O documento discute a importância do psicopedagogo no contexto escolar. O psicopedagogo assessora a escola sobre o processo de ensino-aprendizagem de forma preventiva, identificando e resolvendo problemas que afetam a aprendizagem dos alunos. O psicopedagogo atua tanto individualmente com alunos que apresentam dificuldades, quanto na escola como um todo, propondo melhorias no ambiente educacional.
O documento discute a importância do psicopedagogo no contexto escolar. O psicopedagogo assessora a escola sobre o processo de ensino-aprendizagem de forma preventiva, identificando e resolvendo problemas que afetam a aprendizagem dos alunos. O psicopedagogo atua tanto individualmente com alunos que apresentam dificuldades, quanto na escola como um todo, propondo melhorias no ambiente educacional.
O documento discute a importância do psicopedagogo no contexto escolar. O psicopedagogo assessora a escola sobre o processo de ensino-aprendizagem de forma preventiva, identificando e resolvendo problemas que afetam a aprendizagem dos alunos. O psicopedagogo atua tanto individualmente com alunos que apresentam dificuldades, quanto na escola como um todo, propondo melhorias no ambiente educacional.
A IMPORTÂNCIA DO PISCOPEDAGOGO NO CONTEXTO ESCOLAR
SÍNTESE
ITAPAJÉ – CE Agosto/2017 1 - A IMPORTÂNCIA DO PISCOPEDAGOGO NO CONTEXTO ESCOLAR
O Psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e esclarecer a escola a
respeito de diversos aspectos do processo de ensino-aprendizagem e tem uma atuação preventiva. Na escola, o psicopedagogo poderá contribuir no esclarecimento de dificuldades de aprendizagem que não têm como causa apenas deficiências do aluno, mas que são consequências de problemas escolares. Seu papel é analisar e assinalar os fatores que favorecem, intervêm ou prejudicam uma boa aprendizagem em uma instituição. Propõe e auxilia no desenvolvimento de projetos favoráveis às mudanças educacionais, visando evitar processos que conduzam às dificuldades da construção do conhecimento que ocorre na estimulação do ambiente sobre o indivíduo a partir de um trabalho preventivo diante as dificuldades dos alunos. Há alguns anos atrás, a falta de clareza a respeito de problema de aprendizagem fazia com que os alunos com dificuldades fossem encaminhados concomitantemente para profissionais das mais diversas áreas de atuação. Pouco a pouco, foi se criando a consciência da necessidade de uma formação mais globalizante e consistente, que unisse a ação educacional na figura de um único indivíduo, apto e eficaz. Assim os atendimentos antes dispersos entre várias pessoas poderiam centrar-se num profissional, facilitando o vínculo do aluno com o processo de aprendizagem e o resgate do prazer de aprender e desenvolver-se. No atual momento, as recentes contribuições da Sociolinguística e da Psicolinguística, as novas abordagens teóricas sobre o desenvolvimento e a aprendizagem, bem como as inúmeras pesquisas sobre o peso dos fatores intra-escolares na determinação do fracasso escolar, têm oferecido aos profissionais psicopedagogos uma visão mais crítica e abrangente de seu próprio trabalho. Portanto, o psicopedagogo é um profissional pós-graduado, um multi- especialista em aprendizagem humana que congrega conhecimentos de diversas áreas a fim de intervir nesse processo, seja para potencializá-lo ou para sanar possíveis dificuldades, utilizando instrumentos próprios da Psicopedagogia. Sua formação inicial dá-se em nível de cursos de especialização Lato Sensu, regulamentados pela Resolução/CNE/MEC 12/83, de 06/10/83. Atualmente existem muitos cursos Lato Sensu de Psicopedagogia oferecidos no país, seja em instituições particulares ou públicas, fato este que preocupa a ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia), pois os mesmos não obedecem a nenhuma regulamentação específica. Um dos aspectos importantes sobre a atuação do psicopedagogo é a formação continuada: não basta fazer um curso de pós-graduação, esta é a formação inicial, portanto, é necessário sempre estar atualizado realizando cursos nas mais diversas áreas