dispõe a Instrução Normativa
SRF nº. 93/97 que o Auditor Fiscal deverá intimá-la a informar qual a forma de apuração do
imposto de renda que adotará para o ano-calendário em curso.

Se a opção informada ao Auditor Fiscal for lucro real anual com recolhimentos mensais
por estimativa, não tendo a pessoa jurídica efetuado balanços ou balancetes mensais de
suspensão que justifiquem o não pagamento das estimativas do ano em curso, será lavrado Auto
de Infração para exigência de multa de 75% (setenta e cinco por cento) sobre os valores não
recolhidos.

Em hipótese alguma haverá lançamento de ofício de estimativas não recolhidas. Somente


a multa será exigida isoladamente.

Quando ocorrer prejuízo na apuração, não haverá recolhimento de imposto.


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Definição da Opção

O art. 232 do RIR/2018 que a opção pela apuração anual do lucro real, caracterizada pelo
início do pagamento mensal do imposto por estimativa (art. 222, parágrafo único do RIR/2018) é
irretratável para todo o ano-calendário.

Ou seja, uma vez adotada essa forma de apuração do imposto, mediante o respectivo
pagamento sob o código pertinente, fica vedada a mudança de opção dentro do mesmo ano-
calendário.

Note-se que o início do pagamento mensal do imposto por estimativa implica a


obrigatoriedade de apuração anual do lucro real, ainda que a pessoa jurídica não estivesse
obrigada ao regime do lucro real por outro motivo.

Cálculo da Estimativa Mensal a Ser Recolhida

O valor da estimativa do IRPJ a ser recolhida em cada mês será calculado mediante a
aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento) sobre a base de cálculo estimada em função da
receita bruta e acréscimos (cálculo similar ao do Lucro Presumido).

É devido mensalmente o adicional do imposto de renda, à alíquota de dez por cento


sobre a parcela da base de cálculo estimada, com base na receita bruta, que exceder a R$
20.000,00 (vinte mil reais).

Já para a CSLL, o valor da estimativa a ser recolhida em cada mês será calculado mediante
a aplicação da alíquota de 9% (nove por cento) sobre a base de cálculo estimada em função da
receita bruta e acréscimos.

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Balancetes Mensais de Suspensão ou Redução

O pagamento do IRPJ/CSLL mensal por estimativa, relativo ao mês de janeiro do ano-


calendário, poderá ser efetuado com base em balanço ou balancete de redução, desde que neste
fique demonstrado que o imposto devido no período é inferior ao calculado com base na receita
bruta e acréscimos.

Ocorrendo apuração de prejuízo fiscal no balanço ou balancete de suspensão, a pessoa


jurídica estará dispensada do pagamento do IRPJ/CSLL correspondente a esse mês.

Quando a pessoa jurídica entender que os recolhimentos mensais por estimativa,


calculados com base na receita bruta e acréscimos, se revelarão indevidos ao final do ano-
calendário, ou que os valores já recolhidos até o mês superam o valor que seria devido com base
no lucro real anual, poderá:

 suspender o recolhimento mensal, desde que demonstre que o valor do imposto devido,
calculado com base no lucro real do período em curso, é igual ou inferior à soma do
imposto de renda devido, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário,
anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado; ou

 reduzir o valor do imposto ao montante correspondente à diferença positiva entre o


imposto devido no período em curso, e a soma do imposto de renda pago,
correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o
balanço ou balancete levantado.

No caso de pagamento mensal com base no resultado de balanço ou balancete


acumulado, o adicional de 10% incide sobre a base de cálculo (lucro real) que exceder a R$
20.000,00 multiplicado pelo número de meses abrangido pelo balanço ou balancete.

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Exemplo:

1. Estimativas, inclusive adicional, recolhidas com base na receita bruta:

a) Janeiro – R$ 15.000,00

b) fevereiro – R$ 20.000,00

2. O valor da estimativa e adicional, com base na receita bruta e acréscimos, referente ao


mês de março, a ser recolhida até 30 de abril, seria de R$ 30.000,000.

3. Levantando-se um balanço ou balancete ao final de março, compreendendo o resultado do


período de janeiro a março, verificou-se que o imposto de renda efetivamente devido pelo
lucro real, mais adicional, no período seria de R$ 45.000,00.

4. Então basta reduzir o recolhimento referente a março para R$ 10.000,00.

Fica claro que esse balanço de acompanhamento, levantado ao final de março, antecipa
os efeitos do balanço de ajuste a ser levantado em dezembro, isto é, em março a empresa
demonstra que teria quitado toda obrigação do período em curso.

Esse balanço de acompanhamento poderá ser levantado em todos os meses, a partir de


janeiro do ano-calendário, de forma que cada balanço ou balancete englobe o período de janeiro
até o mês do seu levantamento.

No exemplo, o primeiro balanço tomou o período de janeiro a março, o próximo iria de


janeiro a abril, e assim sucessivamente.

Como esses balanços de acompanhamento servem apenas para reduzir ou suspender o


pagamento mensal com base na receita bruta, se, ao contrário, um deles apontar um valor
superior ao do pagamento que deveria ser feito com base na receita bruta, neste mês, ele
poderá ser desconsiderado, a fim de permitir o pagamento no exato valor do imposto incidente
sobre a receita bruta.

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Outras situações podem ocorrer:

 balanço ou balancete de janeiro apresentar prejuízo. Nessa hipótese a pessoa jurídica não
precisará recolher a estimativa de janeiro, podendo essa situação se repetir nos meses
seguintes. Situação que sempre deverá ser demonstrada com balanços ou balancetes
acumulados, abrangendo o período de janeiro até o mês do monitoramento; ou

 balanço ou balancete do mês do monitoramento mostrar que o valor recolhido, a título


de estimativa, no período em curso excede o valor devido com base no lucro real apurado
a partir desse balanço ou balancete. Nessa hipótese, a diferença verificada,
correspondente ao imposto recolhido a maior, não poderá ser utilizada para reduzir o
montante do imposto devido por estimativa em meses subseqüentes do mesmo ano-
calendário. Caso a pessoa jurídica pretenda suspender ou reduzir o valor do imposto
devido, em qualquer outro mês do mesmo ano-calendário, deverá levantar novo balanço
ou balancete do período em curso.

Requisitos dos Balanços ou Balancetes de Monitoramento das Estimativas

O resultado contábil desses balanços ou balancetes, levantados com observância das


disposições contidas nas leis comerciais e fiscais, deverá ser ajustado por todas as adições
determinadas e exclusões e compensações admitidas pela legislação do imposto de renda,
observando-se, inclusive, o limite de 30% (trinta por cento) na compensação de prejuízos de
anos-calendário anteriores.

O balanço ou balancete, para efeito de determinação do resultado do período em curso,


será transcrito no livro Diário até a data fixada para pagamento do imposto do respectivo mês,
escriturando-se, na parte A do Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR, a demonstração do lucro
real do período abrangido por cada balanço ou balancete. A parte B do LALUR é utilizada para o
controle da utilização dos prejuízos.

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A não escrituração do livro Diário e do Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), até a data
fixada para pagamento do imposto do respectivo mês, implicará a desconsideração do balanço
ou balancete para efeito da suspensão ou redução dos recolhimentos por estimativa.

