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FACULDADE DE

ECONOMIA
HUAMBO

UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS


___________________________________________________________________________
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE CONTABILIDADE E
AUDITORIA

TEMA:

PERCEPÇAO DOS PROFISSIONAIS DE CONTABILIDADE SOBRE O SEU


PAPEL NA ORGANIZAÇÃO CONTABILÍSITICA DAS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS MUNICÍPIO DO HUAMBO.

Apresentado por Aldmir Venceslau Faria Capitango em 2018

HUAMBO – 2018
FACULDADE DE
ECONOMIA
HUAMBO

UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS


___________________________________________________________________________
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE CONTABILIDADE E
AUDITORIA

TEMA:

PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE CONTABILIDADE SOBRE O SEU


PAPEL NA ORGANIZAÇÃO CONTABILÍSITICA DAS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS MUNICÍPIO DO HUAMBO

Orientador:

Msc, Eurico Lionjanga Cangombe

N.º ____/ 20 _____

HUAMBO – 2018
Dedicatória

Aos meus pais Menezes Capitango e Maria Faria Da Murta pelo amor e carinho
e por me terem cuidado e apoiado sempre.

Aos meus irmãos Jelson, Sandra, Guilherme, Chinória, Jéssica, Fabiana,


Znaider, Benvinda, Juliana, Betilson, Nádia por estarem comigo em todos os
momentos da minha vida.

A minha companheira Piedade Chamundji Isabel Matuca, pelo carinho, atenção


e por estar comigo nos bons e maus momentos o meu muito obrigadoA minha
filha Marília Rosângela Cândido Menezes, grande presente que Deus me
concedeu e meu motivo para trabalhar e sorrir todos os dias, pela força, energia
e determinação que tem me dado.

Aldmir Venceslau Faria


Capitango

i
Agradecimentos

Agradeço a Deus, Todo-poderoso pelo imenso amor que tem por mim, pelo dom
da vida e por me ter feito acreditar que tinha capacidade de terminar mais essa
etapa.

À Direcção da Faculdade de Economia da Universidade José Eduardo dos


Santos, pelos esforços empreendidos no sentido da formação de técnicos
superiores de qualidade na área de Contabilidade e Auditoria.

Ao corpo docente da Faculdade de Economia, pelo facto de não medirem


esforços em transmitir os seus conhecimentos ao longo da formação.

Agradeço ao Professor Mestre Eurico Lionjanga Cangombe, pela confiança ao


assumir o compromisso de ser meu orientador, bem como, por toda a atenção,
orientação e incentivo recebido.

Aos contabilistas das empresas inquiridas um agradecimento muito especial,


pela disponibilidade e prontidão, sem os quais este estudo jamais seria possível.

A todos os colegas da academia e amigos especialmente Alfredo Longuenda


Kupua, Julino Catotala, Teresa Chico, Isaías Fernando, João Nunes, Elias
Pereira, Wilson Lopes, Vanildo Abel, Cardona, Severino Aurélio e outros pela
entreajuda, companheirismo e amizade, os quais foram abordados
frequentemente com questões e pedidos.

É com enorme carinho que agradeço a todos aqueles que, directa ou


indirectamente, tornaram possível esta longa jornada. Revelou-se um percurso
nem sempre fácil, com alguns percalços e momentos de fraquezas, mas sempre
com o apoio incondicional de quem jamais me deixaria desistir.

Em último, mas com lugar muito especial no meu coração, agradeço à minha
família todo o apoio, incentivo e alento. Obrigado pela paciência, pela
compreensão nas minhas faltas, pelo carinho e ajuda nos momentos de
desistência.

ii
Sumário

INTRODUÇÃO ...................................................................................... 1
Objectivo Geral: .................................................................................................................. 3
Objectivos Específicos: ...................................................................................................... 3

1 CAPÍTULO I REVISÃO DA LITERATURA ............................................. 6


1.1 Caracterização das Micro e Pequenas Empresas ............................................... 6
1.1.1 Micro e Pequena Empresa ............................................................................. 6
1.1.2 Importância das micros e pequenas empresa no desenvolvimento
económico de angola ..................................................................................................... 8
1.2 A Contabilidade ..................................................................................................... 13
1.2.1 Objectivo da Contabilidade .......................................................................... 15
1.2.2 Importância da aplicação da contabilidade nas empresas ........................ 16
1.2.3 A informação contabilística .......................................................................... 17
1.2.4 Princípios contabilísticos (PGCA) a ter em conta na preparação das
demonstrações financeiras.......................................................................................... 19
1.2.5 Utentes da Informação Contabilística.......................................................... 20
1.3 O Contabilista ........................................................................................................ 21
1.3.1 Deveres e Direitos do Contabilista .............................................................. 24
1.3.2 Sigilo Profissional .......................................................................................... 28
1.3.3 Função do contabilista na empresa ............................................................. 29
1.3.4 Ética- Uma abordagem Sobre o Percepção dos profissionais de
contabilidade sobre o seu papel na organização contabilística. .............................. 30
1.3.5 Aceitação de Clientes e Trabalhos .............................................................. 32

2 Capitulo II Metodologia .................................................................33


2.1 Modelo de investigação ........................................................................................ 33
2.2 Métodos de Investigação ..................................................................................... 33
2.4-Técnicas de Investigação – Métodos de Levantamento de dados ....................... 36
2.5-Tipo de Investigação ................................................................................................. 38

3 CAPÍTULO III ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................... 41


3.1 Análise Demográfica da Amostra dos Profissionais de Contabilidade ............ 41
3.12.1-Análise das Hipóteses ...................................................................................... 50
3.12.2- Hipótese 1: Os profissionais de contabilidade têm uma percepção sobre qual
deve ser o seu perfil ......................................................................................................... 50
Formação .......................................................................................................................... 50

iii
Valores Pessoais .............................................................................................................. 51
Prestação do Serviço com Qualidade ............................................................................ 53
3.12.3- Os profissionais de contabilidade têm uma percepção sobre o seu papel
determinante na preparação de informação para a tomada de decisão ..................... 54
Suporte para Tomada de Decisões ................................................................................ 54
3.12.4- Os profissionais de contabilidade têm uma percepção sobre o seu papel no
domínio da garantia da compliance e ético ................................................................... 55

Conclusão ........................................................................................... 58
Recomendações ....................................................................................... 59
Sugestões ................................................................................................. 61
Limitações de Estudo ....................................................................................................... 62

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICAS .................................................................. 63


ANEXO ........................................................................................................ a

iv
Lista de Abreviaturas e Siglas

ANOVA Análise de Variância

BNA Banco Nacional de Angola

DF´s Demonstrações Financeiras

H Hipótese

IFAC Federação Internacional de Contabilistas

MPE´s Micro e Pequenas empresas

NSC Sistema de Normalização Contabilística

NCRF Norma Contabilística e de Relato Financeiro

OCPCA Ordem dos Contabilistas e dos Peritos Contabilistas de Angola

Plano Geral de Contabilidade Angolano


PGCA

v
Lista de Tabelas
Tabela nº 1. Classificação de MPEs………………………………………………………………………………………….8
Tabela nº 2 . Cálculo da amostra e a População da
Pesquisa……………………………………….………………….………………………..…36

Tabela nº 3. Análise de Coeficiente de Alpha Cronbach's…………………………......46

Tabela nº 4. Análise de Variância as variáveis independentes……………………..…..47


Tabele nº 5- O profissional de Contabilidade deve ter formação com estágio
obrigatório…………………………………………………………………………........….. .48
Tabela nº 6 - O profissional de contabilidade deve ter valores pessoais como ética,
honestidade, liderança e vocação……………………………………………………........49
Tabela nº 7- O profissional de contabilidade deve prestar serviço de qualidade,
demonstrando experiência, boa comunicação com os clientes e bem
apresentado…………………………………………………………………………….…….50
Tabela nº 8- Percepção dos Profissionais de sobre a Importância do Seu papel
enquanto auxiliador na Tomada de Decisões das Micro Pequenas
Empresas………………………………………………………………………………..……51
Tabela nº 9- Percepção dos Profissionais de sobre a Importância do Seu papel
enquanto Barómetro Ético e da Compliance Legal…………………………..………….52
Tabela nº 10 -Efeitos de influência das variáveis independentes sobre a variável
dependente……………………………………………………………………………...……53

vi
Lista de Figuras

Figura nº 1. Resumo das características qualitativas das DF’s…………………………20

Figura nº 2. Utentes da Informação Contabilística………………………………………..21

Figura nº 3. Estrutura das Funções do Contabilista, uma profissão Empolgante do


Seculo XXI……………………………………………………………………………………..30

Figura nº 4. Factores para aceitação de clientes e trabalhos a executar pelo


contabilista…………………………………………………………………..………………...32

vii
Lista de Gráficos
Gráfico 1. Distribuição da Amostra por Sexo………………………………………………………………………41
Gráfico 2. Distribuição da Amostra por Idade ................................................................. 41
Gráfico 3. Distribuição da Amostra por Nível de Escolaridade .......................................... 41
Gráfico 4. Distribuição da Amostra por Condição enquanto profissional de contabilidade. 42
Gráfico 5. Distribuição da Amostra por Tamanho da empresa. ......................................... 43
Gráfico 6. Distribuição da Amostra por Tempo de Serviço ............................................... 44
Gráfico 7. Distribuição da Amostra por Cargo ou função exercida. ................................... 47

viii
Resumo

O presente estudo versa sobre a Percepção dos profissionais de contabilidade


sobre o seu papel na organização contabilística das micro e pequenas empresas
no Município do Huambo. Este estudo tem como objectivo Saber de que forma
o profissional de contabilidade exerce o seu papel nas micro e pequenas
empresas. Foi utilizada uma pesquisa descritiva. Utilizou-se uma população de
92 contabilistas, com uma amostra de 74 contabilistas sedeados no Município
Sede do Huambo. Para a análise das dados utilizou-se a análise de fiabilidade
de escala, análise de correlação e o modelo de regressão linear múltipla. Para
dar resposta ao problema científico colocado, estabeleceu-se três hipóteses H1;
H2 e H3. Obteve-se um coeficiente de alpha cronbach's 84,06%, mostrando uma
consitência boa entre as variáveis indepedentes de estudo. Quanto a análise de
variancia todas as populações são positivas e semelhantes, factor que levou a
aceitar as hipoteses formuladas. Quanto ao coeficiente de determinação (R²
ajustado) é de 71,89% mostrando que “ a percepção dos profissionais de
contabilidade sobre o seu papel na organização contabilística das MPE´s” é
explicada pelas variáveis independentes. Concluiu-se que o perfil do profissional
de contabilidade, comportamento ético do aspecto legal, a preparação das
informações contabilísticas influência positivamente na percepção dos
contabilistas sobre o seu papel na organização no Município do Huambo.

