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INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
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INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.
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Na área da Psicologia, existem diversas correntes teórico-
-metodológicas, de forma geral, é possível afirmar que todas compar-
tilham o interesse pelo estudo do ser humano, muito embora cada
uma delas tenha uma forma específica de concebê-lo. Assim, certas
abordagens privilegiam o inconsciente, outras direcionam o foco aos
comportamentos; algumas estão próximas a outras áreas do saber,
como a biologia, enquanto outras aproximam-se da antropologia e da
sociologia. As terapias cognitivo-comportamentais têm como aporte
teórico subjacente o modelo cognitivo, segundo o qual pensamentos
e crenças distorcidos determinam emoções e comportamentos disfun-
cionais; ou seja, a atividade cognitiva é concebida como mediadora de
INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
CAPÍTULO 01
INTRODUÇÃO À TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Recapitulando ________________________________________________ 27
CAPÍTULO 02
Recapitulando _________________________________________________ 47
CAPÍTULO 03
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E BASES DAS FUNÇÕES
COGNITIVAS
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Recapitulando __________________________________________________ 67
Referências _____________________________________________________ 75
INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS
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As terapias cognitivo-comportamentais (TCCs) baseiam-se no
modelo cognitivo segundo qual as atividades cognitivas são concebidas
como mediadoras de comportamentos e emoções. Dito de outra forma,
as cognições, também chamadas de pensamentos ou crenças, determi-
nam o estado emocional do indivíduo e a forma como ele responde às
situações e relações interpessoais que fazem parte de seu ambiente de
vida. Assim, pensamentos distorcidos estão na base de emoções e com-
portamentos disfuncionais, ou seja, mal adaptados à realidade do indiví-
duo. O que interessa não são as situações ou eventos em si, mas a forma
como são pensados, interpretados pelo indivíduo. Muitas vezes, tal forma
de pensar o mundo, de interpretá-lo, pode estar distorcida e tal distorção
repercute no modo como a pessoa se sente e se comporta. As terapias
cognitivo-comportamentais visam, de um modo geral, trabalhar com as
cognições e comportamentos distorcidos, de forma que eles possam ser
modificados. Esse é o assunto principal da presente unidade.
No capítulo 1, foram apresentados os conceitos e definições
técnicas das TCCs, suas principais características, bem como alguns
elementos de sua história, a começar pelo seu surgimento por volta
dos anos de 1960 e 1970. Deste capítulo, é importante compreender
que ainda que, atualmente, existem diversas abordagens de terapias
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INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS
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Como se verá adiante, muitas técnicas utilizadas de forma fre-
quente nas terapias cognitivo-comportamentais provieram da aborda-
gem comportamental, como a participação ativa do terapeuta, o estabe-
lecimento de objetivos, de curto e médio prazo, para serem alcançados
durante o processo de psicoterapia e os deveres de casa a serem reali-
zados pelos pacientes entre as sessões.
Já a terapia cognitiva tem como uma de suas principais referências
os estudos realizados por Aaron Beck, psiquiatra norte-americano, que, até
então, dedicava-se ao estudo e aplicação da teoria e método psicanalítico,
mas que não encontrava nele respostas satisfatórias para compreender
a depressão. Suas investigações e prática clínicas realizadas com seus
pacientes levaram-no a propor que a depressão poderia ser explicada por
fatores cognitivos e, mais especificamente, por uma interpretação distor-
cida que envolvia uma visão negativa de si mesmo, do ambiente/vida e
do futuro (tríade cognitiva característica de pacientes com depressão). A
elaboração de sua teoria avançou juntamente com a definição das bases
do processo terapêutico que deveria focar problemas presentes e questões
psicológicas acessíveis, conscientes, tal proposta distanciava-se daquela
da psicanálise que tinha a finalidade de trabalhar o inconsciente e desvelar
traumas surgidos em momentos da vida pregressa do paciente. O foco da
INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS
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Os transtornos psicológicos são os resultados de um modo dis-
funcional de perceber os acontecimentos e o cerne da terapia cognitiva
proposta por Beck está em modificar as suposições e crenças funda-
mentais do indivíduo.
Os conceitos principais que fundamentam a terapia cognitiva e
que foram integrados nas TCCs são os conceitos de pensamento auto-
mático, de crença central/nuclear e de esquema.
