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Contabilidade e Auditoria

A contabilidade como ferramenta de gestão empresarial nas pequenas e médias


empresas

Universidade Pedagógica

Maputo, Janeiro de 2021


Contabilidade e Auditoria

A contabilidade como ferramenta de gestão empresarial nas pequenas e médias


empresas

Projecto de Pesquisa, a ser apresentado


na cadeira de Trabalho de Culminação
do Curso, para avaliação. Sob
orientação do:

Universidade Pedagógica

Maputo, Janeiro de 2021


Índice

Lista de Siglas....................................................................................................................i

Resumo..............................................................................................................................ii

1. Introdução..................................................................................................................1

1.1. Tema...................................................................................................................2

1.2. Contextualização do Tema..................................................................................2

1.3. Delimitação do Tema..........................................................................................2

1.4. Problema de Pesquisa.........................................................................................3

1.5. Objectivos...........................................................................................................4

1.5.1. Objectivo Geral...........................................................................................4

1.5.2. Objectivos Específicos................................................................................4

1.6. Hipóteses.............................................................................................................4

1.6.1. Hipótese Básica...........................................................................................4

1.6.2. Hipóteses Secundaria...................................................................................4

1.7. Justificativa.........................................................................................................5

2. Revisão da Literatura.................................................................................................6

2.1. A contabilidade...................................................................................................6

2.1.1. Objectivos e o objecto da contabilidade......................................................7

2.1.2. Usuários da contabilidade............................................................................8

2.1.3. Tipos da Contabilidade................................................................................8

2.2. A importância da contabilidade na gestão..........................................................9

2.3. Sistemas de informações...................................................................................10

2.3.1. Sistema de informação na tomada de decisão...........................................10

2.4. Ferramentas fornecidas pela contabilidade a serem utilizadas no processo de


gestão empresarial........................................................................................................11

2.4.1. Demonstrações financeiras........................................................................11


2.5. A contabilidade como instrumento de gestão na tomada de decisão................13

2.6. Pequenas e Médias Empresas (PMEs)..............................................................13

2.6.1. Tomada de decisão....................................................................................14

2.6.2. Instrumentos contabilísticos de decisão....................................................15

3. Metodologia.............................................................................................................16

3.1. Tipo de pesquisa...............................................................................................16

3.2. Método de abordagem......................................................................................17

3.3. Métodos de Procedimentos...............................................................................17

3.4. Técnicas e instrumentos de investigação..........................................................17

3.5. Área (geográfica) da investigação....................................................................18

3.6. Tipo de amostragem (aleatório ou intencional)................................................18

3.7. Procedimentos para a tabulação de dados.........................................................19

3.8. Procedimentos para a análise de dados.............................................................19

4. Considerações Finais................................................................................................20

5. Cronograma..............................................................................................................21

6. Orçamento................................................................................................................21

7. Bibliografia..............................................................................................................22
i

Lista de Siglas

BP – Balanco Patrimonial

CC – Contabilidade de Custos

CF – Contabilidade Financeira

CG – Contabilidade Gerencial

DFC – Demonstração de Fluxo de Caixa

DMPL – Demonstração de Mutações do Património Liquido

DRE – Demonstração de Resultado do Exercício

PMEs – Pequenas e Medias Empresas


ii

Resumo

As mudanças tecnológicas, económicas, entre outras, aumentam o desafio das


organizações diante dessas mudanças. Nesse cenário em que essas organizações estão
inseridas, suas decisões devem ser baseadas em informações confiáveis, como as
geradas pela contabilidade, que permitem a análise e o monitoramento dos resultados,
pois seus relatórios abrangem diferentes níveis hierárquicos e, por essa razão,
funcionam como ferramentas nas tomadas de decisões. A contabilidade destaca se como
ferramenta de gestão empresarial devido a sua função de verificar, apontar e instruir,
contribuindo com a gerência na solução de inconformidades nos processos operacionais.
A contabilidade gerencial é um instrumento de gestão que trabalha juntamente com a
administração da empresa, encontrando maneiras de reduzir os custos, maximizar a
lucratividade e aperfeiçoar o planeamento empresarial, favorecendo não só as
organizações empresariais, mas também os investidores, credores, órgãos públicos, com
as suas informações fidedignas e tempestivas. Sabe-se que a maioria das empresas, em
especial as pequenas e médias, utilizam o conhecimento contabilístico apenas para
facilitar sua regularização quanto às exigências burocráticas dos órgãos públicos ou para
fazer a apuração dos valores de impostos a serem pagos.

Palavras – Chave: Contabilidade; Gestão, Pequenas Empresas; Tomada de Decisão


1

1. Introdução

A economia mundial passou e vem passando por constantes mudanças, desafiando as


organizações a adequarem suas práticas de gestão a novas realidades de mercado. Tais
mudanças vêm ocorrendo no campo tecnológico, político, social, ambiental, económico,
financeiro, entre outros, e neste contexto estão inseridas as micro e pequenas empresas,
sendo elas de grande importância para a economia do Brasil, seja pela capacidade de
geração de empregos ou pelo grande número de estabelecimentos desconcentrados
geograficamente.

