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UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA

FACULDADE DE ECONOMIA

O USO DA CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE


APOIO À GESTÃO DE PEQUENAS EMPRESAS

APRESENTADO POR:

Filipe Marcolino Cangombe

ORIENTADOR:

Lic. João dos Santos Velho

Benguela, 2012

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UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA
FACULDADE DE ECONOMIA

O USO DA CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE APOIO


À GESTÃO DE PEQUENAS EMPRESAS. (CASO: EMPRESA
FIMARCA & FILHOS, LDA)

Apresentado por:

Filipe Marcolino Cangombe

Orientador: Lic. João dos Santos Velho

Monografia apresentada como


exigência para conclusão do Curso
de Licenciatura em Economia,
Especialidade de Contabilidade e
Auditoria.

Benguela, Outubro de 2012

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PENSAMENTO

“Aqueles que se enamoram da prática sem a ciência, são como o navegador que entra no
navio sem timão ou bússola, que jamais têm certeza de onde se vai. Sempre a prática
deve ser edificada sobre a boa teoria.”.

(Leonardo Da Vinci)

3 iii
DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia aos meus pais Filipe Marcolino e Ana luís Filipe, aos meus
filhos Sinídio Filipe Marcolino e Sara Piriquito Cangombe, aos meus sobrinhos, irmãos
e a minha esposa.

4 iv
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por tudo que fez e tem feito por nós;

Agradeço a minha família pelo companheirismo e apoio que têm me dado;

Agradeço ao meu orientador professor Lic. João dos Santos Velho, pelo apoio e forte
incentivo para prosseguir com o estudo de um caso real que me possibilitou a excelente
oportunidade de aliar teoria à prática;

Agradeço ao gestor da empresa Fimarca & Filhos, Lda. pelas informações que forneceu-
-me para a prossecução deste trabalho pois, sem elas seria impossível concluir;

Agradeço ao meu amigo e irmão Aldírio Ndonvala pelo apoio na elaboração deste
trabalho, aos professores da Faculdade de Economia da U.K.B e aos que indirectamente
me apoiaram;

A todos a minha perpétua gratidão.

v
5
RESUMO

O presente trabalho é um contributo para o conhecimento e desempenho de gestores e


contabilistas de pequenas empresas e presentear estudantes e profissionais da área,
informações úteis. O mesmo se justifica pelo facto de algumas pequenas empresas não
possuírem contabilidade organizada, facto que pode interferir no desenvolvimento
destas mesmas empresas. É intitulado “o uso da contabilidade como ferramenta de
apoio à gestão de pequenas empresas (caso: Empresa Fimarca & Filhos Lda) ”. Tem
como problema de investigação: Que relevância tem o uso da contabilidade organizada
na gestão da empresa Fimarca & Filhos Lda? Para o efeito, foi definido como objectivo
geral: Demonstrar a relevância do uso da Contabilidade organizada na Gestão da
empresa Fimarca & Filhos Lda. Para o alcance dos objectivos foram utilizados métodos
teóricos e empíricos entre os quais destacam-se o dedutivo-indutivo, analítico sintético -
pesquisa bibliográfica, matemático – estatístico, observação, inquérito por questionário
e entrevista. De um modo geral, realça-se que a contabilidade é uma grande e
importante ferramenta de apoio a empresa, pois dela depende a tomada de decisão de
gestão.

Palavras-chave: contabilidade organizada, gestão, empresa, tomada de decisão.

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ÍNDICE

PENSAMENTO…………………….………………………………………………...iii
DEDICATÓRIA.………………………………………………………………………iv
AGRADECIMENTOS…………………………………………………………………v
RESUMO………………………………………………………………………………vi
ÍNDICE………………………………………………………….…………...………..vii

LISTA DE GRÁFICOS……………………………………………………………......iv

INTRODUÇÃO……… ………………...………………………………..…………..10

CAPITULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................15

1.1. Definições e conceitos de termos – chave……………………………………16

1.2. Evolução da empresa………………………………………………….,.…….17

1.2.1- Objectivos das empresas……………..…...……...…………………………18

1.2.2- Classificação de empresas quanto a sua dimensão…………………………19

1.2.3- Problemas frequentes nas empresas……………......………………………20

1.3. Contabilidade como ferramenta de gestão empresarial…………..……………..20

1.3.1- Evolução histórica da contabilidade………..…….………………...………24

1.3.2- Objectivos da contabilidade………………..……….………………………28

1.3.3- Tipos de contabilidade…………….………………………………………..28

1.3.4- Princípios contabilísticos geralmente aceites…………...………………….30

1.4. Factores que impedem alguns gestores de empresas usarem a contabilidade como
ferramenta de apoio à gestão…………………………………………………………32

1.5. Relevância do uso da contabilidade organizada na gestão de empresas…….….33

CAPITULO II - APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS


RESULTADOS OBTIDOS………….……………………………………………….36

2.1. Resultados do guião de observação da estrutura organizacional da empresa..…37

2.2. Apresentação, análise e discussão dos resultados da entrevista ao gestor da


empresa.......................................................................................................................38

7
2.3. Apresentação, análise e discussão dos resultados do inquérito aos caixas da
empresa...……………………………………………..………………………...40

2.4. Apresentação, análise e discussão dos resultados do inquérito aos chefes de


produção ………………………..……………………………………….……….…..45

CONCLUSÕES…….……….…………………………………………………………53

RECOMENDAÇÕES...………………….……………….…………………………...54

BIBLIOGRAFIA …..…………...………..…………….……………………………..55

ANEXOS

Anexo I - Guião de observação;


Anexo II - Guião de entrevista aplicado ao gestor da empresa;
Anexo III - Guião de inquérito aos caixas;
Anexo IV - Guião de inquérito aos chefes de produção;
Anexo V - Organigrama da empresa;
Anexo VI - Quadro e tabelas de resultados;
Anexo VII - Fotografias.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico1. Qual é a sua formação académica?..................................................................30

Gráfico 2. Tem alguma formação profissional na área em que trabalha?.......................31

Gráfico 3. Registas todos os movimentos que ocorrem na tua área?..............................31

Gráfico 4. À quem forneces os registos feitos por ti?.....................................................32

Gráfico 5. Na tua opinião, qual é o estado económico e financeiro da empresa?..........33

Gráfico 6. Acha que a empresa possui uma contabilidade organizada?..........................33

Gráfico 7. Acha que a contabilidade é importante para o gestor e a empresa de modo


geral?...............................................................................................................................34

Gráfico 8. Tem tido informações sobre o estado económico e financeiro da empresa?.35

Gráfico 9. Possui alguma formação profissional na área em que trabalha?....................36

Gráfico 10. Como chefe de produção tem sido fácil gerir os seus auxiliares?................36

Gráfico 11. Qual é o seu ponto de vista sobre o actual estado económico e financeiro da
empresa?..........................................................................................................................37

Gráfico 12. Registas todos movimentos que ocorrem na tua área?.................................38

Gráfico 13. A quem forneces os registos feitos por ti?...................................................39

Gráfico 14. Qual é a frequência da prestação de informações ao gestor?.......................39

Gráfico 15. Que avaliação faz sobre o estado de gestão da empresa?.............................40

Gráfico 16. Tens tido informações sobre o resultado líquido do exercício (lucro

ou prejuízo)? ………………………………………………………...……………..…..41

Gráfico 17. A empresa tem contabilidade organizada? ………………………………..41

Gráfico 18. Achas que uma contabilidade organizada é importante para a gestão

e à empresa em geral? ………………………………………………………..………..42

iv

9
INTRODUÇÃO

A contabilidade é uma ferramenta indispensável para a gestão de negócios, ela é muita


antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões. Com o passar do
tempo as autoridades governamentais, principalmente aquelas que têm a incumbência
de propiciar arrecadação de impostos, começaram a utilizá-la para aumentar a
arrecadação e torná-la obrigatória para todas as empresas.

Na análise da realidade face a legislação do país, é imperativo a utilização de


conhecimentos da área de contabilidade a fim de decifrar, conceituar e interpretar
informações contabilísticas relevantes existentes na empresa, com o objectivo de
apresentar as mesmas que possibilitem a tomada de determinadas decisões.

A gestão de entidades é um processo complexo e amplo, que necessita de uma adequada


estrutura de informações - e a contabilidade é a principal delas.

A boa gestão do património de uma organização constitui o garante de seu sucesso, num
mundo competitivo como o de hoje. Os gestores de empresas levam a cabo a sua
actividade apoiando-se em métodos e técnicas específicas (instrumentos) à cada área de
actividade (Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Produção, Gestão de Stocks,
Gestão Financeira, etc.) e o mesmo acontece com a área financeira, cuja gestão deve
apoiar-se na informação contabilística. (Borges, p.19)

A Gestão e Contabilidade, são informações que se completam. O sistema contabilístico


proporciona aos gestores e também aos usuários externos uma visão geral da
organização. Nele as informações produzidas pelos outros sistemas são expressas em
termos financeiros, tornando possível desenvolver uma estratégia para atingir os
objectivos do empreendimento. Assim, precisa-se da contabilidade por se constituir
num importante instrumento de gestão para que a tomada de decisão seja eficaz dentro
da empresa. (Rosa e Santos, p.2)

O gestor, com o apoio de instrumentos gerenciais, passa a ter melhores condições de


conduzir a empresa, considerando cenários e condições diferenciadas para a mesma,
podendo, assim, evitar a efectivação de acções inadequadas ou que não produzam os
efeitos almejados.

As Pequenas Empresas, pela sua própria estrutura, precisam ainda mais de instrumentos
gerenciais relevantes, para que o gestor possa ter um grau maior de segurança em suas

10
decisões, e possa realizar acções compatíveis com a demanda existente dentro da
organização, medida que pode ser vital para que a entidade possa manter-se actuante,
assegurando sua continuidade, mesmo havendo oscilações externas. Nesse contexto, os
instrumentos gerenciais servem de amparo para as empresas, preparando-as, em certa
medida, para enfrentar o cenário económico existente.

Daí a ideia de debruçar-se sobre o tema: o uso da contabilidade como ferramenta de


apoio à gestão de pequenas empresas (caso: Empresa Fimarca & Filhos, Lda).

A escolha do tema além de contribuir para o leque de conhecimento e desempenho de


gestores e contabilistas de pequenas empresas e presentear estudantes e profissionais da
área, informações úteis, prende-se com o facto de algumas pequenas empresas não
possuírem contabilidade organizada e preocuparem-se apenas em determinar o imposto
de selo e industrial à pagar. Estudar-se-á o caso da empresa Fimarca & Filhos, Lda. que
apesar da mesma estar no mercado desde 2009, ainda não ter feito trabalho de fim de
exercício até a data do inquérito, o que leva a aferir que a gestão desta empresa não se
baseia em contabilidade organizada ou seja não faz uso das informações resultantes da
contabilidade para tomada de decisões.

Quando a contabilidade é encarada como mera burocracia para atendimento


governamental, perdem-se informações relevantes que podem definir o
desenvolvimento da empresa, ou seja a sua continuidade ou não no mercado.

A contabilidade fornece informações económicas e financeiras para tomada de decisões


coerentes na gestão de uma empresa.

Outra razão da escolha do presente tema, prende-se com o facto de que, as obras
científicas a respeito do assunto em causa ainda serem escassas no nosso mercado,
defendendo a realização de trabalhos concernente a importância da contabilidade na
tomada de decisão na gestão de pequenas empresas. Assim, o presente trabalho tem por
finalidade demonstrar a relevância do uso da contabilidade organizada na gestão de
pequenas empresas (caso: empresa Fimarca & Filhos, Lda).

Face a situação levantada, formulou-se o seguinte problema de investigação:

Que relevância tem o uso da contabilidade organizada na gestão da empresa Fimarca &
Filhos Lda?

