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MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

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MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Gildenor Silva Fonseca

3
Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
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outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-


ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!..

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professora: Juliana Padilha


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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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Esta unidade apresentará os impactos motivados pela democra-
tização da internet e o avanço das tecnologias. Essas inovações acarreta-
ram em diversas mudanças, dentre elas, o acesso mais fácil às informa-
ções. Consequentemente, tal fato tornou os consumidores mais exigentes.
Dessa forma, houve a necessidade de que as empresas inovassem de
modo a atender às expectativas desse novo consumidor e também para se
manterem competitivas no mercado. Então, as organizações perceberam
que era hora de adotar a transformação digital, que é uma estratégia que
combina a tecnologia com os negócios em uma abordagem centrada no
cliente. Para realizar a transformação digital, as empresas também podem
contar com as algumas tecnologias, como: Business Intelligence (BI), Big
Data, Inteligência Artificial, Realidade Virtual e Aumentada, Computação
em Nuvem, Marketing Digital, Automação em Marketing etc.
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Inovação. Transformação Digital. Business Intelligence. Big Data.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E AUTOMAÇÃO DE MARKETING

Era Digital _____________________________________________________ 12

Digitalização, Digitização e Transformação Digital ______________ 13

Como a Transformação Digital pode afetar sua carreira? ________ 27

Recapitulando _________________________________________________ 32

CAPÍTULO 02
BUSINESS INTELLIGENCE E BIG DATA: SEUS IMPACTOS NAS
ORGANIZAÇÕES

O que é Business Intelligence (BI)? _____________________________ 38

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O que é Big Data? ______________________________________________ 53

Recapitulando _________________________________________________ 61

CAPÍTULO 03
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E OS BENEFÍCIOS DA AUTOMAÇÃO DE
MARKETING

Inteligência Artificial ___________________________________________ 66

Realidade Virtual ______________________________________________ 70

Marketing Digital ______________________________________________ 78

Recapitulando __________________________________________________ 85
9
Fechando a Unidade ____________________________________________ 89

Glossário ________________________________________________________ 90

Referências _____________________________________________________ 93
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O surgimento e o avanço de novas tecnologias foram incenti-
vados, principalmente, pelo fato de a internet se tornar mais acessível
às pessoas, o que provocou muitas mudanças nos hábitos delas, como
mais facilidade para comunicarem-se, facilidade de acesso às informa-
ções, dentre outros. Mas, esse bônus tornou os consumidores mais exi-
gentes, fazendo com que as organizações fossem obrigadas a se reno-
varem por meio de tecnologias digitais para atenderem às expectativas
dos consumidores e também se manterem competitivas no mercado.
Para isso, elas percebem que deveriam adotar a seguinte estratégia: a
transformação digital.
A transformação digital combina a tecnologia digital com os ne-
gócios, em conjunto com uma abordagem de negócios que é centrada
no cliente (customer-centric). A transformação digital pode ser aplicada
em todos os negócios, sendo que o seu diferencial está na automatiza-
ção dos processos, conhecimentos, documentos etc.
Um exemplo de uma empresa que se reinventou, ou seja, mu-
dou a forma de como seus negócios eram feitos é a Netflix. Ela iniciou
o seu negócio de aluguel de vídeos com mídias físicas (CD/DVD). Com
passar dos anos, a Netflix percebeu a necessidade de inovar para con-
tinuar “viva” no mercado. Dessa forma, ela passou a fornecer streaming
de vídeos por assinatura. Além da inovação na prestação de serviços,
a Netflix também utiliza os dados fornecidos pelos seus usuários para
realizar recomendações a eles sobre filmes, séries, documentários etc.
Esse sistema de recomendação de conteúdo foi impulsionado pela In-

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teligência Artificial (IA).
No decorrer desta unidade, serão descritas principais tecno-
logias que contribuem para a transformação digital, sendo elas: o Bu-
siness Intelligence (BI), Big Data, Inteligência Artificial (IA), Realidade
Virtual e Automação do Marketing. Essas tecnologias contribuem não
só para melhorar a gestão das organizações, mas, para aumentar a
produtividade, os lucros e também aperfeiçoar o relacionamento com
seus clientes.
Além de mudanças nas empresas, a inovação digital também
foi a responsável por promover alterações nas profissões, isto é, atuali-
zações de umas e o surgimento de outras novas, como a de professor
on-line, influenciador digital, gestor de mídias sociais, profissionais de
marketing digital etc.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL &
AUTOMAÇÃO DE MARKETING
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ERA DIGITAL

Atualmente, estamos vivenciando um período marcado pela


alta disseminação de informações, o qual é conhecido como “era di-
gital”. Ela teve a internet como a maior propulsora, pois foi ela quem
permitiu às pessoas obterem acesso rápido e fácil às informações e,
consequentemente, conhecimentos sobre diversos assuntos. Desse
modo, a internet veio para democratizar a publicação e a busca por
informações, pois, agora, todos podem divulgar seus conhecimentos
na rede e torná-los imediatamente disponíveis para qualquer pessoa
do mundo. Outra grande vantagem da internet é a flexibilização que
ela oferece às pessoas, que podem visualizar somente as informações
(conteúdos) que lhes são relevantes. (GARCIA, 2020).
Contudo, a facilidade de acesso às informações tornou os con-
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sumidores mais exigentes, pois eles não aceitam mais produtos padro-
nizados, ou seja, demandam mais personalização por meio do uso de
tecnologias de ponta. Tal fato se deu graças à era digital, que permi-
tiu a esses consumidores conhecerem os produtos de outros estados,
países, enfim, do mundo. Consequentemente, esses consumidores se
tornaram mais exigentes e estão cada vez mais requisitando que as
empresas locais forneçam soluções digitais com mais qualidade e cus-
tomizadas. Logo, a empresas tiveram que se modificar para atender a
essa nova demanda de clientes. A essas empresas dá-se o nome de
incumbentes ou tradicionais (GARCIA, 2020).
As empresas tradicionais, normalmente, pelo fato de já opera-
rem no mercado há bastante tempo, não possuem modelos de negó-
cios adequados para abordar os atuais consumidores. Portanto, existe
a necessidade de que elas se renovem por meio do uso de tecnologias
digitais – com estratégias de transformação digital – para, assim, se
manterem competitivas no mercado.
A transformação digital combina a tecnologia digital com os
negócios, em conjunto com uma abordagem de negócios que é a cen-
trada no cliente (customer-centric) (GARCIA, 2020). Essa abordagem
consiste em colocar o cliente como o centro de todo o planejamento es-
tratégico da empresa, ou seja, todas as ações, processos e decisões da
organização são tomadas de forma a afetar positivamente a experiência
do cliente (consumidor) (MACHADO1, acesso em: 04/02/2021).
Opondo-se às empresas tradicionais, existem as empresas
entrantes (em geral, são representadas pelas startups). Essas empre-

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sas utilizam o máximo possível da tecnologia digital em seus produtos,
serviços e processos operacionais para oferecer produtos/serviços per-
sonalizados e de alta qualidade, pois são o anseio dos consumidores
da era digital. Além disso, é essencial que a empresa adote o modelo
de negócios customer-centric para, dessa forma, entregar uma melhor
experiência ao seu cliente (GARCIA, 2020).

DIGITALIZAÇÃO, DIGITIZAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

Para facilitar a compreensão sobre esse termo – transforma-


ção digital – é fundamental saber a distinção entre os três conceitos
apresentados a seguir (GARCIA, 2020):
• Digitalização: trata-se de uma modificação na forma como
as informações se apresentam, ou seja, as informações analógicas
(físicas) são transformadas em digitais. Por exemplo: considere que a
1 Disponível em: <https://arena.im/blog/o-que-e-customer-centric-aprenda-agora-nesse-
-guia-completo/?lang=pt-br>

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empresa X armazena documentos relativos a seus clientes em pastas
sanfonadas, em que cada divisória representa uma letra do alfabeto.
Quando algum colaborador digita todas as informações desses clientes
em um sistema CRM (Customer Relationship Management), logo, eles
dados deixarão de existir fisicamente (em forma de papel) e passarão
para uma forma digital (GARCIA, 2020).
• Digitização: consiste na alteração da forma como a organi-
zação realiza suas operações, ou seja, modifica os processos operacio-
nais da empresa, transformando-os em digital. Por exemplo: considere
que a empresa Y organiza o seu processo não digital de pagamento a
fornecedores em uma pasta sanfonada em que cada divisória repre-
senta um dia do mês. Dessa forma, o colaborador responsável pelo
financeiro deverá verificar todos os dias essa pasta a fim de saber se
há contas (boletos) a serem pagas nesse dia. Ao localizá-las ele deverá
acessar o internet banking e realizar os pagamentos. Já em um proces-
so totalmente digital, o pagamento aos fornecedores, é automatizado,
então, as contas (boletos) são inseridas em um sistema que avisará
ao colaborador sempre que houver uma conta a ser paga naquele dia.
Dessa forma, torna-se desnecessária a existência da pasta sanfonada
e muito menos a checagem manual e diária que seria feita pelo colabo-
rador (GARCIA, 2020).
• Transformação digital: de acordo com os autores Schallmo
e Williams (2018), esse termo possui diversas definições, não havendo,
assim, uma única definição para transformação digital. Logo, diversas
definições foram propostas por diferentes autores, as quais são apre-
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sentadas no Quadro 1.

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Quadro 1 – Definições do Termo Transformação Digital.
Referência Definição
“Transformação digital (DT) – o uso de tecnologia para
melhorar radicalmente o desempenho ou o alcance
das empresas – está se tornando um tema importante
para empresas em todo o mundo. Executivos de todos
os setores estão usando avanços digitais, como aná-
WESTERMAN et
lise, mobilidade, mídia social e dispositivos integrados
al. (2011)
inteligentes – e melhorando o uso de tecnologias tra-
dicionais, como ERP – para mudar os relacionamen-
tos com os clientes, processos internos e propostas
de valor” (apud SCHALLMO; WILLIAMS, 2018, p.10,
tradução livre2).
“Transformação digital é a evolução digital deliberada
e contínua de uma empresa, modelo de negócio, pro-
MAZZONE (2014) cesso de ideia ou metodologia, tanto estratégica quan-
to taticamente” (apud SCHALLMO; WILLIAMS, 2018,
p.10, tradução livre3).
“A transformação digital descreve a transformação
fundamental de todo o mundo dos negócios por meio
do estabelecimento de novas tecnologias baseadas
PwC (2013)

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na internet com um impacto fundamental na sociedade
como um todo” (apud SCHALLMO; WILLIAMS, 2018,
p.10, tradução livre4).

2 “Digital Transformation (DT) — the use of technology to radically improve the perfor-
mance or reach of enterprises—is becoming a hot topic for companies across the globe. Executives
in all industries are using digital advances such as analytics, mobility, social media, and smart
embedded devices—and improving their use of traditional technologies such as ERP - to change
customer relationships, internal processes, and value propositions”.
3 “Digital Transformation is the deliberate and ongoing digital Evolution of a company,
business model, idea process, or methodology, both strategically and tactically”.
4 “Digital transformation describes the fundamental transformation of the entire business
world through the establishment of new technologies based on the internet with a fundamental
impact on society as a whole”.

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“É o processo em que empresas usam tecnologias
digitais para solucionar problemas tradicionais, como
quedas no desempenho, produtividade, agilidade e
RABELO (2020,
eficácia”, ou seja, trata-se de um processo no qual as
s/p.)
organizações passam a utilizar tecnologias que as aju-
darão a melhorar o desempenho e assegurar melho-
res resultados.
“A transformação digital modifica a forma como a em-
presa entrega valor aos consumidores. Através das
GARCIA (2020, p. tecnologias digitais, ela consegue aprimorar seus pro-
158) dutos e processos, criando um modelo de negócios
mais eficiente para atender às exigências dos clientes
da era digital”.

Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

De acordo com Garcia (2020), a transformação digital obriga as


organizações adotarem uma abordagem de negócios customer-centric,
pois são esses atuais consumidores que solicitam cada vez mais produ-
tos tecnologicamente avançados. Dessa forma, as empresas devem-se
manter atualizadas em relação aos avanços tecnológicos para que os
seus produtos/serviços e processos sejam melhorados de acordo com
a mais avançada tecnologia disponível no momento.
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No entanto, não é apenas a adoção de estratégias centradas


no cliente e o uso de tecnologias, que faz a transformação digital acon-
tecer. A empresa deve passar por uma mudança brusca, como a mi-
gração dos processos manuais para os processos digitais, que deve
ocorrer primeiramente nos departamentos tradicionalmente centrais:
administrativos, comercial, financeiro e de recursos humanos. Os pro-
cessos digitais são automatizados e, consequentemente, tornam-se
mais eficientes. Além disso, o uso das tecnologias digitais, proporciona
um ambiente de trabalho mais colaborativo, entusiasmante e inovador.
Geralmente, esse novo ambiente produz processos e produtos revolu-
cionários, e permite ampliações na produtividade (GARCIA, 2020).
Pelas informações apresentadas anteriormente, percebe-se
que o processo de transformação digital não é tão simples, pois em
um primeiro momento, pode-se induzir ao pensamento errôneo de que,
uma organização, que cria uma fanpage ou então um blog corporativo
já está investindo em transformação digital. No entanto, o processo é
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bem mais complexo que parece, pois deverá haver uma mudança estru-
tural nas empresas, que para tal, a tecnologia terá um papel estratégico
central. Portanto, consumirá muito tempo e recursos. No entanto, a boa
notícia é, que esse processo pode ser implantado por qualquer organi-
zação e independente do seu tamanho. Já que a transformação digital
não se resume a quem tem mais dinheiro para investir; e sim representa
um desafio para a gestão da empresa que para a tecnologia (RABELO,
2020).
A Figura 1, apresentada a seguir, ilustra bem a dependência
entre digitização, digitalização e transformação digital. Conforme obser-
va-se, a digitização muda os processos que dependem da digitalização,
que modifica as informações, pois só é possível tornar os processos di-
gitais se todas as informações também forem digitais. Da mesma forma,
a transformação digital, que é a responsável por alterar a experiência
de uso dos consumidores, por sua vez, depende da digitização e da
digitalização (GARCIA, 2020).

Figura 1 – Relação de Dependência entre Transformação Digital, Digitização


e Digitalização.

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Fonte: Adaptação de Garcia, 2020.

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Assunto: O que é Customer-centric?
Link do assunto: https://blog.deskmanager.com.br/customer-
-centric/ e também no link: https://www.zendesk.com.br/blog/customer-
-centric/
Vídeo sobre o assunto: O que é Transformação Digital?
Este vídeo oferece uma explicação bem clara sobre o que é o
processo de transformação digital nas empresas.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=YseVMhprKMQ

Pilares e Etapas da Transformação Digital


De acordo com a FIA5 (2018), os pilares da transformação di-
gital são:
• Foco no consumidor – como hoje em dia é bem mais fá-
cil compreender os desejos e as preferências dos consumidores, é
essencial que a empresa utilize essas informações para todo o trabalho
dela.
• Feedbacks constantes – atualmente, é bem mais simples
para a empresa obter feedbacks sobre seus produtos/serviços e corrigir
as falhas para que ele possa ser melhorado.
• Entregas mais ágeis – os processos de produção, lança-
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mento, feedbacks e correção devem ocorrer o mais breve possível e


com a máxima eficiência.
• Adaptação as mudanças – pelo fato dos contextos altera-
rem-se rapidamente, as entregas dos produtos da empresa precisam
ser ágeis. Por esse motivo, ela precisa ter resiliência e também capaci-
dade de flexibilizar seus processos.
Além desses quatro pilares, há também algumas etapas que
viabilizam o processo de transformação digital, que são (HPE6, acesso
em: 08/02/2021):
• Criar um plano que funcione para os negócios – o primei-
ro passo é a criação de um plano para que a empresa saiba o quanto
ela quer evoluir e quais tecnologias ela deverá adotar para implantar a
transformação digital.
• Proporcionar aos colaboradores a chance de usar e do-
minar tecnologias emergentes – esse segundo passo é um pouco
5 Fundação Instituto de Administração.
6 Disponível em: <https://www.hpe.com/br/pt/what-is/digital-transformation.html>

18
mais complexo, pois nos modelos de negócios tradicionais bastava que
os colaboradores aprendessem a usar determinados sistemas e conti-
nuassem a usá-los por muitos anos. Já no processo de transformação
digital, é necessário que os colaboradores concordem que os processos
utilizados para executar suas tarefas passem por mudanças (adoção de
novas tecnologias) para tornar o trabalho mais eficiente.
• Desistir das tecnologias legadas – geralmente, as organi-
zações têm um gasto alto para manter tecnologias antigas, mesmo elas
não ofertando a experiência digital exigida pelo mercado. Tal fato ocor-
re, pois, a atualização de tecnologias legadas pode ser muito complica-
da e cara. Além disso, depender dessas tecnologias afeta a empresa
como um todo porquê consome recursos que poderiam ser aplicados
em tecnologias mais fáceis de serem utilizadas e, além do mais, ofere-
cer uma melhor experiência ao cliente e/ou administrar para analisar os
dados mais rapidamente.

