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CURITIBA
2021.
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DANIELE RENATA JOAY – RA: 1602100293
FLÁVIO SEBASTIÃO DE FREITAS – RA: 1602100782
HUGO CECILIO GOMES - RA: 1602001183
SANDREMIR CLAUDIANO DA SILVA – RA: 1602100119
CURITIBA
2021.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3.1 OBJETIVO GERAL
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1.4 PROCEDIMENTOS.......................................................................................8
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DOCENTE NO ENSINO
FUNDAMENTAL DO 1º AO 5º
ANO.....................................................................................................................9
3 OBSERVAÇOES DAS VIDEO AULAS
4 CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
APÊNDICES.....................................................................................................37
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1 INTRODUÇÃO
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no modelo remoto – emergem questionamentos e reflexões acerca do
processo ensino/aprendizagem na instituição de ensino.
O projeto apresentado visa grandes benefícios no ensino-
aprendizagem, tem como tema uma das maiores dificuldades das séries iniciais
do Ensino Fundamental que está no gosto e prazer pela leitura, entende-se que
não se forma bons leitores se estes não tiverem contato íntimo com livros e
textos. É importante que o material apresentado às crianças seja adequado a
sua faixa etária e nível de alfabetização e, acima de tudo, que desperte a
curiosidade delas. Aprender a ler é um desafio a ser superado desde que o
aluno começa a frequentar a escola pela primeira vez, e o que se pode
perceber na educação atual é que poucos alunos gostam de praticar a leitura.
Quando se é pedido que leia um texto em sala de aula, são inúmeras as
reclamações, logo questionam o tamanho do texto, e quando o professor
pergunta o quê entenderam, alguns falam que não entenderam nada, já que
eles realizaram apenas uma primeira leitura e acharam que era o bastante.
O trabalho de leitura com os diferentes tipos de textos não deve ser
descartado, mesmo nas séries iniciais em que alguns alunos ainda não
conseguem ler o que está escrito. O fato de estarem em constante contato com
o material proporcionará um aprendizado que facilitará futuramente o
desenvolvimento da leitura e escrita, pois é com eles que os alunos aprendem
e desenvolvem sua leitura, sua imaginação e sua criatividade, abrindo portas
para o mundo encantado que é ler.
Através desse mundo de possibilidades propiciado pelo ato de ler eles
podem enriquecer o vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e
a interpretação de mundo. Toda escola, deve fornecer uma educação de
qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma contribui-se para a formação
de cidadãos e cidadãs bem informados e críticos.
1.1 TEMA
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Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica
deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades
para que os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo
articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao
seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos. Conforme o
Parecer CNE/CEB nº 11/201029, os conteúdos presentes nos diversos
componentes do currículo “ao descortinarem às crianças o conhecimento do
mundo por meio de novos olhares, lhes oferecem oportunidades de exercitar a
leitura e a escrita de um modo mais significativo” (BRASIL, 2010).
Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do
conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e
pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência estética e
intercultural das crianças, considerando tanto seus interesses e suas
expectativas quanto o que ainda precisam aprender. Ampliam-se a autonomia
intelectual, a compreensão de normas e os interesses pela vida social, o que
lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos, que dizem respeito às relações
dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as
tecnologias e com o ambiente.
Além desses aspectos relativos à aprendizagem e ao desenvolvimento,
na elaboração dos currículos e das propostas pedagógicas devem ainda ser
consideradas medidas que assegurem aos alunos um percurso contínuo de
aprendizagens entre as duas fases do Ensino Fundamental, de modo a
promover uma maior integração entre elas. Afinal, essa transição se caracteriza
por mudanças pedagógicas na estrutura educacional, decorrentes
principalmente da diferenciação dos componentes curriculares. Como bem
destaca o Parecer CNE/CEB nº 11/2010:
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sucesso. As características dessa faixa etária demandam um trabalho no
ambiente escolar que se organize em torno dos interesses manifestos pelas
crianças, de suas vivências mais imediatas para que, com base nessas
vivências, possam, progressivamente, ampliar essa compreensão.
