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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO

PRÁTICA ORIENTADA PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL


ORIENTADORA: MARIA SUELY RAMOS NOGUEIRA
ALUNO: EDMÊ ROSA SOARES OLIVEIRA
RELATÓRIO MÓDULO 1
ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO E ANAMENESE

O psicopedagogo busca, nos momentos de avaliação, aquilo que pode ajudá-


lo a entender as barreiras da aprendizagem. O lugar que a criança ou o adolescente
ocupa no momento da anamnese é o de sujeito único que está sendo avaliado por
outras pessoas, não para ter sua existência comparada ou subestimada.
A anamnese é um dos instrumentos utilizados no diagnóstico psicopedagógico, ela
consiste em uma entrevista realizada com os pais ou responsáveis da pessoa que
está sendo avaliada e tem o intuito de resgatar a história de vida do sujeito,
coletando informações relevantes que possam desvendar dados e fatos observados
A anamnese é trazer de novo a memória informações importantes sobre o histórico
de vida do indivíduo, por isso é muito importante para o psicopedagogo realizar o
seu trabalho de investigação das causas da queixa. A anamnese não se limita ao
questionário, abrange percepções e observações. É uma entrevista de foco mais
especifico, colhendo dados significativos sobre a história do aprendente na família.
Na Anamnese que serão levantadas as primeiras aprendizagens. É durante a
anamnese que hipótese começam a serem levantadas, mexendo muito com as
emoções e sentimentos, deve ser realizada com muito zelo e pericia, para que a
pessoa não se retraia, e possa assim criar bloqueios ou resistências, prejudicando
assim o processo investigativo.
“O objetivo básico do diagnóstico psicopedagógico é identificar os desvios e os
obstáculos básicos no Modelo de Aprendizagem do sujeito que o impedem de
crescer na aprendizagem dentro do esperado pelo meio social”.
Portanto a Anamnese é um momento que necessita de uma atenção especial, pois é
por meio dela que construímos uma ponte que liga o sujeito a nós de maneira direta
e consistente, abordando e construindo de maneira prática o plano de ação, para
conduzirmos os atendimentos.
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RELATÓRIO MÓDULO 2
ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM (EOCA)
O processo diagnóstico consta por uma série de passos por cujo meio se realiza o
reconhecimento das dificuldades, o prognóstico e as indicações.
Entre estes processos destacamos a E.O.C.A. – Entrevista Operativa Centrada na
Aprendizagem, elaborada pelo professor argentino Jorge Visca, cujo objetivo é de
estudar as manifestações cognitivo-afetivas da conduta do entrevistado em situação
de aprendizagem. Permite ainda se obter uma visão conjugada e uma hipótese
diretriz do interrogo dos aspectos cognitivos e afetivos da aprendizagem, bem como
os pontos de alerta que deve ser verificada para constatação ou não das hipóteses
levantadas. A EOCA é utilizada como ponto de partida em todo processo de
investigação diagnóstica das dificuldades de aprendizagem.
Este instrumento consiste em uma entrevista estruturada que põe em evidência o
aprendizado e conta como reativos quaisquer material, dependendo da idade do
educando e da queixa. Na idade escolar podem ser: folhas pautadas, lápis de
escrever, borracha, lápis colorido, giz de cera, papéis variados, revistas, tesoura,
cola, livros de acordo com a idade do entrevistado, apontador, canetas, canetas
hidrocor, folhas sulfite, régua ...
Os objetos são deixados sobre uma mesa, organizados de tal forma que o
entrevistado precise abrir as caixas de lápis, o estojo, apontar o lápis preto sem
ponta, procurar o que deseja observar todo material para decidir o que vai utilizar.
Deve-se observar cada ação do sujeito bem Como sua interação diante ao processo
de intervenção. Tanto a ação quanto sua reação.
 DIMENSÃO AFETIVA
 DIMENSÃO COGNITIVA
FORMA DE REGISTRO
. Deve-se anotar tudo que ocorrer, postura, ações, palavras, frases.
LEVANTAMENTO DAS HIPÓTESES