como na linguística, neurociência, psicologia entre outras. A Psicopedagogia lida com os problemas de aprendizagem e tem duas áreas de atuação: Psicopedagogia Institucional e Clínica. Os trabalhos exercidos nestes dois ambientes são realizados pelo psicopedagogo e exigem metodologias de trabalho específicas, de acordo com Bossa (2007, p. 84 - 85 ), “ sempre se deve levar em consideração as circunstâncias, ou seja, o contexto no qual o sujeito está inserido (família, escola, comunidade)”. A Psicopedagogia Clínica é realizada em consultório particular em uma clínica psicopedagógica ou hospitais. Este profissional busca compreender o motivo que faz com que o indivíduo não aprenda e para isto ele realiza um diagnóstico onde é possível conhecer as particularidades e a realidade do sujeito, permitindo assim proceder com a intervenção que consiste no próprio tratamento, o diagnóstico é um processo contínuo que auxilia no acompanhamento. Pode-se dizer que esse trabalho pode acontecer em duas fases: “diagnóstica e de intervenção” Bossa (2007, p. 93 - 94). No primeiro momento, o foco é a investigação onde o profissional procura o sentido da problemática que lhe permite decidir a melhor forma de conduzir seu trabalho e posteriormente vem a fase de intervenção. A Psicopedagogia Institucional é realizada em escolas e/ou em instituições não escolares, como empresas, hospitais. O profissional desta área trabalha para construção e socialização de conhecimento, promove o desenvolvimento cognitivo, verifica como é a proposta de trabalho da escola, observa como é o cotidiano escolar dos alunos, auxilia professores, funcionários e diretores a refletirem sobre suas práticas permitindo a criação de novas formas de trabalho, busca a construção de diálogo e parceria entre escola/família/aluno, realiza seu trabalho respeitando as crenças, costumes e valores dos alunos. A escola participa do processo de aprendizagem e é mediadora na inserção do indivíduo na sociedade. Como a Psicopedagogia trabalha com disposições afetivas e intelectuais o trabalho do psicopedagogo pode ser preventivo e clínico. No trabalho preventivo o psicopedagogo atua nas escolas com o objetivo de diminuir os problemas de aprendizagem, solucionando problemas já instalados, detectando possíveis causas para prevenir e eliminar qualquer tipo de dificuldade que venha atrapalhar o desenvolvimento dos alunos prevenindo o aparecimento de problemas futuros. O trabalho clínico é mais complexo o psicopedagogo precisa conhecer como a aprendizagem se estabelece na vida do sujeito e “compreender o que é aprender e ensinar e como a sociedade e a escola influenciam em seu processo educativo” (BOSSA, 2007, p. 32 - 33). A atuação psicopedagógica na escola implica num trabalho de caráter preventivo e de assessoramento no contexto educacional. No diagnóstico psicopedagógico, é essencial que se considere as relações entre produção escolar e as oportunidades reais que a sociedade dá às diversas classes sociais. A escola e a sociedade não podem ser vistas isoladamente, pois o sistema de ensino (público ou privado) reflete a sociedade na qual está inserido. Observa-se que alunos de baixa renda ainda são estigmatizados, na questão do aprendizado, como deficientes. Ao chegar numa instituição escolar, muitos acreditam que o psicopedagogo vai solucionar todos os problemas existentes (dificuldade de aprendizagem, evasão, indisciplina, desestímulo docente, entre outros). No entanto, o psicopedagogo não vem com as respostas prontas. O que vai acontecer será um trabalho de equipe, em parceria com todos que fazem a escola (gestores, equipe técnica, professores, alunos, pessoal de apoio, família). O psicopedagogo entra na escola para ver o "todo" da instituição. O psicopedagogo sabe que para aprender são necessárias condições cognitivas (abordar o conhecimento), afetivas (estabelecer vínculos), criativas (colocar em prática) e associativas (para socializar). Deve-se estar atento frente às grandes mudanças que ocorreram nas propostas educacionais. Atualmente, o conhecimento científico só tem