Palavras-chave: Contabilidade, Contabilista, Micro e pequenas empresas.

ix
INTRODUÇÃO

A necessidade da acumulação de lucros e de racionalização dos custos que as


empresas enfrentam dia após dia, tem sido a grande questão que se têm
debatido por estas, no sentido de garantirem uma boa escolha no destino dos
rendimentos, para a continuidade das empresas no mundo do negócio. Assim
sendo, a competitividade e o recente processo de globalização levaram as
empresas a investirem em fontes de informações contabilísticas que permitem
elaborar diversas ferramentas para avaliação, controlo e projecção de situações
contribuindo para os processos de gestão e a criação de estratégias.

Relevância da Pesquisa

Escolheu-se este tema pelo facto de abarcar uma importância fulcral de modo a
despertar interesse na comunidade empresarial, e remeter à compreensão da
existência da informação contabilísticas produzida pelos contabilistas, isto é, em
caso de tomada de decisão que precise da idoneidade de um profissional
especializado na área, de situações em que o seu tratamento deve carecer de
informações concisas e exactas que só podem ser produzidas por pessoas
reconhecidas na ordem em questão.

Isso tudo para o engrandecimento e fomento da economia a partir de empresas


saudáveis. Para a academia, este tema torna-se fundamental para o
aprofundamento de estudos futuros referentes à matéria de Contabilidade Geral,
servindo também de material de consulta e enriquecendo a literatura. Para o
contexto angolano, esta pesquisa não deixa de ser importante, pois, vai ajudar
na divulgação destes serviços, contribuindo para o desenvolvimento da
economia tendo empresas capazes de prevenirem-se de riscos e catástrofes
empresariais, mediante informação vinda de Peritos Contabilistas certamente
reconhecidos pela Ordem dos Contabilistas.

Justificativa

Nos dias actuais, pode-se considerar que existe uma luta árdua para possuir um
património. Geralmente, tem-se a consciência de que tudo aquilo que é realizado
e acumulado em resultado de um trabalho árduo em muitos anos, pode ser
perdido da noite para o dia, isto é, em virtude da má ou não utilização dos dados
contabilísticos.

1
Entretanto, a partir do momento em que as pequenas e médias empresas
mantêm a economia do Huambo, resolvi aprofundar os conhecimentos como
profissional de Contabilidade bem como encorajar a classe empresarial da
província do Huambo no uso da informação produzida pela contabilidade como
ferramenta indispensável para a tomada de decisão e não utilizar apenas a
contabilidade para as exigências fiscais.

Na voz de alguns autores consultados, apontam para a responsabilidade do


contabilista que vai além do fornecimento de informações aos gestores das
entidades, pois é necessário vencer os obstáculos ligados aos mais diversos
factores presentes na actividade diária do profissional de contabilidade,
especialmente o pragmatismo e as questões ideológicas.

Ao fazer um diagnóstico acerca da Percepção dos profissionais de contabilidade


sobre o seu papel na organização contabilística das micro e pequenas empresas
no Município do Huambo, nota-se que este profissional deve estar preparado
para desenvolver actividades de valor e ser reconhecido como trabalhador do
conhecimento; nesta linha de ideias, fez-se um paralelo da enorme
responsabilidade presente na acção do contabilista, especialmente sob o
aspecto empresarial.

A ênfase dada à Contabilidade e a profissão de contabilista tem mudado nos


últimos anos, as mudanças ocasionadas pela adopção das normas
internacionais de contabilidade, proporcionaram alteração não só nas normas e
procedimentos contabilísticos, mas também na forma de actuação dos
contabilistas; assim como afirmam alguns autores.

Nesse processo, o profissional de contabilidade passou a ser visto como


oportunidade de negócio, ou seja, um diferencial para a gestão das empresas na
medida em que deixa de cumprir apenas com as obrigações acessórias e passa
a participar mais activamente do processo de administração das organizações
(Leal e Soares, 2008).

Problema científico

A informação contabilística por si só em forma de relatórios numéricos e


quantitativos não fornece subsídios suficientes para que haja uma boa gestão do
património empresarial. Faz-se necessário o acompanhamento de um

2
profissional capacitado para interpretar estes dados afins de auxiliar na tomada
de decisões pela administração da empresa.

Diante de um leque diversificado de actividades, podemos dizer que a tarefa


básica do contabilista é produzir e/ou gerir informações úteis aos usuários da
contabilidade para a tomada de decisões. Ressalta-se, entretanto, que, em
nosso país, em alguns segmentos da nossa economia, principalmente na
pequena empresa, a função do contabilista foi distorcida infelizmente), estando
voltada quase que exclusivamente para satisfazer às exigências do fisco
(Taveira, Emilio, & Maciel, 2004).

Perante esta realidade, pode-se perceber a importância do contabilista para a


ascensão da empresa uma vez que os dados e análises fornecidas por este
profissional são de suma importância na tomada de decisões de todos os
sectores directa ou indirectamente envolvidos com a empresa. Tendo em vista o
profissional contabilidade, a forma como este vem sendo classificado pela
sociedade e perante as empresas, e o avanço tecnológico, surge o seguinte
questionamento: Por esta razão levanta-se o seguinte problema científico:

Qual é a percepção dos profissionais de contabilidade sobre o seu papel nas


micro e pequenas empresas no Município do Huambo?

Objectivos

Objectivo Geral:
Saber de que forma o profissional de contabilidade exerce o seu papel nas micro
e pequenas empresas no Municipal do Huambo.

Objectivos Específicos:
▪ Identificar na literatura os principais determinantes teóricos da percepção
dos profissionais de contabilidade sobre o seu papel na organização em
geral e de forma particularizada nas pequenas e medias empresas;
▪ Servir-se dos instrumentos metodológicos para demonstrar o papel que
tem o contabilista nas micro e pequenas empresas do Município do
Huambo.
▪ Analisar e interpretar os dados e resultados obtidos através do
questionário dirigido aos profissionais de contabilidade.

3
Motivação para a escolha do tema

Com base na análise dos conceitos, objectivos e do papel do contabilista nas


MPE´s, resultaram as seguintes situações:

▪ Existe uma grande deficiência no conhecimento da importância dos dados


contabilísticos por parte dos empresários e dos seus parceiros;
▪ Os empresários, geralmente só procuram pelos serviços quando
obrigados, por não verem vantagens significativas;
▪ Para fazer chegar em Angola em particular no Huambo e não só, no
sentido de reforçar o papel que tem o contabilista nas MPE´s,
independentemente do cumprimento obrigatório das exigências fiscais e
cumprimento com os requisitos de financiamento bancário.

Delimitações da Pesquisa

Este trabalho científico está limitado em apresentar o valor que tem o contabilista
nas suas diversas áreas do saber às MPE´s, no sentido de dar a conhecer aos
empresários como público alvo as várias formas de puderem utilizar os serviços
contabilísticos, mediante o questionário feito aos contabilistas das MPE´s. Desta
feita, o facto de ter sido dirigido as MPE´s, não retira a possibilidade de poderem
ser adoptados por grandes empresas; por outra, está delimitado quanto a sua
localização, pois o questionário foi dirigido aos contabilistas do município do
Huambo.

Hipóteses do Trabalho:

No presente trabalho defende-se as hipóteses seguintes:

H1 Os profissionais de contabilidade têm uma percepção sobre qual deve ser o


seu perfil;

H2 Os profissionais de contabilidade têm uma percepção sobre o seu papel


determinante na preparação de informação para a tomada de decisão;

H3 Os profissionais de contabilidade têm uma percepção sobre o seu papel no


domínio da garantia da compliance e ético.

4
Estruturação do trabalho

Este trabalho é constituído por uma introdução, três capítulos e a consolidação.


Na introdução que aqui se encerra foram descritos os antecedentes do tema e o
sistema de objectivos pretendidos. Em seguida tem-se o capítulo I, que trata da
revisão bibliográfica onde são apresentados os conceitos que se julgam
necessários para fundamentar teoricamente à problemática em estudo. No
capítulo II estabeleceu-se os fundamentos metodológicos e os procedimentos de
tratamento dos dados. No Capítulo III, tratou-se da análise e discussão dos
resultados. Finalmente, tem-se a parte da consolidação da pesquisa que é
composta pelas conclusões, recomendações, limitações e sugestões.

5
1 CAPÍTULO I REVISÃO DA LITERATURA

1.1 Caracterização das Micro e Pequenas Empresas

1.1.1 Micro e Pequena Empresa

As Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPE) têm sido um dos principais


instrumentos de sustentação das economias modernas, incluindo as dos países
mais desenvolvidos, não apenas por participarem na redução do desemprego,
mas também por se ajustarem às necessidades das comunidades e, com isso,
contribuírem, significativamente para a redução da informalidade e da pobreza.

Assim sendo e tendo em vista o fomento das Micro, Pequenas e Médias


Empresas, foi aprovada a Lei 30/11 de Setembro que estabelece as normas
relativas ao tratamento diferenciado que devem merecer as Micro, Pequenas e
Médias Empresas (MPE), bem como as condições de acesso aos respectivos
incentivos e facilidades.

De acordo com Costa (2005) Não existe uma definição única de pequena e
media empresa. Os governos dos países e a própria Legislação existente usam
uma grande variedade de definições de acordo com a situação que lhes é
apresentada. Investigadores da área desenvolveram, da mesma forma, uma
grande variedade de definições de acordo com a actividade económica e com
os aspectos em estudo.

Ainda segundo o autor relativa à definição de pequenas e médias empresas


Considera-se uma empresa qualquer entidade que, independentemente da sua
forma jurídica, exerça uma actividade económica. São, nomeadamente,
consideradas como tal as entidades que exerçam uma actividade artesanal ou
outras actividades a título individual ou familiar, as sociedades de pessoas ou as
associações que exerçam uma actividade económica.

