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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

BEATRIZ ALMEIDA FERREIRA


FARLEY SILVA SANTOS
KAREN DE SOUZA SANTANA
LOURENÇO FRANÇA BARBOSA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR: ESTUDO DE


CASO DA EMPRESA BONITTA.

MANGA-MG
2018
BEATRIZ ALMEIDA FERREIRA
FARLEY SILVA SANTOS
KAREN DE SOUZA SANTANA
LOURENÇO FRANÇA BARBOSA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR: ESTUDO DE


CASO DA EMPRESA BONITTA.

Trabalho de grupo apresentado à Universidade Norte do


Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a
obtenção de média semestral na disciplina de Análises
de Custos, Gestão de Projetos, Microeconomia,
Comportamento Organizacional, Sistemas de Informação
Gerencial, Seminário Interdisciplinar IV.

Professores: Maria Norma Dourado Ribeiro, Vanessa


Daiana Martins

MANGA-MG
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................4
2.1 GESTÃO E A MATRIZ RACI DA EMPRESA BONITTA......................................4
2.2 CONCORRÊNCIA PERFEITA E O PONTO DE EQUILÍBRIO.............................5
2.3 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO..............................................................9
2.4 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES EMPRESARIAL...............................................9
2.5 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO TOTAL E UNITÁRIA DE UM NOVO
PRODUTO...................................................................................................................11
3 CONCLUSÃO..........................................................................................................14
REFERÊNCIAS...........................................................................................................15
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem o objetivo de responder os desafios interdisciplinares


propostos no curso de administração da Unopar em 2018. Foram 5 desafios
relacionados a Empresa Bonitta, que fabrica calçados.
O primeiro desafio tem como objetivo descrever as características de gestão
de projetos de uma empresa. Além disso, propõe que se desenvolva um plano
estratégico a partir da matriz RACI (Responsible, Accountable, Consulted, Informed).
A matriz RACI, em português, significa: o Responsável, a Autoridade, o Consultado,
e, o Informado. Portanto, foi feita a matriz para planejar melhor as atividades
exercidas por Pedro, Marcos, Mari, Luana e a Eliza, que são funcionários da
empresa.
Em segundo lugar, foram analisadas as características da concorrência
perfeita; cenário hipotético que é usado para analisar a concorrência imperfeita do
mundo real. Além disso, na mesma secção que contém essas análises foram feitos
estudos do pondo de equilíbrio, preço e quantidades de equilíbrio e ações que a
empresa Bonitta deveria tomar nesse cenário hipotético.
No terceiro desafio, foi proposto que se fizesse o planejamento e implantação
programas de QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) na empresa “Bonitta”, a fim de
superar as dificuldades junto aos funcionários. O objetivo da QTV também
tangenciava o desenvolvimento da empresa. No desafio quatro, esses objetivos
também eram firmados, mas a solução era requerida no planejamento em TI.
A Bonitta pleiteava uma reestruturação para maior eficiência e
competitividade, o nível de informatização dos processos deve ser amplo,
envolvendo as áreas funcionais, do operacional ao estratégico. Ou seja, tanto para
atender na agilidade dos procedimentos operacionais quanto na consolidação das
informações gerenciais, um SIG deve estar atualizado de acordo com as estratégias
de negócio.
Por fim, o último desafio propõe a análise da Margem de Contribuição de um
novo produto que a Bonitta lançou. Ela vendeu 6000 pares de um sapato feminino a
80 reais cada e, assim, obteve uma receita considerável. Porém, os custos variáveis
também foram altos, qual será que foi a margem de contribuição? Essa é uma das
questões respondidas no presente trabalho.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 GESTÃO E A MATRIZ RACI DA EMPRESA BONITTA

Para valorizar as atividades e o bom planejamento da marca calçadista


Bonitta de forma a encontrar soluções para uma grande inovação no design de
seus produtos, a consultoria contratada sugeriu a remodelação da equipe.
Abaixo, a matriz RACI apresenta a equipe escolhida pelo(a) gerente de projetos
responsável, dividida entre R (Responsável), A (Autoridade), C (Consultado), e I
(Informado) para cada atividade dentro do processo de definição do projeto:

