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MATERIAL DE ESTUDO DO CURSO DE


FATURAMENTO HOSPITALAR

OBSERVAÇÃO: ESTE MATERIAL É COMPOSTO DA TRANSCRIÇÃO DE CONTEÚDOS PERTINENTES


AO TEMA PROPOSTO, EXTRAÍDOS DE DIVERSAS FONTES PARA QUE HAJA MAIOR
APROVEITAMENTO E APRENDIZADO DOS ALUNOS.
2

SUMÁRIO
..............................................................................................................................................10
O que é Faturamento?........................................................................................10
O que é Faturamento? (Continuação)....................................................................................................11
Faturamento Médico- Hospitalar...........................................................................12
Objetivos do Faturamento Médico- Hospitalar..................................................12
O Processo de Faturamento....................................................................................13
..............................................................................................................................................14
O Processo de Faturamento...................................................................................................................14
..............................................................................................................................................15
Critérios para Pagamento de Procedimentos.........................................................................................15
..............................................................................................................................................16
Critérios para Pagamento de Procedimentos.........................................................................................16

Coord. de Faturamento................................................17

Setor de Análise...........................................................17

Setor Recepção Contas................................................17

Setor Apoio Operacional.............................................17

Setor de Faturamento..................................................17

28..........................................................................................................................................18
Módulo II Aspectos do Processo de Faturamento de Contas Hospitalares.........................................18
..............................................................................................................................................19

Análise...........................................................................19

Contrato........................................................................19

Controle........................................................................19

Fechamento..................................................................19

..............................................................................................................................................21
Tipos de Faturamento............................................................................................................................21
..............................................................................................................................................22
..............................................................................................................................................23
Contrato de Prestação de Serviço...........................................................................................................23
..............................................................................................................................................24
Conflitos de Interesse entre Hospital e Operadora de Plano de Saúde..................................................24
3

..............................................................................................................................................25
Modelo de Termo Aditivo de Contrato de Prestação de Serviço............................................................25
..............................................................................................................................................26
Modelo de Termo Aditivo de Contrato de Prestação de Serviço............................................................26
..............................................................................................................................................27
Modelo de Termo Aditivo de Contrato de Prestação de Serviço............................................................27
..............................................................................................................................................28

Módulo IV.....................................................................28

..............................................................................................................................................29

Tabela AMB..................................................................29

Algumas normas estabelecidas na Tabela................29

Atendimento de Urgência e Emergência..................29

..............................................................................................................................................30

Tabela CBHPM.............................................................30

..............................................................................................................................................31

Tabela CBHPM..............................................................31

..............................................................................................................................................32

Porte dos Procedimentos...........................................32

..............................................................................................................................................33

Porte Anestésico..........................................................33

..............................................................................................................................................34

Tabela TUSS.................................................................34

..............................................................................................................................................35

O que é TISS.................................................................35

..............................................................................................................................................36

SINDIHOSP...................................................................36

Modelo de Tabela praticada pelo SINDHOSP/PE......36

..............................................................................................................................................37
4

Tabela SINDIHOSP.......................................................37

..............................................................................................................................................38

Tabela SINDIHOSP.......................................................38

..............................................................................................................................................39

GREMES........................................................................39

..............................................................................................................................................40

GREMES........................................................................40

..............................................................................................................................................41

GREMES........................................................................41

..............................................................................................................................................42

BRASINDICE.................................................................42

..............................................................................................................................................44

SIMPRO........................................................................44

Sistema VideoFarma...................................................44

..............................................................................................................................................45
Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais......................................................45

Guia de Consulta..........................................................45

Modelo de Guia de Consulta.......................................45

..............................................................................................................................................46

Preenchimento da Guia de Consulta.........................46

..............................................................................................................................................47

Preenchimento da Guia de Consulta..........................47

..............................................................................................................................................48

Guia de Serviço Profissional / SADT...........................48

..............................................................................................................................................49

Modelo de Guia de SADT............................................49


5

..............................................................................................................................................50

Modelo de Guia de SADT............................................50

..............................................................................................................................................51

Guia de Solicitação de Internação...............................51

..............................................................................................................................................52

Guia de Solicitação de Internação..............................52

..............................................................................................................................................53

Guia de Solicitação de Internação..............................53

..............................................................................................................................................54

Guia de Solicitação de Internação..............................54

..............................................................................................................................................55

Guia de Resumo de Internação...................................55

..............................................................................................................................................56

Guia de Resumo de Internação...................................56

..............................................................................................................................................57

Guia de Resumo de Internação...................................57

..............................................................................................................................................58

Guia de Honorários Individuais..................................58

...............................................................................................................................................59

Guia de Outras Despesas............................................59

..............................................................................................................................................61

Glosa..............................................................................61

Classificação da Glosa..................................................61

..............................................................................................................................................62

Motivos de Glosa.........................................................62
6

73..........................................................................................................................................63

Principais Motivos de Glosas no Processamento de


Contas Médicas............................................................63

74..........................................................................................................................................64

Recurso de Glosa.........................................................64

Glosa não passíveis de Recursos................................64

Principais inconsistências que dificultam ou


impossibilitam a análise do Recursos.......................64

75..........................................................................................................................................65

Documentos/dados necessários para solicitação de


Recurso de Glosa.........................................................65

Prazo médio para solicitação de Recurso de Glosa. .65

O que é o Sistema Único de Saúde (SUS) ?................67

Porquê Sistema Único ?...............................................67

Princípios Doutrinários...............................................67

Universalidade...............................................................67
..............................................................................................................................................68

Princípios SUS..............................................................68

Equidade......................................................................68

Integridade..................................................................68

..............................................................................................................................................69

Atendimento ao Paciente...........................................69

Modelo de Organização de Prontuário.....................69

..............................................................................................................................................70

Importantes Siglas para o Faturamento SUS............70

..............................................................................................................................................71
7

Instrumentos para Faturamento SUS.........................71

1.Convênios / Contratos...............................................71

..............................................................................................................................................72

CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimento de


Saúde............................................................................72

CBO - Cadastro Brasileiro de Ocupações...................72

..............................................................................................................................................73

Cronograma.................................................................73

Sistemas / Programas..................................................73

..............................................................................................................................................74

Sistema de Informação Ambulatorial........................74

..............................................................................................................................................75

Sistema de Informação Ambulatorial........................75

..............................................................................................................................................76

Sistema de Informação Ambulatorial........................76

..............................................................................................................................................77

Sistema de Informação Ambulatorial........................77

Aplicativos de Capacitação do Atendimento


Ambulatorial................................................................77

..............................................................................................................................................78

BPA Consolidado.........................................................78

..............................................................................................................................................80

BPA Individualizado....................................................80

..............................................................................................................................................81
..............................................................................................................................................82
..............................................................................................................................................84

APAC Magnético.........................................................84
8

89..........................................................................................................................................85
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações....................................................................85

Faturamento do SUS de Radioterapia (RT)...............85

..............................................................................................................................................86

Faturamento do SUS de Radioterapia (RT)...............86

Finalidade da Radioterapia.........................................86

Radioterapia Paliativa.................................................86

..............................................................................................................................................87

Radioterapia Pré-Operatória......................................87

Radioterapia Pós-Operatória......................................87

..............................................................................................................................................88

Faturamento de APAC Quimioterápico.....................88

..............................................................................................................................................89

Faturamento de APAC Quimioterápico.....................89

Hormonioterapia.........................................................89

..............................................................................................................................................90

Hormonioterapia.........................................................90

..............................................................................................................................................91

Hormonioterapia.........................................................91

..............................................................................................................................................92

Hormonioterapia.........................................................92

..............................................................................................................................................93
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações....................................................................93

Hormonioterapia.........................................................93

..............................................................................................................................................94

Hormonioterapia.........................................................94
9

..............................................................................................................................................95

Hormonioterapia.........................................................95

..............................................................................................................................................96

Hormonioterapia.........................................................96

..............................................................................................................................................97

Hormonioterapia.........................................................97

..............................................................................................................................................98

Hormonioterapia.........................................................98

..............................................................................................................................................99

Hormonioterapia.........................................................99

Bibliografia...........................................................................................................................100
10

Módulo II Aspectos do Processo de Faturamento de Contas Hospitalares

O que é Faturamento?

É de fundamental importância, antes de tudo, diferenciar faturamento de análise que


semanticamente são distintos, geralmente são tidos como iguais. De acordo com o
Dicionário Aurélio temos as seguintes definições:

Faturamento é a cobrança do serviço aprestado, través de documentos devidamente


reconhecido, preenchido e assinado pelo comprador (tomador do serviço) e o vendedor
(prestador do serviço). A rigor, em sentido literal, Faturamento é a atividade de emitir
faturas. A Fatura é um termo que vem do latim e indica o documento, ou instrumento de
contrato de compra e venda, O Faturamento se inicia na recepção (atendimento ao
usuário) e termina no convênio (operadora de plano de saúde), com o pagamento correto
das contas enviadas

• Análise1 . s.f. 1. Ato ou efeito de analisar (se). 2. Decomposição de um todo


em suas partes constituintes. 3. Exame de cada parte de um todo, para
conhecer sua natureza, suas proporções, suas funções, suas relações, etc. 4.
P.ext. O resultado da análise (de 1 a 3) 5. Estudo pormenorizado; exame,
crítica.

• Faturar. V. t. d. e t. d. e i. 1. Fazer a fatura de (mercadoria vendida). 2. Incluir


na fatura (uma mercadoria). 3. Bras. Pop. Tirar proveito material (sobretudo
pecuniário) de. 4. Bras. Pop. Fazer, realizar, conseguir (coisa vantajosa). Int.
5. Bras. Ganhar muito dinheiro; ou auferir vantagens. § faturamento, s.m.;
faturável, adj. 2 g.

Com isto, observamos que análise de contas é o termo mais adequado para definir nossa
atividade. Em nosso dia-a-dia como analista de contas médico-hospitalares,
freqüentemente nos deparamos com cobranças incorretas, às vezes para mais, às vezes
para menos do valor devido. Devemos então, dependendo das orientações determinadas,
corrigirem-nas independente do resultado final, visto que comumente a maioria das
empresas corrige apenas os cálculos quando o erro é em prejuízo do cobrador, mesmo
que este procedimento seja danoso ao bom relacionamento empresa - credenciado.

Uma forma de diminuir este problema seria dar instruções (treinamentos) aos serviços
que “não sabem” ou tenham dúvidas ao cobrar, facilitando assim, tanto nosso trabalho,
como evitando possíveis “desentendimentos” entre as partes, estabelecendo, assim, uma
parceria saudável.
Faturamento de Contas Hospitalares
Módulo II Aspectos do Processo de Faturamento de Contas Hospitalares

O que é Faturamento? (Continuação)

O importante, ao analisarmos uma conta médico-hospitalar, é que o façamos visando à


qualidade do faturamento, comunicando as incorreções ao credenciado, no intuito de
que não mais ocorram, independentes de haver ou não “perda” financeira; podemos,
também, estabelecer parâmetros específicos, negociados entre as partes, sem perda da
qualidade do atendimento ao usuário final e mantendo uma parceria de alto nível, o
que facilitará diretamente a análise.
Uma revisão geral de postura comercial entre as partes, visto que múltiplas tabelas
(visão dos planos) e múltiplos impressos (visão dos prestadores) dificultam o trabalho
de análise e faturamento, e a adoção de pacotes (p.ex. para Partos, Postectomia,
Histerectomia, etc.) negociados entre as partes, e observando-se analiticamente o
material e acomodações a serem utilizadas, seriam exemplos de medidas que
facilitariam tanto a cobrança quanto a análise e pagamento das contas médico-
hospitalares, e deveriam ser negociadas e adotadas pelas empresas e prestadoras. A
negociação para o credenciamento é onde toda a estrutura deve ser montada. É o
passo mais importante para o setor de análise, pois de um credenciamento bem
estruturado depende toda a relação usuário-prestador-setor de análise de contas
médico- hospitalares.
Os contratos e tabelas de preços, determinadas no contrato, são as ferramentas
utilizadas no nosso dia-a-dia e são frutos do credenciamento, e é de extrema
importância um relacionamento estreito com esta área, com constante comunicação
para troca de informações. Para um bom credenciamento devem-se analisar as
informações quanto à evolução da atividade de um prestador, seu crescimento ou
oscilações relevantes. A partir destes dados, pode ser ampliado ou reduzido, o
credenciamento, em determinada área ou região, bem como revisões de
credenciamento, novas visitas para reavaliação dos prestadores. Em contrapartida ao
credenciamento cabe a função de atualizar a área de análise quanto a negociações,
alterações contratuais, modificações de tabela, extensões de credenciamento e toda
mudança que irá gerar impacto na cobrança do prestador. No que se refere
especificamente à análise de contas médico-hospitalares, a auditoria médica tem papel
relevante no subsídio para o correto pagamento de contas geradas por internações e
cirurgias. Quanto aos procedimentos ambulatoriais, sejam consultas, exames ou
cirurgias ambulatoriais, são analisadas posteriormente pelos auditores em conjunto
com os analistas. Dois pontos são fundamentais para a operacionalidade e garantia de
um resultado efetivo na atividade do setor de análise de contas: A integração do setor
de análise de contas com o credenciamento médico e de serviços e visita médico-
hospitalar; e participação do usuário neste processo, fiscalizando as entidades que o
atendem
Módulo II Aspectos do Processo de Faturamento de Contas Hospitalares

Faturamento Médico- Hospitalar

O serviço de Faturamento Médico-Hospitalar tem a missão de processar as contas


médicas e hospitalares dos pacientes atendidos nos diversos serviços do Consultório,
Clínica ou Hospital de forma a garantir o correspondente afluxo de recursos

Objetivos do Faturamento Médico- Hospitalar

■ Manter um sistema de controle que proporcione informações que permitam


obter os dados necessários ao processamento dos relatórios de faturamento;
■ Emitir as faturas de cobrança dos serviços prestados (guias às operadoras);
■ Emitir relatórios de controle de faturas (guias) emitidas / pendentes;
■ Analisar os relatórios de faturas (guias) recebidas;
■ Verificar as ocorrências de glosas e identificar as causas
■ Providenciar as correções das glosas e localizar documentos comprobatórios
■ Preparar os recursos de glosas as operadoras para reversão e pagamentos das
mesmas
■ Manter atualizados e organizados, pelo período de no mínimo cinco anos, os
comprovantes dos serviços prestados, para atender as auditorias.
Módulo II Aspectos do Processo de Faturamento de Contas Hospitalares

O Processo de Faturamento

Nos estabelecimentos de saúde, deve sempre haver uma área de Coordenação de


Faturamento que deve ser responsável pela informações administrativas e financeiras dos
atendimentos prestados pela entidade, em níveis ambulatórias e de internação hospitalar.
Essa área deve fazer desde a coleta das guias, solicitações médicas, laudos e prontuários de
internação das clinicas médica, cirúrgica, pediátrica, obstétrica e psiquiátrica, que após
conferência e complementação de dados, realiza toda a digitação e arquivamento dos
dados para realização da cobrança (emissão das faturas aos convênios), juntamente com os
documentos comprobatórios dos procedimentos realizados. Após isto, em data específica
se faz o processamento através do sistema de informação do estabelecimento e encaminha
todas as Guias / Lotes para o devido pagamento junto a cada operadora de plano de saúde.

