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PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
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PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!..
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profissional.
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A Psicopatologia Forense é considerada uma aplicação do conhe-
cimento e dos métodos da Psicologia nas questões e casos jurídicos. Na
prática, é quando um psicólogo atua em conjunto com o sistema jurídico,
de acordo com os mais variados casos e ramos do Direito, seja na parte de
avaliação psicológica e aplicação de testes, bem como perito, assistente e
psicólogo propriamente dito. Comumente, a figura do psicólogo no direito
é somente associada à parte criminal, em decorrência da inimputabilidade
penal, tendo em vista exceções atribuídas na nossa legislação às pessoas
que sofrem de transtornos mentais e, consequentemente, que perdem a
capacidade de responsabilização pelos seus atos, através da exclusão da
culpabilidade. Não obstante o psicólogo ser realmente imprescindível no
direito penal, outras áreas do direito também são abarcadas pela psicolo-
gia, como a cível e nas situações ligadas à criança e ao adolescente, por
exemplo. Por esses motivos, o profissional que trabalha com a psicologia
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
forense tem um papel significativo, pois, é a partir dele que são realizadas
as avaliações psicológicas no geral, tanto para verificar a aptidão do sujeito
a desempenhar alguma situação de risco ou para diagnosticar que um indi-
víduo sofre de um transtorno mental. Por fim, o enlace da psicologia foren-
se ainda se reflete no campo da dependência química, no seu tratamento
e nas políticas públicas oferecidas pelo estado na prevenção, combate e
cuidados com o dependente, já que este problema não é apenas de segu-
rança, mas de saúde pública também.
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
CAPÍTULO 01
PRINCIPAIS ASPECTOS SOBRE A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E
O INDIVÍDUO
Recapitulando _________________________________________________ 30
CAPÍTULO 02
TIPOS DE TRANSTORNOS
Recapitulando _______________________________________________ 50
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CAPÍTULO 03
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Recapitulando _________________________________________________ 76
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Prezado Aluno (a), seja bem-vindo! Elaboramos o presente
módulo com o objetivo de trazer de forma completa e sucinta o conheci-
mento da Psicologia aplicada à Psicopatologia Forense. Como o nome
já diz, a Psicopatologia Forense se trata de uma união entre essas duas
ciências: Direito e Psicologia. Diferente do que ocorre na interação de
outras áreas do conhecimento com as ciências jurídicas, neste caso,
percebe-se que a psicologia está intrinsecamente ligada a nossa legis-
lação e à parte processual, à medida que é determinante para o diag-
nóstico de capacidade do indivíduo, uma vez que este pode sofrer de
algum transtorno mental, assim como para constatar a existência de al-
gum trauma e, por fim, analisar o estado de espírito e social de alguém.
Esses são apenas alguns exemplos da atuação do psicólogo
no ambiente jurídico, pois, é certo que este profissional não limita o
seu campo de atuação apenas no direito penal, direito de família e nas
questões ligadas ao bem estar da criança e do adolescente.
Como se vê, o psicólogo está presente em várias situações,
como ao aplicar um teste com o intuito de verificar se determinada pes-
soa está apta para dirigir ou ter a posse de uma arma de fogo. Tais
constatações dependem dos procedimentos realizados pelo psicólogo,
por meio da aplicação de uma avaliação psicológica ou testes, com o
objetivo de analisar e traçar a pessoalidade do indivíduo.
Neste sentido, a avaliação psicológica é uma área de estudo
específica para os psicólogos e o Conselho Federal de Psicologia (CFP)
a define como um “processo técnico-científico de coleta de dados, es-
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PRINCIPAIS ASPECTOS SOBRE
A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E
O INDIVÍDUO
GRUPO PROMINAS
JURÍDICO -- GRUPO PROMINAS
No capítulo 1 iniciaremos o estudo abordando os principais as-
pectos sobre a avaliação psicológica e como esta é realizada em um
AMBIENTE JURÍDICO
indivíduo. Ademais, identificaremos o fenômeno da psicopatologia fo-
rense, relatando as determinantes biopsicossociais do comportamento
NO AMBIENTE
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS
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Neste contexto, entende-se que a avaliação psicológica é um
processo de conhecimento, no qual se buscam informações sobre de-
terminadas demandas formuladas pelo sujeito, seja por um fator fami-
liar, pela procura do pai ou da mãe a respeito do comportamento do seu
filho, entre outras situações. De maneira mais simplificada, a avaliação,
em tese, faz parte do começo da terapia ou pode ser pontual, pois, é
neste momento que o sujeito explica a sua reclamação ou demanda,
que servirá de premissa para que o profissional comece a caminhar
pelos pensamentos e sentimentos do seu paciente, definindo as suas
características psicológicas.
É valido ressaltar que a realização da avaliação psicológica
não é seguida por todo profissional da psicologia. Como se verá a se-
guir, este procedimento é mais técnico e, por esse motivo, a depender
da vertente, teoria e da especialização do terapeuta ou psicólogo, pode
acontecer do mesmo não realizar a aplicação da avaliação, visto que
esta exige do psicólogo uma clara visão e constatação sobre diagnós-
tico. Ocorre que o profissional pode simplesmente não trabalhar com
este tipo de “análise” ou, em determinados casos, até encaminhar o su-
jeito a um profissional que tenha o trabalho especializado em avaliação
e testes psicológicos. Logicamente, isso não quer dizer que o profissio-
nal vai deixar de traçar o perfil psicológico daquele paciente, mas que
vai fazê-lo de outra maneira, que não exija a parte técnica e específica
detalhada na ideia de avaliação que a psicologia traz.
Continuando sobre o processo de avaliação psicológica, este
permite ao profissional de psicologia identificar aspectos comportamen-
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
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Tabela 1 – Definição de avaliação psicológica segundo profissionais e
estudantes.
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
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Conforme pode-se observar na Tabela infra anexada os resultados
obtidos nesta pesquisa mostraram que os profissionais e estudan-
tes apontam uma visão sobre a avaliação psicológica assim como a
divulgada no senso comum, qual seja, que a avaliação psicológica é
realizada como procedimento de aplicação de testes, utilização de
instrumentos, técnicas, métodos, mensuração e prática psicológica.
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Diante disso, o psicodiagnóstico também pode ser realizado compreen-
dendo o grupo familiar do indivíduo e não somente de forma individua-
lizada.
Conforme preceitua Maria Luisa Siquier Ocampo e et al, (2005,
p. 35), o processo psicodiagnóstico é dividido em quatro partes:
A Resolução CFP n° 002/2003, no artigo 11, orienta que “as condições de uso
dos instrumentos devem ser consideradas apenas para os contextos e pro-
pósitos para os quais os estudos empíricos indicaram resultados favoráveis”.