Pagamento do Saldo do Ajuste Anual

O saldo do imposto de renda apurado em 31 de dezembro do ano-calendário deverá ser


pago em quota única até o último dia útil do mês de março do ano subseqüente, acrescido de
juros equivalentes à taxa SELIC, acumulada mensalmente, calculados a partir de 1º de fevereiro
até o mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês do pagamento.

IRPJ E CSLL – APURAÇÃO PELO LUCRO ARBITRADO

O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de


renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte.

É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as


obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido, conforme o caso.

O imposto de renda com base no lucro arbitrado é determinado por períodos de


apuração trimestrais encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de
dezembro de cada ano-calendário.

O imposto de renda devido trimestralmente será determinado com base nos critérios do
lucro arbitrado quando (RIR/2018, art. 530):

 a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes


ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para:

a. identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou


b. determinar o lucro real;

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 o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da


escrituração comercial e fiscal, ou deixar de apresentar o Livro Caixa, no qual deverá estar
escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária, quando optar pelo lucro
presumido e não mantiver escrituração contábil regular;

 o contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido;

 o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar


o lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente, residente ou domiciliado
no exterior;

 o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis


recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizadas para resumir, totalizar, por conta ou
subconta, os lançamentos efetuados no Diário;

 o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar
de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, nos casos em que
o mesmo se encontre obrigado ao lucro real.

Percentuais de arbitramento do lucro

A partir de 01.01.96, o lucro arbitrado, quando conhecida a receita bruta, será


determinado pela aplicação sobre a mesma dos percentuais definidos noart. 15 da Lei nº
9.249/95, acrescidos de 20%.

Assim, o lucro será arbitrado mediante a aplicação dos seguintes percentuais:

a) comércio e Indústria: 9,6%;

b) revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás
natural: 1,92%;

c) serviços em geral: 38,4%;

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d) serviços hospitalares e de transporte de carga: 9,6%;

e) demais serviços de transporte: 19,2%; e

f) instituições financeiras, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio,


distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de seguros privados, entidades de
previdência privada aberta e empresas de capitalização: 45% (Art. 16, parágrafo único, da Lei nº
9.249/95).

Receita não bruta conhecida

O lucro arbitrado, quando não conhecida a receita bruta, será determinado, de ofício,
mediante a utilização de uma das seguintes alternativas de cálculo:

a) 1,5 (um inteiro e cinco décimos ) do lucro real referente ao último período em que pessoa
jurídica manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais, atualizado
monetariamente. Quando o lucro real for decorrente de período-base anual, o valor que servirá
de base ao arbitramento será proporcional ao número de meses do período-base considerado.

b) 0,04 (quatro centésimos ) da soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e
permanente, existentes no último balanço patrimonial conhecido, atualizado monetariamente, e
multiplicado pelo número de meses do período de apuração;

c) 0,07 ( sete centésimos) do valor do capital, inclusive a sua correção monetária contabilizada
como reserva de capital, constante do último balanço patrimonial conhecido ou registrado nos
atos de constituição ou alteração da sociedade, atualizado monetariamente, e multiplicado pelo
número de meses do período de apuração;

d) 0,05 (cinco centésimos) do valor do patrimônio líquido constante do último balanço


patrimonial conhecido, atualizado monetariamente, e multiplicado pelo número de meses do
período de apuração;

e) 0,4 (quatro décimos) do valor das compras de mercadorias efetuadas em cada mês do período
de apuração;

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f) 0,4 (quatro décimos) da soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento dos
empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de
embalagem;

g) 0,8 (oito décimos) da soma dos valores devidos, em cada mês do período de apuração, a
empregados;

h) 0,9 (nove décimos) do valor do aluguel devido em cada mês do período de apuração.

Cálculo do imposto devido

Alíquota

O imposto de renda das pessoas jurídicas é calculado pela aplicação da alíquota de 15%
(quinze por cento) sobre a base de cálculo (lucro arbitrado mais demais receitas e ganhos de
capital).

Adicional

Incide também um adicional do imposto de renda à alíquota de 10% (dez por cento) sobre
a parcela da base de cálculo (lucro arbitrado mais demais receitas e ganhos de capital) que
exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período
de apuração, ou seja, R$ 60.000,00 quando o período de apuração englobar os três meses do
trimestre.

Deduções do imposto

Do imposto devido com base no lucro arbitrado a empresa poderá deduzir o imposto
pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo. Na sistemática do
lucro arbitrado é vedada qualquer dedução a título de incentivo fiscal, inclusive vale transporte
ou PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador).

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4. IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

O Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI é um imposto não cumulativo, devendo


ser calculado por meio de apuração.

Por conta disso, em síntese, os estabelecimentos industriais ou equiparados a industrial


estão autorizados a creditar-se do valor do imposto pago pelas entradas de mercadorias e
insumos para compensar com valores devidos em suas saídas tributadas.

Em relação aos contribuintes obrigados à escrituração fiscal, destaca-se o Regime


Periódico de Apuração, que possibilita a aplicação efetiva do "princípio da não cumulatividade",
o qual norteia o IPI. Ademais, em regra, cada estabelecimento deve apurar e recolher seu
imposto independentemente de ser matriz ou filial.

Produto industrializado é o resultante de qualquer operação definida no RIPI/2010 como


industrialização, mesmo incompleta, parcial ou intermediária.

Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o


funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para
consumo, tal como:

 a que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário, importe na obtenção de


espécie nova (transformação);

 a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a


utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento);

 a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou
unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem);

 a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda


que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao
transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento);

 a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou


inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicionamento).

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Não se considera industrialização:

 o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação:

i. na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias,


padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda
direta a consumidor;

ii. em cozinhas industriais, quando destinados a venda direta a corporações,


empresas e outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou
dirigentes;

 o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de máquinas,


automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para venda direta a
consumidor;

 a confecção ou preparo de produto de artesanato.

 confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou na


residência do confeccionador;

 o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do


preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho
profissional;

 a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficinais e


magistrais, mediante receita médica;

 a moagem de café torrado, realizada por comerciante varejista como atividade acessória;

 a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos,


peças ou partes e de que resulte:

i. edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas


coberturas);

ii. instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e


centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações,
usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes;

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iii. fixação de unidades ou complexos industriais ao solo;

 Atenção: O disposto neste item não exclui a incidência do imposto sobre os produtos, partes
ou peças utilizados nas operações nele referidas.

 a montagem de óculos, mediante receita médica;

 o acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16 a 22 da TIPI, adquiridos de


terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de natal e semelhantes;

 o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se


destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas
por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem assim o
preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas
exclusiva e especificamente naquelas operações;

 o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e


peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou
representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante;

 a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda que com emprego
de máquinas de costura;

 a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob encomenda do


consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento varejista, efetuada por máquina
automática ou manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas interdependentes,
controladora, controlada ou coligadas.

 a operação de que resultem os produtos relacionados na Subposição 2401.20 da TIPI, quando


exercida por produtor rural pessoa física;

Conceito de estabelecimento industrial

Estabelecimento industrial é o que executa qualquer das operações consideradas


industrialização, de que resulte produto tributado, ainda que de alíquota zero ou isento.

