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ROSMI
LIT
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COMBAT
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NCÊNDI
OURBANO
Be
loHo
riz
ont
e,1ªEdi
ção2020
COMANDANTE-GERAL DO CBMMG
CEL BM EDGARD ESTEVO DA SILVA
AUTORES
MAJ BM MOISÉS MAGALHÃES DE SOUSA
CAP BM GUSTAVO MORAES FALCÃO
CAP BM DILSON VELOSO DIAS JUNIOR
CAP BM PAULO HENRIQUE CAMARGOS FIRME
1º TEN BM JOÃO GUSTAVO DE SOUZA CRUZ
1º TEN BM IGOR CÉSAR GRANDI
1º TEN BM ÁGATHA IOLANDA VIDAL E SILVA
1º TEN BM WEYBER SILVA NEVES
1º TEN BM ELEN ROBERTA COSTA CARVALHO
2º SGT BM FABRÍCIO SOUZA LOPES
2º SGT BM GUILHERME AUGUSTO OLIVEIRA DE ANDRADE
3º SGT BM VINÍCIUS FERREIRA MARCELINO COSTA
BELO HORIZONTE
1ª EDIÇÃO, 2020
Todos os direitos reservados ao CBMMG.
É permitida a reprodução por fotocópia para fins de estudo e pesquisa.
CRÉDITOS
Revisão Técnica/Metodológica: Cap BM Cristiano Antônio Soares, Cap BM Vinícius
Bonfim Fulgêncio, Cap BM Shirley Carvalho Neves, 1º Ten BM Marcelo Venesiano
Bosco, 1º Ten BM Manoel de Jesus Braga, 1º Ten BM Davi Braga Linke, 2º Ten BM
Alexandre Augusto Martins Boreli, 3º Sgt BM Thiago Otávio Oliveira Perpétuo.
Revisão de texto/gramatical: 1º Ten BM Flávio Anderson de Brito, 2º Ten BM Raul
Souza dos Santos, 3º Sgt BM Maria Luciana de Oliveira.
Revisão de arte gráfica: 2º Sgt BM Gilmar Luis Pinto, Cb BM Márcio José Pereira.
Diagramação: Cap BM Gustavo Moraes Falcão.
Capa: Cabo BM Pedro Daniel Corrêa Nunes.
Ilustrações: Cap BM Gustavo Moraes Falcão, 1º Ten BM Elen Roberta Costa
Carvalho, 2º Sgt BM Gilmar Luis Pinto.
Fotografias: Cb BM Márcio José Pereira, Manoel Freitas Reis.
Fotografias de entrada de capítulos: Cb BM Márcio José Pereira.
Colaboradores: Cap BM Cristiano Antônio Soares, 1º Ten BM Manoel de Jesus
Braga, Al BM Laércio Rodrigues Leite, 2º Sgt BM Lázaro Manoel Santos Rodrigues,
2º Sgt BM Luiz Alexandre Nascimento Maia, 2º Sgt BM Elismá Pereira, 3° Sgt BM Luiz
Eduardo Freitas Pimentel, 3º Sgt BM Eudes Marques da Rocha, 3º Sgt BM Clayton
Pereira, Cb BM Alex Almeida Andrade, Cb BM Idael Emiliano Gomes Silva, Cb BM
Márcio José Pereira, Sd David Souza Lima, Sd BM Eduardo Araújo Caixeta, Sd BM
Stella Rodrigues Bernardes, Sd BM Felipe Souza de Jesus, Sd BM Joao Carlos
Cordeiro Santos.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
C 787
540 p. il.
Versão digital.
https://drive.google.com/drive/folders/1p-r2e6qokJUmrlBCStC1K8lXCm7ABFza?usp=sharing
PREFÁCIO
Por fim, ressalto que este não é o livro que esgota o assunto. Que em
virtude das mudanças tecnológicas e do avanço das pesquisas científicas, ele sempre
carecerá de atualizações que visem aprimorar o trabalho de combate a incêndio
urbano, demonstrando o quão viva e instigante é a matéria, como as chamas de uma
combustão!
SUMÁRIO
2 TRIÂNGULO DO FOGO............................................................................. 14
2.1 Calor........................................................................................................... 14
3 TETRAEDRO DO FOGO............................................................................ 45
4 COMBUSTÃO ............................................................................................ 48
8 AGENTES EXTINTORES........................................................................... 64
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 93
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 10
1 CONCEITUAÇÃO BÁSICA
1Nem sempre uma chama pode ser vista na reação de combustão. Por exemplo, uma chama de
combustão do gás hidrogênio (H2) seria transparente para o olho e não seria facilmente vista. Ainda,
uma chama pode ser tornada adiabática e, portanto, o calor não é liberado (QUINTIERE, 2006).
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 11
Esse pano de prato, agora em chamas, propaga o calor para o armário ao lado,
para o exaustor plástico sobre o fogão, para a toalha sobre a mesa, e essa reação
já não pode mais ser controlada pelo simples manejo de válvulas ou botões. Ela
requer uma abordagem técnica específica. A essa reação fora de controle, com
potencial de causar lesões, morte e danos materiais, damos o nome de Incêndio.
2 Há reações de combustão que não possuem chamas, como é o caso da combustão do gás
hidrogênio.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 12
1827 Navier
Equações do movimento de fluidos viscosos
1845 Stokes
~1930 Semenov
~1950 Zel’dovich
H. Emmons, D.B.
~1950 Soluções para queimas convectivas
Spalding
2 TRIÂNGULO DO FOGO
Fonte: Autor
2.1 Calor
Fonte: Autor
2.1.1.1 Condução
Fonte: Autor
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 17
2.1.1.2 Convecção
3Embora a tendência do fluido seja subir, essa camada poderá caminhar horizontalmente, devido
ao formato do ambiente no qual se encontra. O fluido não possui formato definido, podendo amoldar-
se de acordo com o ambiente.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 18
corrente de convecção, pois a água fria, que agora se localiza nos terços inferiores,
passará a absorver energia da chama e se aquecer, tendendo a subir para o topo
da panela. Já a água localizada nos terços superiores irá ceder calor para o
ambiente, resfriando-se, tornando-se relativamente mais densa e, por
consequência, voltará ao fundo da panela.
Fonte: Autor
O ar, por ser fluido, quando é aquecido também fica “mais leve” e tende
a se posicionar nos terços superiores de uma edificação no caso de incêndio. Nos
incêndios confinados, estruturais ou compartimentados, que são aqueles que
possuem obstáculos que impedem a exaustão dos gases quentes, produtos da
combustão, os terços superiores do cômodo em chamas tendem a concentrar as
maiores temperaturas (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO
FEDERAL, 2012; GRIMWOOD, 2008).
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 20
2.1.1.3 Radiação
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 22
4
Concreto armado é um elemento estrutural elaborado com concreto, cujo comportamento estrutural
depende da aderência entre concreto e armadura, e no qual não se aplica alongamentos iniciais das
armaduras antes da materialização dessa aderência (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2013).
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 23
Fonte: Autor
2.2 Combustíveis
2.2.1 Sólido
sua estrutura, passando a liberar um gás com potencial combustível, que contribui
para a reação de combustão. O nome desse processo de quebra molecular que
ocorre no combustível sólido é pirólise.
Um sólido pode estar na forma de pó, de uma fina folha (como o papel)
ou de um bloco espesso (como um tronco de árvore). A combustão se espalha mais
rápido quanto mais finas estiverem as partículas de combustível. Dependendo das
condições em que se encontram sólidos pulverizados, com partículas suspensas no
ambiente, poderá ocorrer uma deflagração desse material, em um fenômeno
conhecido como explosão de poeira (dust explosion) (FRIEDMAN, 1998;
GRIMWOOD e DESMET, 2003).
Fonte: Autor
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 27
2.2.2 Líquidos
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 30
Fonte: Autor
2.2.3 Gases
6
A combustão de metais pirofóricos é resultado de uma reação exotérmica dos materiais no estado
sólido com o oxigênio presente no ar.
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 31
2.2.3.1 BLEVE
tanque passa a ficar mais quente, o que ocasiona a dilatação e fragilização de sua
estrutura.
Fonte: Autor
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 33
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 34
Fonte: Autor
7 Existem raros exemplos de sólidos que possuem pontos de fulgor e combustão, como a naftalina
e a cânfora, em que o sólido passa diretamente ao estado de vapor (sublimação). Há ainda alguns
combustíveis, como a parafina (da cera da vela, por exemplo) que são sólidos, mas, primeiro passam
para o estado líquido, em seguida ao estado de vapor e, então, queimam. Esses sólidos, que
‘queimam como líquidos’, também possuem pontos de fulgor e combustão (QUINTIERE, 2006;
FRIEDMAN, 1998).
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 35
Fonte: Autor
2.2.4.4 Autoignição
Fonte: Autor
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 38
Fonte: Autor
2.3 Comburente
Fonte: Autor
Fonte: Autor
8 A divisão da concentração de oxigênio em três faixas distintas não pode ser tratada com a
uniformidade apresentada no texto. De acordo com cada tipo de combustível, haverá uma
concentração de oxigênio que permitirá a ocorrência de queima viva, lenta, ou que não permitirá a
combustão. A exemplo, para o monóxido de carbono (CO), mesmo a concentrações de oxigênio de
5% (mistura rica), ocorreria a combustão (FRIEDMAN, 1998; TURNS, 2013).
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 40
(a) (b)
Fonte: Todamatéria, 2019
das reações desses comburentes podem ser tão, ou mais violentas que a reação
do combustível com o oxigênio, podendo resultar em chamas intensas, mesmo na
ausência de ar, por exemplo:
3 1
𝐶𝐹3 𝐵𝑟 [𝐻𝑎𝑙𝑜𝑛 1301∗ ] + 2𝑀𝑔 → 𝑀𝑔𝐹2 + 𝑀𝑔𝐵𝑟2 + 𝐶(𝑓𝑢𝑙𝑖𝑔𝑒𝑚) + 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
2 2
𝑁2 𝐻4 [𝐻𝑖𝑑𝑟𝑎𝑧𝑖𝑛𝑎] → 𝑁2 + 2𝐻2 + 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
𝐶2 𝐻2 [𝐴𝑐𝑒𝑡𝑖𝑙𝑒𝑛𝑜] → 2𝐶 + 𝐻2 + 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
Fonte: Autor
10Mol é uma unidade de medida utilizada para expressar a quantidade de matéria microscópica,
como átomos e moléculas. É um termo que provém do latim mole, que significa quantidade. A
quantidade de matéria presente em um mol é de: 6,02.10²³ entidades (HALLIDAY, RESNICK e
WALKER, 2013).