O que esse artigo quer dizer é que a simples aprovação no SATEPSI não
significa que o teste possa ser usado em qualquer contexto, ou para qualquer
propósito. A recomendação para um uso específico deve ser buscada nos
estudos que foram feitos com o instrumento, principalmente nos estudos de
validade e nos de precisão e de padronização. Assim, os requisitos básicos
para uma determinada utilização são os resultados favoráveis de estudos
orientados para os problemas específicos relacionados às exigências de
cada área e propósito.
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Figura 2 – Métodos para utilizar durante avaliação psicológica
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
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de serem utilizados em casos que correspondem aos tipos mais co-
muns de avaliação e teste.
Neste contexto, Machado e Morona (2007, p. 17), afirmam so-
bre os métodos de avaliação que:
PSICOPATOLOGIA FORENSE
• PSICOLOGIA JURÍDICA
No Brasil, a partir de 1960, ocorreu o reconhecimento da profis-
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são de psicologia e, a partir daí, foram crescendo progressivamente os
estudos e indagações acerca da profissão.
No âmbito forense, a psicologia teve início no meio criminal
através das avaliações de pessoas com alguma deficiência, como
exemplo, aqueles que praticavam crimes, sendo necessária a investiga-
ção se havia possibilidade do indivíduo entender que estava praticando
um delito ou não.
Mesmo antes de 1960, já existia uma preocupação com a ex-
clusão dos deficientes mentais da sociedade, com isso utilizava-se dos
artifícios da psicologia para analisar os deficientes e o seu grau de defi-
ciência, para que assim, pudessem realizar a exclusão ou não daquele
indivíduo da sociedade.
Hoje, a psicologia não atua somente na área criminal, como
também em outras tantas áreas do direito. Na cível, por exemplo, pode-
mos citar o direito de família, sucessões, direitos da criança e adoles-
cente e etc.
Inclusive, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi
elaborado a partir do auxílio de psicólogos, que ajudaram a estabelecer
medidas punitivas e socioeducativas de crimes cometidos por crianças
e adolescentes infratores.
Especificamente na área do direito de família, têm-se a atuação
da psicologia jurídica dentro dos institutos de regulamentação de visitas,
guarda, adoção, que acontecem através de uma avaliação psicológica,
com a finalidade de constatar se o adotante possui condições psicológi-
cas suficientes para adotar aquela criança ou adolescente.
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
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Então, no campo da psicopatologia, tem-se, por conseguinte, a visão noso-
lógica e organicista da psiquiatria. Trata-se, de um lado, da descrição e taxo-
nomia das várias formas de enfermidade mental, herança da medicina clas-
sificatória dos séculos XVII e XVIII, mediante a qual se definem e diferenciam
as grandes entidades clínicas, cada uma com seu conjunto de sintomas, sua
evolução, prognóstico; de outra parte, da indagação sobre a etiologia das
doenças, da oposição irredutível entre normal e patológico, que marcou a
atividade clínica no final do século XIX(PINHEIRO, p. 13).
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familiar serve apenas como uma hipótese que ajuda no diagnóstico,
ou seja, não se deve levar em consideração apenas esse único fator
etiológico.
Outro aspecto importante quanto ao diagnóstico psicopatológi-
co é que não há sinais e sintomas totalmente específicos de determina-
do transtorno mental, e isso faz com que o diagnóstico fique cada vez
mais complexo de se detectar.
Como exemplo disso, podemos citar os sintomas do transtorno
bipolar e esquizofrenia, ambos possuem a mudança de humor como
sintoma em comum. Conquanto, o diagnóstico de psicopatologia deve
ser realizado a partir de uma totalidade de análises clínicas de modo
não superficial, para que haja equívoco no diagnóstico psicopatológico.
• PSICOPATOLOGIA FORENSE
A psicopatologia forense é considerada uma aplicação dos
conhecimentos e métodos da psicologia nas questões e casos jurídicos.
Na prática, é quando um psicólogo atua em conjunto com o sistema
judiciário para identificar delitos que possuem relação com transtornos
ou doenças mentais.
Atualmente, as estratégias de avaliação psicológica têm obje-
tivo de encontrar respostas ou indicações para soluções de problemas.
Conforme Fraletti, (1987, p.9) as definições de psicopatologia forense
se configuram como sendo uma ciência que depende de outras ciências
afins e auxiliares, isso quer dizer que a psicopatologia não é uma ciên-
cia indepedente.
Ainda sim, o autor distingue as ciências afins e as ciências au-
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tipo, maior a probabilidade de se tratar de uma personalidade psicopática
fria de sentimento (desalmada, amoral) ou de um pseudo-psicopata (encefa-
lopata). É o caso, por exemplo, dos sádicos, autores de estupro ou mesmo
ato sexual com consentimento da vítima, seguindo do retalhamento de seus
corpos (José Pistone e Chico Picadinho) ou de cremação (Caso da Cidade
Univesitária), etc. (FRALETTI, 1987, P. 8).
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de que o corpo é uma máquina que pode ser completamente entendida em
termos da organização e do funcionamento de suas peças. De acordo com
este modelo, uma pessoa saudável seria como um relógio bem construído
e em perfeitas condições mecânicas; uma pessoa doente, um relógio cujas
peças não estão funcionando apropriadamente.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Cri-
minal Federal - Área 12
Julgue o item subsequente, relativo à psicopatologia forense.
No Código Penal brasileiro, a expressão desenvolvimento mental
retardado se refere à psicose, à epilepsia e à demência.
( ) Certo
( ) Errado
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Cri-
minal Federal - Área 12
Julgue o item subsequente, relativo à psicopatologia forense.
A esquizofrenia é uma das psicoses encontradas com mais fre-
quência nos réus que se submetem a exame de imputabilidade
penal, sendo esses periciandos, geralmente, considerados inim-
putáveis.
( ) Certo
( ) Errado
QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Cri-
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 4
Ano: 2016 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: Estágio -
Psicologia
“A psicopatologia, em acepção mais ampla, pode ser definida como
o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental
do ser humano. É um conhecimento que se esforça por ser sis-
temático, elucidativo e desmistificante. Como conhecimento que
visa ser científico, não inclui critérios de valor, nem aceita dogmas
ou verdades a priori. O psicopatólogo não julga moralmente o seu
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objeto, busca apenas observar, identificar e compreender os diver-
sos elementos da doença mental.” (Dalgalarrondo, 2000.) É possí-
vel afirmar, pois, que a psicopatologia pode ser concebida como
um segmento de estudos e pesquisas da psicologia que fornece
diversas informações e conhecimentos sobre os transtornos psi-
cológicos para diferentes áreas profissionais, inclusive no âmbito
jurídico, por evidenciar implicações forenses nas áreas penal e cí-
vel. Tendo isso em vista, na interface com a justiça, essa temática
A) estabelece critérios de julgamento entre capazes e incapazes.