Equiparam-se a estabelecimento industrial:

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 os estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que derem saída


a esses produtos;

 os estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para comercialização, diretamente


da repartição que os liberou, produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma;

 as filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de produtos importados,


industrializados ou mandados industrializar por outro estabelecimento do mesmo contribuinte,
salvo se aqueles operarem exclusivamente na venda a varejo e não estiverem enquadrados na
hipótese do inciso anterior;

 os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização haja sido realizada por


outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada,
de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou
modelos;

 os estabelecimentos comerciais de produtos do Capítulo 22 da TIPI, cuja industrialização


tenha sido encomendada a estabelecimento industrial, sob marca ou nome de fantasia de
propriedade do encomendante, de terceiro ou do próprio executor da encomenda;

 os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nas posições 7101 a


7116 da TIPI;

 os estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem saída a bebidas


alcoólicas e demais produtos, de produção nacional, classificados nas posições 2204, 2205, 2206
e 2208 da TIPI e acondicionados em recipientes de capacidade superior ao limite máximo
permitido para venda a varejo, com destino aos seguintes estabelecimentos (Lei 9.493/1997, art.
3º):

i. industriais que utilizarem os produtos mencionados como insumo na fabricação de


bebidas;

ii. atacadistas e cooperativas de produtores;

iii. engarrafadores dos mesmos produtos.

 os estabelecimentos comerciais atacadistas que adquirirem de estabelecimentos


importadores produtos de procedência estrangeira, classificados nas Posições 33.03 a 33.07 da
TIPI;

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 os estabelecimentos, atacadistas ou varejistas, que adquirirem produtos de procedência


estrangeira, importados por encomenda ou por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa
jurídica importadora;

 os estabelecimentos atacadistas dos produtos da Posição 87.03 da TIPI;

 os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nos Códigos e Posições


2106.90.10 Ex 02, 22.01, 22.02, exceto os Ex 01 e Ex 02 do Código 2202.90.00, e 22.03, da TIPI,
de fabricação nacional, sujeitos ao imposto conforme regime geral de tributação de que trata o
art. 222 do RIPI/2010;

 os estabelecimentos comerciais varejistas que adquirirem os produtos de que trata o inciso XI,
diretamente de estabelecimento industrial, ou de encomendante equiparado na forma do inciso
XIII;

 os estabelecimentos comerciais de produtos de que trata o inciso XI, cuja industrialização


tenha sido por eles encomendada a estabelecimento industrial, sob marca ou nome de fantasia
de propriedade do encomendante, de terceiro ou do próprio executor da encomenda;

 os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nos Códigos e Posições


2106.90.10 Ex 02, 22.01, 22.02, exceto os Ex 01 e Ex 02 do Código 2202.90.00, e 22.03, da TIPI,
de procedência estrangeira, sujeitos ao imposto conforme regime geral de tributação de que
trata o art. 222 do RIPI/2010; e

 os estabelecimentos comerciais varejistas que adquirirem os produtos de que trata o item


XIV, diretamente de estabelecimento importador.

Apuração do imposto

O contribuinte obrigado à escrituração fiscal deve apurar o imposto a recolher de acordo


com o regime em que estiver enquadrado. Nota-se que, além do Regime Periódico de Apuração,
o contribuinte pode optar pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional,
nos termos da Lei Complementar nº 123/2006.

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Nesse caso, o contribuinte do imposto optante pela Sistemática Simplificada deverá


recolher o imposto mensalmente em conjunto com os demais impostos e contribuições, nos
termos especificados na referida Lei Complementar.

Vale ressaltar que o recolhimento do imposto feito de acordo com as regras do Simples
Nacional não exclui a incidência do imposto devido no desembaraço aduaneiro dos produtos de
procedência estrangeira. Ou seja, em relação ao IPI incidente na importação de bens e serviços,
será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.

Não cumulatividade

Conforme já mencionado, o IPI é um imposto sujeito ao princípio da não cumulatividade.


Esse princípio está previsto, tanto na Constituição Federal de 1988 (CF/1988), quanto no
Regulamento do IPI.

Ou seja, de acordo com as regras constitucionais, o IPI:

a) será seletivo, em função da essencialidade do produto;

b) será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores;

c) não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior;

d) terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do
imposto, na forma da lei.

Já o Regulamento do IPI dispõe claramente sobre a apropriação do crédito. Vejamos:

"Art. 225. A não cumulatividade é efetivada pelo sistema de crédito do imposto relativo a
produtos entrados no estabelecimento do contribuinte, para ser abatido do que for devido pelos
produtos dele saídos, num mesmo período, conforme estabelecido neste Capítulo (Lei nº 5.172,
de 1966, art. 49)."

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Nesse sentido, o Regulamento esclarece ainda que o direito ao crédito é também


atribuído para anular o débito do imposto referente a produtos saídos do estabelecimento e a
este devolvidos ou retornados.

Por fim, regem-se, também, pelo sistema de crédito os valores escriturados a título de
incentivo, ou cancelamento da respectiva Nota Fiscal antes da saída da mercadoria, ou, ainda,
diferença do imposto em virtude de redução de alíquota, nos casos em que tenha havido
lançamento antecipado.

5. PIS E COFINS

As contribuições ao Programa de Integração Social e ao Programa de Formação do


Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (COFINS), que são de competência da União, encontram sua fundamentação legal na
Constituição Federal no artigo 195 que diz:

A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes


sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº. 20, de 1998)

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a


qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº. 20, de 1998)

b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº. 20, de 1998)

c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº. 20, de 1998).

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Isenção / Não Incidência

As contribuições não incidem sobre:

 exportação de mercadorias para o exterior;

 vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação;

 o faturamento correspondente a vendas de materiais e equipamentos, bem assim da


prestação de serviços decorrentes dessas operações, efetuadas diretamente a Itaipu
Binacional;

 a prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior,


cujo pagamento represente ingresso de divisas;

 do transporte internacional de cargas ou passageiros

Base de Cálculo das Contribuições

A base de cálculo das contribuições é o faturamento, assim entendido como a receita


bruta da pessoa jurídica qualquer que seja o tipo de atividade por ela exercida e a classificação
contábil adotada para as receitas, menos as exclusões admitidas.
A decisão do Supremo Tribunal Federal - STF, que trata da inconstitucionalidade do § 1º
do art. 3º da Lei 9718 de 1998, que havia aumentado a base de cálculo da contribuição para o PIS
e da COFINS, somente beneficia as empresas autoras dos recursos extraordinários já julgados,
embora o caminho para aqueles que possuem ações pendentes, bem como os contribuintes que
ainda pretendem iniciar a ação no Judiciário deva ser de êxito. Conforme previsão constitucional,
o Supremo também poderá comunicar ao Senado a decisão, para que o Legislativo providencie a
suspensão da parte declarada inconstitucional, e aí sim, o disposto na decisão valerá para todos.
Lembramos ainda que anteriormente à Lei 9.718, a base de cálculo das contribuições
compreendia tão-somente o faturamento da pessoa jurídica, e, após a referida Lei, passou a ser a
receita bruta, muito mais abrangente, entendida como a totalidade das receitas auferidas pela
pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil
adotada para as receitas.