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 44
3 TETRAEDRO DO FOGO
Fonte: Autor
Fonte: Autor
4 COMBUSTÃO
Fonte: Autor
Tabela 1.7 – Demonstração dos efeitos de uma onda de choque causada por explosão
Pressão
exercida pela
Efeito da onda de choque
explosão
(psi)
Quebra do vidro de janelas 0,15-0,22
Janelas estilhaçadas, gesso rachado; pequenos danos a
0,51-1,09
alguns edifícios
Pessoas são derrubadas 1,02-1,45
Falha do revestimento de madeira ou amianto para casas
1-2
convencionais
Falha de paredes construídas de blocos de concreto
2-3
convencionais
Ruptura de tanques de armazenamento de óleo 3-4
Danos graves a edifícios com estrutura de aço estrutural 4-7
Ruptura do tímpano 5-15
Estruturas de concreto armado severamente danificadas 6-9
Vagões de trem derrubados 6-9
Provável destruição total da maioria dos edifícios 10-12
Danos nos pulmões 29-73
Letalidade 102-218
Formação de cratera em solo médio 290-435
Fonte: Kinney e Graham, 1985
5 TIPOS DE CHAMA
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Como uma regra geral, uma chama difusa maior que 30 cm será
turbulenta, e uma chama de difusão menor do que 10 cm será laminar, a não ser
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 56
que haja um fluxo de alta velocidade envolvido nessa queima. Por isso, as chamas
de um ambiente incendiado são difusas e turbulentas (FRIEDMAN, 1998).
Faraday citava em suas palestras que “não existe lei pela qual seja regida
qualquer parte do Universo que não entre em ação e não seja abordada nesses
fenômenos. Não há porta melhor nem mais aberta para que os senhores possam
iniciar o estudo da filosofia natural do que o exame dos fenômenos físicos de uma
vela” (FARADAY, 1861/2003).
Alguns dos estudos realizados por Faraday ainda servem para a melhor
compreensão dos fenômenos que ocorrem nas atividades de combate a incêndio.
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 57
Fonte: Autor
Fonte: Autor
12Empuxo: Empuxo é o nome dado à força exercida por um fluido sobre um objeto mergulhado total
ou parcialmente nele. O empuxo sempre apresenta direção vertical e sentido para cima (HALLIDAY,
RESNICK e WALKER, 2013).
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 59
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Figura 1.38 – Perturbação no topo da vela Figura 1.39 – Perturbação na base da vela
Fonte: Autor
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 61
Fonte: Autor
Fonte: Autor
7 COMBATE/CONTROLE DO INCÊNDIO
7.1 Abafamento
Fonte: Autor
7.2 Resfriamento
Fonte: Autor
Fonte: Autor
8 AGENTES EXTINTORES
8.1 Água
Figura 1.46 – Expansão do volume da água líquida ao passar para o estado de vapor
Embora seja um excelente agente extintor, a água não pode ser aplicada
em qualquer tipo de incêndio. Os principais riscos estão associados a incêndios
elétricos, em líquidos inflamáveis e em metais pirofóricos.
Pó de cobre.
Lítio (Li)
Fonte: Houck, 2015
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 68
8.4 Espuma
𝑩𝒓 ∙ + ∙ 𝑯 → 𝑯 − 𝑩𝒓
Quebra da reação em cadeia
∙ 𝑪𝑪𝒍𝑭𝟐 + ∙ 𝑹 → 𝑹 − 𝑪𝑪𝒍𝑭𝟐
13O PAG, Potencial de Aquecimento Global (Global Warming Potential - GWP) foi desenvolvido para
permitir comparações dos impactos do aquecimento global de diferentes gases. Especificamente, é
uma medida da quantidade de energia que as emissões de 1 tonelada de gás irão absorver ao longo
de um determinado período de tempo, em relação às emissões de 1 tonelada de dióxido de carbono
(CO2). Quanto maior o GWP, mais um determinado gás aquece a Terra comparado ao CO2 durante
esse período de tempo. O período de tempo normalmente usado para os GWPs é de 100 anos
(Understanding Global Warming Potentials, 2017).
14 Agentes Halocarbonos: exemplos são hidrofluorocarbonos (HFCs), hidroclorofluorocarbonos
9 CLASSES DE INCÊNDIO
9.1 Classe A
9.2 Classe B
9.3 Classe C
9.4 Classe D
9.5 Classe K
10 DESENVOLVIMENTO DO INCÊNDIO
15 Plano Neutro: uma linha imaginária que separa a zona de alta pressão tomada por gases quentes
no terço superior do ambiente, da zona de pressão normal, localizada nos terços inferiores do
ambiente.
16 Flashover: um ponto de transição no desenvolvimento de um incêndio no compartimento em que
Volta a ser
É insuficiente
Suficiente para o suficiente para a
para a atual
Comburente Abundante crescimento do manutenção de
demanda do
incêndio uma combustão
incêndio.
incompleta com
os combustíveis
Todo o
ambiente em
Foco isolado Aumenta a
chamas vivas, Permanência de
e início de produção e
Características turbulentas e fumaça rala e
produção de depósito de
no ambiente pulsantes, tóxica, cinzas e
fumaça fumaça,
tentando brasas.
visível estabelecendo o
absorver mais
plano neutro.
comburente do
exterior
Fonte: Friedman, 1998; Grimwood, 2008; Lambert e Desmet, 2009
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 79
(a)
(b)
(a) Curva teórica (b) curva medida com sensores – onde “T” representa a altura do termopar
em relação ao solo.
Fonte: Boreli, 2018; Lambert e Desmet, 2009
Fonte: Autor
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 81
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 83
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Essa reação pode ser muito violenta e muito rápida. Poderá ocorrer tanto
um Flashover induzido pela ventilação, quanto uma Ignição Explosiva do ambiente,
denominada Backdraft. A figura 1.57 demonstra os momentos diferentes que podem
ocasionar a explosão no ambiente. No tempo 1 a porta é aberta e parte do gás
combustível acumulado sai do ambiente, ao mesmo tempo em que o comburente
adentra o recinto. Quando a mistura de gases atinge uma concentração mínima
explosiva, ocorre um comportamento extremo do fogo, como demonstrado no tempo
2 da figura 1.57.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 86
Fonte: Autor
Fonte: Autor
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 89
11.3 Rollover
CARACTERÍSTICAS
Chamas intensas
Propaga ondas de choque
irradiando calor
Fonte: Autor
REFERÊNCIAS
______. ABNT NBR 9695 - Pó para extinção de incêndio. Rio de Janeiro - RJ,
p. 24. 2014.
DAVID SCHOTTKE, NFPA, IAFC. Fundamentals of Fire Fighter Skills. 3ª. ed.
Quincy, MA: NFPA, 2014.
KINNEY, G. F.; GRAHAM, K. J. Explosive shocks in air. 2ª. ed. New York: The
Macmillan Company, 1985.
LAMBERT, K. Backdraft: fire science and firefighting, a literature review. 1ª. ed.
Edinburgh - UK: [s.n.], v. I, 2014.
MÁXIMO, A.; ALVARENGA, B. Curso de Física. 3ª. ed. Vila Mariana, SP:
HARBRA Ltda., v. II, 1993.
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTOS E COMPORTAMENTO DO FOGO 95
NATIONAL FIRE PROTECION ASSOCIATION. NFPA 921 - Guide for Fire and
Explosion Investigations Scope. Quincy - MA, p. 515. 2004.
______. NFPA: Fire Protection Handbook. 20ª. ed. Quincy - MA: [s.n.], v. I,
2008.
PORTAL G1. Incêndio atinge Museu Nacional no Rio, 2018. Disponivel em:
<https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/09/02/incendio-atinge-museu-
nacional-no-rio-de-janeiro-fotos.ghtml>. Acesso em: 14 de julho de 2019.
STAUFFER, E.; DOLAN, J. A.; NEWMAN, R. Fire Debris Analysis. 1ª. ed.
Oxford, UK: Elsevier Inc. , v. I, 2008.
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS................................................................................................... 139
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 100
do seu uso seja possível o trabalho em ambientes incendiados, não se pode falar
em proteção total do combatente contra todos os riscos ambientais. Cabe a cada
bombeiro conhecer os procedimentos operacionais padrão, as suas limitações
pessoais e as especificidades do seu equipamento, a fim de que não haja exposição
desnecessária a riscos evitáveis ou a situações nas quais o EPI não oferecerá a
devida proteção.
Fonte: Autor
Os danos que podem ser causados pela inalação de fumaça podem ser
divididos em três vertentes: lesão térmica, asfixia e lesão pulmonar tardia.
Além dos riscos e lesões citadas, a fumaça presente nos incêndios pode
transportar diversos outros produtos da combustão, que também merecem ser
mencionados, conforme tabela 2.2 a seguir.
EFEITOS
GÁS ORIGEM
TOXICOLÓGICOS
Não é tóxico, diminui o
Dióxido de carbono (CO2) Produto comum em combustão
oxigênio respirável
Dióxido de enxofre (SO2) Materiais que contenham enxofre Irritante muito forte
3.1.2 Queimaduras
Fonte: Autor
A cabeça, por ser o ponto mais alto do corpo, é uma das regiões mais
expostas às altas temperaturas no incêndio. Considerando esses aspectos, o
capacete deve fornecer proteção integral do crânio e da face contra choques
mecânicos, chamas, calor irradiante e eletricidade; além de possuir viseiras e
proteção para a nuca, conforme as especificações da legislação vigente.
Atualmente, os capacetes do CBMMG são parametrizados pelas seguintes normas:
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 114
4.2 Balaclava
Durante e após seu uso, alguns cuidados devem ser tomados para
manutenção e correta higienização da peça (CORPO DE BOMBEIROS DA
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2006), a saber:
Fonte: Autor
CAPÍTULO 2 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E RESPIRATÓRIA 115
Fonte: Autor
caso o ar entre as camadas seja substituído por água, haverá um risco muito grande
para o usuário, pois se comparado ao ar, a água é um melhor condutor de calor5.
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
08 Batente do cilindro - -
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 122
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Classificação Volume
Nível de minuto Exemplos de atividades e trabalhos
esforço (L/min)
Média da jornada total, incluindo tempos de parada.
Sentado confortavelmente: trabalho manual leve (escrever, digitar,
desenhar, costurar, escrituração contábil); trabalhos com mãos e
braços (pequenas ferramentas de bancada, inspeção, seleção ou
Trabalho
20 montagem de materiais leves); trabalhos com braços e pernas (dirigir
Leve
veículos em condições normais, acionar chaves ou pedais com os
pés; em pé com furadeira – peças pequenas – ou com retífica manual
– peças pequenas – enrolar bobinas; operar máquinas de baixa
potência).
