Você está na página 1de 15

Aula 002

1 As Funções Psíquicas 1
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO | p.03

O EXAME PSÍQUICO | p.04

A SÚMULA PSICOPATOLÓGICA | p.05

A PRIMEIRA IMPRESSÃO: O OLHAR TREINADO PARA

O QUE NÃO É DITO | p.06

APARÊNCIA | p.08

ATITUDE | p.09

CONSCIÊNCIA | p.10

ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS PATOLÓGICAS | p.11

ALTERAÇÕES QUALITATIVAS PATOLÓGICA | p.12

COMO EXAMINAR A CONSCIÊNCIA | p.12

ORIENTAÇÃO ALOPSÍQUICA | p.13

COMO EXAMINAR A ORIENTAÇÃO | p.

William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67


Aula 002

I NT R O D U Ç Ã O

Nessa aula, trataremos sobre a primeira parte das funções


psíquicas que compõem o exame psíquico.

3 As Funções Psíquicas 1
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
Aula 002

O EXAME PSÍQUICO

O exame psíquico representa tudo aquilo que é observado pelo


examinador, para além do que o paciente fala no momento da
entrevista.

O exame psíquico sempre deve ser descritivo, sem o uso de termos


técnicos, descrevendo da melhor e mais detalhada forma possível
a situação que passamos com o paciente durante a entrevista.

4 As Funções Psíquicas 1
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
Aula 002

A SÚMULA
P S I C O PA T O L Ó G I C A

É a tradução da descrição feita no exame psíquico em


terminologia técnica. Os nomes técnicos descrevem pequenos
pedaços da descrição contida no exame psíquico. Assim, a partir
de uma boa descrição, o profissional treinado será capaz de
identificar as alterações presentes nos critérios diagnósticos de
cada transtorno mental.

Cada descrição feita no exame psíquico será correspondente


a um determinado termo técnico, que possui uma definição
padronizada e conhecida por todos os profissionais, permitindo a
padronização da comunicação.

5 As Funções Psíquicas 1
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
Aula 002

É fundamental que conheçamos cada uma das funções psíquicas


presentes na súmula psicopatológica, mas precisamos ter em
mente que, na prática, as funções não podem ser separadas,
sempre existindo de forma integrada e complementar.

A sistematização desse processo de avaliação ajuda a separar


o exame do paciente de nossas convicções pessoais, tornando-o
mais puro e próximo da realidade.

A PRIMEIRA
IMPRESSÃO: O OLHAR
T R E I N A D O PA R A O Q U E
N Ã O É D ITO

6 As Funções Psíquicas 1
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
Aula 002

Apesar de ouvirmos as informações da história a partir do


paciente e, em alguns casos, dos seus acompanhantes,
precisamos ter nosso olhar treinado para reparar naquilo que não
é dito.

Para contarmos uma história, temos o mínimo trabalho de pensar


no que vamos falar, e isso faz com que a comunicação verbal seja
mais organizada e menos espontânea do que a comunicação não
verbal.

Pensamos no que queremos passar para nosso ouvinte quando


vamos falar. Elementos não ditos, porém, escapam desse
processo consciente e podem fornecer informações fundamentais
a respeito do estado do paciente. É fundamental estarmos
atentos a esses sinais, principalmente, nos primeiros momentos da
entrevista.

Não podemos negar que existe uma perda no atendimento online,


porque o paciente não está inteiro na nossa frente. Temos acesso
a pedaços do seu corpo, não o vemos chegar, entrar, mas ainda
assim é possível extrair muitas informações a partir de elementos
não verbais. Na maioria das vezes, o suficiente para montar uma
base para o diagnóstico.

7 As Funções Psíquicas 1
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
Aula 002

A PA R Ê N C I A

Devemos reparar no paciente e nos diversos elementos que sua


aparência traz.

Elementos como higiene, cabelos, barba, dentes, maquiagem,


vestimenta, adereços que chamem atenção e unhas.

Depois dessa análise, podemos classificar a aparência do


paciente usando alguns termos usuais na súmula psicopatológica,
como: cuidada, descuidada, bizarra, excêntrica, extravagante e
exibicionista.

É claro que esse dado é somente uma peça de um grande


quebra cabeças, e o seu significado pode ser bastante diverso,
dependendo da história de cada paciente.