Em função do problema levantado elaborou-se as seguintes questões de investigação:

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1. Que fundamentos teóricos realçam a contabilidade como ferramenta de apoio a
gestão de pequenas empresas?
2. Qual é o estado actual da gestão da empresa Fimarca & Filhos, Lda.?
3. Que factores estão na base da empresa Fimarca & Filhos Lda., não possuir uma
gestão baseada em contabilidade organizada?
4. Que vantagem pode ter uma gestão baseada em contabilidade organizada?

Variáveis

 Contabilidade organizada, uso das informações, tomada de decisões, gestão objectiva


e menos empírica, controlo do património da empresa, apuramento do resultado das
actividades, prestar informações credíveis aos usuários, avaliação da situação
patrimonial e do desempenho do gestor.

O objecto de estudo é à Gestão da Empresa Fimarca & Filhos, Lda.

Traçaram-se os seguintes objectivos:

Geral – Demonstrar a relevância do uso da Contabilidade organizada na Gestão da


empresa Fimarca & Filhos, Lda.

Específicos:

 Fundamentar o enquadramento teórico do tema.

 Diagnosticar o estado actual da gestão da empresa Fimarca & Filhos, Lda.

 Caracterizar os factores que estão na base da empresa Fimarca & Filhos Lda. não
possuir uma gestão baseada numa contabilidade organizada.
 Descrever as vantagens de uma gestão baseada numa contabilidade organizada.

Quanto aos procedimentos metodológicos, salienta-se que, o tipo de pesquisa utilizada


neste estudo é a pesquisa Exploratória descritiva, porque:

– Proporciona maior familiaridade com o problema; permite levantamento bibliográfico


ou entrevistas; permite Pesquisa bibliográfica ou estudo de caso; os factos são
observados, registados, analisados, classificados e interpretados;

–Permite fazer o uso de técnicas padronizadas de colecta de dados (questionário e


observação sistemática) (Rodrigues, 2007:3-4).

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Segundo Gil, as pesquisas exploratórias têm como principal objectivo desenvolver,
esclarecer e modificar conceitos e ideias de formulação de problemas mais precisos e
hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. (op cit Mascarenhas, 2011:131).

Os métodos de abordagem para esta investigação são:

 Indutivo, que segundo Mascarenhas (2011) a cadeia de raciocínio estabelece


conexão ascendente, do particular para o geral. Permitiu efectuar inferências sobre
determinados resultados colhidos no campo.
 Dedutivo, segundo a mesma autora (2011:36) a cadeia de raciocínio estabelece
conexão descendente, do geral para o particular, leva à conclusão.
 Observação – permitiu identificar o problema em questão bem como a estrutura
funcional da empresa.
 Análise-Síntese – a análise dos dados permite confrontá-la com a abordagem
teórica. A síntese é a descrição da forma como serão analisados os dados da
pesquisa. Mascarenhas (2011). O método de análise permitiu analisar as teorias em
volta do problema para resolvê-lo e a síntese é que conduzirá ordenadamente o
pensamento, começando pelos aspectos mais simples e culminar com os mais
complexos, em uma sequência natural de complexidade crescente.
 Pesquisa Bibliográfica – Procura explicar e discutir um tema com base em
referências teóricas publicadas em livros, revistas, etc. Mascarenhas (2011).
Possibilitou conhecer e analisar as contribuições científicas sobre o tema ou
problema a ser estudado.
 Matemático estatístico – método que implica em números, percentuais, análises
estatísticas, probabilidades e é empregado nas pesquisas quantitativas. Ajudou na
utilização de gráficos e apresentações analítica das tendências dos fenómenos
pesquisados. Mascarenhas (2011).

Colecta de dados: Os dados colectados são do tipo primário e secundário. As


ferramentas de colecta para os dados primários são o inquérito por questionário e a
entrevista e secundários, os documentos da empresa.

A população afecta a esta investigação correspondem a treze (13) trabalhadores da


empresa em causa, sendo 7 masculinos e 6 femininos.

A amostra compreende: o gestor, dois caixas, três chefes de produção.

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A relevância da investigação do ponto de vista teórico, este trabalho reveste-se de um
leque de informações ligadas à contabilidade como ferramenta de apoio à gestão de
pequenas empresas.

Do ponto de vista prático, vem atender a necessidade da gestão da empresa em causa,


baseando-se na contabilidade, por forma a possuírem fundamentos coerentes nas suas
acções tendo em conta os factos patrimoniais que acontecem dentro da organização e
consequentemente elevarem o seu desempenho. Uma vez implementadas essas
informações, servirão de documento para auxiliar a empresa Fimarca & Filhos, Lda. a
ter uma gestão baseada numa contabilidade organizada.

O presente trabalho de fim de curso para além desta Introdução que descreve as linhas
orientadoras, bem como os procedimentos utilizados na investigação, comportará os
seguintes capítulos:

 CAPÍTULO 1 - refere-se a fundamentação teórica, onde serão abordados vários


aspectos ligados as definições e conceitos, as empresas, a contabilidade como
ferramenta de apoio à gestão, factores que impedem os gestores usarem informações
vinda da contabilidade e por último a relevância do uso da contabilidade.
 CAPÍTULO 2 - faz menção a apresentação, análise e discussão dos resultados
obtidos.
Por último, apresentar-se-ão as conclusões, recomendações, bibliografia e o corpo de
anexos.

14
CAPITULO I

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

15
1.1. Definições e conceitos de termos - chave

Contabilidade - Contemporaneamente, é um poderoso instrumento do gestor,


permitindo que as decisões a serem tomadas a cada momento da vida da empresa sejam
correctamente justificadas. Assim alguns autores e estudiosos da contabilidade
definiram-na como:

“A contabilidade é a ciência do património” (Masi, op, cit Magro e Magro, 2008:17).

“ A contabilidade é a ciência do equilíbrio patrimonial, que se preocupa com todos


acontecimentos que possam influenciar e por isso identifica, selecciona, analisa e
promove medidas, processos, avaliação e comunicação de dados, facilitando a tomada
de decisão” (Rocha, op, cit Magro e Magro, 2008:17).

“A contabilidade tem por objecto o conhecimento do património de qualquer empresa


no seu tríplice aspecto: quantitativo, qualitativo e valorativo, e em qualquer momento da
sua existência, e por fim a análise da situação económica e financeira da respectiva
empresa, para racional orientação da sua administração” (Amorim op, cit Magro e
Magro, 2008:17).

Ferramenta - Segundo Vaza e Amor (2008), definem ferramenta como sendo, aquilo
que permite realizar ou executar alguma coisa.

No caso específico da contabilidade como ferramenta permitirá a gestão da empresa


realizar ou executar as suas acções tendo em conta a real situação económica e
financeira da empresa.

Apoio - Segundo Vaza e Amor (2008), definem apoio como sendo, tudo o que serve
para apoiar, base, encosto, fundamento, suporte.

No caso específico da contabilidade como ferramenta de apoio permitirá a gestão da


empresa ter base ou fundamentos das decisões implementadas e/ou a serem executadas
tendo em conta a real situação económica e financeira da empresa.

Gestão: é uma ciência tipicamente humana, em que se pretendem alcançar os objectivos


definidos para a empresa, utilizando de uma forma racional os recursos humanos,
materiais e financeiros que foram colocados à sua disposição.” (Lousã, 2010:13)

Teixeira (2005:3), define a Gestão como sendo um processo que visa obter resultados
(bens e ou serviços) com o esforço dos outros.

16
Empresa - Segundo Cotta (op. cit. Henriques e Leandro, 2008:124), define a empresa
como um conjunto de factores de produção reunidos sob a autoridade de um indivíduo
(empresário) ou de um grupo, com o objectivo de realizar um rendimento monetário
através da produção de bens ou serviços.

Lauzel, define empresa como sendo, um agrupamento humano hierarquizado que


mobiliza meios humanos, materiais e financeiros para extrair, transformar, transportar e
distribuir produtos ou prestar serviços e que, atendendo a objectivos definidos por uma
direcção (pessoal ou colegial), faz intervir nos diversos escalões hierárquicos as
motivações do lucro e da utilidade social. (op, cit Lousã, 2010:14).

Soares, (2010:111) define empresa como conjunto de actividades colectivas e


organizadas, regidas por um centro regulador, com a função de adaptar constantemente
os meios disponíveis escassos aos objectivos pré-determinados, tendo em vista a
produção de bens e serviços.

1.2. Evolução da empresa

A primeira associação económica surgida, desde que o homem se sedentarizou, foi a


família. Não a família nuclear dos nossos dias, mas a família extensa ou alargada, que se
dedicava à agricultura, explorando a propriedade familiar através de técnicas rotineiras:
Obtinha assim a sua subsistência, utilizando o excedente para obter alguns bens que não
produzia, através da troca directa.

Nas diversas civilizações da Antiguidade (Mesopotâmia, Egipto…) já existiam muitas


unidades económicas e embora divergissem em certos aspectos, alguns havia em
comum. Por exemplo, os templos, para além de lugar de culto, funcionavam, não só
como sede dos governos, mas também como armazéns e bancos e como locais de troca.
Eram, assim, os principais centros da actividade económica.

Na Grécia, grandes cidades surgiram como centros agrícolas e comerciais. E, a par de


pequenas empresas familiares, existiam também grandes empresas que utilizavam,
sobretudo, trabalho escravo.

Em Roma existiram grandes e bem organizadas empresas, tendo-se desenvolvido os


bancos e a actividade cambista. O comércio externo atingiu grandes proporções.

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Na Idade Média, com o crescimento das cidades, assiste-se ao desenvolvimento do
artesanato, estando os artesãos organizados nas corporações de artes e ofícios.

Com a expansão marítima irão surgir as grandes companhias que vão estar na base do
comércio marítimo – portuguesas, espanholas, mas sobretudo holandesas e inglesas.

Como já sabemos, a Revolução Industrial operou uma profunda transformação na


sociedade. As mudanças técnicas e tecnológicas, então verificadas, implicaram
alterações a nível da organização da produção, com o recurso a energia em larga escala
e à necessidade de concentração. Surge a empresa capitalista - a fábrica – que vai reunir
capital e trabalho, sob a autoridade de um empresário, tendo em vista a obtenção de
lucro. Henriques e Leandro (2008, p.125-126).

1.2.1- Objectivos das empresas

Segundo Teixeira (2005:24), qualquer organização é composta por duas ou mais


pessoas, que interagem entre si, através de relações recíprocas, para atingirem
objectivos comuns.

Essencialmente, são três as razões que explicam a existência das organizações:

 Razões sociais: as pessoas são seres gregários e organizam-se pela necessidade


de relacionamento com outras pessoas;
 Razões materiais: o desenvolvimento da actividade de uma organização conduz
ao aumento de habilidade na execução das tarefas, à redução do tempo
necessário para alcançar um objectivo, à acumulação de conhecimento e ao
conhecimento acumulado e armazenado para passagem aos vindouros;
 Efeitos de sinergia, isto é, o efeito multiplicador da actividade dos seus
membros.
Diz-se que existe sinergia quando duas ou mais causas produzem – actuando
conjuntamente – um efeito maior do que a soma dos efeitos que produziriam
actuando isoladamente.

As empresas distinguem-se das demais organizações sociais pelas seguintes


características: são, em regra, orientadas para o lucro, assumem riscos, são geridas
segundo uma filosofia de negócios e como tal reconhecidas pelos governos e pelas
outras organizações que com elas lidam, e são, geralmente, avaliadas sob um ponto de
vista contabilísticos.

