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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA


GABINETE PROVINCIAL DE EDUCAÇÃO
INSTITUTO POLITÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO - ELIADA Nº 5099

PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL


(P.A.P)

O IMPACTO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA NAS


EMPRESAS.

Por

GRUPO
(01)

Orientadora : Msc. Kamananga Matuza João

LUANDA
2023
PROJECTO DE APTIDÃO PROFISSIONAL
(P.A.P)

O IMPACTO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA NAS


EMPRESAS.

Trabalho Prático da Disciplina de Projecto Tecnológico


Apresentado para a Obtenção Crédito Avaliativo em:
CONTABILIDADE E GESTÃO

Por

GRUPO
(01)

Orientadora: Msc. Kamananga Matuza João

IPAG- ELIADA Nº 5099, _____ DE ______________________ DE 2023


MEMBROS PARTICIPANTES DO GRUPO 01

NOMES DOS ESTUDANTES FOTOGRAFIA NÚMERO

AVELINA UTUMBA JANUÁRIO

AVELINO AFONSO RAÚL

DANIELA SHAYRINE CAPITA NETO

DEUSA MADALENA MATEUS NETO

ERICKSON BRUNO MANUEL DE ALMEIDA

GELSON FERNANDES QUISSACULA

Orientadora : Msc Kamananga Matuza João


IPAG-Eliada Nº5099, _____ DE ______________________ DE 2023
DEDICATÓRIA

Dedicamos este projecto aos nossos


pais, que muito fizeram para a
nossas vidas com o intuito de
alcançarmos todos os nossos
objectivos.

IV
AGRADECIMENTO

As provações que nos impõem, devem ser percebidas como oportunidades de trabalho,
pois são com elas que conseguimos alcançar os nossos objetivos. Primeiramente, agradecemos
aos nossos pais pela oportunidade proporciomada de hoje estar aqui, ao IPAG pela sua grande
recepção concernente a nós formandos, agradecemos também aos excelentíssimos professores
que tanto nos apoiaram, nos ensinaram

V
EPÍGRAFE

“Só existe paz quando as partes


reconhecem que pecaram”

Sérgio Amaral

VI
RESUMO

VII
LISTA DE TABELAS

VIII
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

CA – Contabilidade Analítica.

CF – Contabilidade Financeira.

MP ̶ Matéria Prima.

MOD ̶ Mão-de-Obra.

GGF ̶ Gastos Gerais de Fabrico.

IX
ÍNDICE

PÁGINA

INTRODUÇÃO……………………………………….……….............

CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA…...……………..

1.1 DEFINIÇÃO DOS TERMOS E CONCEITOS…………………….

1.2 RAMOS DA CONTABILIDADE.......................................………..

1.3 GENERALIDADE DA CONTABILIDADE ANALÍTICA..............

1.3.1 Objecto e objecto da contabilidade analítica...............................

1.3.2 Características e finalidade da contabilidade analítica.............

1.3.3 Autonomia da contabilidade analítica........................................

1.4 ELEMENTOS COMPARATIVOS ENTRE CONTABILIDADE

ANALÍTICA E CONTABILIDADE FINANCEIRA ..............................

1.5 MULTIPLICIDADE DOS CUSTOS.................................................

1.6 A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE ANALÍTICA PARA

A TOMADA DE DECISÃO...................................................................

CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO PRÁTICA........……...........

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA…………............................

2.1.1 Missão............................................................................................

2.1.2 Valores...........................................................................................

2.2 CLASSIFICAÇÃO DA EMPRESA................................................

2.3 OBJECTIVOS DA EMPRESA........................................................

2.4 ESTRUTURA ORGÂNICA.............................................................

2.4.1 Descrição das funções...................................................................

2.5 IMPLEMENTAÇÃO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA NA

EMPRESA EM ESTUDO......................................................................

2.6 O IMPACTO DA CONTABILIDADE ANALÍTICA NA EMPRESA.


X
2.7 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS...................................

CONCLUSÃO………………………….………………………….………

SUGESTÕES………………………………………………………….…..

REFERÊNCIAS…..…..……………………………………………..…....

APÊNDICE..……….………………………………………………….......

ANEXOS.……….…………………………………………….…….……...