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A receita deve ser tomada sem o IPI e sem dedução do ICMS destacado, que integra a
receita bruta.
Quando a empresa cobrar ICMS como substituta tributária, esse valor não integra a
receita bruta.
As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido poderão adotar o regime de caixa,
para fins de apuração da base de cálculo mensal do PIS/Pasep e da COFINS, desde que também
tenham adotado este regime para apuração trimestral do IRPJ e da CSLL.

Adotado o regime de caixa, cabe à pessoa jurídica:

 emitir documento fiscal idôneo, quando da entrega do bem ou direito ou da conclusão do


serviço; e

 indicar, no livro Caixa, em registro individualizado, o documento fiscal a que corresponder


cada recebimento.

A pessoa jurídica que mantiver escrituração contábil, na forma da legislação comercial,


deverá controlar os recebimentos de suas receitas em conta específica, na qual, em cada
lançamento, será indicado o documento fiscal a que corresponder o recebimento.

Exclusões Admitidas

Para efeito de apuração da base de cálculo do PIS/Pasep e da COFINS, podem ser


excluídos ou deduzidos da receita bruta, quando a tenham integrado, os valores:

 das vendas canceladas;

 dos descontos incondicionais concedidos;

 do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou
prestador dos serviços na condição de substituto tributário;

 das reversões de provisões (A exclusão não se aplica na hipótese de provisão que tenha
sido deduzida da base de cálculo quando de sua constituição);

 das recuperações de créditos baixados como perdas, limitados aos valores efetivamente
baixados, que não representem ingresso de novas receitas;

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 dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e


dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição,
que tenham sido computados como receita, inclusive os derivados de empreendimento
objeto de Sociedade em Conta de Participação (SCP);

 a receita decorrente da venda de bens do ativo permanente.

Alíquotas do PIS e da COFINS

As alíquotas do PIS e COFINS para as pessoas jurídicas ou para as receitas inseridas na


sistemática da "cumulatividade" são de:

a) 0,65% para o PIS/PASEP; e

b) 3% para a COFINS.

As alíquotas do PIS e COFINS para as pessoas jurídicas ou para as receitas inseridas na


sistemática da "não-cumulatividade" são de:

a) 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) para o PIS/PASEP; e

b) 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento) para a COFINS.

Créditos do PIS/PASEP e da COFINS "Não-Cumulativas"

Embora o título desta modalidade de contribuição sugira a implantação da não-


cumulatividade, este instituto não foi adotado em sua plenitude, pois as Leis nº. 10.637/2002 e
nº. 10.833/2003 preferiram a técnica de listar as operações que geram e as que não geram
direito a crédito.
Como regra geral, o direito ao crédito do PIS/PASEP e da COFINS nasce com a aquisição,
em cada mês, de bens e serviços que, na fase anterior da cadeia de produção ou de
comercialização, se sujeitaram às mesmas contribuições e cuja receita da venda ou da revenda
integrem a base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS "não-cumulativas".

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Para a apuração do PIS/PASEP e da COFINS não-cumulativas poderão ser descontados


créditos calculados em relação a:

 bens adquiridos para revenda;

 bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou


fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e
lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata o art. 2 o da Lei no 10.485, de
3 de julho de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela
intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI;
(Redação dada pela Lei nº. 10.865, de 2004)

 energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos
estabelecimentos da pessoa jurídica; (Redação dada pela Lei n o 11.488, de 15 de junho de
2007)

 aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas


atividades da empresa;

 valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica,


exceto de optante pelo Simples (Redação dada pela Lei nº. 10.865, de 2004);

 máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou


fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à
venda ou na prestação de serviços; (Redação dada pela Lei nº. 11.196, de 2005)

 edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades


da empresa;

 bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês
ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei;

 armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I e II,
quando o ônus for suportado pelo vendedor.

 dos encargos de depreciação e amortização de máquinas, equipamentos e outros bens


incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou
para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços, bem

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como das edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas


atividades da empresa;

Não dará direito a crédito o valor: (Redação dada pela Lei nº. 10.865, de 2004)

 de mão-de-obra paga a pessoa física; e (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004)

 da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no


caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos
ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados pela contribuição;
(Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004)

 O IPI incidente na aquisição, quando recuperável pelo comprador.

O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação:

 aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País;

 aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no


País;

O crédito não aproveitado em determinado mês poderá sê-lo nos meses subseqüentes.
Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência não-cumulativa da COFINS, em relação
apenas à parte de suas receitas, o crédito será apurado, exclusivamente, em relação aos custos,
despesas e encargos vinculados a essas receitas.

Deverá ser estornado o crédito da COFINS relativo a bens adquiridos para revenda ou
utilizados como insumos na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou
produtos destinados à venda, que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou
deteriorados, destruídos em sinistro ou, ainda, empregados em outros produtos que tenham
tido a mesma destinação. (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004)

Opcionalmente, o contribuinte poderá calcular o crédito relativo à aquisição de máquinas


e equipamentos destinados ao ativo imobilizado, no prazo de 4 (quatro) anos, mediante a
aplicação, a cada mês, das alíquotas cabíveis sobre o valor correspondente a 1/48 (um quarenta
e oito avos) do valor de aquisição do bem, de acordo com regulamentação da Secretaria da
Receita Federal. (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004)

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A empresa de serviço de transporte rodoviário de carga que subcontratar serviço de


transporte de carga prestado por: (Incluído pela Lei nº. 11.051, de 2004)

a) pessoa física, transportador autônomo, poderá descontar, da Cofins devida em


cada período de apuração, crédito presumido calculado sobre o valor dos pagamentos
efetuados por esses serviços; (Incluído pela Lei nº. 11.051, de 2004)

b) pessoa jurídica transportadora, optante pelo SIMPLES, poderá descontar, da Cofins


devida em cada período de apuração, crédito calculado sobre o valor dos pagamentos
efetuados por esses serviços. (Incluído pela Lei nº. 11.051, de 2004)

Relativamente aos créditos para as empresas de serviço de transporte rodoviário de carga


que subcontratar serviço de transporte de carga, seu montante será determinado mediante
aplicação, sobre o valor dos mencionados pagamentos, de alíquota correspondente a 75% da
alíquota padrão da não cumulatividade. (Incluído pela Lei nº. 11.051, de 2004).

Recolhimento

As contribuições ao PIS/Pasep e a COFINS devem ser pagos, de forma centralizada na


matriz, até o vigésimo quinto dia do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores
(MP 447/2008). Na prática, todo dia 25, sendo que se esse dia cair em um sábado, domingo ou
feriado, o vencimento é antecipado para o dia útil imediatamente anterior.