As hipóteses serão levantadas de acordo com as observações feitas durante a
entrevista.
Cada nível de estrutura cognitiva corresponde a uma leitura da realidade e um nível
de evolução afetiva para estabelecer um vínculo com o objeto.
Cognitivo – Operações lógicas que regulam os intercâmbios com o meio externo,
com a lógica correspondente ao estágio cognitivo a que percebe o sujeito.
Diante de determinada situação, o sujeito passará pelos momentos de
indiscriminação, objetiva parcial e total, em movimentos de ir e vir. Quando atinge o
patamar, pode passar para outro no mesmo movimento.
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RELATÓRIO MÓDULO 3
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
O desenvolvimento infantil é o processo de aprendizagem em que as
crianças passam a criar habilidades e adquirir capacidades sociais, emocionais,
motoras e cognitivas. Esses primeiros momentos da infância são fundamentais para
identificar e estimular o potencial da criança desde cedo.
A forma como cada indivíduo entra em contato com o objeto de conhecimento,
a modalidade de aprendizagem, é particular, individual e oferece um saber que é
singular para cada indivíduo. A modalidade de aprendizagem é construída desde o
nascimento e nas várias situações de aprendizagem, constituindo-se como um
esquema de operar ou processar as informações. Com a identificação da
modalidade de aprendizagem do sujeito com dificuldades de aprendizagem, o
psicopedagogo poderá introduzir a intervenção adequada, que atenda às
necessidades específicas do paciente.
As modalidades de aprendizagem sintomáticas são geradas por um desequilíbrio
nos movimentos de assimilação e/ou acomodação. O excesso (hiper) ou escassez
(hipo) em um desses movimentos afeta o resultado (aprendizagem), ou seja,
dificuldades de aprendizagem estão relacionadas a uma hiperatuação ou hipo-
atuação de um desses processos.
As modalidades de aprendizagem sintomáticas são assim descritas:
Hiperassimilação Hipoacomodação Hiperacomodação Hipoassimilação
A psicomotricidade contribui e estimula de maneira significativa para o
aprendizado pois é uma ciência que une aos aspectos emocionais, motores e
cognitivos das crianças, abordando-as, através de suas técnicas, globalmente. O
estímulo das funções psicomotoras impacta no desenvolvimento do ser humano em
todos os aspectos de sua vida.
Dessa forma, a identificação de problemas no desenvolvimento psicomotor é
importante para que sejam feitas intervenções precoces que estimulem as crianças
adequadamente. Os programas de estimulação psicomotoras são indicados para
atrasos evolutivos e para crianças com transtornos do neurodesenvolvimento.
A avaliação das funções psicomotoras da criança possibilita identificar suas
dificuldades, sejam elas originadas por distúrbios ou por terem sido
insuficientemente expostas a ambientes estimuladores.
Antes de se alfabetizar, a criança precisa viver experiências corporais, sentir
texturas, ver cores, se orientar no tempo e no espaço. Dessa forma, a avaliação
psicomotora ajuda a identificar deficiências nesses pontos, a partir da consciência do
próprio corpo, o esquema corporal.
As funções psicomotoras
A psicomotricidade integra aspectos afetivos, cognitivos e motores da criança,
estimulando o desenvolvimento das funções psicomotoras. São elas: esquema
corporal; coordenação motora global; coordenação motora fina; organização
temporal, organização espacial e lateralidade.
Algumas atividades precisam ser observadas ,coordenadas e reforçadas para que o
indivíduo consiga obter êxito em seu desenvolvimento, que são:
Esquema corporal Coordenação motora fina Organização temporal
Organização espacial Lateralidade
Desta forma podemos observar como é relevante a psicomotricidade dentro do
desenvolvimento infantil, visando assim estimular de forma prazerosa o conhecimento e o
desenvolvimento da criança, tanto cognitivo, afetivo, motor e sensorial.
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RELATÓRIO MÓDULO 4
SESSÕES DE AVALIAÇÃO DE LEITURA, ESCRITA E MATEMÁTICA