XI
INTRODUÇÃO

Contudo, concluí-se que a Contabilidade Analítica é o ramo da Contabilidade que


destina a fornecer informações nos diversos níveis gerencial da empresa, ajudando a empresa
a saber quanto eles gastão para fabricar um determinado produto.- Avelina Desde o
aparecimento das empresas, da contabilidade e dos contabilistas que o mundo não para de
evoluir. Por consequência dessa evolução, é exigido às empresas que estejam preparadas para
novos desafios e espera-se que estejam constantemente atentas ao seu meio ambiente. Para
enfrentar os novos desafios, contabilistas e gestores não só têm a obrigação de saber o seu
papel e a sua função, como têm de0 estar dotados de competências para o desempenhar.

A temática desenvolvida neste trabalho de final de curso (TFC) é o Impacto da


contabilidade analítica nas empresas. Este tema foi escolhido com intuito de compreender e
controlar os custos e desempenho das diferentes actividades exercidas nas empresas,
concentrando-se em fornecer informações internas para a tomada de decisão nas empresas.
Nesta prática, vamos explorar os princípios e técnicas essenciais para uma gestão eficaz dos
recursos e resultados.

Desta feita, o referido TFC está composto por duas partes fundamentais, nas quais se
procurou de forma cuidadosa abordar os mais diferenciados assuntos sobre a temática. A
primeira parte tem como foco a fundamentação teórica, de modo a trazer a ribalta as
conceituações, historicidade características da Contabilidade Analítica e pesquisas baseados
em pensamentos de autores da área que vão trazer uma visão científica da temática.

No segundo e derradeiro capítulo são apresentados a praxis organizacional numa


perspectiva sob a abordagem qualitativa, sobre demostrações de resultados, para nele aferir a
performace da empresa. Desta forma estaremos em condições para trazer a problemaática real
da empresa e trazer recomendações para que a prática seja muito mais eficiente.

Segundo Kerlinger (1980,pg 35), o problema de pesquisa é uma questão que mostra
uma situação necessária de discussão, investigação, decisão ou solução. Sendo assim o
problema aqui levantado é:

I. Formulação do problema: Qual é o impacto da contabilidade analítica na empresa y nos


anos de 2022 e 2023?

Para Goode e Hat (apud Gil, 1994, pg 60), hipótese é uma proposição que pode ser
colocada à prova para determinar uma validade.

12
II. Hipótese

H: Se os gestores da empresa y tiverem aplicado a contabilidade analítica como um


instrumento de gestão analisando pormenorizadamente os resultados da empresa nos anos de
2022 e 2023 de uma forma analíticae específica então terão informações necessáriaspara uma
eficaz tomada de decisão e os resultados alcançados serão positivos.

III. Justificativa

O tema aqui abordado foi escolhido porque a contabilidade analítica desempenha um


papel fundamental para as empresas, apurando resultados de cada actividade, avaliando seus
custos, contribuindo no sucesso e sustentabilidade das mesmas fornecendo informações
necessárias para uma gestão eficaz.

Numa visão econômica, destaca-se o quão impactante é a contabilidade analitica nas


empresas, na alocaçãoprecisa dos custos, na fixação de preçosdos produtos, na arrecadação de
receitas e na análisede rentabilidade e acompanhamento do orçamento contribuindo para a
eficiência operacional e o crescimento sustentável da empresa a longo prazo.

Por outro lado é de relevância social, porque a contabilidade analítica vem ganhando
seu espaço nas empresas e com o passar dos tempo ela evoluiu juntamente com a sociedade
buscando contribuir para a confiança de investidores, apoia práticas comerciais sustentáveis,
promove eficiência operacional e transparência dos resultados.

Por fim, importa destacar a sua relevância académica e profissional,a medida em que
ela fornece uma compreensão mais profunda dos custos e da estrutura financeira da empresa,
contribuindo na aquisição de conhecimentos que nos ajudarão quer individualmente e
colectivamene no desenvolvimento de competências e habilidades no processo de gestão, pois
profissionais com conhecimento e contabilidade analítica são esssenciais para uma boa gestão
e sustentabilidade das empresas contribuindo para a maximização dos lucros e a manutenção a
competitividade no mercado.

IV. Objectivo de estudo

a) Objectivo geral: Compreender o impacto da contabilidade analítica na empresa y


nos anos de 2022 e 2023.

b)Objectivos específicos

- Fundamentar teoricamente a importância a aplicabilidade da contabilidade analítica


nas empresas
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- Analisar a aplicação da contabilidade analítica nas empresas
- Apresentar um conjunto de contribuições que visem impactar de forma eficiente a
contabilidade analítica da empresa y nos próximos exercícios económicos.