Sistemática de apuração

Com o advento das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, a sistemática de cálculo do PIS e da


COFINS passou a ser, em regra geral, na modalidade não cumulativa. Todavia, permanecem
sujeitas às normas da legislação do PIS/Pasep e da COFINS, vigentes anteriormente as leis que
disciplinam a não cumulatividade:

 as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro presumido ou
arbitrado;

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 as pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES;

 as pessoas jurídicas imunes a impostos;

 os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais, e


as fundações cuja criação tenha sido autorizada por lei, referidas no art. 61 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição;

 sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária, sem prejuízo das deduções


de que trata o art. 15 da Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, e o art.
17 da Lei no 10.684, de 30 de maio de 2003, não lhes aplicando as disposições do § 7o do
art. 3o das Leis nos 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de
2003, e as de consumo; (Redação dada pela Lei nº. 10.865, de 2004)

 as receitas decorrentes das operações:

a) sujeitas à substituição tributária do PIS e da COFINS;

b) referidas no art. 5o da Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998 (venda de veículos


automotores usados);

 as receitas decorrentes de prestação de serviços de telecomunicações;

 as receitas decorrentes de venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das


empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; (Redação dada pela
Lei nº. 10.865, de 2004)

 as receitas submetidas ao regime especial de tributação previsto no art. 47 da Lei no


10.637, de 30 de dezembro de 2002 (mercado atacadista de energia elétrica);

 as receitas relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 2003:

a) com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de consórcios de


bens móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central;

b) com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de


fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços;

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c) de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de


bens ou serviços contratados com pessoa jurídica de direito público, empresa pública,
sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, bem como os contratos
posteriormente firmados decorrentes de propostas apresentadas, em processo
licitatório, até aquela data;

 as receitas decorrentes de prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário,


metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros;

 as receitas decorrentes de serviços: (Redação dada pela Lei nº. 10.865, de 2004)

a) prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de


fisioterapia e de fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, citológica ou
de análises clínicas; e (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004)

b) de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de


sangue; (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004)

 as receitas decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, ensinos


fundamental e médio e educação superior.

 as receitas decorrentes de prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros,


efetuado por empresas regulares de linhas aéreas domésticas, e as decorrentes da
prestação de serviço de transporte de pessoas por empresas de táxi aéreo; (Incluído pela
Lei nº. 10.865, de 2004)

 as receitas auferidas por pessoas jurídicas, decorrentes da edição de periódicos e de


informações neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos serviços públicos de
telefonia; (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004)

 as receitas decorrentes de prestação de serviços das empresas de call center,


telemarketing, telecobrança e de teleatendimento em geral; (Incluído pela Lei nº. 10.865,
de 2004)

 as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou sub-empreitada


de obras de construção civil, até 31 de dezembro de 2010; (Redação dada pela MP 451 de
2008)

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 as receitas auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e


de organização de feiras e eventos, conforme definido em ato conjunto dos Ministérios
da Fazenda e do Turismo. (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004)

 as receitas decorrentes da prestação de serviços postais e telegráficos prestados pela


Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos; (Incluído pela Lei nº. 10.925, de 2004)

 as receitas decorrentes de prestação de serviços públicos de concessionárias operadoras


de rodovias; (Incluído pela Lei nº. 10.925, de 2004)

 as receitas decorrentes da prestação de serviços das agências de viagem e de viagens e


turismo. (Incluído pela Lei nº. 10.925, de 2004)

 as receitas auferidas por empresas de serviços de informática, decorrentes das atividades


de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem
como de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte
técnico e manutenção ou atualização de software, compreendidas ainda como softwares
as páginas eletrônicas. (Incluído pela Lei nº. 11.051, de 2004)

 as receitas relativas às atividades de revenda de imóveis, desmembramento ou


loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e construção de prédio destinado à
venda, quando decorrentes de contratos de longo prazo firmados antes de 31 de outubro
de 2003; (Incluído pela Lei nº. 11.196, de 21/11/2005)

6. SIMPLES NACIONAL

O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido


previsto na Lei Complementar nº. 123, de 14.12.2006, aplicável às Microempresas e às Empresas
de Pequeno Porte, a partir de 01.07.2007. A citada Lei Complementar estabelece normas gerais
relativas às Microempresas e às Empresas de Porte no âmbito dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo, não só o regime tributário
diferenciado (Simples Nacional), como também aspectos relativos às licitações públicas, às
relações de trabalho, ao estímulo ao crédito, à capitalização e à inovação, ao acesso à justiça,
dentre outros.

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Definição de Micro Empresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP)

Considera-se ME, para efeito do Simples Nacional, o empresário, a pessoa jurídica, ou a


ela equiparada, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$
360.000,00. Considera-se EPP, para efeito do Simples Nacional, o empresário, a pessoa jurídica,
ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00
e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00. Para fins de enquadramento na condição de ME ou EPP,
deve-se considerar o somatório das receitas de todos os estabelecimentos. Todos os Estados e
Municípios participam obrigatoriamente do Simples Nacional. Entretanto, a depender da
participação de cada Estado no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, poderão ser adotados
pelos Estados limites diferenciados de receita bruta de EPP (sublimites), para efeitos de
recolhimento do ICMS ou do ISS, sendo que os municípios obrigatoriamente deverão adotar os
sublimites dos Estados.

Ressalte-se que para efeito de enquadramento no Simples Nacional, bem como para
recolhimento dos tributos federais, o limite é sempre de R$ 4.800.000,00. Assim, caso uma
empresa no estado do Ceará obtenha uma receita bruta no ano-calendário superior a R$
3.600.000,00, ela recolherá por meio do Simples Nacional os tributos federais, devendo recolher
para o Estado o ICMS, e/ou para o Município o ISS.

Tributos abrangidos

 Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);

 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);


 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
 Contribuição para o PIS/Pasep;
 Contribuição para a Seguridade Social (cota patronal – em alguns casos);
 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);
 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

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Vale ressaltar que o parágrafo primeiro do artigo 13º da LC 123/2006 reza que não está
abrangido pelo Simples Nacional o ICMS devido nas operações:

 nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária;

 por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação estadual ou
distrital vigente;

 na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive


lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia
elétrica, quando não destinados à comercialização ou industrialização;

 por ocasião do desembaraço aduaneiro;

 na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento


fiscal;

 na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal;

 nas operações com mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do


imposto, bem como do valor relativo à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal, nos termos da
legislação estadual ou distrital;

Também não está abrangido pelo Simples Nacional, conforme legislação supracitada o ISS
devido:

 em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte;

 na importação de serviços;

Receita Bruta

Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta
própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as
vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

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Para fins de enquadramento como Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, deve ser
considerada a receita bruta em cada ano-calendário. Já para fins de determinação da alíquota
geral, deve-se considerar a receita bruta total acumulada nos 12 meses anteriores ao do período
de apuração.

Para a pessoa jurídica que iniciar atividade no próprio ano-calendário da opção, os limites
para a ME e para a EPP serão proporcionais ao número de meses compreendido entre o início da
atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês
inteiro. Ou seja, os limites de ME e de EPP serão, respectivamente, de R$ 30.000,00 e de R$
400.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o
final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

Cálculo

 Como as ME e as EPP terão que realizar o cálculo do valor devido no Simples


Nacional?

A Lei Complementar nº 123, de 2006, determina que se disponibilize sistema eletrônico


para a realização do cálculo simplificado do valor mensal do Simples Nacional.

 Em que Anexo devo tributar as atividades exercidas pelas ME e EPP?

As atividades de revenda de mercadorias são tributadas pelo Anexo I da LC 123, de 2006.

As atividades de venda de produtos industrializados pelo contribuinte são tributadas pelo


Anexo II da LC 123, de 2006.

As atividades de prestação de serviços em geral pelo contribuinte são tributadas pelo


Anexo III da LC 123, de 2006.

As atividades de prestação de serviços com cessão de mão de obra pelo contribuinte são
tributadas pelo Anexo IV da LC 123, de 2006.

As atividades de prestação de serviços de cunho intelectual pelo contribuinte são


tributadas pelo Anexo V da LC 123, de 2006.