A Importância da Transformação Digital


Segundo a FIA (2018, s/p.), a “transformação digital é impor-
tante porque torna a empresa mais inovadora, ágil, resiliente e flexível
para encarar as dificuldades do mundo VUCA7”. Além disso, de acordo
com Garcia (2020, p. 239), a McKinsey & Company8, que é uma em-
presa de consultoria de gestão, realizou algumas análises qualitativas
para avaliar a importância da transformação digital. Por essas análises,
concluiu-se que “as empresas que utilizam estratégias customer-centric
possuem clientes que consomem mais e que desenvolvem mais fideli-

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dade aos seus produtos”.
Além da pesquisa apresentada pela McKinsey, existem outras
que reforçam a importância da transformação digital nas organizações,
que são (SITEWARE, 2020):
• A pesquisa da Sirus Decison relata que 67% das compras
ocorrem em ambiente virtual;
• Já a pesquisa do Economist Intelligent Unit descreve que
69% das pequenas e médias empresas no Brasil acreditam que o uso
da tecnologia tornará o seu negócio mais eficiente;
• O estudo feito pela Gartner Research aponta que 74% das
organizações observaram uma melhoria significativa na experiência do
7 Mundo VUCA trata-se de um acrônimo das palavras em inglês: Volatility (Volatividade),
Uncertainty (Incerteza), Complexity (Complexidade) e Ambiguity (Ambiguidade). O mundo VUCA
traz as características do mundo atual, podendo ser interpretado como dificuldades para as orga-
nizações ou mesmo como novas oportunidades.
8 Disponível em: <https://www.mckinsey.com/br/careers/impact-experience/sobre-a-m-
ckinsey>.

19
cliente após a adoção da transformação digital, pois houve um aumento
de 40% na satisfação dos clientes e de 38% na retenção deles. Além
disso, nesse estudo também foi observado que a produtividade dos co-
laboradores aumentou em 39%, consequentemente, elevou a receita da
empresa em 37%. Em torno de 69% das empresas consultadas creem
ter aperfeiçoado a sua diferenciação competitiva após implantar a trans-
formação digital.

Assunto: Mundo VUCA


Link do assunto: https://www.ieepeducacao.com.br/mundo-
-vuca/ e também no link: https://hsmuniversity.com.br/blog/mundo-vuca/

Principais Tecnologias da Transformação Digital


Para se adequar às cobranças impostas pela transformação
digital, é fundamental que as empresas conheçam as tecnologias que
permitem a criação de novos modelos de negócios e que vêm sendo
usadas na transformação digital (ANDRADE, 2020). São elas:
I. Big Data trata-se de uma área que contém um conjunto de
técnicas de como tratar, analisar e obter informações a partir de grandes
quantidades de dados para que gerem resultados relevantes (SACO-
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MANO et al, 2018). A Figura 2, a seguir, ilustra os cinco Vs que com-


põem o Big Data, os quais serão detalhados na Seção 2.2.1.

Figura 2 – Os cinco Vs do Big Data.

Fonte: Neoway9, acesso em: 09/02/2021.


9 Disponível em: <https://blog.neoway.com.br/o-que-e-big-data/>

20
II. Business Intelligence (BI) ou Inteligência de Negócio con-
siste no processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e
monitoramento de informações que oferecem suporte à gestão de ne-
gócios. O objetivo do BI é transformar os dados disponibilizados por
determinada empresa em inteligência para a tomada de decisão. Para
as empresas atingirem bons níveis de maturidade com o BI, elas devem
ter uma cultura voltada para o Data-driven10, isto é, as decisões devem
ser tomadas com base na inteligência obtida na análise dos dados, que
devem estar sempre disponíveis e atualizados para os gestores. A Figu-
ra 3 ilustra um dashboard, que é um painel visual sobre um determinado
conjunto de informações. Este recurso é usado para auxiliar a tomada
de decisão dos gestores da empresa.

Figura 3 – Exemplo de um Dashboard para Análise de Compras.

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Fonte: Microsoft11, acesso em: 09/02/2021.

III. Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) consiste em


objetos físicos capazes de transmitir dados através da internet, con-
forme exemplifica a Figura 4. Por exemplo, considere um sensor de
temperatura de um forno industrial que transmite o valor da temperatura
10 Data-driven significa direcionado por dados, isto é, as ações são baseadas em dados e
informações para gerarem uma base sólida dos resultados e, assim, os gestores tomam decisões
baseando-se nelas ao invés de suposições.
11 Disponível em: <https://docs.microsoft.com/pt-br/power-bi/create-reports/sample-procu-
rement>

21
pela internet para uma central, que poderia ser acessada remotamente
pela internet.

Figura 4 – Objetos conectados simbolizando a Internet das Coisas.

Fonte: Pixabay12, 2021.

• Computação em Nuvem (Cloud Computing): recebe esse


nome por seus dados e aplicações estarem armazenados em servido-
res que estão em localidades distintas, podendo até estar em diferentes
países. A computação em nuvem recebeu esse nome, pois, frequente-
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mente, é representada por uma nuvem, como exemplifica a Figura 5.


A computação em nuvem permite que dados/informações possam ser
acessados de forma fácil e de qualquer parte em que existe acesso à in-
ternet. Devido aos benefícios proporcionados por essa tecnologia, está
se tornando cada vez mais comum o uso de softwares na nuvem, como
o Google Drive, OneDrive, iCloud e Dropbox.

12 Disponível em: <https://pixabay.com/pt/illustrations/internet-das-coisas-iot-re-


de-3671222/>

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Figura 5 – Computadores conectados a computação em nuvem.

Fonte: Pixabay13, 2021.

Vídeo sobre o Assunto: O que é computação em nuvem?

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O vídeo apresenta uma explicação de porque a computação
em nuvem se tornou uma tendência.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=9b04CQozjdw

• Realidade Virtual: é definida como um conjunto de hardwa-


res, como óculos e luvas sensíveis a movimentos, que permitem dar a
sensação de uma realidade que não existe no local (SACOMANO et al,
2018) – uma realidade virtual – conforme exemplifica a Figura 6. Como
exemplo de utilização de realidade virtual, pode-se citar: os jogos, simu-
lação e treino de pilotos de avião, projetos de arquitetura e urbanismo,
treinamento de militares; na medicina, treinamento cirúrgico e tratamen-
to de transtornos e fobias, dentre outros.

13 Disponível em: <https://pixabay.com/pt/vectors/computa%C3%A7%C3%A3o-em-nu-


vem-nuvem-1989339/>

23
Vídeo sobre o Assunto: Benefícios da Realidade Virtual no
Setor da Saúde.
O vídeo demonstra o treinamento por meio da realidade virtual
de médicos para a realização de cirurgias.
Link do Vídeo: https://youtu.be/bqra7wslwCM

Figura 6 – Óculos de realidade virtual que dá a sensação de imersão visual e


auditiva em um jogo.
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Fonte: VirZOOM14, 2016.

I. Realidade Aumentada: é também denominada de realidade


ampliada. Ela possibilita a interação entre ambientes virtuais e o mundo
físico. Cintra cita um exemplo dessa tecnologia que foi criada por um
laboratório de exames do Brasil. Através do uso de óculos de realidade
aumentada para que crianças, durante a vacinação, sejam imergidas
em um vídeo animado de uma história interativa que transforma a crian-
ça em um super-herói. Um outro exemplo é do jogo Pokémon Go que
viralizou em 2016. A Figura 7 exemplifica uma tela desse jogo.

14 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4HPSgQKLCUs&feature=youtu.be>

24
Figura 7 – Tela do jogo Pokémon Go que combina a geolocalização com a
realidade aumentada.

Fonte: Agrela, 2016.

II. Inteligência Artificial: tem por objetivo utilizar dispositivos


ou métodos computacionais que procedam similarmente à capacidade
de raciocínio de seres humanos. Dessa forma, além de ser empregada

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


para controlar o processo de produção, também poderá ser utilizada
para oferecer sugestões às distintas necessidades de tomada de deci-
sões (SACOMANO et al, 2018).

Vídeo sobre o assunto: O que é Inteligência Artificial (IA)?


O vídeo define e apresenta, resumidamente, conceitos relacio-
nados a IA.
Link do Vídeo: https://youtu.be/bqra7wslwCM

25
Figura 8 - O robô, Pepper, desenvolvido pela Softbank Robotics com a capa-
cidade de compreender as emoções humanas.

Fonte: Gomes, 2016.

III. Aprendizado de Máquina (Machine Learning): é atual-


mente bastante usado em chatbots, que são robôs que substituem a
ação humana para realizar atendimentos às pessoas (clientes), ou seja,
automatizam as repostas ao usuário de forma que as pessoas pensem
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

que estão conversando com outra pessoa, e não com um software (AN-
DRADE, 2020).

26
Figura 9 – Exemplificação de um atendimento realizado por chatbots.

Fonte: Renault, 2018.

IV. Automação em Marketing: é uma abordagem utilizada


para facilitar o trabalho da equipe de marketing, pois otimiza os pro-
cessos diários na análise de dados e personaliza os atendimentos e
serviços prestados aos clientes (RABELO, 2020).

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Assunto: Aplicação da Inteligência Artificial nas Indústrias


Link do assunto: https://blog.gs1br.org/inteligencia-artificial-
-nas-industrias/

COMO A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL PODE AFETAR SUA CARREI-


RA?

Conforme mencionado anteriormente, a transformação digi-


tal trata-se de um processo de implantação de tecnologias dentro das
organizações, que serve para otimizar os processos, aumentar a pro-
dutividade e, consequentemente, os lucros e também para entregar o
27
melhor produto/serviço aos seus clientes. É por isso que, para uma or-
ganização realmente vivenciar a transformação digital, faz-se necessá-
rio alterar toda a sua cultura, incorporando novas formas de pensar e
agir. No entanto, a transformação digital trouxe medo aos profissionais,
pois estes receiam serem substituídos, ou seja, perderem o seu espaço
no mercado de trabalho.
De acordo com Cortizo (2018, s/p.): “não dá mais para enxer-
gar os recursos tecnológicos como um bicho de sete cabeças ou como
uma ameaça ao seu trabalho”. Os avanços tecnológicos precisam ser
vistos como aliados, isto é, como um meio de ajudar os profissionais a
desempenharem suas funções de forma mais assertiva e produtiva.
É importante que o profissional tenha a consciência de que, por
mais que pense que a sua profissão esteja distante da transformação
digital, alguma coisa está mudando ou já mudou! Sendo assim, em al-
gum momento, é certo que haverá a necessidade de se adaptar se não
quiser se tornar um profissional obsoleto. Basta observar o mundo, to-
dos os negócios estão mudando, independentemente do ramo. É cada
vez mais crescente a utilização de automatização dos processos, digi-
talização dos documentos e conhecimentos, dentre outros. Um modelo
de negócios que cresceu bastante nos últimos anos, principalmente du-
rante a restrição de circulação provocada pela pandemia do Covid-19,
são os negócios on-line. Assim como a transformação digital provoca
mudanças nos negócios, também ocorrem mudanças nas profissões e
até a extinção de algumas, como a do datilógrafo. No entanto, a trans-
formação digital é igualmente responsável pelo surgimento de novas
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

profissões, as quais serão detalhadas na Seção 1.3.1.

Carreiras Digitais
Como já comentado, a transformação digital mudou a forma
como as organizações eram geridas e também houve uma extinção de
algumas profissões, como as de telefonista, telegrafista, vendedor de
enciclopédias. Mas, por outro lado, houve o surgimento de novas car-
reiras, como a de influenciador digital, profissional de marketing on-line,
gestor de mídias sociais, desenvolvedor de software, dentre outras.
O surgimento de novas carreiras induz, erroneamente, ao pen-
samento que o processo de digitalização do trabalho veio para extinguir
a mão de obra dos profissionais. Mas, não é verdade! Ela veio, sim,
para mudar as exigências de um mercado que está cada vez mais tec-
nológico e competitivo. Como já se observa, conhecimentos e habilida-
des em determinadas tecnologias já deixaram de ser diferenciais e se
tornaram aptidões obrigatórias.
28
De acordo com LEANDRO (2020, s/p.), para escolher uma car-
reira digital, deve-se fazer as seguintes perguntas:
1. “O que eu sou bom em fazer”?
2. “O que o mundo precisa”?
3. “O que eu gosto”?
4. “O que as pessoas pagariam para eu fazer”?

Após responder essas questões, será possível identificar qual


área poderá seguir e, consequentemente, haverá mais chances de su-
cesso. O próximo passo é estudar muito para melhorar as habilidades e
competências por meio de cursos e/ou graduações. É muito importante
conseguir acompanhar todas as mudanças, manter-se atualizado e
saber aplicar o conhecimento no quotidiano para, assim, se destacar
na área em que está atuando. Além disso, é também importante que o
profissional se disponha a mudar e a otimizar os processos existentes
na organização em que trabalha de forma a obter melhores resultados.

Assunto: Carreiras Digitais


Links do assunto: https://canaltech.com.br/carreira/carreiras-
-digitais-minha-profissao-vai-morrer/;

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https://www.jornalcontabil.com.br/carreiras-digitais-minha-pro-
fissao-vai-morrer-2/ ;
https://www.infomoney.com.br/carreira/estas-10-profissoes-de-
vem-desaparecer-como-nao-perder-a-vaga-para-um-robo/ e
também no link: https://folhadirigida.com.br/blog/carreiras-digi-
tais-preparar/

Carreiras Digitais mais promissoras


Segundo LEANDRO (2020, s/p.), o CEO da Gama Academy,
Guilherme Junqueira, afirmou que as carreiras digitais que devem se
destacar nos próximos anos são as que estão associadas aos seguintes
setores: vendas; marketing digital; programação e design UX/UI. Tais
mudanças não se dão apenas pelo avanço da tecnologia; a mudança de
comportamento das gerações atuais também contribui para que deter-
minadas áreas, especialmente as que envolvem meios digitais, tenham
29
mais destaques no mercado. De acordo com Digital House15 (Acesso
em: 25/02/2021), as profissões do futuro tendem a ser:
• Professores on-line: atualmente, o uso de tecnologias digi-
tais na educação é uma realidade necessária, principalmente no perío-
do da pandemia. Portanto, é preciso se capacitar e se adaptar às novas
tendências desse mercado.
• Desenvolvedores de softwares: são profissionais respon-
sáveis por criar, analisar e realizar manutenção em softwares. A pers-
pectiva é que, com o avançar da tecnologia, os sistemas estejam cada
vez mais presentes no mercado de trabalho.
• Analista de Big Data: nos dias de hoje, é a profissão que
está no ranking das carreiras mais promissoras. Pois, atualmente, as
pessoas consomem muitos dados oriundos da internet (principalmente
de mídias sociais) e a função desse profissional é analisar e compreen-
der essas informações para ajudar os gestores das empresas a toma-
rem decisões mais rápidas e certeiras.
• Social Media: é o profissional responsável por administrar
as redes sociais das empresas, tendo em vista que hoje em dia é uma
necessidade para qualquer organização que almeja se consolidar no
mercado.
• Experiência do Cliente: trata-se do profissional que tem
como objetivo garantir que a relação entre a empresa e os seus clientes
seja a melhor possível.
• UX Design: assim como há um profissional para garantir um
bom relacionamento entre consumidores e empresas, também há o
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

profissional que visa assegurar que o site e/ou aplicativo da empresa


possui um design agradável que atenda todas as expectativas e neces-
sidades do cliente (usuário).
• Profissionais de Marketing Digital: a popularização da in-
ternet e das mídias sociais fez com que as empresas passassem a ne-
cessitar de uma assessoria na área de marketing digital para criarem
anúncios publicitários no Google, Facebook, dentre outros para os mais
diversos fins, como venda de produtos/serviços, download de algum
aplicativo etc.
• Segurança da Informação: essa profissão surgiu e vem se
tornando cada vez mais necessária devido ao avanço da transformação
digital, pois, com mais pessoas usando sistemas, principalmente, os
sistemas que são on-line (internet banking, e-commerce, etc.) fez-se
necessária a criação de soluções para prevenir ataques de hackers, de
malware, identificar vulnerabilidades, dentre outros.

15 Disponível em: <https://www.digitalhouse.com/br/blog/profissoes-do-futuro>

30
Além dessas profissões, há uma que gera dúvidas: pode ou
não ser considerada uma profissão a de influenciadores digitais (digi-
tal influencer)? De acordo com Mazzuchello (2020, s/p.): “Sim, digital
influencer é profissão, nos Estado Unidos já é regulamentada”. Já no
Brasil, existem projetos para regulamentar essa profissão, mas, até o
presente momento, não foram aprovados. Por isso, é recomendado que
seja feito um contrato de prestação de serviços ou de parceria de divul-
gação, participação em eventos/fotos, em que estejam descritas ques-
tões relacionadas ao uso de imagem, nome, voz, dentre outros pontos
(CALDART, 2019).
Os influenciadores são pessoas que atuam em diversas plata-
formas distintas, como Instagram, Facebook, YouTube, dentre outras.
Como o próprio nome diz, o objetivo desses profissionais é influenciar
outras pessoas para comprar determinados produtos ou serviços, ou
então transmitir sobre o que pensa, o que faz no dia a dia, refletir sobre
determinados assuntos.
Atualmente, esses profissionais possuem um papel importante
na sociedade, pois, conforme as pessoas começam a “ganhar” confian-
ça em um determinado influenciador digital, a tendência é que essas
pessoas comecem a se interessar pelos produtos e/ou serviços que são
supostamente utilizados pelo(s) influenciador(es) digital(is).