Os pensamentos automáticos são uma interpretação imediata
(e que pode estar distorcida) de qualquer situação; surgem de forma es-
pontânea, são rápidos e aparecem sob forma de sentenças (por exem-
plo: “Eu não me sairei bem na entrevista para o emprego que almejo”)
e de imagens (por exemplo: “Ter a visão de ficar calado, sem conseguir
responder a nenhuma das perguntas feitas durante a entrevista, como
se estivesse paralisado). Caso o paciente não seja convidado e ensina-
do, em psicoterapia, a identificar e monitorar seus pensamentos auto-
máticos, ele não os percebe.
Já os esquemas são definidos como:
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É importante dizer que, nas TCCs, o psicoterapeuta e o paciente
devem estabelecer uma boa relação de confiança, respeito mútuo, em-
patia e de colaboração. Inicialmente, deve ser realizada uma anamnese
e exame mental do paciente, assim como este deve apresentar, ainda
que brevemente, suas queixas e os motivos que o levaram a procurar
ajuda profissional. O terapeuta deve explicar ao paciente o funcionamen-
to da TCC e, desde o início do processo psicoterapêutico, deve elaborar
a conceitualização cognitiva do paciente. A conceitualização cognitiva é
definida como uma técnica que visa compreender o caso clínico e con-
siste em elaborar um panorama do funcionamento do paciente para que,
a partir desse entendimento, possa ser definido um plano de tratamento.
A conceitualização cognitiva consiste, portanto, na formulação do caso
clínico. É uma etapa fundamental, porque orienta o trabalho terapêutico
a ser desenvolvido, permitindo que sejam definidos e planejados os pro-
cedimentos mais indicados para o caso clínico específico. Além disso, a
conceitualização cognitiva funciona como uma proposta, direcionada ao
paciente, de que ele adira ao tratamento, porque, conforme os objetivos
traçados vão sendo alcançados, o paciente tende a sentir-se motivado
e pode melhor compreender todo seu processo terapêutico (NEUFELD;
CAVENAGE, 2010). Tal plano deve ser compartilhado e discutido com o
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: COPESE - UFPI Órgão: UFPI Prova: Psicólogo
São características da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC),
EXCETO:
a) Com o advento do modelo de seleção por consequências, a análise
funcional estará associada a uma noção selecionista, não mecanicista,
de causalidade. No lugar da busca por um agente originador do com-
portamento, a análise estará voltada para o reconhecimento da múltipla
e complexa rede de determinações de instâncias de comportamento,
representada pela ação em diferentes níveis (filogênese, ontogênese
e cultura) das consequências do comportamento sobre a probabilidade
de respostas futuras da mesma classe.
b) A TCC se fundamenta na racionalidade teórica de que os pensamen-
tos, sentimentos e comportamentos se encontram estreitamente interli-
gados. Conforme essa premissa, a maneira como a pessoa se compor-
ta e se sente é diretamente associada pela sua forma de processar e
estruturar a realidade através de suas cognições.
c) As crenças centrais ou nucleares são ideias e percepções tidas como
QUESTÃO 2
Ano: 2017 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitu-
ra de Bela Vista de Minas - MG Prova: Psicólogo
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São características básicas da Terapia Cognitiva, descritas por
Rangé e Souza (1998), EXCETO:
a) É uma abordagem ativa, pois o terapeuta e o paciente estão con-
tinuamente agindo de forma cooperativa no sentido de solucionar os
problemas, de maneira a permitir que o próprio paciente aprenda a iden-
tificar e a modificar seus pensamentos.
b) É uma abordagem diretiva, pois foca os problemas apresentados no
“aqui e agora”, trabalhando pensamentos, sentimentos e comportamen-
tos atuais do cliente.
c) É uma abordagem educativa, pois o terapeuta ensina ao paciente o
modelo cognitivo, a natureza de seus problemas.
d) É uma abordagem modelar, pois estimula a prática do comportamen-
to assertivo, iniciando com situações nas quais a chance do reforço
positivo é grande.
QUESTÃO 3
Ano: 2017 Banca: FUNRIO Órgão: SESAU-RO Prova: Psicólogo
Sobre a chamada terceira onda da terapia cognitiva comportamen-
tal, são técnicas incorporadas de maneira mais recente, EXCETO:
a) Ativação comportamental.
INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 4
Ano: 2017 Banca: COMPERVE Órgão: UFRN Prova: Psicólogo Clínico
A terapia cognitivo-comportamental é uma espécie de intervenção
psicológica que, nos últimos anos, tornou-se uma das mais utili-
zadas no campo da psicologia. Nesse sentido, são técnicas desse
modelo terapêutico:
a) Técnicas operantes, de exposição e relaxamento.
b) Técnicas cognitivas, renascimento e monodrama.
c) Técnicas de habilidades sociais, respiração holotrópica e cadeira quente.
d) Técnicas de enfrentamento, terapia regressiva integral e amplificação.
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: IFF Prova: Psicólogo
Os dois elementos principais que formam as estruturas cognitivas
são:
a) Exemplares e abstrações.
b) Estigma e atração física.
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c) Efeito de primazia e traços centrais.
d) Contexto social e engraçamento.
e) Esquemas e atribuições.
TREINO INÉDITO
Leia a situação hipotética e assinale a distorção cognitiva presen-
te: “Cenário – unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica. A pa-
ciente X tem 1 ano de vida e está internada com um quadro gra-
ve de cardiopatia. Ao longo da internação, ela vai apresentando
piora progressiva e a equipe médica, a fim de preparar a família
para o desfecho provável que é o óbito, solicita acompanhamento
psicológico para os genitores. Paralelamente aos boletins médi-
NA MÍDIA
SETEMBRO AMARELO: QUEM FALA SOBRE TIRAR A VIDA DEVE
SER LEVADO A SÉRIO
A notícia chama atenção para o dia Mundial de Prevenção do Suicídio
(10 de setembro) e traz alguns dados sobre a realidade no Brasil e re-
gistros da Organização Mundial da Saúde que apontam que, a cada 40
segundos, uma pessoa comete o suicídio em algum lugar do mundo.
Relatos de familiares que perderam entes queridos por suicídio foram
apresentados, bem como uma breve entrevista realizada com o pre-
sidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. Na entrevista, foram
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mencionados os comportamentos e sinais que uma pessoa com perfil
suicida apresenta e é possível identificar crenças centrais e compor-
tamentos disfuncionais. As crenças referidas foram: “O mundo estaria
melhor sem mim” (crença de desvalor), “Eu não aguento mais” (crença
de desamparo) e “A vida não vale à pena” (crença de desesperança).
Tais pensamentos revelam como o indivíduo percebe a si próprio e o
mundo e são exemplos de cognições destorcidas que repercutem no
estado emocional e não permitem que o indivíduo vislumbre saídas ou
soluções a não ser aquela de colocar fim à própria vida.
Fonte: Uol
Data: 10 set. 2020.
Leia a notícia na íntegra: THERRIE, Bárbara. Setembro amarelo: quem
fala sobre tirar a vida deve ser levado a sério. Uol, 10/09/2020. Dispo-
nível em:
<https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/09/10/setem-
bro-amarelo-quem-fala-sobre-tirar-a-vida-deve-ser-levado-a-serio.
htm>. Acesso em 20 set. 2020.
NA PRÁTICA
As terapias cognitivo-comportamentais podem ser empregadas como
INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS
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MODELOS COMPORTAMENTAL E
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MODELO COMPORTAMENTAL
MODELO COGNITIVO
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Pereiras - SP
Prova: Psicólogo
Como se sabe, o modelo cognitivo da depressão postula a tríade
cognitiva desse transtorno, qual seja:
a) Lentificação motora, baixo nível de motivação para enfrentar as de-
mandas da vida diária e inibição emocional.
b) Distorção da percepção da realidade, anormalidades funcionais de
neurotransmissores cerebrais e pensamentos automáticos negativos.
c) Sofrimento do indivíduo deprimido pela visão negativa de si próprio,
do ambiente em que se insere e do futuro que o aguarda.
d) Acentuada dificuldade no processamento de informações, na atribui-
ção de significados e na medição das informações captadas.
e) Crenças nucleares dominadas pelo pessimismo, pensamentos auto-
máticos e crenças subjacentes.
QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: CESGRANRIO Órgão: UNIRIO Prova: Psicólogo
QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Sertãozinho - SP
Prova: Psicólogo
O modelo cognitivo para compreensão e intervenção junto aos
pacientes com depressão postula três princípios para explicar o
substrato psicológico desse transtorno. Esses princípios são:
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a) O evento similar, a alexitimia e a dissonância cognitiva.
b) A tríade cognitiva, os esquemas e as distorções cognitivas.
c) A expectativa de fracasso, a instabilidade e o pensamento mágico.
d) A fobia social, o pensamento negativo e a falta de resiliência.
e) O deslize mental, a incongruência e o sentimento de inadequação.