B) exclui possibilidades de limitações no que tange ao trabalho e à ces-
sação do mesmo
C) destitui a dicotomia existente entre verdade e mentira, bem como
inimputabilidade e risco.
D) apresenta importante relevância ao oferecer a possibilidade de dis-
cernimento acerca da imputabilidade ou inimputabilidade.
QUESTÃO 5
Ano: 2006 Banca: CESPE Órgão: MPE-TO Prova: Analista - Psico-
logia
Em uma perícia forense, o psicodiagnóstico avalia o estado men-
tal, a capacidade para o exercício de funções de cidadão e o com-
prometimento psicopatológico, que eventualmente estejam as-
sociados a infrações da lei. Os resultados descrevem o que uma
pessoa pode, ou não, fazer no contexto da testagem, mas cabe ao
psicólogo inferir as atitudes dela na vida cotidiana. Nesse caso,
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
NA PRÁTICA
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TIPOS DE
TRANSTORNOS
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
• IMPUTÁVEIS
A imputabilidade penal compreende a responsabilização do in-
divíduo a determinado crime ou infração penal, logo, o inimputável é
aquele indivíduo em que não se pode atribuir responsabilização pela
ação cometida.
Para que o indivíduo seja considerado plenamente capaz de
responder por seus atos, são necessários três requisitos:
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- Consciência;
- Domínio da vontade de realizar o ato;
- Ter consciência da ilicitude desse fato.
• INIMPUTÁVEIS
Ao compreender o conceito de imputabilidade, resta claro que
a inimputabilidade é o contrário e significa que o sujeito não tem capa-
cidade de compreender um fato como criminoso.
A inimputabilidade pode ser definida a partir do critério biopsi-
cológico, que é a capacidade de alguém responder por um ato típico,
antijurídico, ou seja, por um crime. O inimputável é aquele que não reco-
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Dessa maneira, conclui-se que a imputabilidade é regra, en-
quanto a inimputabilidade é claramente uma exceção.
• CAUSAS DE INIMPUTABILIDADE
As causas da inimputabilidade estão taxativamente previstas
no Código Penal, que estabelece como causas de exclusão da imputa-
bilidade: A doença mental, o desenvolvimento mental incompleto, o de-
senvolvimento mental retardado e a embriaguez completa proveniente
de caso fortuito ou força maior.
Insta salientar que as três primeiras opções supracitadas estão
previstas no art. 26, caput, e, a última, no art. 28, §1°, ambos do CP.
No mais, o art. 23 do mesmo Código, estabelece a menoridade
como causa de inimputabilidade em combinação e sujeição ao ECA.
Ao final, do ponto de vista processual, o Código de Processo
Penal aborda o tema em seu art. 149, § 1°, do capítulo VIII - Da Insani-
dade Mental do Acusado, a seguir:
MENORIDADE
Como foi dito, são inimputáveis os menores de dezoito anos.
Os menores de dezoito, mas maiores de doze anos, quando cometem
alguma infração penal ganham um tratamento diferenciado, visto que
o ato praticado não é considerado crime e sim um ato infracional. Este
menor, será regido pelo ECA e será responsabilizando de acordo com
as medidas socioeducativas previstas no estatuto.
Em relação aos menores de doze anos, estes não terão regi-
mento pelo ECA e nem pelo Código Penal, ou seja, não responderão
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por nenhum tipo de crime e nem por ato infracional.
INSANIDADE MENTAL
As pessoas com insanidade mental se encaixam na classe
dos inimputáveis, pois, são aquelas acometidas por transtornos que as
impedem de possuir 100% de capacidade para cometer algum crime,
sendo assim, ao invés de serem apreendidas como os demais imputá-
veis, primeiro haverá um procedimento diferenciado que será adotado,
através de medidas de segurança, que alcança desde a internação, tra-
tamento e encontro da cura, ou até mesmo por tratamento que seguirá
pelo resto da vida. Neste sentido:
Pela redação utilizada pelo Código deve-se dar abrangência maior do que
tradicionalmente lhe concederia a ciência médica para definir uma enfermi-
dade mental. Por doença mental deve-se compreender as psicoses, e, como
afirmava Aníbal Bruno, aí se incluem os estados de alienação mental por
desintegração da personalidade, ou evolução deformada dos seus compo-
nentes, como ocorre na esquizofrenia, ou na psicose maníacodepressiva e
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na paranóia; as chamadas reações de situação, distúrbios mentais com que
o sujeito responde a problemas embaraçosos do seu mundo circundante; as
perturbações do psiquismo por processos tóxicos ou tóxico-infecciosos, e fi-
nalmente estados demenciais, a demência senil e as demências secundárias
(CLASSIFICAÇÃO DE TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMEN-
TO CID 10, 2014).
• SEMI-IMPUTABILIDADE
Por semi-imputabilidade deduz-se que o indivíduo não era in-
teiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou determinar-se
de acordo com esse entendimento. Ou seja, ele não era plenamente
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
• CONCEITO
Os transtornos mentais também são chamados de síndromes
psiquiátricas. Psicologicamente falando, o transtorno mental é uma dis-
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função psicológica associada a sofrimento ou prejuízo funcional acom-
panhado de uma resposta que não é típica ou esperada no dia a dia
habitual das pessoas.
A disfunção psicológica refere-se a uma desordem no com-
portamento cognitivo e emocional ou comportamental, como exemplo:
o paciente tem um encontro com alguém e ao invés de se divertir no
encontro passa a noite inteira querendo voltar para casa, mesmo que
não tenha nada a temer, sendo assim, seria um medo imotivado que o
paciente possui. Sobre os transtornos mentais:
• CONCEITO do CID 10
O CID 10 significa CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE
DOENÇAS, bem como o número 10 indica a versão, ou seja, que esta
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TRANSTORNOS COGNITIVOS
• CONCEITO
O transtorno cognitivo também possui a nomenclatura de com-
prometimento cognitivo leve (CCL) ou declínio cognitivo. Este conceito
foi atribuído ao CID-10 através da Classificação Internacional de Doen-
ças em 1993, oportunidade em que foi instituído o nome de Transtorno
Cognitivo Leve. Nessa perspectiva:
Nos últimos anos, o conceito de CCL em idosos tem sido amplamente dis-
cutido na literatura sobre envelhecimento e demência. Refere-se a idosos
que têm algum grau de perda cognitiva quando comparados a pessoas nor-
mais da mesma faixa etária, mas que não preenchem critérios para demên-
cia14,19 podendo representar, em alguns casos, um estágio de transição
entre as alterações cognitivas que fazem parte do envelhecimento normal e
os primeiros sintomas da DA5. Alguns estudos têm sugerido que o CCL pode
representar um fator de risco para DA, tendo em vista a taxa de conversão
para esta patologia, em torno de 10 a 15% ao ano, contrastando com a de
indivíduos normais, em quem ela varia de 1 a 2% ao ano19 (CLEMENTE,
p.1, 2008).