1.2 JUSTIFICATIVA
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O estágio é de extrema importância, pois significa aprendizagem (teórica
e prática), experiência e aprimoramento para a formação de futuros
pedagogos. A principal finalidade do estágio “é a de propiciar ao aluno uma
aproximação à realidade na qual atuará” (PIMENTA E GONÇALVES, apud
PIMENTA; LIMA, 2004, p. 45), colaborando, para a prática na realização de um
bom trabalho.
1.3 OBJETIVOS
contexto estagiado;
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● Elaboração, postagem do Planejamento;
planejamento;
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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Segundo SCHMIDT apud BITTENCOURT:
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brincar, percebe-se que esta forma de concebê-la tem consequências que vão
marcar a identidade da criança e, ao mesmo tempo, da instituição – que é
diferente da família, mas também da escola. É indispensável ver o cuidar, o
educar e o brincar de forma indissociável de um projeto educativo para
crianças pequenas.
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ocorrendo é que o termo se tornou mais uma expressão da moda, do que uma
meta de transformação propriamente dita.
Na atuação em sala de aula, tem-se a oportunidade de reflexão, de
analisar onde e como devemos melhorar. Que situações nos deixaram
pensativos, intrigados. Ou seja, se planeja uma coisa pensando ser excelente,
mas no momento de pôr em prática, percebe-se um ledo engano. Segundo
Weiduschat (2007, p. 34) “[…] queremos dizer que existe um exercício
intencional do professor que o leva, constantemente, a refletir sobre o que
realizou, a mudar sua ação sempre que necessário e a refletir novamente
sobre os rumos de sua nova ação”. Assim temos: “Ação-reflexão-ação”.
Serafini (1994) expressa a convicção de que “é possível ensinar a
compor porque é possível dividir o processo da composição em atividades
básicas e utilizar, para cada uma delas técnicas e procedimentos específicos”
(SERAFINI, 1994, p. 22). O planejamento possibilita ao professor, tomado de
ações necessárias, o enfrentamento de problemáticas específicas
diagnosticadas no interior da sala de aula.
A prática educativa, portanto, não se restringe a métodos e técnicas
fixas que são reguladas da mesma maneira para todas as crianças. Entende-
se, que o ensino-aprendizagem ou o conhecimento e sua produção só são
verdadeiramente significativos se seus atos forem orientados no sentido de
oferecer às crianças aquilo que o psicólogo D. Winnicott (1975) chamou de
“experiência cultural”, ou seja, um lugar aberto à criação.
Nesse caso, o entendimento de educação e ensino-aprendizagem
envolve uma combinação de relações distintas provindas do coletivo ou de
sujeitos individuais, devendo ser levados em consideração conhecimentos
prévios, aptidões, atitudes e capacidade de usar essas ferramentas tanto para
configurar sua própria vida, quanto para fazê-los com os demais.
Conforme Saviani (1996) defende:
o homem é um ser natural, peculiar, distinto dos demais seres
naturais, pelo seguinte: enquanto estes em geral – os animais
inclusive - adaptam-se à natureza e, portanto, têm já garantidas, pela
própria natureza, suas condições de existência, o homem precisa
adaptar a natureza a si, ajustando-a, segundo as suas necessidades
(SAVIANI, 1991, p 96).
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argumentação em defesa de cada resolução, trabalhar com jogos para abordar
determinados conteúdos.
O professor deve administrar este processo, proporcionando situações
que permitam surgir uma variedade de procedimentos na sala de aula,
socializando-os, comparando-os. Deve dar ênfase ao processo de resolução e
não somente à obtenção de respostas corretas. Neste sentido, sempre que
necessário, deverá alterar aquilo que tinha planejado – por isto deve estar
atento às dificuldades apresentadas pelos alunos.
Diante do exposto, nota-se a importância de que o professor busque
trabalhar com novas metodologias, sempre planejando, adequando-se ao
contexto escolar, mas mantendo a proposta de trabalho centrada no aluno,
onde ele possa desenvolver sua aprendizagem, construir seu conhecimento,
onde o professor atue como mediador dessa construção.
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registros da sua própria rotina, contando os afazeres diários e finaliza a aula
contando uma história: “Festa no Céu”.
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brasileiros e estrangeiros, e solicitando que os alunos desenhem o que
pesquisariam ou inventariam se fosse um cientista.