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Assunto: Profissões do Futuro
Link do assunto: https://www.estagiotrainee.com/profissoes-
-futuro

31
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Sertãozinho-SP Pro-
va: Auxiliar Legislativo - Informática Nível: Médio.
Leia o texto para responder à questão.
Pesquisa exclusiva mostra que brasileiros superestimam suas ca-
pacidades digitais. Os brasileiros estão otimistas com o impacto
da transformação digital em suas carreiras, mas superestimam as
suas capacidades digitais, que serão chave no mercado de traba-
lho nos próximos anos. A constatação está em pesquisa realizada
por Tera, Scoop&Co e Época Negócios, apoiada por Love Mon-
days. O estudo mostra que mais de 80% dos brasileiros se dizem
empolgados com a chegada das novas tecnologias no trabalho e
87% estão confiantes de que vão se adaptar à nova realidade.
Essa percepção positiva da maioria, contudo, não condiz com a
realidade do mercado. Quando apresentados a uma lista de habili-
dades mais demandadas, 42% afirmaram não conhecer as 14 com-
petências digitais desejadas por empregadores, de acordo com
lista do LinkedIn para 2018. “A lista traz funções não exigidas nas
empresas há cinco anos. Esse cenário descrito pela pesquisa é um
retrato de que a renovação das competências aconteceu rápido de-
mais. As pessoas não viram isso acontecer”, diz Leandro Herrera,
fundador da Tera.
(Barbara Bigarelli. Época Negócios. 14.11.2018. https://epocanego-
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

cios.globo.com. Adaptado).
Assinale a alternativa em que, vistos no contexto, os enunciados
separados por barra estão relacionados pela ideia de causa e con-
sequência, nessa ordem.
a) Os brasileiros estão otimistas com o impacto da transformação digital
em suas carreiras, / mas superestimam as suas capacidades digitais…
(1º parágrafo).
b) … mais de 80% dos brasileiros se dizem empolgados com a chegada
das novas tecnologias no trabalho / e 87% estão confiantes de que vão
se adaptar à nova realidade. (1º parágrafo).
c) Quando apresentados a uma lista de habilidades mais demandadas,
/ 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais desejadas
por empregadores… (2º parágrafo).
d) … 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais dese-
jadas por empregadores, de acordo com lista do LinkedIn para 2018.
/ “A lista traz funções não exigidas nas empresas há cinco anos. (2º
parágrafo).
32
e) … a renovação das competências aconteceu rápido demais. / As
pessoas não viram isso acontecer… (2º parágrafo).

QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: CAU-MT Prova: Assistente Admi-
nistrativo Nível: Médio.
A computação em nuvem é uma área recente da computação e tra-
balha com a transferência de informação e o acesso de arquivos a
distância. Acerca da computação em nuvem, assinale a alternativa
correta.
a) A computação em nuvem permite que a preocupação com segurança
deixe de existir.
b) Existem empresas especializadas em disponibilizar serviços em nuvem.
c) A computação em nuvem permite o armazenamento de dados com
capacidade infinita, sem alterar o valor cobrado pelo serviço.
d) A qualidade de serviços de computação em nuvem não depende da
qualidade da conexão.
e) Não existem softwares para serem instalados localmente, tendo em
vista que a computação em nuvem visa à descentralização geográfica.

QUESTÃO 3
Ano: 2019 Banca: CPCON Órgão: Prefeitura de Solânea-PB Prova:
Professor-Português Nível: Difícil.
A “Era da informação” refere-se ao período no qual a informação
tornou-se moeda corrente e valiosa no mundo [...]. Após a inter-

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net e as novas tecnologias digitais, a “Era da Informação” tem se
transformado, pois, o valor atribuído à informação tem passado,
gradativamente para a interface [...]. Por isso, talvez a forma mais
apropriada de referirmo-nos à era atual seja como “Era da Inter-
face” ou “Era Digital”. (GABRIEL, Martha. Educ@r a (r)evolução
digital na educação. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 109).
Em razão do exposto, analise as proposições:
I. O professor da “Era Digital” deve atuar como uma porta que,
apesar de estar fixa e limitada no mesmo lugar, abre-se aos alunos
para que a atravessem e atinjam o mundo sem limitações.
II. O papel do professor deve ser focado em informação com o ob-
jetivo de esgotar os conteúdos, funcionando como uma janela pré-
-programada pela qual os alunos veem o mundo.
III. A tecnologia, hoje, permite e favorece a colaboração, consubs-
tanciando oportunidades de melhores resultados para um traba-
lho pedagógico que está se modificando e requer novos modos de
atuação.
33
É VERDADE o que se afirma apenas em:
a) III apenas.
b) II e III.
c) I apenas.
d) II apenas.
e) I e III.

QUESTÃO 4
Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Betim -
MG Prova: Técnico de Biblioteca Nível: Médio.
Na Era Digital, os meios tecnológicos podem ser utilizados para
fins incalculáveis, atingindo os índices máximos de desenvolvi-
mento em menores períodos de tempo. Quanto mais se investir em
meios ágeis de informação, melhores serão os resultados obtidos,
por isso a era da informatização foi uma alavanca de evolução.
Para os profissionais da informação que selecionam, organizam,
recuperam e disseminam a informação, as mudanças vieram como:
a) habilidade na conservação física dos documentos.
b) técnica de catalogação de livros.
c) referências bibliográficas.
d) capacidade de interagir em redes de computadores.
e) desenvolvimento da montagem de hardwares.

QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: BRB Prova: Escriturário Nível: Médio.
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Acerca da Internet das Coisas, assinale a alternativa correta.


a) Internet das Coisas é uma forma mais econômica de acesso à inter-
net, a qual permite que dispositivos como geladeiras ofereçam internet
a celulares e computadores de usuários, dispensando a necessidade de
aquisição de roteadores ADSL à parte.
b) Como exemplo de Internet das Coisas, é correto citar um dispositivo
que mede a temperatura ambiente interna de um escritório e envia essa
informação pela internet.
c) Um exemplo de Internet das Coisas é o bitcoin, que é uma moeda
virtual e iniciou a era da Internet das Moedas, com bancos virtuais sem
agências.
d) A Internet das Coisas opera separadamente da Internet das Pessoas
e, por isso, não é possível enviar os dados coletados por dispositivos
conectados à Internet das Coisas para a nuvem.
e) A Internet das Coisas tem grande aplicação em ambientes domésti-
cos e escritórios, mas pouca em ambientes industriais.

34
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Alguns anos atrás, já eram discutidas as possíveis mudanças que o


avanço da tecnologia causaria na gestão das empresas e em algumas
profissões; isso já se tornou realidade! Houve o aparecimento de novas
carreiras como a de influenciador digital, profissional de marketing on-li-
ne, gestor de mídias sociais, desenvolvedor de software, dentre outras.
Com o surgimento de novas carreiras, pode-se induzir ao pensamento
errôneo, que o processo de digitalização do trabalho veio para extinguir
profissões. Mas, não é verdade! Ele veio para mudar as exigências de
um mercado, que está cada vez mais tecnológico e competitivo.
Sobre o enunciado acima, discorra sobre como se preparar profissional-
mente para lidar com os efeitos da transformação digital nas profissões?

TREINO INÉDITO

Com relação à transformação digital, assinale a alternativa correta.


a) A transformação digital combina a tecnologia digital com os negócios,
em conjunto com a abordagem de negócios denominada de customer-
-centric.
b) A transformação digital refere-se a todas as ações, processos e deci-
sões da organização que são tomados de forma a afetar positivamente
a experiência do cliente.
c) As empresas tradicionais utilizam o máximo possível da tecnologia
digital em seus produtos, serviços e processos operacionais para ofe-

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recer produtos/serviços personalizados e de alta qualidade, pois são o
anseio dos consumidores da era digital.
d) Digitização trata-se de uma modificação na forma como as informa-
ções se apresentam, ou seja, as informações analógicas (físicas) são
transformadas em digitais.
e) Digitalização consiste na alteração da forma pela qual a organização
realiza suas operações, ou seja, modifica os processos operacionais da
empresa, transformando-os em digitais.

NA MÍDIA

Transformação digital é ‘prioridade máxima’ para 23% das empresas

Uma pesquisa realizada por CESAR, um dos maiores centros de ino-


vação do país, apontou que a pandemia do novo Coronavírus mudou
drasticamente a forma de trabalhar. De acordo com a pesquisa de CE-
SAR, 23% das organizações pontuam que a transformação digital se
35
tornou uma prioridade no planejamento estratégico, independente do
porte de seus negócios, o que representa um aumento de 7,3% em
relação ao ano de 2019.
Após quase um ano de isolamento social provocado pela pandemia,
CESAR avaliou a maturidade digital das organizações, ou seja, inves-
tigou – por meio de uma pesquisa denominada de Índice CESAR de
Transformação Digital (ICTd) – os efeitos da pandemia em oito aspec-
tos: Cultura & Pessoas, Consumidores, Concorrentes, Inovação, Pro-
cessos, Modelo de Negócios, Dados & Ambiente Regulatório e Tec-
nologias Habilitadoras. Essa pesquisa avaliou 418 organizações dos
mais diversos setores, como os de serviços, consultoria, financeiro e
tecnologia. Por essa pesquisa foi observado que 50% dos participan-
tes asseguraram que sua empresa foi impactada pela pandemia e que
precisaram reinventá-la para sobreviver. No entanto, a aceleração do
processo de transformação digital foi propensa para cerca de 73% dos
participantes investirem em inovação.

Fonte: Exame
Data: 04 de fevereiro de 2021.
Leia a notícia na íntegra: https://exame.com/inovacao/transformacao-
-digital-e-prioridade-maxima-para-23-das-empresas/

NA PRÁTICA

Um grande exemplo de transformação digital no Brasil é o da varejista


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Magazine Luiza, que passou a utilizar a estratégia omnichannel. Essa


estratégia consiste em convergir ações realizadas por uma organização
em todos os seus canais, que podem ser: loja física, loja virtual, redes
sociais, blog, chat, telefone, aplicativo. Dessa forma, o cliente consegue
acessar a empresa tanto on-line quanto off-line, permitindo a livre esco-
lha de compra do cliente.
A Magazine Luiza, após adotar o omnichannel, teve um aumento de
241% em suas vendas através dos canais digitais e 51% nas lojas fí-
sicas nos anos de 2015 a 2018. Certamente, o investimento em tec-
nologias foi o grande propulsor desse crescimento, pois permitiu a oti-
mização da experiência de compra dos clientes e, consequentemente,
impulsionou as vendas no e-commerce. Além disso, houve uma integra-
ção de todos os setores da loja o que propiciou um atendimento mais
eficiente e coeso.
Um outro exemplo de transformação digital é o adotado pela empre-
sa Taco Bell, uma cadeia de fast-food norte americana. Essa empresa
adotou a estratégia de geomarketing, que se baseia na geolocalização
36
para otimizar a experiência dos seus consumidores. Por meio dessa
tecnologia é possível os clientes retirarem seus pedidos ao entrarem na
loja. O funcionamento se dá da seguinte forma: os clientes do Taco Bell
realizam o pedido pelo aplicativo da empresa e, com base na geolocali-
zação do cliente, é informado à cozinha o momento em que ele está se
aproximando do fast-food. Dessa forma, o cliente pega o pedido assim
que entra na loja e sem ter que esperar por isso.

Fonte: MAPLINK. 2020. Exemplos de Transformação Digital: sua


empresa está pronta? Disponível em: <https://maplink.global/blog/
exemplos-transformacao-digital/>. Acesso em: 22/02/2021.

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

37
BUSINESS INTELLIGENCE & BIG DATA:
SEUS IMPACTOS NAS ORGANIZAÇÕES
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

O QUE É BUSINESS INTELLIGENCE (BI)?

Business Intelligence (BI) significa inteligência de negócios ou


inteligência empresarial. O BI consiste em um conceito concebido em
meados de 1989 pelo Gartner Group, que é um Instituto de Pesquisa e
Análise do Setor de Tecnologia da Informação. De acordo com Garcia
(2020, s/p.), BI trata-se de um “processo que envolve o uso de tecnolo-
gias para coletar, armazenar, analisar e compartilhar informações que
serão bases para a gestão de um negócio”. Já Saraiva (2018, p. 135),
define BI como “um conjunto de soluções que envolvem aplicações,
banco de dados, metodologias, arquiteturas e ferramentas que permi-
tem a transformação de dados brutos em informações gerenciais”. Em
suma, é uma ferramenta que serve para tomada de decisões a partir
de dados históricos e atuais sobre o movimento e o desempenho das
38
organizações.
É importante ressaltar que, na teoria, o BI é voltado para os da-
dos produzidos dentro da empresa, estruturados em tabelas de banco
de dados relacionais do seu sistema Integrado de Gestão Empresarial
(Enterprise Resource Planning - ERP)16 ou outros sistemas específicos
(MACHADO, 2018). A finalidade do BI é converter o volume de dados
em informações importantes para o negócio, que são obtidas por meio
de relatórios analíticos. Resumindo, o objetivo é sempre extrair a “inteli-
gência” dos dados; quanto maior o volume, menor é a capacidade ana-
lítica sobre uma massa de dados, conforme pode ser observado na Fi-
gura 10. (GARCIA, M., 2020). Por exemplo, o BI permite tomar decisões
com base em estatísticas adquiridas a partir de dados históricos, como:
1. Quantas reclamações de clientes tem-se por semana?
2. Qual a frequência e quantidade de produtos que são devol-
vidos por causa de defeitos?
3. Quantos clientes existem em determinado estado/cidade?

Os Sistemas SIG17 e o EIS18 proporcionaram base ao BI, pois


eles apresentam relatórios dinâmicos, prognósticos e previsões, aná-
lises de tendências, dentre outros. Atualmente, as ferramentas de BI
utilizam a inteligência artificial (IA) para a realização de análises. Es-
sas ferramentas oferecem vários benefícios às empresas, dentre eles:
a geração de relatórios mais ágeis e precisos; melhorias para a tomada
de decisões, das estratégias e dos planos; eficiência nos processos;
economia de custos etc.

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Esses benefícios oferecidos às organizações facilitam a vida
dos gestores no planejamento e a tomada de decisão. É por isso que
muitos gestores não hesitam em implantar o BI, apesar do alto custo de
investimento (SARAIVA, 2018).

16 Sistemas ERPs são softwares capazes de controlar todas as informações de uma em-
presa, integrando dados, recursos de todos os setores da empresa, como: vendas, finanças, con-
tabilidade, estoque, compras e produção.
17 Sistemas de Informação Gerencial (SIG) fornecem as informações necessárias para
gerir e ajudar a empresa a atingir seus objetivos.
18 Os Sistemas de Informação Executivos (EIS) permitem que o executivo obtenha acesso
a todas as informações (internas e externas) importantes relacionadas à empresa para ajudá-lo a
gerir de forma rápida e eficaz.

39
Figura 10 – Proposito do BI.

Fonte: Garcia, M., 2020.

Por outro lado, as organizações que não implantam correta-


mente o BI podem sofrer desvantagens competitivas. Para evitar esse
obstáculo, é necessário que as empresas enfrentem os desafios que
são impostos pelas tendências do mercado e que compreendam as
funcionalidades que o BI pode oferecer e, por último, acate as práticas
sugeridas pelo mercado (SARAIVA, 2018).
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Vídeo sobre o assunto: Business Intelligence (BI) na Prática.


Este vídeo apresenta um exemplo prático da aplicação da tec-
nologia BI de uma forma sucinta e bem objetiva.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=EYtr-63MSTA

Arquitetura de BI
A arquitetura BI não possui uma estrutura bem definida,
portanto, ela pode ser implementada de várias maneiras. Uma arquite-
tura BI inclui diversos componentes, desde servidores de alto desem-
penho a sistemas inteligentes, que facilitam a transformação de dados
40
brutos em informações privilegiadas para os colaboradores, no entanto,
de acordo com o nível hierárquico que cada um possui na organização.
Segundo Saraiva (2018), um modelo de arquitetura básica de BI pode
ser baseado em três divisões:
• Dados brutos: consistem na extração de dados dos mais
diversos bancos de dados da empresa, inclusive de sistemas legados
(sistemas antigos).
• Informações: incide na transformação dos dados em infor-
mações relevantes de acordo com os objetivos e interesses do negócio,
tendo em vista a implementação de Data Marts (repositório de dados)
particularizados.
• Conhecimento: refere-se à produção de conhecimento nos
diversos níveis da empresa, baseando-se na análise das informações
disponibilizadas aos usuários.

Além dessas três divisões da arquitetura BI, existem muitas


tecnologias que podem ser utilizadas para a criação de uma solução BI,
dentre elas:
• Data Warehouse: de acordo com Saraiva (2018, p. 138), um
Data Wharehouse é definido como um repositório de dados, ou seja,
um Data Mart que “armazena as informações oriundas dos diversos
sistemas de uma organização”. A Figura 11 auxilia na compreensão da
diferença entre Data Warehouse e Data Mart. Já a Oracle19 (Acesso em:
09/02/2021, s/p.) define um Data Wharehouse como “um tipo de siste-
ma de gerenciamento de dados projetado para ativar e fornecer suporte

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


às atividades de Business Intelligence”, principalmente para análises
avançadas.