QUESTÃO 4
Ano: 2017 Banca: COVEST-COPSET Órgão: UFPE Prova: Psicólogo
Segundo alguns autores, a terapia cognitiva baseia-se na teoria da
aprendizagem social e usa uma mistura de técnicas, muitas das
quais baseadas em modelos de condicionamento operante e clás-
sico. A respeito da terapia cognitiva com crianças e adolescentes,
podemos afirmar que:
a) A terapia cognitiva com adultos não difere da terapia cognitiva com
crianças e adolescentes.
b) A terapia cognitiva com crianças permanece focalizada no problema,
é ativa e orientada para o objetivo, diferentemente do que ocorre na
terapia com adultos.
c) Crianças menores tendem a beneficiar-se de técnicas mais sofistica-
das que exigem análises racionais, enquanto os adolescentes se bene-
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QUESTÃO 5
Ano: 2017 Banca: COVEST-COPSET Órgão: UFPE Prova: Psicólogo
A partir de 1995, uma variedade de publicações traduzidas para o
português sugere que a terapia cognitiva começa a se tornar popu-
lar no Brasil. O modelo cognitivo propõe que os transtornos psico-
lógicos decorrem de um modo distorcido de perceber os aconteci-
mentos. Assinale a alternativa que corresponde a essa abordagem.
a) A terapia cognitiva identifica dois níveis distintos de pensamento:
pensamento automático e crenças centrais.
b) Os pensamentos modulam e mantêm as emoções disfuncionais, in-
dependentemente de suas origens.
c) Os pensamentos automáticos são rígidos e não podem ser identifica-
dos após um treinamento terapêutico.
d) As crenças centrais constituem o nível mais superficial da estrutura
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cognitiva e são compostas por ideias recentes.
e) A terapia cognitiva ainda não possui evidência empírica de sua efeti-
vidade frente a diversos transtornos.
TREINO INÉDITO
Segundo Skinner, o comportamento operante é:
a) Uma resposta involuntária emitida pelo organismo dotado de um re-
pertório inato de respostas.
b) Um comportamento que não pode ser observado, produzido por pro-
cessos psíquicos.
c) Uma resposta originada no interior do organismo e que é emitida
voluntariamente para realizar uma mudança, no ambiente, que leva à
recompensa.
NA MÍDIA
GOVERNO PUBLICA LEI QUE AUMENTA PENAS DE MAUS-TRA-
TOS CONTRA CÃES E GATOS
A notícia informa que, no dia 30 de setembro deste ano, foi alterada a Lei
de Crimes Ambientais (criada no ano de 1998) e essa passou a incluir um
item específico sobre a proteção de cães e gatos. Para prevenir ou dimi-
nuir os abusos, maus-tratos, ferimentos e mutilações contra tais animais,
as penas previstas passaram a incluir reclusão, além de multa e proibição
de guarda. Tal como foi abordado no capítulo 2 desta unidade, a punição,
que consiste na aplicação de estímulos aversivos com a finalidade de
diminuir a frequência ou mesmo eliminar determinados comportamentos
indesejados, pode ser empregada em inúmeras situações. Nesse caso,
as penas de reclusão, multa e perda da guarda dos animais de estimação
foram os estímulos aversivos propostos para que os comportamentos in-
desejados de maus-tratos possam diminuir rapidamente.
Fonte: Uol
Data: 30 set. 2020.
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Leia a notícia na íntegra: MANFRINI, Sandra. Governo publica lei que
aumenta penas de maus-tratos contra cães e gatos. Uol, 30/09/20. Dis-
ponível em:
<https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-esta-
do/2020/09/30/governo-publica-lei-que-aumenta-penas-de-maus-tra-
tos-contra-caes-e-gatos.htm>. Acesso em: 29 set. 2020.