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diferentes os números que estão apresentados nos slides. Por fim, de forma
teórica as professoras apresentam os números e como escrever eles de forma
numeral e por extenso e concluem fazendo um quiz de perguntas e respostas
sobre os conteúdos abordados na aula.
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aula.
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algumas doenças: leptospirose, dengue, zika, febre amarela, entre outras e
apresenta utilizando os slides formas prevenção e cuidados contra essas
doenças. Para concluir a explicação ela solicita que os alunos realizem uma
atividade prática, confeccionando um vaso anti-dengue utilizando: garrafa pet,
mudas de plantas e pedaços de barbantes. A professora Santina finaliza a aula
mostrando um vídeo da ONU: Saúde e Bem-estar.
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formada apenas com as primeiras letras das imagens apresentadas. Em
seguida, eles deveriam escrever a palavra “ombro” e desenhar um ombro,
escrever e desenhar as palavras pão e não.
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Aula 04 - Matemática (1.º ano - aula 05 - 03/04)
A aula teve início com a apresentação das professoras e de três avatares
(personagens virtuais), além da listagem dos materiais que serão utilizados
(lápis, lápis de cor, apontador, caderno e borracha) e em seguida os alunos
foram orientados a registrar a data e o nome da disciplina no caderno. Após as
professoras retomarem os conteúdos desenvolvidos na aula anterior, elas
propuseram desafios “feitos pelos avatares” que envolviam canto, dança,
organização e raciocínio lógico. Na sequência, as professoras desenvolveram
uma brincadeira que estimulava a contagem e comparação para introduzir a
apresentação do número um – o qual os alunos foram orientados a desenhar
uma bolinha no caderno.
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Aula 07 - Família e Direitos Humanos ( 1.º e 2.º ano - aula 03 - 06/04)
A professora deu início a aula com a apresentação do tema a ser abordado e
da representação de uma imagem que representa cômodos de uma casa e dos
riscos envolvidos em cada um deles. Na sequência passou a falar dos riscos
de queimaduras, mostrando no estúdio panelas, materiais aerossóis e
embalagens de álcool – ressaltando que a substância que protege contra o
coronavírus, mas é muito inflamável. A professora exibiu um gráfico com as
principais causas de acidentes com crianças no Paraná, uma imagem com
diversos símbolos presentes em embalagens que representam riscos à saúde
humana e outra de situações perigosas com risco de queimaduras que
acontecem dentro de casa. Foi exibido um vídeo gravado por uma soldado
bombeiro com dicas de como evitar acidentes domésticos. Em seguida a
professora fez uma atividade de “complete a frase” e finalizou com a exibição
de outro vídeo a respeito do tema.
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A professora deu início a aula falando dos materiais necessários ao
desenvolvimento das atividades da aula que incluía além de lápis de cor,
borracha e apontador, solicitava uma caixa de papel pequena e maleável
(como a de remédios, creme dental, etc). Em seguida, a professora fez a
retomada dos artistas e obras abordadas anteriormente por meio da exibição
de imagens. Depois propôs que os alunos fizessem um “bicho” com a caixinha
de papelão.
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Aula 02 ENSINO RELIGIOSO O EU, O OUTRO E O NOS (VIDEO AULA 03 -
17/03/2021) AULA DO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
A professora Ana Carol relatou por meio de jogos os cuidados que devemos
tomar na pandemia para evitar a contaminação, como lavar as mãos
adequadamente, colocar a máscara de forma correta e o distanciamento
social.
A professora fez com que os alunos visualizassem onde está a ciência ao
nosso redor, e como é importante, o questionar, falou da importância dos
cientistas , a importância da observação para mapear o nosso entorno.
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Aula 05 Língua Portuguesa : LIVRO ABC DOS AMIGOS, ATIVIDADE DE
PAREAMENTO (VÍDEO AULA 08 18/03/2021 ) AULA DO 1º ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL
A professora Vânia relembrou a última aula, depois deu continuidade nas
atividades baseadas em sua aula no livro ABC dos amigos. A professora
destacou os nomes próprios do livro, pronunciando a primeira letra. Na
próxima atividade ela fez o jogo das batalhas dos nomes, com intuito de definir
a quantidade de letra de cada nome, propondo que o vencedor seja o
personagem, com o nome que possua mais letra. A professora pediu para os
alunos escrever o seu nome, conforme o seu crachá, depois pediu para pintar a
primeira e última letra do nome, na sequência ela fez a contagem das letras,
registrando o número de letras do nome, A professora pediu para os alunos
fazerem pareamento, da primeira letra dos nomes dos personagens com
objetos encontrados em casa. Na última sequência das atividades ela
relacionou o personagem com as letras do alfabeto.
