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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

Módulo VII

LÍLIA ALVES ANTÔNIA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III –


GESTÃO

7º SEMESTRE – CURSO DE PEDAGOGIA

Januaria
2018

Módulo VII

LÍLIA ALVES ANTÔNIA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III


GESTÃO

7º SEMESTRE – CURSO DE PEDAGOGIA

Trabalho apresentado ao curso pedagogia da


UNOPAR-Universidade Norte do Paraná, para a
disciplina Estágio Supervisionado
Módulo VIII
Tutor eletrônico: Suelen Bueno Carneiro Toledo
Tutor de sala: Sheila Adéle Rodrigues Santos

Januária
2018

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................4
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................6
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO E ATUAÇÃO DO PEDAGOGO ....6

DIÁRIOS DE OBSERVAÇÃO DE CAMPO.................................................................12

ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E ENTREVISTA COM O

PEDAGOGO ..............................................................................................................12

PLANO DE AÇÃO DO PEDAGOGO..........................................................................14

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................26

REFERÊNCIAS..........................................................................................................28
01 - INTRODUÇÃO
O componente curricular Estágio Supervisionado é um campo de
conhecimento na ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA KUHINÃN XACRIABÁ e espaço
de formação docente que deverá ter como eixo a pesquisa da prática pedagógica,
envolvendo a organização e gestão de processos educativos escolares e não
escolares [...] estabelecendo estreita ligação entre teoria e prática e entre as áreas
do conhecimento, ampliando a compreensão do campo de atuação e intervindo na
prática educativa”. (UFAL, 2006, p. 68)
A prática do Estágio Curricular, não somente é o cumprimento das
exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 9394/96), mas
possibilitara concretizar e integrar teoria-prática, de grande relevância a formação do
profissional, bem como oportunizara atividades de aprendizagem social e cultural
adequadas ao exercício de sua profissão.
E mais, oportuniza a estagiária, o contato direto as situações reais da
escola com toda sua complexidade administrativa na prática. Entendendo-se essa
prática no âmbito da gestão educacional, proporcionará a formação de pedagogos
competentes e responsáveis, ou seja, profissionais capacitados para gerir processos
educativos, cada vez mais voltados para a obtenção de qualidade escolar e
interações sociais. Todavia, o mesmo não poderá deixar de ressaltar, através de
uma reflexão crítica, sua futura formação como professor-educador, participante e
corresponsável pela construção do conhecimento e formação da cidadania numa
consciência crítica, proporcionada por essa experiência investigatória na
organização escolar, seja em instituições de educação básica e/ou de outros
ambientes educacionais.
“A gestão escolar, constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que
objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as
condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos
sócio educacionais dos estabelecimentos de ensino, orientados para a promoção
efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar
adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no
conhecimento." LUCK (2000).
A Disciplina Gestão Educacional é de primordial relevânciapara o futuro
pedagogo, pois possibilitará sua inserção no ambiente institucional, onde a partir dos
conhecimentos adquiridos em Gestão Educacional e, por conseguinte, através das
reflexões em curso, dependerá a organização e a forma pelo qual o/a Pedagogo/a
vai conduzir-se na trajetória de sua prática no local de estágio. A maneira pela qual a
escola é administra poderá obter êxito em seus objetivos, para que isto aconteça, o
exercício da Gestão deverá ser democrático, participativo e dinâmico. Pois a mesma
vai possibilitar a participação de todos na construção e gestão de projetos de
trabalhos, pois de acordo com Ferreira (2000):
A gestão democrática, é hoje um valor consagrado no Brasil e no mundo,
embora ainda não totalmente compreendidos e incorporados à prática social global e
à prática educacional brasileira e mundial. Indubitável sua importância como um
recurso de participação humana e de formação para a cidadania. É indubitável sua
necessidade para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É
indubitável sua importância como fonte de humanização. (Ferreira, 2000.p.167)
Podemos assim averiguar a Gestão, sendo de valor consagrado
mundialmente, embora recente, é de eventual importância para a construção de uma
escola capaz de atender as modernas exigências de uma sociedade cada vez mais
evoluída em termos de conhecimentos, em que os avanços das telecomunicações,
da informatização e descobertas científicas promoveram mudanças rápidas e
radicais, as quais a escola precisa acompanhar.
E mais, inúmeros os desafios á serem vencidos pelo gestor, convencer os
profissionais e a comunidade da importância da coletividade na administração
escolar como fonte de humanização. Portanto o gestor em seu exercício deve buscar
um olhar sensível aos sujeitos escolares, procurando conhecer docentes e
discentes, valorizando o pensar, no agir de cada indivíduo envolvido em sua Gestão,
procurando dispor das condições e dos meios para a realização dos objetivos
educacionais, pautados em estratégias, planejamentos e ações que viabilizam o
funcionamento da instituição educacional, garantindo por lei os direitos de crianças,
jovens e adultos o acesso à escola de qualidade, a qual contribua no processo de
construção de conhecimentos significativos na formação de cidadão e cidadãs aptos
para desempenhar sua profissão interagindo e contribuindo com sua comunidade.
Segundo Paulo Freire (1992), gerir uma escola é uma atividade
burocrática, mais do que isso é uma atividade essencialmente política pedagógica.
Pois a sociedade sofre transformações e a escola vive essas dimensões, se o gestor
desconhece essa realidade, como poderá lidar com questões políticas pedagógicas
no gerir de sua habilidade administrativa.

02 - DESENVOLVIMENTO

2.1 - CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO E ATUAÇÃO DO


PEDAGOGO .

A gestão escolar compreende a forma de administração de todo o


ambiente escolar, atendendo a exigência dos funcionários, professores, pais e
alunos. É a gestão escolar que vai motivar os profissionais a realizarem um ensino
de qualidade e com comprometimento. O gestor possui uma grande
responsabilidade em suas mãos, formando cidadãos íntegros e cientes da
responsabilidade social. O gestor escolar é responsável pela gestão administrativa,
pedagógica e de recursos humanos.Para que a escola seja vitoriosa no alcance dos
objetivos traçados é fundamental a que o gestor esteja a frente do processo e tome
as atitudes que achar necessárias para o alcance do propósito.
O Estágio pode ser entendido como: Instrumento de interação do aluno a
realidade social. Um período de experiências pessoais e profissionais. Um processo
que integra conhecimentos teóricos e práticos – práxis, além de habilidades e
atitudes. Integração do trabalho específico de determinada área ou curso, como
possibilidade de interlocução com os referenciais teóricos do currículo. Instrumento
de iniciação à pesquisa e ao ensino. Articulação entre o conhecimento e a prática, ao
considerar que a formação profissional não deve ser desvinculada da pesquisa.
Nesse relatório, explicitamente será possível observar o enriquecimento
proporcionado por meio dessa experiência no contato com a realidade institucional,
pois o estagio é de fundamental relevância para a formação do acadêmico do Curso
de Pedagogia, na construção do conhecimento mediante teoria e prática,
possibilitando a aquisição de novas reflexões e estratégias nas práticas pedagógicas
mais coerentes,