Se o proprietário do estabelecimento de saúde entender que não há necessidade de se


contratar e treinar pessoas para a formação de uma área / setor de Faturamento Médico-
Hospitalar, o mesmo pode terceirizar parte do serviço ou todo o serviço de faturamento,
junto a uma empresa especializada. O importante é a profissionalização das pessoas
envolvidas no processo de faturamento, já que sem as habilidades e técnicas corretas
para a execução dos serviços, erros ocorrerão e as receitas previstas pelo estabelecimento
ficarão comprometidas em GLOSA.
Módulo II Aspectos do Processo de Faturamento de Contas Hospitalares

O Processo de Faturamento

Nível de Maturidade dos


Processos
Ní Nome Definiç
ve ão
l
O controle não é executado na empresa
 Apesar de haver evidências da necessidade de executar o controle,
não existem evidências de que o controle é executado da forma como
deveria, ou pela área da empresa mais adequada
0 Descontrol
e Não deve ser enquadrado nesta definição (nível 0):
 O controle que não é executado quando existe algum fator específico
da empresa que descarte sua necessidade, apesar do controle ser
executado em empresas similares
O controle é executado na empresa, mas:
 Não é uma definição institucional;
1 Executado  É executado por iniciativa própria de uma área da empresa;
 Mesmo que com metodologia, não traduz a definição
institucional da forma como deve ser executado.
O controle é executado na empresa por definição institucional:
 Existe norma que define a obrigatoriedade da execução do controle;
2 Normatizad
o  A norma define, pelo menos, quais os envolvidos e atribuições
na execução do controle.
O controle é executado de forma padronizada:
• A norma define como o controle deve ser executado;
3 Padronizad
• A norma define quais as evidências para que a execução possa
o
ser auditada de forma metódica.
O controle é executado com apoio de sistema de informação:
 O sistema garante a integridade das informações;
4 Sistematiza
do  O sistema elimina a dependência da realização do controle,
independente de 'turn-over' (ou 'job-rotation') de colaboradores.

O sistema está integrado com os demais:


 Existem funcionalidades de sistema que garantem a unicidade
5 Integrado de informações utilizadas pelas várias áreas envolvidas;
 Existem funcionalidades que evitam retrabalho aproveitando
objetos (transações) na alimentação e consulta de informações
corporativas.
Módulo II Aspectos do Processo de Faturamento de Contas Hospitalares

Critérios para Pagamento de


Procedimentos

Os critérios para pagamento de procedimentos são estipulados pela operadora para


monitora à qualidade da rede prestadoras de serviços, bem como, para minimizar a sobre-
utilização e o sobre-faturamento. Em ambas as situações, o estabelecimento de parâmetros
claros e fundamentados são imprescindíveis para que a parceria prestador-operadora seja
saudável e a satisfação do beneficiário seja mantida.

Alem disso, é necessário que o prestador de serviço conheça:


• Manual do Credenciado, observando os critérios administrativos e as
diretrizes clinicas estipuladas para pagamento de procedimentos.

• Contrato de Prestação de Serviço, no item relacionado especificamente para


recurso de glosa. Em geral, o prazo estipulado é de 30 a 60 dias. Devendo-se
verificar a existência de formulários e da forma de reapresentação da
cobrança: fax, internet, correio, bem como os prazos fixados.
Quando ocorre a glosa de procedimentos realizados, durante a auditoria final, em geral
encontramos duas situações:
1. Glosas Administrativas: Não estão relacionadas ao tratamento em si, mas à
forma como é apresentada a cobrança dos procedimentos.

Exemplo:

 Falta de assinatura do usuário ou do médico executor nas guias de atendimento;


 Preenchimento incorreto ou incompleto dos campos data de atendimento,
identificação do beneficiário, código do procedimento, entre outros.
 Preenchimento incorreto ou incompleto dos campos data de atendimento,
identificação do beneficiário, código do procedimento, entre outros.
 Rasuras, inultilização ou falta de utilização de campos das guias de atendimento;
 Valores informados divergente com os valores negociados.

Nesses casos, a apresentação ou correção do documento permite a cobrança do valor


glosado, Em algumas situações, haverá necessidade de emitir um novo documento dentro
do prazo contratual estipulado, para registro adequado do tratamento.
Módulo II Aspectos do Processo de Faturamento de Contas Hospitalares

Critérios para Pagamento de


Procedimentos

É importante estar atento para as cobertura e carências do plano, casos de co-


participação em procedimentos negociados com a clientela – principalmente Próteses,
Órteses, Medicamentos de Alto Custo, etc., de forma a evitar cobranças de valores que
não são devidos pela Operadora.

2. Glosas Técnicas: Estão relacionadas ao tratamento


realizado, decorrem das diretrizes clinicas estipuladas
pela operadora. Alguns exemplos:
 Restrição por Idade – estabelece a idade mínima
e/ou máxima para alguns procedimentos;
 Periodicidade – refere-se ao prazo intervalar
para realização do procedimento já realizado.;
Gerência
de Contas
Médicas

Coord. de Coord. de Coord. de


Auditoria Análise de Faturamento
Contas

Setor de Setor
Setor de Análise Recepção
Auditoria Contas
Médica

Setor de Setor Apoio Setor de


Auditoria Operacional Faturamento
Enfermagem
28

Módulo II Aspectos do Processo de Faturamento de Contas Hospitalares


Módulo I Aspectos do Processo de Faturamento de Contas Hospitalares

Etapas do Processo de Análise e Faturamento

■ Prontuário
Paciente
■ Guias de
Análise Internação
■ Autorização
OPME / SADT
■ Prorrogações

Contrato ■ Tabelas
Negociadas
■ Pacotes
Cirúrgicos e
SADT

■ Calendário de
Controle Entrega
■ Valores
Faturados
■ Valores
Glosados
■ Discussão de
Glosas

■ Valores Recebidos
Fechamento ■ Baixa no Sistema
Módulo II Aspectos do Processo de Faturamento de Contas Hospitalares

Tipos de Faturamento

Ambulatorial Hospitalar

Externo Internado

Simples Complexo

Diversificado
Diversificado
Módulo II Aspectos do Processo de Faturamento de Contas Hospitalares

Componentes das Contas Ambulatoriais ou de


Internação
Módulo III Negociações, Contratos e Modelos de Pacotes

Contrato de Prestação de Serviço

Tudo começa na negociação de um Contrato de Prestação de Serviço. É o instrumento


mais importante para o Setor de Análise e Faturamento, pois é da negociação bem feita em
um contrato de credenciamento, que depende toda a relação do prestador com o cliente
(paciente). Não podemos falar de análise de contas hospitalares sem pensar nos termos
negociados em um contrato. Contratos e tabelas de preço são as ferramentas que
utilizamos no nosso dia a dia e são frutos do trabalho de negociação. Mas para isso, é de
necessária e extrema importância um relacionamento estreito com os atores do processo
(Hospital x Operadora de Plano de Saúde), com constante troca de informações.

A visão do profissional que administra a


área de análise deve ser abrangente,
preocupada com a qualidade do processo de
um modo geral, inclusive levando para a
área comercial, se for o caso, informações
relevantes quanto aos custos de
determinados contratos, para uma possível
revisão.

Ao efetua-se uma negociação e posteriormente um contrato (credenciamento),


diversas informações quanto a evolução das atividades da instituição relacionada a
operadora passa a ser relevante. O acompanhamento do crescimento ou oscilações dos
procedimentos realizados, negados ou glosados. A partir desses dados pode ser necessário
um nova negociação e conseqüentemente um aditivo de contrato, ampliado ou reduzido
os serviços oferecidos/ofertados em determinada área ou região, bem como, revisões de
credenciamento e novas visitas para reavaliação por parte da operadora.
Em contrapartida, ao credenciamento do instituição hospitalar, cabe a função de
manter atualizada a área de analise e faturamento quanto as negociações, alterações
contratuais, modificações de tabela, extensões de credenciamento, enfim toda mudança
que irá gerar impacto na cobrança da instituição.
Uma parâmetro a ser utilizado para avaliar a qualidade dos serviços prestados está
relacionado as reclamações de usuários quanto a qualidade dos serviços prestados pela
unidade hospitalar. A Avaliação tanto pode ser feita pela Operadora de Plano de Saúde,
quanto pela área de auditoria medica do hospital. Com tudo, dúvidas técnicas da análise
são dirimidas pela auditoria médica mas aspectos operacionais e administrativos podem
ser avaliados pelo credenciamento e/ou faturamento.
Módulo III Negociações, Contratos e Modelos de Pacotes

Conflitos de Interesse entre Hospital e Operadora de Plano de Saúde

Tendências (Interesses):
Antagonismo
Tópico Hospital Operadora de Plano de
Saúde
Maior ocupação, maior a
Volume Menor ocupação, menor repasse
diluição dos custos fixos, e
de para o hospital, e maior a
maior
Atendime a rentabilidade rentabilidade
nto
Maior a cobertura, maior a
liberdade do médico em Menor a cobertura, maior necessidade
Coberturas adotar o procedimento que de o médico adequar ao padrão
julgar mais adequado, estabelecido pelo plano, e maior a
maior o consumo, e rentabilidade
maior a rentabilidade
Menor a carência, maior
Maior a carência, menor utilização
Carências a utilização pelo
pelo beneficiário, e maior a
beneficiário, e
maior a rentabilidade rentabilidade
Aberta por item, Fechada com preço pré-estabelecido
Composição remunerando o que foi por procedimento, reduzindo risco da
das utilizado, reduzindo riscos do operadora em bancar consumos
Contas hospital bancar desnecessários
consumos necessários
Cobrar a caixa toda, Pagar por dose unitária, reduzindo custo
Medicamento
reduzindo do
custos de controle de sobras desperdício
Mensal, independente da Após o fim do atendimento,
Período da Conta alta, reduzindo o custo do simplificando a análise global da conta
capital de e postergando o
giro pagamento
Separar da conta hospitalar,
Junto da conta, compartilhando com o
reduzindo o risco de
Honorários hospital o risco do controle dos
inadimplência por glosa de
procedimento procedimentos
Aumento na
Sinistralidade Viabiliza o negócio Pode inviabilizar o negócio
Oferta de planos com redes
Hospital credenciadas diferentes
Preço acordado elevado
domina a Rede credenciada própria para
região referenciar
crônicos
Operadora
Preço acordado baixo Predominância em remunerar por
domina a
região pacotes
Não deixar de cobrar o que
Não deixar pagar o que não tem
Missão da Equipe foi utilizado e é
cobertura Remunerar o que é justo:
de justificado
alternativa de menor custo para o caso
Auditoria Evitar que uma glosa atrase
o
recebimento de toda a
conta
Módulo III Negociações, Contratos e Modelos de Pacotes

Modelo de Termo Aditivo de Contrato de Prestação de Serviço

TERMO ADITIVO AO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE


SERVIÇOS DE ANESTESIOLOGIA QUE ENTRE SI A
GOLDEN CROSS ASSISTÊNCIA INTERNACIONAL DE
SAÚDE E DE OUTRO A COOPERATIVA DOS MEDICOS
ANESTESIOLOGISTA DE PERNAMBUCO –
COOPANEST/PE.

Pelo presente Termo Aditivo, a GOLDEN CROSS ASSISTÊNCIA INTERNACIONAL DE SAÚDE, inscrita no
CNPJ sob no. 01.518.211/0001-83, registrada na AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR sob
o no. 403.911, na condição de CONTRATANTE, neste ato legalmente representada por seu Gerente
Regional – Sr. Carlos Alberto Maia, Médico, Brasileiro, RG no. 18.764.544 – SSP/SP, CPF/MF
438.146.514-71 designado pelo Ato de Serviço GEAP/DIREX n. 001, de 01/08/2011, e, de outro lado,
na condição de CONTRATADO COOPERATIVA DOS MÉDICOS ANESTESIOLOGISTA DE PERNAMBUCO
– COOPANEST/PE, com sede na Rua Benfica, no. 326; Madalena; Recife; Estado de PE, CEP: 50.720-
001, inscrita no CNPJ sob o no. 11.187.085/0001-85, firmam o presente Termo Aditivo ao Contrato de
Prestação de Serviços Médicos em Anestesiologia, codificando sob o processo no. 18001280
(registrar o número no processo de contrato anteriormente assinado) mediante as seguintes
cláusulas e condições:

CLÁUSULA PRIMEIRA – Fica estabelecida para o tratamento odontológico, desde


que observadas às normas da Resolução CFM-1802/2006 e havendo autorização para o tratamento
em regime hospitalar, que o código do honorário da anestesia será 85.85.801-3 (Porte 5).
CLÁUSULA SEGUNDA – Os honorários das anestesias serão calculadas de acordo
com os portes de 0 a 8 dos procedimentos da CBHPM – Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos 5ª Edição, para os pacientes internados em Enfermaria e/ou ambulatórios,
bem como, para os pacientes internados em Apartamento Standard, cujos os valores segue planilha
abaixo:

CONSULTA pré-anestésica em consultório no valor R$ 45,00 (quarenta e cinco reais).