Considera-se uma empresa de media dimensão uma empresa que:

▪ Emprega mais de 100 até 200 trabalhadores;


▪ Cujo a Facturação Bruta anual e de 3 milhões de Usd e igual ou inferior
a 10 milhões de Usd (no valor equivalente em Kz).
▪ E que não faz parte de um grupo de empresas associadas nem faz parte
de

6
Um grupo de empresas associadas que preencha as condições previstas
nas alíneas (i) e (ii).

Uma pequena empresa:

▪ Emprega mais de 10 até 100 trabalhadores;


▪ E cujo a facturação bruta anual superior a 250 mil Usd e igual ou superior
a 3 milhões de Usd (no valor equivalente em Kz).
▪ E que não faz parte de um grupo de empresas associadas nem faz parte
de um grupo de empresas associadas que preencha as condições
previstas nas alíneas (i) e (ii).

Define-se como micro empresa a empresa que:

▪ Emprega menos de 10 trabalhadores;


▪ Facturação bruta anual não excede 250 mil USD (no equivalente em Kz);
▪ E que não faz parte de um grupo de empresas associadas, nem faz parte
de um grupo de empresas associadas que preencha as condições
previstas nas alíneas (i) e (ii).

Deste modo, no preâmbulo à Lei 30/11 de 13 de Fevereiro, como está


formalmente expresso que tradicionalmente as Micro, Pequenas e Médias
Empresas têm sido dos principais instrumentos de sustentação das economias
modernas, incluindo as dos países mais desenvolvidos, não apenas por
participarem na redução do desemprego, mas também por se ajustarem às
necessidades das comunidades e, com isso, contribuírem significativamente
para a redução da informalidade e da pobreza.

Face a este contexto, o anteriormente mencionado diploma legal vem dar


resposta efectiva à formulação de uma estratégia e estruturação das políticas e
programas dirigidos às referidas empresas.

De acordo com a Associados (2012) as Micro, Pequenas e Médias Empresas


(MPE) distinguem-se por dois critérios, nomeadamente, o número de
trabalhadores efectivos e o volume de facturação total anual, sendo este último
o prevalecente sempre que for necessário decidir sobre a classificação das
mesmas.

7
Assim MPME são todas as empresas que, de acordo com o exercício económico
do ano anterior se enquadrem nos seguintes requisitos:

Tabela 1. Classificação de MPEs

Tipo de Empresa N.º Máximo de Facturação Bruta Anual USD


Trabalhadores

Micro Empresas 1 – 10 até 250.000

Pequenas Empresas 11 – 100 >250.000 - < 3.000.000

Médias Empresas 101 – 200 >3.000.000< -10.000.000

Fonte: Lei n.º 30/11, 2011), Lei das Micro Pequenas e Médias Empresas

Contudo existem restrições, tipificadas na Lei, para que uma empresa, mesmo
que obedeça aos parâmetros expressos na tabela e que são:

a) Quando no seu capital participe o Estado ou outras entidades públicas,


excepto, universidades e centros de investigação, nestes casos com o limite
máximo de 25% do capital social;

b) Sempre que no seu capital participe outra empresa que não seja
MPME,

Independentemente do tipo societário em causa;

c) Que participe no capital de outras empresas que não sejam MPME,


independentemente do tipo societário em causa;

d) Que seja filial ou sucursal, no País, de uma empresa com sede no


exterior do país;

e) Que exerça actividade no sector financeiro bancário e não bancário

1.1.2 Importância dos micros e pequenas empresas no desenvolvimento


económico de angola

As micro e pequenas empresas continuam a desenvolver nos dias actuais um


papel relevante para as comunidades e municípios a onde se encontram
inseridas. Constituem uma forma rápida e célere de inserção do meio das

8
comunidades comparativamente as grandes Empresas, que necessitam de
avultados investimentos, mão-de-obra qualificada e especializada.

A realidade Angolana não difere da realidade de outros países, em Angola com


o eclodir da Independência e da Paz, fruto do crescimento da economia
Angolana, paulatinamente vão surgindo micro e pequenas empresas que
encontram – se espalhadas em diversas partes do país algumas vulgarmente
conhecidas como “janelas abertas” e não só.

O ambiente macroeconómico do país tem propiciado tal condição, e


hodiernamente, grande parte das famílias já encaram estes estabelecimentos
como fontes de sustento para as famílias.

Quando ainda os grandes centros comerciais apresentavam um surgimento


tímido e a um ritmo gradativo lento, as micro e pequenas empresas despontaram
nas comunidades e permitiam um estreitar das relações comerciais, bem como
supressão de grandes parte dos bens e serviços, que geralmente apenas
poderia ser encontrado nas grandes superfícies urbanas (Karla, Justino, Multi, &
Ufpb, 2016).

Callado (2003) nas suas abordagens realça que, as micro e pequenas empresas
constituem o cerne da dinâmica da economia dos países, as impulsionadoras
dos mercados, as geradoras de oportunidades, as proporcionadoras de
emprego, mesmos em situações de crises.

Para Lacerda (2005), as empresas de pequeno porte têm demonstrado


flexibilidade para constituir arranjos organizacionais, valorizando a estrutura
simples, mais dinâmica, inovadora e sensível às exigências de mercado e desta
forma prestar um atendimento personalizado ao consumidor.

As micro empresas em Angola ajudaram a criar rendas para as pessoas com um


rendimento per capita baixo, contribuem para arrecadação de receitas através
do pagamento de impostos e ainda contribuem para o sustento de famílias.

Propiciar condições para o surgimento de micro empresas nas comunidades


ajuda de certa forma impulsionar o empreendedorismo para grande parte da
juventude desempregada e permite destarte, contribuir para o desenvolvimento
dos municípios a onde as mesmas encontram-se inseridas.

9
Em um ano de crise, muito tem-se falado nas possíveis saídas para o embaraço
económico que passamos. Ao analisar os números do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados, vê-se que nos últimos anos temos tido mais
demissões do que admissões.

É interessante perceber que quando comparamos a geração de empregos entre


as micro e pequenas empresas, empresas de pequenos porte e nas empresas
maiores, o saldo da geração de emprego só é positiva entre as menores. Isso
significa dizer que na base da pirâmide, as micro e pequenas têm gerado mais
do que demitido (Antonik, 2004).

Outro ponto importante que vale à pena ser ressaltado é que isso mostra também
um número considerável de novas empresas sendo formalizadas, gerando, além
do emprego, mais receita para os municípios.

Além da Lei Geral, é importante que as MPEs recebam também um


acompanhamento especial, que tenham atenção dos governos. O
Desenvolvimento não pode ser negligenciado e precisa ser encarado como
prioridade. Ao avaliar a quantidade dos empreendedores individuais ano a ano,
percebe-se que há um crescimento exponencial (Antonik, 2004).

As micro e pequenas empresas (MPE) possuem papel importante no processo


de desenvolvimento económico. Tais negócios contribuem pelo menos de três
formas para a economia:

1. Participação na geração de novos empregos, com consequente redução


da pobreza; fonte de actividade inovadora, colaborando para o
desenvolvimento do talento empreendedor e da competitividade do sector
industrial; e geração de maior flexibilidade à estrutura industrial,
permitindo maior dinamismo económico e ajustes mais rápidos aos
choques económicos. A efectivação desse potencial, contudo, depende
de condições e pré-requisitos e não se aplica necessariamente para todos
os países, sectores e empresas (Gomes & Gomes, 2007).
2. Na prática, as MPE apresentam grande heterogeneidade entre si, seja em
função da localidade, dos sectores onde actuam ou do preparo regencial
e técnico dos gestores para competir no mercado. Potenciais embriões de
grandes negócios, são empresas que em geral apresentam limitações

10
financeiras e de pessoal, vulneráveis às mudanças do mercado
(Maçaneiro, 2008).
3. Nesse sentido, desenvolver formas de auxiliar o desenvolvimento dessas
empresas é fundamental. Para subsidiar o desenho de políticas públicas,
podemos dividir essas empresas em dois grandes grupos baseados em
graus de maturidade: as empresas tradicionais e as de alto dinamismo. O
atendimento a cada grupo se volta a objectivos distintos. Os resultados
pretendidos, quando se estimula empreendedores por conta própria
(como cabeleireiros, vendedores, costureiras, entre outros), por exemplo,
são a geração de empregos e a redução da pobreza. Já o fortalecimento
das micro e pequenas empresas inovadoras visa, por sua vez, a gerar
maior competitividade industrial, empregos de qualidade e o crescimento
económico (Antonik, 2004).

Gerir uma microempresa não é tarefa fácil. Toda empresa, independentemente


de seu porte, passa por uma série de obstáculos. O importante é estar preparado
para enfrentar as adversidades da melhor forma possível, a fim de que elas
façam parte do processo de gestão e crescimento da empresa (Cristina &
Fontes, 2014).

Portanto, fica muito mais fácil enfrentar desafios quando você prepara-se
previamente para encará-los. Atitudes preventivas farão com que você supere
qualquer dificuldade e torne-se um gestor melhor a cada dia.

Conheça os oito maiores desafios enfrentados na gestão de micro e pequenas


empresas e como eles podem ser solucionados.

1.1.2-Falta de conhecimento ou habilidade

Ter domínio a respeito do campo em que deseja actuar é fundamental. Você


precisa saber muito sobre o tipo de negócio que deseja abrir, a concorrência,
público-alvo, tendências actuais, técnicas de divulgação e conhecimento
financeiro de seu empreendimento. Outro factor relevante são as habilidades
necessárias para abrir sua microempresa. Pesquise muito, converse com
microempresários, leia livros a respeito de seu ramo de negócio e sobre gestão
de micro e pequenas empresas (Andrade, Teixeira, Fortunato, e Nossa, 2013).

11
2. Capital

A falta de recurso suficiente é um dos problemas que mais pode levar uma
empresa a não ter sucesso. O pensamento mais errado de um mico
empreendedor é achar que o lucro virá a curto prazo. Como microempresário, é
preciso compreender que demora cerca de dois anos, em média, para que uma
companhia comece a gerar lucro, portanto, antes de abrir seu próprio negócio,
certifique-se de ter recursos financeiros em caixa, e que estes possibilitem
sustentar sua empresa pelo menos por esse período de tempo (Miranda, 2009).