• CARACTERÍSTICAS
As primeiras características estipuladas para o diagnóstico do
transtorno cognitivo foram as seguintes (figura 5):
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Figura 5- Critérios para diagnóstico de pacientes com transtorno cognitivo
QUEIXA DE FALTA DE MEMÓRIA
• ESPÉCIES
O Transtorno Cognitivo ou Comprometimento Cognitivo como
é comumente classificado pode ser subdividido em duas principais es-
pécies, quais sejam: o amnéstico e o não amnéstico, conforme demons-
trado na figura 6 abaixo:
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Para tanto, Clemente (2008, p.1) distingue os subtipos da se-
guinte forma: No subtipo AMNÉSTICO, no qual o indivíduo acometido
por esse diagnóstico geralmente tem um comprometimento da memó-
ria em alguns episódios, abaixo do que se espera em sua idade, sen-
do assim, classificado em Amnéstico Único domínio. Se por um acaso
ocorrerem déficits em outros domínios do paciente o diagnóstico é de
amnéstico múltiplos domínios. Ademais, o amnéstico único domínio
apresenta a memória preservada podendo haver um ou múltiplos domí-
nios comprometidos.
TRANSTORNOS AFETIVOS
• CONCEITO
O Transtorno afetivo bipolar (TAB) é uma doença caracteriza-
da diante da percepção de oscilações no humor do indivíduo, contudo,
não se trata da oscilação de humor habitual das pessoas, como quando
se ganha algo ou se deixa de ganhar. Nessa espécie de transtorno, o
humor do paciente divide-se em eufórico e depressivo, sendo assim, as
oscilações de humor são normais, exceto para os indivíduos que pos-
suem essas oscilações sem motivos aparentes. Assim como conceitua
(BALLONE, 2005, p.1) em sua obra:
43
Figura 7 -Tipos de Transtornos afetivos
• CARACTERÍSTICAS
Por alguns períodos, o indivíduo que possui esse tipo de trans-
torno torna-se altivo, acreditando conseguir realizar tarefas que normal-
mente não consegue, ou até mesmo, achando que é mais produtivo do
que era antes, faz negócios ilógicos que nunca vão dar certo, mas o
paciente sempre acredita que pode correr bem, realiza muitas compras
se endividando, a hiperssexualidade também é um sintoma encontrado
com indivíduos com esse transtorno.
Com a incidência desse diagnóstico no paciente, as conse-
quências serão físicas, psicológicas, sociais, familiares e uma forma
de apresentação habitual é a alternância do humor no paciente, tendo
épocas em que encontra-se com sintomas depressivos como tristeza,
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desânimo, vontade de morrer, diminuição no sono, dificuldade para exe-
cutar tarefas e alterna-se com a disposição e uma energia excessiva,
alegria extrema.
Desta maneira, as considerações acima apresentam o que é o
Transtorno afetivo bipolar, que está presente em uma parcela conside-
rável da população e trata-se de uma doença mental grave, passível de
melhora dos sintomas apenas com o acompanhamento psicológico e
outras atividades, a depender do caso.
Todavia, assim como a maioria das doenças mentais, como
depressão, dependência química, o transtorno afetivo bipolar é uma
doença crônica e necessita ter a realização do tratamento médico e
psicológico de médio a longo prazos.
• TRATAMENTO
O tratamento é realizado por meio de estabilizadores de hu-
mor, antidepressivos e o que mais for necessário de acordo com a par-
ticularidade de cada paciente acometido com essa doença, porém, a
maioria dos indivíduos se queixa de um quadro depressivo em vários
episódios anuamente.
Não adianta o sujeito cuidar deste transtorno sem realizar o
devido acompanhamento psicológico ou terapêutico, que é essencial
podendo agir de forma isolada ou conjuntamente com o método psi-
quiátrico.
Mesmo se esse transtorno tiver o devido tratamento e o diag-
nóstico adequado, ainda assim, será necessário que o paciente conti-
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
• CONCEITO
Os Transtornos da personalidade são doenças mentais que
a geralmente afetam os traços emocionais e/ou comportamentais, a
estabilidade e a capacidade de relacionamento de um indivíduo. Para
identificar esse tipo de transtorno, é preciso uma avaliação criteriosa
através de um profissional adequado e experiente, para que haja um
diagnóstico correto, vez que se trata de uma questão psicológica de
difícil definição. Sobre o Transtorno de Personalidade (TP):
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A partir disso, um transtorno da personalidade (TP) pode ser caracterizado
como “padrão persistente de experiência interna e comportamento que se
desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e
inflexível, começa na adolescência ou início da fase adulta, é estável ao lon-
go do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo”. É comum que pessoas com TP
tenham um repertório limitado de emoções, atitudes e comportamentos para
lidar com os problemas e estresse da vida cotidiana, apresentando respostas
desadaptativas que levam ao sofrimento e/ou prejuízos a si ou aos outros
(MAZER, 2017, p.86).
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TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA: indi-
víduos com comportamentos excêntricos ou com muita dificuldade em
se relacionar são propensos a possuir este transtorno.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL: o pa-
ciente que possui esse transtorno deve ser tratado por possuir incapa-
cidade de se adequar às normas consideradas lícitas.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA: ocorre
geralmente em pessoas que desejam ser sempre o centro das atenções
em tudo, é a busca incessante por atenção e o desconforto quando isso
não acontece.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE NARCISISTA: acome-
te indivíduos com falta de empatia e necessidade de admiração, desen-
cadeando inveja em outras pessoas.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE DEPENDENTE: ne-
cessidade e dependência que sempre alguém tome decisões em sua
vida, necessidade excessiva de ser sempre cuidado, ocasionando uma
diminuição de sua autoconfiança.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIVA: neste caso,
o indivíduo tem medo de se relacionar com outras pessoas em diversas
situações da vida cotidiana por receio de ser ridicularizado.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE OBSESSIVO-COM-
PULSIVA: preocupação intensa e perfeccionista com regras, horários,
tarefas e outras situações.
• SINTOMAS
O primeiro dos sintomas é uma pessoa que possui grande di-
ficuldade com relacionamentos interpessoais, um indivíduo que se ma-
goa fácil ou que acha que está sempre sendo perseguido, ou seja, essa
pessoa está sempre se machucando nas relações interpessoais que
estabelece. Distúrbios na sua própria identidade também são situações
que caracterizam um indivíduo com este transtorno, pessoas que mo-
dificam constantemente suas vontades. Outro sintoma que chama bas-
tante atenção, porém, é pouco frequente, é uma impulsividade muito
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grande, isto é, normalmente em uma situação de frustração presen-
ciada em uma relação interpessoal, o indivíduo fica com uma crise de
ansiedade e nesse momento é necessário que o mesmo realize tarefas
de maneira compulsiva para diminuir a ansiedade causada. Exemplo:
comer compulsivamente, usar drogas e sexo compulsivo.