Média da jornada total, incluindo tempos de parada.
Trabalho contínuo com mãos e braços (bater pregos, desbastar, limar,
lixar); trabalhos com braços e pernas (operação de caminhões fora de
estrada, tratores ou equipamentos de construção); trabalho com
Trabalho
35 braços e tronco (com marteletes pneumáticos, montagem de tratores,
Moderado
rebocar paredes, movimentação intermitente de materiais
moderadamente pesados, capinar, colher frutas ou legumes, puxar ou
empurrar cargas leves ou carrinhos de mão, forjar peças, caminhar a
uma velocidade até 5,5 km/h).
Média da jornada total, incluindo tempos de parada.
Trabalho intenso de braços e tronco (carregando materiais pesados,
trabalho com pá, com marreta, serrar, trabalhos com plaina manual
Trabalho
50 ou formão em madeira dura, com cortadores de grama manual, cavar,
Pesado
puxar ou empurrar carretas e carrinhos de mão pesadamente
carregados, raspar e aparar peças fundidas, assentar blocos de
concreto).
Continua
CAPÍTULO 2 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E RESPIRATÓRIA 127
Conclusão
Classificação Volume
Nível de minuto Exemplos de atividades e trabalhos
esforço (L/min)
Média da jornada total, incluindo tempos de parada.
Trabalho Atividade muito intensa a um ritmo acelerado (trabalhos Conclusão
com
Muito 65 machado, cavar ou trabalhar intensamente com pá, subir degraus,
Pesado rampas ou escadas, caminhar rapidamente com pequenos passos,
correr, caminhar a uma velocidade superior a 5,5 km/h).
Trabalho contínuo de até 2 horas sem interrupção. Continua
Trabalho de resgate com equipamentos pesados e/ou equipamentos
Trabalho de proteção individual; escape de minas ou túneis; indivíduos em boa
Muito Muito 85 condição física exercendo 50% – 60% de sua capacidade aeróbica
Pesado máxima; caminhar rápido ou correr com equipamentos de proteção
individual e/ou ferramentas ou materiais; caminhar a 5 km/h em rampa
com 10% de elevação.
Trabalho contínuo de até 15min sem interrupção.
Trabalho de combate a incêndio e resgate de alta intensidade;
Trabalho
indivíduos em boas condições físicas e bem treinados exercendo 70%
Extremament
105 – 80% de sua capacidade aeróbica máxima; inspeção em espaços
e
confinados; rastejar e escalar obstáculos; remover
Pesado
escombros/entulhos; carregar mangueira; caminhar a 5 km/h em
rampa com 15% de elevação.
Trabalho contínuo inferior a 5 min sem interrupção.
Trabalho de resgate e combate a incêndio na intensidade máxima;
Trabalho indivíduos em boas condições físicas e bem treinados exercendo 80%
135
Máximo – 90% de sua capacidade máxima de trabalho físico; subir degraus e
escadas em alta velocidade; remover e transportar vítimas; caminhar
a 5 km/h em rampa com 20% de elevação.
Fonte: Torloni, 2016
Teste de vedação de alta e média pressão: esse teste tem por objetivo
verificar a estanqueidade do sistema e, consequentemente, a presença de
vazamentos que possam comprometer seu desempenho:
Teste do alarme sonoro tipo apito: esse teste tem por objetivo verificar
se o alarme sonoro é acionado dentro de uma faixa de segurança (ideal 50 bar,
aceitável entre 45 e 55 bar), de maneira a oportunizar tempo suficiente para
evacuação do local sinistrado:
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 130
3. Disponha as demais
peças à sua frente para fácil
visualização.
1. Ao final da equipagem, a
dupla deverá verificar se há
tirantes ou pontas soltas; se a
balaclava está colocada de
Inspeção maneira adequada; se o EPI
está bem posto e fechado, sem
nenhuma área do corpo
exposta; e se a válvula de
demanda está bem conectada.
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 136
1. A roupa de aproximação
não deve ser retirada
imediatamente com o
encerramento dos
trabalhos. Deve-se
aguardar a equalização da
temperatura corporal do
bombeiro com o ambiente.
Desequipagem
2.Acione simultaneamente
o botão de destravamento
da válvula de demanda e o
botão de bloqueio do fluxo
de ar. Faça então a
desacoplagem da válvula
de demanda.
CAPÍTULO 2 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E RESPIRATÓRIA 137
3. Retire o capacete.
4. Retire as luvas.
*As luvas não devem ser
retiradas antes dessa
etapa, pois o EPI ainda
pode estar quente e causar
queimaduras ao bombeiro
no processo de
desequipagem.
5. Retire a balaclava.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 138
6. Afrouxe os tirantes de
cabeça de cima para baixo
e retire a máscara facial.
7. Desconecte o tirante
abdominal, afrouxe os
tirantes de ombro e retire o
EPR.
Fonte: Autor
CAPÍTULO 2 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E RESPIRATÓRIA 139
REFERÊNCIAS
SUMÁRIO
5.1 Bastão isolado (vara de manobra) e luvas de borracha isolante ....... 161
REFERÊNCIAS................................................................................................... 164
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 144
1 INTRODUÇÃO
2 MATERIAIS HIDRÁULICOS
2.1 Mangueiras
Fonte: Autor
Fonte: Autor
CAPÍTULO 3 – MATERIAIS BÁSICOS DE COMBATE A INCÊNDIO URBANO 147
Fonte: Autor
Fonte: Autor
são obtidas quando a pressão residual na ponta do esguicho é de 100 PSI1. Assim,
aumentando-se a regulagem de vazão no esguicho, a abertura para a passagem de
água existente na cabeça defletora também aumenta, expulsando um volume
maior.
2.6 Coletor
Material utilizado para receber, por meio de sua boca admissora, água
de duas mangueiras de diferentes adutoras, distribuindo-a com maior vazão para a
linha de ataque. Seu uso se dá no estabelecimento em paralelo (figura 3.8).
CAPÍTULO 3 – MATERIAIS BÁSICOS DE COMBATE A INCÊNDIO URBANO 151
Fonte: Autor
Figura 3.12 – Chave de tampão de hidrante Figura 3.13 – Chave de registro de hidrante
Fonte: Autor
2.13 Mangote
Fonte: Autor
CAPÍTULO 3 – MATERIAIS BÁSICOS DE COMBATE A INCÊNDIO URBANO 155
Fonte: Autor
Fonte: Autor
CAPÍTULO 3 – MATERIAIS BÁSICOS DE COMBATE A INCÊNDIO URBANO 157
3 FERRAMENTAS MANUAIS
3.1 Croque
3.2 Enxada
3.3 Pá de bico
4 MATERIAIS DE ARROMBAMENTO
4.2 Pé de cabra
4.3 Malho de 10 kg
Fonte: Autor
6 MATERIAIS DE VENTILAÇÃO
7 MATERIAIS DIVERSOS
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 164
REFERÊNCIAS
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 205
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 168
1 DEFINIÇÕES
(a) (b)
Fonte: Autores
Fonte: Autores
1.11 Escorva
1.12 Estabelecimento
1.13 Guarnição
Fonte: Autores
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 172
1.19 Mangotinho
2 ACONDICIONAMENTO DE MANGUEIRAS
2.1 Espiral
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Fonte: Autores
CAPÍTULO 4 – MANOBRAS COM MANGUEIRAS E MONTAGEM DE ESTABELECIMENTOS 175
2.2 Aduchada
Fonte: Autores
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 176
Fonte: Autores
2.3 Zigue-zague
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Fonte: Autores
CAPÍTULO 4 – MANOBRAS COM MANGUEIRAS E MONTAGEM DE ESTABELECIMENTOS 179
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Fonte: Autores
CAPÍTULO 4 – MANOBRAS COM MANGUEIRAS E MONTAGEM DE ESTABELECIMENTOS 181
O divisor deverá estar com todos os seus registros das bocas expulsoras
fechados, pois, dessa forma, logo após a conexão da linha adutora na admissão do
divisor, e sob anúncio de “Pronto! Linha pressurizar”, o COV já poderá pressurizar a
rede e liberar a água até este, mesmo sem a linha de ataque estar conectada. Para
isso, o bombeiro responsável pelo divisor, deverá segurá-lo, pressionando-o no solo,
de forma que, quando a água chegar até ele, não ocorra a movimentação do divisor.
Caso haja mais de uma mangueira na linha adutora, os bombeiros devem distribuir
adequadamente os materiais a serem carregados até o divisor.
Figura 4.15 – Estabelecimento montado com duas mangueiras na adutora e uma linha de ataque com
duas mangueiras
Fonte: Autores
divisor (podendo ser o COV em casos de guarnições reduzidas), irá realizar a abertura
do divisor, permitindo o avanço da linha de ataque (figura 4.16).
Fonte: Autores
CAPÍTULO 4 – MANOBRAS COM MANGUEIRAS E MONTAGEM DE ESTABELECIMENTOS 185
Fonte: Autores
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 186
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Quando o sistema estiver pronto, o chefe de linha deverá sinalizar para que
o COV libere a água e aumente a pressão do corpo de bombas, até atingir a pressão
de trabalho do aparelho proporcionador de espuma (considerando a perda de carga
da adutora até ele), momento em que se comunicará com o bombeiro que estiver
posicionado no aparelho proporcionador de espuma para introduzir o tubo pescante
no galão de LGE, dando condições para início do combate.
estiver posicionado o coletor ou canhão monitor (que foi levado por outro bombeiro),
e então, as conectam nas bocas admissoras deste.
Fonte: Autores
Fonte: Autores
CAPÍTULO 4 – MANOBRAS COM MANGUEIRAS E MONTAGEM DE ESTABELECIMENTOS 191
Fonte: Autores
Fonte: Autores
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 194
5 ESCADA
Fonte: Autores
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 196
6 IÇAMENTO DE MANGUEIRAS
Fonte: Autores
Fonte: Autores
CAPÍTULO 4 – MANOBRAS COM MANGUEIRAS E MONTAGEM DE ESTABELECIMENTOS 199
Fonte: Autores
8 MANUTENÇÃO FINAL
9 PERDA DE CARGA
de uma edificação padrão, haverá perda de carga de 0,3 kgf/cm² ou 5 PSI por
pavimento devido à altura (tabela 4.3).