3. Planeamento

Jovens empreendedores, na ânsia de abrirem logo seu próprio negócio, se


esquecem de um passo essencial para o sucesso: um plano de negócios. Sem
um direccionamento, é impossível estabelecer metas. Ele trará a descrição da
sua empresa, o investimento necessário, qual trajecto que se deseja seguir com
seu empreendimento, a pesquisa de mercado e a análise dos concorrentes.
Através do plano de negócios o empreendedor terá um retracto preciso de
quanto precisará investir e de que caminho trilhar para alcançar seus objectivos
(Fialho, 2016).

4. Excesso de informações

Todo empresário arrojado quer estar a par dos novos acontecimentos e


tendências do mercado, e deve estar. Porém, é fundamental filtrar as
informações colectadas ou recebidas, verificando se suas fontes são confiáveis.
Em um mundo em constante mutação, é importante evoluir, mas mais importante
ainda é manter-se estável e não aderir a quaisquer mudanças de modo
intempestivo, sem que haja uma análise anterior criteriosa (Macarenco, 2006).

5. Prioridades

Por muitas vezes, os jovens empresários ficam tão focados em atender aos
clientes e lidar com a burocracia diária que se esquecem de algo
primordial: analisar a sua empresa. Seleccione um dia ou mesmo algumas horas
por semana para verificar como o seu negócio está, as áreas que requerem mais
atenção, revendo entradas, saídas e pagamentos em geral. Deixe tudo sempre
em dia, e actualize também seu acordo com os seus fornecedores anualmente
(Leonardo, 2017).

12
6. Tempo

Sobretudo, em um empreendimento tempo é dinheiro, portanto gerir o seu tempo


com eficácia. Planeie previamente as suas acções e certifique-se de que os seus
compromissos sejam cumpridos com pontualidade. Disponibilize o tempo
necessário para exercer as suas actividades na administração. Planeie seus
projectos futuros. Faça uso de uma agenda ou calendário para que não perca
prazos, reuniões e eventos importantes (Chiavenato, 2003).

7. Clientes

Captar clientes é essencial, porém mais primordial ainda é retê-los. Toda


empresa passa por momentos de altos e baixos. Para evitar ou minimizar essas
fases, deve-se captar e, sobretudo, manter seus compradores. Use mecanismos
de marketing para atrair e encantar seus clientes. Embora a maioria dos
compradores tenha certa resistência a optar pelo que é novo, lembre-se de que
grandes organizações geralmente possuem produtos mais caros. Pense em um
modo de captar novos clientes, como pequenas demonstrações de seu produto
ou serviço (Souza e Santos, 2014).

8. Funcionários

Na gestão de micro e pequenas empresas muitas vezes há dificuldade em


encontrar mão de obra qualificada. Para atrair talentos para sua empresa, dê a
eles um ambiente saudável e liberdade de expressão, o que dificilmente ocorre
em empresas de grande porte. Faça com que eles sintam-se como seus
parceiros, e dessa forma eles também despertarão a paixão pelo seu negócio e
o desejo de que ele progrida.

Com o capital necessário, planeamento, conhecimento, acompanhamento de


seu negócio e muita dedicação, você terá tudo para ser bem-sucedido em
seu empreendimento (Pinto, 2011; Souza e Santos, 2014).

1.2 A Contabilidade

Teoria Da Contabilidade – Uma Abordagem Conceitual

À teoria da contabilidade ganhou notoriedade a partir das transformações


ocorridas nas últimas décadas. As empresas a partir do surgimento de novos
produtos e serviços, que somados aos avanços tecnológicos, trouxeram dúvidas

13
e questionamentos sobre os registos contabilísticos das transacções
económicas e suas implicações na divulgação aos usuários (clientes,
accionistas, etc.)

Embora algumas questões contabilísticas estejam minuciosamente detalhadas,


ainda existe muitas que deixam um amplo campo para questionamento. Tais
contrapontos não são resolvidos por completo pelas autoridades e órgãos
reguladores, dependendo muitas vezes da decisão pessoal dos profissionais da
contabilidade, envolvidos com casos específicos. (A. Maria, 2002)

Segundo Leonardo (2017) alguns enfoques vêm sendo feitos no sentido de


solucionar tais divergências:

a) Enfoque fiscal;

b) Enfoque legal;

c) Enfoque ético;

d) Enfoque comportamental;

e) Enfoque económico;

f) Enfoque estrutural.

Baseado nesta mesma óptica, Aranha (2001), coloca que a teoria da


contabilidade pode ser encarada sob vários prismas. Ele apresenta as seguintes
abordagens:

a) Abordagem ética;

b) Abordagem legal;

c) Abordagem comportamental;

d) Abordagem macroeconómica;

e) Abordagem sociológica;

f) Abordagem sistémica;

g) Abordagem dedução e indução.

Entretanto apresenta como premissa fundamental, o estabelecimento dos


objectivos e limites de actuação da contabilidade na construção de suas teorias.

14
Em sua concepção é necessário o conhecimento do modelo decisório, do
usuário, dada a relevância da informação.

Um dos principais objectivos da contabilidade e dos seus relatórios é definido


por Martins, Gelbcke, Santos, e Iudícibus (2013), como sendo “... Fornecer
informação económica relevante para que cada usuário possa tomar suas
decisões e realizar seus julgamentos com segurança”.

Segundo Silva Jorge Kastumi (2008) “a teoria da contabilidade têm sido definida
como um conjunto coerente de princípios lógicos que:

1. Oferece uma compreensão melhor das práticas existentes a


contabilistas, investidores, administradores e estudantes.

2. Oferece um referencial conceitual para a avaliação de práticas


contabilísticas existentes.

3. Orienta o desenvolvimento de novas práticas e novos procedimentos”.


Dentro dos vários enfoques, brevemente citados, Martins, Gelbcke, Santos, &
Iudícibus (2013) expõem, dentro de sua concepção, que “uma vez estabelecidos
os objectivos, é preciso verificar a metodologia ou abordagem a ser utilizada”.

Fazendo um fechamento às considerações aqui discorridas a cerca das teorias


contabilísticas, tanto Visintin (2012), quanto Martins et al. (2013), admitem o facto
de que a contabilidade deverá percorrer um longo caminho de pesquisa na
tentativa de contribuir para o avanço da disciplina como ciência.

1.2.1 Objectivo da Contabilidade

Os objectivos, ou como preferem alguns autores, as finalidades da Contabilidade


são destacadas por diferentes estudiosos da ciência de contabilidade. Desta
feita, vale salientar, conforme destaca a NCRF (Norma Contabilística e de Relato
Financeiro), descrita no livro do SNC (Sistema de Normalização Contabilística),
explicado por Oliveira; et al. (2009), que “a existência de objectivos específicos
não é essencial à caracterização de uma ciência, pois, caso o fosse, inexistiria a
ciência “pura”, aquela que se concentra tão-somente no seu objecto”.

Ainda ressalta a citada Norma que o objectivo científico da Contabilidade


manifesta-se na correcta apresentação do património e na apreensão e análise
das causas das suas mutações. De referir que normalmente, esta é uma visão

15
científica, mas existe uma visão pragmática adoptada por muitos estudiosos da
Contabilidade, assim como: (Hermes, 2016; Lopes, 2013; Tam & Vai, 2010), que
defendem que a aplicação da Contabilidade à uma entidade particularizada
busca prover os usuários com informações sobre aspectos de natureza
económica, financeira e física do património da entidade e suas mutações, o que
compreende registos, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos,
expressos sob a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas e outros.

De uma forma Simples e clara, encontra-se Aires Lousã; Cristina Salguerinho,


(2015); Fonseca, (2014) e dizendo que poucos sabem que um dos objectivos e
finalidade da contabilidade, é simplesmente o de preparar relatórios para os
administradores ou a terceiros com o fim de ajudar na análise e nas decisões da
empresa, seja ela com ou sem fins lucrativos.

1.2.2 Importância da aplicação da contabilidade nas empresas

Hoje em dia as empresas, seus sócios e administradores são condenados e


punidos por leis comerciais, civis e penais pelo simples facto de não manter em
ordem sua contabilidade. Um dos motivos que isso ocorre, é pela falta de não
levar mais a sério as suas documentações relativas à transacção operacional,
fazem negócios fora do objectivo social, acabam por misturar ou confundir os
bens particulares do sócio e da empresa, cometem desvios, ou até mesmo fazem
contratações de profissional não qualificado para determinada função (José
Bernado António Dunn, 2010; Nunes, 2004; Pena et al., 2017b).

A contabilidade é a alma da empresa, ela é responsável por registar todos os


actos e factos, que ocorre dentro da empresa. Se os administradores são
devidamente correctos: documentações adequadas, transacções de negócios
dentro dos padrões e objectivos da empresa, os resultados e reflexos são
imediatos. A Contabilidade ela faz de uso transparente, dentro da ética
profissional contabilística, caso isso não ocorra dentro das normas a serem
cumpridas, acaba incriminando a empresa, seus sócios e administradores, e o
contabilista responsável (M. M. de Oliveira, 2016; Pena et al., 2017a).

Em Angola especialmente no Huambo, ocorre muito nas médias e pequenas


empresas, aonde em que os administradores responsáveis não se preocupam
muito com a Contabilidade. Esse tipo de atitude pode acabar ficando muito mais

16
caro do que o honorário pago no final do mês, podendo sofrer penalidades como,
crime fiscal, indisponibilidade dos bens dos sócios e administradores, sofrendo
pesadas multas, tributos, ingerência ou ate mesmo a falência (Horizontes, 2007).

È correcto aos empresários e contabilistas ter o conhecimento dos crimes,


fraudes, erros, simulações, ter a capacidade de fazer, arbitramentos fiscais,
distribuição de lucros, responsabilidade, e mantendo a escritura contabilística
saudável, como prova a favor da empresa nos mais variados embates que estão
sujeitos. Dentro desse enfoque a uma grande importância da auditoria como
complemento da contabilidade nas suas variadas áreas (Horizontes, 2007;
Lacerda, 2006; I. Maria & Ferreira, 2012; Rezende, 2013).

1.2.3 A informação contabilística

A contabilidade, além de gerar informações, admite explicar os fenómenos


patrimoniais, construir modelos de prosperidade, efectuar análises, controlar e
também serve para prever e projectar exercícios seguintes, entre tantas outras
funções.

O sistema de informação contabilística pode ser definido como o conjunto de


recursos humanos e de capital dentro da organização o qual é responsável pela
preparação de informações financeiras e também das informações obtidas da
colecta e processamento dos dados das transacções (Morais2, 2014).