Módulo III Negociações, Contratos e Modelos de Pacotes

Modelo de Termo Aditivo de Contrato de Prestação de Serviço


Parágrafo Primeiro – Entende-se por procedimentos de urgência e emergencia,
aqueles realizados nos horários previstos das Instruções Gerais item 2, considerando-se ainda como
urgência os procedimentos que forem realizados com o maior tempo após as 19hs. (exemplo:
cirurgia iniciada as 18h30min e terminada às 19h40min, é considerada urgência, pois o maior tempo
foi após as 19hs e cirurgia iniciada as 18h30min e terminada as 19h15min, não será considerada
urgência).
Parágrafo Segundo – O assistido que optar por acomodação em enfermaria e a
entidade hospitalar disponibilizar acomodação em apartamento, será paga a tabela de enfermaria,
conforme autorização emitida.
CLAUSULA TERCEIRA – Quando o procedimento realizado não tiver codificação
especifica na Tabela TUSS – Terminologia Unificada da Saúde Suplementar, usaremos a codificação
TUSS, porem com os portes anestésicos contemplados na CBHPM 5ª Edição.
Parágrafo Primeiro – Anestesias para Angiografias por cateter (código 4.08.12.03-0,
4.08.12.04-9, 4.08.12.05-7, 4.08.12.06-5 e 4.08.12.07-3) serão cobradas como Porte 3, incluído-se no
Maximo 3 exames, sendo um 100% e os demais (se houver) 50%.
Parágrafo Segundo – Anestesias para Ressonância Magnética (4.11.01.00-6 e
4.11.02.00-2), serão cobradas pelo Porte 3, incluído-se no Maximo 3 exames, sendo um 100% e os
demais (se houver) 50%.
Parágrafo Terceiro – Anestesias para Tomografia Computadorizada (4.10.01.00-1 e
4.10.02.00-8), serão cobradas pelo Porte 2, incluído-se no Maximo 3 exames- código 31.60.226-6;
CLAUSULA QUINTA – Anestesia para queimados (3.01.01.28-0) e (3.01.01.22-0)
será cobrada pelo Porte 3, sendo que para uma unidade topográfica (UT) cobra-se 100%, e para cada
uma das demais UT´s (se houver) será cobrado 50%, conforme Item 2 das observações do código
3.01.99.00-0 da (CBHPM 5ª Edição) TUSS.
CLAUSULA SEXTA – Os procedimentos não previstos no ROL da ANS e constantes
da CBHPM serão objetos de estudo de viabilidade e conveniência por parte da GOLDEN CROSS,
respeitadas as disposições legais estabelecidas na legislação das Instruções Gerais Especificas para
Anestesiologia da CBHPM 5ª Edição, os quais, se ajustados, constarão em Termo Aditivo para este fim.
CLAUSULA SÉTIMA – O presente acordo passara a fazer parte integrante do
contrato como anexo, entre a COOPANEST/PE e a GERENCIA REGIONAL DA GOLDEN CROSS/PE.
CLAUSULA OITAVA – Os serviços na especialidade de Anestesiologista serão
prestados mediante Contratualização entre a COOPANEST/PE e a Gerencia Regional da GOLDEN
CROSS, que acatarão as especificações deste acordo.
CLAUSULA NONA – A COOPPANEST/PE manterá a GOLDEN CROSS informada da
composição de seu quatro de cooperados, que serão os profissionais qualificados pela SBA –
Sociedade Brasileira de Anestesiologista, habilitados para exercer suas atividades de acordo com o
presente termo. Os eventuais desligamentos ou inclusões de novos cooperados Anestesiologista do
quando a COOPANEST/PE deverão ser imediatamente comunicado a GOLDEN CROSS – Assistência
Internacional de Saúde.
CLAUSULA DECIMA – O presente Termo de Acordo terá vigência a partir de
01/01/2011 à 31/12/2011, não podendo ser prorrogado por iguais e sucessivos períodos, nos mesmos
termos.
CLAUSULA DECIMA PRIMEIRA – Permanecem inalteradas as demais cláusulas do
contrato principal assinado pelas partes não modificadas por este instrumento.
Módulo III Negociações, Contratos e Modelos de Pacotes

Modelo de Termo Aditivo de Contrato de Prestação de Serviço

E por estarem justas e de pleno acordo com as clausulas e condições ora pactuadas, as partes
assinam, perante as testemunhas abaixo, o presente Termo Aditivo, em três vias de igual teor e
forma, elegendo o foro da cidade de Recife – PE; para dirimir questões oriundas do presente
instrumenta que não puderem ser resolvidas pelas partes.

Recife (PE), 01 janeiro de 2011.

GOLDEN CROSS – Assistência Internacional de Saúde COOPANEST-PE

TESTEMUNHAS:
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

Módulo IV

Códi Descriç
go ão
01 • Lista de Procedimentos Médicos AMB 90
02 • Lista de Procedimentos Médicos AMB 92
03 • Lista de Procedimentos Médicos AMB 96
04 • Lista de Procedimentos Médicos AMB 99
05 • Tabela Brasíndice

06 • Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos

07 • Tabela CIEFAS-93
08 • Tabela CIEFAS-2000
09 • Rol de Procedimentos ANS
10 • Tabela de Procedimentos Ambulatoriais SUS
11 • Tabela de Procedimentos Hospitalares SUS
12 • Tabela SIMPRO
13 • Tabela TUNEP
14 • Tabela VRPO (Valor Referência para Procedimentos Odontológicos)
15 • Tabela de Intercâmbio Sistema Uniodonto
94 • Tabela Própria Procedimentos
95 • Tabela Própria Materiais
96 • Tabela Própria Medicamentos
97 • Tabela Própria de Taxas Hospitalares
98 • Tabela Própria de Pacotes
99 • Tabela Própria de Gases Medicinais
00 • Outras Tabelas
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

Tabela AMB

A Tabela de Honorários Médicos foi elaborada com base em critérios uniformes para
todas as especialidades e tem como finalidade estabelecer Índices Mínimos
Quantitativos para procedimentos médicos, tornando viável sua implantação nos
diversos sistemas alternativos de saúde.
Os atendimentos controlados de acordo com esta classificação de procedimentos serão
cobrados de acordo com locais, dias e horários pré-estabelecidos; A tabela AMB
constitui como referência para acomodações hospitalares coletivas (Enfermarias,
Apartamentos, Quarto com dois ou mais leitos).

Algumas normas estabelecidas na Tabela

1. Os atos médicos praticados em caráter de urgência ou


emergência terão um acréscimo de trinta por cento
(30%) em seus portes nas seguintes eventualidades;

2. No período compreendido
entre 19h e 7h do dia
seguinte;

3. Em qualquer horário aos sábados, domingos e feriados;


4. Ao ato médico iniciado no período normal e concluído no período de urgência /
emergência, aplica-se o acréscimo de 30% quanto mais da metade do procedimento
for realizado no horário de urgência / emergência.

Atendimento de Urgência e Emergência


Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

Tabela CBHPM

A Comissão Nacional de Honorários Médicos,comunica os valores relativos em moeda


nacional dos 14 Portes e Sub-portes (A, B, C), bem como os da Unidade de Custo
Operacional (UCO) previstos na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos
Médicos (CBHPM), vigentes a partir de 1º de agosto de 2003, sendo admitida banda de
(20%) para mais ou para menos, para fins de regionalização.

VALORAÇÃO DOS ATOS CIRURGICOS


Quando previamente planejada, ou quando se verificar,
durante o ato cirúrgico, a indicação de atuar em vários
órgãos ou regiões ou em múltiplas estruturas
articulares a partir da mesma via de acesso, a
quantificação do porte da cirurgia será a que
corresponder, por aquela via, ao procedimento de
maior porte, acrescido de 50% do previsto para cada
um dos demais atos médicos praticados, desde que
haja um código especifico para o conjunto.

Quando ocorrer mais de uma intervenção por diferente via de acesso deve ser
adicionado ao porte da cirurgia considerada principal o equivalente a 70% do porte de
cada um dos demais atos praticados.
Obedecem as normas acima as cirurgias bilaterais, realizadas por diferentes incisões
(70%), ou pela mesma incisão ( 50%).
Quando duas equipes distintas realizarem simultaneamente atos cirúrgicos diferentes,
a cada uma delas será atribuído porte de acordo com o procedimento realizado e
previsto nesta classificação.
Os portes atribuídos a cada procedimento cirúrgico incluem os cuidados pós-
operatórios relacionados com o tempo de permanência do paciente no hospital, até 10 (
dez ), dias após o ato cirúrgico.
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

Tabela CBHPM

AUXILIARES DE CIRURGIA
A valoração de serviços prestados pelos médicos auxiliares dos atos cirúrgicos
corresponderá ao percentual de 30% do porte do ato praticado pelo cirurgião para o
primeiro auxiliar e 20% para o segundo e terceiro auxiliares.
Quando uma equipe, no mesmo ato cirúrgico, realizar mais de um procedimento, o
número de auxiliares será igual ao previsto para o procedimento de maior porte, e a
valoração do porte para os serviços desses auxiliares será calculada sobre a totalidade dos
serviços realizados pelo cirurgião.

CONDIÇÕES DE INTERNAÇÃO
Quando o paciente voluntariamente interna-se
em ACOMODAÇÕES HOSPITALARES SUPERIORES,
diferentes do previsto em seu plano de saúde
original, a valoração do porte referente aos
procedimentos será completada por negociação
entre o paciente e o médico.

Para os planos superiores ofertados por operadoras, fica prevista a valoração do


porte pelo dobro de sua quantificação, nos casos de pacientes internados em
apartamento ou quarto privativo, em hospital dia ou UTI.

ATENDIMENTO DE URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA

Os Atos Médicos praticados em caráter de urgência ou emergência terão um


acréscimo de trinta por cento (30%) em seus portes nas seguintes eventualidades :
No horário compreendido das 19h e 07h do dia seguinte;
Em qualquer horário aos sábados, domingos e feriados.
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

Porte dos Procedimentos


Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

Porte Anestésico

1. O ato anestésico se inicia com a visita pré-anestésica, prossegue com a


administração da técnica anestésica indicada, que compreende o acesso venoso,
intubação traqueal (quando indicada), instalação de controles e equipamentos
necessários à anestesia e administração de drogas, encerrando-se com a
recuperação dos parâmetros vitais, exceto nos casos que haja indicação de
seguimento em UTI.

2. Neste trabalho, os atos anestésicos estão classificados em portes de 0 a 8,


conforme as indicações do quadro abaixo:

0 ..................................................................................... Anestesia Local

1...........................................................................................3A

2..........................................................................................3C

3..........................................................................................4C

4..........................................................................................6B

5...........................................................................................7C

6...........................................................................................9B

7.........................................................................................10C

8.........................................................................................12A.
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

Tabela TUSS

No mercado de planos de saúde como resultado de sua grande fragmentação, sempre


coexistiram múltiplas tabelas, criadas por operadoras e prestadores para solução de
problemas locais.

O gerenciamento de mapeamento e o controle de versões dessas tabelas mostram-se


aquém no necessário para um ambiente de intercâmbio eletrônico de dados e
comprometem a interoperabilidade em entre os diversos sistemas de informação.

Durante o processo de implementação do Padrão para Troca de Informação em Saúde


Suplementar (TISS), tornou-se evidente a necessidade de adoção de uma termologia
clínica comum a todos os atores do mercado (hospitais, médicos, laboratórios, entre
outros).

Sendo assim, a Agencia nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicou no dia 13 de


novembro a Instrução Normativa no. 38 , que determina que as operadoras de plano
privado a assistência a saúde e prestadores de serviços de saúde deverão
obrigatoriamente adotar a Terminologia Unificada de Saúde Suplementar (TUSS) para
codificação de procedimentos médicos.

A TUSS é o resultado do trabalho conjunto feito pela equipe técnica da Associação Técnica
Brasileira (AMB) da ANS, com os integrantes do Comitê de Padronização das Informações
em Saúde Suplementar (COPISS).

Este grupo definiu, por consenso, que a terminologia a ser utilizada como base para
construção dos procedimentos médicos da TUSS seria a Classificação Brasileira
Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), 5ª. Edição, gerenciada pela AMB.
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

O que é TISS

É a unificação das guias de todas as operadoras de plano de saúde em um único formato,


definido pela ANS - Agência Nacional de Saúde.

Lance suas guias de serviço através de uma única interface simplificada e exporte o
arquivo no padrão TISS para suas operadoras.

Ofereça aos seus prestadores uma interface simplificada para lançamento das
informações do TISS e conte com a experiência de uma empresa líder em soluções de TI
para clínicas e consultórios médicos.

INSTRUÇÃO NORMATIVA N: 41, DE 25 DE MAIO DE 2010

A Diretoria de Desenvolvimento Setorial - DIDES publicou, em 25 de maio de 2.010 a


Instrução Normativa - IN nº 41, que dispõe sobre a versão 2.02.02 do Padrão de TISS de
comunicação e segurança para a troca de informações entre operadoras de planos
privados de assistência à saúde e prestadores de serviços de saúde sobre os eventos
assistenciais realizados aos seus beneficiários.
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

SINDIHOSP

O Sindicato dos Hospitais, Clinicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisa e Análises


Clínicas do Estado de Pernambuco (SINDHOSPE) , representar e dar atendimento a seus
associados levando seus problemas e reivindicações às autoridades, prestando-lhes
assessoria e consultoria em questões de seu interesse, e proporcionando-lhes variados e
importantes serviços.
O SINDHOSPE, em cumprimento às exigências dos convênios e seguradoras de saúde
para adoção de valores de tabelas de procedimentos, acordadas previamente, dispõe do
legitimo instrumento gerencial de classificação da padronização dos serviços de saúde.
Assim, os associados poderão solicitar esse serviço, cujos mecanismos de avaliação
serão disponibilizados, e posteriormente auditados, quando será dada uma declaração
formal, com o respectivo padrão.

Modelo de Tabela praticada pelo SINDHOSP/PE

Diári Observaçõ R
as es $
Apto. privativo com frigobar, roupa de
Diária de Apto. Standard
cama com acompanhante , na diária inclui 232,31
Paciente Clínico ou
o café da manhã.
Cirúrgico
Diária de Day
100,76
Clinic Apto.

Enfermaria Apto. Compartilhado 139, 38

Diária de Day
63,60
Clinic
Enfermaria

Diário de Berçário Berço aquecido, incubadora e desmamadeira 61,77

Monitor FC/ECG/PA, bomba de


Diária de UTI infusão, aspirador/irrigador, roupa de
431, 06
geral e neonatal cama, indumentária, oxímetro, berço
aquecido e incubadora
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

Tabela SINDIHOSP

Taxas de Sala Observaçõ R


es $
Monitor FC/ECG/PA, oxímetro, capinógrafo,
Cirurgia Extra Corpórea bisturi elétrico, aspirador/irrigador, ap.
730,54
até 3 horas anestésico, bomba de infusão, indumentária
de equipe
Cirurgia Extra Corpórea
Idem acima 122,18
por horas subseqüente
Monitor PIC/FC/ECG/PA, oxímetro, bisturi
elétrico, aspirador/irrigador, ap. anestésico,
Neurologia até 3 horas capinógrafo, craneótomo, serra, fresa, 576,62
broca, microscópio, bombas de infusão,
indumentária da equipe cirúrgica
Neurologia por
Idem acima 84,36
horas
subseqüente
Monitor FC/ECG/PA, oxímetro, bisturi
elétrico, capinógrafo, aspirador/irrigador,
Cirurgia até 3 horas 293,27
ap. anestésico, bomba de infusão,
indumentária de equipe
Cirurgia por
Idem acima 32,76
horas
subseqüente
Monitor FC/ECG/PA, oxímetro, bisturi
elétrico, capinógrafo, aspirador/irrigador
Cirurgia s/ internamento 203,30
(com acompanhamento anestésico) +
bomba de infusão, indumentária de equipe
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

Tabela SINDIHOSP

Taxas de Sala Observaçõ R


es $
Sala de
Monitor e oxímetro 112,80
Recuperação pós-
anestésica

Sala de Gesso Qualquer tipo de aparelho gessado 37,59

Sala de Talas 12,07

Pequenas Cirurgias
Bisturi elétrico 55,64
eletivas s/ anestesista
Pequenas Cirurgias
20,80
na Urgência

Sala de Curativos 10,72

Monitor (FC/ECG/PA) , oxímetro,


aspirador/irrigador, Capinógrafo e
Estudo Hemodinâmico 221,46
intensificador de imagem, bomba de
infusão

Alimentação Parenteral Bomba de infusão 76,54

Cabine equipada, inclui indumentária


Cabine fluxo laminar 77,88
do manipulador do material
Mediante registro de evolução médica até
Repouso na
6 horas. Após 6 horas, day clinic e após 12 34,90
urgência /
horas internamento
Observação Clínica
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

GREMES

Foi pioneiro no estado de Pernambuco até os dias de hoje, desenvolvendo um trabalho de


auto gestão dentro da área de saúde. Nos anos 1990 com a chegada da padronização da
ciefas, tornou-se referencia em rede nacional como padrão dos serviços, buscando
atender sua auto gestão com tabelas e serviços unificados. Nos anos 2000 com a chegada
das unidas ficou até os dias de hoje, buscando atender de forma unificada os contratos
com suas tabelas e classificação dos hospitais; com a chegada da abrange as operadoras
de saúde , compartilham de uma boa parceria onde o cliente paciente é o produto do bem
estar, sem fins lucrativos.