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Resumidamente, o valor devido mensalmente pelas ME e EPP optantes pelo Simples


Nacional é determinado mediante o cálculo da alíquota efetiva, a partir da aplicação das tabelas
dos Anexos da Lei Complementar nº 123, de 2006. Vamos explicar passo a passo.

O sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do
período de apuração (RBT12). Não se confunde com a Receita Bruta Acumulada (RBA) de janeiro
até o período de apuração, que serve para identificar se a empresa ultrapassou o limite máximo
de receita bruta anual para ser uma EPP – e, consequentemente, permanecer no Simples
Nacional. P.ex., considerando que o período de apuração (PA) é julho/2018, sua RBT12 é a soma
da receita bruta de julho/2017 a junho/2018, enquanto sua RBA é a soma da receita bruta de
janeiro/2018 a julho/2018.

Conhecida a RBT12, consulta-se, no Anexo em que devem ser tributadas as receitas, a


faixa de receita bruta a que ela pertence. E, identificada a faixa de receita bruta, descobre-se a
alíquota nominal e a parcela a deduzir. P.ex.: sabendo-se que a RBT12 de determinada empresa é
de R$ 825.000,00, vê-se que, nos Anexos, esse valor está dentro da faixa de receita bruta que vai
de R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00. Se a receita for tributada pelo Anexo II, essa faixa
corresponde à alíquota nominal de 11,20% e a parcela a deduzir de R$ 22.500,00.

Conhecida a RBT12, a alíquota nominal e a parcela a deduzir, calcula-se a alíquota efetiva,


que é o resultado de: [(RBT12 × alíquota nominal) – parcela a deduzir]/RBT12.

Já o valor devido mensalmente, a ser recolhido pela ME ou EPP, será o resultante da


aplicação da alíquota efetiva sobre a receita bruta mensal auferida (regime de competência) ou
recebida (regime de caixa), conforme opção feita pelo contribuinte.

Mas o contribuinte não precisa se preocupar em fazer esse cálculo todo, que será
efetuado pelo PGDAS-D 2018.

EXEMPLO: Vejamos um exemplo bem simples, apenas para expor o procedimento.


Exemplos mais complexos poderão ser consultados no manual do aplicativo. A empresa XYZ ME,
optante pelo Simples Nacional, obteve receita bruta resultante exclusivamente da revenda de
mercadorias no mercado interno (Anexo I) não sujeitas à substituição tributária. A empresa não
possui filiais.

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Vedações ao ingresso no Simples Nacional

Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a


microempresa ou a empresa de pequeno porte:

 que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria


creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a
receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

 que tenha sócio domiciliado no exterior;

 de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal,


estadual ou municipal;

 que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas
Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;

 que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;

 que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;

 que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;

 que exerça atividade de importação de combustíveis;

 que exerça atividade de produção ou venda no atacado de:

a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras,
explosivos e detonantes;

b) bebidas a seguir descritas:

1 - alcoólicas;

2 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas;

 que realize cessão ou locação de mão-de-obra;

 que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis.

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 que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a


prestação de serviços tributados pelo ISS.

Atividade Impeditivas

O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) informa em sua Resolução n° 140/2018,


Anexo VI quais as atividades que são impedidas de migrarem para o SIMPLES NACIONAL.

Se a empresa possuir mais de uma atividade e pelo menos uma delas estiver relacionado
naquelas que são impeditivas, tal empresa não poderá ser optante do Simples Nacional.

7. ASPECTOS GERAIS DO ICMS

O ICMS na Constituição Federal de 1988 – consoante o art. 155, incisos II, da CF/1988,
somente os Estados e o Distrito Federal tem competência tributária privativa para instituir o
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviço de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior.

Principais normas atinentes à Legislação Tributária do ICMS - Lei Complementar 87, de 13


de setembro de l996, e suas posteriores alterações, que estabeleceu normas gerais destinadas a
regular, em todo o País, a instituição do ICMS, nos termos definidos no inciso XII, do art. 155 da
CF/88. Já a Lei 12.670, de 27 de dezembro de 1996, e suas posteriores alterações, fora instituída
para ajustar a sistemática da tributação do Estado do Ceará às regras da citada LC.

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Constituição Federal de 1988

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte


interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior;

III - propriedade de veículos automotores.

§ 1.º O imposto previsto no inciso I:

I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem,


ou ao Distrito Federal

II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o


inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;

III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:

a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;

b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado
no exterior;

IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à


circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo
mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;

II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:

a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações
seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;

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IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos


Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas
aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;

V - é facultado ao Senado Federal:

a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um


terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;

b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva
interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois
terços de seus membros;

VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no
inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas
prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;

VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final
localizado em outro Estado, adotar-se-á:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;

VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário
o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;

IX - incidirá também:

a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica,
ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim
como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o
domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;

b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não
compreendidos na competência tributária dos Municípios;

X - não incidirá:

a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a
destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do
imposto cobrado nas operações e prestações anteriores;
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b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;

c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;

d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons


e imagens de recepção livre e gratuita;

XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos


industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado
à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;

XII - cabe à lei complementar:

a) definir seus contribuintes;

b) dispor sobre substituição tributária;

c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das
operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;

e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos
além dos mencionados no inciso X, "a"

f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e


exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;

g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções,
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez,
qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b;

i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação
do exterior de bem, mercadoria ou serviço.

§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II,
nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de
telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.

§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte:

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I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao


Estado onde ocorrer o consumo;

II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e
lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido
entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre
nas operações com as demais mercadorias;

III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis
não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao
Estado de origem;

IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal,
nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte:

a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto;

b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o
valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em
condições de livre concorrência;

c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.

§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à apuração e à


destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, nos termos do § 2º, XII, g.

§ 6º O imposto previsto no inciso III:

I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;

II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.

DOCUMENTOS FISCAIS

Independentemente dos tipos de documentos fiscais, todos têm algo em comum: são
documentos de emissão obrigatória para todas as empresas. O controle pela nota fiscal é um
meio de o governo garantir que os impostos e as taxas de tributos sejam calculados e recolhidos
de maneira correta.
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Com a tecnologia e os sistemas existentes, hoje, no mercado que podem ajudar no


controle dos documentos fiscais.
A gestão dos documentos fiscais com a tecnologia vem permitindo grandes avanços por
meio do uso de notas fiscais eletrônicas, projeto que várias empresas já estão aderindo para
obter diversos ganhos. Conheça algumas das vantagens de seu uso:
 redução do uso de papel;
 redução de custos com o armazenamento dos documentos;
 incentivo à utilização da tecnologia;
 aumento da confiança nas notas fiscais;
 melhoria no controle fiscal.
A Constituição Federal determina que as administrações tributárias da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, atuarão de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
Em face dessa disposição constitucional foi instituído o Sistema Público de Escrituração
Digital - SPED, os documentos fiscais, temos:
 Conhecimento de Transporte eletrônico - (CT-e);
 Nota Fiscal Eletrônica (NF-e);
 Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e);
 Cupom Fiscal Eletrônico e a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (CF-e e NFVC-e)

ESCRITURAÇÃO FISCAL

A escrituração fiscal é o processo de registro formal de informações e documentos fiscais


gerados por uma empresa. Estes dados devem ser apurados e organizados para posterior envio
para a Fazenda Pública.
Todo processo que envolve a escrituração fiscal exige conhecimento e atendimento da
legislação tributária e fiscal, a fim de garantir o cumprimento das normas vigentes e
transparência nas informações prestadas ao Fisco.
Desta forma, toda empresa, independente do seu enquadramento fiscal, tem a obrigação
de informar suas movimentações, dados sobre faturamento, impostos pagos e quaisquer outras
questões que possam ser relevantes para o Fisco. A transmissão destes dados é feita por meio da

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escrituração fiscal diretamente para o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) que foi
instituído pelo Decreto no 6.022, de 22 de janeiro de 2007, definido da seguinte maneira:
“Instrumento que unifica as atividades de recepção, validação,
armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a
escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades
empresárias, mediante fluxo único, computadorizado, de informações.”