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A empresa é criada para desenvolver uma certa actividade económica, que pode ser de
natureza agrícola, industrial, comercial ou prestação de serviços. Ela deve definir os
objetivos gerais que pretende alcançar a longo prazo, ou seja, sua missão, aonde quer
chegar, e estabelecer a ordem de importância e prioridade em uma hierarquia de
objetivos, uma vez que, segundo Henriques e Leandro (2008:125), dizem, seja qual for
a sua actividade, a empresa vai, através da sua organização, procurar a melhor utilização
possível dos factores de produção (meios humanos, materiais e financeiros), com o fim
de dar origem a um fluxo de produtos ou serviços, cuja venda no mercado lhe garante
um lucro.

É de referir que esta característica de lucro pode não ser o objectivo final de certo tipo
de empresas - as empresas públicas e as cooperativas. Enquanto as últimas visam,
fundamentalmente, o interesse de um grupo de indivíduos (os cooperadores), as
primeiras visam o interesse geral da colectividade.

1.2.2- Classificação de empresas quanto a sua dimensão

Segundo, Henriques e Leandro (2008), não existe um critério rigoroso e uniforme


internacionalmente aplicável para esta classificação, dependendo da legislação de cada
país. Tem-se em regra, em consideração o Valor das vendas anuais, o Número de
trabalhadores e o Volume do capital social.

De acordo com a Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas (LMPME), cujo regime
foi aprovado pela Lei n.º 30/11, 13 de Setembro, que entrou em vigor no dia 2 de
Janeiro de 2012 em Angola, estabelece os critérios identificativos das MPME: o número
de trabalhadores efectivos e o volume de facturação bruta anual, sendo que este último é
o critério determinante e prevalecente. Determinando os actuais limites, que se seguem:

 Microempresa: as entidades com um máximo de 10 trabalhadores e/ ou uma


facturação bruta anual não superior a USD 250 mil,
 Pequenas empresas: as entidades que empreguem entre 10 e 100 trabalhadores e/ou
com facturação anual entre USD 250 mil e USD 3 milhões.
 Médias empresas: as entidades que empreguem entre 100 e 200 trabalhadores e/ou
com facturação anual entre USD 3 milhões e USD 10 milhões. (Santo e Costa,
2012:1)
 Entende-se que as Grandes empresas, são entidades que empreguem mais de 200
trabalhadores e/ou com facturação anual superior a USD 10 milhões.

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1.2.3- Problemas frequentes nas empresas

O registo contabilístico é importante para, entre outros aspectos, analisarem-se as causas


que levam um grande número de médias e pequenas empresas a fecharem suas portas
prematuramente.

Geralmente, tem sido frequente nas empresas a constatação de problemas tais como os
seguintes:

1. As vendas cíclicas

2. A concorrência

3. Formação de preços errada

4. Custos fora de controlo

5. Deficiente negociação com fornecedores e clientes

6. Falta de capital de giro próprio

7. Stocks mal dimensionados

8. Maquinaria obsoleta

9. Prazo de venda e de compra desfasados

10. Mão-de-obra em desacordo com as necessidades, (Sousa, 2007:19/22)

1.3. Contabilidade como ferramenta de gestão empresarial

Apresentar hoje a contabilidade como técnica de registo dos factos patrimoniais


passados, é limitar o seu campo de análise e consequentemente deixar de lhe atribuir
uma característica importante: a de constituir uma poderosa ferramenta de gestão.

Presentemente, às empresas não interessa apenas o registo histórico dos factos


patrimoniais. A previsão do futuro é um facto relevante na gestão moderna, assente nos
dados fornecidos pela contabilidade.

Assim, com o desenvolvimento das técnicas de gestão foi-se operando uma mudança
gradativa no conceito tradicional da contabilidade. A contabilidade já não é entendida
apenas como um elemento de simples recolha e interpretação dos dados históricos. É,
além disso, uma técnica para apoio à gestão futura.

20
De facto, a gestão moderna, não se limita a recordar o passado e a conhecer o presente.
Torna-se cada vez mais necessário identificar expectativas para o futuro, planear a
actividade, estabelecer objectivos, mediante uma prévia selecção entre as diversas
alternativas possíveis. Ora, o estabelecimento destas opções exige elementos que as
fundamentem. Os dados da contabilidade constituem um importante auxílio no
fornecimento desses elementos. Além disso, após a selecção dos objectivos, há
necessidade de os quantificar para estabelecer o controlo, sem o qual, não teriam
significados. Também é sabido que a tributação é na maioria dos países, lançada sobre o
lucro real das empresas. Daqui, advém a necessidade de a contabilidade ser efectuada
por forma a facilitar a aplicação das normas e dos preceitos fiscais, para que assim os
valores apresentados mereçam credibilidade e agilizem o processo de apuramento e
controlo dos impostos e contribuições. (Borges, Rodrigues e Rodrigues, 2007:32-33)

O sistema contabilístico abrange o processo de registo dos eventos económicos com a


principal finalidade de organizar, resumir informações que possam ser consultadas a
qualquer tempo e que forneçam o perfil económico em um determinado período ao
longo do ciclo de vida da empresa.

É considerando os tipos de informações desejada pelos administradores e outros


tomadores de decisão, à luz das normas e práticas contabilísticas admitidas pela
legislação de cada país, que os contabilistas desenham seus sistemas contabilísticos. No
entanto, qualquer que seja o sistema contabilístico utilizado, o que na verdade importa é
o conteúdo informacional que ele fornece em determinado tempo oportuno.

Mas, para que sirva de respaldo às tomadas de decisão e produza o efeito desejado, ela
deve também experimentar um processo de interpretação em termos financeiros, o que
amplia o conteúdo dessa informação.

Reiterando os conceitos já expostos, a contabilidade é essencial na tomada de decisão


porque identifica onde, como e quando o dinheiro ingressou e foi gasto na empresa,
registando, ainda, os compromissos que foram feitos. Dentro dessa perspectiva e através
da avaliação de desempenho da empresa, pode-se ter uma apreciação sobre as
implicações financeiras de escolher um plano de acção em vez de outro. A
Contabilidade, ainda, ajuda a dirigir a atenção aos problemas actuais, assim como às
oportunidades, e auxilia a prever os efeitos futuros das decisões tomadas.

21
É importante entender que as decisões devem ser tomadas antes, durante e depois que os
eventos económicos ocorrem, quando é possível conhecer o desempenho da empresa e,
então, compará-lo ao esperado. Assim, o processo decisório a que nos referimos
acontece no contexto do sistema contabilístico. Os múltiplos eventos económicos, mais
tarde são sintetizados nas demonstrações financeiras, as quais, por sua vez, precisam ter
uma identidade conferida pelas assinaturas dos responsáveis, como os contabilistas e o
representante legal da organização, para que, dessa forma, os usuários externos tenham
uma documentação formal do desempenho financeiro da empresa e, com isso, estejam
em possibilidade de, mediante um conjunto de informações, tomar decisões acertadas.

Para que se tenha um melhor panorama do processo de decisão, é importante elaborar


uma pequena lista com abrangência dos tomadores de decisão que de alguma forma
tenham interesse na empresa, e das decisões que eles possam tomar, (Salazar e
Benedicto, 2004:2-3). Para tanto, e em termos práticos, podemos apreciar, no quadro a
seguir:

Quadro 1 - Possibilidade de decisões a serem tomadas.

TOMADORES DE DECISÃO DECISÕES

Sócios da empresa Aumentar ou reduzir seus investimentos

Aumentar o capital social ou emprestar


fundos

Gestores de organizações Expansão ou redução das operações.

Comprar à vista ou a prazo.

Instituições financeiras Conceder ou não empréstimo. Limites


específicos de empréstimo

Clientes Manter ou não a empresa que fornece os


produtos.

Fornecedores de produtos ou e/ ou serviços Conceder ou não crédito, em que valor e a


que prazo.

22
Investidores Comprar, manter ou vender o capital a
investir ou investido na empresa.

Trabalhadores Manter-se ou não na empresa.

Governo e seus departamentos Regulamentar ou não as actividades das


empresas. Determinar as políticas de
tributação. Aumentar ou não a distribuição
de recursos.

Público Interessar-se ou não trabalhar na empresa

Fonte: Sistematizado a partir da ideia de Salazar e Benedicto, 2004:4.

Vista a importância da informação em todo e qualquer processo de tomada de decisão,


temos obrigatoriamente que associá-la a uma apurada elaboração das demonstrações
financeiras.

Para que as demonstrações financeiras relativas a cada exercício económico possam ser
apresentadas, há a necessidade de elaboração de um relatório da gestão sobre as
actividades da empresa durante esse período. O relatório deve fornecer informações
complementares sobre a empresa, consistentes com o conteúdo das demonstrações. Essa
é uma forma adequada de relacionar as medições contabilísticas com a gestão da
empresa.

Assim, o relatório anual da gestão e as demonstrações financeiras, além de transmitir


informação relevante sobre as actividades da empresa, constrói a sua imagem perante os
usuários dessa informação (Salazar e Benedicto, 2004:5).

Os contabilistas medem os resultados financeiros das actividades de uma empresa e os


reportam na forma de demonstrações financeiras. Os gestores, pois eles são
remunerados para gerar lucros aos investidores. Para tanto, utilizam as demonstrações
financeiras como referência. Da mesma forma como um jogador de futebol é julgado e
pode ser recompensado com base em sua média de golos e outras medidas de
desempenho, os gestores de empresas também são avaliados com base nos resultados
reflectidos pelas demonstrações financeiras – evidentemente, nos resultados associados
às decisões tomadas por eles e, portanto, de sua responsabilidade. De facto, muitas

23
empresas pagam bonificações adicionais aos gestores, baseadas nos resultados das
demonstrações financeiras do período.

Por isso, é através das demonstrações financeiras que os gestores predizem os efeitos de
suas decisões e actuam visando ao aumento dos valores ali demonstrados.

A contabilidade de uma empresa pode ser considerada a sua coluna vertebral e também
um instrumento importante para conhecer o que aconteceu e o que está acontecendo
nela. Não há possibilidade de tomarmos decisões que conduzam ao sucesso se a acção
da empresa não for registada, pois isso impossibilitará identificar o motivo que levou a
empresa ao sucesso ou ao fracasso. Não é sem razão que as principais perguntas que os
tomadores de decisão fazem sobre o sucesso financeiro de uma empresa são respondidas
pelos contabilistas com o uso das principais demonstrações financeiras, a saber:

 balanço;
 demonstração do resultado do exercício;
 demonstração das origem e aplicações de recursos;
 demonstração dos fluxos de caixa, entre outras.

Para avaliar a saúde financeira de qualquer empresa, deve-se, primeiramente, analisar a


informação contabilística fornecida nas demonstrações e, depois, compará-la com as do
seu sector e com o contexto económico do país. (Salazar e Benedicto, 2004:5-8)

1.3.1- Evolução histórica da contabilidade

Período empírico (6.000 a. C. a 1494)

Produzir, contar, e trocar são próprios da natureza humana.

Desde sempre, o homem foi um agente produtor e transformador da Natureza, que logo
foi obrigado a resolver o problema da contagem e que, cedo, se apercebeu das vantagens
da troca.

Por outro lado, havemos de considerar a limitada capacidade da memória do homem,


que o obrigou a tomar nota ou registar os factos relacionados com a sua actividade,
enquanto um inato sentimento de propriedade o levava a valorizar o resultado dessa
mesma actividade. Assim, deste conjunto de actividades, faculdades e sentimento,
nasceu espontaneamente a contabilidade.

24
A História da Contabilidade é tão antiga quanto a história da própria civilização. Ela
surgiu 6.000 anos a.C. dos povos Sumero-Babilônicos, Feníncios, Egípcios, Gregos,
Cretenses, Romanos, etc.