10 m 15 1
Pressão
Tipo kPa (Kgf/cm²)
Trabalho Prova Ruptura Dobramento
1 980 (10) 2060 (21) 3430 (35) 2060 (21)
2, 4, 5 1370 (14) 2745 (28) 4120 (42) 2350 (24)
3 1470 (15) 2940 (30) 4900 (50) 2350 (24)
Fonte: ABNT, 1998
REFERÊNCIAS
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 222
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 208
1 INTRODUÇÃO
2 TIPOS DE ATAQUE
3 REGULAGEM DO ESGUICHO
Fonte: Autor
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 212
Fonte: Autor
Fonte: Autor
CAPÍTULO 5 – TÉCNICAS DE COMBATE A INCÊNDIO URBANO 213
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 214
Fonte: Autor
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 216
Fonte: Autor
O Pulso Longo de Alta Vazão, conhecido como ZOTI, deverá ser utilizado
quando houver um incêndio que esteja na fase Totalmente Desenvolvido ou até em
situação de Flashover. Nessas condições, a temperatura estará muito elevada, o
que determinará que o bombeiro efetue o combate ao incêndio de uma posição
distante do foco. A técnica consiste em aplicar um Jato Neblinado Estreito, com a
vazão mais alta do esguicho (125 GPM ou 475 LPM), abrindo totalmente a manopla
do esguicho e desenhando a letra “T” sobre a face do incêndio.
CAPÍTULO 5 – TÉCNICAS DE COMBATE A INCÊNDIO URBANO 217
Para aplicar a técnica da forma correta, a letra deve ser sempre iniciada
por cima, percorrendo horizontalmente o “corte” da letra “T”, de um lado até o outro e
voltando no meio, para então, descer o jato finalizando o formato da letra (figura
5.9).
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 218
Fonte: Autor
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 220
JATO NEBLINA
125 GPM Proteger
100 PSI ou 7
Proteção ou 475 contra
kgf/cm²
LPM Flashover
Penetração
125 GPM
100 PSI ou 7
ou 475 Salvamento
kgf/cm²
LPM
Fonte: Autor
CAPÍTULO 5 – TÉCNICAS DE COMBATE A INCÊNDIO URBANO 221
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 226
3.2 Três apoios – ponta do pé, joelho no chão e planta do outro pé .............. 234
3.3 Quatro apoios – pontas dos dois pés e os dois joelhos no chão ............. 235
3.4 Regras que devem ser seguidas durante a progressão ............................ 236
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 238
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 226
1 INTRODUÇÃO
P – Posicionamento
OR – Observação Rotativa
T – Tateamento
A – “Aguar” a porta
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Figura 6.3 – Tateamento da porta (a) e verificação para entrada forçada (b)
(a) (b)
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
CAPÍTULO 6 – PASSAGEM DE PORTA E PROGRESSÃO NO AMBIENTE DE INCÊNDIO 231
a) técnica de 02 Apoios;
b) técnica de 03 Apoios;
c) técnica de 04 Apoios.
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 234
Fonte: Autor
3.3 Quatro apoios – pontas dos dois pés e os dois joelhos no chão
Fonte: Autor
vez e, sempre que for necessário, o militar deve abaixar sua silhueta para se
proteger do calor. No momento em que for aplicar algum jato, o posicionamento será
sentado sobre os calcanhares e inclinando o corpo para trás.
REFERÊNCIAS
SUMÁRIO
2.2 The Irons – quantas e quais ferramentas podem ser utilizadas durante o
emprego das técnicas de entrada forçada. ......................................................... 248
2.3 Elementos comuns aos mais variados tipos de esquadrias .................. 251
3.3.2 Introduzir o garfo com o bisel voltado para o batente. ........................... 261
3.5.7 Acesso através de portas metálicas de abertura vertical (de enrolar)... 276
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 287
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 244
1 INTRODUÇÃO
Art. 5º [...]
Várias são as técnicas que podem ser empregadas para viabilizar a entrada
por esquadrias através de um ambiente. A entrada forçada abrange o emprego de
ferramentas para romper a resistência de trancas ou trincos, possibilitando a entrada
do bombeiro a fim de promover o socorro. Será utilizada conforme os seguintes
critérios:
2.2 The Irons – quantas e quais ferramentas podem ser utilizadas durante o
emprego das técnicas de entrada forçada.
Este machado oferece uma grande superfície de impacto para ser utilizado
também como marreta quando necessário (figura 7.4). O modelo mais aceito é bem
balanceado e desenhado para golpear pequenas áreas com precisão e maior
CAPÍTULO 7 – ENTRADAS FORÇADAS 249
segurança. O fio de aço recozido propicia maior longevidade do corte e o cabo de fibra
de vidro assegura maior leveza, baixa condutibilidade térmica, não apodrecimento,
força mecânica, isolamento elétrico, incombustibilidade, higiene (não é poroso), dentre
outros. Existem diversas variações no mercado (aço comum, sem superfície de
impacto, cabo de madeira, etc). É conhecido também como Fire Axe ou machado de
Bombeiro, em tradução livre.
Para que se entenda o desafio que representa forçar uma porta ou janela,
deve-se ter em mente seus elementos comuns e pontos fracos a serem explorados.
2.3.4 Fechadura
2.3.5 Dobradiças
a) criação de espaço;
b) emprego do conjunto;
c) emprego da força.
CAPÍTULO 7 – ENTRADAS FORÇADAS 255
abertura criada, ficando travada. Se a ferramenta ficar muito próxima à fechadura, ela
poderá atingi-la, impedindo que a mesma avance adequadamente pelo espaço criado;
se ficar muito longe, a porta irá fletir, dispersando a energia da alavanca.
Figura 7.18 – Emprego da força: empurrando a barra Halligan contra a folha da porta.
Figura 7.21 – Introdução do garfo da Halligan com a parte convexa do garfo voltada para o portal
Para criar o espaço desejado, o bombeiro deve atentar para que o garfo
não seja introduzido somente no portal, em vez de entre a porta e o portal. Com essa
técnica o espaço para deslocamento da ferramenta Halligan será reduzido, uma vez
que a ponteira e a cunha tocarão a porta, restringindo o movimento.
Se for notado que a porta foi assentada sobre um portal fraco, golpes no
portal, na região da fechadura, podem expor o trinco e a lingueta, promovendo o
desencaixe do dispositivo e a consequente abertura da porta (figura 7.23).
CAPÍTULO 7 – ENTRADAS FORÇADAS 263
Figura 7.23 – Técnica para expor o trinco ou lingueta com golpes no portal
Figura 7.26 – Técnica do colapso da fechadura pela ação do garfo associado a golpes de machado
Figura 7.27 – Técnica de golpes de machado nos ombros requadrados do garfo da Halligan
As portas que abrem para fora são aquelas que normalmente expõem
todos os seus pontos fracos à ação de entrada forçada, oferecendo ao bombeiro a
chance de optar pela manobra mais eficaz, dependendo do caso.
Figura 7.28 – Movimentação da barra Halligan após inserção da cunha entre a porta e o portal
O garfo é inserido com o bisel para o portal, próximo à fechadura ou dobradiça (figura
7.31).
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 268
Figura 7.35 – Criação de espaço em portas maciças ou de difícil deformação (machado + Halligan)
Figura 7.36 – Criação de espaço em portas maciças ou de difícil deformação (Cunha + Machado)
Figura 7.39 – Remoção do pino das dobradiças com o garfo da Halligan ou outra ferramenta
Figura 7.40 – Remoção do tambor da fechadura com o garfo da Halligan associado a batidas com o
machado
Figura 7.42 – Técnica alternativa de colapso do tambor externo (com uso de outras ferramentas)
Este acesso pode ser vantajoso para a equipe em caso de uma porta com
múltiplos dispositivos de tranca. O corte deve iniciar de cima, o mais alto possível,
descendo em ângulo (figura 7.48).
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 278
Figura 7.50 – Detalhe do vértice do triângulo produzido, antes da finalização do segundo (e último)
corte
3.5.7.2 Corte-caixa
Devem ser feitos três cortes verticais para baixo. Esse procedimento
deverá ser suave, pois contará com o auxílio da gravidade (figura 7.51).
Conforme visto na figura 7.53, alguns modelos de portas de enrolar são construídos
por meio da montagem sucessiva de réguas ou ripas metálicas, encaixadas e presas
à estrutura lateral utilizando-se de rebites ou similares. A técnica consiste em
desestabilizar essa estrutura através dos cortes-caixas, isolando as réguas de seus
pontos de fixação, possibilitando então sua remoção após o corte e promovendo a
abertura necessária.
CAPÍTULO 7 – ENTRADAS FORÇADAS 281
Barras e grades devem ser atacadas em seu ponto mais fraco, que é onde
se liga ao material de construção (comumente ao concreto). Rompendo o concreto
com o machado/marreta, elas poderão ser removidas manualmente ou com auxílio da
Halligan como alavanca (figura 7.54).
4 ORIENTAÇÕES GERAIS
Portas que foram abertas e devem ser mantidas assim por motivos
estratégicos, podem ser escoradas com calços do tipo cunha ou até mesmo com o
machado, trabalhando improvisadamente como calço (figura 7.57).
comum em alguns corpos de bombeiros. Essa marcação visa indicar o grau médio de
aprofundamento do garfo ou da cunha nas folhas das esquadrias, balizando as ações
do bombeiro quanto à necessidade de maior ou menor incisão da ferramenta durante
o emprego das técnicas de entrada forçada (figura 7.58).
Requadrar o garfo da Halligan é bastante útil para que ele possa receber
os golpes do machado durante o emprego da técnica de inserção e ganho de espaço
em locais apertados ou com obstruções (figua 7.59).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FDNY. Forcible entry reference guide – Techniques and Procedures. 2006. 177p.
How the Halligan tool changed the firefighting game. Disponível em:
https://www.firerescue1.com/firefighting-101/articles/155802018-How-the-Halligan-
tool-changed-the-firefighting-game/. Acesso em 15ago19.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 292
3.1.1 Técnica de Busca (acesso por fora da edificação) – VEIS .................. 297
REFERÊNCIAS................................................................................................... 324
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 292
1 INTRODUÇÃO
2 ETAPAS DO SALVAMENTO
a) dimensionamento;
b) avaliação;
c) controle e diminuição de riscos;
d) priorização;
e) execução;
f) controle e Monitoramento.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 294
2.1 Dimensionamento
2.2 Avaliação
2.4 Priorização
2.5 Execução
3 TIPOS DE BUSCA
Fonte: Autor
salvamento deverá entrar no ambiente (figura 8.2). Essa abertura deve ser realizada
imediatamente antes da entrada, para evitar ventilar o ambiente durante um período
não controlado.