Matriz RACI Pessoas

Atividade Pedro Marcos Mari Luana Eliza

Definir A R I I C

Projetar I A R I C

Desenvolver I A R C I

Testar A I I C I

O gerente de marketing Pedro é a Autoridade que designará o profissional


que responderá pela ideia do projeto, levando em consideração sua experiência
e aptidões necessárias para tanto; e definirá o profissional que responderá pelos
testes dos produtos finais. Como Informado, Pedro também receberá e
concederá informações a respeito do projeto e sobre o desenvolvimento deste.
Marcos, analista de planejamento, foi selecionado para ser o Responsável por
definir o escopo do projeto, e a Autoridade que designará quem irá responder
pela apresentação deste e pelo desenvolvimento das tarefas a serem realizadas
pelos demais profissionais.
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A analista de comunicação Mari, como Informada, receberá e transmitirá


informações a respeito da definição do escopo do projeto e sobre os testes
realizados. Além de ser Responsável pela execução das atividades, qual seja, o
design dos modelos e do desenvolvimento destes em softwares específicos.
A analista de atendimento Luana, como Informada, receberá e transmitirá
dados atualizados a respeito da definição do escopo e na etapa “Projetar”. Bem
como deverá ser Consultada a respeito do desenvolvimento e testes dos
produtos. Já Eliza, também analista de atendimento, deverá ser Consultada na
etapa de definição do escopo juntamente com Luana, e na apresentação do
projeto em si, e, como Informada, deverá ser comunicada e comunicará se as
atividades estipuladas foram realizadas.

2.2 CONCORRÊNCIA PERFEITA E O PONTO DE EQUILÍBRIO

A concorrência perfeita é uma situação hipotética usada para analisar as


concorrências imperfeitas do mundo real. Nessa situação, os concorrentes regulam
o preço apenas pela oferta e demanda, não havendo nenhuma interferência externa
ou interna sobre as negociações. É extremamente difícil haver tal situação, no
entanto, para que haja, é necessário alguns elementos chave. São eles:

 ambiente onde grande número de empresas produzem exatamente o mesmo


produto ou serviço, empregando custos e meios de produção similares;
 existência de um grande número de consumidores, todos tendo as mesmas
informações sobre condições, preços e ofertas existentes no mercado;
 ocorrência de similaridade entre os produtos oferecidos no mercado;
 inexistência de barreiras à entrada ou à saída de empresas no mercado em
questão;

Nesse contexto da concorrência perfeita, é possível calcular o ponto de


equilíbrio apenas a partir dos indicadores da oferta e da demanda. No caso da
empresa Bonitta, chegou-se à conclusão que as equações de oferta (Qo) e
demanda (Qd) em função dos preços (P) são as seguintes:
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Demanda: Qd = 240 - P
Oferta: Qo = 60 + P

A partir delas, é possível achar o preço de equilíbrio entre as oferta e


demanda relacionando-as da seguinte forma:

Qo = Qd
240 – P = 60 + P
240 – 60 = P + P
180 = 2P
90 = P

Substituindo P = 90 em quaisquer uma das equações temos:

Qo = Qd = 60 + 90
Qo = Qd = 150

Sendo assim, o preço unitário e a quantidade, no equilíbrio entre oferta e


demanda, representados, respectivamente por P e Q é de 90 reais e 150 mil pares
de sapatos. Considerando que a empresa está cobrando 80 reais por par, é
necessário que ela ajuste o preço, pois terá um lucro maior sem prejuízos nas
vendas.

2.3 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

a) QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT): ORIGEM E CONCEITO

O capital humano, outrora tido como substituível tal qual as máquinas, já é


considerado como um dos mais importantes fatores de produção, ao menos em
países desenvolvidos e em desenvolvimento. Por isso, “Qualidade de Vida” é hoje
tema de grande preocupação no meio coorporativo pois sabe-se que, se
comprometida, afeta diretamente o desempenho dos colaboradores e,
consequentemente, das próprias empresas.
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Conforme MINAYO et al.(2000, p.10), a noção de “Qualidade de Vida” é uma


