Você está na página 1de 4

A neuropsicologia tem 3 grandes temáticas: hipótese cardíaca x hipótese

cerebral, localizacionalismo x holismo, funcionalismo x cognitivismo. A


neuropsicologia é o estudo entre o cérebro e o comportamento, é o campo de
atuação profissional que investiga as alterações cognitivas e comportamentais
associadas as lesões.

Holistas: não á especificidade de áreas no cérebro, ele atua como um todo


controlando o comportamento.
Localizacionalismo: o cérebro atuava de forma fragmentada, cada parte do
cérebro era responsável por um determinado comportamento ou função mental
(frenologia) Franz Gall.
Funcionalismo x cognitivismo: reabilitação pós guerra de soldados com TCE
Luria afirma que o funcionamento cerebral se dá com a participação de três
blocos:
Bloco da ativação, a formação reticular ascendente como descente sendo a
mais importante. O segundo e o input responsável pela recepção,
monitoração e armazenamento da informação ocupa 3 regiões: córtex cerebral,
lobo parietal, temporal e occipital, sendo responsável pela zona táctil,
cinestésica, auditiva e visual. O terceiro é o da programação e controle de
atividade, que fica no lobo frontal.
I unidade: regulação tônus cortical ou vigília (estado de consciência) II
unidade: obter, processar e armazenar III unidade: programar, regular e
verificar a atividade.

Frenologia se baseia em 3 pressupostos básicos: Cada região e responsável


por uma função mental especifica, as diferentes regiões moldam a superfície
do crânio, ou seja, as saliências no crânio correspondem a região cerebrais
bem desenvolvidas, e uma região bem desenvolvida indica um aumento
daquela parte especifica. Nas as criticas apontam falhas de métodos na
frenologia, por falta de evidencias empíricas confiáveis.

Hipocrates: cérebro era o órgão responsável pelo pensamento com sede no


coração.
Galeno: teoria ventricular: a mente estava localizada nos ventrículos cerebrais.
Descartes: mente x corpo, glândula pineal como a sede da alma, lugar de
encontro entre a mente e o corpo.

A avaliação neuropsicológica é uma ferramenta diagnóstica essencial que


combina os princípios das neurociências com os métodos da psicologia clínica
para investigar as relações entre o cérebro e o comportamento. Os principais
objetivos dessa avaliação são: auxiliar no diagnostico diferencial, estabelecer a
Presença ou Ausência de Disfunção Cognitiva, determinar o Nível de
Funcionamento, localizar Alterações Sutis. a avaliação considere, não somente
as áreas deficitárias, como também as habilidades preservadas que são
potenciais para reabilitação. A avaliação faz a investigação nas áreas:
memoria, linguagem, funções executivas, atenção, raciocínio e inteligência e
motricidade e perceção.
Os objetivos são: auxílio diagnostico, prognostico, auxílio para planejamento
da reabilitação, orientação para tratamento, seleção de pacientes para técnicas
especiais e perícia.
A reabilitação neuropsicológica (minimizar os danos, adaptação do sujeito
ao ambiente e orientação familiar) é um processo terapêutico focado na
assistência a pacientes que sofreram lesões neurológicas, como traumas
cranioencefálicos, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), infecções cerebrais,
ou doenças neurodegenerativas. O objetivo principal é maximizar a
recuperação cognitiva, emocional e funcional do paciente, promovendo a
melhor qualidade de vida possível. Aqui estão os aspectos-chave dessa forma
de reabilitação
As técnicas de reabilitação são: imaginação motora, geração espontânea,
uso de mensagem curtas, uso de computador.

As estratégias de intervenção e as demandas atuais vai depender de cada


paciente: as crianças as demandas estão relacionadas ao atraso cognitivo,
comportamento ou desenvolvimento atípico, dificuldades de atenção, memoria
e compreensão. Nos adultos as demandas são: problemas de concentração,
memoria, atenção e por lesões causadas por traumas. Os idosos são
encaminhados pelos geriatras para detectar demência ou depressão. Após a
avaliação são propostos programas de reabilitação para desenvolver as
habilidades dos pacientes, a avaliação e a reabilitação neuropsicológica
contribuem para a identificação, documentação e tratamento das alterações
cognitivas e comportamentais. Essa especialidade só foi estabelecida em 2004
pelo CRP.