Esses comportamentos são configurados em momentos de cri-
ses que normalmente aparecem quando há frustração com outra pes-
soa, podendo ser um amigo, família, namorado e etc.
• FAIXA ETÁRIA
Normalmente a faixa etária do Transtorno de personalidade
Borderline se desenvolve no final da adolescência ou no início da idade
adulta, compreendido entre os 16 e 22 anos, não há uma idade precisa,
no entanto, acomete geralmente essa faixa de idade.
Quanto a qual tipo de indivíduo que esse transtorno acomete,
geralmente é mais comum nas mulheres, em uma média de 80%.
• CAUSAS
Vale salientar que o transtorno de personalidade é multicausal,
desta maneira, não há o que se falar em uma única causa.
Contudo, dentre elas, ressalta-se que as causas biológicas
também contribuem para este tipo de transtorno, além de questões da
infância e início da adolescência, que podem ser consideradas tipos de
causas.
Na infância, por exemplo, se uma criança não vive num am-
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
48
categoricamente a prevalência de cada espécie do transtorno de per-
sonalidade:
49
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: MPE-AL Prova: Psicólogo
Douglas, 16 anos, foi surpreendido portando grande quantidade
de drogas e uma quantia em dinheiro, durante incursão policial em
sua comunidade. Apurou-se que Douglas abandonou os estudos
no 6º ano do Ensino Fundamental e iniciou o uso de drogas quan-
do tinha 12 anos.
Sobre o caso narrado, em consonância com a legislação vigente,
assinale a afirmativa correta.
A) O tráfico de drogas é considerado crime hediondo e Douglas cumpri-
rá pena em unidade prisional convencional.
B) Douglas, considerando a sanção da lei que reduziu a maioridade
penal, tornou-se imputável e responderá pelo seu delito.
C) Douglas é inimputável por ser dependente químico e cumprirá a me-
dida em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico.
D) Douglas deverá cumprir a medida de internação em entidade de aco-
lhimento institucional que disponha de recursos para sua recuperação.
E) A medida socioeducativa a ser aplicada a Douglas deverá ser cumu-
lada com medidas de proteção como tratamento e escolaridade.
QUESTÃO 2
Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: Secretaria da Criança - DF
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
Prova: Psicologia
A psicopatologia é o ramo da psicologia que se ocupa das causas
e da natureza dos fenômenos psíquico-patológicos e da persona-
lidade desajustada, os chamados transtornos mentais. Em relação
aos sintomas de transtornos que os pacientes apresentam, o psi-
cólogo pode se orientar utilizando o Manual Diagnóstico e Esta-
tístico de Transtornos Mentais (DSM IV), que contempla, de modo
padronizado, cinco dimensões, ou eixos:
I – Transtornos clínicos;
II – Transtornos de personalidade e retardo mental;
III – Condições médicas gerais;
IV – Problemas psicossociais e ambientais;
V – Avaliação global do funcionamento. Considerando-se cada
uma dessas dimensões, é correto afirmar que, no âmbito
A) dos transtornos clínicos, encontram-se os problemas recorrentes ou
crônicos que persistem ao longo da vida e que causam dano social e
ocupacional.
50
B) dos transtornos de personalidade e do retardo mental, encontram-se
sintomas que causam aflição ou dano significante à função social e à
função ocupacional, como os transtornos de ansiedade e a depressão.
C) das condições médicas gerais, encontra-se o nível de funcionamento
geral do indivíduo em relação a atividades sociais, ocupacionais e de
lazer.
D) dos problemas psicossociais e ambientais, encontram-se problemas
como fatores de estresse interpessoal ou eventos negativos que podem
afetar o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico dos transtornos psi-
cológicos.
E) da avaliação global do funcionamento, encontram-se os transtornos
físicos que podem ser relevantes para a compreensão e para o trata-
mento do transtorno psicológico.
QUESTÃO 3
Ano: 2019 Banca: IF-TO Órgão: IF-TO Prova: Psicólogo
No processo de crítica da racionalidade diagnóstica, que torna for-
mas de sintoma e de mal-estar parte de um processo social de alie-
nação e de mercantilização do sofrimento, o sistema diagnóstico
desenvolvido pela APA tornou-se um objeto importante, na medida
em que fixa e estabelece uma maneira de pensar e talvez induza
um tipo de psicopatologia que não é necessário nem deveria ser
pensado como hegemônico em termos de pesquisa, de financia-
mento em saúde mental ou de justificação clínica.
CHRISTIAN, Dunker. Questões entre a psicanálise e o DSM. Jornal
QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: Prefeitura de Fortaleza - CE Órgão: Prefeitura de
Fortaleza - CE Prova: Psicólogo
“Pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo, com depres-
são, ideias delirantes e incapacitação social não apresentam boas
respostas terapêuticas a um determinado tratamento psicotera-
pêutico. Estudos de preditores de resposta sugerem que esses
fatores diminuem a motivação e impedem a habituação da ansie-
dade.” (ITO, Lígia M. e colaboradores). O referencial terapêutico
citado é a:
A) terapia comportamental.
B) análise experimental do comportamento.
C) terapia cognitivo-comportamental.
D) terapia analítica.
QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: COMPERVE Órgão: UFRN Prova: Psicólogo Clínico
Helena procura atendimento relatando episódios de instabilidade
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
54
PARA SABER MAIS
55
DEPENDÊNCIA
QUÍMICA
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
56
nômicas para chegar ao modo de vida da população média na atuali-
dade. Todas essas mudanças, principalmente as ligadas ao comporta-
mento humano e consumo, contribuíram para o aumento da utilização
de substâncias químicas de todos os tipos, momento em que tal questão
passou a ser tratada como um problema de saúde e não apenas como
uma questão de segurança. Isso também ocorreu devido às inovações
da ciência na farmacologia, na medicina, além da indústria química, que
movimenta economicamente o sistema e fez com que determinados ti-
pos de substâncias fossem chamadas popularmente de “droga”.
Por conta das variáveis que envolvem a dependência, não há
como precisar todos os lados do problema. Neste sentido, o Brasil se
encaixa perfeitamente na ideia de país que passou por mudanças e se
tornou parte do fenômeno do consumo de drogas. Por isso, abordar o
campo da dependência química é verificar todos os gatilhos possíveis
que levaram um sujeito a ser considerado um dependente.