síntese cultural. Uma construção social marcada pela relatividade posto que é
formada por impressões retidas de diversas áreas do conhecimento, valores e
coletividades, em diferentes momentos históricos. Para ALMEIDA et al. (2012, p.15),
a expressão foi assimilada pelo senso comum como uma forma de resumir um
estado de alto padrão ou um estado de melhoria no padrão econômico, social ou
emocional de um indivíduo ou grupo.
Essa ideia é similar a posição da Organização Mundial da Saúde (OMS), que
define qualidade de vida como “a percepção do indivíduo de sua inserção na vida no
contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive em relação aos seus
objetivos, expectativas, padrões e preocupações.” (OMS,1997, p.1). É um conceito
amplo formado por seis instâncias: física, psicológica, nível de independência,
relações sociais, meio ambiente e espiritualidade/religião/crenças pessoais. Tais
elementos foram traduzidos no método WHOQOL-100, criado pela OMS para avaliar
a percepção de qualidade de vida dos indivíduos (CINTRA e DALBEM, 2016, p.164).
Já Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) é tema recorrente na literatura de
disciplinas da área da Saúde desde os anos 1950, posteriormente se estendendo à
Psicologia, à Sociologia e à Administração. E hoje faz parte das transformações
pelas quais passam as relações de trabalho na sociedade moderna (LIMONGI-
FRANÇA, 2009, p.24).
Para compreender e lidar com as questões que envolvem a QVT atualmente,
que abrangem desde cuidados médicos pautados pelas legislações da saúde e do
trabalho, até a integração da equipe por meio de atividades esportivas e de lazer,
LIMONGI-FRANÇA (op.cit., p.24) propõe dividir as abordagens em três categorias: a
socioeconômica, a organizacional e a da condição humana no trabalho.
No tocante à QVT, é sabido que a globalização vem provocando
transformações nas relações de trabalho, impactando a segurança, a saúde e a
própria vida do trabalhador. Diante disso, a escola socieconômica se baseia,
segundo LIMONGI-FRANÇA (op.cit., p.25) na teoria de GIDDENS (1998) sobre a
chamada “terceira via”, uma perspectiva política fundamentada no desenvolvimento
da cidadania, na igualdade com liberdade, na preservação meio ambiente, e no
desenvolvimento sustentável.
Para o autor, a “terceira via” possibilitaria uma nova acepção dos problemas
gerados pela globalização, pelo individualismo e pelo bipartidarismo, tais como alta
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carga horária de trabalho por conta da adoção de tecnologias que permitem o


trabalho à distância, bem como a exclusão de pessoas da esfera produtiva por
causa dessas mesmas tecnologias. Contudo, a chamada “terceira via” acaba tendo
que enfrentar a resistência do conservadorismo neoliberal vigente (ibidem, p.25).
Já a abordagem organizacional se caracteriza pela expansão dos processos
de qualidade e produtividade para o de qualidade pessoal; pela política de gestão de
pessoas; pelo marketing; pelo tempo livre e “risco” e “desafio” como fatores
motivadores. WALTON (1973) foi o primeiro a fundamentar a qualidade de vida sob
a perpectiva organizacional, definindo os critérios para aferir a qualidade de vida no
trabalho, quais sejam: compensação justa e adequada, condição de trabalho,
oportunidade para o desenvolvimento das capacidades, oportunidade para o
crescimento na empresa e segurança, integração social, constitucionalismo, trabalho
e espaço na vida do indivíduo, e relevância social do trabalho. (ibidem, p.27 e 34).
Tendo LIPOWSKI (1986) como precursor, a escola que estuda a condição
humana no trabalho adota a tese de que todo indivíduo é biopsicossocial: tem
potencialidades físicas e sociais utilizadas para agir no meio ao mesmo tempo em
que este também as afeta. Pautado numa visão holística do ser humano, esse
conceito teria sido fundante para a visão adotada pela OMS de que a saúde é, além
da ausência da enfermidade, o bem-estar biológico, social e psicológico. A
discussão desse conceito também ajudou a ampliar ainda mais os estudos sobre
qualidade de vida nas organizações. (idem, p.29).

b) CRITÉRIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS DE QVT NA EMPRESA