Fonte: Autor
Fonte: Autor
CAPÍTULO 8 – SALVAMENTO EM INCÊNDIO 299
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Caso não haja visibilidade, o bombeiro não deverá soltar uma das mãos
da parede, para não perder sua orientação. Seu dupla deverá permanecer na porta
para servir de referência por meio da voz e luz de lanterna para seu colega.
Concluídas as ações de busca, a equipe poderá partir para um outro cômodo,
deixando a janela de saída da fumaça aberta e a porta do cômodo fechada.
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
realizam as buscas primárias, não deixando nenhum ponto sem uma cuidadosa
observação.
Fonte: Autor
4 TÉCNICAS DE SALVAMENTO
Fonte: Autor
Fonte: Autor
4.1.3 Tirolesa
Fonte: Autor
CAPÍTULO 8 – SALVAMENTO EM INCÊNDIO 311
4.1.4 Teleférico
Fonte: Autor
Fonte: Autor
CAPÍTULO 8 – SALVAMENTO EM INCÊNDIO 313
4.2.3 Cadeira
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 314
Fonte: Autor
CAPÍTULO 8 – SALVAMENTO EM INCÊNDIO 315
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 316
Anéis de fitas tubulares ou, na falta desses, cabos solteiros, podem ser
utilizados para amarração emergencial de uma vítima para que possa ser
transportada até o ponto da rota de fuga. O processo de passagem de fita está
apresentado na figura 8.27.
Fonte: Autor
CAPÍTULO 8 – SALVAMENTO EM INCÊNDIO 317
A NBR 12543 define como respirador de fuga o que atualmente tem sido
tratado como capuz de carona pelo CBMMG. É o equipamento que protege uma
eventual vítima durante a evacuação contra a inalação dos produtos tóxicos
liberados em um incêndio (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2017).
Fonte: Autor
5 SITUAÇÕES ESPECIAIS
5.1 Autossalvamento
Fonte: Autor
CAPÍTULO 8 – SALVAMENTO EM INCÊNDIO 319
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
4Equipe de Intervenção Rápida – é uma equipe estabelecida com o único propósito de realizar o
salvamento de outros bombeiros acidentados em um ambiente de incêndio (DAVID SCHOTTKE,
NFPA, IAFC, 2014). Em grandes operações de incêndio, sempre que possível, uma dupla de
militares deve ser designada especificamente para essa função, devendo permanecer em condições
de emprego, sem realizar outras ações (combate, abastecimento, etc.).
CAPÍTULO 8 – SALVAMENTO EM INCÊNDIO 323
a) duas fitas tubulares de, pelo menos, cinco metros cada. Uma para
confecção de um assento emergencial, caso seja necessário, e outra
para amarrações diversas, tanto em vítimas quanto em pontos de
ancoragem emergencial;
b) dois mosquetões;
c) um freio descensor (oito, stop, ID, etc).
REFERÊNCIAS
DAVID SCHOTTKE, NFPA, IAFC. Fundamentals of Fire Fighter Skills. 3ª. ed.
Quincy, MA: NFPA, 2014.
FEMA. National Urban Search & Rescue (US&R) Response System - RESCUE
FIELD OPERATIONS GUIDE. Washington - DC: Federal Emergency Management
Agency (FEMA), 2006.
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 362
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 328
1 INTRODUÇÃO
2 ATMOSFERA
1 Barlavento e Sota-vento são termos de origem náutica que se referem ao lado da embarcação de
onde e para onde sopra o vento, respectivamente. Este termo é incorporado em engenharia para
direcionamento no estudo dos ventos.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 330
3 NATUREZA DA VENTILAÇÃO
Nota: na figura pode-se visualizar que acima do foco de incêndio a pressão é maior, devido à expansão
dos gases no ambiente fechado, espalhando-se ao longo do teto do compartimento. De forma oposta,
mais próximo ao piso encontra-se uma zona de menor pressão. Note que a linha diagonal simboliza o
ponto de equilíbrio de pressão no compartimento.
a) flutuabilidade;
b) diferenças de pressão entre o interior e o exterior do compartimento
incendiado.
4 FUMAÇA
Fonte: Autor
5 VENTILAÇÃO TÁTICA
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
CAPÍTULO 9 – VENTILAÇÃO TÁTICA 339
Fonte: Autor
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 342
Vale ressaltar que efetuar ventilação cruzada (figura 9.14) resulta em maior
eficiência para a ventilação horizontal natural, tendo em vista as diferenças de pressão
aplicadas nas fachadas pelas correntes de ar. Por outro lado, em situações de pouco
deslocamento de ar a ventilação horizontal natural perde eficiência (CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESPÍRITO SANTO, 2014; ARNALICH, 2015).
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 344
(a) (b)
Fonte: Autor
Figura 9.16 - Exaustor com Luva (esquerda). Exaustor sem Luva (direita)
Fonte: Autor
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 350
Nota: considere uma condição na qual as pressões nos cômodos estão a 30 Pa. No sentido da
ventilação, por Efeito Venturi, tem-se uma queda da pressão nos pontos de maior velocidade no fluxo
de ar.
Fonte: Arnalich, 2015
CAPÍTULO 9 – VENTILAÇÃO TÁTICA 351
Fonte: Autor
(a) (b)
Nota: as aberturas de saída (FACE C) devem ser abertas antes da abertura de entrada (FACE A), e só
devem ocorrer após pressurizadas as linhas de ataque e o ventilador devidamente ligado, conforme
passo a passo explicitado acima. Nesse caso específico, se as aberturas da FACE D estiverem
fechadas, haverá maior eficiência da aplicação da VPP.
Fonte: Autor
Figura 9.23 – Relação dos tamanhos de aberturas para entrada de ar e saída de fumaça em VPN e
ventilação natural (razão de entrada/saída).
Figura 9.24 – Eficiência da VPP de acordo com a proporção entre os tamanhos das aberturas (razão
entre saída/entrada).
6 ANTIVENTILAÇÃO
Porém, o caminho pelo qual essa fumaça será extraída precisa ser
planejado e realizado de forma com que os danos ocasionados pelo seu
deslocamento sejam os menores possíveis (GRIMWOOD, 2008).
Suponha a chegada de uma guarnição à cena em uma viatura que não seja
específica para combate a incêndio, como o Auto Comando de Área, Auto
Salvamento, Moto Operacional, etc. Suponha, ainda, que foi possível realizar o
dimensionamento da cena, identificação dos riscos e localizar o foco do incêndio.
2Para o fechamento de aberturas pode-se utilizar dispositivos da própria construção ou objetos que
obstruam a passagem de ar (“Anti-Ventilation - wind control devices”).
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 358
Fonte: Autor
CAPÍTULO 9 – VENTILAÇÃO TÁTICA 359
Fonte: Autor
3Portando mangueiras é natural que as portas não fiquem totalmente fechadas. Nesses casos pode-
se portar cunhas para travar as portas, de modo que fiquem somente aberturas suficientes à passagem
das mangueiras, sem ocorrer o travamento destas.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 360
7 CUIDADOS NA VENTILAÇÃO
d) não efetuar ventilação tática sem que haja linhas de ataque armadas,
pressurizadas e com os devidos militares designados para a extinção
de pronto emprego. Lembre-se: o emprego da ventilação acarretará o
incremento da combustão. Se não coordenada e realizada
corretamente, pode levar ao flashover do ambiente. A ventilação tática
traz benefícios se bem coordenada com as operações de extinção e
salvamento;
CAPÍTULO 9 – VENTILAÇÃO TÁTICA 361
REFERÊNCIAS
FIRE END. Super Vac: Gas Powered Smoke Ejector, 2013. Disponivel em:
<https://www.fire-end.com/Super-Vac-GP164S-Gas-Powered-Smoke-Ejector>.
Acesso em: 19 maio 2019.
SOTOMAYOR, Jaime Núñez. Ventilación por Presión Positiva. Disponível em: <
www.bomba18.cl>. Acesso em: 08 ago. 2018.
SVENSSON, S. Fire Ventilation. 2ª. ed. Karlstad: NRS Tryckeri, Huskvarna, v. I,
2005.
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 409
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 368
1 INTRODUÇÃO
Nota: A - Painel corta-fogo; B - Blindagem dos sistemas eletrônicos; C - Fios com revestimento
antichama; D - Corte inercial do combustível; E -Tanque de combustível colapsável.
Fonte: Autora
a) superaquecimento do motor;
b) superaquecimento das lonas de freios;
c) falha no sistema de combustível e na galeria de distribuição
(vazamentos);
d) falha no sistema elétrico (curto-circuito).
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 370
Nota-se, então, que EPI e EPR devem ser utilizados desde a chegada ao
local para o combate até o rescaldo/inspeção final, em virtude tanto da exposição ao
calor, quanto pela vulnerabilidade das equipes a diversos tipos de reações nocivas
dos materiais combustíveis existentes nos veículos às chamas.
Fonte: Autora
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 372
3.2 Sinalização
Tabela 10.1 – Distância de posicionamento dos cones em relação à velocidade da via durante a
sinalização
Velocidade Distância do 1º cone à viatura
Tipos de vias máxima Com visibilidade
Com pista seca
permitida comprometida
Vias locais 40 km/h 40 passos longos 80 passos
(chuva, longos
neblina,
Avenidas 60 km/h 60 passos longos 120 passos
fumaça e/ou longos
à noite,
Vias de fluxo rápido 80 km/h 80 passos longos 160 passos
etc.) longos
Rodovias 110 km/h 110 passos longos 220 passos longos
Fonte: CBMMG, 2017
Nota: Cada vez que o pé (ou direito ou esquerdo) toca o chão considera-se um passo
Fonte: adaptado de CBMMG, 2017
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 374
2Teatro de Operações: Termo utilizado para definir o local onde são desenvolvidas as operações de
bombeiros. O Teatro de Operações subdivide-se em Zonas de Trabalho (zona quente, zona morna e
zona fria) (CBMMG, 2015).
3 São seis as principais instalações padronizadas recomendadas pelo SCO: posto de comando (PC),
base de apoio, acampamento, centro de informações ao público, helibases e helipontos. E são duas as
principais áreas padronizadas recomendadas pelo SCO: área de espera ou estacionamento e área de
concentração de vítimas. A seguir uma breve explicação sobre as instalações e áreas mais
frequentemente instaladas nas Operações de Bombeiros:
- Posto de Comando (PC): local onde são desenvolvidas as atividades de comando da operação;
- Área de Espera (E): local onde os recursos operacionais são recepcionados, cadastrados e
permanecem disponíveis até seu emprego;
- Área de Concentração de Vítimas (ACV): local onde as vítimas são reunidas, triadas e recebem
atendimento inicial (OLIVEIRA, 2010, grifo nosso).