Para Piazera & Bavaresco (2007), o sistema de informação contabilístico traz


automaticamente a noção de conjunto sendo composto por elementos, que são,
basicamente, as pessoas e os equipamentos, que se inter-relacionam em busca de
um objectivo comum, um dos objectivos é prover informações que satisfaçam as
necessidades de seus usuários. Já Nunes (2004), diz que o sistema de informação
contabilístico é um conjunto de recursos humanos, tecnológicos e organizacionais,
que tem por objectivo prover informações úteis para apoiar o processo de tomada
de decisão. Rodrigues (2007); Morais2 (2014) complementam afirmando que o
sistema de informação contabilístico se concentra em colectar, processar e fornecer
informações de cunho financeiro para as partes externas à companhia (como
investidores, credores e órgãos da receita) e partes internas (principalmente a
administração).

17
O facto de se poder contar com as informações em tempo hábil é de fundamental
importância para o processo decisório da empresa.

A qualidade das informações de que dispõem os responsáveis pela tomada de


decisões pode ser um diferencial para a empresa perante os concorrentes
(Serrasqueiro; Zélia Maria SilvaLeonor Nunes, 2003).

O actual foco das pesquisas sobre a missão das entidades empresariais está
centrado no conceito de criação de valor, associando no mesmo escopo o
processo de informação gerado pela contabilidade para que as entidades
possam cumprir adequadamente sua missão (José & Miranda, 2010).

Todos os eventos de uma empresa são registados pelos sistemas contabilísticos


e esses o processam, gerando relatórios. As operações do ambiente interno,
traduzidas pelos eventos, influenciam sobremaneira os sistemas contabilísticos,
que, por sua vez, influenciam o ambiente interno (Lima, 2015).

Num ambiente assim a tomada de decisão se torna imprescindível e, por


conseguinte, a qualidade e o uso das informações do seu empreendimento
fundamentais. O processo decisório é questão de pesquisa tanto para grandes
quanto para pequenas empresas e requer atenção dos gestores devido à
dificuldade com os problemas diários, sendo necessárias informações concretas
que supram a carência de informações administrativa e financeira dos gestores
(Morais2, 2014).

Segundo Moreira, Neto, Bispo, Angotti, & Colauto (2013), alguns autores
afirmam que a informação contabilística é fundamental para o desenvolvimento
das organizações e da sociedade, considerando a contabilidade como a
linguagem dos negócios. E uma das preocupações das empresas no momento
actual, relaciona-se à dificuldade em escolher que informações são relevantes
para as decisões que surgem no dia-a-dia (Tarantin Junior & Valle, 2015).

Clóvis Luís Padoveze (2009), relatam que a informação pode ser vista como um
instrumento para solucionar problemas na administração, posto que diante de
um cenário tão competitivo é necessário que os gestores tomem decisões a todo
momento. E quando essa informação for aplicada de forma eficaz pode fazer
com que a empresa se destaque diante da concorrência.

18
Neste contexto, afirmam Alberto & Ferreira (2012), que é evidente a importância
das informações contabilísticas para a gestão das empresas e que o empresário,
na maioria dos casos não possui conhecimentos contabilísticos suficientes, e em
consequência não conseguem avaliar os benefícios que elas podem agregar
para seus negócios. Alberto & Ferreira (2012), salientam que quando a empresa
está em busca de lucratividade, respectivamente, está à procura da eficácia do
seu negócio, e neste momento, necessita ter relatórios contabilísticos, saber
compreendê-los e interpretá-los, de modo a auxiliar na obtenção dos resultados
que são almejados.

1.2.4 Princípios contabilísticos (PGCA) a ter em conta na preparação das


demonstrações financeiras

Aires Lousã; Cristina Salguerinho (2015) defendem que os princípios


contabilísticos são fundamentais para que a imagem verdadeira e apropriada
das demonstrações financeiras seja assegurada, constituindo um referencial da
contabilidade; completa o seu teor, dizendo que são os princípios contabilísticos,
os constituintes do arcabouço teórico que norteia a prática e actividade
contabilística. Não se pode, portanto, analisar o papel do contabilista sem, a
priori, abordar estes aspectos fundamentais.

Nesse sentido, os procedimentos efectuados pelo contabilista devem estar em


conformidade com os Princípios Fundamentais da Contabilidade que estão
elencados conforme o Plano Geral de Contabilidade Angolano Decreto nº 82/01
de 16 de Novembro (BNA, 2013).

De acordo com o PGCA em consonância com Universitario (2017), estes


apontam para os seguintes princípios: da entidade, da Continuidade, da
Materialidade, Não compensação de saldos, Consistência e Comparabilidade.

Ainda no mesmo assunto, Rego (2016) reforçam dizendo que a informação


contabilística consiste em toda informação financeira, sobre as actividades de
um indivíduo ou de uma organização, no seu todo e que como a informação
contabilística tem o objectivo de providenciar dados sobre a posição da empresa
em termos financeiros, então deve obedecer às características qualitativas da
informação financeira descritas no Fluxograma abaixo.

19
Figura nº 5. Resumo das características qualitativas das DF’s

Compreensibilidade Relevância Fiabilidade Comparabilidade

Representação
Materialidade
fidedigna

Substância sobre a
forma

Neutralidade

Prudência

Plenitude

Fonte: Adaptada a Rego (2016).

1.2.5 Utentes da Informação Contabilística

Entre os usuários da informação contabilística incluem-se investidores actuais e


potenciais, empregados, mutuantes, fornecedores e outros credores comerciais,
clientes, Estado e seus departamentos e o Público em geral. Eles usam a
informação contabilística a fim de satisfazerem algumas das suas diversas
necessidades de informação (Brito, 2015).

Marques (2010), afirma que existem informações sobre as entidades que são
úteis para determinados utentes por permitirem avaliações e tomada de decisões
importantes, desta feita, em concordância com Carlos (2016); Carvalho e Martins
(2015), destaca para os seguintes utentes da informação Contabilística
resumidos em um fluxograma:

20
Figura nº 6. Utentes da Informação Contabilística

CLIENTES

FORNECEDOR INVESTIDORES
ES

INFORMAÇÃO
CONTABILÍSTICA

PRESTADORES ESTADO/PÚBLI
DE CO
SERVIÇOS/EM
PREGADOS

ACCIONISTAS

Fonte: Elaboração própria, com base nos escritos de (Amélia e Martins, 2009).

1.3 O Contabilista

De todas as profissões, o contabilista é o que mais está sujeito a partilhar de


esquemas espúrios já que a sua actividade está intimamente ligada com registos
de cifras, apuração de resultado e consequentemente exibe dados que geram
montantes a pagar de impostos, taxas, dividendos e diversos encargos (Marion,
2014).

Há empresas que estão preocupadas em reduzir seus custos e desembolsos


através de um planeamento tributário, de um orçamento operacional, de uma
cuidadosa política de dividendos, de modernas técnicas de controlo internos (no
sentido de evitar desperdícios) e de outros instrumentos eficazes e sadios que
proporcionam economias para a empresa e benefícios para a nação (Bugarim,
2006).

Ninguém melhor que o contabilista para portador de conhecimentos na área


fiscal, previdenciária, de custos, de auditorias, de orçamentos e mesmo de outras
áreas afins à contabilidade, para coordenar e orientar este tipo de trabalho, bem

21
como acompanhar este planeamento empresarial, comparando os dados reais
registados pela contabilidade com aquilo que foi planeado (Cotrin, 2012).

Entendemos que o profissional de contabilidade deva ser o arquitecto principal


de organização deste sistema que, em última análise, reduz o preço final do bem
ou serviço que será consumido pela população, trazendo benefícios não só à
empresa, como também a toda colectividade e a própria Balança Comercial
através de produtos mais competitivos no mercado externo. E quando se fala em
Ética não podemos nos esquecer do Comité de Ética da IFAC (Federação
Internacional de Contabilistas) que emitiu, além de pronunciamentos, uma guia
de orientação que serve de base para as normas e os códigos de ética da
profissão de contabilidade em todo o mundo (Marion, 1986).

De todos os princípios fundamentais que orientam o contabilista na conduta das


suas relações profissionais com terceiros, constantes na guia, querendo citar
dois:

1) Integridade: O profissional de contabilidade deve ser correcto, honesto e


sincero na abordagem do seu trabalho profissional.

2) Comportamento: O profissional de contabilidade deve conduzir-se de


maneira consistente com a boa reputação da sua profissão e abster-se de
qualquer conduta que possa trazer descrédito à profissão (Souza, 1999).

▪ O Código de Ética Profissional do Contabilista, entre as diversas cláusulas


orientadoras ao desempenho do profissional de contabilidade, veda
taxativamente, no seu ART. 3º, diversos desvios que os contabilistas
estão sujeitos. Destacamos dois itens deste artigo: É vedado ao
contabilista concorrer para a realização de acto contrário à lei ou
destinado a fraudá-la ou praticar, no exercício da profissão, acto
legalmente definido como crime ou contravenção;

▪ É vedado ao contabilista aconselhar ao cliente contra disposições


expressas da lei ou contra princípios de contabilidade de aceitação geral
(J. C. Marion, 1986). Raríssimas são as escolas de contabilidade, por
exemplo que tem no seu conteúdo programático o Código de Ética
(Marion, 1986). Diga-se de passagem que as escolas estão preocupadas

22
em preparar o profissional competente (se bem que nem isto estão
fazendo bem) e não se preocupam em formar o homem ético, moral e
religioso (C. Marion, 2014).

É comum encontrarmos excelentes profissionais, mas péssimos homens. Por


tudo isso eu optei em invadir uma esfera superior para que pudéssemos
reflectir mais profundamente sobre a importância da nossa conduta como
profissional. Há uma sabedoria superior que vem antes da fundação do
mundo, uma verdade eterna, uma justiça que não se apaga, que não
poderíamos deixar de exaltar nesta oportunidade. Estamos a falar da verdade
de Deus criador de todas as coisas que é desde o princípio.

Aos homens é possível enganar, não obedecendo as suas leis; mas a Deus
é impossível enganar deixando de cumprir os seus estatutos, pois Ele
conhece e sonda os nossos corações. Em virtude disso, vamos buscar alguns
ensinamentos nos estatutos de Deus sobre nosso comportamento
profissional.