BONITTA

Dentre os critérios de WALTON (1973), a “Oportunidade de crescimento e


segurança” e “Trabalho e espaço total de vida” foram escolhidos como os mais
adequados para orientar os programas de Qualidade de Vida no Trabalho na
empresa Bonitta. Ambos os critérios foram escolhidos como soluções possíveis com
base na análise da situação econômica da empresa e na pesquisa de clima
realizada com os funcionários em relação à empresa e à sua função na mesma.
Partem da ideia de valorização e humanização do trabalho e convergem para a
solução de dois dos problemas encontrados na empresa: descontentamento dos
colaboradores e a queda nas vendas de seus produtos.
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Como explica ALVES (2006, p.67), medidas que envolvam o estudo de cargos
requerem um aperfeiçoamento da administração dos recursos humanos. Contudo,
têm o potencial de aumentar a satisfação dos trabalhadores e consequentemente, a
produtividade. O mesmo ocorre com medidas que envolvam o treinamento e o
desenvolvimento dos colaboradores. Se bem planejadas, podem gerar um
aperfeiçoamento das atividades com o investimento no capital intelectual da
empresa que, por sua, vez pode ter sua produtividade aumentada.
Além disso, conforme MASLACH e LEITER (1999, apud ALVES, 2006,
p.64), desgastes físicos e emocionais geralmente ocorrem porque hoje em dia os
indivíduos ficam mais horas no embiente laboral do que em casa com a família
ou equivalente, gerando prejuízos de várias naturezas para todas as partes
envolvidas.
Ao investir e oferecer ao trabalhador a segurança de emprego e a
possibilidade de desenvolver uma carreira, a empresa Bonitta poderá reverter
uma situação de descontentamento, para um cenário de motivação e
perspectiva. Além disso, ao valorizar a necessidade de horas de lazer e o tempo
para família, bem como a estabilidade de horários e de local de trabalho, a
empresa contribuirá para a criatividade produtiva dos colaboradores.

c) PROGRAMAS DE QVT PARA A EMPRESA BONITTA: PERSPECTIVA


PREVENTIVA

Dentre as abordagens de MEDEIROS e FERREIRA (2011) a respeito da


perspectiva assistencialista e da perpectiva preventiva da Qualidade de Vida no
Trabalho, ambas atenuadoras dos problemas que geram o mal-estar provocado
pelas condições, organização e relações sócio-profissionais de trabalho, a
segunda parece ser a mais adequada a ser utilizada para solucionar o problema
de falta de motivação e segurança dos colaboradores da empresa Bonitta.
De acordo com CINTRA E DALBEM, (2016, p.176-177), a perspectiva
preventiva conta com soluções mais abrangentes e complexas, que implicam em
mudanças consistentes na estrutura organizacional. Algo bastante adequado à
situação da empresa Bonitta, que precisa renovar tanto o design de seus
produtos, quanto sua cultura organizacional, posto que se trata de uma empresa
antiga. Estas soluções visam atenuar ou remover os causadores do mal-estar
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causado pelas condições de trabalho, como o desequlíbrio entre a vida pessoal e


profissional, a falta de segurança no emprego, etc.

d) AÇÕES DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO A SEREM


IMPLANTADOS NA EMPRESA BONITTA

Os Programas de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) trazem para o


ambiente organizacional práticas que ajudam nos processos de trabalho e no
desenvolvimento de suas equipes. Uma das soluções propostas para atenuar o
sentimento de insegurança e desmotivação dos funcionários, é a criação de
programas de treinamento e desenvolvimento, com cursos e workshops para
capacitação dos funcionários. Outra solução encontrada foi o oferecimento de
benefícios como descontos e pontos em serviços diversos para o trabalhador e sua
família.
Para ALVES (2006, p.69), os programas de treinamento são uma forma de
aumentar o capital intelectual da empresa ao mesmo tempo que agrega
conhecimentos para ao desenvolvimento pessoal do trabalhador e a promoção da
Qualidade de Vida no Trabalho. Além de representar um comprometimento da
empresa Bonitta para com o futuro de seus profissionais na empresa, que poderão
aprimorar suas técnicas e aprender sobre novos assuntos, a implantação desse
programa pode representar um aumento do engajamento, da criatividade e da
produtividade das equipes.
Já a implantação de um programa de benefícios representaria um incentivo
aos trabalhadores e suas famílias para praticarem atividades esportivas, artísticas e
de entretenimento, e usufruirem de descontos em viagens e produtos e serviços
culturais. Esse medida vai de encontro com a necessidade de motivação dos
funcionários e de renovação do design da marca, que poderá contar com
colaboradores mais motivados e com mais repertório. Bem como atua como reforço
do sentimento de pertença dentro da organização.

e) DISCUSSÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DOS COLABORADORES NO