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caderno por meio de desenho, depois explorou o conceito de fora, utilizando
o mesmo objeto e solicitando registro , trabalhou o conceito de frente ,
lado ,atrás , perto , longe , em cima , em baixo. Trabalhou também uma
imagem de sofá relacionando os objetos que compõem toda a imagem. A
professora deu exemplo de lateralidade e voltou a trabalhar a imagem do
pote com bolinhas, fazendo com que os alunos associassem a quantidade
de bolinha, de acordo com a posição dentro ou fora.
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ratinhos, por meio de imagens foi possível elaborar situação problema com a
operação da subtração. A professora iniciou o estudo de subtração ensinando
o sinal de menos e como retirar quantidade da operação, ensinou a subtrair e
chegar ao resultado final. A professora efetuou o jogo da memória associando
números, imagens e quantidades.
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A professora apresenta o JOGO XÔ CORONAVÍRUS, usando como recurso
uma tela de exibição em sua direita e um banner com o título
"Combinado", onde abaixo localiza-se algumas imagens/gravuras de
prevenções ao Coronavírus. O jogo consiste na apresentação de figuras
relacionados a ações do que não pode e do que pode em relação a prevenção
do coronavírus, onde durante a exibição das mesmas, a professora vai
intermediando e incentivando as crianças a responderem os questionamentos.
O objetivo da aula é instruir a criança sobre o uso correto da máscara e as
ações corretas de prevenção sobre o contágio do vírus. Na sequência, a
professora apresenta dicas das aulas, do uso de materiais para anotações e
tarefas, lugar calmo para assistir as aulas. Posteriormente, a educadora faz
retomada de assuntos trabalhados nas aulas anteriores, usando de recurso a
projeção na tela de figuras e gravuras referentes às atividades e conteúdo que
foi abordado. Aborda também a apresentação que fez na aula passada sobre a
cientista doutora Berta Lutz e seus estudos com pererecas, além das drªas
Ester Sabino e Jaqueline de Jesus, que ano passado mapearam a vacina do
coronavírus, retomando assim, o assunto tratado no início da aula.
Sequencialmente aborda alguns artistas plásticos e suas obras.
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Os chapéus confeccionados com dobraduras, um de cada cor, são usados
como recursos para a dinâmica de trabalho com as cores.
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como moradias na antiguidade e suas modificações. Para finalizar, atividades
de verdadeiro ou falso sobre o conteúdo estudado.
As ações acontecem através de caricaturas de personagens estáticos. São
usados bichos de pelúcia para representar uma família e os parentes. A aula foi
ministrada pela professora Viviane da Cruz Nunes.
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sua própria idade. Durante a aula as professoras usam o recurso de arte digital
na tela e algumas placas de papel confeccionadas para as atividades.
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alimentos, vegetais, frutas e legumes para falar da importância de agrotóxicos
ensinando a construir uma mini horta em um espaço de sua própria casa e
cultivar alimentos saudáveis. A aula é finalizada com a exibição de um vídeo
onde alunos e pais relatam suas experiências de se viver em Curitiba.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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participar e reger no universo escolar e a compreender o efetivo papel do
educador dentro do contexto escolar.
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REFERÊNCIAS:
______. Mente Absorvente. 2ª edição. Rio de Janeiro: Portugália, 1987. (Obra
original publicada em 1949).
______. A criança. (L. H. da Mata, Trad.). Rio de Janeiro: Ed. Nórdica, 1984.
(Obra Original Publicada em 1938).
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática
educativa. 30ª edição. São Paulo, Paz e Terra, 2004.
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TEBEROSKY, Ana. Aprendendo a Escrever, 200 págs., Ed. Ática
APÊNDICE – PLANEJAMENTO
CONHECENDO SUBSTANTIVO, POR USO
DE MATERIAIS MANIPULAVEIS.