A leitura e escrita são instrumentos imprescindíveis para a construção do


conhecimento de cada indivíduo, atuantes de um processo complexo para o mesmo.
Nos dias atuais, torna-se comum as escolas defrontar-se com alunos com tais
dificuldades. Contudo os professores possuem um desafio em sala de aula ao
deparar-se com alunos de diferentes tipos de dificuldades de aprendizagens, de
modo que quando estas não são tratadas poderão resultar em um fracasso escolar.
A psicopedagogia possui uma perspectiva ampliada e baseada no sujeito que se
relaciona com o objeto de conhecimento, pelo qual compete a este profissional criar
meios que proporcione ao indivíduo a construção de seu próprio saber. O objeto de
estudo da psicopedagogia está voltado para a aprendizagem do ser humano, pelo
qual consiste em compreender de como se dá esse processo complexo de
construção de conhecimento, tendo em vista o sujeito como ser ativo, de modo que
o mesmo busque minimizar os problemas atados a aprendizagem, orientar aos
profissionais envolvidos, de modo que promova um trabalho junto a escola e aos
pais. Ao compreender que a atuação psicopedagógica no âmbito institucional
consiste em dá suporte ao professor através de orientações no proceder com
crianças que apresentem dificuldades de aprendizagem nos aspectos da leitura e
escrita, esta bem como sugere atividades lúdicas que promovam o hábito pela
leitura, pelo qual resultará respectivamente na escrita, uma vez que a partir da
ludicidade pode ser trabalhados aspectos da linguagem, interpretação, ortografia,
atenção, pensamento e raciocínio lógico. E como o foco da psicopedagogia está na
aprendizagem humana, em especial, nos obstáculos que aparecem nesse itinerário
que dificultam a aprendizagem satisfatória do indivíduo, resolveu-se analisar o
processo de leitura e escrita de um aluno do Ensino Fundamental, como forma de
compreender o que um psicopedagogo pode interferir nesse processo. Para isso,
investigou-se como o sujeito aprende, tendo em vista os vários fatores que
condicionam a aprendizagem (social, emocional, cognitivo, afetivo, etc), bem como,
versou-se como identificar os problemas, dificuldades e distúrbios que bloqueiam
esse processo para tratá-los e preveni-los.
A intervenção psicopedagógica em raciocínio lógico-matemático pode ser
realizada com: Alternativas: Aulas expositivas, pois a transmissão de conhecimentos
é a forma mais correta de ajudar o aprendente a reconstruir sua aprendizagem.
Provas, com o propósito de demonstrar ao aprendente os erros que comete,
deixando claros os pontos que precisam ser estudados novamente. Prática de
exercícios, pois o aprendente deve ser orientado especificamente sobre o que
precisa aprender, e essa prática ajuda a manter o foco. Materiais concretos, que
ajudam a estruturar os conhecimentos em torno de quantificação, operações básicas
e resolução de problemas. Jogos, que são uma forma de o aprendente perceber que
não há relação entre essa prática e a matemática e o raciocínio lógico.
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RELATÓRIO MÓDULO 5
FUNÇÕES EXECUTIVAS