19 Disponível em: <https://www.oracle.com/br/database/wha-


t-is-a-data-warehouse/#:~:text=Um%20data%20warehouse%20%C3%A9%20um,)%2C%20espe-
cialmente%20a%20an%C3%A1lise%20avan%C3%A7ada.>

41
Figura 11 – Diferenciação entre Data Marts e Data Warehouses.

Data Warehouse

Vendas Compras Clientes


(Data Mart) (Data Mart) (Data Mart)

Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

• Data Mart: trata-se de uma base de dados, que é a menor


versão do Data Warehouse, visto que ela armazena apenas os dados
de uma determinada área de negócio da empresa. Normalmente, os
Data Marts são construídos e geridos somente por um departamento
da organização. Dessa forma, os dados para essa base de dados são
obtidos apenas de um pequeno número de fontes, como sistemas ope-
racionais internos, um repositório de dados centralizado ou fontes exter-
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

nas. Como os Data Marts são bem menores e menos complexos que os
Data Warehouses, eles são mais fáceis de construir e manter (NAEEM,
2021). Como exemplo de Data Mart, pode-se citar: os dados do depar-
tamento financeiro, que são as informações condensadas de vendas
por clientes e segmentos de mercado. Segundo Naeem (2021, s/p.), um
Data Mart possibilita “um acesso mais rápido aos dados, recuperando
um conjunto específico de dados para BI e relatórios”. E, consequente-
mente, ajuda a apressar os processos de negócios. A Figura 11 exem-
plifica três diferentes tipos de Data Marts: vendas, compras e clientes.
• Data Mining (Mineração de Dados): segundo Gaidargi
(2019, s/p.), Data Mining é “um processo usado para extrair dados uti-
lizáveis ​​de um conjunto maior de dados brutos. Isso implica na análise
de padrões de dados em grandes lotes usando um ou mais softwares”.
Já na definição apresentada por Guimarães (2016, s/p.), o Data Mining
“refere-se à extração de conhecimento ou mineração de grandes quan-
tidades de dados”. O termo “mineração de dados” surgiu a partir da ana-
logia da mineração de minérios, que são retirados das rochas, como os

42
grandes volumes de dados que existem nos dias de hoje (GUIMARÃES,
2016). A mineração de dados pode ser empregada para (GAIDARGI,
2019): (I) predições automáticas de padrões com base na análise de
tendência e de comportamento; (II) previsões baseadas em prováveis
resultados e (III) análise de grandes conjuntos de dados (banco de da-
dos): do passado (exploração de dados) e predição do futuro, o que é
feito por meio de modelos estatísticos.
Como já mencionado, a mineração de dados é um processo
para detectar padrões relevantes do banco de dados. Por exemplo, por
meio de análises de padrões, é possível obter a indicação de que clien-
tes que possuem uma renda mensal de um salário mínimo têm maior
probabilidade de serem inadimplentes em compras parceladas. Assim,
esses dados ajudarão o gestor responsável a criar uma estratégia de
empréstimo mais eficiente para futuros clientes e, consequentemente,
promover a diminuição da inadimplência (GAIDARGI, 2019). A Figura
12 exemplifica o processo de mineração de dados, que é denominado
de KDD (Knowledge Discovery in Database, traduzido como Descober-
ta de Conhecimento em Banco de Dados). É importante salientar que
os termos KDD e Data Mining, costumeiramente, são utilizados, ou seja,
percebidos como sinônimos. No entanto, conforme visualiza-se na Fi-
gura 12, o KDD abrange todas as etapas para a descoberta do conhe-
cimento, já o Data Mining é apenas de uma etapa do processo KDD.
A mineração de dados pode ser aplicada em diversas áreas,
como: (I) marketing, que serve para descobrir as preferências do con-
sumidor; (II) controle de processos, que auxilia no planejamento; (III)

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


transporte para auxiliar a determinar distribuições de produtos; (IV)
telecomunicações, que serve para ajudar a determinar melhorias do
serviço conforme o consumo; (V) computação para medir o desem-
penho dos Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) e,
principalmente, (VI) Web, que ajuda a determinar os perfis de usuários
em redes sociais, comércio eletrônico etc.

43
Figura 12 – Estágios do Processo KDD.

Fonte: Guimarães, 2016 apud Fayyad, 1996.

• OLAP (Online Analytical Processing ou Processamento


Analítico On-line) Segundo a Microsoft20 (Acesso em: 11/02/2021), é
“uma tecnologia que é usada para organizar grandes bancos de dados
empresariais e oferecer suporte à Business Intelligence”. Os bancos de
dados (BD) OLAPs são armazenados e organizados hierarquicamente
em cubos, ao invés de tabelas (como os BD relacionais utilizam). Cada
cubo é organizado e projetado para se adequar à maneira como o usuá-
rio almeja recuperar e analisar dados, desse modo, torna-se mais fácil
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

criar e utilizar os relatórios de tabelas e de gráficos dinâmicos (MICRO-


SOFT21, acesso em: 11/02/2021) como, por exemplo, exibição de totais
de vendas por regiões do Brasil.
É por isso que grande parte das ferramentas de BI possuem re-
cursos de Processamento Analítico On-line (OLAP), normalmente, elas
também são denominadas de ferramentas OLAP. Essas ferramentas
são muito importantes em uma organização, pois elas permitem aos
seus usuários personalizar a forma como as informações úteis serão
apresentadas para, assim, gerarem relatórios capazes de responder às
questões gerenciais facilitando, consequentemente, a tomada de de-
cisão (ARAÚJO, 2007). Existem inúmeras ferramentas OLAP, dentre
elas: Microsoft Power BI, Tableau e ThoughtSpot. Na Seção 2.1.3 serão
apresentados mais detalhes sobre cada uma dessas ferramentas.

20 Disponível em: <https://support.microsoft.com/pt-br/office/vis%C3%A3o-geral-do-pro-


cessamento-anal%C3%ADtico-online-olap-15d2cdde-f70b-4277-b009-ed732b75fdd6>
21 Disponível em: <https://support.microsoft.com/pt-br/office/vis%C3%A3o-geral-do-pro-
cessamento-anal%C3%ADtico-online-olap-15d2cdde-f70b-4277-b009-ed732b75fdd6>

44
Assunto: Processamento Analítico On-line (OLAP)
Link do assunto: https://support.microsoft.com/pt-br/office/
vis%C3%A3o-geral-do-processamento-anal%C3%ADtico-online-o-
lap-15d2cdde-f70b-4277-b009-ed732b75fdd6;
https://transformacaodigital.com/dados/tudo-o-que-voce-preci-
sa-saber-sobre-analises-olap/ e também no link
https://www.mxm.com.br/blog/conheca-alguns-tipos-de-ferra-
mentas-de-business-intelligence/

• Processo ETL (Extract, Transform, Load): trata-se de um


processo mais decisivo e o mais lento da construção de um Data Wa-
rehouse/Data Mart. O ETL é composto de três fases, conforme se vê na
Figura 13.
1) Extração (Extract): consiste na primeira fase, cuja função
é extrair dados brutos de diferentes fontes de dados, ou seja, de diver-
sos sistemas de uma organização (SARAIVA, 2018). Posteriormente,
os dados capturados serão transformados para um único formato para
o tratamento adequado.

Figura 13 – Funcionamento do Processo ETL

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Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

45
2) Transformação (Transform): é a segunda fase. É nessa
fase, que é feito o descarte dos dados insignificantes, ou seja, a limpeza
dos dados. Em seguida, é feita a padronização dos dados com relação
ao tamanho, tipo etc.; isto é, ocorre a substituição de caracteres estra-
nhos, a correção de erros de digitação, a padronização de unidades de
medidas e casas decimais dentre outros. Em suma, os dados passam
por uma mudança de acordo com as regras de negócio para, assim,
serem analisadas.
3) Carregamento (Load), ou simplesmente carga, é a última
fase, que tem a função de carregar os dados tratados na etapa anterior
(transformação) para Data Warehouse/Data Mart (SARAIVA, 2018).

O processo ETL pode ser aplicado (UCOMMERCE, acesso


em: 15/02/2021) para: (I) a migração de dados de sistemas legados
para outros mais modernos; (II) a consolidação dos dados de fusões de
organizações; (III) a coleta e união de dados de fornecedores/parceiros
externos; (IV) a integração de dados de diversos sistemas; e (V) a cons-
trução de Data Warehouse.

Assunto: ETL
Link do assunto: https://www.cetax.com.br/blog/etl-extract-
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

-transform-load/ ;
https://ucommerce.com.br/o-que-e-etl/ e também no link:
https://www.sas.com/en_us/insights/data-management/what-
-is-etl.html

Ferramentas de Business Intelligence


Apesar de o BI poder ser feito somente com um conjunto de
planilhas do Excel; existem ferramentas mais sofisticadas para a inte-
gração e análise de dados, que são as ferramentas de BI. Essas ferra-
mentas são desenvolvidas para oferecer aos seus usuários algumas
funcionalidades, dentre elas, pode-se citar (GARCIA, M, 2020):
• KPI (Key Performance Indicators): são os indicadores de
desempenho, que servem para medir como está o comportamento da
empresa.
• Dashboard: são os painéis visuais com os resumos das infor-
46
mações da empresa. Os dashboards podem ser separados por assunto
ou por departamento e, normalmente, são acessados por meio de na-
vegadores web.

Conforme já mencionado, existem diversas ferramentas de BI,


que podem tornar difícil escolher uma ferramenta em detrimento de ou-
tra. Um bom parâmetro para escolha de uma ferramenta pode ser o Qua-
drante Mágico do Gartner (Figura 14) que, segundo Schemes (2020),
consiste em “uma representação gráfica das atividades do mercado tec-
nológico”. Por esse quadrante, é possível visualizar as características e
funcionalidades das ferramentas pesquisadas e avaliadas pelo Gartner
Group. O Gartner divulga uma lista (anualmente) das empresas que
desenvolvem as melhores soluções tecnológicas e também de estraté-
gias de vendas, de marketing, de posicionamento geográfico etc. Logo,
as organizações estarem incluídas no quadrante mágico constitui um
prestígio, porque elas ganham uma grande credibilidade e visibilidade
no mercado (SCHEMES, 2020). O Quadrante Mágico do Gartner está
dividido em quatro partes, como se vê na Figura 14, que são:
• Leaders (Líderes): de acordo com Schemes (2020), são as
“companhias que podem direcionar os rumos do mercado. Suas ações
são muito relevantes e geralmente são copiadas por concorrentes”.
As ferramentas contidas nesse quadrante evidenciam uma grande
compreensão das necessidades do mercado, consequentemente, os
clientes tendem a estar mais satisfeitos com as soluções apresentadas
pelas empresas contidas nesse quadrante (SCHEMES, 2020).

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• Challengers (Desafiantes): segundo Schemes (2020), as
organizações presentes nesse quadrante são “caracterizadas pela ca-
pacidade de executar suas estratégias. Contudo, não contam com um
planejamento capaz de manter uma proposta de valor para os seus
clientes e pecam na inovação”. Entretanto, como essas ferramentas es-
tão logo atrás das ferramentas líderes, elas possuem grandes chances
de evoluir para o quadrante “Leaders”, uma vez que desenvolvam me-
lhor sua visão de negócios (SCHEMES, 2020).
• Visionaries (Visionários): as organizações presentes nesse
quadrante possuem uma visão de desenvolvimento do mercado, que
está compatível com os critérios do Gartner, ou seja, já apresentam alta
taxa de inovação e potencial para a expansão. Contudo, elas aparentam
algumas dificuldades na execução do plano de evolução. Comumente,
essas empresas são compradas por outras maiores que anseiam por
inovar seus serviços (SCHEMES, 2020) e também diminuir a concor-
rência.

47
Figura 14 – O Quadrante Mágico da Gartner.
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Qlik, acesso em: 12/02/2021

• Niche Players (Competidores de Nicho): trata-se de em-


presas que possuem bons resultados em determinados nichos, porém,
elas enfrentam limitações para expandir. Normalmente, essa barreira
ocorre por falta de inovação, o que dificulta a competição com os con-
correntes (SCHEMES, 2020).

48
Assunto: Como funciona o Quadrante Mágico de Gartner?
Link do assunto: https://conteudo.movidesk.com/quadran-
te-magico-gartner/#:~:text=Competidores%20de%20nicho%20(Niche%20
players,atuar%20com%20uma%20abrang%C3%AAncia%20maior.

Conforme visto anteriormente, as ferramentas classificadas


como “Leaders” são as mais bem avaliadas pelo Gartner. Dessa forma,
optou-se por apresentar mais informações somente sobre as ferramen-
tas contidas nesse quadrante, sendo elas:
• Microsoft Power BI: é definido por Scardina e Horwitz (Aces-
so em: 12/02/2021, s/p., tradução nossa) como uma “plataforma de Bu-
siness Intelligence que fornece aos usuários de negócios não técnicos,
ferramentas para agregar, analisar, visualizar e compartilhar dados”. Os
principais componentes do ecossistema Power BI são:
- Power BI Desktop: é um aplicativo gratuito que pode ser
instalado no computador desktop, que permite conectar seus dados,
transformá-los e visualizá-los. No geral, a interface do Power BI Desk-
top é bastante intuitiva para os usuários do Microsoft Excel, conforme
observa-se na Figura 15. É por isso que, geralmente, ela requerer pou-
co treinamento para ser utilizada. Essa ferramenta é mais comumente

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utilizada para: (I) conectar aos dados, (II) transformar e limpar os dados
para assim criar um modelo de dados; (III) criar representações visuais
dos dados, por exemplo, por meio de gráficos; (IV) criar relatórios que
são conjuntos de representações visuais em uma ou mais páginas; (V)
compartilhamento de relatórios com outras pessoas (MICROSOFT,
2020).
- Power BI Service: é o software como serviço (SaaS) baseado
na nuvem;
- Dispositivos Móveis do Power BI: é um software para dis-
positivos móveis, como tablets e smartphones. Funciona no sistema
operacional Android e iOS;
- Power BI Report Server: que consiste em uma solução para
a geração de relatórios de BI em servidor local.

49
Figura 15 - Dashboard no Power BI Desktop.

Fonte: Microsoft, 2020.

Assunto: Como usar o Power BI


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Link do assunto: https://docs.microsoft.com/pt-br/power-bi/


fundamentals/desktop-what-is-desktop e também no link: https://docs.
microsoft.com/pt-br/power-bi/fundamentals/desktop-getting-started

• Tableau: trata-se de uma plataforma de análise de dados que


facilita ao usuário a exploração, o gerenciamento de dados e também
torná-los mais acessíveis às pessoas através da visualização dos da-
dos. A Tableau foi criada em 2003 como um projeto de Ciência da Com-
putação na Universidade Stanford. Em 2019, essa ferramenta foi adqui-
rida pela empresa Salesforce. Os principais produtos que compõem a
ferramenta Tableau são (FIVEACTS, 2020):
- Tableau Desktop: que é uma ferramenta que possibilita a
criação de painéis interativos para a construção de análises dos dados
que apoiarão a tomada de decisão. A Figura 16 ilustra um dashboard
feito na Ferramenta Tableau Desktop;
- Tableau Server: trata-se de um portal para o compartilha-
50
mento das análises, ou seja, possibilita que os dados sejam acessa-
dos a partir de diversos dispositivos com total interatividade, garantindo,
além disso, a mesma performance e segurança;
- Tableau On-line: é a versão em nuvem da ferramenta Tableau;
- Tableau Mobile: trata-se de uma versão disponível para dis-
positivos que utilizam os sistemas operacionais Android e iOS.

Figura 16- Tela de Dashboard no Tableau.

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Fonte: Tableau, acesso em: 12/02/2021.

Vídeo sobre o Assunto: Como usar a Ferramenta Tableau


Este vídeo apresenta sucintamente como usar alguns dos re-
cursos do Tableau.
Link do Video: https://www.tableau.com/pt-br/products/desk-
top#video

• Qlik Sense: é definido pela empresa também de nome Qlik


Sense (Acesso em: 16/02/2021, s/p.) como uma “plataforma completa
de análise de dados que estabelece o benchmark para uma nova ge-
ração de analytics”. Essa ferramenta possibilita a criação rápida de vi-
51
sualizações de dashboards muito mais intuitivos e simples, facilitando a
exploração dos dados etc. A Figura 17 ilustra um dashboard construído
na Ferramenta Qlik Sense.

Figura 17- Tela de Dashboard no Qlik Sense.

Fonte: Qlik, acesso em: 16/02/2021.


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Vídeo sobre o Assunto: Como usar a Ferramenta Qlik Sense


Este vídeo apresenta sucintamente como usar alguns dos re-
cursos do Qlik.
Link do Video: https://www.in1.com.br/solucoes/qlik-sense

• ThoughtSpot: é definido pela empresa ThoughtSpot (Acesso


em: 16/02/2021, s/p, tradução nossa) como “uma plataforma de Busi-
ness Intelligence e Big Data Analytics que ajuda o usuário a explorar,
analisar e compartilhar dados analíticos de negócios em tempo real fa-
cilmente”. A Figura 18 ilustra um dashboard elaborado na Ferramenta
ThoughSpot.
52
Figura 18 - Tela de Dasboard no ThoughSpot.

Fonte: ThoughtSpot, acesso em: 16/02/2021.

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Vídeo sobre o Assunto: Como usar a Ferramenta ThoughtSpot
Os vídeos contidos no link apresentam brevemente os princi-
pais recursos dessa ferramenta.
Link do Video:
https://www.thoughtspot.com/thoughtspot-5-0-searchiq

O QUE É BIG DATA?