ASPECTOS FISICOS
A E.E. Indígena Kuhinãn Xacriabá localiza-se na reserva Indígena
Xacriabá no município de São João das Missões, de Tipologia R.O.4. O. A.2 atende
a 276 Alunos desde a educação infantil de 4 anos até o 3º ano do ensino Médio.
O quadro de profissionais da Escola Kuhinãn é composto de (01)
diretor, (01) vice-diretor, (02) auxiliares de secretaria, (01) supervisor pedagógico,
(09) professores regentes de turma de 1ª a 5ª anos, (01) professor eventual, (09)
professores regentes de aula de 6ª a 9ª anos, (09) professores regentes de aula no
ensino médio, (02) professores no uso da biblioteca, (07) Auxiliares de Serviços
Gerais.

A escola possui prédio próprio cuja estrutura física é composta por:


Bloco 1: (03) salas, (01) cantina (02) banheiros (01) deposito de merenda que
usamos como secretária. Bloco 2: A FUNAI liberou recurso para a construção de
duas salas e a prefeitura contribuiu com a compra do material de construção (02)
salas (02) banheiros.

A escola possui um pátio de aproximadamente 5.000 metros quadrados.


Seu funcionamento é de regime parcial, possui dois segundos endereços, um
localizado na Aldeia Boqueirão atendendo a quinze alunos da Educação infantil a 5ª
ano, do ensino fundamental que funciona numa casa indenizada pela FUNAI, o outro
funciona na aldeia Morro Vermelho atendendo 22 alunos desde a Educação infantil a
5ª série/ano.

A.E. E Indígena Kuhinãn é comunitária, porque é conduzida pela


comunidade de acordo com seus projetos, suas concepções e seus princípios. Isto
se refere tanto ao currículo quanto aos modos de administrá-la, inclui liberdade de
decisões quanto ao calendário escolar, à pedagogia, aos objetivos, aos conteúdos,
aos espaços e momentos utilizados para a educação escolarizada. A comunidade
tem toda liberdade de participação e decisão sobre assunto referente à escola.

A Escola Kuhinãn é intercultural, porque deve reconhecer e manter a


diversidade cultural e linguística: promovendo uma situação de comunicação entre
experiência sociocultural, linguística e histórica diferente, não considerando uma
cultura superior a outra, estimular o entendimento e o respeito entre os seres
humanos de identidade diferentes, ainda que se reconheça que tais relações vêm
ocorrendo historicamente em contextos de desigualdade social e política.

A Escola Kuhinãn deve ser específica e diferenciada porque é concebida


e planejada com o reflexo das aspirações particulares da comunidade e com
autonomia em relação a determinados aspectos que regem o funcionamento e
orientação da escola não indígena.

A comunidade Xacriabá de Rancharia vive em uma reserva de 6.666


hectares de terra, localizado no Município de São João das Missões – MG, onde a
população desta aldeia é de aproximadamente 1.200 (um mil e duzentas pessoas),
entre elas tem um cacique, e cinco lideranças cujas funções são estarem juntamente
com a comunidade resolvendo os problemas da mesma É uma comunidade de baixa
renda, vive somente da agricultura de subsistência, cultivada apenas uma vez por
ano. Grande parte dos homens, após o término do plantio, parte para outros Estados
do Brasil em busca de emprego para manterem suas famílias. Algumas famílias são
atendidas por programas do governo Federal como: Bolsa Família e Bolsa Escola.

No que se refere ao contexto cultural, apesar de termos perdido muitos


dos nossos aspectos culturais com o contato com os não-índios, alguns deles ainda
permanecem vivos na memória dos nossos mais velhos (idosos). Entre eles temos:
Festejos de São João Evangelista, que é realizado no mês de agosto do dia 20 a 29,
o Batuque mais conhecido como folia de reis que é comemorado no dia 06 de
Janeiro em homenagem a Santos Reis iniciando-se nos dias 31 de dezembro em
que os foliões visitam todas as casas da comunidade, até o dia 06 de Janeiro, assim
como outros festejos e rituais culturais.

Uma das grandes funções da Escola Kuhinãn Xacriabá é estar resgatando


a cultura, sendo as principais fontes de pesquisas os mais velhos e dentre nossas
conquistas temos: o resgate de alguns contos e de quantidade expressivas de
palavras Xacriabá, artesanatos e o toré. Outra parte importante que conseguimos foi
fazer com que os alunos e a comunidade perdessem a vergonha de se pintarem.
Sabemos que foram alguns passos de uma longa jornada de pesquisas, para que
nosso objetivo maior seja alcançado, que é fortalecer a nossa cultura.

A Escola Estadual Indígena Kuhinãn Xacriabá encontra-se com a


estrutura da casa escola com: 03salas, 02 banheiros, 01 cozinha e 01deposito. Esta
estrutura não atende a demanda da comunidade, pois a mesma necessita de um
prédio que contribua para uma educação específica, diferenciada e de qualidade,
através do acordo do oficio n°. 225/2006 da DEIF da SEE/MG que concede
autorização especial para funcionamento da organização de ensino Fundamental e
série, assim proposta: PPA (Período preparatório de alfabetização) destinadas as
crianças de 6 (seis) anos e organização de 1ª a 9ª anos do Ensino Fundamental e
também o Ensino Médio.

ESPAÇO ESCOLAR

O espaço de aprendizagem dos alunos não ficará restrito somente à sala


de aula, sendo que algumas atividades requerem espaços maiores, como: brincar de
roda, fazer pesquisa, cuidar do espaço físico da escola, são atividades que requerem
a participação de professores, alunos, serviçais e toda comunidade escolar, para
proporcionar um ambiente adequado de aprendizado. Essa aprendizagem requer
também, um exercício de metodologia diversificada. Para lidar com os
conhecimentos a serem passados e muitas vezes pesquisados pelos alunos e
professores, juntos com os membros de sua comunidade. Para isso, a escola dispõe
de uma área livre, bem ampla para o desenvolvimento dessas atividades.