Mas, embora a técnica de registo se tenha aperfeiçoado progressivamente,


acompanhando a crescente complexidade das trocas, a verdade é que, até 1494, a
contabilidade teve um caracter empírico, que se caracterizou pela ausência da
sistematização dos registros e pela ausência dos estudos de natureza científica e
metodológica, ou seja foi essencialmente prático, não ultrapassando o registo simplista e
incompleto da realidade económica observada. (Lima, 2005:1)

Período científico

 Fase legalista (de 1494 a 1920)

A fase científica da contabilidade inicia-se em 1494, com o aparecimento da obra


Summa de arithmética, geometria, proportioni et proportionalita no seu capítulo
tractatus XI de computis et scripturis, do italiano Frei Luca Pacioli na cidade italiana de
Veneza.

Nesta obra se descreve, pela primeira vez, o célebre princípio das “ partidas dobradas”
que veio revolucionar a técnica contabilística, possibilitando aos mercadores um melhor
conhecimento da sua situação financeira, muito especialmente das suas dívidas a
receber e a pagar.

No entanto, as informações fornecidas pela contabilidade da época estavam dominadas


por preocupações de ordem jurídica, na medida em que os registos eram considerados,
sobre tudo, como meio de prova das operações realizadas, e o conhecimento da situação
do comerciante (determinada pelos seus bens, direitos e obrigações), interessava
especialmente, para avaliar as possibilidades de cumprimento das suas obrigações
actuais e futuras, porquanto os seus bens e direitos constituíam a melhor garantia dos
credores.

Como é evidente, as informações contabilísticas relativas à situação do comerciante e


aos resultados obtidos não podiam deixar de, em maior ou menor grau, influenciar as
suas decisões económicas, mas este aspecto era meramente acessório em relação ao
carácter eminentemente legalista da contabilidade, que vai perdurar por vários séculos.

25
 Fase económica (de 1920 a 1950)

Quando no final da primeira grande guerra (1914-18), surgiu na Alemanha uma inflação
galopante, verifica-se que a contabilidade, embora desse a conhecer os direitos e as
obrigações do comerciante perante terceiros, já não pode oferecer uma imagem válida
da situação da empresa, na medida em que o valor contabilístico dos bens ficava, dia a
dia, cada vez mais desactualizado. Então, as informações contabilísticas deixam de
representar qualquer garantia para terceiros, até porque empresas que continuam a
apresentar elevados lucros se vão encontrando em situação financeira cada vez mais
difícil, em consequência da sua progressiva descapitalização.

Perante esta quase falência da contabilidade, muitos autores alemães começam a pôr em
causa a subordinação das informações contabilísticas aos aspectos jurídicos, passando a
dar maior importância aos aspectos económicos, numa séria tentativa para conferir
validade àquelas informações, até que, em 1919, Eugene Schmalenbach, com a sua obra
«O Balanço Dinâmico» acaba por inverter, definitivamente, a importância relativa das
finalidades da informação contabilística: no entanto, a qualidade dessas informações
fica estreitamente vinculada ao conhecimento da realidade económica, tanto de ordem
empresarial como nacional, devendo proporcionar aos responsáveis, a todos os níveis,
uma adequada tomada de decisões, enquanto os aspectos legalistas passam para uma
posição secundária.

A contabilidade deixa de preocupar-se exclusivamente com o passado e começa a


considerar seriamente o presente, na medida em que possa servir de predição do futuro,
às tomadas de decisões passam a apoiar-se numa base informativa substancialmente
mais ampla, aspecto que vem enriquecer notavelmente a contabilidade.

Abrem-se, portanto, novos horizontes à ciência contabilística, que rapidamente recupera


e alarga o seu prestígio, sendo esta a época em que aparecem alguns conceitos
fundamentais e se começam a aplicar critérios mais válidos, os quais acabam por impor
a actualização da respectiva legislação completamente alheada das novas realidades
económica-empresariais.

 Fase formalista (de 1950 aos nossos dias)

Infelizmente, vai ser precisa outra Grande Guerra (1939-45) para que a contabilidade
encontre novos rumos.

26
De facto, a complexidade de certos problemas bélicos e a necessidade da sua rápida
resolução, obrigaram os cientistas que trabalhavam no pentágono a desenvolverem um
conjunto de novas técnicas quantitativas, designadas por Investigação Operacional, com
o auxílio de computadores cada vez mais aperfeiçoados, pois também nessa data se
verifica uma verdadeira revolução no campo da Informática e da Cibernética.

Ora, em breve se constatou que essas técnicas de investigação operacional poderiam ser
aplicadas, com resultados surpreendentes, nos mais diversos ramos da actividade
científica, sempre que estivesse em causa a escolha da melhor entre várias soluções
possíveis.

No campo empresarial, essas novas técnicas permitiam a optimização da conduta do


empresário, sempre e quando as informações fornecidas pela contabilidade fossem
correctas e suficientes, mais aqui a sua imediata aplicação estava prejudicada pelo
atraso em que se encontravam os estudos metodológicos da ciência da contabilidade –
raros tratadistas se haviam preocupado, até então, com o estudo dos princípios
fundamentais que serviam de base à técnica contabilística.

Assim, a partir de 1950 vários autores passam a dedicar-se ao estudo da análise formal
da contabilidade, estabelecendo axiomas, definições, teoremas e requisitos, susceptíveis
de tratamento lógico e matemático, para chegar a resultados cada vez mais ricos de
potencialidades explicativas e preditivas.

No entanto, a formalização rigorosa da teoria contabilística só é estabelecida em 1964,


pelo canadiano Richard Mattessich, com a sua notável obra «Accounting and Analytical
Methods – Measurement and Projection of Income and Wealth in the Micro and Macro
Economy ». (Pereira, 1978:18-22)

Actualmente, a principal característica dos programas de investigação da ciência da


Contabilidade é ainda a sua formalização, explorando todas as possibilidades de
tratamento lógico e matemático dos dados e das informações, aproveitando o
instrumental oferecido pela informática e pela investigação operacional. A contabilidade
está bastante desenvolvida, como consequência da contribuição que muitos autores têm
dado, dos novos processos utilizados e, ainda, devido à evolução tecnológica que
possibilita uma melhor recolha de informações e facilita o tratamento de dados. (Nabais
e Nabais, 2005:29)

27
1.3.2- Objectivos da contabilidade

Segundo Jund (2007:11) a contabilidade é uma ciência que desenvolveu uma


metodologia própria, e tem como objectivos de:

 Controlar o património das entidades económicas - administrativas;


 Apurar o resultado das actividades dessas entidades;
 Prestar informações às pessoas (usuários) que tenham interesse na avaliação da
situação patrimonial e do desempenho dessas entidades.

Já Gonçalves e Manuel (2009:13), apontam também que o objectivo principal da


contabilidade é fornecer informação económica e financeira das empresas para a tomada
de decisões.

Em síntese, a contabilidade tem como finalidade controlar o património, apurar o


resultado das entidades e prestar informações para tomada de decisões.

1.3.3- Tipos de contabilidade

“A actividade económica desenvolvida num país pode ser analisada no seu conjunto ou
em pormenor, e por parte, de modo a destacar as relações estabelecidas por todos os
intervenientes ou somente as relações de um deles com o resto do circuito.

Assim podemos considerar para esse efeito quatro tipos de contabilidades:

Contabilidade nacional – descreve e abrange o conjunto de relações estabelecidas no


circuito económico de nível nacional;

Contabilidade pública – ocupa-se somente das relações com o resto do circuito ou seja
se dedica ao estudo do património dos entes públicos, entendidos como aqueles que são
regidos pelo direito público interno.

Contabilidade familiar – abrange a actividade familiar respeitante às suas relações


económicas com o exterior;

Contabilidade da empresa – descreve e abrange as relações desenvolvidas pelas


empresas entre si e com o resto do circuito.” (Nabais e Nabais, 2005:28).

Tendo em conta os tipos de informações produzidas por está última, pode ser:

Contabilidade externa, geral ou financeira que dá uma visão geral e sintética do


património da empresa, preocupa-se em registar os pagamentos e os recebimentos.

28
Contabilidade interna, analítica, de custo ou de gestão analisa pormenorizadamente a
exploração da empresa, apura os custos dos produtos, das funções e das secções da
empresa.

Ainda levando em consideração o período de revelação dos factos patrimoniais,


podemos considerar:

Contabilidade histórica, que reflecte o passado, isto é, regista os factos patrimoniais que
a empresa realizou num determinado período ou a sua actividade interna passada;

Contabilidade previsional, estabelece os orçamentos, isto é, quantifica a actividade a


desenvolver durante um certo período. (Nabais e Nabais 2005:32-33)

Já Gonçalves e Manuel (2009:15), referenciam que a primeira divisão da contabilidade


refere--se aos espaços da empresa.

Espaço externo: as relações da empresa com os fornecedores, os clientes, os bancos, o


estado, etc.

Espaço interno: os produtos e serviços que a empresa fabrica e vende, e como são
produzidos.

Assim, teremos:

 A contabilidade externa, geral ou financeira, que regista as operações da empresa


com o exterior, que fornece informações sobre a situação económico-financeira.
 A contabilidade interna, analítica ou de custos, que regista as operações realizadas
internamente e visa o apuramento dos custos e proveitos por produtos e por
departamento.

Ainda em relação ao período de tempo deve-se distinguir:

 Contabilidade previsional que, baseada na informação passada, vai quantificar


estimativas da actividade num período futuro, subordinada a regras definidas. É
neste âmbito que são elaborados os orçamentos.
 Contabilidade histórica, dá-nos a conhecer elementos de factos passados que
permitam o controlo da actividade.

Como se vê, a divisão da contabilidade é variada em função do ponto de vista de cada


autor. O autor do presente trabalho se corrobora com as ideias de Nabais e Nabais, visto
que esta é a mais abrangente.

29
1.3.4- Princípios contabilísticos geralmente aceites

Os profissionais da Contabilidade e os utilizadores da informação financeira, têm vindo


cada vez mais a reconhecer a necessidade da existência de princípios, que tenham
aplicação generalizada.

O Plano Geral de Contabilidade, refere “características qualitativas da informação


financeira” e “Princípios Contabilísticos”. Na prática, ambas as designações têm a ver
com princípios contabilísticos geralmente aceites, pelo que a expressão “geralmente
aceites” significa que um organismo normalizador como a International Accounting
Standards Board (IASB), com autoridade e de larga representatividade, aceitou como
apropriado determinado procedimento ou prática, tendo em consideração a sua
aplicação universalmente generalizada.

Princípios contabilísticos: é um conjunto de regras geralmente aceites nos processos


contabilísticos que orienta a actividade do contabilista. Assim, os princípios
contabilísticos geralmente aceites são:

1. Relevância

A informação é relevante quando se torna necessária para a tomada de decisões por


parte dos utentes (PGC).

2. Fiabilidade

Para ser útil, a informação tem que ser fiável. A informação tem a característica de
fiabilidade, quando é isenta de erros materiais e de juízos prévios e quando os
utilizadores possam confiar no significado, tanto do que ele representa, como do que é
razoável esperar-se que ela representa (IASB, op cit por Magro e Magro, p. 46).

3. Continuidade

As demonstrações financeiras devem ser preparadas na base da continuidade, a menos


que a gerência tenha intenções de liquidar a entidade ou cessar a sua actividade ou não
tenha outra alternativa realista que não seja fazê-lo (PGC).

4. Acréscimo ou da especialização

Excepto quanto à demonstração dos fluxos de caixa, as demonstrações financeiras


devem ser preparadas na base do acréscimo. Sob este regime, os efeitos das operações e
outros acontecimentos, são reconhecidos quando ocorrem (independentemente da data

30
em que ocorra o respectivo recebimento ou pagamento) sendo registadas e relatadas no
período a que se refere. (PGC).

5. Consistência

Apresentação e classificação de item nas demonstrações financeiras, devem ser


mantidas de um período para o outro, a menos que haja uma alteração significativa nas
operações da entidade. Ou uma revisão da apresentação das demonstrações financeiras
venha a demonstrar que uma alteração, irá resultar numa mais adequada apresentação
dos acontecimentos e transacções.

