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Introdução
Atender as diferentes necessidades dos alunos matriculados na rede pública de ensino de forma
responsável é, certamente, um dos maiores desafios que a escola tem de enfrentar actualmente,
uma vez que o paradigma de uma educação inclusiva vem alcançando um espaço significativo no
cenário da educação mundial.
Estamos neste contexto vivendo um processo de discussões amplas sobre um diagnóstico como
uma causa de estudo para a melhor qualidade da aprendizagem nas raças técnicas em
aproximações do nível do meio do superior” como o diagnóstico integral é uma das colunas
fundamentais que mantêm a preparação dos educandos de cada nível educacional, de seu trânsito
de um curso a um outro e da diminuição da falha escolar, considerando do ponto pedagógico da
vista ao diagnóstico como um processo que passe por meio da aplicação de técnicas específicas
que reserva para chegar em um conhecimento mais preciso de educar e para orientar mais e
melhor a aprendizagem de actividades da instrução. Portanto a razão do tema do trabalho:
Diagnóstico psico-pedagógico, nas suas diversas manifestações: características, implicações,
etapas, metodologias e organização.
No entanto, para além da descrição de cada caso, usando exemplo de autores. como objectivo
principal do tema, também procurou-se contextualizar de modo geral os pormenores acima
supracitados.
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Esse é o papel inicial do psicopedagogo frente às dificuldades de aprendizagem: fazer uma análise da
situação para poder diagnosticar os problemas e suas causas. Ele levanta hipóteses através da análise
de sintomas que o indivíduo apresenta, ouvindo a sua queixa, a queixa da família e da escola; além de
resgatar a história de vida do sujeito. Para isso, torna-se necessário conhecer o sujeito em seus
aspectos neurofisiológicos, afetivos, cognitivos e sociais, bem como entender a modalidade de
aprendizagem do sujeito e o vínculo que o indivíduo estabelece com o objeto de aprendizagem,
consigo mesmo e com o outro. O psicopedagogo procura, portanto, compreender o indivíduo em suas
várias dimensões para ajudá-lo a reencontrar seu caminho, superando dificuldades que impeçam um
desenvolvimento harmônico e que estejam se constituindo num bloqueio da comunicação dele com o
meio que o cerca.
O diagnóstico possui uma grande relevância tanto quanto o tratamento. Ele mexe de tal forma
com o paciente e sua família que, por muitas vezes, chegam a acreditar que o sujeito teve uma
melhora ou tornou-se agressivo e agitado no decorrer do trabalho diagnóstico. Por isso devemos
fazer o diagnóstico com muito cuidado observando o comportamento e mudanças que isto pode
acarretar no sujeito.
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O eixo principal da questão do diagnóstico sobre o aprender repousa nas dimensões do aluno, do
professor, e dos níveis inter-relacionados na acção educativa, ou seja, Sociopolítico, Pedagógico
e Psico-pedagógico.
O diagnóstico Psico-pedagógico pode ser entendido como uma avaliação clínica, um exame
realizado a partir de uma queixa explícita em relação a alguma dificuldade de aprendizagem.
Olhar para a escola implica em uma visão íntegra de aprendizagem e de mundo. Um diagnóstico
á luz da instituição escolar se concretiza através de uma ampla observação das dimensões que
envolvem a aprendizagem e que possibilita uma reflexão e conhecimento dos problemas
educacionais que estão vinculados a variáveis como as correntes filosóficas, políticas e
educacionais que influenciam a prática pedagógica.
Portanto, o diagnóstico deve ser encarado como busca constante de saber sobre aprender sendo o
fio condutor que norteará a intervenção psico-pedagógica.
Eis as etapas:
A E.F.E.S, como primeira entrevista, visa a compreensão da queixa nas dimensões da escola e
da família, a captação das relações e expectativas familiares centradas na aprendizagem escolar,
a expectativa em relação à actuação do terapeuta, a aceitação e o engajamento do paciente e de
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Este Também desenvolveu um guia de atitudes a serem observadas pelo psico-pedagogo neste
tipo de sessão: escutar e olhar; deter-se nas fracturas do discurso; observar e relacionar com que
aconteceu previamente à fractura; descobrir o esquema de acção subjacente; buscar a repetição
dos esquemas de acção; e interpretar a operação, mais do que os conteúdos.
Neste tipo de entrevista, é importante que sejam colhidos dados relevantes para a organização de
um sistema consistente de hipóteses que servirá de guia para a investigação na próxima sessão.
Passos:
Efectuar um manejo adequado da transferência para que possam ser captadas informações que
venham a facilitar o diagnóstico e a observação, tais como: se há diálogo entre os três; se há
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A entrevista deve começar sempre pelo cliente. Deve-se trazer para a cena terapêutica a
comunicação manifesta e latente dos entrevistados, pedindo para que todos falem sobre as
temáticas apresentadas na sessão.
Entrevista de Anamnese
Como a E.F.E.S, a anamnese também é uma entrevista, com foco mais específico, visando
colher dados significativos sobre a história do sujeito na família, integrando passado, presente e
projecções para o futuro, permitindo perceber a inserção deste na sua família e a influências das
gerações passadas neste núcleo e no próprio. Na anamnese, são levantados dados das primeiras
aprendizagens, evolução geral do sujeito, história clínica, história da família nuclear, história das
famílias materna e paterna e história escolar. O pré-requisito para análise deste tipo de sessão é o
mesmo apresentado anteriormente na E.F.E.S.