V. Procedimentos metodológicos

Tipo de abordagem

Quanto ao tipo de abordagem o projecto caracteriza-se como uma pesquisa explicativa.

Segundo Gil (1999), a pesquisa explicativa tem como objectivo básico a identificação dos
factores que determinam ou contribuem para a ocorrência de um fenómeno. É o tipo de
pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois tenta explicar a razão e as
relações

Técnica de Colecta de Dados

VI. Limitação e delimitação do tema

a) Limitação do tema

As limitações que se impuseram a este trabalho, prendeu-se com a exiguidade de tempo


uma vez que o grupo é composto por estudantes com hábitos e costumes diferentes, e não
menos importante a dificuldade na aquisição de mananciais científicos para o suporte teórico,
bem como a identificação e aceitação da entidade que constituisse o estudo de caso, por isso
optou- pela elaboração de uma empresa fictícia, na qual denominamos por y.

b) Delimitação do tema

14
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo tem a necessidade de mostrar a visão dos diferentes autores sobre a razão
da temática, onde inicialmente dar-se-ia ênfase aos aspectos conceptuais, históricos e outros
motivos de interesse para a contextualização do mesmo.

1.1 DEFINIÇÃO DOS TERMOS TÉCNICOS

À referida abordagem é uma necessidade imperactiva de situar os leitores sobre as


terminologias técnicas mais recorrentes na investigação com maior relevância para aqueles
que se configuram na temática central, com referência a visões de estudiosos.

Empresa

De acordo com Maximiano (2006, p.6), empresa “é uma iniciativa que tem o objectivo
de fornecer produtos e serviços para atender a necessidade de pessoas, ou de mercado, e assim
obter lucro”.1

De acordo com Chiavenato (1998, p.23), empresa “é um sistema de actividade


conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas, a fim de alcançar objectivos
específicos”.

Contudo, concluí-se que a empresa é o conjunto de meios que fornece bens e serviços,
com fim de satisfazer as necessidades dos seus colaboradores.

15
Contabilidade

Segundo Marion (2004, p.26-27), a contabilidade é o instrumento que fornece o


máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa.

De acordo com Barros (2002 p.01), a contabilidade é como uma ciência social que
estuda prática e as funções de controle e de registro relativos aos actos e factos da
administração e da economia.

Contudo, concluí-se que a contabilidade é um instrumento de gestão que auxilia na


tomada de decisões, visando proporcionar uma visão mais detalhada e precisa do desempenho
económico e finnceira das empresas.

Contabilidade Analítica

Segundo João Manuel Esteves Pereira (2006, define Contabilidade Analítica, como
operações internas, realizadas no seio da própria empresa e relacionadas com o seu processo
de produção. Apud é o nível das operações elementares que se situam agora os factos a
observar não globalmente como a Contabilidade Financeira, mais sim analítica e
especificamente, de modo a permitir o seu planeamento e controlo.

Para Padoveze (2003), a Contabilidade de Custos é definida como sendo o segmento


da ciência contábil especializado na gestão económica dos custos e dos preços de vendas dos
produtos e serviços oferecidos pelas empresaa.

1.2 RAMOS DA CONTABILIDADE

Á referida abordagem dar-se-a ênfase a divisão da contabilidade. Segundo Fernandes


Gonçalves Neves Manuel (2009, pg.15) a Contabilidade é um instrumento de gestão, então,
em relação ao período de tempo deve-se distinguir:

a) Contabilidade previsional, que basea-se na informação passada, vai quantificar


estimativas da actividade num período futuro, subordinada a regras definidas. É neste âmbito
que são elaborados os orçamentos.

b) Contabilidade histórica, dá-nos a conhecer elementos de factos passados que


permitam o controlo da actividade.

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A primeira divisão da contabilidade refere-se aos espaços da empresa:

a) Espaço interno: são as relações da empresa com fornecedores, clientes, os bancos,


o Estado.

b) Espaço externo: os produtos e serviços que a empresa fabrica e vende, e como são
produzidos.

Assim teremos:

• Contabilidade financeira;

• Contabilidade analítica ou de custos;

• Contabilidade bancária;

• Contabilidade seguros;

• Contabilidade orçamental;

• Contabilidade pública;

• Contabilidade agrícola.