CURRICULO

O atendimento de currículo pela E.E. Indígena Kuhinãn Xacriabá tem por


objetivo organizar e dar uma direção à experiência educativa vivida pelos alunos e
professores. Na escola, num período de tempo, essas decisões vão sofrendo
mudanças de acordo com as necessidades diversas que vão surgindo na
comunidade educativa.
O currículo é organizado com a parte da base nacional comum:
Português, Matemática, Ciência, História, Geografia, Arte, Ed. Física, e as disciplinas
da parte diversificada que são: Uso do território e Cultura Xacriabá para todo o
ensino Fundamental. A carga horária anual da Educação infantil P.P. A (período
preparatório de alfabetização) a 5ª série é de 800:00 horas, com 200 dias letivos, de
6ª a 9ª anos do ensino médio, 833:20 horas com 200 dias.
As disciplinas da Educação infantil P.P. A (período preparatório de
alfabetização) e de 1ª a 5ª anos são ministradas por um único professor e de 6ª a 9ª
série e o ensino médio as disciplinas são ministradas entre os professores, sendo
cada aula de 00h50min em um total de cinco (5) aulas diárias tendo ainda aulas
geminadas variando o número de aulas por professores, entre 06 a 18 aulas
semanais, totalmente 25 módulos semanais. Cada professor tem sua carga horária a
cumprir, nas séries finais e ensino médio.

ASPECTOS PEDAGOGICOS
ANALISE DO PROJETO PEDAGOGICO DA ESCOLA
Missão da Escola
A missão: ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA KUHINÃN XACRIABÁ é
“Ministrar um ensino de excelência buscando desenvolver nos educandos
capacidades e habilidades para enfrentarem os desafios que a vida lhes oferecer.”
Portanto, esta instituição busca referências em algumas tendências pedagógicas
para dar segurança teórica na sua prática educativa,tendo como foco central a
concepção pedagógica humanista do Educador Paulo Freire. Os princípios
metodológicos de sua prática educativa são norteados pelo diálogo, respeito ao
educando, no desenvolvimento da criticidade frente a realidade para que seja
possível atuar para transformá-la.
No diálogo, está o cerne da ação-reflexão-ação, levando o homem a
novos níveis de consciência e, conseqüentemente, a novas formas de ação, que, por
sua vez, remete a outros níveis de consciência. Para o educador Paulo Freire, a
escola deve possibilitar uma aprendizagem libertadora, não mecânica, que requer
uma tomada de posição frente aos problemas com que convivemos a todo instante.

Formas de avaliação (concepção e instrumentos) critérios de avaliação


(conceito/nota)
Os instrumentos de avaliação deverão ser utilizados e organizados como
meio de verificação que permita ao professor conhecer o progresso de cada um de
seus alunos, tais como: avaliações, testes, trabalhos individuais ou em dupla em
grupos, escritos, orais e pesquisas, portfólio, a iniciativa e a criatividade.
Para diagnosticar os avanços e as dificuldades do aluno e melhor orientá-lo em sua
trajetória escolar; será utilizada a avaliação diagnóstica; e também, a avaliação onde
o resultado da aprendizagem será expresso por registro qualitativo onde serão
adotados os seguintes conceitos: assim sendo dividido:
§ 1º - Nas áreas de conhecimento, o aluno deverá demonstrar os seguintes
procedimentos:
I- A – alcançou suficientemente os objetivos do estudo;
II- B – alcançou parcialmente os objetivos do estudo;
III- C – com um pouco mais de esforço conseguirá alcançar os objetivos de estudo.
§ 2º- No processo de informação: Atitudes de Valores Éticos,
Compromisso/Assiduidade/Criticidade e Participação da Família, o aluno deverá ter
os seguintes referenciais:
a- S – Sim
b- N – Não
c- AV – Às Vezes
O aluno que ao final de cada ano obtiver freqüência inferior a 75%
(setenta e cinco por cento) do total da carga horária do ano será submetido à
reclassificação. No registro do aluno deverão constar nas observações, os dias
letivos e a carga horária cumprida a mais pelo aluno.
A avaliação do trabalho escolar visará a atender aos alunos em suas
diferenças culturais e de desenvolvimento criando condições concretas para sua
formação básica através da aprendizagem necessária para melhor viver e conviver
nas diferentes instâncias sociais.
A avaliação da aprendizagem no Ano tem por objetivo propiciar uma
análise da qualidade dos investimentos no ensino, tendo em vista aquilatar e
contribuir para o desenvolvimento de cada aluno, atendendo às necessidades
peculiares às características e o grau de desenvolvimento individual.
A avaliação compatível com a organização curricular nos ciclos e Anos do
Ensino Fundamental, com princípio da progressão continuada tem as seguintes
características:
Contínua e processual – pressupõe um conjunto equilibrado de
instrumentos a serem utilizados em atividades avaliativas que proporcionem concluir
de maneira clara a formação da pessoa competente, ética, comunicativa, afetiva e
sensível.
Dinâmica e participativa – avaliação que sirva não apenas ao professor,
mas também ao aluno como condição para se superar, tomar consciência dos
acertos e falhas do seu raciocínio, do modo de pensar e agir, suas concepções e das
lacunas presentes no seu conhecimento.
Diagnóstica e investigativa – avaliação que permite ao professor
acompanhar o processo construtivo, orientar e reorientar os alunos ao longo dessa
construção compreendendo seu ritmo de aprendizagem e o poder de impulsioná-los
com atividades estimuladoras e desafiadoras.
A avaliação como processo de diagnóstico permite ao professor a
interpretação da qualidade do conhecimento construído pelo aluno e alimenta,
sustenta e orienta a intervenção imediata.
Recuperação de aprendizagem (estratégias utilizadas)
O estudo de recuperação destina-se ao aluno de rendimento insuficiente e
tem como objetivo corrigir deficiências na aprendizagem dos conteúdos ministrados.
Os estudos de recuperação serão proporcionados de forma paralela e contínua. No
momento em que diagnosticar a deficiência do aluno, cabe a escola ministrar
atividades planejadas para cada conteúdo a ser recuperado. As atividades de
recuperação serão planejadas, acompanhadas e avaliadas pela escola.
A escola usará dos seguintes procedimentos por frequência insuficiente:
Frequência às aulas da disciplina em outra turma;
Pesquisa a serem feitas na biblioteca;
– Tarefas e estudos dirigidos;
– Atividades de monitoria;
Participação em atividades especiais e na comunidade.
– Trabalho e exposição.

DIÁRIOS DE OBSERVAÇÃO DE CAMPO


A partir do momento que estive na ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA
KUHINÃN XACRIABÁ, foi possível observar, o compromisso da diretora com os
alunos e profissionais da educação na instituição, mantendo umdiálogo aberto e
transparente com a comunidade escolar. E, a mesma, apresentou-me os planos de
aula, projetos e ações, com o objetivo de aperfeiçoamento educacional dos
educadores, promovendo sua participação em curso de formação continuada, com
objetivo da troca de conhecimentos, ideias e práticas educacionais.
Durante as observaçães, pode-se tomar um maior conhecimento das
atividades administrativas e pedagógicas, neste tempo, observou-se a organização
da escola e seus profissionais.
A utilização e execução dos conteúdos que, no município em questão, são
entregues pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Desporto e Juventude, no
início do ano letivo, é feita de maneira flexível, porém não desordenada, pois esta
medida foi tomada justamente para que um educando que faça uma troca intra-
municipal de escolas não seja prejudicado pela discrepância entre conteúdos já
estudados ou não.
A relação entre os mesmos é, em sua maioria, traquila e saudável.
Seguidamente pode-se notar que alguns graduados ou até graduandos, auxiliam
seus colegas em formação em trabalhos e pesquisas, dispondo de seu tempo livre
nesta tarefa de amizade e solidariedade.

ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E ENTREVISTA COM O


PEDAGOGO
A gestão pedagógica define a linha de ensino, as metas a serem atingidas,
levando em conta os objetivos e o perfil de seus alunos. Devemos avaliar o
rendimento das praticas adotadas, para detectar e corrigir eventuais erros se
necessário, juntamente com a equipe de profissionais envolvido com as metas.
A gestão de Recursos Humanos é a mais delicada e de importância
fundamental. O bom trabalho das atividades escolares depende de manter as
pessoas trabalhando satisfeitas e motivadas para que possam render o máximo e ter
um ambiente saudável para trabalhar, escola onde pratica recursos humanos e uma
pedagogia como prática de vida com todos e para todos permite dar significado as
suas vidas, na tarefa de formar cidadãos e cidadãs que integrem e contribuam com
sua comunidade e a sociedade.
Segundo o entrevistado; como propósito apresentar a nossa proposta de
trabalho, observando as Diretrizes e Nacionais fundamentando-se nas Leis vigentes,
nos teóricos que embasam as políticas educacionais e suas concepções de
desenvolvimento infantil. Expondo com clareza a proposta curricular e conteúdos, os
objetivos alcançados com cada faixa etária e a interação instituição-família.
Contendo um breve histórico da instituição apresentando sua filosofia, a descrição
do perfil das famílias atendidas e suas culturas.
Demonstrativo do quadro docente acompanhado da formação pedagógica
de cada professor (a), o número de crianças atendidas e períodos, número de salas-
turmas e cronograma de atividades, como também, quadro técnico administrativo e
formação. Demonstrando as parcerias com a secretaria e familiares e comunidade
em geral. Incluindo o acervo literário, os brinquedos, jogos pedagógicos, os materiais
permanentes e os recursos tecnológicos disponíveis, que são fundamentais no
trabalho educacional de cuidar e educar como base no ensino de Educação infantil.
O trabalho desenvolvido com o grupo de estudos contribui
significativamente para o desenvolvimento e fortalecimento da autonomia nos
alunos. A autonomia é tida como a capacidade de tomar as próprias decisões e ser
independente, capacidade esta, que nos grupos torna-se fundamental para o
desenvolvimento das atividades e a organização dos conteúdos a serem
trabalhados. A liderança-representativa deve ser aperfeiçoada e exercitada a cada
dia, um líder precisa ter respeito, paciência, disciplina e, o principal, precisa ter a
capacidade de conduzir as pessoas de modo com que as mesmas desenvolvam o
trabalho proposto com êxito.
Para tanto, analisamos as percepções dos alunos e da coordenação
pedagógica acerca dos grupos de estudos com as seguintes indagações: O que são
os grupos de estudos? Como eles contribuem para as aulas matutinas? Como se da
à organização pedagógica dos grupos de estudos? Algo pode ser melhorado para
que se beneficiem mais do grupo de estudos? Como vocês organizariam o grupo de
estudos? Qual a finalidade dos grupos de estudos? Qual a atribuição dos
professores em relação aos grupos de estudos? Como se dá a participação dos
alunos nos grupos de estudos? O projeto do grupo de estudos atingiu o seu objetivo
inicial? Qual a contribuição do grupo de estudo para o desenvolvimento da
autonomia e do trabalho coletivo envolvendo alunos e professores? Liderança e
auto-gestão?
O plano de ação visa a melhoria das ações que envolvem o grupo de
estudos. Deste modo, terá em seu processo avaliativo as seguintes etapas: Etapa
diagnóstica – consideramos um momento de levantamento dos conhecimentos e
informações que a comunidade já possui sobre os grupos de estudo, assim como
levantamento documental sobre o tema no projeto político pedagógico do colégio.

PROJETO

ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA KUHINÃN XACRIABÁ

INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA LEITURA E ESCRITA

1. NOME DO PROJETO: “Quem conta um conto aumenta um ponto...”

2. EIXO TEMÁTICO: Pluralidade Cultural.

3. PROBLEMÁTICA:
De acordo com o diagnóstico realizado pelos professores, da Escola, a
maioria dos alunos demonstra dificuldades na leitura, interpretação e produção
textual.
Diagnóstico esse que possibilitou aos professores uma reflexão sobre o
problema, levando-os à hipótese de que a razão das dificuldades de leitura e
produção escrita estaria no pouco acesso dos alunos aos diversos gêneros textuais
e em especial aos textos literários.

4. JUSTIFICATIVA:

A leitura e a escrita são hoje um dos maiores desafios das escolas, visto
que quando estimulada de forma criativa, possibilita a redescoberta do prazer de ler,
a utilização da escrita em contextos sociais e a inserção da criança no mundo
letrado.
Pensando nesse contexto, o Projeto “Quem conta um conto aumenta um
ponto...” torna-se necessário e viável, pois pretende fomentar a leitura, a
interpretação e a produção por meio da contação de história.
Com uma proposta de trabalho interdisciplinar com as literaturas infantil e
infanto - juvenil, o projeto busca reunir escola e comunidade local em atividades de
pesquisa e informações que contribuam para o resgate da história da comunidade,
tornando o aluno a mola mestra do processo ensino aprendizagem.

5. OBJETIVOS:

5.1. OBJETIVOS GERAIS

• Estimular o prazer pela leitura, considerando a interdisciplinaridade e a atuação de


toda a escola nesse processo;
• Trabalhar com gêneros literários diversos, possibilitando ao alunado a aquisição de
competências leitoras;
• Resgatar a história de sua comunidade por meio de contos populares;
• Desenvolver a reescrita de histórias e a produção textual.