O projeto SPED tem como objetivos principais:


 promover à integração dos fiscos, mediante a padronização e compartilhamento das
informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais de acesso;
 Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com o
estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos
fiscalizadores; e
 tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos
processos, a rapidez no acesso as informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o
cruzamento de dados e auditoria eletrônica.
São vários os benefícios propiciados pelo SPED, entre eles:
 diminuição do consumo de papel, com redução de custos e preservação do meio
ambiente;
 redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias;
 uniformização das informações que o contribuinte presta aos diversos entes
governamentais;
 redução do envolvimento involuntário em praticas fraudulentas;
 redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do
contribuinte;
 simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração
tributária;
 fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercambio de informações
entre as administrações tributarias;
 rapidez no acesso as informações;
 aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos passos para coleta dos
arquivos;

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 possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um


leiaute padrão;
 redução de custos administrativos;
 melhoria da qualidade da informação;
 possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais;
 disponibilidade de copias autenticas e validas da escrituração para usos distintos e
concomitantes;
 redução do "Custo Brasil"; e
 aperfeiçoamento do combate a sonegação

8. Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN)

O ISS, imposto da competência municipal, apresenta inúmeros exemplos de cobrança


cumulativa. A cumulatividade ocorre quando o serviço é prestado para outra empresa também
prestadora de serviço. Assim, se uma empresa de construção civil constrói ou reforma um
hospital, ou se uma empresa de decoração decora um hotel, o usuário do serviço arca com o
ônus do imposto constante da fatura. Não há permissão para o aproveitamento do imposto e
para o abatimento do ISS devido pelo hospital ou pelo hotel.

Legislação aplicável

 Código Tributário Nacional (CTN)

 Lei Complementar Federal 116/2003 e suas alterações posteriores

 Código Tributário do Município

 Regulamento do ISSQN do município

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Fato Gerador do ISSQN

Por determinação constitucional o fato gerador de qualquer imposto deve ser


determinado por lei complementar. Com relação ao ISSQN, a situação jurídica em que faz surgir a
obrigação de pagar o imposto sobre serviços é tratada no art. 1º da Lei Complementar nacional
n° 116/2003, nos seguintes termos:

Art. 1º - O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos


Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços
constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade
preponderante do prestador.

§ 1º - O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou


cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País.

§ 2º - Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados


não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias
e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação - ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias.

§ 3º - O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre os serviços
prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados
economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento
de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço.

§ 4º - A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço


prestado.

Portanto, o fato gerador do imposto sobre serviços de qualquer natureza é a prestação


de serviços constantes da lista de serviços anexa a lei que instituiu o imposto ou na lei
modificadora da original, independentemente da natureza da pessoa que o exerça ou da
denominação dada ao serviço e ainda, independe de ser a prestação do serviço atividade
preponderante do prestador.

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Lista de Serviços

A análise da ocorrência da hipótese de incidência do ISSQN deve ser complementada


estudo da Lista de Serviços, pois é ela que descreve os serviços que podem ser alcançáveis pelo
imposto. A Lista de Serviços complementa o artigo que o prescreve o fato gerador do imposto.
Só desta forma será possível saber se determinada prestação de serviço gera a obrigação de
pagar o ISSQN ou se é um fato gerador do ICMS, de outro imposto ou não é alcançável por
nenhum outro imposto.

Abaixo segue a lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003 sem suas
respectivas sub-divisões:

1- Serviços de informática e congêneres.

2- Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza.

3- Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres.

4- Serviços de saúde, assistência médica e congêneres.

5- Serviços de medicina e assistência veterinária e congêneres.

6- Serviços de cuidados pessoais, estética, atividades físicas e congêneres.

7- Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil,


manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres.

8- Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e educacional, instrução, treinamento e


avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza.

9- Serviços relativos a hospedagem, turismo, viagens e congêneres.

10 - Serviços de intermediação e congêneres.

11 - Serviços de guarda, estacionamento, armazenamento, vigilância e congêneres.

12 - Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres.

13 - Serviços relativos a fonografia, fotografia, cinematografia e reprografia.

14 - Serviços relativos a bens de terceiros.

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15 - Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive aqueles prestados por


instituições financeiras autorizadas a funcionar pela União ou por quem de direito.

16 - Serviços de transporte de natureza municipal.

17 - Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico, contábil, comercial e congêneres.

18 - Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; inspeção e avaliação


de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos
seguráveis e congêneres.

19 - Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartões,


pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de
capitalização e congêneres.

20 - Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais rodoviários, ferroviários


e metroviários.

21 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais.

22 - Serviços de exploração de rodovia.

23 - Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e congêneres.

24 - Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, adesivos


e congêneres.

25 - Serviços funerários.

26 - Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou


valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courrier e congêneres.

27 - Serviços de assistência social.

28 - Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza.

29 - Serviços de biblioteconomia.

30 - Serviços de biologia, biotecnologia e química.

31 - Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e


congêneres.

32 - Serviços de desenhos técnicos.

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33 - Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, despachantes e congêneres.

34 - Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres.

35 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas.

36 - Serviços de meteorologia.

37 - Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins.

38 - Serviços de museologia.

39 - Serviços de ourivesaria e lapidação.

40 - Serviços relativos a obras de arte sob encomenda.

Local da Incidência do ISSQN

Outro elemento que precisa ser apreciado, quando do exame do fato gerador do ISSQN, é
o local da incidência do imposto (elemento espacial do fato gerador), para poder saber onde
ocorreu o fato gerador e a quem a exação é devida, ou seja, a qual sujeito ativo (município) o
imposto deve ser pago.

Como regra geral, o ISSQN é devido no estabelecimento ou domicílio do prestador do


serviço. Todavia, o artigo 3º da LC Federal 116/2003 traz exceções a essa regra, citando serviços
cujo ISSQN é devido no local da prestação. Podemos citar como principais exceções os serviços
de:

 Instalação de estruturas;

 Execução de obras de construção civil;

 Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e


urbanismo;

 Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés,


piscinas, parques, jardins e congêneres;

 Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas;

 Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer


espécie;

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 Espetáculos teatrais, circenses e exibições cinematográficas;

 Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres;

 Onde está sendo executado o transporte, no caso de serviços de transporte de natureza


municipal;

 Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados


ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço;

 Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais rodoviários,


ferroviários e metroviários;

Sujeição Passiva

No CTN, o sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento do


tributo. Este pode ser considerado contribuinte quando é a pessoa que pratica o fato gerador e
responsável quando tem ligação com o fato gerador e a lei o obriga a pagar o imposto.