O termo Big Data significa “grandes dados” e foi definido no


início dos anos 2000 pelo Gartner Group (acesso: 06/02/2021, s/p., tra-
dução nossa) como “ativos de alto volume, velocidade e variedade de
informação que exigem custo-benefício, de formar inovadoras de pro-
cessamento de informações para maior visibilidade e tomada de deci-
são”. Portanto, conclui-se que o termo Big Data descreve um grande
volume de dados, sejam eles estruturado ou não, mas que impactam no
53
dia a dia dos negócios de qualquer organização (MACHADO, 2018). De
acordo com Córdova Júnior (2018), os dados podem ser classificados
em: dados estruturados, não estruturados e semiestruturados. A Figura
19 exemplifica a ideia por trás de cada tipo de classificação desses da-
dos e, a seguir, eles são conceituados.
• Dados estruturados: referem-se aos dados que possuem
formato e comprimento definidos, como: números e datas. Eles obede-
cem a uma estrutura que foi projetada previamente e também uma re-
presentação homogênea. Como exemplo de dados estruturados tem-se
o banco de dados (BD), pois neles os dados são estruturados conforme
o esquema, que aponta como as entidades do BD se relacionam entre
si, abrangendo as tabelas e seus respectivos atributos (campos) e os
tipos (formato dos dados).

Figura 19 – Diferenças entre os Tipos de Dados: Estruturados, Não estrutura-


dos e Semiestruturados.
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Monteiro, acesso em: 22/02/2021.

• Dados não estruturados: trata-se dos dados que não ado-


tam um formato específico, como os que encontramos em imagens,
vídeos etc. É estimado que aproximadamente 80% dos dados gerados
no mundo são dados não estruturados. Como exemplo desse tipo de
dados, pode-se citar: as postagens de redes sociais, ou seja, os “senti-
mentos” que são as opiniões emitidas sobre produtos, marcas, política
etc. As opiniões dos usuários das redes sociais são dadas através de
posts/mensagens. Analisar esses tipos de dados facilita a descoberta
de dados, que frequentemente ocorre em tempo real; o que, hipotetica-
54
mente, não seriam conhecidos apenas analisando-se relatórios diários
e rotineiros sobre dados existentes e produzidos em uma empresa (MA-
CHADO, 2018).
• Dados semiestruturados: esse tipo de dado é definido como
o meio termo entre os tipos de dados conceituados anteriormente. Essa
estrutura é mais flexível, pois facilita o controle pelo fato de possuir um
pouco de estrutura e também permitir uma maior flexibilidade. Como
exemplo desse tipo de dados, pode-se citar: os arquivos XML (eXtensib-
le Markup Language), JSON (Javascript Object Notation), dentre outros.

Assunto: Esquema de Banco de Dados


Link do assunto: https://www.lucidchart.com/pages/pt/o-que-
-e-um-esquema-de-banco-de-dados e também no link: http://www.bo-
sontreinamentos.com.br/bancos-de-dados/qual-a-diferenca-entre-es-
quema-e-banco-de-dados/

Assunto: O que é XML?


Link do assunto: https://canaltech.com.br/software/xml-o-que-e/

Assunto: O que é JSON?


Links do assunto: https://www.treinaweb.com.br/blog/o-que-e-json/

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


Os Cinco Vs do Big Data
A Figura 20 ilustra todos os 5 Vs do Big Data, que são conside-
rados os seus pilares. São eles: volume, velocidade, valor, veracidade e
variedade. Nos próximos parágrafos será apresentada uma breve des-
crição sobre cada um deles.

55
Figura 20 – Os 5 Vs que formam o pilar do Big Data

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

O volume refere-se à quantidade de informações armazena-


das. Atualmente, é possível armazenar um grande volume diário de da-
dos, como e-mails, transações bancárias, interação em redes sociais e
tráfego de linhas telefônicas (CÓRDOVA JÚNIOR, 2018).
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

O volume de dados gerado diariamente é bem grande. Por


exemplo, o Facebook armazena cerca de 50 petabytes de informações
produzidas pelos seus usuários.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse: https://www.ce-
tax.com.br/blog/big-data/

A velocidade se refere à rapidez com que os dados são cria-


dos, o que geralmente atinge uma velocidade bem alta e, por isso, de-
vem ser tratados em tempo real ou quase real, pois a agilidade com a
qual se adquire as informações é uma vantagem competitiva das em-
presas, já que cada vez mais elas necessitam de dados atualizados
sobre os seus negócios (CÓRDOVA JÚNIOR, 2018). A velocidade pode
restringir a operação de muitos negócios como, por exemplo, quando

56
utilizamos um cartão de crédito para pagar uma compra, se a aprova-
ção não ocorrer em segundos, poderá ocorrer a desistência da compra
ou então optar-se por outro meio de pagamento, como dinheiro. Caso
a escolha tenha sido pagamento em dinheiro, a operadora do cartão
de crédito deixará de obter o seu lucro devido à falha na velocidade de
transmissão e análise dos dados do comprador (cliente).
Já a variedade refere-se à grande diversidade dos dados ge-
rados na atualidade (MACHADO, 2018). Atualmente, os dados não são
mais sempre estruturados, como nos dos bancos de dados relacionais,
que são aqueles que adotam tabelas para representar os dados. Essa
mudança se deu devido à grande variedade de dados, como: documen-
tos de texto, dados de e-mail, vídeos, áudios, transações financeiras
e até uma “curtida” em uma rede social, tornando mais difícil a análise
desses dados (CÓRDOVA JÚNIOR, 2018).
A veracidade está relacionada à necessidade de garantir que
os dados coletados são autênticos e verdadeiros, pelo menos naquele
momento da coleta (MACHADO, 2018). Só assim se obterá dados con-
fiáveis, ou seja, de acordo com a realidade. O conceito de veracidade
está acoplado ao conceito de velocidade, que se dá devido à necessi-
dade de constantes análises em tempo real, pois dados do passado não
podem ser considerados dados verdadeiros para o momento da análise
(CÓRDOVA JÚNIOR, 2018).
E, por fim, o valor é considerado o “V” mais importante, pois é
quando acontece a validação para averiguar se o dado tem valor, isto é,
atende aos requisitos conforme os negócios da organização (MACHA-

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DO, 2018).

Vídeo sobre o assunto: O Big Data, um grande banco de da-


dos, é o tema do ‘Em Movimento’.
Este vídeo apresenta uma reportagem que mostra o que é Big
Data e onde eles são aplicados.
Link do Vídeo: https://g1.globo.com/globonews/jornal-globo-
news-edicao-das-16/video/o-big-data-um-grande-banco-de-dados-e-o-
-tema-do-em-movimento-7875861.ghtml

57
Análise de Dados
A análise de dados (Data Science) trata-se da habilidade de
manipular dados, ou seja, realizar análises que acarretem em um pro-
cesso de tomada de decisão mais efetiva, isto é, que permita obter in-
dicadores de desempenho (KPI). Antes de se realizar a análise dos da-
dos, é importante verificar a qualidade deles, pois, se eles forem ruins,
proporcionará resultados também ruins; indiferentemente da ferramenta
utilizada para a análise.
Essa análise é feita por meio de um conjunto de processos e,
como já dito, por ferramentas específicas para analisar grandes conjun-
tos de dados, cujo objetivo é obter alguns insights22 determinantes, já
que são eles que possibilitam às empresas tomarem melhores decisões
e seguir boas direções estratégicas no seu negócio.
De acordo com Córdova Júnior (2018), existem diversas técni-
cas de análise de dados, dentre elas:
• Análise exploratória: esse tipo de análise permite o entendi-
mento do formato dos dados e de como eles estão distribuídos. Como
exemplo, considere que algum lojista queira visualizar os registros de
clientes para identificar possíveis compradores para a sua nova coleção
de sapatos; essa identificação poderia ocorrer através dos padrões de
compra do cliente, dentre outros. No entanto, essas análises podem
ser grandes demais para possibilitar uma análise manual ou então uma
análise estatística tradicional. Dessa forma, é melhor utilizar a técnica
de mineração de dados (Data Mining), que suporta a análise explorató-
ria (RAMAKRISHNAN; GEHRKE, 2011). Após a conclusão das análises
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

dos dados, ela servirá de apoio na tomada de decisão dos gestores.


• Análise preditiva: essa técnica possibilita prever os resulta-
dos futuros com base em análise de dados do passado, o que possibilita
que sejam tomadas decisões mais precisas. Esse tipo de análise é feito
por meio de métodos estatísticos e históricos, mineração de dados e
também através da inteligência artificial (IA). Portanto, a análise prediti-
va é recomendada para prever comportamentos futuros do mercado, do
consumidor e também compreender as tendências de consumo.
• Análise de agrupamento (Clustering): essa técnica propor-
ciona que seja feito o agrupamento dos objetos conforme seus atribu-
tos, permitindo que ocorra a descoberta de relações existentes entre
modelos de conjuntos de dados.
• Regras de associação: tem como objetivo procurar por pa-
drões ou relacionamentos que aparecem recorrentemente em bases de
dados.

22 Insight é o entendimento de uma causa e efeito dentro de um contexto específico.

58
Aplicação do Big Data
A utilização do Big Data proporciona diversos benefícios, den-
tre eles: facilita a visualização dos cenários futuros, antecipa problemas,
proporciona o aumento expressivo na produtividade em organizações
de diversos segmentos, dentre outros. Diante desse cenário, houve um
impacto dessa abordagem em diversos setores do mercado, dentre eles
(SBCOACHING, 2019):
• Educação: nessa área, a utilização do Big Data facilita a ela-
boração de programas de ensino personalizados conforme as compe-
tências e padrões de aprendizagem dos estudantes.
• Saúde: nesse setor, o uso do Big Data tem como objetivo for-
necer dados para facilitar a prevenção de epidemias/pandemias, detec-
ção de doenças em estágio inicial e redução dos custos dos tratamen-
tos, pois facilita os diagnósticos, que são feitos com base no histórico
do paciente.
• Governo: já nesse setor, o Big Data ajuda a melhorar os
serviços prestados e na elaboração de políticas públicas por meio das
análises dos dados de uma nação inteira. Outro exemplo seria a pre-
venção ao terrorismo.
• Mídia e entretenimento: o Big Data é importantíssimo para
esse setor, pois, por meio da análise de dados, é possível prever os
interesses da audiência e melhorar a distribuição de mídias entre as
plataformas. Como exemplo desse setor, pode-se citar o Spotify, que
agrupa dados de milhões de usuários para oferecer sugestões de novas
músicas.

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• Transportes: nessa área, o Big Data pode ser adotado na
prevenção de acidentes, por meio da identificação de áreas de risco
para que, assim, sejam tomadas as devidas providências. Além disso,
possibilita um controle do tráfego muito mais preciso a fim de reduzir os
congestionamentos, comumente encontrados nos centros urbanos.
• Marketing: o uso do Big Data nesse setor viabiliza o estreita-
mento do relacionamento com os consumidores e a criação de campa-
nhas mais eficazes. Atualmente, a possibilidade de coleta de dados nas
mídias sociais é muito importante para os profissionais de marketing,
pois estes conseguem ter acesso a um panorama completo e segmen-
tado de seus públicos alvo.

59
Assunto: Diferença entre Big Data e Business Intelligence
Links do assunto:
https://canaltech.com.br/business-intelligence/A-diferenca-en-
tre-Big-Data-e-Business-Intelligence/ ;
https://bdasolutions.com.br/blog/2019/06/28/business-intelli-
gence-x-big-data-qual-a-diferenca/ ;
https://www.knowsolution.com.br/entenda-principais-diferen-
cas-big-data-business-intelligence/ e também no link:
https://www.cetax.com.br/blog/qual-a-diferenca-entre-data-wa-
rehouse-big-data-e-business-intelligence/
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MJSP Prova: Cientista
de Dados Nível: Difícil.
O BI (Business Intelligence) de uma organização pode contar com
um portal BA (Business Analytics Portal) que constitui uma peque-
na parte do processo geral para fornecer suporte aos negócios.
Sabendo disso, assinale a alternativa que apresenta corretamente
o objetivo do portal de BA e suas ferramentas.
a) Fornecer informações aos tomadores de decisão em nível operacional.
b) Fornecer informações aos tomadores de decisão em nível estratégico.
c) Fornecer informações aos tomadores de decisão em nível de BI.
d) Fornecer informações aos tomadores de decisão em nível de traba-
lhadores do conhecimento.
e) Fornecer informações aos tomadores de decisão em nível tático.

QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: TCE-MG Prova: Analista de Con-
trole Externo Nível: Médio.
Um dos desdobramentos de big data é o big data analytics, que se
refere aos softwares capazes de tratar dados para transformá-los
em informações úteis às organizações.
O big data analytics difere do business intelligence por:
a) priorizar o ambiente de negócios em detrimento de outras áreas.

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b) analisar dúvidas já conhecidas para as quais se deseje obter resposta.
c) analisar o que já existe e o que está por vir, apontando novos caminhos.
d) dar enfoque à coleta, à transformação e à disponibilização dos dados.
e) analisar o que já existe, definindo as melhores hipóteses.

QUESTÃO 3
Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MJSP Prova: Cientista
de Dados Nível: Difícil.
Em um BI, existem grandes desafios para descrição e visualização
dos dados. Assinale a alternativa que apresenta o principal desses
desafios.
a) A definição de uma estrutura de armazenamento de dados que pos-
sibilite a sua recuperação de forma rápida e dinâmica.
b) A captura e o tratamento dos dados de forma que possam ser orga-
nizados em estruturas multivariadas para a apresentação das informa-
ções de forma clara e objetiva.
c) A definição de resumos apropriados e a exibição desses resumos de
61
forma que a complexidade do processo de negócios seja compreensível
para o usuário.
d) A clareza na implementação da camada de apresentação de modo que
o usuário compreenda como a informação foi extraída e apresentada.
e) A falta de ferramentas e processos de testes da carga de dados para
aprimorar a apresentação das informações ao usuário.

QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Analista em Gestão
Especializado de Defensoria – Analista de Banco de dados Nível:
Médio.
Uma das características fundamentais de um ambiente de data wa-
rehouse está em:
a) servir como substituto aos bancos de dados operacionais de uma
empresa, na eventualidade da ocorrência de problemas com tais ban-
cos de dados.
b) ser de utilização exclusiva da área de aplicações financeiras das em-
presas.
c) proporcionar um ambiente que permita realizar análise dos negócios
de uma empresa com base nos dados por ela armazenados.
d) ser de uso prioritário de funcionários responsáveis pela área de tele-
marketing das empresas.
e) armazenar apenas os dados mais atuais (máximo de 3 meses de
criação), independentemente da área de atuação de cada empresa.
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QUESTÃO 5
Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MJSP Prova: Cientista
de Dados - Big Data Nível: Fácil.
O Big Data é definido como coleções de dados cuja quantidade é
tão grande que é difícil armazenar, gerenciar, processar e anali-
sar esses dados por meio de bancos de dados tradicionais. Nos
últimos anos, houve um crescimento exponencial nos dados es-
truturados e não estruturados gerados pela tecnologia da infor-
mação da indústria e saúde por meio da internet das coisas (IoT),
por exemplo. Sabendo disso, assinale a alternativa que apresenta
corretamente as cinco características, também conhecidas como
os cinco “vês”, de um big data.
a) Valor, viabilidade, visibilidade, velocidade, volume.
b) Volume, vertente, valor, virtualidade, vitabilidade.
c) Viabilidade, vitalício, virtual, velocidade, valor.
d) Velocidade, volume, veracidade, variedade, valor.
e) Veracidade, viabilidade, volume, virtualidade, variedade.
62
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

É comum ver pessoas adotando os termos: Business Intelligence (BI) e


Big Data como se fossem sinônimos. No entanto, isso não é verdade.
Esse equívoco pode comprometer o emprego correto dessas tecnolo-
gias, o que não possibilitará alcançar benefícios ao usá-las.
Sobre o enunciado acima, discorra sobre as principais diferenças entre
BI e Big Data.

TREINO INÉDITO

É definido como um repositório de dados. O armazenamento dos da-


dos é feito em um formato no qual as informações são consolidadas
por assunto ou categoria, o que facilita a extração de relatórios para a
análise de grandes volumes de dados. Após a fase que os dados foram
consolidados é possível extrair relatórios.
O enunciado se refere a:
a) Data Mart
b) Data Warehousing
c) mineração de dados (Data Mining).
d) extração, transformação e carga (ETL)
e) processamento analítico on-line (OLAP)

NA MÍDIA

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MAIORIA DEFENDE ANÁLISE PRÉVIA ANTES DE VENDER ESTA-
TAIS, APONTA BIG DATA

A pesquisa realizada pelo Instituto Ideia Big Data apontou que a pri-
vatização das empresas estatais deve ser analisada caso a caso. De
acordo com a pesquisa, 21% dos entrevistados são totalmente favorá-
veis à privatização das estatais. Já para 45% dos entrevistados, para a
privatização acontecer, deve-se levar em conta dois fatores: depender
do setor/área e se as contas estão fechando no azul ou no vermelho.
Por outro lado, 19% dos entrevistados são a favor da privatização de
qualquer estatal, independente do setor e das suas condições financei-
ras. Apenas 15% dos entrevistados não souberam opinar. A margem de
erro dessa pesquisa é de 2,25 pontos para mais ou para menos.
Essa pesquisa também contemplou opiniões específicas sobre quais
estatais deveriam ser privatizadas. Dentre elas, os Correios foi a em-
presa que apareceu em primeiro lugar. Opostamente, o Banco do Bra-
sil, a Caixa Econômica e a Petrobrás possuem uma certa resistência
63
dentre os entrevistados. Outro questionamento feito pelo instituto foi:
se eles seriam favoráveis à privatização se as agências públicas garan-
tissem que os novos proprietários não cobrassem preços considerados
abusivos e que oferecessem serviço de qualidade para a população. O
resultado foi: 39% foram a favor, 15% contrários e 30% disseram que
depende da estatal. Conclui-se que houve um pequeno aumento no
percentual de pessoas favoráveis.