PLANEJAMENTO E VANTAGENS DA IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS DE QVT

Conforme CHIAVENATO (2014, apud CINTRA & DALBEM, 2016, p.11), as


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organizações são, em linhas gerais, um conjunto de pessoas cujos esforços são


combinados para atingir um objetivo comum e chegarem a resultados que não
conseguiriam conquistar individualmente com o mesmo esforço. Isso significa que é
importante para os trabalhadores o sentimento de pertença, de forma que estes
também possam fazer parte das tomadas de decisões. Ao tomar conhecimento da
cultura de uma organização, o trabalhador aprende a se relacionar melhor com os
colegas, bem como a conduzir as negociações em tomadas de decisões e
resoluções de conflitos, gerando um ambiente corporativo saudável.
Um dos erros mais frequentes em pesquisas feitas em organizações no
tocante à Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), é que, por vezes, os programas de
qualidade de vida no trabalho são implantados sem planejamento ou sem o real
envolvimento dos funcionários. Isso pode não solucionar os problemas identificados
na pesquisa de clima e pode até gerar resultados negativos apesar da boa intenção
e dos investimentos feitos na implantação das ações. (ALVES, 2011, apud CINTRA
e DALBEM, 2016, p.176).
Faz parte do planejamento estratégico implementar ações de forma conjunta
com as equipes. Sendo essas ações um investimento em recursos humanos, isso se
faz ainda mais necessário. Para tanto, se faz necessário a feitura de diagnósticos
para implantação de melhorias diversas, inovações tecnológicas, gerenciais e
estruturais visando criar condições plenas de trabalho e relacionamento
interpessoal.
Dentre as vantages adquiridas com o investimento estratégico feito em
Programas de Qualidade de Vida no Trabalho estão o aumento da disposição e da
motivação dos funcionários; a melhora no relacionamento interpessoal entre as
equipes; a redução de acidentes de trabalho e gastos médicos; o aumento da
produtividade e a criação de um ambiente de trabalho saudável e seguro para todos.

2.4 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES EMPRESARIAL

Na contemporaneidade os Sistemas de Informações Empresariais são


essenciais na gestão da informação de uma organização, tanto para tomadas de
decisões e planejamento de ações internas e externas de diversas naturezas. Como
explica REZENDE (2013, p.36), tal qual uma empresa, um “sistema” pode ser
entendido como um conjunto de partes que que interagem entre si para alcançar um
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resultado predefinido. Nesse sentido, a empresa e suas relações internas e externas


formam, em si, o maior de todos os sistemas de informação existentes.
Buscando aprimorar seus processos, a empresa Bonitta, que intenta se
modernizar para uma maior eficiência e competitividade no mercado, deverá adotar
um Sistema de Informação para o controle e a organização de dados que gerarão
relatórios de desempenho, que por sua vez servirão de apoio à gerência. Nesse
sentido, um Sistema de Apoio à Decisão (SAD) se faz necessário, ao auxiliar na
solução de problemas atípicos, como um investimento atrasado, por exemplo.
Contudo, a informatização dos processos devem abranger não apenas os setores
estratégicos, mas também os operacionais, numa ferramenta de integração de
processos como o Enterprise Resource Planning (ERP).
De acordo com ROSINI e PALMISANO (2012), existem três tipos de sistemas
de informação: operacional, tático e estratégico. Os tipos que interessam no caso da
empresa Bonitta é Sistema de Apoio à Decisão, que atua no nível tático. E também
o sistema Enterprise Resource Planning (ERP), que integra todos os setores da
empresa em um único software (SILVA; MENEZES, [s.d.] apud MARTINS, 2014,
p.22).
O chamado Sistema de Apoio à Decisão tem a função de auxiliar os usuários
na troca informações e coleta de dados, dando suporte a tomada de decisão
gerencial ao oferecer um panorama de todos os processos ativos da empresa. Já o
Sistema Enterprise Resource Planning pode ser traduzido como “Planejamento de
Recursos Empresariais”. Trata-se de um software cuja arquitetura tem a função de
padronizar e unificar os dados e processos da organização de forma que todos
tenham acesso a tais informações. (MARTINS, 2014, p.24).
No caso de Bonitta, o uso de tais sistemas auxiliaria a nova fase de
estruturação interna da empresa. O SAD poderia ajudar na monitoração e
acompanhamento da performance da marca com base nas metas definidas no
planejamento estratégico. A gerência acompanharia a implantação da estratégia e
proporia adaptações para garantir seu sucesso. Ambos os processos seriam ligados
ao sistema de avaliação de desempenho que forneceria o feedback, dando apoio ao
Planejamento com observações sobre possíveis oportunidades, e informando ao
Gerente de Projetos o que é necessário melhorar. A principal função do SAD é, em
suma, diminuir a subjetividade dentro do processo de tomada de decisão (AUDY et
al., 1999, apud MARODIN, 2006, p.5).
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No caso da implantação de um sistema integrado como o ERP, a empresa