Actualmente, gerenciar uma empresa é um grande desafio, pois são constantes as


mudanças sociais, políticas e económicas em nosso país. Além disso, existe ainda a
forte competição no mercado. Com as pequenas empresas não é diferente, são inúmeras
as dificuldades encontradas, desde sua concepção, planeamento até a fase da
consolidação e sobrevivência no mercado.
Para manter-se activo no cenário económico, se faz necessário realizar algumas
mudanças para adaptar-se à realidade e manter a empresa em constante evolução e
obtenção de resultados satisfatórios. É nessa hora que o profissional contábil tem papel
fundamental.
Na visão de Sá (2006), a contabilidade é um sistema que envolve todos os dados e
informações de uma organização ou empresa e tem como um dos objectivos
fundamentais auxiliar os gestores na tomada de decisão a partir de análises de mercado
e demonstrações contábeis.
O sistema de informação contabilístico pode ser conceituado como um componente que
auxilia nas tomadas de decisões, isso porque é capaz de fornecer recursos,
demonstrações, avaliações e análises de natureza económica, financeira e produtiva, que
são de fundamental importância para o bom funcionamento de uma organização.
A contabilidade nesse contexto apresenta uma estrutura que subsidia a tomada de
decisão por parte dos gestores de qualquer empresa independente do seu tamanho; como
uma das principais fontes de informações estratégicas deve ser utilizada na gestão
dessas instituições. São dados essenciais para a projecção de futuras acções. Estimular a
formação de uma inteligência organizacional, implementar uma cultura organizacional e
informacional torne-se preponderante para a sobrevivência dessas instituições e torna-
las mais eficientes. A mudança de mentalidade dos gestores faz-se necessária diante das
2

novas exigências impostas pela globalização, a empresa que define estratégias baseada
em informações tempestivas e fidedignas apresenta grande chance de êxito.

1.1. Tema

A utilização da informação contabilística pode contribuir de maneira decisiva no


gerenciamento de uma empresa, isso porque a contabilidade registra e controla o seu
património, o que proporciona maior possibilidade de a organização manter uma gestão
eficaz. Sendo assim, este trabalho tem como tema: A contabilidade como ferramenta de
gestão empresarial nas pequenas e médias empresas.

1.2. Contextualização do Tema

Através de uma pesquisa aplicada, pretendeu-se analisar como ocorre a troca de


informações entre os escritórios de contabilidade e os empresários, quais seriam estas
informações e, ainda, se auxiliam na tomada de decisões. As pequenas empresas
(PME’s) são hoje uma potência nos quesitos participação no PIB e fomentação do
equilíbrio e igualdade social mas, por serem empresas que apresentam baixo grau de
investimentos estão sob pressão constante quer por capital limitado, concorrência ou
deficit na gestão demonstrando maior vulnerabilidade às oscilações do mercado. A
continuidade das instituições bem como a utilização das informações estratégicas são
linhas paralelas e directamente proporcionais e a ideia de se gerir sem informações
estratégicas é algo inconcebível e de grande risco gerencial.

1.3. Delimitação do Tema

Nesse sentido, o presente trabalho tem por objectivo avaliar a satisfação e a importância
atribuída as informações contabilísticas e sua utilização nos negócios, na visão dos
gestores de micros e pequenas empresas. Metodologicamente, levantou-se informações
via questionário, no intuito de conhecer a utilização, necessidade, satisfação e
importância das informações contábeis para as micro e pequenas empresas visando
conhecer a percepção dos empresários quanto à utilidade e importância da contabilidade
na gestão empresarial. A pesquisa vai ser realizada junto às pequenas empresas do
município de Maputo no ano de 2019 a 2020.
3

1.4. Problema de Pesquisa

Manter uma empresa activa no mercado e com um resultado satisfatório, nos dias
actuais, não está fácil; além da concorrência, as empresas de qualquer porte sofrem com
a carga tributária que incide sobre as actividades, entre diversos outros factores como as
exigências dos órgãos fiscalizadores da segurança (corpo de bombeiros), saúde e meio
ambiente. As actividades de gestão nas pequenas empresas, quase sempre geridas por
pessoas que não possuem uma formação nas áreas da administração, na sua maioria
apresentam decisões tomadas com base na intuição ou experiência do empresário. Esta
forma de gerir o negócio tem sido apontada como um dos factores que contribuem para
que, em muitos casos, algumas empresas encerrem suas actividades antes de completar
um ano de vida.

A contabilidade é um sistema que envolve todos os dados e informações de uma


organização, e tem como um dos objectivos principais auxiliar os gestores nas tomadas
de decisões. Por isso, os profissionais da contabilidade deveriam levar as informações
obtidas pelos recursos desta ciência até seus clientes para auxiliá-los na gestão da
empresa e contribuir para o êxito nas actividades. Com a grande competitividade do
mercado, as empresas precisam ser cada vez mais eficientes na gestão de seus recursos,
somente através de informações precisas e consistentes elas poderão ter esse
embasamento, visando sua continuidade e sobrevivência.

A demanda crescente por transparência nos actos dos gestores públicos começa a se
materializar por meio de normas legais que permitam sanções administrativas, políticas
e judiciais. A contabilidade governamental deve acompanhar esta demanda no sentido
de tornar-se mais evidente, transparente e com a veracidade necessária para que os
demonstrativos contábeis representem a realidade dos fatos ocorridos. Tendo presente a
situação já descrita, este estudo tem como propósito responder ao seguinte problema de
pesquisa:

Quais as informações que os gestores das pequenas empresas utilizam para a tomada
de decisões, e a origem destas informações (se geradas internamente ou fornecidas
pelo escritório de contabilidade)?
4

1.5. Objectivos
1.5.1. Objectivo Geral
 Verificar quais são as informações utilizadas para a tomada de decisões e quais
as informações fornecidas pelos escritórios de contabilidade aos pequenos
empresários.
1.5.2. Objectivos Específicos
 Identificar as informações que os empresários utilizam para a tomada de
decisões;
 Verificar o tipo de informação gerada e fornecida pelo escritório de
contabilidade;
 Verificar se os empresários envolvidos conhecem os relatórios e indicadores que
podem ser fornecidos pela contabilidade, se recebem, analisam e ou gostariam
de receber

1.6. Hipóteses
1.6.1. Hipótese Básica

Muitas pequenas e médias empresas enfrentam problemas de sobrevivência, por


factores como má gerência, carga tributária elevada, e a não utilização de informações
confiáveis como suporte na tomada de decisões.