Eixo: Práticas para Anos Iniciais do Ensino Fundamental
INTRODUÇÃO
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de seu conhecimento. Para que ocorra um desenvolvimento gradativo é preciso
que as capacidades associadas estejam ligadas as competências linguísticas
básicas (falar, escutar, praticar leituras e escritas), que serão trabalhadas pelos
educadores de forma integrada, diversificada abrangendo vários conteúdos
Ao conhecer e utilizar o ambiente a criança absorve a linguagem de seu
meio e estrutura sua língua pátria. Toda ação da criança é expressada através
do movimento e da linguagem em seu ambiente sociocultural. A
Psicomotricidade é a base para a conquista da criança e necessita de um
estudo profundo e prático.
Conhecendo a realidade brasileira verifica-se que as escolas não aderem
a atividades sensórias motores por não a considerarem necessária, visto
desconhecerem que é ela que leva à conquista psicomotora e, que relegam o
processo de desenvolvimento da linguagem por não conhecerem a didática
específica, por pretenderem “alfabetizar” uma criança em idade “X”, por
sentirem-se mais seguros empregando um método já conhecido pelos pais e
que apresenta resultados comprováveis em pouco tempo.
A dimensão de conquista de um patrimônio linguístico, através de
experiências na vida real, ainda não está consciente nos educadores do Brasil,
que ainda na fazem uso da metodologia de materiais manipuláveis. Ao fazer
uso dos materiais manipuláveis, preferem de forma seccionada, em mil partes
para torná-la mais adequada à realidade brasileira, considerada, aliás, como
subcultura ou subdesenvolvida.
1 OBJETIVO GERAL
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Demonstrar que, pela manipulação de materiais concretos, o processo
de ensino aprendizagem na educação infantil, pode ocorrer de maneira mais
simples, alcançando pelo individuo um conhecimento mais completo, que a
aprendizagem dessa forma será mais satisfatória e relevante para a vida da
criança. Atendendo a necessidades da fase da criança no tocar o objeto para
aprender, construir e reconstruir, a necessidade da repetição, errando para
obter o acerto. Respeitando na criança, sua autonomia de escolha, sua
individualidade e a sua fase de desenvolvimento.
O conhecimento a ser adquirido, pela manipulação do material concreto,
no período sensorial da criança, vem ao encontro das suas necessidades
fisiológicas e intelectuais, proporcionando uma melhor aprendizagem na
educação infantil.
2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
ambiente.
2 PROBLEMATIZAÇÃO
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Como alcançar a meta que é a normalização da criança é a principal
preocupação do professor, orientador, supervisor e, neste caso, ele,
conscientemente, preparará o ambiente da criança com todo o instrumental
necessário a este processo que ele pretende desenvolver para torná-la apta a
viver em seu meio. A escolha dos meios não depende apenas da instrução do
professor, e sim da sua cultura, formação, além da sua sensibilidade e
seriedade para com as pessoas e com a sua profissão. Os “modismos”
precisam ser analisados e, principalmente, associados às suas firmes
convicções para que não seja um barquinho neste vendaval de metodologias e
técnicas pedagógicas.
Pretende-se que a Linguagem seja compreendida em sua espinha
dorsal: a alfabetização é um processo de vida que se inicia com o nascimento e
que transcende ao mero conhecimento de signos verbais e gráficos. A
linguagem é a expressão de pensamento criado através de atividades sobre o
real, atividades de conquista e de criatividade.
O educador precisa conscientizar-se de que as atividades relativas à
Linguagem Gráfica devem ser precedidas pelas atividades relativas às de
Linguagem Articulada ou expressão oral, que sedimentam o patrimônio
linguístico da criança, ao mesmo tempo em que desenvolvem os esquemas
mentais tão necessários ao desenvolvimento das estruturas lógicas do
pensamento, muitas vezes correndo paralelas.
3 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
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anteriormente livre, agora está cheio de objetos e explica que, depois de ter
dito uma determinada palavra a cada criança e que tendo sido compreendido o
seu significado cada uma trouxe o objeto correspondente. Em seguida, o
professor pergunta:
– Maria, que palavra eu disse a você?
A criança responde
–... lápis
O professor pega o lápis, devolve-o à criança dizendo:
– Eis o lápis (pronúncia acentuada) que você trouxe!
