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Aula 003

1 As Funções Psíquicas 2
William Nunes de Jesus Cassemiro - psicologo.williamnunes@gmail.com - CPF: 105.721.456-67
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO | p.03

ATENÇÃO | p.04

MEMÓRIA | p.08

INTELIGÊNCIA | p.12

IMAGINAÇÃO | p.14

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Aula 003

I NT R O D U Ç Ã O

Nessa aula, trataremos das seguintes funções psíquicas: atenção,


memória, inteligência e imaginação. Daremos um enfoque
maior para atenção e memória, que conseguimos analisar mais
claramente nos exames.

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AT E N Ç Ã O
No exemplo da última aula, tínhamos um palco iluminado. As luzes
de base que iluminavam o palco representavam a consciência
e os atores em cima do palco representavam as outras funções
psíquicas. Se fôssemos representar a atenção neste mesmo
cenário, a atenção seria representada pelos holofotes, que
iluminam com um foco de luz regiões selecionadas do palco.

A atenção é o foco que somos capazes de dar em alguns


elementos, em algumas vivências, concentrando de forma mais
intensa a nossa atividade mental sobre determinados estímulos,
situações e funções psíquicas.

Essa função é fundamental para nossa sobrevivência.


A quantidade de estímulos que recebemos diariamente
(internamente e externamente), é gigantesca. Se não fôssemos
capazes de focar somente em alguns estímulos, deixando de lado
outros menos importantes para o momento, não conseguiríamos
viabilizar nenhuma função psíquica.

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A atenção está relacionada a, principalmente, quatro funções


psíquicas:

• Vontade
• Afeto
• Memória
• Sensopercepção

Qualidades da atenção:

Tenacidade: Capacidade de focar, de acender o holofote do


palco em um determinado estímulo do ambiente e não desviar a
atenção para outros estímulos ao nosso redor.

Mobilidade: Capacidade de mudar o foco da atenção


dependendo da necessidade ou do estímulo que está “do lado
de fora”. Acender, apagar e mover holofotes de acordo com os
estímulos recebidos.

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Alterações quantitativas patológicas

Normoprosexia: atenção no seu nível normal.

Hipoprosexia: diminuição global da capacidade de atenção.

Aprosexia: abolição da atenção, perder completamente a


atenção.

Alterações qualitativas patológicas

Mobilidade e tenacidade são alteradas para direções opostas.


- Rigidez da atenção: baixa mobilidade e alta tenacidade.
Um bom exemplo disso são pacientes deprimidos que não
conseguem desfocar de assuntos específicos, como situações
ruins que aconteceram com ele. Ele sempre interpretará as novas
experiências com base nas suas vivências tristes.

- Mobilidade: alta mobilidade e baixa tenacidade. É o que


acontece com pacientes muito ansiosos. Apesar do excessivo em
preocupações, o paciente tem dificuldade em manter atenção nos
conteúdos que ele precisa focar (leitura, estudo, aula). O foco de
sua atenção muda o tempo todo.

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Como examinamos a atenção:

Quando falamos do exame da atenção no atendimento, falamos


de um exame suficiente para o diagnóstico. Na grande maioria dos
casos, conseguimos diagnosticar os indivíduos com a observação
no exame psíquico, avaliando os seguintes pontos:

Como é o contato visual do paciente com o profissional;


Como é a capacidade do paciente manter o foco na entrevista,
respondendo às questões ordenadamente, organizando o
raciocínio;

A testagem neuropsicológica é usada como um exame


complementar. Para construir hipóteses diagnósticas, via de regra,
usamos o exame clínico.

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MEMÓRIA

A memorização possui 3 etapas importantes:

- Fixação
- Conservação
- Evocação

Para um processo de memória em bom funcionamento, é preciso


ter a capacidade de fixar novos elementos, conservar esses
elementos ao longo de um determinado tempo e recuperar esses
registros quando necessário no futuro.

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Fixação

A capacidade de fixação é influenciada pelos seguintes fatores:


interesse pelo conteúdo, conotação emocional, caráter de
novidade, associações com registros anteriores e uso de múltiplos
canais sensoriais.