Contabilidade financeira: Regista as operações da empresa com o exterior que


fornece informações sobre a situação económica e financeira.

Contabilidade analítica: Que regista as operações realizadas internamente e visa o


apuramento de custos e proveitos por produto e por departamento.

Contabilidade bancária: Regista as operações bancárias que os bancos estabelecem


com os seus clientes, fornecedores, Estado.

Contabilidade seguros: Regista as operações das empresas seguradoras realizadas


com os seus clientes, fornecedores etc.

Contabilidade orçamental: Regista todas as receitas e despesas, durante um ano por


parte do Estado para fazer face os problemas da população.

Contabilidade pública: Regista todas as operações realizadas nas empresas públicas.

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Contabilidade agrícola: Regista todas as operações realizadas nas cooperativas
agrícolas, fazendas.

1.3 GENERALIDADE DA CONTABILIDADE ANALÍTICA

Neste subtema, abordaremos sobre a evolução histórica da contabilidade analítica


desde os tempos passados até ao dias de hoje e de toda a sua mudança. Só existe uma
contabilidade o resto são técnicas.

CA – Técnica interna

A Contabilidade Analítica é uma técnica de informação de serviço da empresa, é


também considerada um conjunto de instrumentos de gestão que através de cálculos dos
custos, proveitos e análise dos resultados prepara previsões, controla a sua realização, localiza
e explica os desvios e provoca a tomada de decisão.

Também é conhecida como contabilidade de custos, gerencial ou industrial, segundo


Capela (2004,pg.4) é denominada pelos ingleseses como ´´Cost Accounting´´´ou
´´Management Cost´´, é uma área da contabilidade que teve o seu início nos continentes da
Europa e América nos séculos XVIII e XIX, para responder as questões dos avultados custos
que surgiram na época, devido a Revolução Industrial, ao longo desses séculos cinco grandes
etapas marcaram a sua grande evolução.

1° Fase – Idade Média: Durante este período da contabilidade era um sistema de registro de
transações financeiras, neste período não havia distinção entre contabilidade analítica e
contabilidade financeira.

2° Fase – Renascimento: Neste período na Europa com os avanços da Matemática e em


Contabilidade Frei Lucas Paciole inclui mais um novo capítulo sobre a contabilidade de
custos.

3° Fase – Revolução Industrial: Trouxe um aumento significativo na complexidade das


operações comerciais e na necessidade de controlo dos custos. A Contabilidade Analítica
começou a se desenvolver neste período mais extensamente, com mais realce na alocação dos
custos e desempenho empresarial.

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4° Fase – Século XX (20): Nesse século, os métodos utilizados pela Contabilidade Analítica
tornam-se mais sufisticados e este modernismo permitiu uma compreensão mais detalhada e
precisa dos custos e do desempenho empresarial.

5° Fase – Era Digital: Com os avanços da tecnologia de informação e sistema empresarial a


Contabilidade Analítica tornou-se mais integrada permitindo análises em tempo real e uma
tomada de decisão mais ágil.

A Contabilidade Analítica quando surgiu limitava-se apenas nas empresas industriais,


actualmente ela é aplicada a qualquer tipo de empresa independentementeda sua natureza.
Segundo Capela a Contabilidade Analítica pode ser considerada um triângulo que tem três
partes, quer dizer que a Contabilidade Analítica tem três elementos fundamentais, que são: as
matérias-primas, a mão-de-obra e os gastos gerais de fabricação (custos indirectos de
fabricação).

Matérias-primas: são matérias principais e essenciais que entram em maior


quantidade na fabricação do produto, é o elemento base para a produção de bens industriais
intermédios e mercadorias finalizadas.

Mão-de-obra: compreende os gstos com o pessoal envolvido na produção da empresa


industrial, englobando salários, encargos sociais, refeições e estadias, seguros etc. Ela pode
ser directa (trabalhando directamente na produção de um produto) ou indirecta (realizando
actividades não directamente ligado a produção)

Gastos gerais de fabricação: Compreendem os demais gastos necessários para a


fabricação dos produtos, como: aluguéis, energia eléctrica, serviços de terceiros, manuntenção
de fábrica, depreciação, seguros diversos, material de limpeza, óleos e lubrificantes para as
máquinas, pequenas peças para reposição, telefones e comunicações,etc.- Avelino

1.3.1 Objecto e objectivos da contabilidade analítica

Segundo João Manuel Esteves Pereira (2006, pg.11) o objecto da contabilidade


analítica são as operações internas, realizadas no seio da própria empresa e relacionadas com
o seu processo de produção. Por outro lado, é o nível das operações elementares que se situam
agora os factos a observar, não globalmente como na Contabilidade Financeira, mas sim
analítica e específicamente, de modo a permitir o seu planeamento e controlo. No fundo o seu

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objecto de estudo são: os custos, os proveitos e os resultados da empresa de uma forma
analítica e específica.