REFERENCIAL MÁXIMO DE PREÇOS DE PACOTES ACORDADO ENTRE O GREMES-


UNIDAS/PE E O REAL HOSPITAL PORTUGUÊS VIGÊNCIA: 01 DE ABRIL DE 2011 ATÉ 31
DE MARÇO DE 2012

MATERNIDA
DE
PROCEDIMENTO OBSERVAÇÕES VALOR

INCLUSOS: Até 01 (uma) diária em


apartamento ou enfermaria; Taxas
de sala e equipamentos utilizados
PARTO NORMAL no bloco cirúrgico e no berçário; R$
Medicamentos e materiais 1.900,00
descartáveis utilizados no bloco
cirúrgico, na ala e berçário; gases.

INCLUSOS : Até 02 (duas) diárias em


apartamento ou enfermaria; Taxas
de sala e equipamentos utilizados
PARTO no bloco cirúrgico e no berçário; R$
CESARIANO Medicamentos e materiais 2.150,00
descartáveis utilizados no bloco
cirúrgico, na ala e berçário; gases.
INCLUSOS : Day Clinic; Taxas de sala
e
equipamentos utilizados no
CURETAGEM bloco cirúrgico e no berçário; R$
Medicamentos e materiais 1.200,00
descartáveis utilizados no
bloco cirúrgico e na ala; taxa
de
equipamento.
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

GREMES

Itens excluídos:
• Honorários médicos e anestesista;
• Mediações de alto custo e não rotineiras, por exemplo: Partanogama, Matergam e outros;
• Intercorrências;
• Despesas com acompanhante;
• Sangue e/ou hemoderivados;
• Óxido Nítrico;
• Incubadora, Oxigenioterapia e Fototerapia;
• Investigação diagnóstica, laboratorial e radiológica ( imagem ).

HEMODINÂM
ICA
PROCEDIMENTO COMPOSIÇÃO DO PACOTE VALOR

01 Introdutor
Valvulado; 01 Cateter
R$
Judkin Direito;
2.350,0
CATETERISMO CARDÍACO 01 Cateter Judkin
0
Esquerdo; 01 Cateter
OBS.: Quando for realizado estudo de
Pigtall
cardiopatia congênita será cobrado valor
01 Guia j 0,35 x 150 cm;
de R$ 2.850,00.
01 Cateter Amplatz (quando
necessário) 01 Cateter Berman
(quando necessário)
01 Conector Y;
01 Fio Guia 0,14 de
Angioplastia; 01 Cateter
ANGIOPLASTIA CORONÁRIA SEM STENT DE Balão da Angioplastia; 01
RS 7.500,00
LESÃO ÚNICA Rotor e Manipulador;
01 Introdutor Valvulado;
01 Bomba Indeflator;
01 Cateter Guia p/ Angioplastia;
01 Perclose.
01 Cateter Cobra;
01 Cateter Pigtall;
01 Cateter Angiográfico;
ARTERIOGRAFIA DIGITAL CEREBRAL R$ 2.500,00
01 Introdutor Valvulado;
01 Guia J 0,35;
01 Guia Hidrofílico;
CETETERISMO + ANGIOPLASTIA
Materiais do Cateterismo + Angioplastia; R$ 8.500,00
CORONÁRIA SEM STENT

01 Conector Y;
01 Fio Guia 0,14 de
Angioplastia; 01 Cateter
CASO EXISTA MAIS DE UMA LESÃO,
Balão da Angioplastia; 01
A COBRANÇA SERÁ DE R$ 9.500,00
Rotor e Manipulador;
ANGIOPLASTIA DE MÚLTIPLAS
01 Introdutor Valvulado;
LESÕES
01 Bomba Indeflator;
01 Cateter Guia p/
Angioplastia; 01 Perclose.
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

GREMES
Observações a serem consideradas:

• Os matérias especiais que não estiverem na relação dos materiais para cada
exame que forem eventualmente utilizados ou que forem utilizados em
quantidade maior do que a unidade, serão cobrados a parte do pacote, mediante
a justificativa e assinatura do médico;
• Estão INCLUIDOS nos pacotes: medicamentos e materiais descartáveis de uso
rotineiro, contraste não iônico, taxas de sala, equipamentos, e no caso das
angioplastias, 01 (uma) diária.
• Estão EXCLUÍDOS nos pacotes, honorários médicos, anestesiologistas,
medicamentos e matérias descartáveis específicos para anestesia geral, gases,
medicações de alto custo e não rotineira, como: Reopro, Agrastat, etc.
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

BRASINDICE

É uma revista farmacêutica e eletrônica e tem como


finalidade atender a rede hospitalar e farmacêutica a
preços de fábrica e consumidor com regulamentação e
licenciamento da ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária ).

A forma de adquirir a revista é feita através do site do


BRASÍNDICE em forma de contrato mensal, trimestral,
semestral ou anual.

CÓDIGO DESCRIÇ
ÃO
00000000 A CURITYBINA LIQUIDO DISPLAY C/12
01
00000000 A CURITYBINA PASTA 12 POTES 13 G
02
00000000 AAS AD. 50 X 4 CPRS.
03
00000000 AAS FRACAO DE VENDA
04
00000000 AAS FRACAO DE VENDA E.M.
05
00000000 AAS FRACAO DE VENDA CPRS.
06
00000000 AAS AD. 50 X 10 CPRS. EMB. MULT.
07
00000000 AAS INF. 20 X 10 CPRS. EMB. MULT.
08
00000000 AAS AD. 2 X 10 CPRS.
09
00000000 AAS INF. 120 CPRS.
10
00000000 AAS INF. 3 X 10 CPRS.
11
00000000 ACARSAN LIQ. VD. 80 CC
12
00000000 ACETOFLUX 10 MG. BL. 14 CPRS.
13
00000000 ACETOFLUX 10 MG. BL. 5 CPRS.
14
00000000 ACETOFEN 200 MG/ML SOL. ORAL 15 ML.
18
00000000 ACETOFEN 750 MG. 50 BL. X 4 CPRS.
20
00000000 ACETOFEN FRACAO 750 MG.
21
00000000 ACNASE CREME BISN. 20 G.
22
00000000 ACNASE GEL BISN. 20 G.
23
00000000 ACROSIN 5 AMPS. 5 CC.
24
00000000 ACROSIN 100 AMPS. 5 CC.
25
00000000 ACROSIN CX. 20 DRAGS.
26
00000000 ACTICALCIN 100 UI INJ. 5 AMPS.
27
00000000 ACTICALCIN 50 UI INJ. 5 AMPS.
28
00000000 ACTICALCIN 50 UI CX. 5 AMPS X 1 ML. 5 SER.X 2,5 ML - 5 AGUL. 25 X 7
29
00000000 ACTIFEDRIN CX. 20 CPRS.
30
Módulo V Tabelas de Referências (AMB, CBHPM, TUSS,...)

SIMPRO

Fundada em 1978, a empresa SIMPRO Publicações e


Teleprocessamento Ltda., iniciou suas atividades
produzindo etiquetas para marcação de preços de
medicamentos, tendo como clientes o setor de varejo
farmacêutico (farmácias / drogarias). Ao longo dos anos,
acompanhando a evolução na área de tecnologia da
informação, buscamos desenvolver soluções de interesse
também de hospitais, clínicas e operadoras de planos de
saúde, adquirindo alto grau de especialização em
Produtos para a Saúde (Equipamentos, Materiais
Implantáveis, Permanentes, Reutilizáveis e Descartáveis).

Decorridos 30 anos, o nome SIMPRO é hoje referência nacional em pesquisa e publicação


de preços de Medicamentos e Produtos para a Saúde, contando com milhares de clientes
dentre operadoras, seguradoras especializadas, hospitais e clínicas, associações,
sindicatos e órgãos da administração pública federal, estadual e municipal.

Um de nossos grandes diferenciais é o banco de dado com mais de 120.000 itens,


atualizado semanalmente com informações fornecidas por indústrias, importadores e
distribuidores de Medicamentos e Produtos para Saúde.

Sistema VideoFarma
A Simpro disponibilizou para o mercado desde o dia 05/01/2009
o novo release do Sistema Videofarma (tabela Simpro) com
tecnologia atualizada, provido de novos recursos, com a
finalidade de atender e facilitar as necessidades do mercado,
inclusive as geradas pelo advento do TISS.

■ A SIMPRO desenvolveu o
módulo de relação de produtos customizada
principalmente para atender os pequenos prestadores de serviços de saúde e
clinicas que não dispõe de um sistema sofisticado de gestão.

■ Esta relação de produtos pode ser usada como comprovante de gastos com
mat./med. anexado a uma nota fiscal de serviços conforme descritivo de seus
recursos como segue
Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Guia de Consulta

Objetivo:
Registro do atendimento de consultas eletivas realizadas em consultório.

Informações:
O formulário deverá ser utilizado apenas nas consultas eletivas em consultório,
desvinculados da realização de outros atendimentos ambulatoriais. Esta guia deverá ser
utilizada somente por profissionais médicos.

Quando o prestador for realizar consulta e procedimento ou exame deverá ser utilizada
a Guia de Serviços Profissionais – SP/SADT.

Modelo de Guia de Consulta


Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Preenchimento da Guia de Consulta


Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Preenchimento da Guia de Consulta


Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Guia de Serviço Profissional / SADT

Objetivo:
Registros dos atendimentos realizados nas situações abaixo:

• Remoções;
• Pequenas Cirurgias;
• Terapias;
• Procedimentos Seriados;
• Consultas com procedimentos;
• Exames;
• Atendimentos Domiciliares;
• SADT com pacientes internados;
• Quimioterapia;
• Radioterapia;
• Terapia Renal Substitutiva (TRS);

A opção “SADT internado” deve ser utilizada quando o paciente em tratamento sob
regime de internação necessitar realizar exames ou terapias em serviço.
Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Modelo de Guia de SADT


Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Modelo de Guia de SADT


Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Guia de Solicitação de Internação

Objetivo:
Solicitar autorização ou prorrogação para internação de beneficiários.

Informações:
A Guia de Solicitação de Internação é o formulário padrão a ser utilizado para a
solicitação, autorização ou negativa de internação, em regime hospitalar, hospital-dia ou
domiciliar.
Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Guia de Solicitação de Internação


Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Guia de Solicitação de Internação


Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Guia de Solicitação de Internação


Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Guia de Resumo de Internação

Objetivo:
Registrar a finalização de internações realizadas com pacientes da Operadora de acordo
com o período da cobrança/internação.

Informações:
A Guia de Resumo de Internação tem a finalidade de ser utilizada para a finalização do
faturamento da internação, devendo ser utilizada para os determinados tipos de
atendimentos (internações clínica, cirúrgica, obstétrica, pediátrica ou psiquiátrica) e para
regimes (hospitalar, hospital-dia e domiciliar).

Observações:

Não deve utilizar essa guia quando os honorários forem cobrados diretamente pelos
profissionais. Nestes casos, deve-se utilizar a Guia de Honorário Individual / SADT;

No caso de SADT quando cobrados diretamente pelos terceirizados deve-se utilizar a Guia
de SP/SADT;

As Guias de Honorário Individual/SADT devem ser ligadas à guia do hospital;


Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Guia de Resumo de Internação


Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Guia de Resumo de Internação


Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Guia de Honorários Individuais

Objetivo:
Registrar o faturamento de honorários profissionais médicos quando um prestador
credenciado realiza o procedimento dentro de outro prestador, esse geralmente
hospital. Neste caso, os honorários serão pagos a um prestador diferente daquele onde
foi realizado o procedimento.

Essa guia só deve ser usada em regime de internação por profissionais médicos.
Prestadores paramédicos devem utilizar a Guia de SP/SADT.

Informações:
A Guia de Honorário Individual tem a finalidade de ser utilizada para a apresentação do
faturamento de honorários profissionais, caso estes sejam pagos diretamente ao
profissional, sem a interferência do hospital responsável pela internação.
Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Guia de Outras Despesas

Objetivo:
A Guia de Outras Despesas é utilizada para discriminação de materiais, medicamentos,
aluguéis, gases e taxas diversas, que não foram informadas na guia principal.

Informações:
A Guia de Outras Despesas tem a finalidade de ser utilizada nos casos de apresentação do
faturamento em papel, como instrumento de continuidade e complemento de folhas.

Esta guia estará sempre ligada a uma guia principal (Guia de SP/SADT ou Guia de Resumo
de Internação), não existindo por si só.
67

Módulo V Pré-Faturamento , Faturamento e Interfaces Setoriais

Modelo de Formulário de Consumo Hospitalar

68

Protocolo de Entrega de Produção


Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Glosa

• É o ajuste de uma cobrança apresentada por um serviço prestado.

• É determinada por auditores que verificam a compatibilidade entre o


procedimento realizado e os itens que compõe a conta faturada.

Classificação da Glosa

• Administrativa

 Processo administrativos incorretos:

 Ausência de guias e de autorizações;

 Preenchimento inadequado ou incompleto de guias;

 Valores sem acordo contratual;

 Erros de digitação.

• Técnica

Realizada por médicos e enfermeiros auditores em procedimentos cobrados sem


argumentação técnico científica como:

 - Ausência de checagem de Mat/Med;

 - Procedimento sem descrição;

 - Procedimento sem fundamentação científica.


Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Motivos de Glosa

a) Principais falhas nos registros médicos:

 Rasuras nas prescrições;

 Prescrições incompletas;

 Exames sem laudo e sem relato médico;

 Descrição cirúrgica incompleta;

 Encaminhamento a Sala de Recuperação Pós- Anestésica(SRPA)

 Registro na SRPA

 Falta de identificação do profissional.

b) Principais falhas nos registros de enfermagem:

 Incoerência nos registros;

 Falta de checagem de medicamentos;

 Medicamentos chegados e rodelados;

 Descrição de curativos insuficientes;

 Falta de identificação do profissional;

 Rasuras de qualquer tipo.


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Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Principais Motivos de Glosas no Processamento de Contas Médicas

C Descrição da Negação xi f fr
ó i a
d.
02 Valor Cobrado maior que o negociado 492 39,58 39,5
8
06 Valor Calculado não encontrado 463 37,25 76,8
3
12 Prazo de Entrega de Guia Vencido 81 6,52 83,3
5
18 Cobrança Indevida 80 6,44 89,7
8
13 Quantidade acima do limite estabelecido 59 4,75 94,5
3
10 Evento Duplicado 30 2,41 96,9
4
16 Evento / Grau não comporta horário especial 11 0,88 97,8
3
07 Paciente não é beneficiário a época do atendimento 7 0,56 98,3
9
01 Evento necessita de autorização 6 0,48 98,8
7
03 xTHM diferente do calculado 3 0,24 99,1
2
04 Consulta p/mesmo Beneficiário no prazo inferior a 20 dias 3 0,24 99,3
6
14 Prestador Descredenciado 2 0,16 99,5
2
17 Glosa com restrição para o beneficiário 1 0,08 99,6
0
15 Tipo de Tratamento não suporta o evento cirúrgico 1 0,08 99,6
8
08 A operadora não prevê o pagamento de 1 0,08 99,7
6
05 Glosa como restrição para o prestador 1 0,08 99,8
4
11 Paciente não é beneficiário 1 0,08 99,9
2
100,
09 Ausência de Autorização. 1 0,08
0
0
TOTAL 1.243 100 100
GERAL
74

Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Recurso de Glosa

• É um serviço disponibilizado aos prestadores, para re-análise das contas glosadas,

mediante apresentação de novas informações e/ou justificativas que se fizerem


necessárias.