A alteração seja imposta pela entrada em vigor de novas políticas contabilísticas.


(PGC).

6. Materialidade

A informação é considerada material, se a sua omissão puder influenciar a decisão


económica dos utentes, baseadas nas demonstrações financeiras. A materialidade,
depende do tamanho e da natureza de cada item, avaliado nas circunstâncias particulares
da sua omissão (PGC).

7. Não compensação de saldos

Não devem ser efectuadas compensações de saldos entre Activos e Passivos. A


apresentação de rubricas no Balanço pelo seu valor líquido de amortizações e provisões,
não é considerada uma compensação de saldos. (PGC)

8. Comparabilidade

De forma que a informação possa ser útil aos utentes, estes deverão ficar habilitados a
efectuar análises comparativas para identificar tendências na posição financeira da
entidade e no resultado das suas operações e efectuar comparações entre entidades.
(PGC)

9. Prudência

Ao preparador de Demonstração Financeira (DF) deparam-se incertezas, que rodeiam


muitos acontecimentos e circunstâncias. É Possível integrar nas DF´s um grau de
precaução em condições de incerteza, sem que todavia se criem reservas ocultas ou
provisões excessivas, ou deliberadamente se quantifiquem activos e proveitos por
defeitos ou passivos e custos por excesso (IASB op cit por Magro e Magro, p. 47).

31
10. Da Substância sobre a forma

As operações devem ser contabilizadas atendendo à sua substância e realidade


financeira e não apenas à forma legal. (Vigário, 2007)

11. Do custo histórico

Os registos contabilísticos devem basear-se em custos de aquisição ou de produção.


(Vigário, 2007)

12. Neutralidade

Para que seja fiável, a informação deve ser neutra, isto é, livre de preconceitos. As
demonstrações financeiras não são neutras se, por selecção ou apresentação da
informação, influenciarem a tomada de uma decisão ou um juízo, a fim de atingir um
resultado ou um efeito pré-determinado (IASB op cit por Magro e Magro, p. 48).

13. Da entidade

O princípio da Entidade reconhece o património como objecto da contabilidade e afirma


a autonomia patrimonial, ou seja diferenciar o património particular de cada sócio
proprietário com o da empresa (Jund, 2007).

14. Factores que impedem alguns gestores de empresas usarem a


contabilidade como ferramenta de apoio à gestão.

Segundo Siqueira (2000) a análise económico-financeira é um dos meios mais


importantes para a contabilidade atingir seu objetivo gerencial. A minoria dos gestores
recebem relatórios complementares que contemplam uma análise económico-financeira,
enquanto os demais, não recebem nenhum relatório complementar.

A falta dessa análise económico-financeira tem gerado um desinteresse dos gestores,


pelas informações contábeis, pois observa-se que, estes não conhecem o potencial de
informação contabilística. Considerando que a empresa é dinâmica, e que não pode
esperar por mecanismos ou alternativas de informações para gestão, a contabilidade
deve estar estruturada de forma que possa atender às necessidades dos gestores. Os
gestores que não utilizam a contabilidade para a gestão, a maioria gerenciam suas
empresas com base em anotações e controles feitos por eles próprios ou por seus
funcionários. Também se constata que poucos gestores não possuem nenhum controlo
sobre sua empresa.

32
Além das informações internas, ou seja, controles e anotações, os empresários também
utilizam informações advindas de vendedores e clientes, principalmente.

Os empresários que não utilizam nenhuma forma de controlo, certamente estão


predestinados a encerrarem suas atividades antes de completar um ano de vida.

O mesmo autor afirma que, a representatividade das empresas que fazem contabilidade
completa, escrituração comercial e escrituração fiscal, é pequena, pois, a minoria das
empresas fazem contabilidade completa, enquanto as demais, fazem contabilidade
simplificada, ou seja, escrituração fiscal.

Quanto aos empresários que não fazem contabilidade completa, os motivos


apresentados são os mais variados, assim como se segue:

a) Não vêem utilidade;


b) Consideram o custo muito alto;
c) Estão desobrigados fiscalmente;

Os dados acima apresentados são preocupantes. Os gestores que não fazem


contabilidade completa devido ao alto custo, não causam uma preocupação imediata,
sendo que os demais merecem uma atenção especial por parte dos contabilistas, pois
isto indica que existem problemas quanto ao entendimento das informações
contabilísticas.

O papel do contabilista é decisivo para que as informações contabilísticas sejam


utilizadas na gestão das empresas.

Percebe-se que, quanto maior o grau de instrução do empresário, maior é a utilização da


contabilidade para gestão da empresa.

15. Relevância do uso da contabilidade organizada na gestão de


empresas

A nossa vida quotidiana identifica-se com a actividade económica em virtude de no


nosso dia--a-dia realizarmos tarefas que permitem a satisfação das necessidades,
mediante o pagamento de um certo preço pela aquisição de bens escassos. Esta
actividade pode ser analizada de modo a se poder registar todas as operações existentes
entre os agentes económicos. A essa ciência, que por diversos meios e técnicas pode
registar essas relações, podemos designar muito simplesmente por contabilidade.

33
A contabilidade organizada permitirá a qualquer agente económico registar com
precisão as operações que manteve com outros intervenientes e saber quais as
consequências que daí advieram, não só para a composição como também para o valor
do património. Além disso, fornecerá informações e meios apropriados para que os
responsáveis da empresa possam tirar lições do passado, justifiquem o presente e
preparem o futuro.

A função contabilística existe sempre em qualquer entidade privada ou pública, só que


numas pode estar bem organizada e ser eficiente, enquanto noutras se pode encontrar
num estado elementar.

Uma contabilidade bem montada, organizada e actualizada é uma importante fonte de


informações para todos os possíveis interessados (sócios, gestores, fornecedores,
credores, trabalhadores, Estado, concorrentes, etc.).

No entanto, a Contabilidade permite:

 Fiscalizar a actividade directiva;


 Contabilizar os desvios;
 Verificar a eficiência e a racionalidade de vários departamentos da empresa;
 Responsabilizar os diversos intervenientes pela actuação;
 O registo, o controlo, a avaliação e a análise da actividade empresarial;
 A avaliação dos elementos patrimoniais da empresa, o cálculo do preço de custo e
do preço de venda e, sobretudo, a análise da situação económico-financeira da
empresa.

Para além das funções de registo, controlo e avaliação a Contabilidade facilita a


previsão, ou seja, o modo como a actividade se vai desenrolar. Para o alcance de bons
resultados é indispensável uma Contabilidade organizada, e actualizada, pois só assim
se pode analisar convenientemente e prever o futuro (Nabais e Nabais, 2005:29-31).

Ainda nenhum Estado pode orientar devidamente a sua economia, sem que possua
informação sobre a situação das empresas, a sua eficiência, os sectores mais rentáveis,
os custos de produção, o volume de matérias necessárias, etc.

Se bem que o campo de acção por excelência da contabilidade, seja a empresa privada,
o seu âmbito é mais vasto, recorrendo a ela os próprios departamentos governamentais.
A administração pública para estabelecer o seu orçamento e para acompanhar e

34
controlar a aplicação das verbas que lhe estão consignadas, necessita de recorrer à
técnica contabilística (Borges, Rodrigues e Rodrigues, 2007:32-33).

Quanto mais os gestores de pequenas empresas souberem sobre a contabilidade, mais


capacitados estarão para tomar decisões de planeamento e controlo dentro de sua
empresa. Do contrário, no seu quotidiano, os gestores estarão em desvantagem se sua
compreensão sobre a contabilidade for pequena ou confusa. Ademais, há que se ter
presente que o desempenho e as recompensas dos gestores podem depender das
medições contabilísticas (Salazar e Benedicto, 2004:9-10).

Assim, a contabilidade pode ser tida como a alma de pequenas empresas, pois, nela
ficam registados todos os actos do gestor e factos patrimoniais dessas empresas, já que
as mesmas tentam o desenvolvimento de actividades económicas que necessitam de
registos para que tornem viáveis ao longo do tempo.

35
CAPITULO II

APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS


RESULTADOS OBTIDOS

36
2.1. Resultados do guião de observação da estrutura organizacional da
empresa

A empresa chama-se Fimarca & Filhos, Lda., tem 13 trabalhadores incluindo o gestor
da empresa, dos quais 6 são mulheres. O estado de conservação das infraestruturas é
regular; com treze (13) compartimentos designadamente uma loja, um armazém, um
gabinete do gestor, duas áreas de produção de vestuários, duas áreas de bordados, uma
área de brindes, uma área de impressão digital, uma área de decoração e três casas de
banho. O tipo de construção é definitiva e tem como idade 3 anos, ela localiza-se no
município da Benguela, zona A, Bairro da Seta Nova, foi fundada em 2009, é regida por
um regulamento interno, os documentos da empresa são arquivados em pastas
separadas, tem como ramos de actividades informática e serviços, com diversos
negócios especificamente vestuários personalizados, decoração de interiores de viaturas,
reclamos luminosos, impressões digitais, brindes, bordados, vendas de computadores,
acessórios e reparação.

A mesma tem como Visão prestar serviços de informática e publicidade de excelência,


integrados e adaptados às necessidades dos Clientes, proporcionando aos seus
Colaboradores estabilidade, formação e recursos técnicos compatíveis com as
exigências de Qualidade e gerando riqueza para o “Stakeholder”, como Valores a
inovação, qualidade, estabilidade, crescimento, diferenciação, competitividade, rigor e
compromisso e satisfação do cliente pela confiança, ainda como Missão ser reconhecida
como "o" parceiro na área de informática e publicidade para as pequenas, médias e
grandes empresas, conquistando a confiança dos seus clientes e pautando-se pela
excelência do seu trabalho, para que seja uma agência de referência no meio publicitário
nacional.

Para tal, Fimarca & Filhos, Lda, conta não só com uma equipe de profissionais
disponíveis como também com excelentes parcerias, tendo sempre como objectivo
desenvolver o produto que melhor atenda às necessidades de sua empresa. As condições
higiénicas são regulares, a conservação das casas de banho reúnem condições aceitáveis
de utilização e está regularmente higienizada, tem um sistema de segurança normal com
guardas, extintores e indumentárias para os funcionários da produção. A relação laboral
entre gestor da empresa, caixas, chefes de produção e operários é regular. ( ver anexo V)

37
2.2. Apresentação, análise e discussão dos resultados da entrevista ao
gestor da empresa

Da entrevista feita ao gestor da empresa foi possível apurar o seguinte:

 O gestor possui uma formação académica superior e profissional (incompleta) de


gestão de empresas e gosta da função que exerce na empresa - É um indicador
positivo, pois estes dados permitem aferir que o gestor da empresa tem condições
para levar a empresa a um bom porto, visto que são requisitos fundamentais que um
gestor deve reunir.
 O mesmo considera regular a actual situação económica e financeira da empresa,
justificou que constatou esse dado sem recursos da ciência, porque as vendas da
empresa são superiores em ralação aos custos - É um dado preocupante na medida
em que os custos da empresa estão acima dos custos das mercadorias vendidas e os
salários dos trabalhadores. Ora, sem o recurso á cálculos das amortizações e de
outras rubricas ligadas aos custos por exemplo, é impossível saber o seu valor, no
entanto, deve o gestor utilizar outra técnica ligada a contabilidade para avaliar a
situação económica e financeira da empresa.
 A grande dificuldade com que se tem deparado na gestão da empresa é
especificamente na determinação se um produto, dos actualmente produzidos acaba
sendo prejuízo ou não, tendo em conta os custos de produção - A empresa deve em
primeira instância resolver essa situação que pode ser fatal a médio e longo prazo,
tendo em conta os vários produtos que a empresa produz, provavelmente a mesma
tem produzido produtos que não tem dado lucros. Uma contabilidade organizada
montada na empresa permitirá o registo, o controlo, a avaliação, a análise da
situação económico-financeira da empresa e, sobretudo o cálculo do custo e do
preço de venda.
 Ainda o gestor da empresa, afirma que não usa nenhum instrumento de apoio a
gestão na tomada de decisões para a condução da empresa - É um dado alarmante,
tendo em conta o crescimento aparente que se verifica na empresa, acredita-se que a
empresa já tem condições de ter um contabilista para apoiar o gestor nas suas
tomadas de decisões para conduzir a empresa em função dos dados reais da
empresa.