A Contabilidade analítica como qualquer outro instrumento, visa atigir objectivos, dos
quais se destacam três principais:

1. Calcular os custos: neste objectiivo a contabilidade analítica encarrega-se de:

a) Calcular os os custos dos bens adquiridos ou fabricados;

b) Determinar o valor das existências e dos produtos fabricados;

c) Determinar o resultado analítico por produto, grupo de produtos secções ou divisões da


empresa;

d) Determinar o preço de venda.

2. Controlar os custos: neste objectivo a contabilidade analítica divide a empresa em


centro de trabalho e em cada centro um responsável que assegura a gestão permitendo:

a) Apreciar de modo automático as políticas de cada área a que lhes foram atribuídas;

b) Detectar os pontos fracos e fortes no processo produtivo da empresa;

c) Colocar em prática as políticas de redução e aceleração dos custos;

d) Estabelecer previsões mais precisas.

3. Ajudar na tomada de decisão: neste objectivo a contabilidade analítica aproveita


informações históricas da empresa, para tomar decisões fudamentais e projetar as actividades
futuras, particularmente tem como objectivo:

a) Calcular os custos funcionais dos produtos;

b) Calcular os custos dos meios de produção;

c) Calcular o custo de uma actividade.

1.3.2 Características e finalidades da contabilidade analítica

• Ela é interna (somente para empresa);


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• Opõem-se a rigidez e uniformidade sa contabilidade financeira;

• Examina todas as situações que têm causado desvio em relação ao previsto (acontece
quando controlamos para não haver um desvio);

• Permite o estabelecimento de padrões e previsões.

A contabilidade analítica tem como finalidade fornecer informações necessárias e


suficientes aos gestores para uma racional tomada de decisão relativa ao planeamento e
controlo, permitindo assim a previsão das respectivas consequências económicas. Entre os
múltiplos problemas de gestão que exigem uma opção entre várias alternativas temos:

̶ Comprar ou fabricar?

Deverá a empresa obter pelos seus próprios meios as matérias-primas que utiliza ou
compra-lós?

Deverá a empresa fabricar todos os componentes dos seus produtos ou obter alguns
por intermédio de subcontratos?

Deverá a empresa manter todas as fases da produção ou comprar alguns dos produtos
semiacabados, eliminando algumas fases? Ou deverá a empresa fabricar parte do seu
equipamento ou compra-ló no exterior?- Daniela

1.3.3 Autonomia da contabilidade analítica

Perante a autonomia considerada pela Administração Fiscal a Contabilidade


Financeira para que possa funcionar como meio de prova e de formação exterior, ela é
submetida a determinar regras de ordens jurídica e fiscal que a torna muito limitada em torno
das movimentações das contas, a Contabilidade Analítica , ao contrário da Contabilidade
Financeira não está submetida à qualquer regra externa e goza de uma certa autonomia pode
desenvolver-se total ou parcialmente sem nenhuma rigidez.

Os seus mapas ou quadros podem ser elaborados fora do quadro rígido da


movimentação de contas e podem ser lidos por pessoas sem grande preparação contabilística.

1.4 ELEMENTOS COMPARACTIVOS ENTRE CONTABILIDADE ANALÍTICA E


CONTABILIDADE FINANCEIRA

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Critério de comparação Contabilidade Financeira Contabilidade Analítica

Face à lei É obrigatória É facultativa


Ponto de vista da empresa Global Pormenorizada
Horizonte Passado Presente e futuro
Natureza dos fluxos Externa Interna
observados
Documentos básicos Externa Externa e interna
Classificação dos encargos Por natureza Por destino
Objectivos Financeiro Económico
Regras Rígidas e normativas Flexiveis e evolutivas
Utillizadores Terceiros e a direcção Todos os responsáveis
Natureza da informação Precisa, histórica, Rápida, pertinente,
quantitativa e exacta aproximativa
Princípio subjacente Consistência, uniformidade Relevância e flexibilidade
e viabilidade
Informação sobre a Agregado Segmentado
organização
Forma de registo Formal Informal
Quanto a óptica Financeiro, tesouraria ou Económico ou produtivo
caixa
Fonte: Ausset, Margerin: Comptabilité analytique, édition Sedifor, juin 1981, citado por Louis Dubrulle,
Diddier Jordain e Capela Dombaxin Tepa.