sentido se for ligado ao social, engajado ao cotidiano, onde através dele se possa encontrar soluções. A reforma educacional brasileira é extremamente exigente. Os paradigmas dessa reforma estão centrados na verdade aberta, no conhecimento múltiplo, transdisciplinar. As mudanças não acontecem na mesma proporção, nem na mesma velocidade. A apropriação leva um tempo até ser introspectada, compreendida e colocada em prática. As mudanças (a introdução no novo) num ambiente escolar têm que ser escalonadas e sucessivas, priorizando-se e hierarquizando-se as ações. O objeto de estudo da Psicopedagogia é sempre o sujeito aprendente e esta aprendizagem está sempre relacionada com o próprio sujeito, com o sujeito e o objeto, com o sujeito e o meio, portanto sistematicamente. Isto quer dizer que o psicopedagogo está comprometido com qualquer modalidade de aprendizagem e de ensino e não só a exercida na escola. Cabe ao psicopedagogo entender como se constitui o sujeito, como este se transforma em suas diversas etapas de vida, quais os recursos de conhecimento de que ele dispõe e a forma pela qual produz conhecimento e aprende em relação ao grupo e sua reação frente a este. O impedimento para aprender não está atrelado aos fatores orgânicos, mas, também ao estado emocional, que determina e permeia todo tipo de relação, sendo esta uma proposta educacional ou não. A atuação psicopedagógica tem como base o pensar, a forma como o aprendente pensa e não propriamente o que aprende. É buscar compreender como eles utilizam os elementos do seu sistema cognitivo e emocional para aprender. Na escola, a tarefa do psicopedagogo visa fortalecer a identidade da instituição, bem como resgatar suas raízes, ao mesmo tempo em que procura sintonizá-la com a realidade que está sendo vivenciada no momento histórico atual, buscando adequá-la às reais demandas da sociedade. A intervenção psicopedagógica vem, no curso de sua história, acontecendo na assistência às pessoas que apresentam dificuldades de aprendizagem, por meio do diagnóstico e da terapêutica. Frente ao desempenho acadêmico insatisfatório e com o objetivo de esclarecer a causa das dificuldades, os alunos são encaminhados ao psicopedagogo, pelas escolas que frequentam. Desde o princípio, a questão é centrada no aprendente que não aprende. Agora, a atenção do psicopedagogo não está centrada apenas no aprendente, mas no contexto em que se realiza a aprendizagem. A psicopedagogia institucional está atenta à compreensão dos mecanismos inconscientes de uma organização, identificando sua rigidez, bloqueios e possibilidades de aprender. O conhecimento e o aprendizado não são adquiridos somente na escola, mas também são construídos pela criança em contato com o social, dentro da família e no mundo que a cerca. A família é o primeiro vínculo da criança e é responsável por grande parte da sua educação e da sua aprendizagem. O que a família pensa, seus anseios, seus objetivos e expectativas com relação ao desenvolvimento de seu filho também são de grande importância para o psicopedagogo chegar a um diagnóstico. Considerando o exposto, cabe ao psicopedagogo intervir junto à família das crianças que apresentam dificuldades na aprendizagem, por meio, por exemplo, de uma entrevista e de uma anaminese com essa família para tomar conhecimento de informações sobre a sua vida orgânica, cognitiva, emocional e social. Essa intervenção tem um maior alcance quando realizada no ambiente em que o aluno desenvolve suas atividades e por meio das pessoas que, cotidianamente, se relacionam com ele, uma vez que os processos de aprendizagem se relacionam diretamente com a socialização e integração dos alunos no contexto sócio - educacional em que estes estão inseridos. O psicopedagogo tende a prevenir os problemas de aprendizagem, ao invés de remediá-los por meio da busca de diversos serviços escolares dos quais os alunos participam e na medida do possível, do ambiente familiar e social em que eles vivem, auxiliando o aluno a desenvolver o máximo de suas potencialidades. Nessa perspectiva, “o psicopedagogo