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0 WBA0916_v1_VA_v1_23
Bloco 1
Priscila Camile Barioni
Vamos refletir?
As funções executivas são um grupo
de habilidades gerenciadas pelo córtex
pré-frontal, o último a se desenvolver
na espécie e no desenvolvimento
humano. Quais habilidades formam o
que chamamos de funções executivas?
Funções executivas
Habilidades que nos ajudam a focar, planejar,
direcionar e gerenciar vários fluxos de
informação ao mesmo tempo, monitorar erros,
tomar decisões a partir das informações
disponíveis, rever planos, resistir às distrações,
evitar ações precipitadas. Permite que o
indivíduo se engaje em comportamentos
orientados e objetivos, com alto grau de
autonomia, orientados para metas específicas.
Caso Phineas Cage
Fonte: https://www.gestalt-terapia.es/wp-content/uploads/2012/07/Phineas-Gage.png.
Acesso em: 12 abr. 2023.
Lobos cerebrais
Fonte: Shutterstock.com.
Hierarquia de áreas de processamento
Hierarquia de áreas de
Primária: percepção e
distribuição do estímulo
processamento
sensorial.
Secundária: processamento
do estímulo da área
primária específica.
Fonte: Shutterstock.com.
Estruturas cerebrais e funções
cognitivas
Principais funções executivas
Bloco 2
Priscila Camile Barioni
Principais funções executivas
Controle Regulação
Atenção
inibitório emocional
Flexibilidade Memória
Planejamento
cognitiva operacional
Metacognição
Atenção: seletiva, sustentada e alternada
Bloco 3
Priscila Camile Barioni
Flexibilidade cognitiva
• Capacidade de ajuste, adaptação às
mudanças.
• Capacidade de mudar o foco atencional,
alternar entre tarefas, considerar
diferentes perspectivas, adaptar-se à
demanda do ambiente, ser criativo para
a resolução de problemas.
Memória operacional
• Capacidade de manter ativado no cérebro
simultaneamente diferentes circuitos com
diferentes estímulos.
• Capacidade de manter e manipular
informações mentalmente, possibilitando
integrar e relacionar informações, lembrar
sequências ou ordens e projetar
sequências de ações no futuro.
Metacognição
Capacidade de analisar se a forma que
pensamos é a que trará melhor resultado.
Pensar sobre o pensar a partir do
conhecimento de si mesmo e a partir disso,
aprender criativamente sobre si e o mundo.
Quiz
Bloco 4
Priscila Camile Barioni
Reflita sobre a seguinte situação
A paciente Y busca avaliação neuropsicológica com
queixa de déficit de memória.
Memória, de forma geral, é a habilidade de adquirir,
armazenar e evocar informações. Envolve múltiplas
habilidades ou funções e resulta de uma complexa
combinação de sistemas mnemônicos.
Quais os critérios de avaliação para essa paciente?
Norte para a resolução
1. Em relação ao tempo em que a memória é armazenada
(sensorial, curto prazo, longo prazo).
2. Em relação ao tipo de informação a ser lembrada
(semântica, episódica).
3. Em relação às etapas do processo de evocação
(aquisição/codificação, retenção/armazenamento,
acesso/recuperação).
4. Se é explícita (consciente) ou implícita (automática).
5. Se é retrospectiva (o que eu fiz) ou prospectiva (o que
eu tenho que fazer).
6. Se anterior (retrógrada) ou posterior (anterógrada) à
lesão ou doença.
Norte para a resolução
Avaliação neuropsicológica:
• Mapeamento cognitivo dos pontos fortes e
fracos do indivíduo.
• Qual o nível de comprometimento da memória?
• Todas as modalidades de memória estão
prejudicadas, ou a verbal está melhor que a
visual?
• Apesar do déficit de memória, outras funções
cognitivas estão preservadas? Ex.: habilidades de
linguagem e leitura?
• Avaliação de aspectos emocionais... ansiedade,
depressão, TEPT.
Norte para a resolução
Estratégias de reabilitação:
Intervenção Intervenção
medicamentosa cirúrgica
Treinos
Neuromodulação
cognitivos
Estruturas cerebrais e funções
cognitivas
Dicas do(a) professor(a)
Bloco 5
Priscila Camile Barioni
Leitura Fundamental
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login
por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites
acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que
você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação de leitura 1
O objetivo deste artigo é revisar algumas questões
metodológicas e conceituais relacionadas à
avaliação neuropsicológica das funções executivas.
Referência:
HAMDAN, A. C.; PEREIRA, A. P. de A. Avaliação neuropsicológica
das funções executivas: considerações
metodológicas. Psicologia: Reflexão e crítica, v. 22, p. 386-393,
2009.
Indicação de leitura 2
Este artigo discute o conceito de funções
executivas e seu comprometimento no TDAH,
revisando dois estudos brasileiros que investigam
a validade de instrumentos para avaliar
componentes das funções executivas em
crianças, correlacionando-os com desatenção e
hiperatividade.
Referência:
CAPOVILLA, A. G. S.; DOS SANTOS ASSEF, E. C.; COZZA, H. F..
Avaliação neuropsicológica das funções executivas e relação
com desatenção e hiperatividade. Avaliação psicológica, v. 6,
n. 1, p. 51-60, 2007.
Dica do(a) Professor(a)
A avaliação das funções executivas não é uma tarefa fácil devido
principalmente às várias habilidades que a compõem. Com isso,
não há um consenso metodológico quanto ao protocolo de
avaliação. Os principais instrumentos utilizados costumam ser o
Teste Wisconsin de Classificação de Cartas, Teste das Trilhas,
Escalas Wechsler e os Testes de Stroop, mas nenhum deles avalia
os domínios das funções executivas simultaneamente. Existe uma
demanda pela construção de novos instrumentos, especialmente
voltados para crianças e adolescentes. No site do Conselho
Federal de Psicologia, você pode verificar os instrumentos
existentes e validados, assim como observar os constructos
avaliados em cada um deles.
Referências
BATISTA, I. T. P.; DE BARROS FILHO, E. M.; ROCHA, A. S. Instrumentos de
avaliação cognitiva em crianças com TDHA: Revisão integrativa de
literatura. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 97, n. 1, p. e023013-
e023013, 2023.
BORELLI, W. J. V. Fluxograma de declínio cognitivo em idosos: revisão de
literatura e desenvolvimento de um protocolo institucional. Trabalho de
conclusão de especialização (Residência Médica em Neurologia) –
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, 2023.
CAPOVILLA, A. G. S.; DOS SANTOS ASSEF, E. C.; COZZA, H. F.. Avaliação
neuropsicológica das funções executivas e relação com desatenção e
hiperatividade. Avaliação psicológica, v. 6, n. 1, p. 51-60, 2007.
HAMDAN, A. C.; PEREIRA, A. P. de A. Avaliação neuropsicológica das
funções executivas: considerações metodológicas. Psicologia: Reflexão e
Crítica, v. 22, p. 386-393, 2009.
LIMA, T. F. L. et al. Estudo de casos múltiplos para identificação de
alterações cognitivas em pacientes pós-infecção por COVID-19. Revista
Pubsaúde, 12, a434
Bons estudos!