1.6.2. Hipóteses Secundaria

A informação contabilística pode ser vislumbrada como um importante instrumento


para lidar com problemas de administração de empreendimentos e aqueles que sabem
aplicar a informação disponível da melhor forma tem uma vantagem considerável diante
dos concorrentes.
5

1.7. Justificativa

Através da contabilidade é possível criar as condições necessárias para que o


empreendimento se mantenha e possa alcançar o sucesso, ou seja, é o grande
instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Para uma empresa não basta
apenas sobreviver, é necessário também vislumbrar alguma probabilidade de
crescimento. É nessa hora que o escritório de contabilidade tem papel fundamental, pois
através das informações contábeis fornecidas, o empresário terá um reflexo dos
resultados obtidos em um determinado período.

Desta forma, a justificativa de realizar este trabalho é evidenciar a importância que as


informações contábeis podem assumir junto às pequenas empresas. Por intermédio de
seu trabalho, o contador pode oferecer elementos que permitam administrar de forma
eficaz a empresa, evidenciando as informações contábeis que melhor atendam às
necessidades desta.

Para atingir os objectivos, foi realizada uma pesquisa junto às pequenas empresas,
buscando analisar como e quais as informações que os escritórios de contabilidade têm
disponíveis nos sistemas, como são utilizadas e ainda se auxiliam na tomada de decisão.
Para a Instituição de Ensino, este trabalho contribuirá na sua divulgação na comunidade
e, ainda, para demonstrar o quão importante são as informações contábeis para qualquer
empresa, indiferente de porte ou área de actuação.

Para a académica, serviu para aprimorar o conhecimento sobre o assunto e demonstrar


às pequenas empresas que o apoio de um escritório ou profissional contábil contribui
para o bom desenvolvimento da organização.

A utilização da Contabilidade Comercial como instrumento de gestão de uma


microempresa representa uma importante pesquisa, devido às microempresas, tanto no
aspecto económico quanto no aspecto social. Bem como revelar a ausência ou a
aplicação imprópria de técnicas de gestão, e tornar importante o debate sobre o uso das
ferramentas disponibilizadas pela Contabilidade Comercial como apoio à tomada de
6

decisões para direccionar o empresário, por meio de informações contábeis, para que a
empresa torne-se auto-sustentável.

2. Revisão da Literatura

O presente estudo tem como objectivo trazer uma revisão teórica sobre os principais
tópicos que serão abordados no desenvolvimento da pesquisa. Sendo assim, o
referencial teórico está embasado nas principais bibliografias que abordam assuntos
como contabilidade geral, Sistemas de Informações Contábeis, contabilidade como
ferramenta de gestão, a importância das informações contábeis, entre outros.

2.1. A contabilidade

O surgimento da contabilidade é muito antigo, tão antigo quanto a própria história da


civilização, e tem evoluído de acordo com as necessidades do homem e de seus
negócios. Gradativamente a contabilidade se transforma numa fonte de informações, na
medida em que pode facultar a qualquer momento o conhecimento da situação da
empresa e o andamento dos seus negócios.

Segundo (MARION, 2009, p. 28), A contabilidade é o instrumento que fornece o


máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é
muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem as decisões. Com o
passar do tempo, o governo começa a utilizar-se dela para arrecadar impostos e a torna
obrigatória para a maioria das empresas

É possível perceber que a contabilidade é uma ciência fundamentalmente utilitária, pois


tem como propósito o fornecimento de informações para o planeamento e controle,
evidenciando informações referentes à situação patrimonial, económica e financeira de
uma empresa.

De acordo com BERTI (2011), a contabilidade pode ser realizada para pessoa física ou
pessoa jurídica que exerça actividade económica. Sua função é fornecer informações
quantitativas e qualitativas sobre o estado patrimonial dos agentes económicos.

A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões.


Na verdade, ela colecta todos os dados económicos, mensurando-os monetariamente,
7

registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados que


contribuem sobremaneira para a tomada de decisões (MARION, 2009).

SZUZTER et al. (2013) definem contabilidade como a ciência que tem por objectivo
medir para poder informar os aspectos quantitativos, qualitativos do património de
quaisquer entidades.

Segundo IUDÍCIBUS (2009, p. 10), a Contabilidade “pode ser conceituada como o


método de identificar, mensurar e comunicar informação económica, financeira, física e
social, a fim de permitir decisões e julgamentos adequados por parte dos usuários da
informação”. Desta forma, entende-se que a contabilidade estuda os fenómenos
ocorridos no património das organizações, por meio do registro, classificação,
demonstração, análise e interpretação desses fatos e oferece a informação e orientação
necessárias para a condução dos assuntos gerais no tocante à administração de uma
organização.

Com a finalidade de assegurar seu controle e fornecer aos seus gestores as informações
necessárias à acção administrativa, bem como aos proprietários do património e demais
pessoas com ele relacionadas, as informações sobre o estado patrimonial e o resultado
das actividades desenvolvidas pela organização para alcançar os seus fins, MARION
(2009 a, p. 28)

2.1.1. Objectivos e o objecto da contabilidade

Segundo PADOVEZE (2010, p. 30), “o Património compreende o conjunto de bens,


direitos e obrigações de uma entidade”.

A Contabilidade tem o património das organizações como seu objecto de estudo e o seu
objectivo é mostrar (aos interessados – os seus usuários) como e quais os factores
causaram suas mutações.

O objectivo da contabilidade é fornecer um conjunto de relatórios financeiros para


usuários indeterminados com relação à riqueza ou transacções económicas da empresa”.

A Contabilidade, com seu sistema de escrituração dos fatos ocorridos na organização,


pode ser considerada como um banco de dados, sendo matéria-prima para a informação,
pois dados, por si só, são de pouca relevância, mas, quando estruturados, podem se
transformar em informação, que, por sua vez, se processada adequadamente pela
organização, resulta em conhecimento, combustível necessário no processo decisório.
8

O objectivo principal da Contabilidade “é o de permitir a cada grupo principal de


usuários, a avaliação da situação económica e financeira da entidade, num sentido
estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras”.