No capítulo 13 da carta de S. Paulo aos Romanos, ele nos ensina que todo
homem deve estar sujeito às autoridades superiores porque não há governo
que não venha de Deus e os governos que existem foram ordenados por
Deus. “Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem
imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra”. Portanto,
Paulo nos ensina que devemos obedecer às autoridades, bem como as leis
do país; que devemos pagar as nossas obrigações, nossas dívidas; que
devemos honrar as autoridades; e que devemos pagar integralmente os
tributos. Não há dúvida que se compactuarmos com a corrupção, fazemos
parte dela e consequentemente isto se torna abominável aos olhos de Deus.

Portanto, meus amigos, só pode dizer que tem amor aquele que pratica a
verdade e abomina a mentira. Aquele que pratica a justiça e não compartilha
da injustiça e da indecência. Aquele que sofre, suporta, espera e não busca
os seus próprios interesses. Que a paz de Deus que excede a todo
entendimento guarde os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo
Jesus.

23
1.3.1 Deveres e Direitos do Contabilista

1.3.1.1 Deveres do contabilista

Elizeu Martins & Silva (2012); Tepedino, Celina, Moraes, & Civil (2011)
convergem quando dizem que os deveres concernem a um caso particular, é um
juízo prático moral, formulado como conclusão de um raciocínio baseado num
princípio geral da lei natural ou positiva e que impõe uma obrigação. Ainda
afirmam que os deveres do profissional de contabilidade, inclui:

▪ Exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a


legislação vigente e resguardados os interesses dos seus clientes e/ou
empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;

▪ Guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito,


inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em
lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os
Conselhos Regionais de Contabilidade;

▪ Zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços


a seu cargo;

Comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado,


eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe
formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e
executores;

▪ Inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre


qualquer caso;

▪ Renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança


por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta
dias de antecedência, zelando, contudo, para que os interesses dos
mesmos não sejam prejudicados, evitando declarações públicas sobre os
motivos da renúncia;

▪ Se substituído em suas funções, informar ao substituto sobre factos que


devam chegar ao conhecimento desse, a fim de habilitá-lo para o bom
desempenho das funções a serem exercidas;

24
▪ Manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o
exercício da profissão;

▪ Ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional,


seja propugnando por remuneração condigna, seja zelar por condições
de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da
Contabilidade e seu aprimoramento técnico.

No desempenho de suas funções, é vedado ao contabilista:

▪ Anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo


que resulte na diminuição do colega, da Organização de Contabilidade ou
da classe, sendo sempre admitida a indicação de títulos, especializações,
serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes;

▪ Assumir, directa ou indirectamente, serviços de qualquer natureza, com


prejuízo moral ou desprestígio para a classe;

▪ Auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não


decorra exclusivamente de sua prática lícita;

▪ Comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento


reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão
daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se
a obrigação a sócios e executores;

▪ Inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre


qualquer caso;

▪ Renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança


por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta
dias de antecedência, zelando, contudo, para que os interesses dos
mesmos não sejam prejudicados, evitando declarações públicas sobre os
motivos da renúncia;

▪ Valer-se de agenciador de serviços, mediante participação desse nos


honorários a receber;

▪ Concorrer para a realização de acto contrário à legislação ou destinado a


fraudá-la ou praticar, no exercício da profissão, acto definido como crime
ou contravenção;

25
▪ Solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que
saiba para aplicação ilícita;

▪ Prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse confiado a sua


responsabilidade profissional;

▪ Recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem,


comprovadamente, confiadas;

▪ Reter abusivamente livros, papéis ou documentos, comprovadamente


confiados a sua guarda;

▪ Aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições expressas em


lei ou contra os Princípios Fundamentais e as Normas de Contabilidade
editadas pela OCPCA;

▪ Exercer actividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com


finalidades ilícitas;

▪ Revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para


acordo ou transacção que, comprovadamente, tenha tido conhecimento;

▪ Emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de


sigilo profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que
tenha realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles;

▪ Iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, empregador ou de terceiros,


alterando ou deturpando o exacto teor de documentos, bem como
fornecendo falsas informações ou elaborando peças contábeis inidóneas;

▪ Não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Conselhos


Regionais de Contabilidade, depois de regularmente notificado;

▪ Intitular-se com categoria profissional que não possua, na profissão de


contabilidade;

▪ Elaborar demonstrações contabilísticas sem observância dos Princípios


Fundamentais e das Normas de Contabilidade editadas pelo Conselho da
OCPCA;

▪ Renunciar à liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou


imposições que possam prejudicar a eficácia e correcção de seu trabalho;

26
▪ Publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual
não tenha participado (Campos, 2013; Fevereiro, 2017; Gonçalves, 2013;
Nacional, 2005).

O Contabilista poderá publicar relatório, parecer ou trabalho técnico-


profissional, assinado e sob sua responsabilidade.

O Contabilista, quando perito, assistente técnico, auditor ou árbitro,


deverá:

▪ Recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em


face da especialização requerida;

▪ Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui


objecto de perícia, mantendo absoluta independência moral e técnica na
elaboração do respectivo laudo;

▪ Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção


pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da
justiça da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito
técnico e limitado aos quesitos propostos;

▪ Considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo


submetido a sua apreciação;

▪ Mencionar obrigatoriamente factos que conheça e repute em condições


de exercer efeito sobre peças contábeis objecto de seu trabalho,
respeitado o disposto no inciso;

▪ Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente


informado e munido de documentos;

▪ Assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne a


aplicação dos Princípios Fundamentais e Normas de Contabilidade
editadas pela OCPCA;

▪ Considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre


peças contábeis observando as restrições contidas nas Normas de
Contabilidade editadas pelo Conselho de Contabilidade;

27
▪ Atender a Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade e
Conselho de Contabilidade no sentido de colocar a disposição desses,
sempre que solicitado, papéis de trabalho, relatórios e outros documentos
que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho (Lautert &
Almeida, 2014; Leonardo, 2017; Passos, 2011; Rog & Ferreira, 2009;
Silva & Silva, 2013; Szúster, Szuster, & Szuster, 2005).

1.3.1.2 Direitos do contabilista

Um dos direitos do profissional de contabilidade, assim como invoca o Diario da


República (2016), é ter segurança e isso deve ser dado pelo conselho de cada
estado ou pela ordem dos contabilistas, por outra, tem de ser defendido diante
de situações que coloque em risco a sua integridade profissional, ou seja, o
critério do dever de confidencialidade de informações.

Contudo, um dos direitos que para Estevens & Neto (2015) chega a ser o ponto
de partida do entendimento entre o profissional e a contratante, é o direito a
remuneração, remuneração esta que deve estar de acordo com a complexidade
e dificuldade do trabalho executado, o que não somente garante suas
necessidades básicas como amplia as possibilidades de ascensão na área.

Portanto, para arrematar esse iten, tem-se o estatuto da OCPCA, no seu artigo
63º onde de forma clara e longa ilustra os deveres inerentes ao profissional de
contas (Castro & Santos, 2013; Pitela, 2000; SOUZA, 1999).

1.3.2 Sigilo Profissional

Mateus (2010) define o sigilo como condição de algo que é mantido como oculto
e secreto, fazendo com que poucas pessoas saibam da sua existência; este
autor diz que o sigilo profissional trata da manutenção de segredo para a
informação valiosa, cujo domínio de divulgação deva ser fechado, ou seja,
restrito a um cliente, a uma organização ou a um grupo, sobre, uma vez que a
ele é confiada a manipulação da informação.

Ainda Sampaio & Rodrigues (2014) o sigilo profissional trata de uma informação
a ser protegida, impõe uma relação entre privacidade e publicidade, cujo dever
profissional se estabelece desde a se ater ao estritamente necessário ao
cumprimento do seu trabalho, a não informar a matéria sigilosa.

28
Partindo da hipótese que a esfera privada da vida de algumas empresas tende
a ser confiscada em maior medida que a da vida de outras, pode-se dizer que o
lugar de tensão entre o respeito à vida privada, sem discriminação, e as escolhas
da sociedade estão desaparecendo; é como se todos os meios fossem válidos
desde que justificados.

Desta feita, faz-se a recorrência ao órgão máximo que regula actividade de


contabilidade e não só, este que é o estatuto da OCPCA, concretamente no seu
artigo 67º, que clarifica alguns aspectos indispensáveis no que concerne ao sigilo
profissional.

1.3.3 Função do contabilista na empresa

O contabilista é o profissional encarregado de trabalhar com a área financeira,


económica e patrimonial de uma ou várias pessoas jurídicas (empresas). Faz
parte das tarefas deste profissional estar totalmente adequado às leis que dizem
respeito ao património das pessoas jurídicas, datas e prazos dos impostos que
a empresa deve pagar e interpretar, de forma correcta, as informações
colectadas para, desta forma, saber que atitudes devem ser tomadas para o
crescimento das empresas onde exerce as suas funções (R. A. Fonseca, Taroco,
Gustavo, & Nazareth, 2014).

No entanto o contabilista pode trabalhar em diversos ramos, conforme ilustra o


fluxograma abaixo elaborado por (Marion, 2014):

29
Figura nº 7. Estrutura das Funções do Contabilista, uma profissão Enpolgante do Seculo
XXI

Contabilista

Na Empresa Independente No Ensino Orgão Público


Planeador Auditor Independente Professor Contabilista Público
tributário
Analista Pesquisador Agente Fiscal
Consultor
Financeiro
Empresário Escritor Concursos Públicos
Contabilista PME
Contabilista
Cargos Administrat Perito Contabilsta Parecerista Tribunal de Contas
Investigador de Conferencista Contabilista Oficial
Auditor Interno
fraudes
Contabilista de
custo
Contabilista
gerencial
Contabilista Geral

Fonte: Marion (2014).

1.3.4 Ética- Uma abordagem Sobre o Percepção dos profissionais de


contabilidade sobre o seu papel na organização contabilística.

Segundo A. Maria (2002) a ética “considera os actos humanos enquanto são


bons ou maus”. Tal definição pressupõe que o julgamento a cerca do que é bom
ou ruim, repousa no campo da tomada de decisões.

Considerando o enfoque positivo à ética, Blanchard (2017) diz que “a ética pode
ser um estudo dos costumes que realmente determinam o comportamento das
pessoas”. Tal afirmação ressalta que as decisões individuais consideram o
ambiente em que o indivíduo encontra-se.