5. 2. OBJETVOS ESPECÍFICOS:

• Ampliar o repertório de histórias conhecidas;


• Familiarizar-se com as histórias;
• Construir o hábito de ouvir histórias e sentir prazer nas situações que envolvem
leitura de história;
• Aproximar-se do universo escrito e dos portadores de escrita(livros e revistas),
manuseando-os e reparando na beleza das imagens;
• Relacionar textos e ilustração, manifestando sentimentos, experiências, idéias e
opiniões, definindo preferência e construindo critérios próprios para selecionar o que
vão ler.
• Vivenciar situações de leitura compartilhada e uso do cantinho de leitura da classe;
• Contar de histórias conhecidas;
• Realizar leituras orais e silenciosas de histórias; e silenciosas de histórias;
• Interpretar histórias lidas;
• Realizar o estudo de vocabulários presentes nas histórias lidas;
• Assistir a exibição de DVD e vídeos de histórias e contos de diversos gêneros;
• Escutar de histórias fonadas, lidas ou contadas pelos professores e colegas
• Montar histórias ou trechos de histórias (fatiados);
• Escrever listas com os nomes das histórias e/ou nomes de personagens das
histórias lidas;
• Participar de rodas de leitura envolvendo conto e reconto (oral);
• Escrever e reescrever histórias;
• Complementares histórias lacunadas;
• Refletir sobre os elementos de escrita utilizados nas produções escritas (com apoio
do professor);
• Ilustrar (com desenhos) histórias lidas;
• Dramatizar histórias e contos trabalhados;
• Confeccionar livretos com histórias trabalhadas;
• Participar do Dia D da leitura e contação de histórias, expondo os trabalhos
produzidos.

6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

A definição do tema desse projeto para ser desenvolvido em nossa escola


se apóia no conhecimento que temos de que o trabalho com a literatura infantil e
infanto juvenil pode contribuir significativamente para o desenvolvimento cognitivo
das crianças, ajudando a formar leitores.
Sendo assim, ao propor um trabalho com o gênero literário em sala de
aula, apoiamo-nos também nas concepções de alguns estudiosos que afirmam que
o trabalho com a Literatura Infantil pode certamente ajudar na valorização da
criatividade, da independência e da emoção infantil, o chamado, pensamento crítico
e segundo SILVEIRA (1997, p.149), "(…) e com ênfase à criança ativa, participante,
não-conformista".
Logo, "(…) Faz-se necessário que o professor introduza na sua
prática pedagógica a literatura de cunho formativo, que contribui
para o crescimento e a identificação pessoal da criança, propiciando
ao aluno a percepção de diferentes resoluções de problemas,
despertando a criatividade, a autonomia e a criticidade, que são
elementos necessários na formação da criança em nossa sociedade
atual".

A Literatura Infantil, nas escolas, deve despertar o gosto pela leitura, pois
"(…) a literatura pode proporcionar fruição, alegria e encanto quando trabalhada de
forma significativa pelo aluno. Além disso, ela pode desenvolver a imaginação, os
sentimentos, a emoção, a expressão e o movimento através de uma aprendizagem
prazerosa". (SAWULSKI, 2002).

Percebemos então que para desenvolver uma proposta voltada para


a utilização da literatura infantil na escola é preciso ampliar a nossa
percepção de que "(…) Ler não é decifrar palavras. A leitura é um
processo em que o leitor realiza um trabalho ativo de construção do
significado do texto, apoiando-se em diferentes estratégias, como
seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor e de tudo o que
sabe sobre a linguagem escrita e o gênero em questão". (RCNEI,
1998, p. 144).

Os RCNEI sugerem que,

"(...) os professores deverão organizar a sua prática de forma a


promover em seus alunos: o interesse pela leitura de histórias; a
familiaridade com a escrita por meio da participação em situações de
contato cotidiano com livros, revistas, histórias em quadrinhos;
escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor;
escolher os livros para ler e apreciar. Isto se fará possível
trabalhando conteúdos que privilegiem a participação dos alunos em
situações de leitura de diferentes gêneros feita pelos adultos, como
contos, poemas, parlendas, trava-línguas, etc. propiciar momentos
de reconto de histórias conhecidas com aproximação às
características da história original no que se refere à descrição de
personagens, cenários e objetos, com ou sem a ajuda do professor".
RCNEI, (1998, vol.3, p. 117-159).

Para Pinto (1999),

"A Literatura Infantil tem um grande significado no desenvolvimento de


crianças de diversas idades, onde se refletem situações emocionais, fantasias,
curiosidades e enriquecimento do desenvolvimento perceptivo. Para ele a leitura de
histórias influi em todos os aspectos da educação da criança: na afetividade:
desperta a sensibilidade e o amor à leitura; na compreensão: desenvolve o
automatismo da leitura rápida e a compreensão do texto; na inteligência: desenvolve
a aprendizagem de termos e conceitos e a aprendizagem intelectual". (apud RUFINO
e GOMES, 1999, p.11). COELHO explica que,

"... a literatura infantil vem sendo criada, sempre atenta ao nível do


leitor a que se destina... e consciente de que uma das mais fecundas
fontes para a formação dos imaturos é a imaginação – espaço ideal
da literatura. É pelo imaginário que o eu pode conquistar o
verdadeiro conhecimento de si mesmo e do mundo em que lhe
cumpre viver". COELHO (2000 p.141).

Portanto considerando os fundamentos teóricos que embasam o projeto


reconhecemos que, o trabalho em sala de aula com Literatura Infantil é importante
sob vários aspectos biopsicossociais. Quanto ao desenvolvimento cognitivo, ela
proporciona às crianças meios para desenvolver habilidades que agem como
facilitadores dos processos de aprendizagem.
Estas habilidades podem ser observadas no aumento do vocabulário, nas
referências textuais, na interpretação de textos, na ampliação do repertório
lingüístico, na reflexão, na criticidade e na criatividade. Estas habilidades
propiciariam no momento de novas leituras a possibilidade do leitor fazer inferências
e novas releituras, agindo, assim, como facilitadores do processo de ensino-
aprendizagem não só da língua, mas também das outras disciplinas.
O Projeto Político Pedagógico é elaborado de acordo com a LDB e Leis
Municipais, visando à formação integral de todos os Educandos, pautados nas Leis
das Diretrizes e Bases da Educação Nacionais para O Ensino, o projeto da escola
deve partir de uma leitura critica da realidade, identificando suas dificuldades,
planejando mudanças, estabelecendo objetivos e metas comuns a toda comunidade
escolar.