1.5 MULTIPLICIDADE DOS CUSTOS

Neste subtema vamos relatar os custos mais relevantes. Os cutos diminuem o valor do
capital não é uma perda ao valor da compra do bem mais as despesas adicionais de compra.

Segundo Martins (2001) descreve que custo é o esforço financeiro despendido para a
aquisição de um bem ou serviço utilizado na produção de um outro bem ou serviço. Para
Horngren, Faster e Datar (2000,p.19), custos são recursos sacrificados ou de que se abre mão
para um determinado fim.

Custos: compreende os gastos com a obtenção de bens e serviços aplicados na


produção.

Gastos: desembolso à vista ou a prazo para a obtenção de bens ou serviços,


independentemente da sua destinação dentro da empresa.

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Despesas: compreende os gastos decorrentes do consumo de bens e da utilização de
serviços das áreas administrativas, comercial e financeira, que direta ou indirectamente visam
a obtenção de receitas.

Receitas: todo capital que entra na empresa proveniente das actividades da mesma,
como venda de produtos ou serviços, rendimentos de aplicações financeiras.

Para Capela Tepa (2004, pg.23), os custos são determinados segundo o estado do
avanço em que se encontrar o produto a fabricar ou de um um serviço a prestar. O custo pode
ser calculado em cada fase de produção ou no fim do ciclo completo de fabricação.

A tabela abaixo, mostrará a classificação dos custos na óptica de análise:-Gelson

Óptica de Análise Tipos de Custos

Quanto a espécie de custo Material ou tecnológico e custo


monetário

Quanto ao montante despendido Custo total e unitário

Quanto a incorporação dos custos ao Custo do produto e custo do período


produto ou ao período

Quanto a sua origem e destino Custo por natureza e custo por destino

Quanto ao estádio do processo de Custo comercial, custo complexível,


exploração ou configuração dos custos custo completo e custo económico

Quanto a forma de imputação dos custos Custos directos e custos indirectos

Quanto a variabilidade ou grau de Custos variáveis e custos fixos


actividade

23
Quanto ao grau ou momento do cálculo Custos reais ou históricos, custos pré-
do custos determinado ou teóricos.

Fonte: Caderno de Contabilidade Analítica da 12° classe de (2022/2023)

Custos monetários: são aqueles expressos em unidades monetárias.

Custo material ou tecnológico: consiste em apurar o custo de aquisição dos


materiais, custo dos materiais consumidos na produção durante um período, desperdícios,
quebras e produçõs defeituosas, e ainda o custo dos materiais em inventário no fim de um
período.

Custo total: indica a soma de total de todos os gastos relacionados com a produção de
uma empresa, independentemente de onde vêm e se são fixos ou variáveis.

Custo unitário: é o conjunto de custos (fixos e variáveis), a serem imputados a uma


actividade por cada unidade de factor de produçõ utilizada.

Custo do produto: Resulta do somatório de todos os custos e despesas com a


produção e aquisição de produtos.

Custo do período: Representam os custos não incorporados na produção.

Custo por natureza: são os custos visualizados com a sua existência natural, original,
específica ou seja de acordo com os factos que originaram as contas principais de custos.

Custo por destino: são custos visualizados de acordo com a utilização objectiva e
final dos gastos pelas áreas da empresa e pelo produtos.

Custo comercial: são aqueles gastos relacionados com os processos de vendas.

Custo complexível: é aquele que engloba todos os custos, tanto os industriais e os não
industriais.

Custo completo: são os gastos que a empresa realiza até tornar o seu produto pronto
para ser comercializado.