A Psicologia estuda a dependência fazendo menção a vários
termos semelhantes sobre o tema, porém, com diferenças, que no final
conceituam a mesma prática de consumo de substâncias psicoativas
no geral. Dentre estes, pode-se destacar três: a dependência química,
a drogadição e a toxicomania.
Segundo Bento (2006, p. 183), o termo toxicum surgiu ainda
na Antiguidade, quando designava uma substância mortal usada pelos
povos bárbaros para envenenar a ponta das flechas. No entanto, ape-
sar de ser conhecido como veneno, o termo tóxico também significava
remédio, ou seja, um meio de cura. Ferreira e Martini (2001) mostram
61
Conforme foi citado no começo deste capítulo, além de dependência
química, também existe o termo toxicomania, que geralmente é o mais
usado pela psicanálise. Dessa maneira, “a psicanálise passa a utilizá-lo
para se referir à intoxicação crônica de substâncias psicoativas” (BEN-
TO, 2006; RIBEIRO, 2008 apud SOUZA, 2017).
Na busca por teorizar a relação de dependência, Freud não fez
ligação direta entre a pessoa e a substância, “mas no vinculo desenvol-
vido com o objeto, ou ainda, na forma como o objeto permite ao sujeito
relacionar-se com os outros ao seu redor” (RIBEIRO, 2008 apud SOU-
ZA, 2017). Entretanto, neste campo, verifica-se que há uma escassez
nas abordagens de Freud exclusivamente sobre as toxicomanias.
Em vista disso, foi a partir dos estudos de Radó (1926), com
a elaboração do conceito de orgasmo farmacogênico (apoiado no con-
ceito de orgasmo alimentar do erotismo oral), que tiveram um efeito
marcante no pensamento psicanalítico (apud SOUZA, 2017). Por con-
seguinte, o consumo da substância psicoativa é articulado no registro à
oralidade, de forma que o sujeito toxicômano viveria a demanda repe-
tida da incorporação de um objeto capaz de lhe restituir a completude
perdida do orgasmo alimentar (BUCHER, 1992; BIRMAN, 2005apud
SOUZA, 2017).
Em contrapartida, a perspectiva acima acarretou no surgimen-
to de “interpretações que abordam uma relação materna insatisfatória,
como se o toxicômano buscasse com a substância psicoativa, uma figu-
ra materna preenchedora, que lhe faltou na história infantil” (BUCHER,
1992; BIRMAN, 2005; MOTA, 2007 apud SOUZA, 2017).
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
62
Diante do exposto, resta claro que a psicanálise também não
concluiu por uma resposta final sobre a dependência ou toxicomania,
que ainda passou pela área das estruturas psíquicas: neurose, psicose
e perversão, como se a dependência tivesse o condão de desenvolver
um quarto tipo de estrutura, até chegar à teoria narcisista, concebida
por Freud.
De todo modo, na busca pela origem e causa da dependência,
uma certeza lógica é que o recurso da droga tem um papel quase que
anestésico na vida do dependente, que utiliza uma ou várias substân-
cias como meio de aliviar a sua própria existência, “o sofrimento de
sua divisão subjetiva, o insuportável do impossível da relação sexual
e o mal-estarexistentena cultura e nos laços sociais” (SOUZA, 2017).
Portanto, “é essa diversidade de objetivos, para os quais as substân-
cias psicoativas podem ser utilizadas, que denotam as singularidades
que cada sujeito irá estabelecer com as drogas” (OLIVEIRA, 2010 apud
SOUZA, 2017).
Por outro lado, o MODELO COMPORTAMENTAL defende
que a dependência surge com a intenção que o sujeito tem de mas-
carar sentimentos dolorosos, como a ansiedade, tristeza, raiva ou até
mesmo a depressão. Na tentativa de torná-los indolores, a pessoa tem
como saída à automedicação, gerando a dependência. Isso porque,
“para a teoria comportamental, todo comportamento é consequência da
interação do indivíduo com seu ambiente. São os eventos ambientais
que determinam o comportamento, e nãoa consciência e o autocontro-
le” (SOUZA, 2017).
64
Figura 9 – Drogas mais utilizadas no Brasil
65
forma de apresentação, acessibilidade e custo, seu modo de uso, suas
características químicas, como o potencial para gerar dependência, e
seus efeitos fisiológicos” (FIDALGO; NETO; SILVEIRA, 2007).
Deste modo, o grau de penetração da substância no organis-
mo, isto é, na membrana biológica (lipossolubilidade) está ligado à ca-
pacidade de ultrapassar a BHE2. O “Rápido início de ação e intensidade
dos efeitos correlaciona-se como maior ou menor potencial de abuso.
Substâncias com menor meia-vida em geral desencadeiam síndromes
de abstinência mais intensas” (FIDALGO; NETO; SILVEIRA, 2007).
Neste contexto, as substâncias são classificadas de acordo
com os seus efeitos, em três tipos: Estimulantes do sistema nervoso
central, depressores do sistema nervoso central e perturbadoras do
sistema nervoso central. Abaixo, o quadro 1 demonstra a diferença en-
tre os tipos:
66
• INDIVÍDUO: Basicamente, é a pessoa que faz uso das subs-
tâncias químicas, no entanto, esta é considerada a parte mais complexa
do tripé da dependência, visto que esse sujeito pode se tornar um de-
pendente ou não, inclusive, sendo classificado apenas como um usuá-
rio, o que não o adequa ao título de adicto, a depender da sua relação
com a droga. Esse liame é induzido por fatores de origem “genéticos,
biológicos e psicodinâmicos” (FIDALGO; NETO; SILVEIRA, 2007). Des-
ta forma, o quadro 2 apresenta:
Quadro 2 – Fatores que influenciam o indivíduo ao consumo de substâncias
FATORES PSICODINÂ-
FATORES GENÉTICOS FATORES BIOLÓGICOS
MICOS
Todas as substâncias com po-
tencial de gerar abuso e de- O dependente químico
pendência agem em diversos pode ser compreendido
sítios cerebrais, promovendo como um indivíduo que
Vários estudos envolvendo interação complexa entre as não completou adequa-
famílias com casos de depen- várias vias de neurotransmis- damente seu processo de
dência química vêm eviden- são. Entretanto, a ativação da individuação, como se, no
ciando a importância do fator via de recompensa cerebral momento de se perceber
genético no desenvolvimento é o elemento comum a todas como pessoa, o fizesse
do quadro. Todos os estudos, elas, gerando reforço positivo frente a um espelho que-
no entanto, são unânimes em (sensação agradável e praze- brado, no qual várias falhas
apontar que apenas parte do rosa), que leva à intensificação e lacunas de seu ego são
fenômeno pode ser explica- do consumo. Assim, tais subs- expostas. Diante dessa si-
da pelos genes, sendo que tâncias agem sobre os corpos tuação, a substância atua
os demais fatores são deter- celulares de neurônios dopa- como um fator de estru-
minantes de sua expressão minérgicos da área tegmental turação do ego, gerando,
4 Núcleo accumbens, abreviado como NAc, (do latim Nucleusaccumbenssepti, núcleo en-
costado à divisória/septo) é uma parte da via de recompensa, gerando prazer, impulsividade e
comportamento maternal (WIKIPEDIA, 2019).