7. CRONOGRAMA:
Alunos - Professores - Coordenadores – Diretores
Alunos:
• Ampliar o repertório de história conhecidas; 1ª semana do mês da apresentação do
projeto:
Professores:
• Selecionar um acervo de livros de qualidade, adequada a cada faixa-etária,
implementando o cantinho de leitura da classe;
• Observar a qualidade do acervo de livros e problematizar a escolha dos títulos que
serão lidos às crianças;
Diretor e Coordenador:
• Incentivar e garantir que o conteúdo deste projeto esteja assegurado com pauta
nos encontros de formação dos professores;
Alunos:
• Familiarizar-se com as histórias;
Professores:
• Realizar com freqüência e regularidade a leitura de diferentes histórias aos alunos.
Diretor e Coordenador:
• Orientar e apoiar o planejamento dos professores, enfocando a leitura como
atividade diária na escola;
Alunos:
• Construir o hábito de ouvir histórias e sentir prazer nas situações que envolvem
leitura de história;
• Compartilhar sobre suas impressões sobre as histórias lidas;
Coordenador:
• Orientar os professore na organização e utilização sistemática dos cantinhos de
leitura na sala de aula;
Alunos:
• Aproximar-se do universo escrito e dos portadores de escrita (livros e revistas) para
que possam manuseá-los, reparar na beleza das imagens, relacionarem textos e
ilustração, manifestando sentimentos, experiências, idéias e opiniões, definindo
preferência e construindo critérios próprios para selecionar o que vão ler.
Professores:
• Favorecer a manifestação dos alunos, incentivando-os a opinarem sobre as
histórias ouvidas, manifestando suas idéias e sentimentos.
Coordenador:
• Incentivar, apoiar e orientar o planejamento de atividades de roda de leitura, antes,
durante e depois da leitura.
Alunos:
• Vivenciar situações de leitura compartilhada e uso do cantinho de leitura da classe;
• Expor preferências pessoais com o intuito de ampliar a possibilidade de as crianças
avaliarem as histórias.
Professores:
• Selecionar textos adequados ao propósito da atividade habitual de leitura;
• Permitir que as crianças apreciem e tenham acesso aos livros em diferentes
momentos da rotina, tanto nas rodas de leitura quanto no cantinho da leitura;
• Compartilhar informações prévias e relevantes com os alunos sobre o que será lido
para melhor entendimento do texto.
8. AÇÕES NECESSÁRIAS:
• Levantamento do acervo bibliográfico da escola;
• Seleção de literaturas infantil e infanto juvenil;
• Criação dos cantinhos ou varais de leitura nas salas de aula;
• Criação das caixas ou baús da leitura;
• Implantação da Ciranda de livros na escola com o sistema de empréstimos de
livros na escola;
• Criação de espaços em que os alunos possam estar fazendo as suas colocações a
cerca dos livros lidos.

9. METODOLOGIAS:
• Apresentação do projeto aos professores para articulação de idéias e ações;
• Apresentação e abertura do projeto com os alunos de todas as turmas;
• Contação de historias por professores;
• Contação de histórias por alunos;
• Contação de histórias por pessoas da comunidade local;
• Leituras orais de histórias pelos professores;
• Pesquisa e leitura de histórias na internet;
• Interpretações orais e escritas de histórias lidas pelos professores;
• Interpretações orais e escritas de histórias lidas pelos alunos;
• Estudos de vocabulários presentes nas histórias lidas pelos alunos;
• Exibição de DVD e vídeos de histórias e contos de diversos gêneros;
• Escuta de histórias fonadas;
• Atividades de montagem de histórias ou trechos de histórias trabalhadas (fatiados);
• Escrita de listas com os nomes das histórias e/ou nomes de personagens das
histórias lidas;
• Realização de rodas de leitura envolvendo conto e reconto (oral);
• Contação de histórias usando fantoches;
• Escrita e reescrita de histórias;
• Complementação de histórias lacunadas;
• Reflexão sobre os elementos de escrita utilizados nas produções escritas dos
alunos (apoio do professor);
• Ilustrações (com desenhos) de histórias lidas;
• Dramatizações de histórias e contos trabalhados com os alunos;
• Criação de livretos com histórias produzidas pelos alunos;
• Realização do Dia D da leitura e contação de histórias, exposição dos trabalhos na
escola com divulgação dos livretos produzidos.
O projeto será desenvolvido de forma interdisciplinar respeitando a
diversidade dos elementos que serão trabalhados e adaptados para cada ano, onde
cada educando será estimulado a pensar de forma crítica as atitudes de preservação
do ambiente em que vivemos. Este projeto terá como base metodológica o
conhecimento adquirido por meio de pesquisa, palestras, visitas, oficinas, material
coletado e confeccionado em sala de aula, A metodologia utilizada para a realização
deste projeto se valerá de pesquisas em sites, aula passeio, música, vídeo educativo
sobre o tema, história infantil, jogos, software educativo.

10. CONTEÚDOS:
• Leitura oral e silenciosa de diferentes gêneros textuais
• Linguagem oral e escrita;
• Interpretação;
• Produção escrita;
• Reflexão de elementos da língua escrita (textos);
• Estudo do vocabulário;
• Seqüência lógica: Início, meio e fim;
• Coerência e coesão textual;
• Pontuação.
11. RECURSOS:
• Portadores textuais de diversos gêneros da literatura infantil e infanto-juvenil;
fantoches; palanquinho; aparelho de TV e DVD;
• Aparelhos de som, mídias de CD e DVD; caixas de leitura; cartolina, papel metro,
cola hidrocor, lápis de cor; tinta guache; papel ofício; textos impressos, etc.

12. AVALIAÇÃO:

A avaliação do projeto ocorrerá durante todo o processo de seu


desenvolvimento, envolvendo a observação da atuação dos professores, as
atividades de produção escrita e oral, confecção de murais ilustrados, atividades de
interpretação e outras atividades escritas (contos e re-contos) desenvolvidas pelos
alunos bem como a atuação de pessoas da comunidade local, considerando-se
ainda os avanços obtidos e demonstrados pelos alunos no decorrer e ao final do
projeto.

13. SÍNTESE/CULMINÂNCIA:

A síntese do projeto ocorrerá com a realização do Dia D da leitura e


contação de histórias na escola, onde estará acontecendo à exposição dos trabalhos
realizados pelos professores e alunos de todas as turmas e divulgação dos livretos
de histórias produzidos pelos alunos contando com a participação da comunidade
local.

SEGESTÕES DAS LETRAS DAS CANTIGAS DE RODAS PARA SEREM


TRABALHADAS
PROPOSTA DE TRABALHO:  ATIREI O PAU NO GATO
VERSÃO ORIGINAL
ATIREI O PÁU NO GATO TÔ TÔ
MAS O GATO TÔ TÔ
NÃO MORREU REU REU
DONA CHICA CÁ
ADMIROU-SE SE
DO BERRO, DO BERRO QUE O GATO DEU
MIAU!!!!!!

2ª VERSÃO
NÃO ATIRE O PAU NO GATO, TO...
PORQUE ISSO, SO... SO
NÃO SE FAZ, FAZ, FAZ...
JESUS CRISTO, TO...TO
NOS ENSINA, NA...NA
A AMAR, A AMAR OS ANIMAIS
AMÉM!

3ª VERSÃO
NÃO ATIRE O PAU NO GATO, TO...
PORQUE ISSO, SO... SO
NÃO SE FAZ, FAZ, FAZ...
O GATINHO – NHO...NHO
É NOSSO AMIGO – GO-GO
NÃO DEVEMOS
NÃO DEVEMOS
MALTARATAR OS ANIMAIS
MIAU!