Glosa não passíveis de Recursos

• Procedimentos realizados sem senha da Operadora ou do Autorizador eletrônico;

• Guias rasuradas;

• Itens não acordados em contrato;

• Códigos ou eventos não apresentados na guia.

Principais inconsistências que dificultam ou


impossibilitam a análise do Recursos

• Ausência de descrição do item a ser reavaliado;

• Falta do valor do item reclamado;

• Ausência de justificativa ou documentação para re-análise da conta;

• Ausência do número do telefone/fax do prestador.


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Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Documentos/dados necessários para solicitação de


Recurso de Glosa

• CNPJ/CPF e nome do Credenciado;

• Nº da Carta Remessa;

• Nº da Guia;

• Nome do paciente;

• Descrição do item a ser revisado;

• Valor do recurso – por item;

• Justificativa para o recurso

Prazo médio para solicitação de Recurso de Glosa

Até 90 dias a partir da data do crédito; ou

De acordo com o estabelecido em

contrato.

Prazo para resolução /


Resposta do Recurso de
Glosa

Até 30 dias após o recebimento do recurso na CEPAG.


Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

O que é o Sistema Único de Saúde (SUS) ?

O SUS é uma nova formulação política e organizacional para o re-ordenamento dos


serviços e ações de saúde estabelecida pela Constituição de 1988 pela Constituição
Federal
Brasileira e regulamentado pela Lei Orgânica da Saúde n.º 8080/90. O SUS não é o
sucessor do INAMPS e nem tampouco do SUDS. O SUS é o novo sistema de saúde que
está em construção.

Porquê Sistema Único ?

Porque ele segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o


território nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo
federal, estadual e municipal. Assim, o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas
um Sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e ações que interagem
para um fim comum. Esses elementos integrantes do sistema referem-se ao mesmo
tempo, às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde.

Princípios Doutrinários

Baseado nos preceitos constitucionais a construção do SUS se norteia pelos seguintes


princípios doutrinários:

Universalidade

Equidade Integridade
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Princípios SUS

Universalidade

É a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com a
universalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de
saúde, assim como àqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania
e dever do Governo: municipal, estadual e federal.

Equidade

É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada
caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo
cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite
do que o sistema puder oferecer para todos.

Integridade

É o reconhecimento na prática dos serviços de que: cada pessoa é um todo indivisível e


integrante de uma comunidade; as ações de promoção, proteção e recuperação da
saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas; as
unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam
também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência
integral. Enfim: “O homem é um ser integral, bio-psico-social, e deverá ser atendido com
esta visão integral por um sistema de saúde também integral, voltado a promover
proteger e recuperar sua saúde.”
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Atendimento ao Paciente

Nesses serviços as ações típicas são: Consulta Médica, Exame Laboratorial, Exame de
Imagem e Tratamento de doenças e/ou patologias crônicas, Atendimento de Enfermagem,
inclusive em regime de internação, em todos os níveis de complexidade. A realização de
todas essas ações para a população deve corresponder às suas necessidades básicas, e
estas transparecem tanto pela procura aos serviços (demanda), como pelos estudos
epidemiológicos e sociais de cada região (planejamento da produção de serviços).

Modelo de Organização de Prontuário

Cada instituição tem sua forma de organizar o prontuário, esta é forma, mas comum das
instituições

1. Folha de Identificação.
2. Entrevista Social.
3. Encaminhamento Médico.
4. Evolução Clínica em ordem crescente.
5. Descrição cirúrgica (Original), Ficha de recuperação, Ficha anestesia, Filha pós-

anéstesica, Ficha da visita/ consulta do anestesista e Ficha de gasto de sala


cirúrgica.
6. Solicitação de OPM, Nota fiscal do fornecedor.
7. Ficha do controle da Hemodiálise.
8. Folhas da UTI em ordem crescente (impresso da UTI).
9. Exames complementares (Gasimetria, ECG, ECO, USG e 2o. Via de TC).
10. Evolução Laboratorial ou Fluxograma.
11. Exames de sangue, fazes e urina.
12. Prescrição Médica em ordem crescente.
13. Evolução de Enfermagem em ordem crescente.
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Importantes Siglas para o Faturamento SUS

AIH – Autorização de Internamento Hospitalar


APAC – Autorização de Procedimento de Alta Complexidade
ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
BPA – Boletim de Produção Ambulatorial
CBO – Classificação Brasileira de Ocupação
CNS – Conselho Nacional de Saúde
CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde
SIA – Sistema de Informação Ambulatorial
SIH – Sistema de Informação Hospitalar
SIGTAP – Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimento
SUS – Sistema Único de Saúde
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Instrumentos para Faturamento SUS

1. Convênios / Contratos
2. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES
3. Classificação Brasileira de Operações – CBO
4. Cronograma
5. Sistemas/Programas

1. Convênios / Contratos

Convênios: São acordos firmados entre órgãos públicos e privados para realização de
atividades de interesse comum dos participantes. Convênio é acordo, mas não é contrato.
No contrato, as partes têm interesses diversos e opostos; no convênio, os partícipes têm
interesses comuns e coincidentes. No SUS existe apenas um convênio, que é o convênio
SUS.

Contratos: É um vínculo jurídico entre dois ou mais sujeitos de direito correspondido pela
vontade, da responsabilidade do ato firmado, resguardado pela segurança jurídica em seu
equilíbrio social, ou seja, é um negócio jurídico bilateral ou plurilateral. É o acordo de
vontades, capaz de criar, modificar ou extinguir direitos. No SUS existem três tipos de
contrato Municipal, Estadual e Federal.
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde

CNES: O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES é base para


operacionalizar os Sistemas de Informações em Saúde, sendo estes imprescindíveis a um
gerenciamento eficaz e eficiente. Propicia ao gestor o conhecimento da realidade da
rede assistencial existente e suas potencialidades, visando auxiliar no planejamento em
saúde, em todos os níveis de governo, bem como dar maior visibilidade ao controle
social a ser exercido pela população. O CNES visa disponibilizar informações das atuais
condições de infra-estrutura de funcionamento dos Estabelecimentos de Saúde em
todas as esferas, ou seja, - Federal, Estadual e Municipal, com as seguintes informações:

• Identificação

• Capacidade:

■ Leitos
■ Profissionais
■ Serviços

CBO - Cadastro Brasileiro de Ocupações

CBO: Instituída por portaria ministerial nº. 397, de 9 de outubro de 2002, tem por
finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios
junto aos registros administrativos e domiciliares. Os efeitos de uniformização pretendida
pela Classificação Brasileira de Ocupações são de ordem administrativa e não se estendem
as relações de trabalho. Já a regulamentação da profissão, diferentemente da CBO é
realizada por meio de lei, cuja apreciação é feita pelo Congresso Nacional, por meio de
seus Deputados e Senadores, e levada à sanção do Presidente da República. No caso do
SUS usamos o CBO para pesquisar o código dos profissionais da área de saúde.
Site para pesquisa: http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Cronograma

Cronograma: É um instrumento de planejamento e controle semelhante à um diagrama,


onde são definidas e detalhadas minuciosamente as atividades a serem executadas
durante um período estimado de tempo, ou seja, prazo de envio dos bancos de dados ao
DATASUS. No caso do SUS o cronograma tem três esferas: Gestão Municipal, Gestão
Estadual e Gestão Federal

Sistemas / Programas

■ Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimento – SIGTAP


■ Boletim de Produção Ambulatorial (BPA Magnética) - Atualizações
Mensais do Banco de Dados e versão (BDSIA)
■ Autorização de Procedimento de Alto Custo (APAC Magnética)
■ BPA/APAC: Digitação, Consistência (aponta erros)
Gera prévia financeira, Gera os bancos de dados para envio ao Gestor Federal,
Estadual ou Municipal.
■ Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS)
■ Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS) – Atualização Mensal da versão.
■ Sistemas: SISAIH01
■ SISAIH01: Digitação, Consistência (aponta erros) Gera prévia financeira, Gera os
bancos de dados para envio ao Gestor Estadual ou Municipal.

A tabela Unificada de Procedimentos, Medicamentos, Órteses e Próteses e Matérias


Especiais do SUS, entrou em vigor em Janeiro de 2008, definida pela Portaria SAS nº
3848/07, nova versão do Manual do SIH é imprescindível para facilitar o processo de
estabilização da Tabela e do seu Sistema de Gerenciamento/SIGTAP em todo território
nacional.
Com o objetivo de qualificar e melhorar a informação em saúde a partir do registro dos
atendimentos aos usuários internados nos estabelecimentos de saúde do SUS.
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Sistema de Informação Ambulatorial

Com a evolução do Sistema Único de Saúde (SUS) para uma gestão cada vez mais
descentralizada, o Ministério da Saúde, necessitou de dispor de um sistema de
Informação, paro o registro dos atendimentos ambulatoriais, padronizado em nível
nacional, que possibilitasse a geração de informações facilitando o processo de
planejamento, controle e avaliação.

O SIA foi implantado pelo Ministério da Saúde


em todo o País no final de 1993. À época, por ser
sistema padronizado em âmbito nacional,
constituiu-se em instrumento fundamental às
gestões federal, estadual e municipal do SUS,
desde sua implantação. Seu processamento
ocorre de forma descentralizada, ou seja, cada
estado e cada município pode cadastrar
programar, processar a produção e efetuar o
pagamento aos prestadores do SUS, tomando
por base os valores aprovados em cada
competência, de com o
acordo com os
contrato/convênio efetuado
estabelecimentos de saúde sob sua gestão.

A partir de seu desenvolvimento e implantação, o Sistema de Informações Ambulatoriais


vem sendo aprimorado em função das deliberações dos órgãos gestores e,
especificamente, em atendimento às Normas Operacionais do SUS. Neste processo
podemos destacar a evolução da tabela de procedimentos ambulatoriais e a implantação
da Autorização de Procedimentos Ambulatoriais de Alta Complexidade/Custo – APAC-
SIA/SUS conforme veremos a seguir.

As estruturas das Tabelas de Procedimentos do Sistema de Informação Ambulatorial e


Hospitalar passaram por uma revisão completa no período de 2003 a 2007. Sua estrutura
de codificação passou de 08 (oito) dígitos para 10 (dez) dígitos e os procedimentos dessas
tabelas foram unificados, transformando-as em uma Única Tabela de Procedimentos do
SUS, denominada de “Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e
Materiais Especiais (OPM) do SUS”2, conforme Portarias: PT GM/MS Nº 321 de 08 de
fevereiro de 2007, PT. GM/MS Nº 1.541 de 27 de junho de 2007 e Portaria GM/MS nº. 2.848
de 06 de novembro de 2007
Portanto, a partir de janeiro de 2008, os Sistemas de Informação Ambulatorial e
Hospitalar do SUS – SIA e SIH/SUS deixam de ter tabela de procedimentos específica e
passam a utilizar uma única tabela de procedimentos.
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Sistema de Informação Ambulatorial

A tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS, têm como objetivo


principal proporcionar ao gestor uma tabela que seja primordialmente para
informação em saúde, subsidiando no processo de planejamento, programação,
regulação, avaliação e controle do SUS, bem como integrar as bases de dados dos
sistemas SIA e SIH/SUS.
Com a implantação da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS, além
da APAC magnética, o BPA magnético passa também a ter registro de informações de
forma individualizada, considerando que esse aplicativo permitirá 02(duas) formas de
entrada de dados, consolidada e individualizada.
O aplicativo de APAC-SIA foi implantado em 1996, inicialmente para o registro dos
atendimentos e procedimentos de Terapia Renal Substitutiva – TRS; posteriormente,
para o registro dos atendimentos de Oncologia (quimioterapia e radioterapia) e
registro de fornecimento de medicamentos.
A Autorização de Procedimentos Ambulatoriais de Alta
Complexidade / Custo, genericamente conhecido como
aplicativo APAC-SIA, integra o SIA e é de caráter relevante
na operacionalização dos procedimentos ambulatoriais
que necessitam de autorização. Possibilita o registro
individualizado dos atendimentos e procedimentos
considerados pelo Ministério da Saúde de alta
complexidade/custo, tendo alguns procedimentos de
média complexidade, considerados como estratégicos,
portanto, necessários serem individualizados.
Com a instituição da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS, somente
serão registrados em APAC os procedimentos de atenção especializada com tratamento
contínuo e que tenham associação de procedimentos principal e secundário, definido na
referida tabela.
Os procedimentos que não são de tratamento contínuo e não há associação do
procedimento principal com secundários, como por exemplo, exames de tomografia,
ressonância magnética, etc., porém, há necessidade do registro individualizado, pois
qualifica a informação, serão individualizados no aplicativo BPA Magnético, na tela do
BPA –I (Boletim de Produção Ambulatorial Individualizada).
O APAC-SIA é um aplicativo que dispõe do banco de dados do tipo relacional, composto
por um conjunto de tabelas que viabilizam o controle administrativo da produção
ambulatorial. Esse banco armazena dados sobre produção e cadastro de pacientes e de
estabelecimentos de saúde autorizados a realizar procedimentos de média e de alta
complexidade que prescinde de autorização.
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Sistema de Informação Ambulatorial

O Sistema de Informação Ambulatorial é operacionalizado a partir das seguintes entradas:


Dados Cadastrais: conjunto de dados provenientes do Sistema de Cadastro Nacional de
Estabelecimento de Saúde - SCNES, através da Ficha de Cadastro Estabelecimento de
Saúde – FCES. Esses dados identificam e caracterizam os estabelecimentos de saúde.
1. Dados da Programação Física Orçamentária: conjunto de dados que permite
registrar a programação física orçamentária de cada estabelecimento de saúde a
qual deve estar coerente com a Programação Pactuada Integrada PPI.
2. Dados da Produção Ambulatorial: conjunto de dados, de cada estabelecimento
de saúde, representando as quantidades de atendimentos ambulatoriais
efetuados.
3. Dados de Procedimentos e Valores: conjunto de dados que permite a criação e a
manutenção dos procedimentos constante na Tabela de Procedimentos do SUS,
considerando seus valores, atributos e elementos de consistência no momento de
serem aplicados na produção ambulatorial.
4. Relatórios da Produção: conjunto de informações
que apontam os lançamentos da produção
ambulatorial
aprovada ou rejeitada e por qualquer tipo de
inconsistência apontada pelo sistema.
5. Relatórios para Pagamento: conjunto de
informações que apontam os valores brutos
referente à produção

ambulatorial realizada aprovada para cada


e
estabelecimento de saúde.