Fonte: UOL
Data: 11 de fevereiro de 2021.
Leia a notícia na íntegra: https://economia.uol.com.br/noticias/esta-
dao-conteudo/2021/02/11/maioria-defende-analise-previa-antes-de-
-vender-estatais.htm

NA PRÁTICA

A Toyota Motor Sales USA é uma distribuidora de automóveis e ca-


minhões. Essa empresa norte-americana compra, principalmente, os
carros da fábrica da Toyota localizada no Japão. Um veículo de médio
porte custa em torno de US$ 8,00 por dia durante o período de trans-
porte. Levando em conta que o período de transporte costuma levar de
9 a 10 dias, o custo total por carro é de cerca de US$ 80,00. Fazendo
as contas de 2 milhões de carros transportados por ano, isso daria um
custo em torno de 160 milhões de dólares para a empresa Toyota Motor
Sales USA.
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No passado, os departamentos não tinham sucesso no compartilhamen-


to de informações ou, então, os relatórios eram produzidos tardiamente.
Outro problema que ocorria, era o fato de os sistemas de relatórios so-
brepostos oferecerem dados que nem sempre eram precisos (exatos).
Como resultado, a empresa utilizava inúmeros relatórios imprecisos e
dados sem direção, o que dificultava as tomadas de decisões rápidas
por parte da gerência. A situação era ainda pior no setor dos Serviços
Logísticos da Toyota (TSL), que era o setor que geria o transporte dos
veículos. Pois, esse setor (TSL) exige que o rastreamento seja preciso e
o correto gerenciamento da cadeia de fornecimento para garantir que os
carros sejam enviados corretamente para os revendedores cumprindo o
cronograma. Porém, o agendamento manual, por exemplo, entrada de
dados errada no momento em que o navio chegou ao estaleiro, podia
acarretar em erros que persistiriam em toda a cadeia de fornecimento.
Diante desses problemas, a solução foi passar a utilizar um Data Wa-
rehouse (DW) da Oracle e tecnologia Business Intelligence (BI). Assim,
foi criado um novo sistema que também incluía o recurso de Dashboard
64
da Hyperion, que possibilita aos gerentes/executivos visualizarem as
áreas/setores que carecem de atenção e, assim, averiguarem a fim
de identificar os problemas com exatidão e suas causas. Em poucos
dias, já foi possível observar bons resultados, como o sistema auxiliou
a descobrir que a empresa era cobrada duas vezes, aproximadamente
US$ 800.000), por um envio especial por meio de trem. Dessa forma, o
retorno de investimento que a Toyota alcançou após investir em BI foi
de 506%.

Fonte: INFANTE, Suelen. 2017. Case de Sucesso Toyota. Disponível


em: https://gestaounisalblog.wordpress.com/author/suelenci/. Acesso
em: 23/02/2021.

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65
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL &
OS BENEFÍCIOS DA AUTOMAÇÃO
DE MARKETING
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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

De acordo com Cabral (2018, s/p.), a inteligência artificial ou


simplesmente IA “se refere à criação de máquinas, não necessariamen-
te com corpo físico, com a habilidade de pensar e agir como humanos.
Softwares que conseguem abstrair, criar, deduzir e aprender ideias”. Já
para Ledur (2018), a IA pode ser simplificada como “o quão perto ou
quão bem um computador pode imitar ou ir além quando comparado
ao ser humano” (LEDUR, 2018, p. 58). Em suma, pode-se dizer que o
objetivo da IA é facilitar tarefas do dia a dia, prosperar em pesquisas
científicas e modernizar as indústrias (CABRAL, 2018).
É fato que a IA está cada vez mais presente no cotidiano das
pessoas, como por exemplo as assistentes virtuais: Cortana, Siri e o
66
Google Assistent, as quais estão em contato direto com os usuários,
principalmente, a última (Google Assistent). Além das assistentes vir-
tuais, existem outras tecnologias que estão presentes no nosso quoti-
diano, que também operam com IA, como o app Fotos, que reconhece o
conteúdo das imagens e permite que seja feita uma pesquisa por nome
de um objeto ou ação; o YouTube, que tem a capacidade de transcre-
ver áudio e gerar legendas (em torno de dez idiomas distintos) para os
vídeos; o Gmail, que fornece respostas automáticas, recurso de auto-
completar frases nos e-mails; e por fim, o Spotify e a Netflix, que usam
os recursos da IA para compreender as preferências dos seus usuários
para, assim, recomendarem músicas e filmes, respectivamente.
No entanto, ensinar computadores a “pensar” não é uma tarefa
fácil. De acordo com a Salesforce23 (acesso em: 16/02/2021, s/p.), “a
questão de como estamos ensinando os computadores a pensar passa
por várias áreas da ciência da computação como Machine Learning,
Deep Learning, Processamento de Linguagem Natural e assim por dian-
te”. Além disso, Salesforce reforça que essas três áreas sinalizam que
no futuro as plataformas e sistemas terão uma inteligência satisfatória
para aprender com os dados e interações produzidas pelos humanos. A
seguir será apresentado o conceito dessas três áreas.
• Machine Learning (Aprendizado de Máquina): esse con-
ceito envolve máquinas (computadores) utilizando dados para apren-
der, no entanto, com o mínimo de programação. Dessa forma, ao invés
de programar as regras para a máquina e aguardar o resultado, com
essa técnica, é possível que ela aprenda essas regras por conta própria

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com base nos dados que ela recebeu, chegando, assim, a um resultado
de forma autônoma (SALESFORCE24, acesso em: 16/02/2021). Exis-
tem três tipos de aprendizado de máquina, que são (TANAKA, 2018):
I. Aprendizado Supervisionado: que pode ser definido como
algoritmo de classificação ou algoritmo de regressão, pois consiste em
informar ao computador o que é cada entrada e ele aprende quais são
as características daquelas entradas que se tornam o que são. Por
exemplo, considere uma entrada de dois tipos possíveis: gato ou não
gato. O treinamento consistirá em dizer ao programa que “vê” uma ima-
gem se ela é de um gato ou não. Se isso é feito repetidas vezes com
diversas imagens diferentes chegará uma hora que o programa apren-
derá a identificar os atributos que uma imagem de gato deve possuir;
II. Aprendizado não supervisionado: nesse tipo de aprendi-
zado, não é informado ao computador do que se trata aquela entrada,
que é o contrário do que ocorre no aprendizado supervisionado, onde
23 Disponível em: <https://www.salesforce.com/br/products/einstein/ai-deep-dive/>
24 Disponível em: <https://www.salesforce.com/br/products/einstein/ai-deep-dive/>

67
os dados são rotulados. Por exemplo, ainda considerando o exemplo
anterior (da classificação de imagens), porém, no contexto desse tipo
de aprendizado, o programa aprenderá a classificar as imagens em dois
grupos distintos. Assim, ao se deparar com uma nova imagem, basean-
do-se em suas características, o programa será capaz de identificar a
qual grupo a imagem pertence;
III. Aprendizado por reforço: segundo Moraes (2018, p. 71),
esse tipo de aprendizagem é empregado quando “as saídas não estão
bem definidas e as repostas só podem ser aferidas após algumas exe-
cuções”. Por exemplo, considere que um programa que é responsável
por conduzir um veículo autônomo deverá aprender a andar pelas ruas
e transportar passageiros. Algumas formas de otimizar essa tarefa são:
que o veículo saiba o que fazer se imprevistos ocorrerem à sua volta;
que ele chegue ao seu destino no menor tempo possível; no entanto,
é preferível que ele demore um pouco mais de tempo a causar aci-
dente(s). É por isso que esse tipo de aprendizado é por reforço, pois,
dada uma ação ao programa, ele deverá saber qual situação priorizar;
dependendo da circunstância. Uma das formas de ensinar ao compu-
tador a prioridade de cada ação é vincular recompensas e punições
de acordo com os possíveis resultados. Por exemplo, o programa do
carro autônomo poderá receber uma punição maior, caso ele cause um
acidente. Contudo, se ele demorar para chegar ao local de destino, a
punição será menor. Dessa forma, o programa aprenderá quais ações
deverá priorizar (TANAKA, 2018).
• Deep Learning (Aprendizado Profundo): segundo Salesfor-
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ce (acesso em: 16/02/2021, s/p.), esse conceito refere-se “à parte do


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aprendizado de máquina que utiliza algoritmos complexos para imitar a


rede neural do cérebro e aprender uma área do conhecimento com pou-
co ou nenhuma supervisão”. Os algoritmos de aprendizado profundo
possuem capacidade de reconhecer voz, linguagem natural e imagens,
tudo por conta própria (SALESFORCE26, acesso em: 16/02/2021).
• Processamento de Linguagem Natural (PLN): de acordo
com Salesforce27 (acesso em: 16/02/2021, s/p.) essa abordagem “utiliza
as técnicas de machine learning para encontrar padrões em grandes con-
juntos de dados puros e reconhecer a linguagem natural”. Como exemplo
tem-se a análise de sentimentos, que se trata de algoritmos que procu-
ram por padrões em postagens em redes sociais para que possam com-
preender os sentimentos (opiniões) dos clientes em relação a determina-
das marcas e/ou produtos (SALESFORCE28, acesso em: 16/02/2021).
25 Disponível em: <https://www.salesforce.com/br/products/einstein/ai-deep-dive/>
26 Disponível em: <https://www.salesforce.com/br/products/einstein/ai-deep-dive/>
27 Disponível em: <https://www.salesforce.com/br/products/einstein/ai-deep-dive/>
28 Disponível em: <https://www.salesforce.com/br/products/einstein/ai-deep-dive/>

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Onde se pode encontrar Inteligência Artificial?
É crescente o uso de inteligência artificial em diversos lugares
e áreas/setores, como por exemplo: em carros autônomos, na indústria,
em sistemas de atendimento, redes sociais, no buscador de internet
etc. Segundo Cossetti (acesso em: 16/02/2021, s/p.), o Google é um
exemplo de uma organização AI-first, “ou seja, todos os seus produtos
têm processos de machine learning”, deste modo, essa abordagem é
encontrada no Gmail para aprimorar o filtro de spam; no Google Tradu-
tor para melhorar a qualidade do texto traduzido e também no reconhe-
cimento de voz do Android.
Ainda nesse contexto, serão apresentados a seguir alguns se-
tores que também utilizam a IA (LEDUR, 2018):
• Finanças: sistemas complexos de IA são utilizados para to-
mar decisões e realizar negociações mais rápidas que qualquer ser hu-
mano. Atualmente existem muitos bancos e fundos de investimentos
que são administrados por esses tipos de sistemas.
• Indústria: é bastante comum o uso de robôs nas indústrias,
pois eles são utilizados para realizar as tarefas que são consideradas
perigosas para os humanos, como trabalhos muito repetitivos, o que
poderia levar a erros ou acidentes devido a uma distração.
• Medicina: o uso de IA auxilia em diversos aspectos na medi-
cina como: (I) interpretação assistida por computador de imagens mé-
dicas; (II) robôs para cuidar de idosos e gerenciamento de medicação;
(III) previsão da probabilidade de morte por meio de procedimentos ci-
rúrgicos; (IV) simulações e (V) criação de novos medicamentos.

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• Mídias: a utilização da análise de mídia baseada em IA se dá
por tornar mais fácil a pesquisa de mídia e o monitoramento de política
do seu conteúdo, produtos ou rostos de celebridades para inserir em
anúncios relevantes.
• Transporte: atualmente, diversos veículos já possuem recur-
sos baseados em IA, como estacionamento sem manobrista e controles
de cruzeiros avançados. A previsão para o futuro é que os carros sejam
totalmente autônomos.

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Filme sobre o assunto: A.I. – Inteligência Artificial (Dirigido
por: Steven Spielberg, 140 min, 2001).
Observação:
Esse filme apresenta a história do primeiro robô criança progra-
mado para amar que é adotado pela família do funcionário da empresa
que o desenvolveu. O longa aborda a capacidade de criar máquinas
com sentimentos.

REALIDADE VIRTUAL

A Realidade Virtual (ou simplesmente RV) é definida por Ve-


lasco (2019, s/p.) como “um ambiente virtual no qual o usuário pode
se inserir como se estivesse mesmo ali, mas tudo não passa de um
sistema computacional. A tecnologia induz efeitos visuais e sonoros,
permitindo total imersão no ambiente simulado virtualmente”. Por meio
de um conjunto de hardwares (óculos, luvas sensíveis a movimentos), é
possível obter a sensação de uma realidade que não existe no local, ou
seja, uma realidade virtual (SACOMANO et al, 2018), conforme ilustra
a Figura 21.
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Figura 21 – Utilização da Realidade Virtual por meio de óculos.

Fonte: Pixabay29, 2020.


29 Disponível em: <https://pixabay.com/pt/illustrations/realidade-virtual-%C3%B3culo-tec-
nologia-2229924/>

70
Um dos hardwares bastante usados para imergir o usuário no
mundo virtual são os óculos (ou headsets) de realidade virtual. Uma
curiosidade que normalmente surge é como esses óculos conseguem
dar essa sensação de imersão? Bom, para esbouçar a realidade, uma
imagem plana não é suficiente, pois a realidade virtual cria uma ilusão
de profundidade por meio da estereoscopia, em que duas imagens di-
ferentes são geradas, ou seja, há a criação de uma imagem para cada
olho. Dessa forma, o cérebro consegue interpretar as duas imagens
como apenas uma, dando a sensação de realidade para a pessoa que
está usando os óculos (VELASCO, 2019).
Como exemplo de utilização de realidade virtual, pode-se citar:
uso em filmes, jogos, simuladores de voos para treinar pilotos de avião
sem a necessidade de que o piloto esteja realmente voando; treinamen-
to de soldados no exército estadunidense; e para psicólogos tratarem
as fobias de pacientes. A grande vantagem disso é treinar as pessoas
seja para serem pilotos de avião, soldados do exército e curar fobias
das pessoas sem colocá-las em perigo, pois estarão realizando suas
ações no ambiente simulado. Atualmente, existem óculos mais moder-
nos que possibilitam a interação do usuário através de movimentos de
sua cabeça, como os óculos 3D utilizados no cinema, em que a visão é
completamente sobreposta, dessa forma, a imagem não permanecerá
estática em um ponto, ou seja, ela acompanhará qualquer movimenta-
ção que o usuário faça e, além disso, permitirá que o usuário tenha uma
visão completa do ambiente virtual em que está inserido (VELASCO,
2019).

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Vídeo sobre o Assunto: A História da Realidade Virtual


Este vídeo apresenta a história da RV, porém, de forma sucinta
e objetiva.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=DjkIhyrSzvw

Realidade Aumentada
A Realidade Aumentada (RA) é também denominada de
realidade ampliada; tem sido uma das maiores tendências tecnológi-
cas da atualidade. De acordo com a Interaction Design Foundation30
30 Disponível em: <https://www.interaction-design.org/literature/topics/augmented-reality>

71
(acesso em: 17/02/2021, s/p., tradução nossa31), a RA é definida como
“elementos digitais para que apareçam em visões do mundo real, às
vezes com a interatividade limitada entre eles, geralmente por meio de
smartphones”. Por exemplo, como o jogo mais famoso de tecnologia AR
que foi o Pokémon Go, lançado em 2016. Nesse jogo, seus usuários lo-
calizam e capturam personagens Pokémon que surgem no mundo real,
como em calçadas, parques, escolas, dentre outros lugares.
Além da utilização em jogos, o RA também pode ser emprega-
do em outras coisas presentes no nosso cotidiano, como por exemplo
(THE FRANKLIN INSTITUTE32, acesso em: 17/02/2021, s/p., tradução
nossa33):
• jogos de futebol transmitidos pela TV, em que as emissoras
utilizam RA para desenhar as linhas no campo para ilustrar, analisar as
jogadas etc.;
• pilotos de caça militar, através do seu capacete, visualizam
uma projeção de RA sobre sua altitude, velocidade, dentre outros. Des-
sa forma, evita que o piloto perca o foco ao ter que olhar para baixo para
ver essas informações;
• médicos neurocirurgiões podem recorrer ao recurso de aces-
so a uma projeção RA de um cérebro 3D para auxiliá-los nas cirurgias;
• aplicativos de RA que permitem a visualização de como deter-
minado móvel ficará em um ambiente específico.
• uso em pontos turísticos, históricos, curiosidades, opções de
passeios etc. Geralmente, o acesso ocorre por meio das etiquetas com
código QR, que são bons exemplos de RA. Essas etiquetas ficam em
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

locais comumente visitados por turistas. A etiqueta é o marcador do


mundo físico que é lida por algum software de dispositivo móvel e, as-
sim, fornece as informações aos usuários.