8 As Funções Psíquicas 1
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
Aula 002

AT IT U D E

Chamamos de atitude a maneira como o indivíduo se porta na


relação com o examinador. Considerando que a atitude do
paciente pode ter algum significado no diagnóstico, existem
termos para serem utilizados no registro da sua caracterização.

As atitudes mais frequentes são: cooperativa, negativista, hostil,


de fuga, suspicaz, querelante, reivindicativa, arrogante, evasiva,
invasiva, inibida, desinibida, submissa, expansiva, jocosa, irônica,
lamuriosa, dramática, teatral, sedutora, pueril, gliscróide,
simuladora, dissimulada, indiferente, manipuladora, amaneirada
e reação e último minuto.

O importante é notar como o paciente se porta em relação a você


e descrever essa forma. Pode ser que a atitude não signifique
nada, mas, em conjunto com outras características, pode ser um
diferencial no diagnóstico.

9 As Funções Psíquicas 1
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
Aula 002

CONSCIÊNCIA

Quando falamos de consciência no exame psíquico, estamos nos


referindo ao estado de vigília do paciente.

Podemos comparar a consciência com as luzes na base de um


palco.

• As luzes iluminam o palco de uma forma difusa, uniforme.


Representam o nosso nível de consciência, nosso estado de vigília.

• Os atores no palco representam as outras funções psíquicas


(pensamentos, afetos, vontades). Só podem ser percebidos se
devidamente iluminados pelas “luzes” da consciência.

Quando as luzes da base estão acesas, temos clareza das


vivências, enxergamos com nitidez. Esse é o estado de lucidez,
quando estamos acordados e apreendendo tudo aquilo que está
acontecendo no “palco”.

10 As Funções Psíquicas 1
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
Aula 002

A LT E R A Ç Õ E S
Q U A N T I T A T IVA S
PA T O L Ó G I C A S

Falamos aqui da dimensão vertical do nível da consciência, como


se falássemos da intensidade da iluminação do palco, na analogia
anterior. Temos o estado normal (lucidez da consciência) e os
estados de rebaixamento da consciência.

No estado de rebaixamento da consciência, existe uma diminuição


global do estado de vigília, no qual as funções psíquicas
(vivências) ficam apagadas, nebulosas, confusas.

Alterações primariamente psiquiátricas não alteram a consciência


de forma quantitativa, ou seja, eles acontecem sob lucidez da
consciência. Os rebaixamentos da consciência acontecem a partir
de causas clínicas.

Por isso, se um paciente chega no seu consultório e não tem a


consciência clara, está com rebaixamento do nível de consciência,
ele, obrigatoriamente, deve ser investigado para um quadro
clínico.

11 As Funções Psíquicas 1
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
Aula 002

A LT E R A Ç Õ E S
Q U A L I T A T IVA S
PA T O L Ó G I C A

Aqui falamos sobre a dimensão horizontal da consciência, do


campo da consciência e, dessa vez, de alteração da qualidade.

Nesse caso, algumas funções psíquicas se mantêm apagadas e


outras muito vívidas.

COMO EXAMINAR A
CONSCIÊNCIA

Usamos três elementos para examinar a consciência:

12 As Funções Psíquicas 1
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
Aula 002

O R I E NTA Ç Ã O A L O PS Í Q U I C A

Essa é a orientação em relação ao entorno, relacionada ao


tempo, ao espaço, a outras pessoas e à situação na qual o
indivíduo está inserido. Diz respeito a outras alterações de funções
psíquicas.

Alterações quantitativas (desorientações): vão falar de presença


ou de ausência, muito bem orientado ou desorientado.

As desorientações podem ser: confusionais, amnésticas, apáticas,


delirantes, por déficit cognitivo ou por estreitamento.

Alterações qualitativas (falsas orientações): o indivíduo insere


informações incompatíveis com a realidade onde encontra
lacunas na sua orientação.

As falsas orientações podem ser: confuso-oniróides,


paramnésticas, delirantes ou por estreitamento.

13 As Funções Psíquicas 1
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
Aula 002

COMO EXAMINAR A
O R I E NTA Ç Ã O

Usamos três elementos para examinar a orientação:

• Expressão fisionômica;
• Ordenação da história (coerente ou não);
• Adequação do paciente ao ambiente;
• Questionamentos diretos (datas, ambientes…).

14 As Funções Psíquicas 1
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67

Você também pode gostar