6. Fluxo do Sistema de Informação Ambulatorial : Numa tentativa de síntese, pode-se


dizer que o SIA insere-se no esforço de atuar em três áreas distintas da atenção à
saúde no âmbito ambulatorial:

a) Estabelecimento de Saúde (Prestador SUS):


Local onde estão instalados os aplicativos de captação do atendimento que têm
como funcionalidades: (a) permitir registrar os atendimentos realizados em regime
ambulatorial; (b) compatibilizar as informações digitadas com algumas regras
expressas na tabela de procedimentos. Esses aplicativos compreendem o
BPA/Magnético e o APAC/Magnético, que são constantemente atualizados, segundo
normas editadas pelo Ministério da Saúde. Os prestadores também podem utilizar
outros aplicativos de captação do atendimento, conforme demonstrado na figura 1,
desde que as informações de saída desses aplicativos sejam no formato que possam
ser importadas pelo SIA.
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Sistema de Informação Ambulatorial

b) Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde:


Local onde estão instalados os seguintes sistemas:
- Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES: possibilita efetuar o
cadastramento de todos os estabelecimentos de saúde e de profissionais
prestadores de serviço ao SUS, ou não.
- Sistema de Informação Ambulatorial - SIA: é o sistema operacionalizado pelo
gestor local que tem como principais funcionalidades:

c) Ministério da Saúde (Gestor Federal):


Local onde está instalado o Banco de Dados Nacional do
Sistema de Informações Ambulatoriais que possibilita a
disseminação das informações por meio dos aplicativos:
TABWIN, TABNET, VALSIA, VALAIH.

Aplicativos de Capacitação do Atendimento Ambulatorial

No SIA existem dois aplicativos desenvolvidos pelo DATASUS para a captação do


atendimento realizado no âmbito ambulatorial, um denominado BPA/Magnético e
outro APAC/Magnético.

1. BPA/Magnético: destina-se ao registro dos procedimentos realizados pelos


estabelecimentos de saúde deforma Consolidada e/ou Individualizada. Esse
instrumento é composto por seis módulos: BPA, Relatório, Exportação,
Importação, Operação e Consultas.

O sistema do BPA dispõe de duas telas a primeira permite o registro das informações
ambulatoriais de forma Consolidada e a segunda de forma Individualizada.
A primeira tela tanto de Produção Ambulatorial Consolidada quanto Individualizada,
demonstra a relação de todos os boletins existentes no movimento: BPA - Boletins
Existentes no Movimento (consolidado) e BPA-I - Boletins Existentes no Movimento
(individualizado), assim como as opções para inclusão, alteração ou exclusão de
produção dos estabelecimentos de saúde.
EXEMPLOS DE ALGUNS PROCEDIMENTOS FEITOS EM BPA CONSOLIDADO

Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

BPA Consolidado

É o instrumento que permite o registro do procedimento de forma condensada.


A tela Boletim de Produção Ambulatorial Consolidado possui campos para o registro do
código do CNES do estabelecimento de saúde, competência do atendimento (mês/ano) e o
número seqüencial da folha. Possui ainda campos para registrar o código do procedimento
executado e seu quantitativo total, assim como alguns atributos do procedimento: o CBO
do profissional de saúde que o realizou, e a idade dos usuários. Com essa configuração,
possibilita aos estabelecimentos de saúde públicos e privados, contratados/conveniados
pelo SUS, fornecer de modo agregado, o volume de serviços realizados nesses
estabelecimentos, por mês de competência.

N PROCED. EXA PROFISSIONAL


º ME
0 020401008-0 RX Crânio Médico Radiologista/ortop/cir. Dent.
1
0 020401011-0 RX Maxilar Médico Radiologista/ortop/cir. Dent.
2
0 020401012-8 RX Ossos Face Médico Radiologista/ortop/cir. Dent
3
0 020401014-4 RX Seios Face Médico Radiologista/ortop/cir. Dent
4
0 020401006-3 RX Cavum Médico Radiologista/ortopedista
5
0 020402004-2 RX Coluna Cervical Médico Radiologista
6
0 020402006- RX Coluna Lombo Sacra Médico Radiologista
7 9
0 020404009- RX Mão Médico Radiologista /Ortopedista
8 4
0 020502016-0 USG Pélvica Médico Radiologista/Ginecologista
9
1 020502005-4 USG Aparelho Urinário Médico Radiologista/Urologista
0
1 020502018-6 USG Transvaginal Médico Radiologista/Ginecologista
1
1 020502004-6 USG Abdômen Total Médico Radiologista
2
1 020502003-8 USG Abdômen Superior Médico Radiologista
3
1 020502011-9 USG Próstata (Transretal) Médico Radiologista
4
1 021106001-1 Biometria Ultrassonica Médico Oftalmologista
5
1 021106012-7 Mapeamento de Retina Médico Oftalmologista
6
1 020502015-1 USG Obstetrícia c/Dopler Médico Radiologista/Ginecologista
7
1 020502012-7 USG Tireoide Médico Radiologista
8
1 021102003-6 Eletrocardiograma Médico Cardio/clínico/pediatra
9
2 021102006-0 Teste Ergométrico Médico Cardiologista
0
2 021105005-9 Eletroencefalograma Médico Neurologista
1
2 020903001-1 Histeroscopia Médico Ginecologista
2
2 021104004-5 Histeroscopia Diagnóstica Médico Ginecologista
3
2 030101006-1 Consulta Médica Médico Clínico Geral
4
2 030101006-1 Consulta Médica Médica Saúde da Família
5
2 030101006-1 Consulta Médica Médico Generalista
6
2 030101006-1 Consulta Médica Médico Ginecologista
7
2 030101006-1 Consulta Médica Médico Pediatra
8
2 030101006-1 Consulta Médica Médico Sanitarista
9
3 030101007-2 Consulta Médica em Atenção Especializada
0
3 020202038-0 Hemograma Completo Biomédico, Biólogo, hematologista
1
3 020201021-0 Dosagem de Cálcio Biomédico, Biólogo, hematologista
2
3 020201027-9 Dosagem de Colesterol HDL Biomédico, Biólogo, hematologista
3
3 020201029-5 Dosagem de Colesterol Total Biomédico, Biólogo, hematologista
4
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

BPA Individualizado

É o instrumento que permite o registro do procedimento de forma individual,com


identificação do usuário, CID, procedência, etc. A exigência de autorização dos
procedimentos que integram este instrumento de registro, fica a critério do gestor.
A tela Boletim de Produção ambulatorial individualizada possui campos para o registro do
código do CNES, número do CNS do profissional, código da CBO do profissional que realizou
o atendimento, competência do atendimento (mês/ano) e o número da folha. Possui uma
tela que permite cadastrar a produção individualizada, com campos para o registro de
informações referentes ao Usuário e ao Procedimento
Em relação ao usuário: contém campos para o registro das seguintes informações: número
do Cartão Nacional de Saúde, seu nome, data de nascimento, sexo e município de
Residência.

Em relação ao procedimento: contém campos para o


registro das seguintes informações: data de atendimento,
código do procedimento, quantidade, código da CID, código
do caráter de atendimento (conforme Portaria SAS/MS nº 719
de 28 de dezembro de 2007) e o número da autorização. Esse
campo é facultativo, ficando a critério do gestor local a
definição de quais procedimentos terão exigência de
autorização.

- O módulo Relatório possibilita a emissão de relatórios da produção ambulatorial de


forma consolidada e individualizada. Esse módulo permite a emissão de todas as
produções registradas pelo estabelecimento de saúde ou apenas às produções dos
procedimentos com erro (figura 8, 9 e 10, respectivamente).
O Módulo Exportação permite exportar a produção ambulatorial gerada em meio
magnético para ser utilizada pelo SIASUS, conforme demonstram as figuras 11 e 12.
O Módulo Importação permite importar o Banco de Dados do SIA, na opção importação de
remessa TXT, conforme demonstram as figuras 13 e 14.
O Módulo Operação compreende as atividades relacionadas às rotinas de segurança e de
restauração de arquivos do sistema que estão direcionadas aos usuários que operam o SIA.
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

EXEMPLOS DE ALGUNS PROCEDIMENTOS FEITOS EM BPA INDIVIDUALIZADO

N PROCED. EXA PROFISSIONAL


º ME
0 020804005-6 Cintilografia Renal Médico em Medicina Nuclear
1
0 020805003-5 Cintilografia Ossos Médico em Medicina Nuclear
2
0 020809003-7 Cintilografia Mama Médico em Medicina Nuclear
3
0 021001014-2 Arteriografia Seletiva Médico Radiologista
4
0 021001018-5 Flebografia p/Cateterismo Médico Radiologista
5
0 020601003-6 Tomografia Completa Col. Tor. Médico Radiologista
6
0 020601002-8 Tomografia Completa Col. Sacra Médico Radiologista
7
0 020601007-9 Tomografia Completa Crânio Médico Radiologista/Cir.
8 Dentista
0 020602003-1 Tomografia Completa Tóórax Médico Radiologista
9
1 020101054-2 Biópsia Percutânea p/Tomografia Médico Radiologista
0
1 020701006-4 Ressonância Magnética Crânio Médico Radiologista
1
1 020702003-5 Ressonância Magnética Tórax Médico Radiologista
2
1 020403003-0 Mamografia Bilateral Médico Radiologista
3
1 020501002-4 Ecocardiograma Transesofágico Médico Cardiologista
4
Médico
1 020301004-3 Exame Citopatológico Mama Anatomopatológico/Citopat.
5
Exame Anatomopatológico da Mama
1 020302007-3 Médico Anatomopatológico
(Peça Cirúrgica)
6
Exame Anatomopatológico do Médico
1 020302002-2
Colo Uterino (Peça Cirúrgica) Anatomopatológico/
7
Patologista clínico
Imunohistoquímica de Médico Anatomopatológico
1 020302004-9
Neoplasias Malignas por /Patologista clínico
8
marcador
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

EXEMPLOS DE ALGUNS CBO´s (Código Brasileiro de Ocupação)

a ESPECIALIDADE DO PROFISSIONAL CBO


r
0 Médico Clínico 2231
1 15
0 Médico Saúde Família 2231
2 16
0 Médico Ginecologista/Obstetra 2231
3 32
0 Médico Pediatra 2231
4 49
0 Médico Sanitarista 2231
5 56
0 Médico Oftalmologista 2231
6 44
0 Médico Neurologista 2231
7 42
0 Médico Ortopedista/Traumato 2231
8 46
0 Médico Oncologista 2231
9 45
1 Médico Hematologista 2231
0 33
1 Médico Radiologista 2231
1 24
1 Médico Cirurgião Geral 2231
2 10
1 Médico Otorrino 2231
3 47
1 Médico Medicina Nuclear 2231
4 23
1 Médico Nefrologista 2231
5 39
1 Médico Patologista Clínico 2231
6 48
1 Médico Anatomatopatologista 2231
7 03
1 Médico Cardiologista 2231
8 06
1 Médico Angiologista 2231
9 05
2 Médico Cirurgião Cardiovascular 2231
0 07
2 Médico Cirurgião Torácico 2231
1 13
2 Médico Dermatologista 2231
2 22
2 Médico Intensivista 2231
3 22
2 Médico Gastroetenrologista 2231
4 28
2 Médico Endocrinologista 2231
5 25
2 Cirurgião Dentista 2232
6 60
2 Fisioterapeuta 2236
7 05
2 Médico Mastologista 2231
8 38
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

APAC Magnético

Destina-se ao registro dos procedimentos realizados pelos estabelecimentos de saúde


deforma individualizada. Esse instrumento é composto por quatro módulos’: APAC,
Relatório, Exportação e Operador,

O Aplicativo APAC Magnético integra o Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema


Único de Saúde e é de caráter relevante na operacionalização dos procedimentos
ambulatoriais que prescinde de autorização.
Com a implantação da tabela de procedimentos do SUS, o documento APAC passa a ser
denominado de Autorização de Procedimentos Ambulatoriais e permanece com a validade
de 01 (uma) ou até três (três) competências. Seus principais tipos são: APAC
Inicial/Continuidade e APAC Única.

a) APAC Inicial/Continuidade: significa que o período de validade da APAC será de três


competências, a partir da data de autorização, sendo apresentada conforme
descrição abaixo:

APAC Inicial: apresentada na 1ª Competência;


APAC 1ª Continuidade: apresentada na 2ª Competência
APAC 2ª Continuidade: apresentada na 3ª Competência

b) APAC Única: significa que o período de validade da APAC será de 01 (uma) ou de


até 03 (três) competências, a partir da data de autorização, entretanto, somente
poderá ser apresentada uma única.

Os tipos de APAC são identificados no aplicativo APAC/Magnético, por meio dos códigos:

1. Inicial;
2. Continuidade; e
3. Única.

Neste programa podemos digitar os seguintes procedimentos: Hemodiálise, Radioterapia


e Quimioterapia.
89

Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Faturamento do SUS de Radioterapia (RT)

A radioterapia é o método de tratamento local ou loco-regional, do câncer, que utiliza


equipamentos e técnicas variadas para irradiar áreas do organismo humano, prévia e
cuidadosamente demarcadas.

A radioterapia externa (cuja fonte de irradiação está localizada longe do organismo –


contato terapia, roentgenterapia superficial, roentgenterapia profunda, cobalto terapia e
radioterapia por acelerador linear) consiste na aplicação diária de uma dose de radiação,
expressa em centigray (cGy) ou em gray (Gy), durante um intervalo de tempo pré-
determinado. Esta dose varia de 180 a 200 cGy/dia e o tempo médio de tratamento é de 4
a 5 semanas, o que perfaz uma dose total de 4.500 a 5.000 cGy, ou 45 a 50 Gy. É possível
utilizar-se tanto intervalos de tempo como doses menores (700 a 2.000 cGy) ou maiores
(7.000 a 8.000 cGy).

A variação da dosagem está relacionada com a finalidade do tratamento, com a


localização e o tipo histológico do tumor. Os números máximos de campos
correspondentes às descrições de Localização primária/Tumor do Anexo II deste manual
(que corresponde ao Anexo VIII da Portaria SAS 296/99) já incluem a irradiação das
respectivas cadeias de
drenagem linfática do órgão de localização do tumor primário, exceto quando
especificamente ressaltado na própria descrição ou, por não condizer com a radioterapia
dessas cadeias, se trate de descrição do tipo "por localização anatômica" e "metástase".