PROPOSTA DE SEQÜÊNCIA DIDÁTICA DA MÚSICA: ATIREI O PAU NO GATO


1. Colocar a letra na 1ª versão no quadro;
2. Colocar o CD para as crianças ouvirem e cantar com elas;
3. Questionar: sobre o que fala a cantiga? Se é correto o que está sendo tocado na
música? Se eles conhecem outras maneiras de cantar essa mesma cantiga?
4. Realizar a leitura coletiva apontando as palavras e cantando com as crianças;
5. Colocar a letra na 2ª versão no quadro.
6. Colocar a letra na 3ª versão no quadro;
7. Fazer também com as crianças a leitura coletiva da cantiga na 2ª e 3ª versões;
8. Discutir: De qual das três versões gostaram mais? O que mudou em relação à 1ª
forma como a música foi cantada? O que essa nova versão nos ensina?
9. Pedir às crianças que brinquem em duplas cantando a musica nas três formas;
10. Fazer desenhos ilustrando: a 1ª, 2ª e 3ª versão da cantiga atirei o pau no gato;
11. Pedir que leiam sem cantar, ir apontando enquanto elas lêem;
12. Destacar as palavra: GATO e realizar atividades: (1º oralmente e várias vezes,
depois com atividade impressa) fazer com cada palavra em uma aula a depender do
nível da turma.

Ex.: GATO

Quais são as letras utilizadas para escrever a palavra?


Qual a 1ª letra?_________________
Qual a última letra?__________
Quantas sílabas?___________
Qual a 1ª sílaba?__________
Qual a última sílaba?_________
Qual a 2ª sílaba?________
Quantas letras? _________
Quantas sílabas?___________

De que outros modos podemos escrever essa mesma palavra?


____________________ , _____________________ e ____________

13. Pedir para que as individualmente escrevam a palavra na lousa ( mesmo olhando
se for o caso).

14. Pedir para que montem a palavra na sua mesa com o alfabeto móvel.

15. Estudar as famílias silábicas da palavra GATO no 4 tipos de letras:


GA/GO/GU/GÃO e TA/TE/ TI/ TO TU TÃO.

16. formar palavras usando o alfabeto móvel (com as silabas que aparecem na
palavra: GATO

17. Criar coletivamente frases com a palavra; realizar a leitura das frases
coletivamente com os alunos, explicando sobre a questão da segmentação e
pontuação e pedir para que os alunos escrevam as frases no quadro.

18. Cantar novamente a letra da cantiga com as crianças acompanhando apontando


no cartaz;
19. Fatiar a letra da cantiga em tiras e pedir que os alunos montem a letra no papel
metro ou cartolina dado por você e depois leiam para você (pode ser de grupo, dupla
ou individual) a depender do nível da turma;
20. Pedir para que os alunos ditem a letra da cantiga e a professora escreve no
quadro e faz com eles a leitura coletiva
21. Pedir para que os alunos copiem a letra da cantiga no caderno (orientar sobre o
uso do caderno da direita para a esquerda, na linha, margens)
22. Fazer o ditado das palavras da cantiga;
23. Fazer palavra cruzada com e sem bando de dados para as crianças;
24. Fazer a letra da cantiga com lacunas para que as crianças reflitam sobre as
palavras que faltam e completem;
25. Colocar o CD novamente e cantar acompanhando no cartaz
26. Fatiar a letra da cantiga em palavras e pedir que os alunos em dupla montem a
letra em um cartaz ilustrando e leiam para a turma.
27. Colocar o CD e pedir que as crianças cantem brincando umas com as outras.
28. Recorte e colagem do animal (gato) cada aluno faz o seu.

PROPOSTA DE TRABALHO:  PIRULITO QUE BATE BATE


PIRULITO QUE BATE BATE
PIRULITO QUE JÁ BATEU
QUEM GOSTA DE MIM É ELA
QUEM GOSTA DELA SOU EU
PIRULITO QUE BATE BATE
PIRULITO QUE JÁ BATEU
A MENINA QUE EU GOSTAVA
NÃO GOSTAVA COMO EU
SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Letra da cantiga: Pirulito que bate-bate

1. Colocar a letra no papel AP em letras garrafais;

2. Colocar o CD para a crianças ouvirem e cantar com elas;

3. Questionar: se gostaram? Sobre o que fala?

4. Realizar a leitura coletiva apontando as palavras e cantando com as crianças;

5. Pedir às crianças que brinquem em duplas cantando a musica;

6. Pedir que leiam sem cantar, ir apontando enquanto elas lêem;

7. Destacar as palavras: PIRULITO, BATE, EU, ELA, DELA, MENINA, COMO, SOU
e realizar atividades: (1º oralmente e várias vezes, depois com atividade impressa)
fazer com cada palavra em uma aula a depender do nível da turma.

Ex.: PIRULITO

Quais são as letras utilizadas para escrever a palavra?

Qual a 1ª letra?_________________
Qual a última letra?__________

Quantas sílabas?___________

Qual a 1ª sílaba?__________

Qual a última sílaba?_________

Qual a 2ª sílaba?________

Qual a 3ª sílaba?________

Quantas letras? _________

De que outros modos podemos escrever essa mesma palavra?


____________________ e _________________

8. Pedir para que as individualmente escrevam a palavra na lousa ( mesmo olhando


se for o caso).

9. Pedir para que montem a palavra na sua mesa com o alfabeto móvel.

10. Criar coletivamente frases com a palavra; realizar a leitura das frases
coletivamente com os alunos, explicando sobre a questão da segmentação e
pontuação e pedir para que os alunos escrevam as frases no quadro.

11. Cantar novamente a letra da cantiga com as crianças acompanhando apontando


no cartaz;

12. Fatiar a letra da cantiga em tiras e pedir que os alunos montem a letra no papel
metro ou cartolina dado por você e depois leiam para você (pode ser de grupo, dupla
ou individual) a depender do nível da turma;

13. Pedir para que os alunos ditem a letra da cantiga e a professora escreve no
quadro e faz com eles a leitura coletiva

14. Pedir para que os alunos copiem a letra da cantiga no caderno (orientar sobre o
uso do caderno da direita para a esquerda, na linha, margens)

15. Fazer o ditado das palavras da cantiga;

16. Fazer palavra cruzada com e sem bando de dados para as crianças;

17. Fazer a letra da cantiga com lacunas para que as crianças reflitam sobre as
palavras que faltam e completem;

18. Colocar o CD novamente e cantar acompanhando no cartaz

19. Fatiar a letra da cantiga em palavras e pedir que os alunos em dupla montem a
letra em um cartaz ilustrando e leiam para a turma.
20. Colocar o CD e pedir que as crianças cantem brincando umas com as outras.