NA PRÁTICA
Estudantes de Psicologia foram convidados a realizarem estágio com
uma turma de alunos do ensino fundamental de uma escola pública. O
estágio desenvolveu-se sob a orientação de um professor de Psicolo-
gia Comportamental e os alunos foram bem recebidos pela direção da
escola. A diretora apresentou as queixas que tinha, que diziam respei-
to a alguns alunos, relacionadas com comportamentos de indisciplina;
a diretora entendia por indisciplina a falta de respeito que certos alunos
mostravam ao dirigirem-se aos professores, o descompromisso com as
atividades propostas (em sala de aula e como dever de casa) e a agi-
tação (gritar, correr) que apresentavam durante as aulas. A fim de pos-
teriormente elaborarem um plano de intervenção para modificação dos
comportamentos considerados indesejados, os estagiários propuseram
INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS
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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS
Funções Cognitivas
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QUESTÃO DE CONCURSO
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Seringueiras - RO
Prova: Psicopedagogo
Para o atendimento psicopedagógico aos portadores de deficiên-
cia, é essencial que seja realizado um bom diagnóstico para a reali-
zação de intervenções. A característica fundamental da deficiência
intelectual é o significativo prejuízo cognitivo. As funções cog-
nitivas correspondem à capacidade de aprender e compreender,
sendo funções superiores que se estabelecem a partir do sistema
nervoso central.
a) Linguagem - aquisição da informação – percepção - memória - racio-
cínio - pensamento.
b) Retórica - aquisição da informação – argumentação - memória - ra-
ciocínio - pensamento.
c) Retórica – elaboração de conteúdo – percepção - memória - raciocí-
nio - pensamento.
d) Linguagem - argumentação – percepção - memória - raciocínio - pen-
samento.
QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: Psicólogo - Clínica
No que se refere à avaliação das funções cognitivas em adultos,
Oliveira e Silva indicam que a cognição é compreendida como um
conjunto de funções mentais que envolvem aquisição, armazena-
mento, retenção e uso do conhecimento. Estas funções incluem:
a) Sensação, atenção, percepção, memória, linguagem e funcionamen-
to executivo.
b) Inteligência, sensação, percepção, memória, linguagem e funciona-
mento executivo.
c) Inteligência, atenção, sensação, memória, linguagem e funcionamen-
to executivo.
d) Inteligência, atenção, percepção, memória, sensação e funciona-
mento executivo.
e) Inteligência, atenção, percepção, memória, linguagem e funciona-
mento executivo.
QUESTÃO 3
Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-BA Prova: Psi-
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cologia
Caso clínico 9A1AAA
Uma criança de seis anos de idade foi levada pela mãe para ava-
liação psicológica por apresentar enurese noturna, ansiedade,
compulsão alimentar, insônia, baixo rendimento escolar e medo
de pássaros, de acordo com o relato materno. O pai da criança não
quis acompanhá-las na consulta porque se posicionou contra a
intervenção psicológica.
Na escolha da técnica de entrevista adequada para a anamnese da pa-
ciente do caso clínico 9A1AAA, o psicólogo deve evitar a entrevista:
a) De livre estruturação, pois crianças tendem a omitir informações
quando os pais estão presentes.
b) Estruturada, devido a sua baixa aplicabilidade clínica, já que não con-
sidera suficientemente as demandas do paciente.
c) Semiestruturada, porque ela dificulta a aplicação de testes psicológi-
cos, procedimento ideal para o caso em questão.
d) De triagem, devido à tenra idade da paciente.
e) De triagem, por ser irrelevante para a decisão acerca da intervenção
a ser adotada no caso.
INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 4
Ano: 2019 Banca: EDUCA Órgão: Prefeitura de Várzea - PB Prova:
Psicólogo Educacional
A Terapia Comportamental (TC) preocupa-se, inicialmente, em rea-
lizar uma avaliação detalhada dos problemas do paciente: quais os
sintomas, as condições que determinam seu aparecimento, seus
antecedentes e suas consequências, bem como eventuais desen-
cadeantes. São avaliadas ainda as situações nas quais se manifes-
tam os fatores que auxiliam a mantê-los (atitudes reforçadoras do
ambiente familiar), as cognições (pensamentos automáticos) que os
acompanham, os mecanismos desenvolvidos pelo paciente para di-
minuir a ansiedade (ex. evitação, realização de rituais). A TC exige
do paciente uma alta motivação para aderir ao tratamento, expor-se
a situações provocadoras de ansiedade e uma boa aliança para levar
adiante tarefas estabelecidas em comum acordo com o terapeuta.
Qual das contraindicações da Teoria Comportamental é falsa:
a) Depressão severa.
b) Dependência de drogas (alcoolismo, nicotina e outras drogas).
c) Em pacientes que não toleram o aumento dos níveis de ansiedade.
d) Personalidade esquizoide.
e) Uso concomitante de benzodiazepínicos ou do álcool.