Para efeito de autorização, a radioterapia de uma área já irradiada não poderá mais ser
autorizada, exceto naqueles casos em que a dose máxima permitida não tenha sido
integralmente administrada. Uma vez administrada a dose total para uma determinada
região do organismo, esta não poderá ser ultrapassada. Porém, uma dose maior do que a
dose máxima permitida (expressa para o autorizador como número máximo de campos
previstos para a irradiação com finalidade curativa, exclusiva, de uma determinada área
ou neoplasia) pode ser aplicada com finalidade anti-hemorrágica, ou anti-álgica, em
pacientes incuráveis ou terminais. Somente em casos especiais (irradiação de meio corpo,
irradiação de corpo inteiro pré-transplante de medula óssea e irradiação de pele total)
irradia-se uma grande área corporal.
Quando a fonte de radiação for colocada em contato com o corpo por um período pré-
determinado de tempo, denomina-se irradiação interna ou braquiterapia (betaterapia,
radiomoldagem, braquiterapia com fios de irídio, iodoterapia e braquiterapia de baixa
ou de alta taxa de dose).
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Faturamento do SUS de Radioterapia (RT)

Ambos os procedimentos são, em sua maioria, ambulatoriais e "contados" de formas


diferentes: a radioterapia externa, por campos; e a braquiterapia, por inserção
(braquiterapia de alta taxa de dose).
Por vezes, a radioterapia requer técnicas também especiais de delimitação de área para a
sua aplicação, como é o caso da radioterapia estereotáxica.
A radioterapia aqui considerada deve corresponder a esquemas e técnicas terapêuticas
preconizadas e reconhecidamente eficazes. A autorização para fins de pesquisa com
procedimentos inclusos, ou não, na Tabela de Procedimentos compete à Secretaria de
Saúde que administra localmente o SUS, mesmo que o projeto tenha sido devidamente
avaliado e aprovado pelo Instituto Nacional de Câncer, o Colégio Brasileiro de Radiologia
(Setor de Radioterapia), a Sociedade Brasileira de Radioterapia e a Sociedade Brasileira de
Cancerologia.

Finalidade da Radioterapia

Tendo-se em vista o aspecto multidisciplinar e multiprofissional do tratamento do câncer,


a autorização da radioterapia também deverá estar sempre dentro de um planejamento
terapêutico global, com início e fim previstos. As finalidades da radioterapia estão
relacionadas abaixo e se referem a pacientes adultos, já que, em crianças e adolescentes,
cada vez mais se vem dispensando a radioterapia, pelos efeitos colaterais tardios que ela
acarreta ao desenvolvimento orgânico.

Radioterapia Paliativa
Objetiva o controle local do tumor primário ou de metástase(s), sem influenciar a taxa da
sobrevida global do paciente. Geralmente, a dose aplicada é menor do que a dose máxima
permitida para a área.
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Radioterapia Pré-Operatória

É a radioterapia que antecede a principal modalidade de tratamento, a cirurgia, para


reduzir o tumor e facilitar o procedimento operatório. A dose total aplicada é menor do
que a dose máxima permitida para a área.

Radioterapia Pós-Operatória

Segue-se à principal modalidade de tratamento do paciente, com a finalidade de


esterilizar possíveis focos microscópicos do tumor. Como as anteriores, a dose total não
alcança a dose máxima permitida para a área.

Um Outro Procedimento
Um Procedimento Radioterápico Principal
Radioterápico Principal
03.04.01.007-3 Braquiterapia de alta taxa de 03.04.01.009-0 Cobaltoterapia
dose
03.04.01.009-0 Cobaltoterapia 03.04.01.026-0 Roentgenterapia
03.04.01.028-6 Radioterapia com acelerador
03.04.01.009-0 Cobaltoterapia
linear só de fótons
03.04.01.029-4 Radioterapia com acelerador
03.04.01.009-0 Cobaltoterapia
linear de fótons e elétrons
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Faturamento de APAC Quimioterápico

1. Autorização e Ressarcimento pelo SUS

Na quimioterapia, apesar de o tratamento ser feito de forma contínua ou por ciclos, a


tabela de procedimentos do SUS refere-se a um valor médio mensal de um esquema
terapêutico, e não ao valor diário ou de um ciclo, seja ele aplicado em que intervalo for. Isto
significa que o valor total do tratamento é dividido pelo número de meses em que ele é
feito e o resultado desta divisão é a quantia a ser ressarcida a cada mês
independentemente de quantos ciclos sejam feitos no mês. Assim, é preciso atentar-se para
que não se continue ressarcindo por meses de quimioterapia de ciclos que já se
completaram (por exemplo, 09 ciclos de 3/3 semanas cumprem-se em 06 meses e não
podem ser ressarcidos como 09 meses).

O SUS ressarce por competências e não por ciclos; assim, o valor de cada procedimento
quimioterápico só pode ser autorizado, e ressarcido, uma única vez por mês.

Os procedimentos quimioterápicos descritos como exclusivos e únicos muito raramente


podem repetir-se; e a mudança de esquema terapêutico significa mudança de linha ou de
finalidade, conseqüentemente, um novo planejamento terapêutico global.

2. Análise do Laudo Médico para Emissão do APAC / Quimioterapia

Verificar se o procedimento autorizado é compatível com:


 Data do Nascimento: tabela de procedimentos (adulto ou criança e adolescente -
até 18 anos de idade).
 Sexo;
 Compatibilidade dos códigos principais e secundários;
 Localização do Tumor e CID–10.

Linfonodos Regionais Acometidos:se eles estão, ou não, acometidos pelo tumor ou se


esta avaliação não pôde ser feita.

Apesar de o tratamento ser feito por ciclos, a tabela de procedimentos do SUS refere-se
ao custo médio mensal de um esquema terapêutico, e não ao custo de um ciclo, seja ele
aplicado em que intervalo for.

A tabela de procedimentos de quimioterapia do SIA/SUS é baseada em indicações


terapêuticas e não em medicamentos quimioterápicos, bioterápicos ou hormonio
terápicos prescritos. Assim, é exclusiva prerrogativa e responsabilidade do médico
assistente prescrever conforme as condutas adotadas no serviço em que atende
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Faturamento de APAC Quimioterápico

A quimioterapia ou hormônioterapia deve seguir obrigatoriamente as seqüências de linha


1ª, 2ª e 3ª, exemplificando melhor, não se poderá autorizar quimioterapia de 1ª linha para
paciente já tratado com quimioterapia de 2ª ou de 3ª linha.
De um modo geral, um prestador poderá iniciar a cobrança de quimioterapia pelo
procedimento de segunda linha ou terceira linha quando esta estiver presente na Tabela
do SIA/SUS, mas com isso ficará impossibilitado de cobrar outra(s) linha terapêutica que
se faça(m) necessária para o tratamento.

Hormonioterapia

Quimioterapia que consiste do uso de substâncias semelhantes ou inibidoras de


hormônios, para tratar as neoplasias que são dependentes destes e se caracteriza por ser
de longa duração Dentre os tumores malignos sensíveis ao tratamento hormonal
destacam-se: os carcinomas de mama, o adenocarcinoma de próstata e o adenocarcinoma
de endométrio.
Os procedimentos hormonioterápicos medicamentosos são os que se incluem na tabela
de procedimentos quimioterápicos do SUS

É necessária a comprovação da sensibilidade ao medicamento, por meio da determinação


de receptor hormonal estrogênico, no caso da hormonioterapia de mulheres e homens
com câncer de mama.
No caso de tumores múltiplos, poderão ser autorizadas APAC-I/Formulário distintas para

cada tratamento, na mesma competência, independentemente da finalidade do


tratamento.
Desde que um dos tumores seja: câncer de pele (radioterapia); câncer de mama, próstata
ou endométrio (hormonioterapia); leucemia crônica; doença linfoproliferativa rara ou
mieloproliferativa rara; linfoma não Hodgkin de baixo grau; neoplasia de células
plasmáticas.

Os medicamentos antineoplásicos e hormonioterápicos, quando fornecidos a pacientes


portadores de neoplasias malignas, não podem ser cobrados por meio da APAC de
Medicamentos excepcionais.
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Hormonioterapia

1. Finalidades da Quimioterapia

O uso da quimioterapia deverá estar sempre dentro de um programa terapêutico global e


tem as finalidades abaixo relacionadas, que também classificam os grupos de
quimioterapia de doentes adultos, na tabela de procedimentos do SUS:

1.1. Quimioterapia Paliativa

Tem como finalidade a paliação de sinais e sintomas que comprometem a capacidade


funcional do paciente, mas não repercutirá, obrigatoriamente, sobre a sua sobrevida.

Indicações:
■ pacientes com capacidade funcional suficiente (Zubrod: 0, 1 ou 2);
■ pacientes com expectativa de vida maior que 6 meses;
■ pacientes com neoplasias sensíveis à QT;
■ pacientes com lesões tumorais não irradiadas (exceto metástases ósseas).
De uma maneira geral, a sua duração varia de 03 a 12 meses (dependendo do tipo tumoral
e independendo do tipo ou intervalo do esquema terapêutico – por exemplo, o câncer de
pulmão, de 4 a 6 meses; o câncer de ovário, de 6 a 8 meses; o câncer de esôfago e do colo
uterino, 6 meses), que pode se cumprir, ou não. Em não se cumprindo a duração
planejada, seja por toxicidade inaceitável, seja por progressão tumoral na vigência da
quimioterapia, pode-se autorizar-se novo procedimento, nos casos previstos de segunda
ou terceira linhas.
A duração da autorização pode exceder o total de doze meses de competência, nos casos
de hormonioterapia de cânceres metastáticos de mama, endométrio e próstata, cuja
duração de quimioterapia poderá chegar a 60 ou mais meses.

Como já dito, a quimioterapia paliativa, quando não há limite de número de ciclos


tecnicamente definidos, tem mudança de linha, ou é suspensa, na existência de
progressão tumoral.
Na quimioterapia paliativa, é importante avaliar o grau de resposta à quimioterapia;
determinar a sobrevida global do doente; detectar a progressão da doença e prevenir e
tratar as complicações possíveis de ocorrer. Indicações:
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Hormonioterapia

■ doentes com capacidade funcional suficiente (Zubrod: 0, 1 ou 2);


■ doentes com expectativa de vida maior que 6 meses;
■ doentes com neoplasias sensíveis à QT;
■ doentes com lesões tumorais não irradiadas (exceto metástases ósseas).

1.2. Quimioterapia para Controle Temporário de Doença


Os procedimentos desta forma de organização de quimioterapia têm, a rigor, finalidade
paliativa. O que diferencia essas duas formas de organização é que a autorização de um
procedimento para quimioterapia de controle temporário, dado as características iológicas
e terapêuticas das doenças correspondentes, pode ser repetida para mais de um
planejamento terapêutico global de um mesmo, interessando o mesmo ou diferente
esquema quimioterápico.
A quimioterapia para controle temporário de doença está indicada para hemopatias
malignas de evolução crônica, que permitem longa sobrevida (meses ou anos), mas sem
ossibilidade de cura, obtendo-se, ou não, o aumento da sobrevida global do doente.
Geralmente é de administração mais oral do que injetável, pode ser cíclica ou contínua, tem
duração média a longa, e um mesmo procedimento, observadas as suas respectivas
descrições e atributos, pode ser autorizado mais de uma vez, em diferentes planejamentos
terapêuticos globais de um mesmo doente, utilizando-se, ou não, o(s) mesmo(s)
quimioterápico(s), e a entrada no sistema, pode dar-se por procedimento de 1ª linha ou por
procedimento 2ª linha.

A duração de quimioterapia para controle temporário de doença é bastante variável,


dependendo do tipo tumoral e independendo do tipo ou intervalo do esquema
terapêutico. O número máximo de meses (geralmente de 06 a 12 meses) será determinado
pela resposta tumoral máxima, mesmo que transitória, quando, então passar-se-á ao
controle do doente,até a próxima manifestação de sintoma ou recidiva tumoral, quando,
novamente, se indica a quimioterapia, sob o mesmo código de procedimento, ou não. Nos
casos de leucemia crônica e doenças hemoproliferativas, como a trombocitemia essencial e
a policitemia vera, a quimioterapia pode durar mais do que 60 meses, podendo ser
administrada de forma contínua ou descontínua. Quando cíclica, o número de ciclos tem
limite estabelecido e a doença deve ser tratada, com o mesmo ou diferente esquema
terapêutico global, sempre que se manifestarem sintomas ou sinais que comprometam a
capacidade funcional ou função orgânica do doente.
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Hormonioterapia

Quimioterapia que consiste do uso de substâncias semelhantes ou inibidoras de hormônios,


para tratar as neoplasias que são dependentes destes e se caracteriza por ser de longa
duração Dentre os tumores malignos sensíveis ao tratamento hormonal destacam-se: os
carcinomas de mama, o adenocarcinoma de próstata e o adenocarcinoma de endométrio.
Os procedimentos hormonioterápicos medicamentosos são os que se incluem na tabela de
procedimentos quimioterápicos do SUS.
É necessária a comprovação da sensibilidade ao medicamento, por meio da determinação
de receptor hormonal estrogênico, no caso da hormonioerapia de mulheres e homens com
câncer de mama.
No caso de tumores múltiplos, poderão ser autorizadas APAC-I/Formulário distintas para

cada tratamento, na mesma competência, independentemente da finalidade do


tratamento.
Desde que um dos tumores seja: câncer de pele (radioterapia); câncer de mama, próstata
ou endométrio (hormonioterapia); leucemia crônica; doença linfoproliferativa rara ou
mieloproliferativa rara; linfoma não Hodgkin de baixo grau; neoplasia de células
plasmáticas.
Os medicamentos e hormonioterápicos, quando fornecidos a pacientes
anineoplásicos
portadores de neoplasias malignas, não podem ser cobrados por meio da APAC de
Medicamentos excepcionais.

1. Finalidades da Quimioterapia
O uso da quimioterapia deverá estar sempre dentro de um programa terapêutico global e
tem as finalidades abaixo relacionadas, que também classificam os grupos de
quimioterapia de doentes adultos, na tabela de procedimentos do SUS:

1.1. Quimioterapia Paliativa


Tem como finalidade a paliação de sinais e sintomas que comprometem a capacidade
funcional do paciente, mas não repercutirá, obrigatoriamente, sobre a sua sobrevida.
Indicações:
• Pacientes com capacidade funcional suficiente (Zubrod: 0, 1 ou 2);
• Pacientes com expectativa de vida maior que 6 meses;
• Pacientes com neoplasias sensíveis à QT.;
• Pacientes com lesões tumorais não irradiadas (exceto metástases ósseas).
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Hormonioterapia

De uma maneira geral, a sua duração varia de 03 a 12 meses (dependendo do tipo tumoral
e independendo do tipo ou intervalo do esquema terapêutico – por exemplo, o câncer de
pulmão, de 4 a 6 meses; o câncer de ovário, de 6 a 8 meses; o câncer de esôfago e do colo
uterino, 6 meses), que pode se cumprir, ou não. Em não se cumprindo a duração
planejada, seja por toxicidade inaceitável, seja por progressão tumoral na vigência da
quimioterapia, pode-se autorizar-se novo procedimento, nos casos previstos de segunda
ou terceira linhas.
A duração da autorização pode exceder o total de doze meses de competência, nos casos
de hormonioterapia de cânceres metastáticos de mama, endométrio e próstata, cuja
duração de quimioterapia poderá chegar a 60 ou mais meses.
Como já dito, a quimioterapia paliativa, quando não há limite de número de ciclos
tecnicamente definidos, tem mudança de linha, ou é suspensa, na existência de progressão
tumoral.
Na quimioterapia paliativa, é importante avaliar o grau de resposta à quimioterapia;
determinar a sobrevida global do doente; detectar a progressão da doença e prevenir e
tratar as complicações possíveis de ocorrer. Indicações:
• Doentes com capacidade funcional suficiente (Zubrod: 0, 1 ou 2);

• Doentes com expectativa de vida maior que 6 meses;

• Doentes com neoplasias sensíveis à QT.;

Doentes com lesões tumorais não irradiadas (exceto metástases ósseas).