67
Ao entender o conceito de dependência química e seus fato-
res, é preciso direcionar o sujeito ou paciente que utiliza substâncias,
iniciando com uma AVALIAÇÃO CLÍNICA, objetivando obter informa-
ções e questionar, independente de qual tipo de droga faz uso. FIDAL-
GO; NETO; SILVEIRA (2007) ressaltam as seguintes questões:
- As motivações do uso;
- A quantidade utilizada;
- O padrão de uso;
- Os aspectos circunstanciais do uso;
- Os efeitos obtidos;
- O sentimento pós-uso.
Além disso, deve ser feita uma pesquisa ativa acerca da presença de comor-
bidades psiquiátricas, já que estão presentes em até 80% dos alcoolistas e
68
em até 70% dos dependentes de substâncias ilícitas. Depressão e transtor-
nos ansiosos são as comorbidades de eixo I mais comumente encontradas.
Não existe consenso na literatura quanto ao potencial que as substâncias
apresentam para desencadear quadros psiquiátricos mais graves, como
transtornos do espectro bipolar e psicóticos, que também são encontrados
em associação ao abuso de substância. Comorbidades com eixo II também
são frequentes, especialmente com os transtornos queincluemaimpulsivida-
decomotraço-chave,comoostranstornosdepersonalidadedoclusterB.Aimpor-
tância dessa avaliação psiquiátrica detalhada reside no fato de a presença
de comorbidades influenciar diretamente o curso clínico, o prognóstico e o
planejamento terapêutico do quadro. O exame do estado mental deve sem-
pre ser feito com o paciente fora do estado de intoxicação.
Deve ser realizada, ainda, criteriosa avaliação clínica, com exame físico cui-
dadoso e avaliação com examescomplementarescompleta,comênfasenaa-
valiaçãodafunçãorenalehepática,assimcomonapresença de infecções, tais
como hepatites B ou C, além do HIV. O ECG também é fundamental, uma
vez que diversas substâncias, como os estimulantes, podem interferir com a
perfusão e a eletrofisiologia cardíacas. Essa avaliação torna-se ainda mais
imperiosa quando se considera que muitos pacientes usuários de substân-
cias vivem em situação marginal e sem acesso aos serviços de saúde, sendo
o psiquiatra, muitas vezes, seu único contato com um profissional da área da
saúde (FIDALGO; NETO; SILVEIRA, 2018).
69
Quadro 4 – Tratamento de acordo com os princípios gerais
70
mento de dependentes químicos. Metodologicamente, no entanto, “as
terapias com orientação teórica voltada às técnicas cognitivo-comporta-
mentais” (FIDALGO; NETO; SILVEIRA, 2007) são predominantes. As-
sim essas técnicas atuam de duas maneiras:
GRUPO INDIVIDUAL
71
Figura 10 – Modelo de Roteiro Terapêutico
72
gas) e a Tipologia Patogênica dos Manuais Diagnósticos – CID 10 e
DSM - IV (e o então recém lançado DSM -V);
- A Justiça Terapêutica e as novas modalidades de abordagem
do Dependente Químico;
- Os Direitos e Deveres Legais de cada um dos atores envolvi-
dos e a questão da Lei Simbólica; e a da Densificada na Lei Jurídica –
inclusive sua incidência concreta nos locais de Prevenção, Tratamento
e Políticas Públicas;
- As Sanções Penais Alternativas e os Interditos Cíveis como
forma de Proteção da Dignidade da Pessoa Humana, do Patrimônio e
das Capacidades dos Dependentes Químicos para realizar Atos Jurídi-
cos e sua utilização para contribuírem como instrumento de Prevenção
e Tratamento; uma nova visão do conceito de Manejo de Contingências.
Deste modo, o direito tem relação direta com a dependência
química, na parte punível, como ao estabelecer os direitos e deveres
das pessoas que sofrem desta patologia, inclusive, através da Preven-
ção, Tratamento e Políticas Públicas.
Infelizmente, boa parte da sociedade ainda tem a visão rebus-
cada de que todo dependente é, consequentemente, um criminoso, o
que não é verdade. Cada pessoa deverá ser responsabilizada por seus
atos, conforme prevê a lei, todavia o “tribunal da sociedade” não pode
marginalizar essa classe antes de tomar conhecimento de cada situa-
ção sem generalizar.
73
criança e do adolescente”.
O ECA, tal como a Constituição, estabelece como um dos direi-
tos fundamentais o direito à saúde, devendo o estado também se preo-
cupar com políticas de acolhimento e tratamento da família, crianças e
jovens que passam por situações derivadas da dependência química.
Sendo assim, os tratamentos contra a drogadição, toxicomania e de-
pendência química são considerados um direito do indivíduo e um dever
estatal de assegurá-lo de maneira gratuita.
Dessa maneira, o ECA possui vários artigos que amparam esse
dever essencial de prestação do estado gratuitamente. Destaca-se que
essa prerrogativa também é estipulada pela Convenção das Nações
Unidas sobre os Direitos da Criança (UNICEF).
Como política pública, inicialmente, o Estado deve disponibi-
lizar centros de atendimento contra a dependência química, “sem pre-
juízo sem prejuízo de outras providências destinadas à erradicação do
vício no consumo de drogas por crianças e adolescentes. Tal gesto faz
parte do princípio fundamental da cooperação, tal como estampado no
artigo 4º, caput, da Lei nº 8069/90” (LAMENZA, 2008).
No caso de não haver centro especializado público, o esta-
do deverá procurar outras soluções a partir da iniciativa privada. Como
exemplo, temos os convênios que algumas instituições privadas rea-
lizam com a administração pública para atendimento gratuito. Isso é
bastante recorrente com o Sistema Único de Saúde (SUS).
Deste modo, é importante que existam ações firmadas no com-
bate ao consumo de drogas, algo preventivo, assim como que as políti-
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
74
propósitos, uma vez que são estabelecidas metas factíveis, com a participa-
ção ativa dos pacientes e de toda a equipe envolvida em seu manejo. Cons-
trói-se, assim, um vínculo de confiança e respeito, no qual é valorizada a
autonomia do paciente que se coloca à disposição da equipe de profissionais
de saúde. É importante ressaltar que, dentro dessa proposta, o plano tera-
pêutico deve ser permanentemente reavaliado e os objetivos estabelecidos
devem ser constantemente revistos, respeitando-se sempre a possibilidade
de transformação do paciente a cada momento, minimizando, dessa forma,
a sua frustração, aspecto a um só tempo frequente e prejudicial na clínica da
dependência. Nesse caso, o paciente pode desfrutar de autonomia e liber-
dade para se autodeterminar e desempenhar seus papéis sociais de forma
mais adaptada (FIDALGO; NETO; SILVEIRA, 2007).