2.1.2. Usuários da contabilidade

A Contabilidade sempre esteve ligada à gestão da riqueza, pois desde o início da


civilização o homem sempre teve preocupação com sua riqueza. Para sobreviver, por
exemplo, buscou cercar-se de bens materiais que julgava necessário para perpetuar sua
espécie e, com sua evolução ao longo do tempo, passou a ter necessidade de
informações a respeito dessa riqueza que acumulava e gastava, pois o mundo passou a
se estruturar em torno disso.

2.1.3. Tipos da Contabilidade


2.1.3.1. Contabilidade de Custos

A contabilidade de custos, segundo o professor Correia (2001), é uma parte da


contabilidade financeira voltada para a apuração dos gastos ocorridos, no sentido de
apurar resultados em qualquer actividade física ou mental do homem, quer com seus
recursos pessoais, quer mediante a utilização de outros meios. Utiliza os mesmos
mecanismos da contabilidade financeira, porém dá ênfase aos problemas de
classificação dos custos, bem como ao seu controle (BERTI, 2007, p. 19).

Segundo PADOVEZE (2010, p. 317), “o gerenciamento contábil específico trata das


técnicas de custeamento dos produtos, contabilização e controle dos custos e
informações rotineiras e gerenciais para a tomada de decisão”.

A contabilidade de custos nos apresenta um painel geral dos principais conceitos que
norteiam todo o ferramental técnico, como custeamento dos produtos, controle e tomada
de decisão (PADOVEZE, 2010).

2.1.3.2. Contabilidade gerencial

De acordo com PADOVEZE (2010, p. 38), “a contabilidade gerencial é relacionada


com o fornecimento de informações para os administradores; isto é, aqueles que estão
dentro da organização e que são responsáveis pela direcção e controle de suas
9

operações”. Trata-se do processo de identificar, medir, acumular, analisar, preparar,


interpretar e comunicar informação que ajude os gerentes a cumprir os objectivos
organizacionais.

A contabilidade financeira, foi desenvolvida para atender as exigências de fora e de


dentro da organização, tais como de accionistas, sócios, investidores, bancos,
fornecedores, clientes e a sociedade.

“A contabilidade gerencial pode ser contrastada com a contabilidade financeira que é


relacionada com o fornecimento de informações para accionistas, credores, e outros que
estão de fora da organização” (PADOVEZE, 2010, p. 38).

A Contabilidade gerencial é o processo de identificar, mensurar, relatar e analisar as


informações sobre os eventos económicos da organização. ATINKSON (2008, p. 36)
confirma ao relatar que, “recentemente, a informação contábil gerencial expandiu-se
para envolver uma informação mais subjectiva, como mensuração da satisfação do
cliente, capacidade do funcionário e desempenho de novos produtos.”

Contabilidade Gerencial: voltada para fins internos, procura suprir os gerentes de um


elenco maior de informações, exclusivamente para a tomada de decisões. Diferencia-se
das contabilidades já abordadas, pois não se prende aos princípios tradicionais aceitos
pelos contadores. O profissional que exerce a Contabilidade Gerencial também é
conhecido como controller (MARION, 2009 b, p.30).

2.2. A importância da contabilidade na gestão

De acordo com PADOVEZE (2004, p. 89), a função contabilística na empresa e,


consequentemente, sua grande importância, implica um processo de acompanhamento e
controle que perpassa todas as fases do processo decisório e de gestão e, seguramente,
as etapas do planeamento.

Assim como existem diferentes tipos de decisões económicas, há muitos tipos de


informações contabilísticas.

A contabilidade gerencial, a contabilidade financeira e a contabilidade fiscal, fornecem


as informações mais utilizadas no mundo dos negócios (SZUSTER et al., 2011, p. 22).
10

A contabilidade gerencial fornece informações essenciais segundo as quais as empresas


são efectivamente geridas”; ela destina essas informações a pessoas dentro da
organização.

A contabilidade gerencial visa dar suporte aos tomadores de decisão. Nesse sentido,
podem-se separar as informações geradas pela contabilidade gerencial em dois grandes
grupos: as informações relativas à avaliação de desempenho económico / financeiro e as
informações relativas ao desempenho de produtos e serviços.

2.3. Sistemas de informações


Segundo (PADOVEZE, 2010, p. 30), Sistema pode ser definido como um complexo de
elementos em interacção. Em outras palavras, sistema é um conjunto de elementos
interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo
unitário e complexo. Como uma resultante do enfoque sistémico, o todo deve ser mais
que a soma das partes. Na era da informação, as empresas estão percebendo que o
sucesso ou fracasso depende cada vez mais de como gerenciam e usam as informações.
De acordo com GONÇALVES e RICCIO (2009) apud PADOVEZE (2010), a
contabilidade tornou-se mais do que simplesmente registrar, resumir e informar os
aspectos financeiros das operações comerciais. Ela transcende essas funções à medida
que se infiltra na organização e simbioticamente há o estabelecimento da política da
delegação de responsabilidade, o estabelecimento dos controles internos e do
planeamento com a determinação dos resultados desejados e de mecanismos de controle
e desempenho. Esta é uma das razões pelas quais se afirma que o sistema de
informações contábeis se aproxima bastante dos sistemas de informação da própria
organização.

2.3.1. Sistema de informação na tomada de decisão

A função contábil e o sistema de informação são fundamentais para o sucesso de uma


organização, pois ambos auxiliam os gestores para a tomada de decisão.

Segundo MOSCOVE, SIMKIN e Nancy (2002) apud PADOVEZE (2010), as empresas


estão notando cada vez mais que existe uma necessidade de integrar suas funções em
um banco de dados, pois essa integração permite que os gerentes e, até certo ponto, os
interessados externos obtenham as informações de que necessitam para o planeamento
11

da tomada de decisões e controle seja para marketing, seja para contabilidade ou outra
área funcional da organização.