1.2. Quimioterapia para Controle Temporário de Doença
Os procedimentos desta forma de organização de quimioterapia têm, a rigor, finalidade
paliativa. O que diferencia essas duas formas de organização é que a autorização de um
procedimento para quimioterapia de controle temporário, dado as características iológicas
e terapêuticas das doenças correspondentes, pode ser repetida para mais de um
planejamento terapêutico global de um mesmo, interessando o mesmo ou diferente
esquema quimioterápico.
A quimioterapia para controle temporário de doença está indicada para hemopatias
malignas de evolução crônica, que permitem longa sobrevida (meses ou anos), mas sem
ossibilidade de cura, obtendo-se, ou não, o aumento da sobrevida global do doente.
Geralmente é de administração mais oral do que injetável, pode ser cíclica ou contínua, tem
duração média a longa, e um mesmo procedimento, observadas as suas respectivas
descrições e atributos, pode ser autorizado mais de uma vez, em diferentes planejamentos
terapêuticos globais de um mesmo doente, utilizando-se, ou não, o(s) mesmo(s)
quimioterápico(s), e a entrada no sistema, pode dar-se por procedimento de 1ª linha ou por
procedimento 2ª linha.
Módulo VI Glosas: Aspectos, Processos e Ações

Hormonioterapia

A duração de quimioterapia para controle temporário de doença é bastante variável,


dependendo do tipo tumoral e independendo do tipo ou intervalo do esquema terapêutico.
O número máximo de meses (geralmente de 06 a 12 meses) será determinado pela resposta
tumoral máxima, mesmo que transitória, quando, então passar-se-á ao controle do doente,
até a próxima manifestação de sintoma ou recidiva tumoral, quando, novamente, se indica a
quimioterapia, sob o mesmo código de procedimento, ou não. Nos casos de leucemia
crônica e doenças hemoproliferativas, como a trombocitemia essencial e a policitemia vera,
a quimioterapia pode durar mais do que 60 meses, podendo ser administrada de forma
contínua ou descontínua. Quando cíclica, o número de ciclos tem limite estabelecido e a
doença deve ser tratada, com o mesmo ou diferente esquema terapêutico global, sempre
que se manifestarem sintomas ou sinais que comprometam a capacidade funcional ou
função orgânica do doente.

Indicações:
• Doentes com capacidade funcional suficiente (Zubrod: 0, 1 ou 2);

• Doentes com uma expectativa de vida superior a 12 meses (contando-se com o


efeito terapêutico);
• Doentes com possibilidade de receber tratamento regular, bem como
comparecer às consultas de seguimento para se detectar precocemente a
recidiva ou progressão da doença.

1.3. Quimioterapia Prévia, Neoadjuvante ou Citorredutora.


É a quimioterapia indicada para a redução de tumores loco-regionalmente avançados
(geralmente estádios II ou III), que são, no momento, irressecáveis ou não. Tem a finalidade
de tornar os tumores ressecáveis ou de melhorar o prognóstico do doente. Geralmente é de
administração venosa (raramente oral ou arterial), tem duração limitada e é seguida por
cirurgia ou radioterapia após curto intervalo (entre 15 a 30 dias). A duração do tratamento é
de 03 a 06 meses, determinada pelo tipo ou localização tumoral, toxicidade, resposta
objetiva à quimioterapia e pelo plano terapêutico proposto. Nota: Nos casos especificados
na descrição dos procedimentos, pode ser autorizada como quimioterapia concomitante à
radioterapia.
Indicações:
• Doentes com boa capacidade funcional (Zubrod = 0 ou 1);

• Doentes com expectativa de vida superior a 12 meses;

• Doentes com possibilidade de ser operado (caso indicado) no prazo máximo de


3 a 4 semanas depois do
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Hormonioterapia

• Término da QT.;
• Garantia da radioterapia (caso indicada) dentro de 3 a 4 semanas depois do término da
QT.;
• Garantia da QT adjuvante, se indicada (ver a seguir);
• Garantia do acompanhamento regular, em longo prazo.

1.4. Quimioterapia Curativa


Assim define-se a QT que representa a principal modalidade do tratamento que tem
finalidade de curar definitivamente doentes com neoplasias malignas, podendo, ou não,
estar associada à cirurgia e radioterapia. As neoplasias que se enquadram neste grupo são
aquelas que, pelo conhecimento atual, são passíveis de cura definitiva. Este tipo de
tratamento, geralmente de administração oral e venosa (em alguns casos também
intratecal), é de duração média (03 a 08 meses) a longa, podendo chegar a cerca de 36
meses, em casos de criança com leucemia aguda ou linfoma linfoblástico, por exemplo.
A duração da quimioterapia pode não ser cumprida, uma vez que se pode observar
suspensão definitiva por falha do tratamento (o que obriga à mudança de linha terapêutica,
se for o caso) ou suspensão temporária por complicação decorrente do mesmo (o que não
altera o número de meses do planejamento terapêutico global, mas sim o intervalo de
tempo em que eles se cumprirão).
Indicações:
• Doentes com boa capacidade funcional (Zubrod = 0, 1 ou 2);
• Doentes com expectativa de vida superior a 36 meses;
• Um planejamento terapêutico global;
• Garantia do tratamento cirúrgico ou radioterápico se for o caso;
• Garantia do acompanhamento regular, em longo prazo.
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Hormonioterapia

2. Quimioterapia de Tumores de Crianças e Adolescentes - até 18 anos (19


anos incompletos)
A quimioterapia antineoplásica de crianças e adolescentes tem as mesmas finalidades que a
de adultos, e, na tabela do SUS, corresponde a três tipos de procedimentos, assim
definidos: doentes que se submetem à quimioterapia primária, inicial; doentes com doença
recidivada, que se submetem à quimioterapia, cujos esquemas terapêuticos são diferentes
dos da quimioterapia inicial; e doentes com osteossarcoma tratado com quimioterapia de
alta dose. Nos procedimentos desta forma de organização, o limite máximo de idade para a
entrada no sistema seja 18 anos, 11 meses e 29 dias, este limite diz respeito à idade inicial
máxima prevista para uma autorização de um planejamento terapêutico global, que
determinará a duração da quimioterapia. Como essa duração é máxima nos casos de
leucemia linfóide aguda e linfoma linfoblástico, podendo chegar a 36 meses, a idade
máxima nos procedimentos de quimioterapia de tumores de crianças e adolescentes é de
22

sem quimioterapia por conta de intercorências devidas a toxicidade. Assim, a idade


máxima do procedimento pode estender-se até os 22 anos, quando a quimioterapia se
inicie em doente prestes há completar 19 anos.
Em caso de osteossarcoma, cuja quimioterapia é de muito menor duração, a idade máxima,
também de 22 anos, se dá por conta do desenvolvimento ósseo que se prolonga até os 21
anos.
O custo da quimioterapia intra-tecal, assim como o de antibacterianos e antifúngicos
profiláticos, já foi incluído nos esquemas de tratamento de todos os tumores para os quais
são obrigatórias estas condutas. Portanto, a quimioterapia intra-tecal (ver procedimentos
especiais a seguir) não pode ser cobrada concomitantemente aos procedimentos
oncológicos pediátricos, exceto se constituir em um procedimento terapêutico principal e
isolado.
A autorização e ressarcimento do procedimento 03.04.07.005-0 – Quimioterapia de Alta
Dose de Osteossarcoma merece atenção especial, pois este procedimento é opcional e
excludente com 03.04.07.001-7 – Quimioterapia de Câncer na infância e adolescência – 1ª
linha, só pode ser utilizada em hospital bem equipado e exige o monitoramento da
quimioterapia com a dosagem sérica do antiblástico.

Como os grupamentos abaixo incluem diferentes tipos de tumores com prognósticos e


custos próprios, vale atentar para a seleção de doentes ou de procedimentos que resultem
mais lucrativos ou menos trabalhosos. A análise comparativa e periódica dos gastos
médios
entre profissionais e serviços assinala os possíveis desvios, devendo-se considerar,
obviamente, os centros de referência para casos de neoplasias raras ou que requerem
maior nível de especialização e tecnologia.
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Hormonioterapia

RADIOTERAPIA ANTI-ÁLGICA
Radioterapia paliativa com esta finalidade específica. Tanto pode ser aplicada em dose única
como pode ser aplicada diariamente ou, em dose diária maiores, semanalmente. Como é de
finalidade paliativa, a dose total é menor do que a máxima permitida para a área, exceto nos
casos especificados como metástases.
RADIOTERAPIA ANTI-HEMORRÁGICA
Radioterapia paliativa com esta finalidade específica. Como é de finalidade paliativa, a dose
total é menor do que a máxima permitida para a área, podendo ser aplicada em dose única ou
diária.
AUTORIZAÇÃO E PAGAMENTO PELO SUS
As formas de cobrança e pagamento dos procedimentos radioterápicos se fazem de acordo
com as especificações feitas após a citação de cada item, no Grupo Radioterapia, da tabela de
procedimentos do SUS.
A codificação do procedimento radioterápico deve ser compatível tanto com a doença ou
condição, o tipo de energia utilizado e os equipamentos de radioterapia cadastrados e
disponíveis na unidade prestadora de serviços (UPS).
Os seguintes conceitos são também essenciais para a autorização e acompanhamento da
autorização de procedimentos radioterápicos:
CAMPO
Considere-se campo o número de incidência(s) diária(s) em que se aplica a radioterapia
externa, superficial ou profunda, em uma área geométrica demarcada sobre a pele.
Para efeito de autorização e pagamento, a unidade de cobrança e pagamento da radioterapia
externa será sempre o campo. Quanto maior for o número diário de campos, para uma
mesma dose, menor será o número de dias úteis de radioterapia para se aplicar essa mesma
dose, ou seja, mais rapidamente se alcançará o número máximo de campos permitido para o
respectivo tumor ou indicação. Exemplo:
Dose diária: 200 cGy/dia Dose por 1 campo: 200 cGy
Dose por 2 campos: 100 cGy
Dose por 3 campos: 66 cGy
Dose por 4 campos: 50 cGy
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Hormonioterapia

Normalmente, o número diário de campos varia de 01 a 06 (no geral, de 02 a 03) e a dose


diária, como já foi dito, de 180 a 200 cGy/dia.
Exemplo de um tratamento:
Dose total = 5.000 cGy em 2
campos Dose por dia = 200 cGy
Dose por campo = 100 cGy
Número total de dias úteis = 5.000 dividido por 200 = 25 dias
Número total de campos = 25 x 2 = 50
Logo, 50 é o número a ser multiplicado pelo valor correspondente aos respectivos códigos de
acelerador linear de fótons, acelerador linear de fótons e elétrons e cobaltoterapia.
INCIDÊNCIA
Considere-se incidência a direção em que a radiação externa é aplicada sobre uma área
demarcada, podendo ser anterior, posterior, lateral direita, lateral esquerda ou oblíqua.

FRAÇÃO
Considere-se fração o número de vezes em que a dose total de radioterapia é dividida em
doses diárias. Por exemplo, a dose total de 5.000 cGy, quando dividida em doses diárias de
200 cGy, será aplicada em 25 frações. Vale ressaltar que o número de campos não guarda
relação com o número de frações.
SESSÃO
Considere-se sessão o número de vezes em que a radioterapia é aplicada num dia.
Pode-se, em caráter excepcional, aplicar a radioterapia, principalmente a externa, em mais
de uma vez ao dia. Nestes casos, denomina-se Hiperfracionamento, o que significa que a
radioterapia é aplicada pelo menos duas vezes ao dia, com intervalo de seis horas entre as
aplicações. Isto está indicado em esquemas de condicionamento prévio ao transplante de
medula óssea, radioterapia paliativa de tumores primários avançados ou para tratar
pacientes previamente irradiados na mesma área.
INSERÇÃO
Considere-se inserção a colocação de dispositivos guia, dentro de cavidades ou órgãos, para
introdução de fontes radioativas (braquiterapia ou radioterapia interna).
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Hormonioterapia

TEMPO DE TRATAMENTO
O objetivo de se ter as datas previstas de início e término do tratamento, informadas no
Laudo Médico para Emissão de APAC/RT, é que elas permitem verificar e acompanhar a
cobrança do procedimento.
Em geral, a radioterapia é aplicada durante 05 dias, fazendo pausa de 02 para recuperação
dos tecidos normais. Na prática, o tratamento é feito nos dias úteis da semana e a suspensão
do mesmo, por causa dos efeitos colaterais, constitui exceção e não a regra.

AUTORIZAÇÃO
A autorização de radioterapia externa será feita sempre com base no planejamento
terapêutico global e o pagamento se fará contando o número de campos feitos no mês e
abatido do número total dado no planejamento global informado.
O número de campos autorizados e pagos não pode ultrapassar o número máximo de
campos de radioterapia de tumores malignos (incluindo o reforço ou "boost") que consta
no Anexo II deste manual, que é o Anexo VIII da Portaria SAS 296/99. Somente a
radioterapia de finalidade curativa e, mais raramente, a de finalidade paliativa, pode
alcançar esses números máximos, exceto nos casos especificados como radioterapia de
metástase.
Para calcular o número máximo de campos planejado, multiplica-se o número de campos
utilizados num dia de tratamento pelo número de dias em que o paciente se submeteu à
radioterapia.
Para calcular a dose total da radioterapia aplicada, multiplica-se a dose diária pelo número
de dias de aplicação (este cálculo é dispensável para efeito de autorização e pagamento).
Ressalta-se que a soma dos números de campos cobrados, em um ou mais meses de
competência, não poderá ultrapassar nem o número total de campos planejado e muito
menos o número máximo de campos do Anexo II, respectivamente para os tumores e
indicações lá discriminados.
No caso de duas ou três diferentes áreas de um mesmo paciente serem irradiadas
simultaneamente, as informações e cálculos devem ser feitos também isoladamente, pois
as doses, o número de campos e o número de dias não coincidirão. Dadas as informações
em separado, por área, informa-se a soma dos campos em cada área como o número total
de campos planejado para o tratamento solicitado.
Bibliografia
Curso de Faturamento Hospitalar. (16 de Setembro de 2021). Fonte: Scribd:
https://pt.scribd.com/document/274227033/Apostila-Do-Curso-de-Faturamento-Hospitalar
Sugestões de leituras complementares:

Cid 10
(Clique no link acima para visualizer)

Padrão TISS
(Clique no link acima para visualizar)

Faturamento Hospitalar
(Clique no Link acima para visualizar)

Procedimentos Médicos
(Clique no Link acima para visualizar)

Manual de Conteúdos e Estrutura


(Clique no Link acima para visualizar)

Gestão Recursos Materiais e Medicamentos


(Clique no Link acima para visualizar)

Armazenamentos e Descarte Medicamentos


(Clique no Link acima para visualizar)

Padrão TISS - Troca de Informações de Saúde Suplementar


(Clique no Link acima para visualizar)

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