CAPÍTULO 10 – COMBATE A INCÊNDIO EM VEÍCULOS 375
Fonte: Autora
Zona quente: é a área onde está localizado o sinistro, onde existe o maior
risco e na qual as equipes trabalham, sendo o acesso restrito aos profissionais que lá
atuam.
4 CIRCUNSTÂNCIAS DO INCÊNDIO
a) localizado (pontual);
b) envolvendo o veículo;
c) em compartimento de carga.
4Atribui-se três nomenclaturas para os locais que recebem as ligações telefônicas de emergência que
variam de acordo com o status da Unidade:
Nesse tipo de foco, o incêndio ainda está restrito à fase inicial. Por isso, é
caracterizado como um princípio de incêndio, podendo ser combatido com o uso de
um extintor de pó (ABC). Esse agente extintor atende a todas as classes de incêndio.
O pó é capaz de combater princípios de incêndios em materiais sólidos, líquidos
inflamáveis e equipamentos energizados. É o extintor sugerido para ser usado nos
veículos automotivos. Quanto à localização do foco pontual, este ainda poderá estar
(figura 10.5).:
Nota: A - Uso de extintor capô fechado ou semiaberto; B - uso de extintor capô aberto.
Fonte: Autora
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 378
5800 metros em todas as direções, se o tanque ou carga estiver envolvido pelo fogo, devido ao risco
de explosão.
100 metros em todas as direções, após a extinção do incêndio, na impossibilidade da identificação do
produto, até que possa ser identificado;
Distância prevista no Manual da ABIQUIM, na FISPQ, na ficha de emergência, em aplicativos para
celular ou noutra fonte de consulta confiável, após a identificação do produto (CBMMG, 2020).
CAPÍTULO 10 – COMBATE A INCÊNDIO EM VEÍCULOS 379
5 TÉCNICA DE COMBATE
Fonte: Autora
a) o escorrimento de combustível;
Fonte: Autora
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 382
Fonte: Autora
CAPÍTULO 10 – COMBATE A INCÊNDIO EM VEÍCULOS 383
Nota: se o veículo em chamas ainda não tiver sido calçado, simultaneamente ao combate, poderá o
Chefe da Guarnição proceder ao calçamento para evitar movimentações imprevistas.
Fonte: Autora
6 SALVAMENTO DE VÍTIMAS
dos veículos só será possível se cada militar cuidar de sua própria segurança e da
segurança dos outros componentes da guarnição.
Fonte: Autora
Fonte: Autora
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 386
7 RISCOS ESPECIAIS
h) por outro lado, o fato de ser mais leve que o ar facilita a execução das
ações em um incidente, haja vista a facilidade de sua dispersão.
a) válvula de abastecimento;
b) manômetro;
c) chave comutadora;
e) válvula do cilindro;
g) redutor de pressão.
Fonte: Autora
9(...) a massa de GNV presente num cilindro de 15m³, numa onda de choque produzida por uma
explosão, poderá romper tímpanos a uma distância aproximada de cinquenta e cinco metros, lesionar
os pulmões de vítimas a cerca de vinte e cinco metros de distância e provocar a morte a uma distância
de cerca de treze metros ou menos. Esta avaliação não levou em consideração o uso de EPI ou
anteparos e barricadas (SILVA, 2007 apud GRANDI, 2014).
CAPÍTULO 10 – COMBATE A INCÊNDIO EM VEÍCULOS 391
A depender do cenário, poderá ser utilizada uma maior distância desde que
o combate ao fogo seja efetivo. Para tanto, caso a distância para o combate não
permita a aplicação do jato neblinado, poderá ser utilizado o Jato Compacto, projetado
em “dilúvio” após passar pelo ponto de quebra10, alcançando as superfícies do veículo
já fragmentado (figura 10.15).
Fonte: Autor
10 Ponto de quebra: é o ponto a partir do qual o jato perde a configuração de contínuo e passa a se
fragmentar em grandes gotas (CBMES, 2014).
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 392
Outro cuidado que deve ser tomado pelos militares é o de não jogar água
diretamente no ponto de vazamento ou em dispositivos de segurança, pois pode
ocorrer congelamento e obstrução do fluxo de gás, podendo aumentar o risco de
explosão (ABIQUIM, 2015). Em caso de o sinistro ocorrer em um ambiente confinado,
os cilindros submetidos a chamas, após a estabilização do combate, deverão ser
removidos para um local arejado e mantidos sob resfriamento.
Figura 10.19 - Adoção dos veículos elétricos e híbridos por marcas tradicionais
d) superaquecimento;
e) incêndios em bateria;
7.2.1 Identificação
7.2.2 Estabilização/Imobilização
7.2.3 Desativação/Desarme
Há, ainda, alguns modelos que são acionados por uma chave com sensor
de presença, nesse caso, o carro é ativado quando a chave está no interior do veículo
(mesmo fora da ignição) ou até uma distância aproximada de 5 metros deste.
Outro aspecto a ser considerado, é que esses veículos podem ter baterias
de baixa e alta voltagem localizadas em diversos pontos, e até possuir mais de uma
bateria, sendo que sua rápida identificação é extremamente importante para que
possam ser resfriadas, caso atingidas pelas chamas. Cabe salientar que as estruturas
das baterias de alta voltagem não devem ser cortadas ou abertas acidentalmente, em
virtude da exposição de cabos de alta tensão e do material constitutivo tóxico e
altamente reativo em contato com água.
A seguir, nas figuras 10.23 e 10.24, alguns dos possíveis pontos onde se
pode localizar as baterias de baixa voltagem e as de alta voltagem em híbridos e
elétricos.
CAPÍTULO 10 – COMBATE A INCÊNDIO EM VEÍCULOS 403
Para desativar a bateria de alta voltagem, por sua vez, deve-se desconectar
o tampão de serviço ou acionar a função “Off” ou “Power” do interruptor, a depender
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 404
Quadro 10.1 – Síntese das ações específicas para veículos híbridos e elétricos
Deve-se ter em mente que as baterias de alta tensão não ficam expostas,
mas sim em locais de difícil acesso, como abaixo do assoalho do banco traseiro, do
porta-malas ou do console central (figura 10.23). Dessa maneira, como os bancos de
baterias são "caixas fechadas", pode ocorrer reignição horas depois de finalizado o
combate, caso o resfriamento não tenha sido adequado.
De maneira geral, recomenda-se o uso de extintor classe “D” para esse tipo
de combustível. Contudo, rotineiramente e pela falta do agente específico, o combate
é realizado pelas guarnições com a aplicação de água, por meio de Jato Neblinado
no foco. Tal ação justifica-se na baixa concentração de magnésio e outros metais
pirofóricos na constituição dos veículos. Portanto, apesar do efeito pirofórico, durante
o combate não haverá risco de explosão, nem de acidentes envolvendo militares
devidamente equipados com EPI e EPR.
8 OUTRAS INOVAÇÕES
REFERÊNCIAS
______. Manual técnico: Teoria de incêndio e técnicas de combate. 1ª. ed. Vitória -
ES: [s.n.], v. I, 2014.
______. U.S. Vehicle Fire Trends And Patterns. Quincy (usa), May 2010, 89p.
______. Preview the 2018 Electric Vehicle Emergency Field Guide (Sample
Pages – 2018 Edition). Quincy (usa), 2018, 23p. Disponível em:
https://www.nfpa.org/News-and-Research/Data-research-and-tools/Electrical/Electric-
Hybrid-Vehicle-Safety-Training-for-Emergency-Responders. Acesso em 14 de maio
de 2019.
______. All things Hydrogen. Quincy (usa), June 2014. Disponível em:
https://www.nfpa.org/News-and-Research/Publications-and-media/NFPA-
Journal/2014/May-June-2014/Features/All-Things-Hydrogen. Acesso em 16 de maio
de 2019.
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS................................................................................................... 432
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 414
1 INTRODUÇÃO
3 GERENCIAMENTO DE RISCOS
Válvula de segurança e alívio [tipo de válvula a que se refere este manual] é o dispositivo
automático de pressão adequado para trabalhar como válvula de segurança ou válvula de alívio,
dependendo da aplicação desejada (IBP, 2017, grifo nosso).
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 416
Fonte: Autora
CAPÍTULO 11 – COMBATE A INCÊNDIO EM CAMINHÃO-TANQUE 417
A primeira equipe a chegar ao local nem sempre será aquela que possui
condições adequadas para prestar o atendimento completo, todavia, deverá adotar
medidas com vistas a não agravar a situação, iniciando ações importantes para o
atendimento, com destaque para a identificação e o isolamento inicial do local e a
adoção de medidas de contenção e controle de vazamentos, desde que haja
segurança para isso (CBMMG, 2020). Acrescenta-se que essas ações, bem como
o levantamento inicial de informações, devem ser dinâmicas e, muitas vezes,
simultâneas.
Uma vez que essas emergências podem ter como um dos resultados a
contaminação do meio ambiente, é importante o contato imediato junto ao Núcleo
de Emergências Ambientais – NEA, da Fundação Estadual do Meio Ambiente -
5
O Jato de Penetração deve ser realizado com um esguicho na abertura de Neblina (ou neblinado
amplo, cabendo essa decisão ao chefe de linha) e vazão máxima do esguicho (125 GPM ou 475
LPM). Deve ser aplicado continuamente enquanto a equipe progride em direção à vítima a ser
evacuada e deve continuar sendo aplicado até que a vítima seja colocada em local seguro.
CAPÍTULO 11 – COMBATE A INCÊNDIO EM CAMINHÃO-TANQUE 419
4 CIRCUNSTÂNCIAS DO COMBATE
5 PROCEDIMENTO DE COMBATE
Isso ocorre uma vez que temos uma baixa capacidade de absorção de
calor por parte do gás, em comparação com o líquido, na região onde a chama atua.
CAPÍTULO 11 – COMBATE A INCÊNDIO EM CAMINHÃO-TANQUE 423
Esta parte do recipiente tem sua temperatura elevada rapidamente, o que contribui
para o aumento da sua fragilidade mecânica, e esse fator, combinado ao aumento
da pressão interna, pode levar o recipiente à ruptura, ocasionando o BLEVE.
6 Temperatura crítica é a temperatura acima da qual a substância pode existir somente na forma
de gás. Acima dessa temperatura, um gás não pode ser liquefeito, por mais que a pressão do
sistema seja elevada (SONNTAG e BORGNAKKE, 2003).