De acordo com PADOVEZE (2010), para o sistema auxiliar na tomada de decisão, ele
deve ser dinâmico, flexível, possuir interacção homem/máquina, suporte e auxílio nas
previsões sobre o futuro. Deve ter como relevância o suprimento de informações para
promover a eficácia operacional e decisória. A informação contabilística só será útil se
atender as necessidades dos usuários. E sua utilidade varia de acordo com o usuário,
com o processo de decisão a ser adoptado, bem como o comportamento daquele em
relação ao uso das informações.

2.4. Ferramentas fornecidas pela contabilidade a serem utilizadas no


processo de gestão empresarial

O principal objectivo da Contabilidade é prover seus usuários internos e externos de


informações úteis e em tempo hábil, sendo o grande instrumento que auxilia a
administração a tomar decisões e o faz através de relatórios que expõem resumida e
ordenadamente os dados colhidos (MARION, 2009 b, p. 41). Entre os relatórios
contábeis, os mais importantes são as demonstrações financeiras.

2.4.1. Demonstrações financeiras

As demonstrações financeiras, são de vital importância no que tange à sobrevivência


das empresas, visto que possibilitam uma visão global da situação da empresa para que
pontos específicos que necessitem de maior atenção sejam descobertos e trabalhados. A
contabilidade não interessa apenas aos administradores da entidade (empresa,
organização). Vários são os grupos de pessoas que têm interesse nas demonstrações
contábeis, por isso, é muito importante que os relatórios sejam apresentados aos
interessados de maneira resumida e ordenada, para poder auxiliá-los nas tomadas de
decisões.

Segundo o PGC NIRF, ‘as demonstrações financeiras são uma representação monetária
estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transacções
realizadas por uma entidade no período findo nessa data.

O objectivo das demonstrações financeiras de uso geral é fornecer informações sobre a


posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que
12

são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As


demonstrações financeiras também mostram os resultados do gerenciamento, pela
Administração, dos recursos que lhe são confiados.

2.4.1.1. Elementos das Demonstrações Financeiras


2.4.1.1.1. Balanco patrimonial (BP)

Segundo (SZUSTER et al., 2011, p. 37), O balanço patrimonial evidencia a situação


patrimonial da entidade em determinado momento, ou seja, apresenta a estrutura
patrimonial como uma fotografia dos bens, direitos e obrigações de uma entidade em
determinada data. Demonstra como o património da entidade está aplicado – activo e
como esse mesmo património está sendo financiado – passivo e património líquido.

2.4.1.1.2. Demonstração do Resultado de Exercício (DRE)

Segundo (SANTOS et al., 2006, p. 48), A demonstração do resultado do exercício


destina-se a evidenciar a formação do resultado do exercício, mediante confronto das
receitas, custos e despesas incorridas no exercício”

2.4.1.1.3. Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)

Segundo BERTI (2011), a demonstração do fluxo de caixa é uma demonstração


contabilística que faz parte do balanço geral da empresa e tem como objectivo principal
a demonstração de fluxo de caixa elaborado a partir das demais demonstrações,
evidenciando as actividades operacionais, de investimento e de financiamento.

A DFC pode ser apresentada de forma directa (onde são demonstrados todos os
recebimentos e pagamentos que concorreram para a variação das disponibilidades) e de
forma indirecta (onde são feitos ajustes ao lucro líquido através do valor das operações
de receitas ou despesas, possuindo semelhanças à Demonstração de Origens e Aplicação
de Recursos).

2.4.1.1.4. Demonstração das alterações do capital próprio

A Demonstração das Mutações do Património Líquido (DMPL) é uma demonstração


completa e abrangente, já que evidencia a movimentação de todas as contas do
património líquido durante o exercício social, inclusive a formação e utilização das
reservas não derivadas do lucro. Evidencia a movimentação de diversas (todas as)
contas do PL ocorrida durante o exercício.
13

Assim, todo acréscimo e toda diminuição do Património Líquido são evidenciados por
essa demonstração, bem como a formação e utilização das reservas (inclusive aquelas
originadas por lucro).”

2.5. A contabilidade como instrumento de gestão na tomada de decisão

A Contabilidade, caracterizando-se por registrar todas as transacções da corporação,


constitui um grande banco de dados. Esses dados são matérias-primas da informação;
portanto, não basta possuí-los, é necessário que eles sejam tratados de forma estruturada
tecnicamente para que gerem informações úteis e representem um instrumento gerencial
no processo decisório corporativo.
Segundo MARION (2009 a, p.29): “Evidentemente, os gerentes (administradores) não
são os únicos que se utilizam da Contabilidade. Os investidores (sócios ou accionistas),
ou seja, aqueles que aplicam dinheiro na empresa estão interessados basicamente em
obter lucro, por isso se utilizam dos relatórios contábeis, analisando se a empresa é
rentável; os fornecedores de mercadoria a prazo querem saber se a empresa tem
condições de pagar suas dividas; os bancos, por sua vez, emprestam dinheiro desde que
a empresa tenha condições de pagamento; o governo quer saber quanto de impostos foi
gerados para os cofres públicos; outros interessados desejam conhecer melhor a situação
da empresa: os empregados, os sindicatos, os concorrentes, etc.”.
Com as informações da Contabilidade, o gestor passa a ter melhores condições de
avaliar seu negócio, considerando prováveis situações futuras. Essas informações
podem determinar acções planeadas, considerando diversas situações e cenários,
aumentando a possibilidade de sucesso da organização. Assim podemos entender que o
tomador de decisão está inserido em uma situação problema, pretende alcançar
objectivos, tem preferências pessoais e segue estratégias para alcançar resultados. Assim
o gestor, em posse das informações contábeis, age na sua gestão com maior consciência,
prevendo os possíveis resultados das medidas administrativas no processo de tomada de
decisão.
2.6. Pequenas e Médias Empresas (PMEs)

De acordo com PADOVEZE (2010), as empresas são constituídas por e com diferentes
objectivos, que, de forma geral, relacionam-se à produção e venda de produtos,
mercadorias e/ou serviços.
14

De acordo com PADOVEZE (2010), não existe critério único para definir micro ou
pequenas empresas. Essas diferenças de classificação ocorrem não somente de país para
país; também entre regiões de um mesmo país e entre órgãos governamentais ou não,
como os bancos de desenvolvimento e particulares ou instituições de apoio.