não é um mero “resolvedor” de problemas, mas um profissional que dentro de seus limites e de sua especificidade, pode ajudar a escola a remover obstáculos que se interpõem entre os sujeitos e o conhecimento e a formar cidadãos por meio da construção de práticas educativas que favoreçam processos de humanização e reapropriação da capacidade de pensamento crítico”. Dessa forma, acredita-se que o trabalho da Psicopedagogia quando encontra consonância e parcerias na escola, pode promover efeitos muito positivos para a minimização das dificuldades que emergem no contexto escolar, apesar de representar um constante desafio, pois requer o envolvimento de toda a equipe, e um desejo permanente de mudanças, para que as transformações, de fato, ocorram. 2 - CONSIDERAÇÕES FINAIS Em síntese, uma escola é funcional quando conta com forte aliança entre a comunidade, o corpo docente e o administrativo, os quais trabalham os seus conflitos através da colaboração e diálogo. O psicopedagogo é extremamente importante na instituição escolar, pois este profissional estimula o desenvolvimento de relações interpessoais, o estabelecimento de vínculos, a utilização de métodos de ensino compatíveis com as mais recentes concepções a respeito desse processo. Procura envolver a equipe escolar, ajudando-a a ampliar o olhar em torno do aluno e das circunstâncias de produção do conhecimento, ajudando o aluno a superar os obstáculos que se interpõem ao pleno domínio das ferramentas necessárias à leitura do mundo. Portanto, o profissional da Psicopedagogia propõe e auxilia no desenvolvimento de projetos favoráveis às mudanças educacionais, visando à descoberta e o desenvolvimento das capacidades da criança, bem como pode contribuir para que os alunos sejam capazes de olhar esse mundo em que vive de saber interpretá-lo e de nele ter condições de interferir com segurança e competência. O psicopedagogo aproximando os pais da escola devem ajudar à esses, conhecer a ação educativa da escola onde seus filhos estão inseridos. Devem estabelecer um acordo comum, proporcionando assim a busca do bem-estar entre ambas as partes. Quando em casa não existe certa cobrança entre ao que se constitui na escola e na família Á cerca do que se define em saber quais são as regras, ter punições e estabelecer o respeito, e que se explicita claramente as divergências entre os dois eixos (família e escola) diz-se que o diálogo não é igualitário entre ambas as partes. Vem aí a importância da escola e da família ter em si um bom relacionamento. Melhora a qualidade do trabalho do professor. Melhora a qualidade do desempenho e da aprendizagem do aluno. Contribui para a elevação da valorização e da auto-estima e da satisfação pessoal. Se transforma, se elabora e reelabora conhecimentos mútuos. Constrói-se a cidadania de maneira digna e melhorada comparada à qualidade de vida. Enfim, muito se tem a ganhar em ambas as partes. Pois juntas a família e a escola são os dois pontos de apoio fundamentais à formação do ser humano. 3 – REFERÊNCIAS BOSSA, Nádia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática /Artes Médicas sul, 1994. CASA do Piscólogo, A importânciado Psicólogo, Disponível em http//www.webartigos.com, Acesso em 10 de Agosto de 2017. Código de ética: Associação Brasileira de Psicopedagogia, Disponível em: http://www.psicopedagogiado Brasil.com.br . Acesso em: 10 de Agosto de 2017. FERNÁNDEZ, A- A Inteligência Aprisionada: Abordagem Psicopedagógica Clínica da Criança e sua Família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990. SIMAIA, Sampaio, Como se dá o trabalho na Instituição, Disponível em: http//www.psicopedagogiabrasil.com.br. Acesso em: 10 de Agosto de 2017. OLIVEIRA, Silvia. A Importância do Psicopedagogo frente as dificuldades de Aprendizagem, Disponível em: http//www.abpp.com.br. Acesso em: 10 de Agosto de 2017. PAINS, S. – Diagnóstico e Tratamento dos problemas de Aprendizagem. Porto Alegre, Artes Médicas,1986. PORTO, Olivia. Psicopedagogia Institucional: Teoria, prática de Assessoramento Psicopedagógico. Porto Alegre: Wark, 1994.