Conservação

As perdas de registros já consolidados, ocorrem de acordo com


uma ordem. Nós não esquecemos as coisas de maneira aleatória.

Memórias mais antigas têm mais chances de serem lembradas,


porque elas estão conservadas há mais tempo do que as mais
recentes.

Memórias mais complexas e mais organizadas também tendem a


ser mais lembradas que as mais simples e desorganizadas.

Alterações quantitativas patológicas

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Nesse caso, falamos de três subclassificações. Combinando as


classificações, temos a descrição específica da alteração.

Intensidade da alteração: para mais (hipermnésia - lembrar mais


intensamente, com mais detalhes e por mais tempo), para menos
ou abolição da capacidade.

Relação com tempo: anterógrada (dificuldade em adquirir novas


memórias), retrógrada (dificuldade de recordar memórias antigas)
ou retroanterógrada (dificuldade de adquirir e de recordar).

Padrão de comprometimento das memórias: generalizada (todas


as memórias estão comprometidas), lacunar (comprometimento
de lembranças de um determinado recorte no tempo – por
exemplo, um dia) ou seletiva (prejuízos em memórias que possuem
relação com a qualidade de determinado conteúdo – por
exemplo, tudo relacionado a um tema específico).

Alterações qualitativas patológicas

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- Alomnésia: comparada com uma ilusão na memória. Existe um


evento que aconteceu mas, quando ele é reconstruído, ocorre
uma distorção da memória que existia inicialmente, e o paciente
lembra do evento de uma forma diferente do que aconteceu
exatamente.

- Paramnésia: comparada a uma alucinação de memória. Ocorre


a criação de uma nova memória e o paciente lembra de algo que
nunca aconteceu.

- Criptominésia: lembrança que não é reconhecida como


lembrança, e é percebida como uma ideia original. É o que ocorre
no plágio involuntário.

- Deja vu: sensação de que determinada vivência já aconteceu e


que a memória dela já existe.

- Jamais vu: sensação de estar vivendo uma situação


completamente nova quando esta já aconteceu no passado.

- Ecmnésia: dificuldade em enxergar uma memória como passado.


Imagina-se no presente algo que foi vivido no passado.

Exame de memória

Da mesma forma que no exame da atenção, também


conseguimos analisar na própria entrevista a capacidade do
indivíduo de fazer recordações de forma coerente e lógica.

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I NT E L I G Ê N C I A

Quando falamos de inteligência, falamos de um processo de 3


etapas: compreensão de conceitos, elaboração de conceitos e
criação de novas realidades.

Algumas capacidades são importantes na inteligência:


capacidade de resolução de problemas, realização de sínteses,
análise de situações, abstração, priorização, conceitualização,
julgamento e raciocínio.

Alteração de inteligência

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Existe uma faixa de diferentes níveis onde encontramos a


maioria das pessoas (a norma). Existem indivíduos que têm essa
capacidade acima da norma (o que não é patológico, apenas
incomum) e existem indivíduos que estão abaixo da norma (déficit
intelectual).

No déficit intelectual, existem os pacientes que tiveram um


desenvolvimento deficiente e aqueles que apresentaram
deterioração intelectual, com a perda de capacidades após o
nascimento.

Exame de inteligência

Na própria entrevista, conseguimos identificar as capacidades


do paciente de conectar ideias e de compreender conceitos
abstratos.

Nos manuais de classificação anteriores, a deficiência intelectual


era diagnosticada, exclusivamente, a partir o QI (quociente
de inteligência). Atualmente, este diagnóstico é feito a partir
das limitações do indivíduo para manejar o auto-cuidado e as
demandas do cotidiano. É uma análise muito menos concreta do
que um número, mas muito mais representativa da realidade e do
diagnóstico do paciente.

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IMAGINAÇÃO
É a nossa capacidade de criar novos conceitos e criar novas
relação entre os conceitos que já conhecemos.

Alterações na imaginação

- Exacerbação da imaginação (pseudologia fantástica);


- Inibição imaginativa.

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Exame da imaginação

Percebemos a capacidade imaginativa de uma pessoa


durante a entrevista ao analisarmos a forma como ela cria ao
contar sua história.

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