Ao analisar o ambiente socioeconómico em que estão inseridas as pequenas


empresas, optantes e não optantes do Simples, percebe-se que possuem uma
grande fatia do mercado. Nos últimos anos o mercado, impulsionado pelas
transformações ocorridas, tem cobrado uma postura ética e transparente nos
negócios. Não resta dúvida sobre a necessidade de gerar lucros, porém tal

30
objectivo deve ser de forma responsável e honesta para com seus colaboradores
(empregados, fornecedores, público em geral).

A obediência a estas exigências passa pelo campo da tomada de decisões de


gestão. Segundo Sampaio & Rodrigues (2014) “...a ética empresarial em geral
incide sobre três áreas básicas de tomada de decisão de gestão:

1. Escolha quanto à lei – o que deveria ser e deverá ser cumprido ou não.
2. Escolha sobre os assuntos económicos e sociais que estão além do domínio
da Lei – em geral, chamados de “áreas cinzentas” ou “valores humanos”. Dizem
respeito aos meios (...) pelos quais se tratam os outros, e incluem não apenas
as noções morais de honestidade, (...) mas também (...) da reparação voluntária
dos prejuízos causados.

3. Escolhas sobre a preeminência do interesse próprio – Incluem-se as


decisões que dizem respeito aos direitos de propriedade e quanto dinheiro deve
ser retido ou distribuído.”

A informação, conforme já exaustivamente enfatizada no presente trabalho, é


crucial para a tomada de decisão. As pequenas empresas, em sua maioria, não
possuem um sistema de informações de gestão integrado, restringindo sua
informação apenas a dados operacionais como facturamento e compras.

Segundo Campos (2013) muitas empresas pequenas deparam-se com


problemas de ordem financeira por não possuírem registos contabilísticos
adequados, constituindo-se como um dos factores de insucesso. Os seus
gestores acabam por relevar informações financeiras, alegando estarem muito
envolvidos ao processo operacional.

Desse modo, a estruturação de um sistema de informações contabilísticas,


independente do porte da empresa, faz-se absolutamente relevante. Barros
(2010) explica que “O sistema de informações contabilísticas devem apoiar as
decisões dos gestores em todas as etapas do processo de gestão, nas fases de
planeamento, execução e controle, seja com informações rotineiras ou
específicas.

As pequenas empresas, em sua maioria, não possuem capacidade financeira


para ter em seu quadro de funcionários, um profissional contratado para tratar
das questões de ordem contabilística, financeira, ou até mesmo do pessoal. Os

31
proprietários assumem tais funções, com excepção da contabilidade, cuja
prerrogativa de ordem legal, cabe aos licenciados em Ciências de Contabilidade
ou técnicos em contabilidade.

Nas pequenas empresas percebe -se a importância do Contabilista no


desempenho de seu papel como colaborador, quer seja por exigência legal,
orientando a empresa no cumprimento das obrigações tributárias, quer seja na
orientação da gerência, através de informações simples, claras e úteis para a
tomada de decisões. Menciona ainda, Tam & Vai (2010), que deverá o
profissional da contabilidade estar atento aos princípios éticos da competência,
sigilo, integridade e objectividade.

1.3.5 Aceitação de Clientes e Trabalhos

Para se aceitar um cliente ou executar um trabalho é necessário que o


contabilista tenha em atenção alguns factores como: Ameaças, Salvaguardas e
bem como alguns aspectos a tomar como ilustra a figura 4.

Figura nº 8. Factores para aceitação de clientes e trabalhos a executar pelo contabilista.


ACEITAÇÃO DE CLIENTES E TRABALHOS

AMEAÇAS SALVAGUARDA
• Obter informações sobre os
• Integridade
• Comportamento Profissional sócios, directores e actividades.
• Elaborar contracto escrito
O que pode estar em causa • Não permitir cláusulas que
• As actividades do potencial derroguem princípios legais e
cliente são duvidosas normas da ordem que limitem
• Os sócios, administradores ou
directores estão envolvidos em o exercício da profissão.
actividades ilícitas
Fonte: OCPCA, Natureza e Tipos de Responsabilidade sujeitas ao Contabilista (193, 2010)

32
2 Capitulo II Metodologia
O presente capítulo estabelece os princípios e abordagens metodológicas para
a prossecução da investigação, destacando-se para tal o modelo e tipo de
investigação, a selecção da amostra, os método e as fontes de obtenção dos
dados, a operacionalização das hipóteses variáveis e formas de medição bem
como o método de tratamento dos dados adoptados.

2.1 Modelo de investigação

O modelo de investigação adoptado é quantitativo uma vez que o estudo baseia-


se na recolha das percepções dos profissionais de contabilidade as quais foram
codificadas quantitativamente, de formas a contabilizar os dados de acordo aos
pressupostos estatísticos.

2.2 Métodos de Investigação

Na escolha do tema: Percepção dos profissionais de contabilidade sobre o seu


papel na organização contabilística das micro e pequenas empresas município
do Huambo, e após conhecimento de várias modalidades de pesquisa, optou-se
por métodos de investigação o método hipotético dedutivo e o método estatístico.

2.2.1-Método Hipotético-dedutivo

Surge o problema e a conjectura, que serão testados pela observação e


experimentação. Quem lançou as bases do método e os critérios da
falsehabilidade foi Karl Raymund Popper. Este método é realista crítico no
sentido moderno da palavra, no sentido de acreditar que um mundo material
existe independente da experiência; outras vezes racionalista crítico”, portanto
seu método “é de enunciar claramente o problema e examinar, criticamente, as
vezes soluções propostas”.

As etapas do Método Hipotético-Dedutivo são:

• Expectativas ou Conhecimento Prévio;


• Problema;
• Conjecturas; e
• Falseamento.

O Método hipotético dedutivo tem os seguintes momentos no processo


investigativo:

33
• Problema, que surge, em geral, de conflitos frente a expectativas e teorias
existentes;
• Solução proposta consistindo numa conjectura (nova teoria); dedução de
consequências na forma de proposições passíveis de teste;
• Testes de falseamento: tentativas de refutação, entre outros meios, pela
observação e experimentação.

É o método da tentativa e erro. O seu uso permite identificar os erros da hipótese


para posterior correcção. Ela não imuniza a hipótese contra a rejeição, mas, ao
contrário, oferece todas as condições para, se não for correcta, que seja
refutada.

2.2.2-Método Estatístico

É um método de análise, planejado por Quetelet (1873) que permite obter de


conjuntos complexos, representações simples e constatar se essas verificações
simplificadas têm relações entre si. Em Contabilidade o uso da estatística é
ferramenta imprescindível para compreender o fenómeno patrimonial nos seus
aspectos quantitativos, com suas possíveis utilizações; daí ser um dos mais
importantes instrumentos utilizados pela ciência contábil.

Quando, a partir de uma amostragem ou de um caso particular, fazem-se


generalizações, tem-se a probabilidade e não a certeza da ocorrência de tal
fenómeno. Como exemplo, se as pequenas e médias empresas em Angola nos
últimos dez anos não realizam escrita contabilística.

2.3-População e Amostra

População é um conjunto de elementos que tem pelo menos uma característica


em comum. Esta característica deve delimitar correctamente quais são os
elementos da população que se pretende estudar (Figueiredo, 2009).

A população é um conjunto de indivíduos ou objectos que apresentam em


comum determinadas características definidas para o estudo, pois elas
representam peças fundamentais para efectuar análises estatísticas (Murteira,
2010).

A escolha da população depende muito dos objectivos da pesquisa, das


características a serem levantadas e principalmente, dos recursos disponíveis.

34
No presente trabalho, a partir do total da população de 92 Micro, pequenas
empresas e seguindo o procedimento de cálculo do tamanho da amostra
constitui-se uma amostra de 74 contabilistas. Os inquéritos foram preenchidos
pelos 74 contabilistas, o que garante um nível de confiança de 1,96% e um erro
amostral de 5%.

2.3.1-Amostra

Amostra é um subconjunto de elementos de uma população. Este subconjunto


deve ter dimensão menor que o da população e seus elementos devem ser
representativos da população. A selecção dos elementos que irão compor a
amostra, pode ser feita de várias maneiras e irá depender do conhecimento que
se tem da população e da quantidade de recursos disponíveis (Figueiredo,
2009).

Miot (2011, p.1), diz que “não se realiza o estudo de todo o universo
populacional, usualmente porque não é acessível ou viável, porém,
principalmente, porque não é necessário quando se dispõe de uma amostra
representativa para a realização de inferências à população-alvo”.

Atendendo a actual situação económica, em que constata-se diariamente


empresas encerrando com sua actividade, amostra para o presente trabalho é
de 74 Contabilistas, são rigorosamente probabilística, tendo como base as micro
e pequenas empresas no município do Huambo.

Para o cálculo da amostra do presente trabalho utilizou-se a seguinte técnica de


amostragem:

35
Tabela 2.1.1: Cálculo da Amostra e a População da Pesquisa

Nº Descrição Formula Qualitativa Valor

1 N=92Contabilistas

n=74 Contabilistas

População Finita (˂10.000) 𝑁.𝑃.𝑄.(𝑍∝/2 )2 𝑞 = 0,5


n = 𝑃.𝑄.(𝑍 2 2
∝/2 ) +(𝑁−1).(𝐸) .
n ˂10% E=5%
92 ∗ 0.5 ∗ 0,5. (1,645)2
n
0,5 ∗ 0,5 ∗ (1,96)2 + (92 − 1). (0,05)2 𝑃 = 0,5

n= 80,43% 𝑍∝/2 =1,96

2 𝑛 = 𝑇𝑎𝑚𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑑𝑎 𝐴𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎

𝑁 = 𝑇𝑎𝑚𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑑𝑎 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝐹𝑖𝑛𝑖𝑡𝑎

𝑍∝/2 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐶𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑔𝑟𝑎𝑢 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑖𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑜

𝐸 = 𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑃𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑢𝑠𝑢𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 5% 𝑑𝑎 𝑃𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟çã𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎

𝛿 = 𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑃𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎𝑣𝑒𝑙

Fonte: (Bras, 2011 pg.25).

P e q – Valores à atribuir segundo Levine (2000), onde P é a Proporção em que


a variável estudada se espera na população e se 1 – p se se desconhecer p,
então se assume p = q = 0.5 que é a opção mais desfavorável e proporciona o
maior tamanho da amostra.

e= Erro máximo permitido: tendo em conta o nível de confiança escolhido o erro


máximo permitido será de 1 – σ = 1 -0,95 = 0,05

2.4-Técnicas de Investigação – Métodos de Levantamento de dados

Como técnicas de investigação e métodos de levantamento de dados destaca-


se a pesquisa bibliográfica e a aplicação dos questionários.