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 424
7
Ponto de quebra: é o ponto a partir do qual o jato perde a configuração de contínuo e passa a se
fragmentar em grandes gotas (CBMES, 2014).
CAPÍTULO 11 – COMBATE A INCÊNDIO EM CAMINHÃO-TANQUE 425
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 426
8 Jato de Proteção: o chefe de linha deverá abrir totalmente a manopla do esguicho para fluxo
contínuo de água, aumentar sua angulação de abertura para 120º (neblina); em seguida, deverá
deitar-se no chão, de frente para seu ajudante, com a mangueira entre eles, aumentar a vazão do
esguicho para a máxima (125 GPM ou 475 LPM), esticar o braço do esguicho para cima, de forma
que fique perpendicular ao solo, e voltar o rosto para o chão.
CAPÍTULO 11 – COMBATE A INCÊNDIO EM CAMINHÃO-TANQUE 427
Fonte: Autora
Fonte: Autora
Fonte: Autora
REFERÊNCIAS
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 443
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 436
1 INTRODUÇÃO
2 ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE
Figura 12.1 – Proporção das fases líquida (85%) e gasosa (15%) no cilindro de GLP
Continua
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 440
Conclusão
Recipientes
Características Gerais Particularidades
Transportáveis
São os mais usados pela
população. A válvula de saída de
Peso: 13 kg
gás é acionada por uma mola,
Volume: 31 litros
P-13 que retorna automaticamente
Comprimento: 46 cm
quando desconecta. Possui
Diâmetro: 36 cm
válvula de segurança.
3 CENTRAL DE GLP
O controle do vazamento sem fogo deve ser feito com a dispersão do gás
através da ventilação do ambiente, atentando para não produzir faíscas ou centelhas.
Nesse caso, não se deve ligar nem desligar nenhum equipamento elétrico ou
interruptores. Deve-se providenciar o isolamento do local, com retirada das pessoas
e eliminar o vazamento (CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DE SÃO
PAULO, 2006).
O controle do vazamento de GLP com chamas deve ser feito com aplicação
de um jato neblinado para diminuição da quantidade de calor produzido pelo fogo. As
chamas só poderão ser extintas depois de cessado o vazamento, para evitar uma
eventual explosão. Nos locais com central de GLP, o corte do suprimento do gás da
edificação é feito através do fechamento do registro na própria central (CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS, 2017).
REFERÊNCIAS
ÁGUA BOA NEWS. Você sabe o que é o GLP?, 2016. Disponivel em:
<http://www.aguaboanews.com.br>. Acesso em: 21 de setembro de 2019.
SUMÁRIO
3.5.3 Identificar e controlar o fluxo de fumaça (I - Identify Flow Path) ............ 478
CAPÍTULO 13 – TÁTICA DE COMBATE A INCÊNDIO 447
3.5.4 Resfriar o interior estando em uma posição segura (C – Cool) ............. 479
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 484
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 448
1 INTRODUÇÃO
1Estratégia é o plano geral ou curso de ação decidido pelo Comando da Operação a fim de alcançar
objetivos de combate a incêndios (JR., MCSWEENEY, NIGRO, & SUDNICK, 2019).
CAPÍTULO 13 – TÁTICA DE COMBATE A INCÊNDIO 449
Cada Unidade (até o nível de Posto Avançado) possui uma área específica
de atuação, que detém características e riscos peculiares (população, tipo de
edificações, carta de hidrantes, etc). Tais informações devem ser obtidas, analisadas
e, em seguida, deverá ser elaborado um diagnóstico de sua área de atuação,
buscando a eficiência na prestação do serviço por meio do conhecimento de suas
particularidades.
2 O TTS tem por finalidade assegurar ao Bombeiro Militar conhecimentos básicos e condicionamento
físico necessários ao exercício de suas funções. É composto de treinamento técnico e treinamento
físico (CBMMG, 2018).
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 450
3O CBMMG atribui três nomenclaturas para os locais que recebem as ligações telefônicas de
emergência que variam de acordo com o status da Unidade:
COBOM: Centro de Operações de Bombeiro;
SOU: Sala de Operações da Unidade;
SOF: Sala de Operações da Fração (CBMMG, 2015).
CAPÍTULO 13 – TÁTICA DE COMBATE A INCÊNDIO 451
Contudo, é importante ressaltar que grande parte das ações que levam à
extinção do incêndio também implica a garantia de segurança à vida. Por isso, em
alguns casos, quando a realização de ações para retirada de vítimas for impossível
(devido à proporção do incêndio ou ao difícil acesso a elas), para que se garanta a
sobrevida dos ocupantes, a estabilização do incêndio poderá ser priorizada.
4 Staff de comando: é a estrutura de assessoria que apoia o comando nas funções de segurança,
ligações, informações ao público e secretaria.
5 Staff geral: constituído pelas seções responsáveis pelo desdobramento da estratégia, implementação
e execução das táticas definidas pelo comando. É composto pelas seções de operações, planejamento,
logística e administração/finanças (OLIVEIRA, 2010).
CAPÍTULO 13 – TÁTICA DE COMBATE A INCÊNDIO 453
anúncio via rádio da presença do militar mais antigo, realizar a passagem de comando
pessoalmente e o novo comandante anunciará via rádio a assunção.
Tabela 13.1 – Duração das operações de combate a incêndio urbano/estrutural no CBMMG em 2018
e 2019
servir como parâmetro para seleção das ações que devem ser realizadas
(GRIMWOOD, 2008):
salvamento
1 2 3 4 5
INICIAL TOTALMENTE
Estágio/fase do
DESENVOLVIDO
incêndio
1 2 3 4
5
salvar propriedade
1 2 3 4 5
bombeiros
1 2 3 4 5
Nota: Operações marginais consistem em conduzir um ataque interior muito cauteloso, preparando-se
para uma ação exterior defensiva (OLIVEIRA, 2005).
A cada item indicado na Tabela 13.2 deve ser atribuída uma nota de 1 a 5,
para determinar as possibilidades de salvamento e propriedade salvável (alta ou
baixa), estágio do incêndio (inicial ou totalmente desenvolvido) e risco às equipes (alto
ou baixo). Com base no somatório de notas encontra-se o resultado final, o qual serve
de parâmetro para a identificação das ações táticas que devem ser realizadas
(GRIMWOOD, 2008).A figura 13.3 relaciona os riscos com a possibilidade de sucesso.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 458
Iniciar operação
Iniciar operação NÃO INICIE uma
ofensiva –
ofensiva – operação ofensiva
continue a
continue a – reduza os riscos
monitorar os
monitorar os para as equipes e
fatores de risco –
Médio Risco fatores de risco – persiga
e prepare-se para
empregue todas intensamente
passar para uma
as opções de todas as opções
operação
controle de riscos de controle de
defensiva caso o
viáveis. riscos.
risco aumente.
Só inicie uma
NÃO INICIE uma
operação ofensiva
operação ofensiva
caso haja Inicie apenas
que colocará
Alto Risco confirmação de operações
bombeiros sob
um potencial defensivas.
risco de ferimentos
realista de salvar
ou de morte.
vidas em perigo.
A cada ação selecionada deve ser indicada a prioridade que ela atende,
quem irá realizá-la, em qual local ou setor será executada, em qual prazo (quanto
tempo vai durar), como será realizada (emprego de quais técnicas), o que vai ser gasto
para sua execução (quais recursos materiais serão empregados, quantos militares
serão empenhados e quanta água será gasta) e a situação na qual se encontra, se já
foi realizada ou não.
CAPÍTULO 13 – TÁTICA DE COMBATE A INCÊNDIO 459
5W 2H
O que vai
O que? Porque? Quem? Onde? Quando? Como?
gastar?
R - Rescue (Salvamento).
E - Exposure Protection (Proteção contra exposição).
C - Confinement (Confinamento).
E - Extinguishment (Extinção).
O - Overhaul (Rescaldo).
V - Ventilation (Ventilação)
S - Salvage (Salvatagem).
3.4.1 Salvamento
O salvamento de vítimas em situações de incêndio será sempre a
prioridade fundamental que norteará os objetivos do Plano de Ação do Incidente. O
comandante da operação deve considerar as possibilidades reais de executar o
salvamento, direcionar equipe específica para este fim e preparar os recursos
materiais para tanto.
Para tanto, a guarnição deve ter em mente que esse objetivo visa impedir
a ação do calor em áreas ou edificações adjacentes, o que pode ser alcançado por
meio do emprego de jatos neblinados entre as edificações, buscando impedir a
propagação por radiação e condução. Além disso, esguichos-canhão ou linhas com
jatos compactos também podem ser usados para esse fim, quando as distâncias
forem maiores, como de um prédio para a face de outro ou de um tanque ou caminhão
em chamas para outros, por exemplo.
6 Edificação em exposição: construção que recebe a radiação de calor, convecção de gases quentes
ou a transmissão direta de chama.
Edificação expositora: construção na qual o incêndio está ocorrendo, responsável pela radiação de
calor, convecção de gases quentes e ou transmissão direta de chamas (CBMMG, 2017).
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 462
3.4.3 Confinamento
3.4.4 Extinção
3.4.4.1 Combate/Controle
Quadro 13.1 – Fatores a serem observados durante a decisão pelo modo de ataque
a) ataque direto;
b) ataque indireto/tridimensional;
c) ataque combinado;
d) ataque transicional;
e) ataque exterior.
3.4.5 Rescaldo
3.4.6 Ventilação
A ventilação tática não deve ser empregada enquanto o foco não tiver sido
localizado e o ambiente estiver devidamente antiventilado.
3.4.7 Salvatagem
incêndio, bem como pela ação da água aplicada pelos bombeiros no combate e
demais intervenções necessárias.
Quando for possível, algumas ações podem ser adotadas para garantir a
salvatagem:
operação, desde que haja segurança para tal, uma adequada coordenação e equipes
capacitadas e treinadas para a tarefa.
apresentem sinais de risco de colapso deve se isolada uma área maior proporcional
a, no mínimo, uma vez e meia a altura da edificação em todo o seu raio (CBMDF,
2013) (figura 13.8).
Fonte: Autores
entrada de bombeiros. A face em que estão a maioria dos acessos utilizados para
entrada e saída dos bombeiros deve ser identificada pela letra A (figura 13.9). Para as
demais, deve ser considerado o sentido horário e a ordem do alfabeto (KLAENE e
SANDERS, 2008).
Fonte: Autores
Ainda na Zona Quente, a segunda área que deve ser criada é a área de
busca. Em edificações horizontais, ela compreende toda área confinada da
edificação, bem como outros locais onde houver possibilidade da existência de
vítimas. Em edificações verticais, ela compreende o andar sinistrado bem como todos
os demais andares que estejam acima do incendiado. Essa área tem prioridade na
realização de buscas pelas equipes de bombeiros.