A classificação pode ser feita tanto levando-se em conta o pessoal que emprega, quanto
o facturamento. Essa diversidade de conceitos decorre, basicamente, por serem distintos
os objectivos e a finalidade das instituições que os enquadram.

As PME’s apresentam características bem peculiares, em geral apresentam uma


administração pouco profissional com seus gestores focados totalmente na parte
operacional do negócio.

Essa exclusividade dá-se pelo motivo de que o gestor é o executor das operações da
entidade reduzindo o tempo gasto no planeamento e aplicação de estratégias ligadas ao
desempenho da empresa. A falta de conhecimento de técnicas matemáticas e de
planeamento levam estes gestores a confiar somente em sua intuição.

Segundo PELEIAS (2011, p.286), em pequenas e médias empresas, por razões como a
profissionalização da gestão elementar, a baixa disponibilidade tecnológica e a cultura
organizacional embrionária, a contabilidade societária pode cumprir o papel de
gerencial. Sabendo disto, a empresa pode implantar uma contabilidade que atenda as
duas funções. Isso seria possível em empresas desse tipo, devido a alguma razões como:

 A existência do controle e registro contábil tempestivo;


 A criação e manutenção e um banco de dados com informações sobre o
património e os resultados da empresa;
 A realização dos fechamentos mensais, seguidos da preparação, apresentação e
análise dos relatórios contábeis e controles operacionais;
 A existência de um sistema de custos integrado e coordenado com a
contabilidade societária;
 A leitura e análise dos relatórios gerados apoiadas por um contabilista.

No nosso país empresas de pequeno e médio porte têm dificuldade para se firmar, o que
justifica o fato de muitas empresas serem constituídas anualmente, porém muitas
desaparecerem antes de completar cinco anos.

2.6.1. Tomada de decisão


15

A tomada de decisão é um processo decisório pelo qual são escolhidas soluções para
problemas, decisão entre alternativas para acções, novos investimentos, estratégias a
serem seguidas, entre outras decisões acerca da empresa.

Tomada de decisão, segundo Oliveira (2004), nada mais é do que a conversão das
informações em acção, assim sendo, decisão é a acção tomada com base na apreciação
de informações. Decidir é recomendar entre vários caminhos alternativos que levam a
determinado resultado.

Segundo CHIAVENATO (2004, p. 254) tomar decisões é identificar e seleccionar um


curso de acção para lidar com um problema específico ou extrair vantagens em uma
oportunidade.

Também conforme CHIAVENATO (2004, p. 255) processo decisório é o caminho


mental que o administrador utiliza para chegar a uma decisão. O tomador de decisão
deve analisar as condições do ambiente em que está inserido, pois o ambiente influencia
profundamente o processo decisório.

Segundo PADOVEZE (2009, p.27), o processo decisório compreende as fases de


planeamento, execução e controle da entidade, de todas suas áreas e actividades que
exerce. Ainda segundo PADOVEZE (2009, p.30). o processo de tomada de decisão
ocorrer em três grandes etapas, que são: o exame do problema, o desenvolvimento de
cursos de acção e a implementação da decisão.

Seguindo tais conceitos, será verificado de que forma é feito o processo decisório nas
empresas pesquisadas e se as informações contábeis servem como uma base confiável
de dados para a tomada de decisão.

2.6.2. Instrumentos contabilísticos de decisão

Através da contabilidade é possível obter instrumentos que facilitam a tomada de


decisão por parte do gestor. Para o estudo em questão é de suma importância entender o
conceito de custo e despesa, a fim de entender o gerenciamento de caixa das empresas.
Segundo CARDOSO et al (2007, p.22) custo é “um gasto relativo ao consumo de
recursos (bem ou serviço) utilizados na produção de outros bens e serviços”. Já despesa
é “um gasto relativo a bem ou serviço consumido directo ou indirectamente para
obtenção de receitas, manutenção da empresa e remuneração do capital de terceiros”.
16

Outro instrumento muito útil para o processo de tomada de decisão é o mix de produtos,
que de acordo com Cardoso et al (2007, p.135) é a análise do conjunto de produtos
comercializados e produzidos pela empresa através da formação de um lote de produtos
conforme sua margem de contribuição unitária e não cada produto isoladamente.

3. Metodologia

O estudo para a pesquisa consiste na avaliação da cadeira de Trabalho de Culminação


do curso da seguinte analise: A contabilidade como ferramenta de gestão empresarial
nas pequenas e médias empresas, tem impacto no processo de tomada de decisão para
diversos empresários. Este trabalho constitui-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada
através de uma monografia. Sendo assim, descrevemos alguns conceitos. Segundo
[CITATION GAL861 \p 18 \l 2070 ]“conhecer é estabelecer uma relação entre a pessoa que
se conhece e o objecto que passa a ser conhecido”.

De acordo com BEUREN (2006), entende-se por método um caminho a ser seguido no
sentido de designar medidas e mecanismos como o objectivo maior de obter respostas
para os questionamentos de estudo. Neste, foram descritas as formas e os métodos
utilizados na elaboração do trabalho, além de proporcionar ao leitor a forma de
aplicação desta pesquisa.

3.1. Tipo de pesquisa

Diante das particularidades da contabilidade, o tipo de pesquisa vem subdividido em


três categorias: quanto à abordagem do problema, abrangendo a pesquisa qualitativa e
quantitativa; quanto aos procedimentos e meios; e quanto aos fins.