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 Quanto a forma de controlo do património da empresa, o gestor respondeu que o
mesmo é controlado simplesmente pelo registo do suporte informático, no momento
de cada compra efectuada - É preocupante porque tal medida não é suficiente para
controlar o património; são também necessária uma contagem física dos bens da
empresa, a separação de funções no que concerne a compra, a venda de mercadoria
e o depósito dos valores vendidos, por quanto que um dos objectivos da
contabilidade é de controlar o património das entidades económicas-
administrativas, segundo Jund (2007:11). No entanto, a empresa precisa de ter uma
contabilidade organizada para suprir essas falhas que consideramos graves para o
seu desenvolvimento.
 O gestor afirma que a empresa não tem contabilidade organizada, por duas razões: a
primeira por ser muito difícil de se determinar tais níveis de organização tendo em
conta os recursos científicos para a gestão disponível da empresa; e a segunda razão
prende-se com os recursos insuficientes para a contratação de um técnico de contas
de forma a organiza-la - Ter um contabilista como trabalhador da empresa ajuda de
que maneira na organização da mesma. Os custos serão inferiores em relação aos
benefícios que se possa ter, porque a contabilidade pode ser considerada a coluna
vertebral de uma empresa e também um instrumento importante para conhecer o que
aconteceu e o que está acontecendo nela. Não há possibilidade de tomarmos
decisões que conduzam ao sucesso se a acção da empresa não for registada. Não é
sem razão que as principais perguntas que os tomadores de decisão fazem sobre o
sucesso financeiro de uma empresa são respondidas pelos contabilistas fazendo o
uso das principais demonstrações financeiras. (Salazar e Benedicto, 2004:5-8)
 O gestor afirma que não tem prestado informações económicas e financeiras sobre a
empresa a nenhum agente para além do Estado, agora já tem alguma necessidade
devido a tendência de projectos da própria empresa - É uma realidade negativa
porque a empresa não está isolada do ambiente externo. Os usuários externos que
cooperam com a mesma, precisam saber do desempenho financeiro da empresa
através de um documento formal e, com isso, estejam possibilitados de, mediante
um conjunto de informações, tomar decisões acertadas. Isso só é possível se a
empresa tiver uma contabilidade organizada para fornecer informações a estes
usuários. Para que se tenha um melhor panorama do processo de decisão, dos
tomadores de decisão que de alguma forma tenham interesse na empresa e das
decisões que venham tomar, a título de exemplo, os sócios da empresa através deste
39
documento podem decidir aumentar ou reduzir seus investimentos; as instituições
financeiras através dos documentos contabilísticos podem decidir se vale apenas ou
não conceder empréstimos; fornecedores de produtos ou e/ ou serviços podem
decidir se concedem ou não crédito, em que valor e a que prazo (Salazar e
Benedicto, 2004:2-5).
 Quanto a importância da contabilidade, o gestor declara que a contabilidade é
fundamental para a empresa por quanto não só teria a capacidade de resolução
imediata da dificuldade que a empresa tem, de determinar se um produto dos
actualmente produzidos acaba sendo prejuízo ou não, tendo em conta os custos de
produção, mas também pela coerência que teria as nossas decisões em relação as
situações relacionadas com a empresa - É um dado positivo porque isso mostra que
o gestor reconhece a carência que a empresa tem em possuir uma contabilidade
organizada para suprir essas dificuldades na sua gestão.

2.3. Apresentação, análise e discussão dos resultados do inquérito aos


caixas da empresa

Procurou-se por intermédio deste, auscultar dos caixas sobre sua actividade diária e as
relações que estabelecem com o gestor da empresa. Assim, foi-lhes colocado as
seguintes questões:

Gráfico 1. Qual é a sua formação académica?


100% 100%
100%
80%
Básica
60% Média
40% Superior
20% Total
0% 0%
0%
Básica Média Superior Total

Fonte própria.

Dos 2 caixas inquiridos correspondente a 100%, foram unânimes em afirmar que


possuem formação académica média - É um resultado aceitável para os interesses do
estudo. Pois é um nível que lhes permite ter uma percepção de como podem registar os

40
movimentos que surgem na área de vendas e prestação de serviços. Pois a área de venda
é o centro de entrada de meios financeiros, o que seria preocupante ter caixas com um
nível básico perigando a situação financeira da empresa.

Gráfico 2. Tem alguma formação profissional na área em que trabalha?

100%
100%
90%
80%
70%
50% 50% Sim
60%
50% Não
40%
Total
30%
20%
10%
0%
Sim Não Total

Fonte própria.

Dos 2 caixas inquiridos correspondente a 100%, 1 na razão de 50% não tem formação
profissional na área em que trabalha - É um resultado preocupante para os interesses do
estudo, uma vez que a formação profissional proporciona aos trabalhadores
conhecimentos, capacidades, atitudes e formas de comportamento exigidos para o
exercício das funções próprias duma profissão. Mas, o ideal seria que todos os caixas
tivessem uma formação de gestão de vendas ou outra formação que a ajudasse a exercer
melhor ainda a sua função.

Gráfico 3. Registas todos os movimentos que ocorrem na tua área?

100% 100%
100%
80%
Sim
60%
Não
40%
Total
20% 0%
0%
Sim Não Total

Fonte própria

41
Os 2 caixas inqueridos que correspondem 100%, foram unânimes em informar que
registam todos os movimentos que ocorrem na área de vendas - É um resultado positivo,
pois os registos proporcionam informações para os usuários, especialmente aos gestores
na tomada de decisão, porque uma gestão que se baseie em dados contabilísticos
necessita de ver todos os factos patrimoniais registados para posteriormente serem
avaliados e tratados.

Gráfico 4. À quem forneces os registos feitos por ti?

100% 100%
100%
80%
Gestor
60%
Contabilista
40%
Total
20% 0%
0%
Gestor Contabilista Total

Fonte própria

Dos 2 caixas inqueridos correspondente a 100%, foram unânimes em afirmar que


fornecem os registos ao Gestor da empresa - É um resultado que preocupa o estudo,
pois a empresa não dispõe de um contabilista, obviamente os registos são canalizados
ao gestor que, infelizmente, não dá o devido tratamento como a de um contabilista. Com
isso a empresa pode perder informações relevantes sobre a sua vida, já que os dados não
são sintetizados nos documentos contabilísticos para a devida apreciação na tomada de
decisões.

5. Que dificuldade tem tido no exercício da sua actividade?

Um dos dois caixas inqueridos que corresponde 50%, afirmou que as dificuldades que
tem tido ao exercer as suas funções é a de controlar as saídas dos dinheiros, o outro
caixa absteve-se - É uma situação que preocupa o estudo, sendo a área do caixa a fonte
principal de entrada de meios monetários, pois havendo dificuldades em controlar as
saídas e as entradas dos dinheiros a empresa pode perder e sair prejudicada na altura de
fazer análises dos registos feitos pelos caixas, com este tipo de dificuldade, pelo que, o
gestor e os demais membros da empresa devem rapidamente procurar soluções para
suprir esta lacuna.

42
Gráfico 5. Na tua opinião, qual é o estado económico e financeiro da empresa?

100%
100%

80%
Bom
60% 50% 50%
Mau
40% Regular
Total
20%
0%
0%
Bom Mau Regular Total

Fonte própria

Dos 2 caixas inqueridos correspondentes a 100%, 1 na razão de 50% opina que a


situação económica e financeira da empresa é boa; enquanto outro equivalente a 50%,
opinou que a situação económica e financeira é regular - É uma opinião que preocupa o
estudo, pois a empresa até a data não tem documentos contabilísticos (balancete,
balanço, demonstração de resultados, etc.) que são fontes de informações de análise
sobre a sua situação económica e financeira. As opiniões dos caixas tiveram como base
ao crescimento que se regista na empresa (a constatação empírica) e não os documentos
contabilísticos. A empresa deve procurar ter contabilidade de forma a obter dados reais
sobre a sua situação económica e financeira.

Gráfico 6. Acha que a empresa possui uma contabilidade organizada?

100%
100%
90%
80%
70%
60% 50% 50% Sim
50% Não
40%
Total
30%
20%
10%
0%
Sim Não Total

Fonte própria

43
Dos caixas inqueridos correspondentes a 100%, 1 na razão de 50% afirma que a
empresa tem uma contabilidade organizada; 1 que equivale os restantes 50%, opinou
que a empresa não tem uma contabilidade organizada. Como se vê no gráfico, as
opiniões dos inquiridos divergem, demonstrando que os mesmos têm poucas
informações ligadas a empresa - É uma situação que deve ser acautelada, pois os
trabalhadores devem saber de tudo um pouco relacionado à vida da empresa. Isto
reflecte a falta de informações relativas a contabilidade na empresa.

a) Se não, diga porquê?

Infelizmente um dos inqueridos que afirmou negativamente desconhece as razões de tal


facto - O que mais uma vez, leva o autor do presente trabalho aferir que as informações
sobre o funcionamento da empresa não são conhecidas por alguns trabalhadores.

Gráfico 7. Acha que a contabilidade é importante para o gestor e a empresa de


modo geral?

100% 100%
100%
80%
Sim
60%
Não
40%
Total
20% 0%
0%
Sim Não Total

Fonte própria

Os 2 caixas inqueridos correspondentes a 100%, foram unânimes em informar que a


contabilidade é importante para o gestor e a empresa em geral - isto reflecte a
necessidade de a empresa ter um departamento de contabilidade para atender a carência
de informações que vive e potenciar neste sentido, os demais elementos que a
constituem, de conhecimentos sobre a vida económica e financeira da empresa.

a) Se sim, diga porquê?

Os caixas inqueridos afirmaram positivamente que a contabilidade é importância para o


gestor e a empresa porque é por intermédio desta que se consegue saber se a empresa
está a crescer ou não e saber de concreto quais os produtos que proporcionam lucros - A

44
contabilidade organizada permitirá a qualquer agente económico registar com precisão
as operações que manteve com outros intervenientes e saber quais as consequências que
daí advieram, não só para a composição como também para o valor do património.
Além disso, fornecerá informações e meios apropriados para que os responsáveis da
empresa possam tirar lições do passado, justifiquem o presente e preparem o futuro.

Gráfico 8. Tem tido informações sobre o estado económico e financeiro da


empresa?

100% 100%
100%
80%
Sim
60%
Não
40%
Total
20% 0%
0%
Sim Não Total

Fonte própria

Dos 2 caixas inquiridos correspondentes a 100%, foram unânimes em informar que não
têm tido informações sobre o estado económico e financeiro da empresa. Mais uma vez,
isto reflecte a necessidade de a empresa ter contabilidade organizada para atender a
carência de informações dos trabalhadores sobre a vida económica e financeira desta - É
um resultado preocupante para o estudo, pois os trabalhadores têm o direito de saber o
resultado da sua actividade na empresa de modo a exigir mais ou menos dela. Para os
que tencionam manter-se por muito tempo nela, é imprescindível ter conhecimento
sobre a saúde económica e financeira da empresa, de modo a não pôr em causa as
oportunidades de emprego em outras empresas.

2.4. Apresentação, análise e discussão dos resultados do inquérito aos


chefes de produção

Foram inqueridos 3 chefes de áreas distintas de produção com o intuito de verificar as


informações que recebem e fornecem ao gestor relativamente ao funcionamento da
empresa.