Bonitta teria uma ferramenta prática para a integração dos setores da empresa e
para uma visão abrangente dos processos produtivos e dados estratgicos por parte
de todos esses setores. A integração e a consequente confiabilidade dos dados,
atualizados em tempo real, resultaria na agilidade dos processos, em um melhor
cumprimento de prazos, possivelmente na em redução de custos e também
auxiliaria na tomada de decisões por parte da chefia (ODA, 2015).
Isso auxiliaria a empresa em sua reestruturação interna, promovendo a
integração dos trabalhadores, e na visão estratégica do negócio, tendo um
panorama da atuação das equipes e da concorrência, podendo então se posicionar
de maneira mais marcante e moderna no mercado.

2.5 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO TOTAL E UNITÁRIA DE UM NOVO PRODUTO

A Empresa “Bonitta” conta com o departamento NP que é responsável pela


produção novos modelos de calçados. No mês de março esse departamento foi
responsável pela venda (6.000 unidades) do seu mais novo lançamento o sapato
feminino de salto médio ao preço unitário de R$ 80,00, tendo como custos variáveis:
Matéria Prima no valor total de R$ 215.000,00 e Energia Elétrica no valor total de R$
46.000,00.
Com base nesses dados é possível verificar que a empresa teve uma receita
(R) de 480.000 reais.
R = 80x6000
R=480000

O custos variáveis (Cv) somaram 261.000 reais;

Cv = 215000+46000
Cv = 261000

Sendo assim, a margem de contribuição total (Mt), que é a diferença entre a


receita e custos variáveis, ficou em 219.000 reais.
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Mt = R – Cv = 480000 – 261000
Mt = 219000

A margem de contribuição unitária (Mu) é calculada dividindo a margem de


contribuição total (Mt) pela quantidade de produtos vendidos. Sendo assim, o valor
de Mt é de R$ 36,50.
Mu = 219000/6000
Mu = 36,50
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3 CONCLUSÃO

A pesquisa permitiu concluir que a matriz RACI apresenta a equipe escolhida


pelo(a) gerente de projetos responsável, dividida entre R (Responsável), A
(Autoridade), C (Consultado), e I (Informado) para cada atividade dentro do processo
de definição do projeto.
Além disso, verificou-se que ao valorizar a necessidade de horas de lazer e o
tempo para família, bem como a estabilidade de horários e de local de trabalho, a
empresa contribuirá para a criatividade produtiva dos colaboradores. Ou seja,
instaurar um plano de QTV é vantajoso para a empresa.
Também foi visto que na contemporaneidade os Sistemas de Informações
Empresariais são essenciais na gestão da informação de uma organização, tanto
para tomadas de decisões e planejamento de ações internas e externas de diversas
naturezas. Como explica REZENDE (2013, p.36), tal qual uma empresa, um
“sistema” pode ser entendido como um conjunto de partes que interagem entre si
para alcançar um resultado predefinido. Nesse sentido, a empresa e suas relações
internas e externas formam, em si, o maior de todos os sistemas de informação
existentes.
Por fim, foi possível verificar como se calcula a margem de contribuição total e
unitária de um novo produto tomando por base uma situação apresentada na
empresa Bonita. Todos os elementos trabalhados nesta pesquisa são essenciais
para a formação de um bom administrador, por isso essa proposta enriqueceu muito
o conhecimento de todos nós envolvidos.
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REFERÊNCIAS

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Interfaces com outras áreas de pesquisa. São Paulo: Escola de Artes, Ciências e
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<http://each.uspnet.usp.br/edicoes-each/qualidade_vida.pdf>. Acesso em: 25 de
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