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
Psicologia Forense. Instrumentos de Avaliação - Miguel M. Gonçalves.
Entendendo o Comportamento Criminoso - Brenner, Geraldo.
75
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2016 Banca: COPESE - UFPI Órgão: Prefeitura de Bom Jesus
- PI Prova: Psicólogo
Assinale a opção CORRETA,
A) A maconha é a droga ilícita mais consumida em todo o mundo: mais
de 3,8% da população mundial usa a substância. De acordo com dados
coletados em 2007 nos Estados Unidos, na população com idade acima
de 12 anos, o uso de maconha foi de 14,4% nos 12 meses anteriores
ao estudo. No Brasil, o consumo de maconha vem crescendo a cada
ano. O uso na vida em 2001 era de 6,9% e, em 2005, passou a 8,8%
da população; já a dependência da droga atinge 1,2% dos brasileiros.
Embora estudos mostrem mais mulheres usando maconha do que ho-
mens, há um significante aumento de homens usuários de maconha do
ano de 1996 para 2001 (22,3 para 29,5%; p > 0,001); para mulheres, o
aumento no número de usuárias foi de 33,7 para 39,5% (p > 0,005) no
mesmo período.
B) No que diz respeito especificamente à maconha, a influência dos
pares apresenta-se, sem dúvida, como fator de pouca importância para
o início e a manutenção do uso, como mostra Becker em seu estudo
com cinquenta usuários, na maioria músicos. No entanto, permanece
inalterado o papel desempenhado seja pela interação familiar na evo-
lução psicossocial dos jovens, seja pelas relações entre o jovem e as
normas socioculturais associadas ao consumo de drogas e outras con-
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 2
Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 3ª Região (MG) Prova: Analis-
ta Judiciário - Psicologia
Conjunto de sinais e sintomas que ocorrem horas ou dias após
o indivíduo cessar ou reduzir a ingestão da substância que vinha
sendo consumida geralmente de forma pesada e contínua (APA,
2002). Trata-se da
A) insuficiência fisiológica.
B) tolerância.
C) síndrome de abstinência.
D) dependência comportamental.
E) substância psicoativa.
pais
QUESTÃO 5
Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: Secretaria da Criança - DF
Prova: Atendente de Reintegração Socioeducativo
Segundo Guerra, não é característica da violência doméstica con-
tra crianças e adolescentes a.
A) violência interpessoal.
B) ocorrência predominante nos espaços públicos.
C) destituição da criança do seu papel de sujeito de direitos.
D) violência física, sexual e psicológica.
E) relação assimétrica de poder entre o adulto e a criança.
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
NA PRÁTICA
80
De acordo com a leitura desta unidade, percebe-se que a Psi-
cologia possui um papel social enorme, aumentando significativamente
quando trabalha em conjunto com o ordenamento jurídico.
Nestes termos, um dos procedimentos mais utilizados pelo psi-
cólogo forense é a avaliação psicológica, por denotar rigor e estrutura
técnica, visto que a justiça requer certas formalidades e adequações no
momento de constatação de diagnóstico.
É claro que alguns profissionais não fazem uso desse
instrumento, inclusive, por não concordar com a metodologia exigida,
mas para o direito é o que passa mais “seriedade”, embora esta
expressão possa parecer um pouco pejorativa.
Verificou-se, ainda, que os transtornos mentais também estão
presentes na Classificação Internacional de Doenças, bem como que o
número 10 indica a versão de sua atualização, finalizando na sigla CID-
10. Esta classificação pertence a um livro que oferece aos profissionais
da saúde os critérios de diagnósticos das doenças existentes, estabe-
lecendo um código para cada tipo de doença. No que se refere à saúde
mental, o CID 10 traz a classificação com a letra “F” para os transtornos
mentais existentes.
Portanto, a incidência do CID 10 facilita o diálogo entres os pro-
fissionais a nível nacional e mundial, tendo em vista que estabelece uma
padronização classificatória das doenças. Diante disso, os principais
transtornos mentais na atualidade são os de fator comportamental, me-
recendo destaque os transtornos cognitivo, afetivo e de personalidade.
81
GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
ERRADO CERTO CERTO D CERTO
TREINO INÉDITO
Gabarito: D
JUSTIFICATIVA
A alternativa D é a alternativa correta, tendo em vista que a patologia
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
82
CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
E D A C C
TREINO INÉDITO
Gabarito: E
JUSTIFICATIVA
Por mais que cada uma das alternativas apresente a nomenclatura de
um transtorno diferente, todos são considerados tipos e exemplos de
transtornos mentais, sendo espécie do qual este é gênero.
83
CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
E C C D B
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO
DE RESPOSTA
Conforme, o artigo 87 do Estatuto da Criança e do Adolescente são
linhas de ação da política de atendimento:
I - políticas sociais básicas;
II - políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo,
para aqueles que deles necessitem;
III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicosso-
cial às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, cruelda-
de e opressão;
IV - serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças
e adolescentes desaparecidos;
V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da
criança e do adolescente.
VI - políticas e programas destinados a prevenir ou abreviar o período
de afastamento do convívio familiar e a garantir o efetivo exercício do
direito à convivência familiar de crianças e adolescentes; (Incluído pela
Lei nº 12.010, de 2009)
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS
TREINO INÉDITO
Gabarito: B
JUSTIFICATIVA
A alternativa incorreta é a letra B, tendo em vista que, por mais que a de-
pendência química não possua cura, por isso a alternativa D está corre-
ta, há tratamento e controle para os dependentes, sendo esse multidis-
ciplinar. A alternativa A está correta, tendo em vista que a dependência
afeta não só a saúde, mas a vida social daquele que consome drogas e
a alternativa C também está certa, pois, a dependência não poderá ser
estabelecida se nunca houver um primeiro contato.
84
ALMEIDA, N. V. A entrevista psicológica como um processo dinâ-
mico e criativo.PSIC –Revista de psicologia da Vettor Editora, Vol. 5,
nº 1, 2004
86
FRALETTI, Paulo. Psicopatologia Forense. Sorocaba: Arqmed, 1987.
87
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Comité de expertos
de la OMS enfarmacodependencia (20o informe). OMS: Gene-
bra, 1974. Disponível em: <https://apps.who.int/iris/bitstream/hand-
le/10665/43663/9789243209425_spa.pdf> Acesso em: 10 de janeiro de
2020.
88
89
PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NO AMBIENTE JURÍDICO - GRUPO PROMINAS