Para SOUZA (1998, p.47), o desequilíbrio das actividades assimilativas e acomodarias dão lugar
nos processos representativos a extremos que podem ser caracterizados como hipo - assimilação,
hiper-assimilação, hipo-acomodação, hiper -acomodação.
Hipo-acomodação: aparece quando o ritmo da criança não foi respeitado, nem sua necessidade
de repetir inúmeras vezes a mesma experiência (Idem).
O que interessa chegar a compreender neste ponto é a oportunidade que a criança teve para
investigar (aplicar seus esquemas precoces) e para modificar-se (por transformação dos seus
esquemas), com implicações posteriores dessas actividades no jogo e na imitação, o que leva à
constituição de símbolos e imagens.
Segundo PAIN (1986 p.72), é no processo lúdico que a criança constrói seu espaço de
experimentação, de transição entre o mundo interno e externo. Neste espaço transaccional dá-se
a aprendizagem. Por este motivo, torna-se tão importante no trabalho Psico-pedagógico. A
avaliação pedagógica pode ocorrer em situações criadas nas sessões lúdicas, observando-se nas
brincadeiras como o sujeito faz uso dos conhecimentos adquiridos em diferentes situações
escolares e sociais e como os usa no processo de assimilação de novos conhecimentos.
Provas e testes
As provas e testes podem ser usadas, se necessário, para especificar o nível pedagógico,
estrutura cognitiva e/ou emocional do sujeito. Pode-se lançar mão de provas e testagens
específicas que irão fornecer um parâmetro bem evidente a partir das respostas. O uso de provas
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Os testes projectivos, segundo SOUZA (1989, p. 6), têm por objectivo investigar a dinâmica e a
estrutura da personalidade. Sua caracterização se dá por: um estímulo (material de teste)
suficientemente ambíguo e indefinido para que o sujeito, ao dar sua resposta, projecte seus
conteúdos internos; uma intrusão que proporciona ao sujeito liberdade de elaborar sua resposta da
maneira que escolher.
As provas operatórias, segundo Weiss (op. cit., p. 102), têm como objectivo principal determinar
o grau de aquisição de algumas noções chaves do desenvolvimento cognitivo, destacando-se o
nível de operatório do pensamento da criança, ou seja, o nível da estrutura cognoscitiva com que
opera.
Síntese diagnóstica
A síntese diagnóstica é o momento em que é preciso formular uma única hipótese a partir da
análise de todos os dados colhidos no diagnóstico e suas relações de implicância, que por sua vez
aponta um prognóstico e uma indicação. Esta etapa é muito importante para que a entrevista de
devolução seja consistente e eficaz.
Entrevista de devolução
Contudo, Estas etapas podem ser modificadas quanto a sua sequência, e maneira de aplicá-las,
como, por exemplo, entrevistas separadas para casais separados que não se relacionam
amigavelmente; duas Anamnese, uma no início e outra antes da devolução, quando há
necessidade de maior investigação junto à família; primeira sessão com o sujeito, no caso de
adolescentes; sessões lúdicas com membros da família convocados, quando há necessidade de
analisar a relação entre estes sujeitos e suas implicâncias no processo de aprendizagem.
A chave está em usar a informação que faz com que o diagnóstico resolva os problemas da
aprendizagem dos estudantes. Nos estilos da instrução e as aprendizagens múltiplas, objectivo e
subjectivo complexos, os condicionadores pessoais e colectivos fazem exame da parte que
explicam de modo que a determinação das estratégias da instrução - aprendizagem para uma
estrutura óptima do processo seja um trabalho profissional da complexidade. Assim é assim, isso
a responder à pergunta.
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Propor ajuda suplementar e serviços de que o aluno necessite para ter sucesso na sala de
aula e fora dela;
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Alterar as avaliações para que o aluno possa vir a mostrar o que aprendeu;
Os apoios educativos, que pode se definir como sendo o conjunto de intervenções prescritas pelas
planificações, destinam-se a munir o aluno com NEE com um rol de competências que possam
contribuir para a sua inserção futura na sociedade, autonomizando-o e responsabilizando-o.
Quanto ao professor de apoio, este deve possuir habilitação própria, cujas funções devem ser
paralelas às suas áreas fortes de docência.
Através do preceituado nos objectivos o professor de apoio levará o aluno a adquirir as activas
competências numa área determinada. Como nota final, é importante que não se funda o papel do
professor de educação especial. Este como anteriormente, é um técnico especializado funções é
cada vez mais de consultoria e de apoio directo, que se enquadra na componente educacional dos
serviços de educação especial.
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Conclusão
Para o diagnóstico psico-pedagógico interessa concentrar a atenção na eficácia e limitações dos
recursos cognitivos empregados para organizar sua descarga emotiva. Porém, desta forma, pode-
se registar o modo que a inteligência aborda o objecto, o reconhece e o associa à sua experiência,
o discrimina e o utiliza favoravelmente com sua necessidade.
Bibliografia
PAIN, S. – Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. Porto Alegre, Artes Médicas,
1986.
Índice
Introdução...........................................................................................................................................3
1.4.Metodologia e Organização........................................................................................................12
1.6.Apoios educativos......................................................................................................................13
Conclusão.........................................................................................................................................14
Bibliografia.......................................................................................................................................15