Orientação sobre o tratamento: o levantamento dos recursos e fraquezas


cognitivas e emocionais dará condições á família e permitira articulação,
mobilização e ampliação dos recursos e suportes ao ambiente, dando tbm a
orientação aos pacientes e cuidadores.
Orientação a reabilitação: serve como auxilio para estabelecer quais são as
forças e fraquezas cognitivas, evidenciando o núcleo principal do distúrbio e as
alterações secundarias, promove reforço nas funções prejudicadas, traçando
metas e técnicas de reabilitação e orienta e faz mudanças com os profissionais
e familiares.
Orientação para tratamento cirúrgico: faz a orientação onde está a lesão,
avaliando as funções prejudicadas e quais podem ser os possíveis prejuízos.

Inteligência: a inteligência permite ao individuo aprender com as experiencias,


adaptar ao meio ambiente, enfrentar situações novas e resolver problemas,
raciocinar de forma criativa, adequada, abstrata e adaptativa explorar novos
conhecimentos, relaciona-se com o desenvolvimento acadêmico e profissional,
e um construto psicológico vasto e muito importante para a qualidade de vida.
Fator S: grandes habilidades, como tocar piano, grandes capacidades em
cubos mágicos e um atleta que ganha uma competição. Fatores específicos
como ex: atividades verbais, visuais e auditivas, sendo responsável pelas
atividades intelectuais especificas, essa relação entre o fator S formam o fator
G que é a inteligência geral. E fator G: mudo aprender a linguagem gestual,
um cego aprender braile e fazer cálculos de matemática.

Inteligência cristalizada: formada por experiencias, fatores aprendidos que


resulta na habilidade de julgamento acumuladas com o tempo, ela aumenta
gradativamente ao longo da vida tende a evolução com o aumento da idade e
vai ter um declínio a partir dos 65 anos.
inteligência Fluida: capacidade de pensar abstratamente e perceber as
relações entre as coisas sem praticas ou instruções previas, a fluida é herdada
geneticamente como foi dito por Catell, as lesões cerebrais trazem, mas
problemas na inteligência fluida. A fluida tende a declinar após os 21 anos por
causa da degeneração das estruturas fisiológicas.

Linguagem:
Afasia: perda da linguagem, falada e escrita, incapacidade de compreender e
utilizar os símbolos verbais.
Parafasias: déficit mais discreto da linguagem, deforma algumas palavras E:
cadeira – cameila.
Agrafia: perda da linguagem escrita, não tendo déficit cognitivo.
Disartia: dificuldade de articular as palavras devido alteração no aparelho
fonador.
Disfonia ou disfemia: alteração da fala mudança na sonoridade das palavras,
afonia grave não emite som, disfemia e alteração da linguagem falada por
fatores psicogênicos como gagueira
Dislalia: alteração da linguagem falada resulta na deformação da omissão dos
fonemas

Atenção: concebida como fenômeno complexo que compartilha limites com


habilidades perceptivas (visuais e táteis) memoria, afeto e níveis de
consciência. A avaliação da atenção é obrigatória em qualquer exame, que
deve se considerar o estado de consciência, motivação, cansaço, e o humor,
se tem presença de dor.

Tipos de atenção: tônico: mecanismo de controle fisiológico inclui sono-vigília,


potencial de focalizar, que corresponde a capacidade do individuo de estar
acordado, alerta. Fasíca refere a modificações momentâneas na
responsividade, controle do meio. A pessoa dirige a atenção para qualquer
ponto dos campos internos e externos.
Atenção seletiva: capacidade de selecionar em que irá prestar atenção, o
cérebro escolhe o que merece mais atenção, dividida prestar atenção a 2
coisas ao mesmo tempo e responder a múltiplos necessidades de responder
em seu entorno.
Atenção alternada: capacidade de alternar entre um estimulo e outro entre um
tipo de tarefa sucessivamente.
Sustentada: manter o foco em uma determinada atividade por um tempo
prolongado com o mesmo padrão de consciência.

Memoria: capacidade de evocar, registrar e manter experiencias e os fatos já


ocorridos.
Codificação: introduzir a informação no sistema, processando a informação
que está armazenada
Evocação: acesso a disponibilidade da informação, processo de lembrança da
informação anteriormente armazenada.
Caso HM – amnesia anterógrada profunda (excisão cirúrgica bilateral do
hipocampo) perdeu a capacidade de registro de novas informações, preservou
a memoria retrograda.

Explicita e declarativa: capacidade de armazenar e recordação consciente de


experiencias (semânticas e episódicas) semânticas eventos pessoais,
nascimento do filho, casamento. Semântica: memoria de longo prazo processa
ideias e conceitos que não são derivados da experiencia pessoal.
Ex: nome das cores, sons das letras, fatos adquiridos ao longo da vida.

Implícita: habilidades de realizar algum ato que originalmente exigiu algum


esforço consciente.

Você também pode gostar