Relato da Aplicação do Projeto

Na experiência em estagiar no Estágio Supervisionado em Gestão


Educacional, aprendi que; como afirma Fernandez no Dicionário do Professor, que
para gerenciar uma escola é preciso dominar o conhecimento dos quatros eixos
fundamentais que devem nortear a educação.
No decorrer do Projeto houve a preocupação das professoras em observar
as ações e os interesses das crianças, buscando avaliar os passos dados e realizar
os reajustes necessários. Todas as atividades propostas tiveram o objetivo de
integrar as diferentes áreas do conhecimento através de contextos significativos e
criar situações que despertassem a curiosidade das crianças para as descobertas e
aquisição de novos conhecimentos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA KUHINÃN XACRIABÁ, tem como um
espaço em que a prática pedagógica é entendida como uma prática de vida, de
todos e com todos, na perspectiva de formar cidadãos e cidadãs que integrem e
contribuam para sua comunidade. Com o estágio nós aprendemos, conhecermos e
nos surpreendemos com toda a fragilidade de um ser humano e quanto somos úteis
ou fracos para continuar nesse caminho!
Onde a Tutora orientava, observava e realizava sua avaliação num caráter
de indiscutível competência. Os Acadêmicos do 7º Semestre de Pedagogia
participaram, ficando explicitamente notável o seu desempenho na realização dos
projetos, os quais com sugestões de temas abrangentes proporcionaram altos níveis
de discussões, no sentido de promover a aquisição de novas experiências para
todos.
Os projetos apresentados visavam, na sua maioria, o resgate dos jogos e
brincadeiras na infância, todavia outros temas foram abordados de grande
relevância, como o da inclusão social e o da educação especial. Sem deixar de
ressaltar também, os projetos direcionados a estimular nos alunos, o hábito de uma
leitura prazerosa. Promovidos a partir da roda de conversa e contação de história,
com recursos não somente dos livros didáticos, ou livros de histórias infantis, mas
com histórias dramatizadas com fantoches, dedoches e apresentação teatral com
coreografias elaboradas de acordo com a história narrada.
Certamente esse momento da Amostra de Estágio, possibilitou a todos os
acadêmicos do 7º Semestre de Pedagogia, experiências de imensurável relevância,
numa trajetória acadêmica, de profissionais mais capacitados e responsáveis, em
desempenhar suas funções, com o intuito de promover a construção do
conhecimento, pautados por uma consciência crítica mais qualitativa.
Os momentos mais significativos do projeto serão registrados, tendo como
ponto de observação o interesse, a participação à autonomia, a criatividade, a
interação do grupo, enfim, todos os dados, que nos retratem a relação da turma com
o projeto. Não adianta um aluno tirar nota dez nas provas e continuar atirando lixo
nas ruas, pescar peixes fêmeos prontas para reproduzir, desperdiçar água e energia
elétrica, desmatar ou realizar outro tipo de ação danosa, seja por não perceberem a
extensão dessas ações ou por não se sentirem responsáveis pelo mundo em que
vivem.
Há a necessidade de conciliar a teoria com a prática no dia-a-dia,
garantindo, assim, o futuro da humanidade. Logo, precisamos desenvolver a
valorização da vida, espontaneamente voltaremos a nos integrar com a natureza e
conseqüentemente procuraremos preservar o meio ambiente, pois teremos uma
noção clara de que tudo é integrado. Somos parte da natureza, porém, devido a
inúmeros fatores, esquecemos disto.
Conhecemos nossa força, nossas fraquezas, nossos defeitos, nossas
qualidades, nosso coração, só então podemos saber se somos ao menos
preparados para essa profissão. O presente estágio de docência, teve como
objetivo, observar como se desenvolve o ensino em sala de aula, de que maneira a
professora conduz a aprendizagem, como se processa a apreensão do
conhecimento pela criança. Aprendemos muito, o local e os funcionários foram bem
legais e nos auxiliaram bastante; fomos bem recebidos, o nosso supervisor foi ótimo
professor e conseguimos ficar bem tranqüila. Foi muito proveitoso esse estágio!
Aprendemos muito. Estagiar é a continuidade do aprendizado, é querer ter
muito mais do que a teoria, é ter a sabedoria, responsabilidade, cumplicidade de se
envolver com o Ser é se envolver com humanidade. Objetiva ainda analisar como é
a interação dos alunos com a professora, dos alunos entre si e com o ambiente no
cotidiano escolar.
O referido estágio é de suma importância para instrumentalizar o
estudante no futuro profissional da educação, para que o mesmo se familiarize com
a prática da sala de aula, conviva com os alunos e professores e habituem-se ao
ambiente escolar com seus problemas, desafios, dificuldades, mas também repleto
de alegria, realizações e, sobretudo, cheio de crianças e jovens transbordantes de
vida e vontade de aprender. Esse estágio foi muito bom, aprendemos muita coisa
boa com a professora e com as colegas. Nesse estágio tivemos certeza que é muito
gratificante oferecer a todos um pouco de conforto. A educação e conseqüentemente
a Escola, enfrenta também grandes desafios com os espantosos avanços
tecnológicos e descobertas científicas que surgem a cada dia e que transformam
nossa sociedade de maneira vertiginosa, mudando valores, atitudes, costumes.
Sentimos que a cada estágio que realizamos adquiramos novos
conhecimentos, e que a educação é algo vivo, palpitante e também em constante
mudança e evolução. Percebemos também a grande responsabilidade que tem um
professor.
Referências Bibliográficas:

AROEIRA, M.; SOARES, M.; MENDES, R. Didática de pré-escola: vida e criança:


brincar e aprender. São Paulo: FTD, 1996, p. 167.

BRASÍLIA. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI).


Brasília: MEC/SEF, 1998.

COELHO, N. Literatura: arte, conhecimento e vida. São Paulo: Peirópolis, 2000.


159p.

COELHO, N. A história da história. In: RIBEIRO, R. O Patinho Feio. São Paulo:


Editora Moderna, 1995.p. 31.

DIAZ, P. A. Educação ambiental como projeto. 2ª edição- Porto Alegre: Artmed,


2002.

Gadotti, M. Pedagogia da Terra. São Paulo: Fundação Peirópolis, 2000

RUFINO, C.; GOMES, W. A importância da literatura infantil para o desenvolvimento


da criança na fase da pré-escola. São José dos Campos: Univap, 1999.

SALERA JUNIOR, G. 2008. Projeto de Educação Ambiental na Escola. Gurupi


(TO). Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1112201

SAWULSKI, V. Fruição e / ou aprendizagem através da Literatura Infantil na escola.


2002 abril 2003.

SILVEIRA, R. Ela ensina com amor e carinho, mas toda enfezada, danada da vida.
In: Cultura, mídia e educação: Educação e Realidade, Rio Grande do Sul: v.22, n.2,
jul/dez 1997

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