A lição continua com todas as crianças até que todos os objetos tenham
sido devolvidos. Com esta movimentação, o professor coloca em evidência a
correspondência entre palavra e objeto e leva a criança a intuir que cada
objeto, pessoa ou elemento do ambiente externo ou interno tem uma palavra
que o representa. Este, na verdade, é o Substantivo. Mas isto não basta
O professor escreve tantos bilhetinhos quantos são os componentes do
grupo e dá um a cada criança. Em seguida, convida um aluno a pegar o objeto
correspondente à palavra escrita.
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Movendo os objetos nos exercícios sensoriais as crianças preparam a
mão e todas as ações necessárias para o ato de escrever. Basta somente dar
uma
indicação exata de como utilizar os instrumentos da escrita.
O exercício de compor a palavra é somente uma preparação para
escrever, mas, nesse exercício, são unidas potencialmente as duas coisas: o
escrever, porque dos exercícios resulta objetivamente a palavra escrita, e o ler,
porque quando se olha aquelas palavras escritas, se lê. Por isso, esses
contínuos exercícios de construção, tanto da palavra falada quanto da escrita,
preparam não só para escrever, mas para escrever corretamente.
Ao lhe ser apresentada a palavra representação escrita ou ortográfica do
real elevará naquele conjunto de símbolos uma forma a ser conquistado,
primeiro, gestalticamente, para, em seguida, ser desmembrada letra por letra
ou sílaba por sílaba. O importante é que, em um primeiro momento, assim
como já caracteriza um objeto (contorno, utilidade, detalhes) a criança possa
identificar, pelo seu perfil, o significado que a palavra representa.
O jogo continua e, de vez em quando, o professor deixa escapar
palavras que não são nomes. Dentro de pouco tempo, as crianças as
percebem logo e, com ar divertido, dizem:
– Isto não é possível: não é um objeto.
Com este particular inserido no Jogo do Nome / Substantivo coloca-se
em evidência outro fato gramatical de importância básica: cada objeto tem uma
palavra que o representa, mas nem todas as palavras representam objetos.
Neste momento, o professor pode retornar aos Cartões de Relacionamento 1 e
reafirmar o conceito, explorando ambiente externo e interno, pois trata-se da
mesma atividade.
5 MATERIAIS UTILIZADOS/RECURSOS:
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● Qualquer objeto do ambiente.
● Bilhetinhos brancos.
6 PESQUISA DE CONTEÚDO
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Para isso os fazeres pedagógicos, devem ter como eixo de sustentação
a constante procura por ação, a reflexão e a transformação. Isso porque os
instrumentos de trabalho dos professores consideram os mecanismos de
planejamento. Contudo, esse planejamento encontra-se aberto ao encontro, de
maneira que se valorizem os conhecimentos prévios nas conquistas individuais
de crianças e adolescentes, enquanto exploram as diferentes linguagens.
Esta abertura propicia o trabalho de redescoberta na construção da
linguagem oral, escrita, somando-se as experiências sensoriais, onde a
exploração contínua do objeto está presente. Esta práxis permite o
envolvimento de crianças e adolescentes, fortalecendo a formação e a
ampliação do conhecimento, criando condições para que uma educação
realmente prazerosa e significativa seja possível.
Portanto, fica-se tentado a comparar a criança antes e depois da
linguagem e concluir que a linguagem é a fonte do pensamento. Examinando
mais de perto as mudanças de inteligência produzidas no momento da
aquisição da linguagem, concluímos que outros fatores são também
responsáveis por tais transformações, a linguagem pode ser considerada como
começo da representação e como início da esquematização representativa, em
oposição à esquematização sensório-motora que se refere as próprias ações
ou as formas perceptivas. A linguagem é individual, constituída por um sistema
de signos, mas ao lado dela, a criança necessita dos “símbolos”: sistema de
significantes mais individuais e motivados. As formas mais correntes dos
símbolos da criança pequena estão no jogo simbólico ou de imaginação que
aparece ao mesmo tempo em que a linguagem, independente dela.
Como a linguagem só é uma forma particular da função simbólica,
conclui-se que o pensamento precede a linguagem e que esta se limita a
transformá-lo, profundamente, ajudando-o a atingir suas formas de equilíbrio
através de uma esquematização mais desenvolvida e de uma abstração mais
móvel.
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