45
Gráfico 9. Possui alguma formação profissional na área em que trabalha?

100% 100%
100%
80%
Sim
60%
Não
40%
20% Total
0%
0%
Sim Não Total

Fonte própria

Dos 3 chefes de produção inquiridos correspondente a 100%, foram unânimes em dizer


que possuem formação profissional na área em que trabalham - É um resultado positivo,
uma vez que a formação profissional proporciona aos trabalhadores conhecimentos,
capacidades, atitudes e formas de comportamento exigidos para o exercício das funções
que lhes são incumbidas. É benéfico para qualquer empresa, ter em seu meio,
trabalhadores profissionalizados que podem trazer mais-valia no desenvolvimento da
organização. Neste aspecto, a empresa em estudo está de parabéns.

Gráfico 10. Como chefe de produção tem sido fácil gerir os seus auxiliares?

100%
100.00%

80.00% 66.66%
Sim
60.00%
33.33% Não
40.00%
Nem sempre
20.00%
0% Total
0.00%
Sim Não Nem Total
sempre

Fonte própria

Dos 3 chefes de produção inquiridos correspondente a 100%, 1 na razão de 33,33%


respondeu afirmativamente enquanto 2 equivalentes a 66,66% dizem que nem sempre
tem sido fácil gerir os seus auxiliares - Do ponto de vista do autor, apesar de existir
facilidade por parte de um dos chefes de produção em lidar com os seus auxiliares,
ainda assim, maior parte destes reconhecem haver dificuldades neste aspecto.

46
Já que um bom relacionamento ajuda a desenvolver sinergia na produção de uma
empresa, há necessidade de os chefes de produção procurarem formas de modo a
mudarem o quadro de relacionamento na equipa. Independentemente dos problemas que
possam surgir entre si, deve ser preocupação primeira destes, velar pelo
desenvolvimento da empresa, pois quando entre trabalhadores as relações interpessoais
não funcionam, os efeitos negativos recaem sobretudo a empresa. O bom
relacionamento entre trabalhadores é essencial para todas as empresas e é preciso
mantê-la porque é a base para o aumento da produtividade, que é o garante da
estabilidade da empresa.

Gráfico 11. Qual é o seu ponto de vista sobre o actual estado económico e
financeiro da empresa?
100%
100.00%
90.00%
80.00% 66.66%
70.00% Bom
60.00%
Mau
50.00%
33.33%
40.00% Razoável
30.00% Total
20.00%
10.00% 0%
0.00%
Bom Mau Razoável Total

Fonte própria

Dos 3 chefes de produção inqueridos correspondente a 100%, 2 na razão de 66,66%


afirmam que o estado económico e financeiro da empresa é bom enquanto 1 equivalente
a 33,33% diz ser razoável - Verifica-se neste gráfico que a maioria dos inqueridos acha
que o estado económico e financeiro da empresa é positivo, levando o autor do presente
trabalho colocar interrogações sobre suas opiniões, porque a empresa até a data da
realização do inquérito, não dispõe de documentos contabilísticos principais da qual é
possível tirar ilações sobre a situação económico e financeira da empresa; o que leva a
aferir que as opiniões dos inqueridos, baseiam-se em constatações empíricas.

Do ponto de vista do autor, é um resultado preocupante. Já que o resultado económico e


financeiro da empresa está directamente ligado ao desempenho dos trabalhadores, é
direito destes saberem qual é a real situação económica e financeira da empresa para

47
melhor projectarem o seu futuro. Isto demonstra que a gestão da empresa não é aberta
aos trabalhadores no que concerne a prestação de informações sobre o seu estado. Daí a
importância da empresa ter uma contabilidade organizada de modo a determinar a sua
situação económica e financeira e por via desta os trabalhadores tomarem decisões
sobre a sua continuidade ou não na empresa.

Gráfico 12. Registas todos movimentos que ocorrem na tua área?

100% 100%
100%
80%
Sim
60%
Não
40%
20% Total
0%
0%
Sim Não Total

Fonte própria

Os 3 chefes de produção inqueridos que totalizam 100%, foram unânimes em dizer que
registam todos movimentos que ocorrem na área em que trabalham - constituindo assim,
num procedimento positivo, pois por uma questão de se ter um controlo de todos os
factos patrimoniais que ocorrem na empresa devem ser registados para mais tarde serem
objecto de tratamento contabilístico.

Gráfico 13. A quem forneces os registos feitos por ti?

100% 100%
100%

80%

60% Ao gestor

40% Ao Contabilista
Total
20%
0%
0%
Ao gestor Ao Total
Contabilista

Fonte própria

48
Dos 3 chefes de produção inqueridos correspondente a 100%, foram unânimes em
afirmar que fornecem os registos ao Gestor da empresa - É um resultado que preocupa o
estudo, pois a empresa não dispõe de um contabilista, obviamente os registos são
canalizados ao gestor que, infelizmente, não dá o devido tratamento como a de um
contabilista. Com isso a empresa pode perder informações relevantes sobre a sua vida,
já que os dados não são sintetizados nos documentos contabilísticos para a devida
apreciação e tomada de decisões.

Gráfico 14. Qual é a frequência da prestação de informações?

100%
100.00%
90.00%
80.00% 66.66%
70.00% Diária
60.00% Semanal
50.00% Mensal
40.00% 33.33%
Anual
30.00%
20.00% Total
10.00% 0% 0%
0.00%
Diária Semanal Mensal Anual Total

Fonte própria

Dos 3 chefes de produção que totalizam 100%, 1 na razão de 33,33% disse que presta
informações diariamente ao gestor da empresa enquanto 2 equivalentes a 66,66% dizem
prestar informações mensalmente ao gestor - É um resultado preocupante para o estudo,
os chefes de produção devem prestar informações sempre que necessário ao gestor para
evitar perdas de informações que venham dificultar a tomada de decisões sobre a
realidade da empresa.

49
Gráfico 15. Que avaliação faz sobre o estado de gestão da empresa?

100%
100.00%
90.00%
80.00% 66.66%
70.00% Bom
60.00%
Mau
50.00%
33.33% Razoável
40.00%
30.00% Total
20.00%
10.00% 0%
0.00%
Bom Mau Razoável Total

Fonte própria

Dos 3 chefes de produção que totalizam 100%, 1 que perfaz 33,33% avalia-o como bom
o estado de gestão da empresa; os demais (2) equivalentes a 66,66% avaliam-no como
razoável o estado da empresa - A gestão pretende alcançar os objectivos definidos para
uma determinada empresa, utilizando de uma forma racional os recursos humanos,
materiais e financeiros que foram colocados à sua disposição. Como se vê no gráfico a
maioria dos inqueridos considera que o estado de gestão da empresa é razoável.
Desconhecendo os critérios de avaliação do qual os inqueridos fizeram recurso, para
proferir tais afirmações, o certo é que, geralmente, só os documentos contabilísticos
podem provar, com clareza o estado de gestão da empresa Fimarca & Filhos Lda.
acredita-se que tenham como referencial o actual crescimento da empresa e aspectos
ligados à vida laboral desta, o certo é que esta postura não é digna de realce, as pessoas
devem aprender a falar com base em documentos disponíveis. Mais uma vez, isto
reflecte a necessidade de a empresa ter contabilidade organizada para atender a carência
de informações dos trabalhadores.

50
Gráfico 16. Tens tido informações sobre o resultado líquido do exercício (lucro ou
prejuízo)?

100% 100%
100%
80%
Sim
60%
Não
40%
Total
20% 0%
0%
Sim Não Total

Fonte própria

Os 3 chefes de produção inqueridos que totalizam 100%, foram unânimes em dizer que
não têm tido informações sobre o resultado líquido do exercício - É um resultado
preocupante para o estudo, pois os trabalhadores têm o direito de saber o resultado da
sua actividade na empresa de modo a exigir mais ou menos da empresa. Até a data do
inquérito, a empresa não dispunha de um trabalho de fim de exercício, de formas os
trabalhadores saberem o resultado líquido do exercício.

Gráfico 17. A empresa tem contabilidade organizada?

100% 100%
100%
80%
Sim
60%
Não
40%
Total
20% 0%
0%
Sim Não Total

Fonte própria

Os 3 chefes de produção inqueridos que perfazem 100%, foram unânimes em dizer que
a empresa não tem uma contabilidade organizada. Verifica-se pelos resultados que a
empresa Fimarca & Filhos Lda, não dispõe de uma contabilidade organizada, um
indicador negativo que pode pôr em jogo o seu próprio desenvolvimento - É um dado
preocupante, pois uma contabilidade organizada permitirá a empresa registar com
precisão as operações que manteve com outros intervenientes e saber quais as
51
consequências que daí derivam, não só para a composição como também para o valor
do património. Além disso, fornecerá informações e meios apropriados para que os
responsáveis da empresa em causa possam tirar lições do passado, justifiquem o
presente e preparem o futuro.

a) Se não, que factores impedem a sua efectivação?

Os 3 chefes de produção inqueridos afirmaram que desconhecem os factores que


impedem a empresa ter contabilidade organizada, pois do ponto de vista do autor deste
trabalho, a falta de informações deve ser a causa dominante - Como chefes de produção
deviam saber os factores que levam a empresa a não ter contabilidade organizada, o que
leva a aferir que a gestão da empresa não é aberta aos seus funcionários.

Gráfico 18. Achas que uma contabilidade organizada é importante para a gestão e
à empresa em geral?
100% 100%
100%
80%
Sim
60%
Não
40%
20% Total
0%
0%
Sim Não Total

Fonte própria

Os 3 chefes de produção inqueridos correspondentes a 100%, foram unânimes em dizer


que uma contabilidade organizada é importante para a gestão assim como para a
empresa em geral. Realmente os trabalhadores alinham no mesmo diapasão de que é
importante a empresa ter uma gestão que tenha informações contabilísticas para melhor
decidir e elucidar os trabalhadores e não só sobre a situação económica e financeira da
empresa.

52
CONCLUSÕES

A fundamentação teórica e aplicação dos procedimentos metodológicos permitiram


fundamentar o uso da contabilidade como ferramenta de apoio à gestão de pequenas
empresas e chegar as seguintes conclusões:

 Os fundamentos teóricos apresentados no primeiro capítulo da presente monografia


realçam de facto, a relevância da contabilidade como ferramenta de apoio a gestão
de pequenas empresas, pois os mesmos assentam-se sobretudo nas ideias de Nabais,
Nabais, Salazar e Benedicto.
 O estado actual da gestão da empresa é considerado regular tendo em conta o franco
desenvolvimento que se constata, apesar de não ter contabilidade organizada que
possa conduzir as decisões do gestor. A gestão da mesma baseia-se em comparações
entre vendas e custos de produção sem no entanto, calcular as amortizações que
também venha ser um custo e se depara com dificuldade séria na medida em que
não sabe, se realmente os vários produtos produzidos na empresa acabam dando
prejuízos ou lucros.
 Os factores que estão na base de a empresa Fimarca & Filhos, Lda. não possuir uma
gestão baseada numa contabilidade organizada, consubstanciam nas dificuldades de
se determinar os níveis de organização e recursos financeiros insuficientes para a
contratação de um técnico de contas para organizá-la.
 A gestão baseada numa contabilidade organizada tem diversas vantagens para a
empresa, pois permite ao gestor registar com precisão as operações que mantem
com outros intervenientes e saber quais as consequências que daí advêm, não só
para a composição do património como também para o seu valor. Além disso,
fornece informações e meios apropriados para que os responsáveis da empresa
possam tirar lições do passado, justificar o presente e preparar o futuro. Em suma,
esta permite tomar decisões de planeamento e controlo dentro da empresa.