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QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: Prefeitura de Jataí - GO Prova:
Psicólogo
Um terapeuta cognitivo que recebe um paciente com sintomas de
depressão clínica visa auxiliar o paciente na mudança de crenças e
comportamentos relacionados a seus estados de humor. As estra-
tégias terapêuticas são, geralmente, concebidas em fases. Assina-
le a alternativa que apresenta a(s) fase(s) da estratégia terapêutica
para o tratamento da depressão.
a) Foco no estilo relacional do paciente e nos pensamentos positivos.
b) Tomada de consciência e treinamento comportamental.
c) Mudança de comportamentos deprimidos.
d) Foco em pensamentos e esquemas relacionados à depressão, foco
no estilo pessoal de relacionamento e mudança de comportamentos.
e) Foco em pensamentos depressivos e positivos.
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
TDAH: TRANSTORNO APARECE NA INFÂNCIA E ACOMPANHA A
PESSOA POR TODA A VIDA
A notícia publicada no Blog da Saúde, do Ministério da Saúde, chama
a atenção para o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperativida-
de (TDAH), que, segundo a Associação Brasileira de Déficit de Aten-
ção, acomete de 3% a 5% de crianças em idade escolar. É noticiada a
importância de que um correto diagnóstico seja feito a fim de que um
adequado tratamento multiprofissional possa ser iniciado, possibilitan-
do à criança viver bem nos diferentes ambientes (escolar, em casa, no
lazer) que fazem parte de sua vida. Conforme apresentado no capítulo,
a atenção é uma das funções cognitivas, seu funcionamento baseia-se
em mecanismos neurológicos inatos e involuntários e, gradativamente,
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pode ser submetida ao controle voluntário, existem diferentes tipos de
atenção, assim como patologias da atenção, entre as quais o TDAH,
transtorno que tem como uma das principais características a dificulda-
de em manter a atenção.
Fonte: Blog da Saúde - Ministério da Saúde.
Data: 13 ago. 2019
Leia a notícia na íntegra: TINÉ, Luíza. TDAH: transtorno aparece na
infância e acompanha a pessoa por toda a vida. Blog da Saúde – Minis-
tério da Saúde, 13/08/19. Disponível em:
<http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/53946-t-
dah-transtorno-aparece-na-infancia-mas-acompanha-a-pessoa-por-to-
da-a-vida>. Acesso em: 07 out. 2020.
NA PRÁTICA
Nos hospitais brasileiros, torna-se cada vez mais frequente a presença
de psicólogos clínicos nas equipes multiprofissionais. Nesse contexto
de atuação, os psicólogos intervêm com pacientes e seus respectivos
familiares durante o período de internação. Muitas vezes, nos atendi-
mentos psicológicos, o sofrimento psíquico aparece não apenas relacio-
nado com a doença física que o paciente apresenta e que é o motivo de
sua internação, mas também decorrente de transtornos mentais que já
INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS
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PARA SABER MAIS
Filme: Para sempre Alice (2015).
Filme: O menino selvagem (1970).
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GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSO
pais das TCCs seguem uma orientação teórica, são diretivas e focadas
em problemas específicos, têm como foco o “aqui e agora” e trabalham
questões/problemas acessíveis ao paciente, ou seja, que estão no nível
da consciência, são colaborativas, o que significa que terapeuta e pacien-
te têm um papel ativo durante todo o processo terapêutico, têm duração
limitada; são educativas e têm o objetivo de tornar o paciente capaz de
utilizar as habilidades aprendidas e as soluções construídas em outros
tipos de problemas que vierem a surgir em sua vida.
TREINO INÉDITO
Gabarito: C
72
CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSO
TREINO INÉDITO
Gabarito: C
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CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSO
TREINO INÉDITO
Gabarito: D
INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS
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AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual diagnósti-
co e estatístico de transtornos mentais (DSM-5). Porto Alegre: Artmed,
2014. Disponível em: <http://dislex.co.pt/images/pdfs/DSM_V.pdf> .
Acesso em: 07 out. 2020.
76
EPP, Amanda M.; DOBSON, Keith S. The evidence base for cognitive-
-behavioral therapy. In: DOBSON, K. S. (Ed.). Handbook of cognitive-beha-
vioral therapies. 3ª ed. New York: The Guilford Press, 2010. Disponível
em: <https://ravannews.com/wp-content/uploads/HANDBOOK-of-Cogni-
tive-Behavioral-Th-erapies.pdf>. Acesso em: 07 out. 2020.
80
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INTRODUÇÃO E CONCEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - GRUPO PROMINAS