Tão logo seja possível, após a realização das buscas nessa área, os
demais pontos da edificação tanto horizontal como vertical devem ser vistoriados para
busca de vítimas. A priorização acima citada é feita apenas pela maior probabilidade
de encontro de pessoas que já sejam vítimas ou que estão fugindo do incêndio e não
encontraram as rotas de fuga da edificação, conseguindo caminhar para área segura
estando fora do risco.
9 Na Zona Quente, somente poderão adentrar bombeiros com equipamento completo de proteção
individual e respiratória.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 476
Fonte: Autores
e possibilita condições mais seguras para a abordagem dos ambientes pelas equipes
de bombeiro (Zvotek, Stakes, and Willi, 2018 apud WARD, 2020).
Todavia, não é uma regra geral que todo incêndio deve ser atacado por
fora da edificação antes da entrada das equipes. Isso significa que o Comandante da
Operação deve tomar a decisão de forma racional e pensada, chegando à conclusão
de qual será a maneira mais eficiente de aplicação da água, no momento e na melhor
definição do modo de ataque, como será visto mais adiante.
Isso significa que o incêndio pode ser inicialmente resfriado pelo exterior,
com a utilização do ataque transicional, fazendo com que haja a redução rápida da
temperatura interna, seguido do avanço no terreno pelas linhas de mangueira,
utilizando as técnicas de jatos adequadas para progressão.
11Registro de Eventos de Defesa Social: plataforma web utilizada pelo CBMMG para registro das
ocorrências.
CAPÍTULO 13 – TÁTICA DE COMBATE A INCÊNDIO 483
são bons exemplos. É importante também orientá-los sobre como conseguir a cópia
do REDS, o endereço e identificação da Unidade BM mais próxima, entre outras
informações que forem julgadas necessárias.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 484
REFERÊNCIAS
ANGULO, R., & NFPA. Engine Company Fireground Operations (4ª ed.). Quincy,
MA: Jones & Bartlett Learning. 2020.
KLAENE, B. J., & SANDERS, R. E. Structural firefighting: Strategy and Tactics. (2ª
ed.). Mississauga - ON: NFPA, 2008.
SCHOTTKE, D. Fundamentals of Fire Fighter Skills (3ª ed.). Quincy, MA: NFPA,
IAFC. 2014.
SVENSSON, S. Fire Ventilation (2ª ed., Vol. I). (A.-L. Göransson, Ed.) Karlstad:
NRS Tryckeri, Huskvarna. 2005.
WARD, M. J. Fire Officer: Principles and Practice (4ª ed.). Sudbury, US: Jones and
Bartlett Publishers, Inc. 2020.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 486
CAPÍTULO 14 – NOÇÕES DE MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO 487
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 520
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 490
1 INTRODUÇÃO
Fonte: Autora
b) extintor sobre rodas: montado sobre rodas sendo que sua massa total
não pode ultrapassar 250 kg.
CAPÍTULO 14 – NOÇÕES DE MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO 495
Fonte: Autor
Agente Extintor
Classes de
combustíveis Espuma
Água CO2 Pó BC Pó ABC PQE K
mecânica
D - - - - - Muito -
bom¹
Hidrantes são pontos de tomada de água nos quais há uma ou duas saídas,
contendo válvulas angulares e seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras
de incêndio e demais acessórios (CBMMG, 2017).
e/ou acesso principal; em posições centrais na área a ser protegida; fora de escadas
e antecâmaras e a uma altura entre 1 m a 1,5 m do piso (CBMMG, 2019) (figura 14.14).
Fonte: Autora
CAPÍTULO 14 – NOÇÕES DE MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO 503
Fonte: Autora
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 504
Fonte: Autora
Fonte: Autora
2.4.1 Recalque
Fonte: Autora
Gases limpos são agentes extintores na forma de gás, cujo efeito não
degrada a natureza e não afeta a camada de ozônio. São inodoros, incolores, maus
condutores de eletricidade e não corrosivos. O CO2 não é considerado um gás limpo
por sua ação asfixiante na concentração de extinção (CBPMESP, 2019).
Fonte: Autora
e) aberta externa (AE): escada cuja proteção esteja fora do corpo principal
da edificação e que será precedida de porta corta-fogo com resistência
mínima ao fogo de 60 minutos. O tempo de duração da resistência ao
fogo da parede da face da edificação em que se situa a escada aberta
externa será de 120 minutos. Poderá substituir os demais tipos de
escadas citados anteriormente, sendo admitida sua instalação apenas
em edificações com altura até 30 m.
Fonte: Autora
Fonte: Autora
Fonte: Autora
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 516
Fonte: Autora
CAPÍTULO 14 – NOÇÕES DE MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO 517
Fonte: Autora
Fonte: Autor
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 520
REFERÊNCIAS
______. NBR 10897: Proteção contra incêndio por chuveiro automático. Rio de
Janeiro: ABNT, 2014. 130p.
______. NBR 11742: Porta corta-fogo para saída de emergência. Rio de Janeiro:
ABNT, 2018. 29p.
______. Instrução Técnica N. 26: Sistema fixo de gases para combate a incêndio.
1. ed. São Paulo: CBPMESP, 2019. 3 p. Disponível em: <
http://www.ccb.policiamilitar.sp.gov.br/dsci_publicacoes2/_lib/file/doc/IT-26-
2019.pdf>. Acesso em: 09 jun. 2019.
______. Instrução Técnica N. 29: Hidrante público. 1. ed. Belo Horizonte: CBMMG,
2005. 07 p. Disponível em:
<http://bombeiros.mg.gov.br/images/stories/dat/it/it_29_hidrante_publico.pdf>.
Acesso em: 09 jun. 2019.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 526
REFERÊNCIAS........................................................................................................... 539
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 526
1 INTRODUÇÃO
1 Sinterização: Processo em que duas ou mais partículas sólidas se aglutinam pelo efeito do
aquecimento a uma temperatura inferior à de fusão, mas suficientemente alta para possibilitar a
difusão dos átomos das duas redes cristalinas.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 528
Figura 15.2 - Fator de redução das propriedades mecânicas do aço em função da elevação da
temperatura.
(a) (b)
Onde:
⚫ Em (a), ks,θ é o fator de redução da resistência do aço na temperatura θ. A curva cheia
refere-se usualmente a armaduras tracionadas de vigas, lajes ou tirantes e a curva tracejada
refere-se usualmente a armaduras comprimidas de pilares, vigas ou lajes.
⚫ Em (b), ksE,θ é o fator de redução do módulo de elasticidade do aço na temperatura θ.
Fonte: ABNT: NBR 15200:2012, p9.
-5
aço e 1,0.10 m/mºC para o concreto, se distanciam, podendo o do aço superar em
2 Os aços são sempre caracterizados por siglas indicativas de suas principais propriedades. No
Brasil, a indicação é feita pelas letras CA (concreto armado) seguidas de um número que indica a
tensão de escoamento em Kgf/mm2 (PETRUCCI, 1973).
CAPÍTULO 15 – CRITÉRIOS A SEREM ADOTADOS PARA AVALIAÇÃO DE DANOS EM
529
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO ATINGIDAS POR INCÊNDIO
Com relação aos pilares, além dos danos sofridos pela maior dilatação
das armaduras de aço, e da redução de resistência do aço e do concreto, este
3Quando uma barra de eixo reto é submetida a flexão, seu eixo depois da aplicação dos esforços
passa a ser uma curva. O deslocamento vertical entre o eixo reto até o ponto mais baixo da curva é
denominado flecha.
4 Vigas hiperestáticas são aquelas que não podem ter seus esforços determinados apenas com
condições de equilíbrio.
5 Vigas Isostáticas são aquelas que podem ter seus esforços determinados apenas por condições
de equilíbrio.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 530
elemento pode receber esforços adicionais, oriundos da dilatação das vigas, que
podem provocar o seu colapso. É comum a presença de fissuras, perda de
cobrimento e esmagamento do concreto e a flambagem6 das ferragens.
6 Curvatura.
CAPÍTULO 15 – CRITÉRIOS A SEREM ADOTADOS PARA AVALIAÇÃO DE DANOS EM
531
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO ATINGIDAS POR INCÊNDIO
Conclusão
Temperatura
Material Condições
(ºC)
Zinco Funde 419
Amolece 500-600
Vidro
Funde 1100-1400
Deteriora 100
Pintura
Destruição 250
Madeira Queima 240
Fonte: Adaptado de Martin et al., 1996, p.42-43; M. Correia, António; Rodrigues, 2005, p. 56-61.
7
C.E.B. Assessment of concrete structures and design procedures for up-grading (Re-design).Task
group 12, Comité Euro-Internacional du Béton, 1983.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 534
Figura 15.10 – Destacamento, ruptura e perda Figura 15.11 – Nível de dano “C”
de seção transversal de um pilar de concreto
após ação do incêndio
Por último, existe o nível “E” em que há colapso parcial dos pilares. A
figura 15.14 exemplifica o presente dano ao retratar a ruptura de um pilar de
concreto armado causada pela intensa ação do incêndio em uma estrutura
hiperestática.
Figura 15.14 – Ruptura de pilar de concreto armado com seção circular causada pela intensa
ação do incêndio.
Por fim, Cánovas (1988) afirma que toda vez que for constatado valores
menores que 0,5, e/ou com nível de danos superior a “C”, será necessária uma ação
emergencial para reparar ou reforçar a estrutura. Desta forma, durante o combate ao
incêndio, caso o Comandante das Operações do Corpo de Bombeiros Militar constate
o nível de dano “C” em determinado elemento estrutural, deverão ser retiradas todas
as pessoas que estejam trabalhando na edificação e solicitada imediatamente a
intervenção de um especialista para melhor avaliação dos danos e adoção de
medidas emergenciais.
MABOM – COMBATE A INCÊNDIO URBANO 538
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FILHO, Santelmo Xavier. A ação do fogo nas estruturas. In: Curso de Bombeiro
para Oficial, Belo Horizonte, Minas Gerais: Centro Federal de Educação
Tecnológica, 2001.
KODUR, V.K.R.; PHAN, L.T. Factors governing the fire performance of high strength
concrete systems. In: INTERNATION WORKSHOP STRUCTURES IN FIRE, 4.,
2006, Aveiro. Proceedings Aveiro: Universidade de Aveiro, 2006. p. 573 - 579.
SEITO, Alexandre Itiu et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo:
Projeto Editora, 2008.496p.