Para chegar ao resultado final deste trabalho, foi utilizado o método qualitativo e
quantitativo. Qualitativo, pois foi feito um levantamento de dados através de uma
pesquisa, com a finalidade de analisar a interacção de certas variáveis, sem o intuito de
17

obter números como resultados, mas sim possíveis caminhos que poderão auxiliar na
tomada de decisão da empresa. Já quantitativo, porque possui alguns aspectos
abordados sob a óptica quantitativa e se referem às características das empresas e de
seus administradores.

Segundo [CITATION And07 \l 2070 ]; Pesquisa Qualitativa esta relacionada no


levantamento de dados sobre motivação de um grupo, em compreender e interpretar
determinados comportamentos, a opinião e as expectativas dos indivíduos de uma
população.

Pesquisa bibliográfica, Segundo [CITATION MAR \p 23 \l 2070 ], é a que se efectua para se


resolver problema ou adquirir conhecimentos a partir de consultas a livros, artigos,
jornais, entre outros. Tem como objectivo recolher, seleccionar, analisar e interpretar as
contribuições teóricas já existentes sobre determinado assunto.

3.2. Método de abordagem

A abordagem do trabalho será de certa forma indutiva e dedutiva, pois a partir das
amostras e investigações a serem feitas, pode – se tirar conclusões sobre a importância
da contabilidade no desenvolvimento das pequenas empresas.

Segundo[CITATION LAK061 \p 86 \l 2070 ] , Método Indutivo é um método responsável


pela generalização, isto é, partimos de algo particular para uma questão mais ampla,
mais geral.

O método dedutivo, de acordo com o entendimento clássico, é o método que parte do


geral e, a seguir, desce ao particular. A partir de princípios, leis ou teorias consideradas
verdadeiras e indiscutíveis, prediz a ocorrência de casos particulares com base na lógica.

3.3. Métodos de Procedimentos

Para a realização do trabalho vai se recorrer o método monográfico, comparativo a fim


de apurar vários factos sobra a tributação do imposto.

Método Monográfico é aquele que é feito através de um trabalho de investigação


científica e crítico sobre os conhecimentos existentes sejam eles já publicados ou não. É
formada por um conjunto de actividades integradas, com uma unidade metodológica,
visando alcançar determinados objectivos claramente definidos. [ CITATION MAR \l 2070 ]
18

Método Comparativo, consiste no confronto entre elementos, levando em consideração


seus atributos. Promove o exame dos dados a fim de obter diferenças ou semelhanças
que possam ser constatadas, e as devidas relações entre as duas. [ CITATION LAK061 \l
2070 ]

Método Tipológico aquele onde o pesquisador compara fenómenos sociais e complexos,


criando tipos ou modelos ideais, construídos a partir de análises de aspectos essenciais
do fenómeno. (Max Webel citado por [CITATION MAR \p 23 \l 2070 ]

3.4. Técnicas e instrumentos de investigação


Nesse estudo foi utilizado o método primário, pois a fonte utilizada foi a opinião dos
sócios das pequenas empresas, através de questionário aplicado. Para a realização desse
trabalho serão usados livros, monografias, outras informações serão encontradas através
de uma pesquisa de campo e serão usados documentos digitais. Eis as possíveis técnicas
de investigação que o nosso trabalho girara em torno:

 Colecta documental
 Observação Directa

Para [CITATION LAK061 \p 86 \l 2070 ] , a observação directa é uma técnica de colecta de


dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados
aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver ou sentir, mas também em examinar
os factos ou fenómenos que se deseja estudar.

De acordo com Marconi e Lakatos (2006:92), a entrevista é um encontro entre duas


pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado
assunto, mediante uma conversação de natureza profissional.

Conforme ANDRADE (2007), o questionário consiste em colocar a um conjunto de


inquiridos, geralmente, representativo de uma população, uma série de perguntas
relativas a sua situação social, profissional ou familiar, as suas opiniões, a sua atitude
em relação a opções ou a questões humanas e sociais, às suas expectativas, ao seu nível
de conhecimento ou de consciência de um acontecimento ou de um problema, ou ainda
sobre qualquer outro ponto que interesse aos investigadores.

Segundo Lakatos e Marconi (2001), os dados podem ser classificados em primários e


secundários. Os dados primários podem ser colectados de arquivos e registros junto à
19

própria empresa. Já os dados secundários são em geral de obras literárias e pesquisas


fora do ambiente das organizações empresariais.

Nesse estudo foi utilizado o método primário, pois a fonte utilizada foi a opinião dos
sócios das pequenas empresas, através de questionário aplicado.

3.5. Área (geográfica) da investigação


A fonte para a pesquisa foi a opinião dos sócios das empresas do município da cidade de
Maputo, através de questionário.

3.6. Tipo de amostragem (aleatório ou intencional)


A amostragem do trabalho será intencional. De acordo com Marconi e Lakatos
(2006:112), a amostra intencional apresenta-se como representativa do universo.
Entende-se por sujeito-tipo aqueles que representam as características típicas de todos
os integrantes que pertencem a cada uma das partes da população.

A amostragem aleatória é um método de selecção dos elementos da amostra, em cada


um deles tem uma probabilidade igual (e não nula) de ser seleccionada do universo.

3.7. Procedimentos para a tabulação de dados

Concluída a colecta de dados, o passo seguinte foi analisar e interpretar os mesmos.


Neste processo, o objectivo constitui-se em organizar sistematicamente os dados (de
forma que possibilitem o fornecimento de repostas ao problema em questão), que
podem ser representados por tabelas, gráficos ou quadros (LAKATOS; MARCONI,
2010).

O tratamento deste assunto se deu pela análise do questionário, conforme apêndice A do


trabalho. O objectivo foi colectar as informações, classificar, codificar, organizar e
resumir os dados obtidos de maneira a possibilitar, por meio de raciocínio, as
conclusões obtidas nas empresas.

