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AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO
PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA
CONTEXTUALIZANDO
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relato? Reflita, consulte as fases do desenvolvimento segundo Jean Piaget e
registre sua análise.
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selecionadas as que possibilitarão a investigação do processo de aprendizagem
de um sujeito específico, considerando-se a queixa.
A observação direta é outra característica importante deste método, aliada
à solicitação de justificativas, argumentações e contra-argumentações. As
atitudes, as respostas dadas pelo sujeito, os argumentos utilizados para justificá-
las, as mudanças ou a manutenção das respostas ante a apresentação dos
argumentos e contra-argumentos do examinador possibilitam levantar o perfil de
desenvolvimento cognitivo do sujeito.
Temos uma enorme responsabilidade ao fazer uma avaliação
psicopedagógica clínica e levantar um perfil de desenvolvimento cognitivo, pois a
aprendizagem depende da estrutura cognitiva para se efetivar e, assim sendo,
compreender suas condições estruturais de momento para aprender viabiliza a
organização do processo corretor desenvolvido na intervenção psicopedagógica,
a devolutiva para a família, para o sujeito e para a escola, bem como as
orientações nela contidas.
É essencial o profissional da psicopedagogia estudar a epistemologia
genética, por meio das obras de Jean Piaget e seus colaboradores, bem como de
autores contemporâneos que agregam conhecimentos sobre a teoria piagetiana.
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1.2.1 Estágio sensório-motor
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1.2.3 Estágio operatório concreto
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Balizado pelas hipóteses levantadas, o psicopedagogo pode definir os
domínios a serem investigados, as provas a serem aplicadas e a ordem de
aplicação: conservação, classificação e seriação.
Não são aplicadas todas as provas para todos os sujeitos, mas
selecionadas considerando-se queixa, hipóteses, faixa etária do sujeito e provável
nível de pensamento.
As provas selecionadas não devem ser aplicadas todas na mesma sessão,
principalmente se forem do mesmo domínio. Lopes (2004, p. 27) sugere a
aplicação de pelo menos três provas durante o processo de avaliação e a
repetição ou a inclusão de outras conforme a necessidade, as dúvidas quanto ao
diagnóstico e novas hipóteses levantadas.
Eis um quadro para ajudá-lo na seleção das provas operatórias,
considerando-se a faixa etária e o domínio, baseado em Weiss (2004) e Sampaio
(2014).
Idade Prova
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10-12 anos Conservação de matéria; comprimento; superfície;
líquido; peso e volume
Dicotomia ou mudança de critério; inclusão e intersecção de classes
Espaço unidimensional e bidimensional
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TEMA 3 – PROVAS DE CONSERVAÇÃO
contra-argumentações
questionamento de quoticidade
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Após reconhecer o material, o avaliador pede que o avaliando escolha um
dos conjuntos de fichas; em seguida, deve dispor sobre a mesa de seis a oito
fichas, deixando duas ao lado.
Pede-se ao examinando que faça uma fileira com o mesmo tanto de fichas.
Após ter anotado a conduta do sujeito, se necessário, o examinador deve dispor
os elementos termo a termo e assegurar-se de que o sujeito acerta a equivalência
das coleções.
São feitas então deformações, encolhendo a fileira-testemunha, esticando
e dispondo as fichas em rodinhas, tapando as fichas da coleção-testemunha. Ao
fim de cada transformação, pergunta-se ao sujeito se as fileiras têm o mesmo
tanto, mais ou menos fichas e se uma tem mais ou menos que a outra.
Pede-se para que o examinando explique cada resposta, ao passo que o
examinador contra-argumenta.
Os níveis de resolução podem ser:
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ao sujeito os dois copos idênticos e perguntar se são iguais; em seguida, solicitar
que escolha uma das duas garrafas que têm o líquido colorido.
O aplicador coloca o líquido da garrafa que não foi escolhida pelo
examinando em um dos copos e pede que ele despeje a mesma quantidade do
líquido da garrafa escolhida em um copo igual. Questiona-se: “No primeiro copo,
há mais, o mesmo tanto ou menos que no segundo?”. Solicita-se que explique e
questiona-se com uma contra-argumentação.
O segundo passo consiste em fazer as transformações: colocar o líquido
de um dos copos no copo mais fino e mais alto, depois no mais baixo e largo e,
finalmente, nos quatro copos pequenos.
A cada transvasamento, são feitos os questionamentos e as contra-
argumentações, sem deixar de fazer o retorno empírico após cada
transvasamento.
A avaliação desta prova é feita conforme os seguintes níveis de resolução:
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Solicita-se que o sujeito faça duas bolas com a mesma quantidade de
massa, questionando-se: “Essa bola tem o mesmo tanto, mais ou menos massa
do que a outra?”. Pede-se, então, que ele escolha uma das bolas de massa, que
passa a ser a referência, ou seja, não sofrerá modificações.
Com a outra bola, são feitas as modificações: transforma-se a bola
alargando, achatando e dividindo, sempre fazendo o questionamento de
conservação e solicitando a justificativa das respostas dadas pelo examinando.
Igualmente, após cada mudança de forma e registro das respostas, retorna-
se à forma anterior da bola, repetindo o questionamento de igualdade e contra-
argumentando.
Eis os níveis de resolução que devem ser observados:
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argumenta-se. São feitos o retorno empírico e a segunda transformação, deixando
um dos caminhos muito menor.
As respostas dadas podem ser:
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Coleções figurais: 4-5 anos – não consegue classificar todos ou dá às
figuras “apelidos” como trenzinho, casinha (intuitivo global).
Início das classificações: 5-6 anos – constrói pequenas coleções não
figurais, mas justapostas, sem ligação entre elas (intuitivo articulado).
Dicotomia: pelo menos dois critérios são efetuados e o terceiro pode ser
descoberto por questionamento do aplicador (operatório concreto – três
critérios).
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Conduta intermediária: 5-7 anos – apresenta dúvida quanto à terceira
questão. Acerta a quarta e a quinta questões.
Conduta de quantificação inclusiva: 7-8 anos – acerta todas as questões.
Azuis Vermelhas
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Intermediário: 6 anos – responde corretamente às perguntas 6 e 7, mas
erra as questões 4 e 5.
Intersecção: 7-8 anos – acerta todas as perguntas.
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erros cometidos. É capaz de colocar o bastonete intermediário, mas não de
montar a série atrás do anteparo.
Método operatório: 6-7 anos – constrói a série em ordem direta ou inversa,
considerando a base, sem o anteparo e com o anteparo, colocando
também o bastonete intermediário.
Esta prova utiliza seis fichas redondas (2,5 centímetros de diâmetro), uma
de cada cor. Encontramos a descrição detalhada da prova em Weiss (2004, p.
170), conforme os seguintes passos.
O aplicador pede ao examinando que faça o maior número possível de
pares com as seis fichas, combinando-as duas a duas (30). É importante observar
e registrar como o sujeito chegou ao resultado, o que foi dito e se registrou suas
tentativas na folha de papel disponibilizada.
Eis os procedimentos de avaliação:
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Ausência da capacidade de permutação: quando o sujeito não percebe as
possibilidades de permutação, sendo grosseiras suas tentativas.
Condutas intermediárias: as permutações são incompletas, fazendo
aproximações sem generalizações.
Realiza todas as permutações possíveis: faz, de modo ordenado, por
exemplo, A/B, C/D; A/B, D/C, enfim, totalizando as 24 permutações
possíveis.
FINALIZANDO
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LEITURA OBRIGATÓRIA
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REFERÊNCIAS
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