Custo económico: relacionado por uma decisão tanto do custo de alternativa escolhida
como do benefício que se poderia obter com a melhor alternativa.
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Custos directos: são aqueles custos específicos originados por este ou aquele serviço
ou produto, ligados directamente a linha de produção que atribuem-se facilmente valores sem
a necessidade de muitos cálculos, por exemplo: consumo de MP, trabalho dos operários
impultados de forma directa à um serviço ou produto

Custos indirectos: são aquelas despesas que não têm uma ligação tão explícita com os
produtos ou serviços oferecidos, apesar disso eles costumam ser importantes para o
funcionamento da empresa, por exemplo: aluguel, energia eléctrica, mão de obra indirecta.

Custos variáveis: são aqueles que acompanham directamente as alterações ocorridas na


produção ou seja mudam a medida em que a quantidade do bem ou serviço que a empresa
produz muda, sendo maior ou menor consuante o grau de utilização ou aproveitamento do
potencial disponível, por exemplo: consumo de MP, MOD, gastos com combustíveis e
comissões sobre as vendas.

Custos fixos: são aqueles que variam independentemente do volume de produção do


período, isto é, qualquer que seja a quantidade produzida esses custos não alteram, por
exemplo: arrendamento, amortização do imobilizado da empresa, seguros das instalações e
equipamentos, salário do director geral, impostos, outros gastos administrativos ou comercias.

Custos reais ou históricos: são os custos totais realmente incorridos e registados na


realização do trabalho executado durante um determinado período de tempo.

Custos pré-determinado ou teóricos: são aqueles obtidos através de estimativas de


consumos e encargos a incorrer no ciclo produtivo.- Erickson

1.6 A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE ANALÍTICA NA TOMADA DE


DECISÃO

A tomada de decisão dentro de uma empresa é um processo fundamental de escolhas


entre alternativas seja em momentos que a empresa enfrenta um problema ou uma
oportunidade, esta acção tem grande impacto no momento presente e futuro da organização.

De acordo com Pereira e Franco (1987), a Contabilidade Analítica tem como objectivo
fornecer elementos para controlo da gestão, tomada de decisões, e no caso de empresas
industrias para a avaliação das existências finais, com vista ao apuramento dos resultados no
fim dos períodos contabilísticos.
25
O fundamento da CA, é dar informações atempadas e correctas aos gestores que lhes
permitam planificar, controlar e tomar decisões sobre as diversas partes dos seus negócios
complementando a informação mais geral obtida da CF. Podemos dizer que a CA serve para
avaliar minuciosamente todas as possibilidades orçamentárias à partir de suas operações, além
disso é possível garantir que as tomadas de decisão sejem sempre voltadas para o crescimento
e para melhores práticas.

Segundo Capela Tepa (2004,pg.11-12), a importância crescente da Contabilidade


Analítica é visível não só nas empresas industriais, mas também nas empresas de prestação de
serviços onde, como vimos pode ser implementada. A sua importância faz-se sentir
principalmente na tomada de decisão em termos de:

• Redução de custos de fabricação (minimização de custos);

• Aumento da cifra de negócios (vendas e maximização de lucros).

Para além das razões evocadas , que são fundamentais para as empresas industriais e que
pensamos serem as mais importantes, a seguir tem outras razões não menos importantes:

• Determinar o custo das matérias primas, mão-de-obra e gastos gerais de


fabricação: uma secção específica, a fabricação de uma unidade ou várias unidades;

• Determinar os custos unitários de produtos fabricados, tarefa esta que permitirá aos
gestores da empresa decidir sobre a sua minimizção;

• Adequar os preços de venda os custos de produção, apenas é possível conhecendo o


custo unitário e a elaboração de custos padrões;

• Permitir facilitar a preparação de uma série de informações fundamentais para a


tomada de decisão sobre: a comparação períodica das MP, MOD, GGF; a informação
precisa relativa a fugas, desperdícios e tempo perdido; o custo das operações de fabricação e
das máquinas, elemento que permite verificar a variabilidade da capacidade de produção da
empresa; e os custos de distribuição que devem ser utilizados para a determinação dos preços
de custo dos produtos acabados destinados para a comercialização.- Deusa

26
27
CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO PRÁTICA
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

28
CONCLUSÃO

29
SUGESTÕES

30
,REFERÊNCIAS

31
APÊNDICE

32
APÊNDICE Nº 01

(ROTEIRO DA ENTREVISTA: QUESTIONÁRIO ABERTO)

33
APÊNDICE Nº 02

(QUESTIONÁRIO FECHADO)

34
ANEXOS

35
ANEXO Nº 01

36
ANEXO Nº 02

37

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