A pesquisa foi realizada com os administradores das Pequenas e Médias Empresas


(PMEs).

Para a tabulação de dados da pesquisa terá o uso de questões fechadas com respostas
simples, tabulação de dados com questões fechadas com respostas de escolha múltipla e
questões abertas com respostas simples e respostas de escolha múltipla.
20

Para ANDRADE (2007); a Tabulação é a padronização e codificação das respostas


obtidas através dos instrumentos de colecta de dados. É a maneira ordenada de dispor os
resultados numéricos para facilitar a leitura e análise. Tabulação de questões fechadas
com respostas simples, o pesquisado só pode dar uma resposta. Assim, o número de
respostas é igual ao número de pesquisados. Tabulação de questões fechadas com
respostas múltiplas, o pesquisado pode indicar mais de uma alternativa como resposta.

3.8. Procedimentos para a análise de dados

A análise de dados da seguinte pesquisa foi feita através de observação. Para Marconi e
Lakatos ﴾2006:88﴿ a observação directa é uma técnica de colecta de dados para
conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da
realidade. Não consiste apenas em ver ou sentir, mas também em examinar os factos ou
fenómenos que se deseja estudar.

4. Considerações Finais

Toda e qualquer actividade necessita de instrumentos que possibilitem um


gerenciamento adequado dos recursos existentes para o seu pleno desenvolvimento.
Assim, a necessidade de instrumentos de controle e mensuração se torna evidente
orientando, não somente a forma como a actividade pode ser desenvolvida, mas também
a projecção de sua continuidade e seu planeamento futuro.

A boa gestão financeira constitui a pedra angular do sistema empresarial e é vital para a
saúde económica da empresa. Sua principal aliada é a contabilidade que surge dentro
das organizações como importante instrumento de gestão, disponibilizando informações
gerenciais que colaborem para a própria actuação do gestor.

A Contabilidade, comumente chamada Contabilidade Financeira, é o instrumento que


fornece o maior número de informações para embasar as decisões que precisam ser
tomadas dentro da organização. Por se tratar de uma ciência que estuda os fenómenos
patrimoniais que ocorreram na empresa, identificando, colectando, registrando e
mensurando essas informações em forma de relatórios, possibilita uma visão ampla dos
21

acontecimentos ocorridos, permitindo julgamentos adequados por parte dos usuários


dessas informações.

Dessa forma, a Contabilidade Gerencial permite um melhor controle sobre os elementos


que influem directamente na empresa, como as decisões sobre aquisições, contratações,
investimentos etc., havendo a possibilidade de controles mais efectivos, além de
planeamentos mais consistentes que permitam ao gestor uma visão mais ampla sobre o
desenvolvimento de suas acções e o impacto que causam na empresa.

Sua finalidade é suprir os usuários internos da empresa com um maior número de


informações focadas no processo de tomada de decisões, a fim de embasá-los com
informações adequadas, pertinentes e reais da situação da empresa. A Contabilidade
Gerencial pode assim, atender com maior consistência às necessidades dos gestores por
informação, pelo fato de constituir-se num verdadeiro banco de dados sobre a
movimentação económica e financeira da organização.

5. Cronograma

Etapa Data
Início Fim
Planificação 10 de Novembro de 2020 20 de Novembro de 2020
Recolha de dados 20 de Novembro de 2020 10 de Dezembro de 2020
Análise de dados 10 de Dezembro de 2020 10 de Janeiro de 2021
Redacção do relatório 10 de Janeiro de 2021 20 de Janeiro de 2021

6. Orçamento
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Bens e Serviços usados Quantidade Valor Total

Transporte semi colectivo 1100,00 1100,00


Alimentação 2400,00 2400,00
Material didáctico (lápis, canetas, 3000,00
folhas A4, borrachas, correctores)
Impressão 500,00
Digitação 1000,00
Internet 500,00
Total 8500,00

7. Bibliografia

ANDRADE, Maria Margarida. (2007). Introdução à Metodologia do Trabalho


Científico, 8ª Edição, São Paulo, Editora Atlas.

ATKINSON, Anthony A et al. (2011). Contabilidade Gerencial. 3ªed. Atlas, São


Paulo.

BERTI, Anélio. (2011). Contabilidade Geral: noções do sistema contábil. 2. ed. Juruá,
Curitiba.

CARDOSO, Ricardo Lopes et al. (2007). Contabilidade Gerencial: Mensuração,


Monitoramento e Incentivos. 1ª ed. Atlas, São Paulo.

CHIAVENATO, Idalberto. (2004). Administração nos novos tempos. Elsevier, Rio de


Janeiro.

GALLIANO, Alfredo Guilherme. (1986). O método científico: teoria e prática. São


Paulo: Harbra.

GIL, António Carlos. (1999). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo:
Atlas.
23

IUDÍCIBUS, Sérgio de. (2009). Contabilidade Gerencial. 6. ed. Atlas, São Paulo.

LAKATOS, Maria eva, MARCONI, Andrade da Marina. (2006). Técnicas de Pesquisa,


6 a Edição, São Paulo.

MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2009 a.

MARTINS, Gilberto de Andrade. (1990). Manual para elaboração de monografias:


trabalhos académicos, projectos de pesquisa, relatórios de pesquisa, dissertações, São
Paulo, Editora Atlas.

PADOVEZE, Clóvis Luís. (2009). Controladoria Estratégica e operacional. 2ª ed.


Cengage Learning. São Paulo.

PELEIAS, Ivam Ricardo (Org.). (2011). Contabilidade Gerencial. 1ª ed. Atlas. São
Paulo.

SANTOS, José Luis dos et al. (2006) Contabilidade geral. 2. ed. Atlas, São Paulo.

SZUSTER, Natan et al. (2011) Contabilidade Geral: introdução à contabilidade


societária. 3. ed. Atlas, São Paulo.

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