Responsável/Contribuinte Substituto

O contribuinte do ISSQN na LC n° 116/2003 é tratado no seu artigo 5º, como sendo o


prestador do serviço.

A LC n° 116/2003, buscando retirar qualquer dúvida em relação à possibilidade ou não da


transferência a terceiros da responsabilidade pelo pagamento do imposto, reproduziu, com
pequenas modificações, em seu art. 6º, o disposto no artigo 128 do CTN, nos seguintes termos:
“Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em
caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se
refere à multa e aos acréscimos legais”.

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Base de Cálculo

A Lei Complementar nº 116/2003, ao tratar da base de cálculo do ISSQN em seu artigo 7º,
estabeleceu que será o preço do serviço.

A citada norma complementar prevê ainda no parágrafo segundo do seu artigo 7º, que na
base de cálculo dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da Lista de Serviços não se inclui o
valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços.

Em relação aos serviços prestados por profissional autônomo, quando o mesmo se


encontrar no exercício de suas atividades profissionais, e regularmente inscrito no cadastro do
Município de Fortaleza, o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza incidente será devido
anualmente e pago por cota fixa.

Existe ainda a previsão legal que, quando determinados serviços previstos na Lista de
Serviços forem prestadas por sociedades de profissionais, estas ficarão sujeitas ao pagamento do
imposto por cota fixa, calculado em relação a cada profissional habilitado, sócio, empregado ou
não, que prestem serviços em nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade pessoal,
nos termos da lei aplicável.

Alíquotas

Atualmente, em relação à alíquota do ISSQN, a EC nº 37/2002 estabeleceu que a sua


alíquota mínima será de 2% (dois por cento) e a LC n° 116/2003 estabeleceu que a sua alíquota
máxima será de 5% (cinco por cento). Desta forma a legislação municipal pode estabelecer
qualquer alíquota para o ISSQN, deste que obedecido ao limite máximo de 5% e ao mínimo de
2%.

ISSQN e o Simples Nacional

A opção pelo Simples Nacional não exime que o prestador de serviços sofra a retenção do
ISS de acordo com a Legislação do Município onde estiverem estabelecidos. A Alíquota a ser

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utilizada deverá ser indicada pelo prestador do serviço, observado as regras do SIMPLES
NACIONAL.

Na hipótese de a Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) estar sujeita à


tributação do ISS no Simples Nacional por valores fixos mensais, não caberá à retenção na fonte.

O prestador dos serviços deve informar, no "corpo" da Nota Fiscal de Serviços, a alíquota
do ISSQN que será retido na fonte.

Caso a microempresa ou empresa de pequeno porte constate que houve diferença entre
a alíquota utilizada e a efetivamente apurada, ela deverá ser recolhida no mês subseqüente ao
do início de atividade em guia própria do Município.

Também não será eximida a responsabilidade do prestador de serviços quando a alíquota


do ISS informada no documento fiscal for inferior à devida, hipótese em que o recolhimento
dessa diferença será realizado em guia própria do Município.

Caso a ME ou EPP não informe a alíquota do ISSQN na Nota Fiscal de Serviços, o tomador
deverá efetuar a retenção aplicando a maior alíquota do Imposto Municipal prevista nos anexos
da Lei Complementar nº. 123/2006.

Quando do cálculo do SIMPLES NACIONAL, informar quanto da receita auferida foi retida
na fonte, para que o contribuinte não pague em duplicidade o Imposto em questão.

9. OBRIGAÇÕES FEDERAIS

Obrigações Federais

As entidades após apurarem os tributos e contabilizarem estas informações devem enviar


estas informações para os órgãos fiscais competentes. Estes órgãos fiscalizam os contribuintes se
estão apurando os tributos corretamente, se há indícios de fraudes e sonegação e como está a
arrecadação em cada cidade, estado, atividade econômica.
Estas informações são enviadas através das obrigações acessórias. A periodicidade varia de
acordo com cada declaração. Há declarações mensais, semestrais e anuais. Há declarações

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municipais, estaduais e federais. A não entrega dentro dos prazos estipulados podem acarretar
multas por atrasos e até mesmo multa de ofício, em caso de fiscalização.
É importante não apenas que os contribuintes entreguem as declarações dentro do prazo,
mas também que estejam preenchidas corretamente evitando o retrabalho e até a mesmo a
fiscalização. Por isso, é importante, portanto, que a contabilidade, a apuração dos tributos e as
declarações acessórias forneçam as mesmas informações. As principais declarações acessórias
federais são:
 Escrituração Contábil Digital – ECD: declaração acessória anual. Informa os
balancetes, plano de contas, balancetes, Balanço Patrimonial, Demonstração do
Resultado do Exercício e lançamentos contábeis. É a substituição do Livro Diário e
Razão.
 Escrituração Contábil Fiscal – ECF: declaração acessória anual. Informa a apuração
dos tributos dos contribuintes tributados pelo Lucro Real, Presumido e Arbitrado.
Também informa os valores que foram retidos pelos tomadores de serviços,
pagamentos e recebimentos efetuados ao exterior, entre outras informações. Os
contribuintes optantes pelo Simples Nacional transmitem a DEFIS pelo site da
Receita Federal.
 Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte – DIRF: declaração acessória
anual. Informa quais os tributos foram retidos pela fonte pagadora ao longo do ano.
Deverão transmitir a DIRF as entidades no Lucro Real, Presumido, Arbitrado e
Simples Nacional.
 EFD-Contribuições: declaração acessória mensal. Informa as apurações de PIS e
COFINS, crédito de insumos, retenções na fonte, além dos documentos de entradas
e saídas.
 Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais – DCTF: declaração acessória
mensal. Informa os débitos tributários federais e a forma como foi quitado. Deverão
declarar os contribuintes do Lucro Real, Presumido e Arbitrado.
 EFD-Reinf: declaração acessória mensal. Informa as retenções na fonte dos tributos
federais, futuramente substituirá a DIRF.
 EFD – ICMS/IPI: declaração acessória mensal. Informa as apurações de ICMS e IPI.

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Existem outras declarações acessórias que dependem da atividade desenvolvida pelo


contribuinte. O importante é saber quais declarações deverão ser transmitidas e como elas estão
relacionadas.

REFERÊNCIAS
Código Tributário Nacional
Decreto Estadual 24.569/97 (Regulamento do ICMS – Ceará)
Decreto Federal 3.000/99 (RIR)
Lei Complementar Federal 116/2003
Lei Complementar Federal 123/2007 (SIMPLES Nacional)
Lei Complementar Federal 127/2007
Lei Complementar Federal 128/2008
Lei Complementar Municipal 14/2003 (Regulamento do ISSQN de Fortaleza)
Lei Municipal 4.144/1972 (Código Tributário de Fortaleza)
Lei Federal 9.718/98
Lei Federal 10.637/2002
Lei Federal 10.833/2003
SILVEIRA, Orlando. Simples Nacional. Fortaleza: Fortes, 2007.
OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade Tributária. São Paulo: Saraiva, 2005.
www.classecontabil.com.br
www.sefaz.ce.gov.br
www.sefin.fortaleza.ce.gov.br
www.receita.fazenda.gov.br
www.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional

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