31 AR – You design for digital elements to appear over real-world views, sometimes with
limited interactivity between them, often via smartphones. Examples include Apple’s ARKit and
Android’s ARCore (developer kits), the Pokémon Go game.
32 Disponível em: <https://www.fi.edu/what-is-augmented-reality>
33 Games aside, there are as many uses for AR in our everyday lives as there are Pikachu
on the loose in Pokemon GO. Here are just a few examples: (i) Enhanced navigation systems use
augmented reality to superimpose a route over the live view of the road.; (ii) During football games,
broadcasters use AR to draw lines on the field to illustrate and analyze plays.; (iii) Furniture and
housewares giant IKEA offers an AR app (called IKEA Place) that lets you see how a piece of furni-
ture will look and fit in your space. Military fighter pilots see an AR projection of their altitude, speed,
and other data on their helmet visor, which means they don’t need to waste focus by glancing down
to see them. (iv) Neurosurgeons sometimes use an AR projection of a 3-D brain to aid them in sur-
geries.

72
Assunto: Visita ao muro de Berlim, na Alemanha.
O app Timetraveler auxilia o usuário/turista a saber mais sobre
a história do muro de Berlim através de cenas históricas marcantes que
são projetadas sobre a paisagem atual da cidade.
Link do Video: https://www.youtube.com/watch?v=CY9f6UJ-
ZlmM&feature=emb_logo

Diferenças entre a Realidade Virtual e a Realidade Aumentada


Basicamente, a diferença está na forma de interação com o
mundo real; isto é, na realidade virtual, ocorre a projeção de experiên-
cias imersivas no mundo virtual. Consequentemente, o usuário é iso-
lado do mundo real por meio de dispositivos, como óculos e fones de
ouvido. Já na realidade virtual, o usuário não fica isolado do mundo real,
o que ocorre é a projeção de elementos (objetos) digitais em visões
do mundo real, como ocorre no jogo Pokémon Go, cujas personagens
apareciam em ambientes reais (parques, ruas) para serem capturados.
A Figura 22 exemplifica bem a diferença entre RV e RA.

Figura 22 - Exemplificação da diferença entre RA vs RV.

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Adaptado de The Franklin Institute34, acesso em: 17/02/2021.

34 Disponível em: <https://www.fi.edu/what-is-augmented-reality>

73
Vídeo sobre o Assunto: A História da Realidade Aumentada
Este vídeo apresenta a história da RA, porém, de forma sucinta
e objetiva.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ZC1rIIu9ni4

Realidade Virtual e Aumentada utilizada no E-commerce


É sabido que, assim como a IA, a realidade virtual (RV) tam-
bém vem impactando múltiplos setores do mercado, pelo fato de a RV
poder ser empregada de diversas maneiras, uma delas é para poten-
cializar os negócios, como o e-commerce (comércio on-line). Segundo
Rock Content35 (2020, s/p.):

a partir dessa tecnologia, a experiência de compra pode se tornar mais prá-


tica, eficiente e segura. Entender como funciona e os benefícios dessa mo-
dalidade de vendas é o primeiro passo para que as empresas ganhem com-
petitividade no mercado.

A vantagem de se aplicar a tecnologia RV no e-commerce está


em uma nova forma dos clientes se comunicarem com as lojas virtuais,
pois, além de selecionar e escolher produtos, eles também poderão in-
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teragir com os produtos para, assim, avaliá-los antes de finalizar a com-


pra. Dessa forma, os varejistas têm visto nessa tecnologia uma forma
de impulsionar vendas nos varejos, aumentar a competitividade e tam-
bém melhorar a experiência de compra do seu cliente.
De acordo com Tode (acesso em: 17/02/2021, s/p., tradução
nossa36), o novo relatório do Center for Advancing Retail & Technolo-
gy, intitulado de “Retail Innovation: U.S. Retail Technology Insights and
Analysis” afirma que poucos varejistas compreendem que o mundo mu-
dou. E muitos ainda estão lutando para integrar dispositivos móveis em
35 Disponível em: <https://inteligencia.rockcontent.com/realidade-virtual-varejo/>
36 A wave of virtual reality content is hitting the market this year and consumer adoption
could quickly follow, bringing with it growing demand for shopping experiences using the technol-
ogy, according to a new report from the Center for Advancing Retail & Technology. The report,
Retail Innovation: U.S. Retail Technology Insights and Analysis, insists that many retailers are still
struggling with integrating mobile into their strategies even as the pace of technological innovation
speeds up. As a result, many retailers will be unprepared for the shift to virtual reality. “Retailers
need to be watching very closely because when VR hits the market adoption tipping point its going
to go fast and shoppers will be expecting to be able to shop from home with a VR experience akin
to what they have in the store,” he said.

74
suas estratégias de negócio, mesmo no atual ritmo da inovação tecnoló-
gica. Entretanto, os varejistas precisam acompanhar as inovações para
que possam se manter “vivos” no mercado, pois chegará um momento
em que a RV se tornará uma exigência nele, pelo fato de proporcionar
comodidade aos consumidores, isto é, poderão estar em suas casas
realizando compras on-line com a mesma experiência que teriam na
loja física.
A ideia ao implantar a RV nas lojas virtuais é que elas se tor-
nem quase reais, isto é, os consumidores poderão visualizar o produto
por todos os ângulos, como fariam se estivessem em uma loja física,
em que seguraria o produto em suas mãos, experimentaria e o avaliaria
antes de pagar por ele (ROCK CONTENT37, acesso em: 17/02/2021).
Atualmente, no mercado já existem exemplos de empresas
que adotam a RV e a RA, que são (MAGALHÃES, 2019):
I. Amazon: essa empresa abriu quiosques virtuais, ou seja, que
usam a tecnologia RV ao invés de criar lojas físicas em dez shoppings
da Índia. A adoção dessa tecnologia possibilitou que os clientes intera-
gissem com os produtos antes de realizarem a compra. Mas antes disso,
o cliente realizava um passeio de balão, conforme ilustra a Figura 23.

Figura 23 – Passeio de balão virtual proporcionado pela Amazon.

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Magalhães, 2019.

II. IKEA: trata-se de uma empresa especializada em móveis e


utensílios domésticos, que adota a RA, por meio de um aplicativo, para
37 Disponível em: <https://inteligencia.rockcontent.com/realidade-virtual-varejo/>

75
auxiliar seus consumidores a projetar e visualizar o ambiente, como o
ambiente de uma cozinha, por exemplo. Dessa forma, os clientes po-
dem ver como o ambiente ficará antes mesmo dos móveis serem insta-
lados, conforme ilustra a Figura 24.

Figura 24 – Utilização do Aplicação da Ikea.

Fonte: Magalhães, 2019.


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Vídeo sobre o Assunto: Aplicativo da loja Ikea


Este vídeo exibe uma demonstração do aplicativo da loja de
móveis Ikea que permite visualizar o catálogo de produtos pela câmera
do dispositivo móvel.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=vDNzTasuYEw

III. Alibaba: É a maior varejista da China que é totalmente digital.


Para melhorar o atendimento e a experiência dos seus consumidores,
a Alibaba adotou a RV para possibilitar que os clientes passem pelos
“corredores” de uma loja virtual, conforme visualiza-se na Figura 25.
Assim, eles poderão visualizar diversos produtos e realizar a compra.

76
Figura 25 – Utilização da Aplicação da Alibaba.

Fonte: Magalhães, 2019.

IV. Shopify: é uma plataforma de e-commerce que permite ao


consumidor experiências imersivas através da tecnologia RA. Tal tec-
nologia possibilita que os produtos sejam visualizados no ambiente que
deseja para que se possa ter noção do tamanho e dos detalhes do pro-
duto, conforme visualiza-se na Figura 26.

Figura 26 – Utilização da aplicação da Shopify.

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Magalhães, 2019.

77
V. Maybelline: é uma empresa de cosméticos que pertence à
multinacional L’oréal. Uma de suas evoluções foi o lançamento de um
aplicativo que utiliza a foto das mãos das clientes (consumidoras) para
simular como ficaria suas unhas pintadas com uma das cores disponí-
veis dos esmaltes (MAGALHÃES, 2019), conforme ilustra a Figura 27.

Figura 27- Exemplificação do uso do aplicativo da Maybelline.

Fonte: Magalhães, 2019.


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MARKETING DIGITAL

Segundo NeilPatel38 (acesso em: 18/02/2021, s/p.), marketing


digital é definido como “um meio de se comunicar com possíveis clien-
tes de forma online e dinâmica, seguindo as tendências tecnológicas”.
Ou seja, trata-se de um conjunto de táticas digitais que são implemen-
tadas através de canais como SEO, e-mails, mídias pagas39, com o ob-
jetivo de adquirir clientes, sobressair uma marca e se conectar com o
público-alvo.
Os principais conceitos de marketing digital são (NEILPATEL40,
Acesso em: 18/02/2021):
38 Disponível em: <https://neilpatel.com/br/como-fazer-marketing-digital-o-guia-passo-a-
-passo/>
39 Mídias pagas: trata-se da promoção de conteúdo através de anúncios, como pay-per-cli-
ck (PPC), propagandas em redes sociais, promoção de conteúdos etc.
40 Disponível em: <https://neilpatel.com/br/como-fazer-marketing-digital-o-guia-passo-a-
-passo/>

78
• Persona: trata-se do perfil de cliente ideal. Possui caracte-
rísticas bem específicas, como nome, idade, renda, estilo de vida etc.
Normalmente, a persona é definida através da observação da carteira
de clientes da organização.
• Lead: refere-se ao cliente em potencial, ou seja, é aquele
consumidor que evidenciou interesse no produto ou serviço da organi-
zação. Por exemplo, uma pessoa que visitou a página da organização e
forneceu dados pessoais para receber e-mails de promoção.
• Funil de vendas: consiste em todo o percurso percorrido pelo
cliente, também denominado de Jornada do Consumidor, que vai desde
o período que ele adquire a informação da existência da marca de uma
determinada empresa até o momento em que o consumidor efetua a
compra do produto oferecido por essa marca.
• Landing Page: trata-se de páginas que possuem o objeti-
vo de transformar visitantes em leads. Essas páginas possuem poucos
elementos quando comparadas a uma página tradicional, pois a meta
é fazer o usuário realizar uma ação, como assinatura de newsletters.
• SEO (Search Engine Optimization): refere-se a um conjunto
de técnicas para otimizar os mecanismos de busca para que, assim, as
organizações obtenham mais visibilidade e, consequentemente, mais
oportunidades de vendas de seus produtos/serviços.
• CTA (Call To Action): significa um convite a uma ação, isto
é, convidar o cliente que está acessando o conteúdo da página da em-
presa ao próximo passo, que pode ser desde uma forma mais próxima
de interação até a efetivação de uma compra.

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


• Fluxo de Nutrição: consiste em um fluxo de e-mails progra-
mados pela organização para nutrir (estreitar) o seu relacionamento
com seus clientes.

Assunto: Leads: o que são, como gerá-los e nutri-los?


Link do Assunto: https://www.organicadigital.com/blog/o-que-
-sao-leads/

Vantagens do Marketing Digital


O uso do marketing digital trouxe diversas vantagens tanto
para as empresas quanto para os consumidores, além disso, estreitou
79
as relações entre o público e as marcas. Uma das principais motivações
para o sucesso do marketing digital se dá devido à interatividade com
o público, cujo foco está voltado para a experiência do usuário, e não
mais para o produto. Outra vantagem do marketing digital é a possibi-
lidade de analisar e medir o quão efetivas foram as campanhas publi-
citárias e os anúncios veiculados. Antes, no marketing tradicional, era
bem difícil medir se um cliente foi convencido a comprar um produto ou
serviço devido à campanha publicitária; consequentemente, não dava
para avaliar se sua estratégia fora efetiva. Felizmente, nos dias de hoje,
é possível realizar a análise e a medição – até em tempo real – para
comprovar o retorno da campanha publicitária. Geralmente, as métricas
utilizadas são: ROI (Retorno sobre Investimento), CAC (Custo de Aqui-
sição de Clientes) (PEÇANHA, 2020).
Além das duas vantagens mencionadas anteriormente, tem-se
a redução das distâncias entre empresas e clientes, pois o marketing
digital permite que pequenas marcas façam boas campanhas e atraiam
consumidores de outras cidades, estados e até de outros países.
Além disso, é possível também fazer marketing digital para o
público direcionado, isto é, agora é possível fazer campanhas para atrair
e conquistar as pessoas certas, aquelas pessoas que têm exatamente
o perfil ideal para consumir os produtos/serviços de uma empresa es-
pecífica. O que é um grande benefício, pois a empresa deixa de gastar
dinheiro com pessoas que muito provavelmente não se tornariam clien-
tes; e como a empresa passa a conhecer melhor o perfil do seu cliente,
ficará cada vez mais fácil conquistá-lo (PEÇANHA, 2020).
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Outbound Marketing versus Inbound Marketing


O outbound marketing é também denominado de marketing
tradicional, cuja função é trazer clientes através do oferecimento de
produtos/serviços, isto é, segundo Resultados Digitais41 (2020, s/p.), “a
ideia é ir atrás do cliente ativamente e não necessariamente gerar o in-
teresse genuíno desse possível cliente na sua empresa”. Como exemplo
de ações do outbound marketing tem-se: folhetos de promoções e distri-
buição nos comércios mais próximos, spot na rádio da região e até mes-
mo uma ação de panfletagem na porta do estabelecimento (empresa).
Já inbound marketing significa em português marketing de
atração; fazendo jus ao seu nome, pois, a ideia é exatamente essa:
fazer o cliente sentir atração pelo produto/serviço e ir até a empresa.
Essa atração é feita por meio da criação de conteúdos que despertem
o interesse do cliente pelos produtos/serviços que a empresa oferece.
41 Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/blog/inbound-outbound-marketing/>

80
Atualmente, a principal forma de fazer os consumidores che-
garem até a organização é criando conteúdo. Essa estratégia recebe
o nome de marketing de conteúdo. Em suma, o outbound marketing
usa ações mais tradicionais, como propagandas físicas e digitais. Já o
inbound marketing, procura estimular o interesse do cliente por meio de
conteúdos relevantes para que ele chegue à empresa (RESULTADOS
DIGITAIS42, 2020). O Quadro 2, a seguir, apresenta um comparativo
com as principais características dessas duas estratégias.
No parágrafo anterior, foi mencionado que uma das estratégias
adotadas pelo inbound marketing é o marketing de conteúdo. O marke-
ting de conteúdo é definido por Peçanha (2020, s/p.) como o “processo
de publicar matérias e informações relevantes e valiosas, a fim de atrair,
converter e encantar uma audiência”. Para alcançar esse objetivo, o
conteúdo precisa estar espalhado por diversas regiões da internet e
também deve ser atrativo para a persona. Atualmente, existem diversos
métodos para fazer isso, tais como:
• Blog: um canal exclusivo para a empresa se comunicar com
os seus clientes. Além do mais, não há a interferência e nem distrações
provocadas por outros canais, como pode ocorrer nas mídias sociais.
• Site institucional: ajuda a aumentar a credibilidade da em-
presa e também se torna um canal por onde potenciais clientes podem
encontrar a empresa e transmitir segurança de que a empresa é con-
fiável e séria.
• Redes sociais: atualmente, são consideradas o principal
meio para promover ações e conteúdo para que potenciais clientes co-

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


nheçam uma marca ou uma empresa.
• E-mail Marketing: trata-se de um processo em que são en-
viadas mensagens de fins comerciais para um grupo de contatos, cujo
objetivo é o fortalecimento da marca, o aumento das vendas ou a comu-
nicação com os clientes ou potenciais clientes.

42 Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/blog/inbound-outbound-marketing/>

81
Quadro 2 – Comparativo das Estratégias de Marketing: inbound e outbound.

Inbound Marketing Outbound Marketing


1. Foco em conteúdo, educar/entre- 1. Foco na propaganda ativa, na
ter o público. divulgação direta do produto.
2. Cliente vai até a empresa. 2. Empresa procura clientes.
3. Comunicação em duplo sentido, 3. Comunicação em sentido único.
entender o possível cliente, ouvi-lo.
4. Clientes atraídos por ferramentas 4. Prospecção ativa via outdoors,
de busca, referências e mídias so- flyers, chamadas frias, spots e anún-
ciais. cios na mídia.
5. Menor custo médio para aquisição 5. Maior custo médio de aquisição
e fidelização dos clientes. do cliente.
6. Movido por criatividade, talento e 6. Pouco ou nenhum valor agregado.
esforço.
7. Marketing de permissão. 7. Marketing de interrupção.
8. SEO e listas segmentadas 8. Listas não segmentadas.
9. Conteúdos relevantes para a per- 9. Propagandas que muitas vezes
sona. não geram valor para o cliente.
Fonte: Resultados Digitais43, 2020.
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Assunto: Diferenças entre Outbound Marketing e Inbound


Marketing
Link do assunto: https://rockcontent.com/br/blog/o-que-e-
-inbound-marketing/ e também no link: https://www.iebschool.com/pt-br/
blog/marketing/inbound-marketing/a-diferenca-entre-inbound-e-outbou-
nd-marketing/

Automação de Marketing
Há muitas falácias sobre o termo “automação de marketing”,
pois muitos pensam que é qualquer ação realizada automaticamente
(como seguir de volta um amigo no Instagram, ou mesmo o agenda-
43 Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/blog/inbound-outbound-marketing/>

82
mento de postagens em mídias sociais), ou seja, a substituição de pes-
soas por ferramentas de marketing digital já é uma forma de automação
de marketing (RESULTADOS DIGITAIS44, acesso em: 18/02/2021). En-
tretanto, conforme será visto no decorrer desta seção, o conceito é bem
mais amplo.
Segundo Resultados Digitais45 (acesso em: 18/02/2021, s/p.), a
automação de marketing “é o uso de tecnologia para automatizar ações
e processos de marketing, reduzir trabalhos manuais e aumentar a
eficiência das ações”. Ainda de acordo com Resultados Digitais46 (aces-
so em: 18/02/2021, s/p.), automatizar o marketing:

significa entender e agir de forma personalizada e escalável com as pessoas


que interagem com sua empresa nos diferentes canais on-line. É entender
exatamente o interesse do Lead e seu estágio de compra, dando a ele
todas as informações de que precisa em determinado momento de maneira
automatizada.