As funções executivas são habilidades mentais que nos permitem controlar


nosso comportamento, pensamento e emoções para alcançar nossos objetivos. Elas
são essenciais para o aprendizado, uma vez que permitem que os alunos gerenciem
seu tempo, organizem informações, sejam flexíveis e resolvam problemas.
São um conjunto de habilidades importantes para o comportamento humano
porque nos permitem agir de maneira eficiente e adaptativa em situações diversas.
Elas nos ajudam a controlar nossas emoções e impulsos, a planejar e executar
tarefas complexas, a resolver problemas, a tomar decisões e a alcançar objetivos a
longo prazo.
As Funções Executivas são desenvolvidas em diferentes áreas do cérebro e
estão envolvidas em processos complexos de desenvolvimento e maturação, e
podem ser afetadas por diferentes fatores, como a genética, a educação e o
ambiente em que o indivíduo está inserido.
A atenção, a memória de trabalho e o controle inibitório são algumas das
Funções Executivas fundamentais para a aprendizagem. A atenção permite que os
alunos se concentrem em informações relevantes e ignorem distrações, enquanto a
memória de trabalho permite que eles mantenham as informações em mente para
realizar tarefas cognitivamente exigentes. Já o controle inibitório permite que eles
suprimam respostas automáticas ou impulsivas e ajuda no planejamento e tomada
de decisão. Quando estão bem desenvolvidas, os alunos têm melhor capacidade de
aprendizagem e desempenho acadêmico. No entanto, quando essas funções estão
prejudicadas, podem ocorrer dificuldades de aprendizagem, problemas
comportamentais e desafios emocionais.
Por isso, é importante que as escolas e os professores promovam o
desenvolvimento dessas habilidades em seus alunos, por meio de estratégias
educacionais e intervenções que ajudem no seu progresso.
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RELATÓRIO MÓDULO 6
DEVOLUTIVA
Na sessão de Devolutiva, o psicopedagogo comunica, verbalmente, através do
Informe Psicopedagógico, aos pais ou responsáveis, os resultados do Diagnóstico e
as conclusões a que chegou sobre a problemática apresentada na queixa.
A devolução psicopedagógica é um momento muito esperado e que pode gerar
muita ansiedade. Essa é a fase em que você comunica suas observações e
conclusões.
Se o diagnóstico for de algum distúrbio como TDAH, por exemplo, é importante
deixar claro para os pais que tanto o diagnóstico quanto o tratamento precisa ser
multidisciplinar, o que significa envolver outras especialidades, como psicólogo,
neurologista, psiquiatra, fonoaudiólogo, além é claro, do psicopedagogo.
O diagnóstico, o parecer clínico, deverá ser comunicado e a explicação das etapas
do desenvolvimento da criança e em que nível cognitivo a criança se encontra em
relação a sua idade cronológica. Se necessário deve-se fazer a indicação do
acompanhamento psicopedagógico e demais profissionais , informar como será o
acompanhamento da criança.
Roteiro para a devolução psicopedagógica
Inicie abordando os seguintes aspectos:

 cognitivos
 pedagógicos
 orgânicos
 afetivos
 sociais

É importante começar pelos aspectos mais positivos, para que o mesmo se sinta
valorizado. Depois deverão ser mencionados os pontos causadores dos problemas
de aprendizagem. E posteriormente, as recomendações necessárias.
Informe Psicopedagógico
Muitas vezes esse informe é solicitado pela escola para que, por meio dele, os
professores possam desenvolver melhores estratégias para trabalhar com o aluno.
Após a devolução, havendo a necessidade do acompanhamento psicopedagógico, o
psicopedagogo deverá realizar o enquadramento para o tratamento, definindo
horário, honorários, frequência e estratégia a ser utilizada.
É necessária uma orientação de como deve-se transcorrer os próximos passos.
Reforçando a necessidade se for o caso, que se cumpra o plano de ação para
subsidiar com êxito o que se espera da criança.
Enfatizando a importância e a constância nos atendimentos, esclarecendo a
necessidade do mesmo.
Fazer essa devolutiva com os parâmetros necessários, explicando claramente
aos pais.: validade, imprimir 03 vias, ler o relatório em voz alta, explicar os
pontos essenciais...e acima de tudo ter consciência de que nem sempre é fácil
para os pais aceitarem o diagnóstico, mas tenhamos a sensibilidade para acolher
e ajudar, pois só assim fará sentido tudo que investigamos ... Orientar e acolher
é algo imprescindível.

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