53
RECOMENDAÇÕES

Tendo se verificada determinadas insuficiências na prática de gestão da empresa


Fimarca & Filhos, Lda., e tendo em conta o descrito nas conclusões, recomenda-se o
seguinte:

 Que o gestor da empresa evidencie esforços de contratar um contabilista para se


encarregar da organização económica e financeira da empresa, no sentido de suprir
as limitações que esta apresenta e atender aos requisitos legais.
 Tendo em conta as dificuldades que os caixas apresentam sobretudo em controlar as
saídas dos meios monetários, que a empresa capacite regularmente os mesmos e
outros funcionários no sentido de melhorar o desempenho das suas actividades e
consequentemente, elevar o seu desenvolvimento.
 Atendendo ao facto de alguns funcionários terem poucas informações sobre a
empresa, que o gestor da empresa prime pela partilha de informações com os
mesmos, no sentido de potenciá-los de conhecimentos ligados à vida da empresa e
permitir que estes sejam capazes de propor soluções viáveis para o engrandecimento
da empresa.
 Que as empresas vivendo a mesma situação da Fimarca  Filhos, Lda., possam a
partir deste trabalho, refletirem sobre a necessidade e vantagens de se ter uma
contabilidade organizada.

54
BIBLIOGRAFIA

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Portuguesa. 2ª edição, Portugal, editora Verbo.
 BORGES, ANTÓNIO, RODRIGUES, et al, (2007) Elementos de Contabilidade
Geral, 24ª edição, Lisboa, editora Áreas Editoras.
 BORGES, António. Elementos da Contabilidade Geral, 16 edição.
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franca-sp, São Paulo-SP – Brasil.
 DECRETO nº 82/2001, de 16 de Nov. Plano geral de contabilidade, Luanda,
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 GONÇALVES, Fernando; MANUEL, Neves. (2009) Práticas Contabilísticas,
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 HENRIQUES, L. Sobral; LEANDRO, Manuela, (2008) Introdução à Economia,
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 JUND, Sérgio (2007) Auditoria Conceitos, Normas, Técnicas e Procedimento, 9ª
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 LOUSÃ, Aires (2010) Documentação e legislação comercial, Portugal, editora
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 LOUSÃ, Aires (2010) Organização e gestão industrial 12, textos de apoio ao
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 NABAIS, Carlos; NABAIS, Francisco (2005). Prática contabilística I, 3º edição,
Lisboa, editora Lidel,
 NABAIS, Carlos; NABAIS, Francisco (2005) Prática contabilística II, 2º edição,
Lisboa, editora Lidel.

55
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 RODRIGUES, et al. (1994) Técnicas de gestão de empresas – trabalho de fim de
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 SALAZAR, J. N. Albuja; BENEDICTO, G. Carvalho (2004) Contabilidade
Financeira, Brasil, SP, editora Thomson.
 SANTO, S. Espírito; SANTO, J. B. da Costa (2012) A nova lei das micro,
pequenas e médias empresas de angola, GLA - Gabinete Legal Angola e PLMJ
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 SOARES, José Carlos (2010). Dicionário de economia. Lisboa, plátano editora.
 SOUSA, António. Gerência financeira para micro e pequenas empresas (2007)
1ª edição, Editora Elsevier,
 TEIXEIRA, Sebastião (2005). Gestão das Organizações, 2ªedição editora Mcgraw
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 VIGÁRIO, Álvaro (2007) Consultoria Contabilística, 1ª edição, Angola, textos
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 JORNALDEANGOLA.sapo.ao/20/ 0 executivo-incentivo-empresa, acessado:
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 RODRIGUES, William Costa (2007), - Metodologia Científica, FAETEC/IST
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Gerencial para a Administração. Disponível em http://www.opet.com.br/revista/
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 SIQUEIRA, (2000) O uso de informações contábeis na pequena empresa
www.milenio.com.br/siqueira/Trab.074, doc.

56
ANEXOS

57
ANEXO I

GUIÃO DE OBSERVAÇÃO

Pretende-se com este guião colher dados sobre a estrutura organizacional e funcional da
empresa Fimarca & Filhos, Lda.

ORGANIZAÇÃO

Nome da empresa

Número de trabalhadores

Infraestrutura

 Estado de conservação
 Compartimentação
 Tipo de construção e sua idade

Localização geográfica

Ano de fundação

Tipo de organigrama

Regulamento interno

Arquivamento de documentos

Ramos de actividades

Negócio

Visão

Valores

Missão

Condições higiénicas

WC e sua conservação

Sistema de segurança

Relações inter - laborais entre gestor – administrativos - operários e vice-versa


58
ANEXO II

GUIÃO DE ENTREVISTA AO GESTOR DA EMPRESA


FIMARCA & FILHOS, LDA

Com esta entrevista almeja-se colher informações ao Gestor sobre a relevância de uma
Contabilidade organizada na empresa.

Obs.: Marque com 1 x nos rectângulos que achares conveniente e preencha os


espaços vazios.
1. Qual é o seu nível académico?
Básico Médio Superior
2. Possui formação profissional na área de gestão?
Sim não
3. Qual é o estado actual da situação económica e financeira da empresa?
Bom Mau Regular
3.1. Qual é a base da sua resposta?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4. Quais são as dificuldades que tem se deparado na gestão da empresa?

________________________________________________________________
________________________________________________________________

5. Usa alguns instrumentos de apoio à gestão na tomada de decisão para conduzir a


empresa?
Sim Não
5.1. Se sim, diga quais:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
6. Como a empresa controla o seu património?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
7. A empresa tem contabilidade organizada?
Sim Não
7.1. Se não, porquê?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________

59
8. Prestas informações de carácter económica e financeira à algumas pessoas?
Sim --- Não Nem sempre
8.1.Se não, diga porque
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
9. Como gestor, que importância atribui à contabilidade?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Muito Obrigado!..

60
ANEXO III

GUIÃO DE INQUÉRITO AOS CAIXAS

Almeja-se com este inquérito auscultar dos Caixas sobre a sua actividade diária e as
relações que se estabelecem com o Gestão da empresa.

Obs.: Marque com 1 x nos rectângulos que achares conveniente e preencha os


espaços vazios.

1. Qual é a sua formação académica?


Básica Média Superior
2. Tem alguma formação profissional na área em que trabalha?
Sim Não
3. Registas todos movimentos que ocorrem na tua área?
Sim Não
4. À quem forneces os registos feitos por ti?
Gestor Contabilista
5. Que dificuldade tem tido no exercício da sua actividade?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6. Na tua opinião, qual é o estado económico e financeiro da empresa?

Bom Mau Regular

7. Acha que a empresa possui uma contabilidade organizada?


Sim Não
a) Se não, diga porquê?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
8. Acha que a contabilidade é importante para o gestor e a empresa em geral?
Sim Não

a) Se sim, porquê?

________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________

61
9. Tem tido informações sobre o estado económico e financeiro da empresa?
Sim Não

Muito Obrigado!..

62
ANEXO IV

GUIÃO DE INQUÉRITO AOS CHEFES DE PRODUÇÃO

Almeja-se com este inquérito avaliar a relação entre o chefe de produção, gestor e a
contabilidade

Obs.: Marque com 1 x nos rectângulos que achares conveniente e preencha os


espaços vazios.

1. Possui alguma formação profissional na área em que trabalhas?


Sim Não
2. Como chefe de produção tem sido fácil gerir os seus auxiliares?
Sim Não Nem sempre
3. Qual é o seu ponto de vista sobre o actual estado económico e financeiro da
empresa? Bom Razoável Mau
4. Registas todos movimentos que ocorrem na tua área?
Sim Não
5. Forneces os registos feitos por ti à quem?
Gestor Contabilista
6. Qual é a frequência dessa prestação de informações?
Diária Semanal Mensal Anual
7. Que avaliação fazes sobre o estado da gestão da empresa?
Bom Razoável Má
8. Tens tido informações sobre o resultado líquido do exercício (lucro ou prejuízos) da
empresa anualmente?
Sim Não
9. A empresa tem contabilidade organizada?
Sim Não
b) Se não, que factores impedem a sua efectivação?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10. Achas que a contabilidade organizada é importante para a gestão e para a empresa
em geral?
Sim Não

Muito Obrigado!..

63
ANEXO V

ORGANIGRAMA DA EMPRESA FIMARCA & FILHOS, LDA

Gestor
Principal

Gestor
financeiro e Vendas Produção Aprovisionamento
dos Recursos
humanos
Decoração de
Impressões Vestuários interiores de
Bordados Brindes
digitais Personalizados Viaturas, e
Reclamos
luminosos

Operário Operário Operário Operário Operário

64
ANEXO VI

Tabelas de resultados da investigação

Guião de inquérito aos Caixas

1. Qual é a sua formação académica?

Opções Frequência Percentagem

Básica 0 0%

Média 2 100%

Superior 0 0%

Total 2 100%

2. Tem alguma formação profissional na área em que trabalha?

Opções Frequência Percentagem

Sim 1 50%

Não 1 50%

Total 2 100%

3. Registas todos os movimentos que ocorrem na tua área?

Opções Frequência Percentagem

Sim 2 100%

Não 0 0%

Total 2 100%

4. À quem forneces os registos feitos por ti?

Opções Frequência Percentagem

Gestor 2 100%

Contabilista 0 0%

Total 2 100%

65
5. Na tua opinião, qual é o estado económico e financeiro da empresa?

Opções Frequência Percentagem

Bom 1 50%

Mau 0 0%

Regular 1 50%

Total 2 100%

6. Achas que a empresa possui uma contabilidade organizada?

Opções Frequência Percentagem

Sim 1 50%

Não 1 50%

Total 2 100%

7. Achas que a contabilidade é importante para o gestor e a empresa de modo


geral?

Opções Frequência Percentagem

Sim 2 100%

Não 0 0%

Total 2 100%

8. Tem tido informações sobre o estado económico e financeiro da empresa?

Opções Frequência Percentagem

Sim 0 0%

Não 2 100%

Total 2 100%

66
Guião de inquérito aos chefes de produção

9. Possui alguma formação profissional na área em que trabalha?

Opções Frequência Percentagem

Sim 3 100%

Não 0 0%

Total 3 100%

10. Como chefe de produção tem sido fácil gerir os seus auxiliares?

Opções Frequência Percentagem

Sim 1 33,33%

Não 0 0%

Nem sempre 2 66,66%

Total 3 100%

11. Qual é o seu ponto de vista sobre o actual estado económico e financeiro da
empresa?

Opções Frequência Percentagem

Bom 2 66,66%

Mau 0 0%

Razoável 1 33,33%

Total 3 100%

12. Registas todos movimentos que ocorrem na tua área?

Opções Frequência Percentagem

Sim 3 100%

Não 0 0%

Total 3 100%

67
13. A quem forneces os registos feitos por ti?

Opções Frequência Percentagem

Ao gestor 3 100%

Ao Contabilista 0 0%

Total 3 100%

14. Qual é a frequência da prestação de informações?

Opções Frequência Percentagem

Diária 1 33,33%

Semanal 0 0%

Mensal 2 66,66%

Anual 0 0%

Total 3 100%

15. Que avaliação fazes sobre o estado da gestão da empresa?

Opções Frequência Percentagem

Bom 1 33,33%

Mau 0 0%

Razoável 2 66,66%

16. Tens tido informações sobre o resultado líquido do exercício (lucro ou


prejuízo)?

Opções Frequência Percentagem

Sim 0 0%

Não 3 100%

Total 3 100%

68
17. A empresa tem uma contabilidade organizada?

Opções Frequência Percentagem

Sim 0 0%

Não 3 100%

Total 3 100%

18. Achas que uma contabilidade organizada na empresa é importante para a


gestão e à empresa em geral?

Opções Frequência Percentagem

Sim 3 100%

Não 0 0%

Total 3 100%

69

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