Como exemplo de automatização de marketing, pode-se citar


o envio de e-mails de acordo com o perfil que o Lead interage com a
empresa e suas ações esperadas. Como percebe-se, nesse exemplo,
a automação de marketing elimina a necessidade de um colaborador
de enviar manualmente e-mails para cada um de seus clientes, seja
quando quiser falar com ele ou então quando o cliente demonstrar inte-
resse por algum produto/serviço. Consequentemente a automação de
marketing gera agilidade para a organização, pois, por meio de ferra-
mentas de automação, a empresa pode se fazer presente na vida dos

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


clientes mesmo durante períodos de recessos. A ideia é que por meio
dessas ferramentas também se faça a personalização de mensagens
de marketing para clientes com base em seus comportamentos, pre-
ferências, atividades de compra, dentre outros, de modo que sinta que
essas mensagens tenham sido elaboradas exclusivamente para cada
um deles; dessa forma, obterá uma clientela fiel e que elogia os produ-
tos/serviço da empresa (MAILCHIMP47, acesso em: 19/02/2021, s/p.,
tradução nossa48).
44 Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/especiais/automacao-de-marketing/>
45 Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/especiais/automacao-de-marketing/>
46 Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/especiais/automacao-de-marketing/>
47 Disponível em: <https://mailchimp.com/marketing-glossary/marketing-automation/>
48 Marketing automation uses technologies that eliminate the need for you to send a one-off
email every time you want to talk to your contacts or manually tag customers when they show inter-
est in a product in your store. Basically, you can set up an automation to execute your strategy the
way you want, and it will run in the background of your business. It gives you a way to be there for
your customers, even when you’re on vacation or practicing self-care in some other way. You can
use automation tools to customize an experience for people based on their behaviors, preferences,
purchase activity, and more. Your customers will feel like you’ve crafted every marketing message

83
Como exemplo de ferramentas de automação, pode-se citar as
seguintes (PEÇANHA, 2020): (I) HubSpot: trata-se de uma das princi-
pais ferramentas de automação de marketing do mundo, pois ela é bem
completa, atendendo todas as necessidades para a jornada do cliente;
(II) RD Station: é a ferramenta mais conhecida no Brasil. Ela é uma
ferramenta bem completa e suporta planos para empresas de qualquer
setor de negócio; (III) Mailchimp: consiste em um dos softwares de
e-mail marketing mais conhecidos no mundo.
As principais motivações para se investir em automação de
marketing são: aumento das vendas e receita; diminuição dos custos de
aquisição de clientes e melhoria na retenção de clientes (RESULTADOS
DIGITAIS49, acesso em: 18/02/2021).

Assunto: Automação de Marketing


Link do assunto: https://mailchimp.com/marketing-glossary/
marketing-automation/ ;
https://rockcontent.com/br/blog/o-que-e-inbound-marketing/ e
também no link:
https://resultadosdigitais.com.br/especiais/automacao-de-
-marketing/
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just for them, which will grow their trust in your brand. And you’ll build a loyal audience of people
who love (and tell other people about) your business.
49 Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/especiais/automacao-de-marketing/>

84
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2020 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: Analista Adminis-
trativo – Gestão Hospitalar Nível: Médio.
O marketing é um processo social, com o desenvolvimento, a
oferta e a livre negociação, as pessoas adquirem os produtos ou
serviços que necessitam. Muitas vezes, a função de marketing é
confundida com vender produtos, no entanto, precisamos enten-
der que as vendas fazem parte do marketing. Assinale a alternativa
que apresenta o objetivo principal do marketing.
a) O principal objetivo é fazer com que a empresa alcance sua visão.
b) O principal objetivo é engajar colaboradores.
c) O principal objetivo é conhecer e entender tão bem o cliente, fazendo
com que o produto ou o serviço se adéque a ele e se venda natural-
mente.
d) O principal objetivo é fidelizar clientes.
e) O principal objetivo é fazer a empresa ganhar visibilidade e popula-
ridade com as pessoas certas, nos canais certos e nos melhores mo-
mentos.

QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: IBFC Órgão: PM-BA Prova: Soldado Nível: Fácil
“A Inteligência Artificial (IA) está transformando a maneira como
fazemos negócios. A adoção de aprendizado de máquina, Big Data,

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Analytics e outras novas tecnologias em busca de automação não
é mais estritamente uma questão de tecnologia de informação e se
tornou um fator chave na tomada de decisões que agora envolve
os líderes e objetivos de negócios da empresa” (CIO, 2019). Assi-
nale a alternativa correta que apresenta uma vantagem da inteli-
gência artificial.
a) Aumento substancial de erros na produção.
b) Maior tempo de trabalho e de produção.
c) Queda na eficiência e na produtividade.
d) Dificuldade na tomada de decisão e na solução de problemas.
e) Modernização das etapas de produção.

QUESTÃO 3
Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: IBGE Prova: Agente Censitário
Municipal (ACM) / Agente Censitário Supervisor (ACS) Nível: Fácil.
O crachá é o documento que credencia o funcionário a realizar a
pesquisa para o IBGE cujos itens são: foto, dados do recenseador
85
e o QRcode.
De acordo com a informação acima, o QRcode constante no cra-
chá de identificação do Recenseador serve para que o informante
possa:
a) confirmar os dados do recenseador diretamente do site do IBGE.
b) realizar seu cadastramento junto ao site do IBGE.
c) acessar todos os resultados obtidos pelo IBGE ao final do censo.
d) obter todas as perguntas que serão realizadas pelo recenseador.
e) confirmar a realização da pesquisa em sua residência junto ao site
do IBGE.

QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: TCE-MG Prova: Analista de Con-
trole Externo – Ciência da Computação Nível: Difícil.
Em machine learning, a categoria de aprendizagem por reforço
identifica as tarefas em que:
a) um software interage com um ambiente dinâmico, como, por exem-
plo, veículos autônomos.
b) as etiquetas de classificação não sejam fornecidas ao algoritmo, de
modo a deixá-lo livre para entender as entradas recebidas.
c) o aprendizado pode ser um objetivo em si mesmo ou um meio para
se atingir um fim.
d) o objetivo seja aprender um conjunto de regras generalistas para
converter as entradas em saídas predefinidas.
e) são apresentados ao computador exemplos de entradas e saídas
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

desejadas, fornecidas por um orientador.

QUESTÃO 5
Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MJSP Prova: Cientista
de Dados – Big Data Nível: Difícil.
A inteligência artificial (IA) pode ser aplicada hoje em diferentes
áreas. Uma dessas áreas é a de análise de dados que, dependendo
do contexto, refere-se a uma grande quantidade de possíveis ope-
rações de dados, às vezes específicas de determinados setores ou
tarefas. Sabendo disso, assinale a alternativa que apresenta corre-
tamente as quatro grandes categorias do processo de análise de
dados com o uso da IA.
a) Carga, correção, transformação e uso.
b) Identificação, transformação, apresentação e decisão.
c) Triagem, carga, limpeza e apresentação.
d) Processamento, modelagem, triagem e apresentação.
e) Transformação, limpeza, inspeção e modelagem.
86
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

As estratégicas de marketing: Inbound e Outbound têm se tornado muito


populares. Entretanto, ainda existem organizações e profissionais que
desconhecem a importância desses termos ou mesmo não sabem nem
a diferença entre eles.
Sobre o enunciado acima, discorra sobre as principais diferenças e be-
nefícios dessas duas estratégias de marketing.

TREINO INÉDITO

___________ refere-se ao cliente em potencial, ou seja, é aquele con-


sumidor que evidenciou interesse no produto ou serviço da organiza-
ção. A palavra que completa corretamente a lacuna acima é:
a) SEO
b) Lead
c) Persona
d) ETL
e) OLAP

NA MÍDIA

PSIQUIATRA FRANCÊS TRATA MEDO DE PEGAR COVID-19 COM


REALIDADE VIRTUAL

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O psiquiatra francês, Eric Malbos, que trabalha no hospital francês Con-
ception, lançou recentemente um livro intitulado de “Psicoterapia e Rea-
lidade Virtual”. Esse livro, na verdade, é mais um guia para médicos e
o público em geral, em que são descritas técnicas que são aplicadas
há 18 anos. Essas técnicas se mostram eficazes para o tratamento de
ansiedade, fobias e transtornos obsessivos-compulsivos.
De acordo com o psiquiatra, em uma entrevista concedida à RFI Bra-
sil, aumentou o número de pacientes com fobias devido à pandemia.
Segundo ele, muitos pacientes desenvolveram o medo patológico de
contrair a Covid-19. Para esses pacientes, o simples fato de tocar na
maçaneta de uma porta é um desafio. Para tratar essa fobia, o médico,
que também é designer de ambientes virtuais, criou um software que,
por meio de óculos de realidade virtual, expõe os pacientes gradativa-
mente a situações de risco de contaminação ao Coronavírus, como a
sensação de entrar em hospitais e de se aproximar de pessoas que
tossem, que espirram etc.

87
Fonte: UOL
Data: 23 de fevereiro de 2021.
Leia a notícia na íntegra: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/
rfi/2021/02/23/psiquiatra-frances-trata-medo-de-pegar-covid-19-com-
-realidade-virtual.htm

NA PRÁTICA

O Grupo SEB é um dos grandes grupos de educação fundamental do


Brasil, dentre as instituições estão: a Escola SEB, Pueri Domuns e Dom
Bosco. Cada uma dessas instituições possui suas próprias regras de
matrícula/rematrícula com os prazos variáveis, níveis de descontos e
prorrogações. Até o segundo semestre de 2018, toda a comunicação da
instituição ocorria por meio de disparos realizados manualmente pela
equipe de comunicação. Esse trabalho manual gastava muitas horas de
trabalho e, além disso, gerava erros no processo.
Como o Grupo SEB utilizava o sistema CRM da Microsoft, denominado
de Dynamics CRM, como centralizador das regras comerciais e base de
contatos e, como esse sistema é compatível com o Acoustic Campaign,
ele foi o escolhido para a automação de marketing. Dessa forma, foi
possível entregar mais trabalho com o menor esforço possível dos co-
laboradores da gestão de comunicação. As premissas foram: (I) criação
de uma régua50 de rematrícula com 5 mensagens, que são: lembrete
por mês, semana, dia, prorrogação, último dia. Tudo isso ao longo de 5
meses; (II) criação de e-mails de marketing personalizados por: escola,
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

unidade, descontos progressivos, prazos de vencimentos e identidade


visual de cada marca (instituição); (III) utilização de SMS para períodos-
-chave da matrícula; (IV) criação de regras de negócio, como prazos e
valores de descontos que podem ser alterados a qualquer momento,
conforme a necessidade da equipe comercial.

Fonte: MATH MARKETING. Rematrícula utilizando ferramenta de


automação de marketing. Disponível em: <https://math.marketing/ca-
ses/rematr%C3%ADcula-automa%C3%A7%C3%A3o-de-marketing/>.
Acesso em: 19/07/2021.

50 Uma régua é basicamente definida como um conjunto de ações, ou seja, um conjunto de


estratégias, que vão desde os processos de marketing até as etapas de retenção do cliente, como
o perfil do público-alvo do negócio.

88
No decorrer desta unidade, foram abordados os impactos pro-
vocados pelos avanços tecnológicos das últimas décadas, como o sur-
gimento de novas plataformas digitais (como as mídias sociais, os blo-
gs, e-mails etc.), máquinas inteligentes e autônomas devido ao uso de
IA, computação em nuvem, internet das coisas e até a automação do
marketing.
Também foi visto nessa unidade, que a transformação digital
vem mudando a forma como os negócios são realizados e, em alguns
casos, até criando novas classes de negócios como foi o caso da em-
presa Netflix. A transformação digital fez com que empresas tradicionais
dessem um passo para trás e revisassem a forma desde como ocorria
a gestão dos processos, para tomarem melhores decisões, até a intera-
ção com os seus clientes. Essas inovações tecnológicas dão a possibi-
lidade de as empresas se manterem competitivas no mercado.
Além dessas mudanças nas organizações, a transformação
digital também foi a responsável por promover modificações nas pro-
fissões, como a extinção de algumas e também atualizações de outras,
como por exemplo a de professor, visto que tem sido comum a atua-
ção de professores de forma on-line. Também ocorreu o nascimento
de novas profissões, como as de influenciador digital, gestor de mídias
sociais, profissionais de marketing digital etc.

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

89
GABARITOS

CAPÍTULO 01

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
E B E D B

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Como já se observa, conhecimentos e habilidades em determinadas


tecnologias já deixaram de ser diferenciais e se tornaram aptidões obri-
gatórias. O próximo passo é estudar muito para melhorar as suas habi-
lidades e competências por meio de cursos, graduações e/ou pós-gra-
duações e, dessa forma, conseguir evoluir na carreira profissional.
É muito importante que tanto os profissionais que pretendem continuar
no mesmo ramo ou, então, aqueles que almejam mudar de profissão,
consigam acompanhar todas as mudanças, mantenham-se atualizados,
independentemente, se a carreira está diretamente ligada à área de tec-
nologia ou não. Atualmente, o profissional que se destaca no mercado
de trabalho é aquele que está constantemente se atualizando e sabe
aplicar seus conhecimentos no seu quotidiano.
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

TREINO INÉDITO
Gabarito: A

90
CAPÍTULO 02

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
A C C C D

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

O BI e o Big Data possuem objetivos distintos, no entanto, são tec-


nologias complementares, que podem trabalhar em conjunto. Tal fato
possibilitaria aperfeiçoar a análise e compreensão dos dados. O BI tem
seu foco na coleta, organização, transformação e disponibilização de
dados estruturados (os de bancos de dados relacionais) para facilitar a
tomada de decisão dos gestores da organização. Além disso, fornece
insights e tendências aos gestores para que possam criar diretrizes efi-
cazes e eficientes para alcançar os resultados aspirados pelos gestores
da empresa.

Já o Big Data possibilita a análise de dados não estruturados (imagens,


áudios etc), além do mais, mira em mostrar os caminhos e correlações
antes desconhecidos nos grandes volumes de dados, em tempo hábil
(às vezes até em tempo real). Portanto, a diferença mais marcante entre

MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


essas tecnologias é que: (I) o BI permite a análise dos dados já exis-
tentes, determinando as melhores hipóteses; (II) enquanto, o Big Data
possibilita a interpretação e a análise de dados futuros.

O BI possibilita uma fácil interpretação dos dados para auxiliar na ges-


tão de qualquer negócio, pois é possível identificar novas oportunidades
e implementar uma estratégia eficaz com base nos dados analisados,
como por exemplo compreender em qual região as vendas aumenta-
ram ou diminuíram, tendo como meta promover negócios com vanta-
gem competitiva no mercado. Já o Big Data possibilita a utilização de
diferentes ferramentas para analisar diferentes fontes de dados, como
de redes sociais, imagens e outros dados não estruturados. Todos es-
ses dados ajudarão as organizações a melhorarem o seu desempenho
e aperfeiçoarem seus processos internos.

TREINO INÉDITO
Gabarito: B
91
CAPÍTULO 03

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
C E A A E

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

O outbound marketing, que é também denominado de marketing tradi-


cional/clássico, tem a função de trazer clientes através do oferecimento
de produtos/serviços, isto é, ir atrás do cliente. Como exemplo de ações
do outbound marketing, tem-se: as propagandas de TV, rádio, folhetos
de promoção e divulgação, carros de som, dentre outros. Já a estratégia
inbound marketing, também chamada de “Marketing de Atração”, faz jus
ao seu nome, pois, a ideia dessa estratégia é exatamente essa: fazer o
cliente sentir atração pelo produto/serviço e ir até a empresa. Essa atra-
ção é feita por meio da criação de conteúdos que despertem o interesse
do cliente pelos produtos/serviços que a empresa oferece.

Atualmente, a principal forma de fazer os consumidores chegarem até


a organização é criando conteúdo. Essa estratégia recebe o nome de
marketing de conteúdo. Em suma, o outbound marketing usa ações
mais tradicionais, como propagandas físicas e digitais. Já o inbound
MEIOS DIGITAIS E O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

marketing, procura estimular o interesse do cliente por meio de conteú-


dos relevantes para que ele chegue à empresa. Essa estratégia ganhou
forças devido à popularização da internet e das plataformas digitais,
como redes sociais, blogs etc. É importante salientar que, apesar de
se tratarem de técnicas diferentes, elas se completam e ambas podem
trazer sucesso para qualquer empresa.

TREINO INÉDITO
Gabarito: B

92
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