2.4.1-Pesquisa Bibliográfica

É um estudo bibliográfico por melhor se adaptar ao nosso objecto, que consiste


em verificar, através de pesquisas referenciadas em bibliografia, as ideias
estabelecidas por vários autores a respeito da contabilidade, verificando sua
importância no ambiente empresarial e a necessidade do acompanhamento de

36
um profissional capacitado no processo de auxílio na tomada de decisões dos
administradores.

Para desenvolver esse estudo elaborou-se um roteiro -para suprir as


necessidades pertinentes ao problema da pesquisa e seleccionou-se material
que contivesse informações relevantes capaz de oferecer fundamentação e
respostas para os questionamentos sobre o tema em estudo (Marconi e Lakatos,
2014).

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida através de trabalhos e estudos já


realizados que se tomaram públicos através da imprensa escrita, meios
audiovisuais, material cartográfico e publicações.

A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências


teóricas publicadas em documentos. Pode ser realizada independentemente ou
como parte da pesquisa descritiva ou- experimental, contribuições culturais ou
científicas do passado existentes sobre um determinado assunto. Em ambos os
casos, busca conhecer e analisar o tema ou problema. (Cervo, 2008).

A pesquisa bibliográfica é meio de formação original, constitui a pesquisa


propriamente dita na área das ciências humanas. Como resumo A pesquisa
bibliográfica é meio de formação por excelência. Como trabalho científico de
assunto, constitui geralmente o primeiro passo de qualquer pesquisa científica.
Os alunos de todos os institutos e faculdades, devem, portanto, ser iniciados nos
métodos e técnicas da pesquisa bibliográfica (Cervo, 2008).

Tendo em vista as informações supra citadas, justifica-se, portanto, a escolha


pela pesquisa bibliográfica, uma vez que esta oferece benefícios que
proporcionam uma melhor abordagem, levando em conta a diversidade de
autores e suas respectivas teorias que serão utilizadas neste trabalho.

2.4.2-Questionário

É um conjunto ordenado e consistente de perguntas a respeito de variáveis, e


situações, que se deseja medir, ou descrever. Quando da elaboração de um
questionário, deve ser observada a clareza das perguntas, tamanho, conteúdo e
organização, de maneira que o informante possa ser motivado a respondê-lo.

37
Os questionários são impressos e respondidos pelos entrevistados, devendo, no
início do mesmo, ser orientado quanto ao seu correcto preenchimento Silva
(2008).

2.5-Tipo de Investigação

O presente trabalho adoptou o tipo de investigação quantitativa, recorrendo a


estatística descritiva e inferencial. De acordo com White (2003), A investigação
quantitativa caracteriza-se pela actuação nos níveis de realidade e apresenta
como objectivos a identificação e apresentação de dados, indicadores e
tendências observáveis.

Este tipo de investigação mostra-se geralmente apropriado quando existe a


possibilidade de recolha de medidas quantificáveis de variáveis e inferências a
partir de amostras de uma população. A investigação quantitativa usa medidas
numéricas para testar hipóteses, mediante uma rigorosa recolha de dados, ou
procura padrões numéricos relacionados com conceitos quotidianos. Numa fase
posterior, os dados são sujeitos a análise estatística, através de modelos
matemáticos (ou software próprio), no sentido de testar as hipóteses levantadas
(McDaniel e Gates, 2010)

2.6-Métodos de Análise e interpretação dos dados

2.6.1-Confiabilidade e Coeficiente Alfa de Cronbach

Segundo Hair Junior et al. (2005), confiabilidade é o grau em que um conjunto


de indicadores de uma variável latente (construto) é consistente em suas
mensurações. Construto é um conceito que o pesquisador pode definir em
termos teóricos, mas que não pode ser medido diretamente ou medido sem erro,
apenas representado ou medido por um ou mais indicadores. Por exemplo, a
atitude de uma pessoa (construto) em relação a um produto jamais poderá ser
medida de forma precisa, livre de incertezas. Porém, fazendo várias perguntas
(indicadores) podem-se avaliar muitos aspectos da atitude dessa pessoa.

As respostas a tais questões, de uma forma combinada, fornecem uma medida


razoável do construto (no caso, a atitude) para um indivíduo (Hair Junior et al.,
2005).

38
2.6.2-Análise de Variância (ANOVA)

A Análise de Variância (ANOVA) é um procedimento utilizado para comparar très


ou mais tratamentos. Existem muitas variações da ANOVA devido aos diferentes
tipos de experimentos que podem ser realizados. Nesse curso será estudado
apenas a análise de variância com um factor.

Inicialmente, são apresentados alguns conceitos utilizados em planejamento de


experimentos e na análise de variância Silva (2001).

2.6.3-Modelo e análise de variância

A análise de variância, baseia-se na decomposição da variação total da variável


resposta em partes que podem ser atribuídas aos tratamentos (variância entre)
e ao erro experimental (variância dentro).

Em um experimento, existe o interesse em testar se há diferenças entre as


medias dos tratamentos, o que equivale a testar as hipóteses:

▪ H0 : μ1 = μ2 = · · · = μI

▪ H1 : μi ≠ μi para pelo menos um par, com i = i

De forma equivalente, podemos escrever tais hip´oteses da seguinte forma:

▪ H0 : τ1 = τ2 = · · · = τI = 0
▪ H1 : τi = 0 para pelo menos um i .

2.6.4.Coeficiente de correlação múltipla

Indicador de quanto da variação total da variável dependente é explicado pelo


conjunto das variáveis independentes (explicativas) através de um modelo linear
do tipo:

Y = α + β X + β X + ... + β X

Onde:

Y=Variável Dependente, α =Constantes, β=Coeficientes e x=Variáveis

2.6.4.1-Coeficientes de Regressão

Num modelo de regressão linear múltipla, o coeficiente de regressão βi da


variável explicativa Xi expressa a relação entre a variável dependente e Xi

39
quando as restantes variáveis independentes na regressão são mantidas
constantes.

40
3 CAPÍTULO III ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo parte será abordada a demonstração e as interpretações


relacionadas aos dados obtidos através da pesquisa, realizada junto aos
entrevistados. As informações foram expostas mediante gráficos com tópicos e
seus respectivos percentuais.

3.1 Análise Demográfica da Amostra dos Profissionais de Contabilidade

A presente subsecção trata de abordar o retrato demográfico da amostra de


formas a estabelecer um marco sobre as suas características. Esta análise é
apenas descritiva e não influencia na testagem das hipóteses do estudo

3.1.1-Genero

Gráfico nº 1 - Genero

Genero

Femenino
20%

Masculino
80%

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados dos questionários, processados


pelo SPSS, 2018

Dos contabilistas em análise, o sexo masculino tem maior representatividade


com 80%, no entanto, comparativamente ao sexo feminino, a discrepância é
muito significativa, conforme se pode verificar no Gráfico 1. Expressa que o
mercado contabilístico no universo da pesquisa encontra-se aproximadamente
desequilibrado, mostrando que tanto os homens quanto as mulheres possuem
capacidade para exercer a profissão na área contabilidade.

41
3.1.1-Faixas Etárias

Gráfico nº 2 - Faixas Etárias

6,8%
De 35 á 39 Anos 5

29,7%
De 30 á 34 Anos 22

44,6%
De 25 á 29 Anos 33

18,9%
De 20 á 24 Anos 14

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados dos questionários, processados


pelo SPSS, 2018

Em termos de idade, maior parte dos integrantes da amostra são jovens com
idades compreendidas entre os 25 aos 29 anos, isto é 44,6% seguidos daqueles
que estão na faixa dos 30 a 34 anos de idade com uma representação de 29,7%,
Podemos concluir que a nível dos Contabilistas inquiridos maior parte dos
funcionários são jovens na faixa dos 25 aos 29 anos, com uma representação
cumulativa de 44,6%.

3.1.2-Habilitações Literárias

42
Gráfico nº 3 - Habilitações Literarias

41,9%
36,5%

17,6%

4,1%

Frequencia do Bacharelato Licenciatura Mestrado


Ensino Superior

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados dos questionários, processados


pelo SPSS, 2018

O gráfico 3 apresenta a distribuição da amostra por nível de escolaridade. De


acordo com os resultados espelhados no gráfico, maior parte dos inquiridos têm
como nível de escolaridade o Bacharelato que corresponde a 41,9%, seguidos
daqueles que têm como nível de escolaridade a Licenciatura com 36,5%,
daqueles que têm como nível de escolaridade a frequência do ensino superior,
isto é correspondente a 17,6% da amostra e daqueles que têm como nível de
escolaridade o Mestrado temos uma amostra de 4,1%. No entanto a classe de
profissionais da província, maioritariamente é constituída por técnicos superiores
com o nível de bacharelato.

3.2-Qual é a sua condição enquanto profissional de contabilidade

43
Gráfico nº 4 - Qual é a sua condição enquanto profissional de contabilidade

Ainda não trabalha em contabilidade apenas é 2,7%


formado

É Profissional liberal (Trabalha por conta própria 47,3%


como forma de consultoria)

Trabalha para uma empresa que presta serviço de 12,2%


contabilidade

Trabalha para uma empresa especifica com a 37,8%


função de contabilista

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados dos questionários, processados


pelo SPSS, 2018

Conforme o gráfico 4, ao ser questionado em que sector de trabalho o


profissional actua, dos profissionais inquiridos 47,3% são contabilistas liberais
que trabalham por conta própria como forma de consultoria, em segundo lugar
temos os profissionais que trabalha para uma empresa específica
correspondente a 37,8%, em terceiro temos 12,2% dos contabilistas que
trabalham em uma empresa que presta serviço de contabilidade e em ultima
instancia temos 2,7% profissionais ainda não trabalham apenas são formados.
No entanto, maior parte dos profissionais de contabilidade exercem a profissão
de forma liberal ou por conta própria, logo há maior necessidade de se ter um
contabilista nas empresas como influência das tomadas de decisões e outros
fins.

3.3-Qual é a dimensão da empresa em que trabalha em quanto profissional de


contabilidade medida pelo número de trabalhadores.

44
Gráfico nº 5 - Qual é a dimensão da empresa em que trabalha em quanto
profissional de contabilidade medida pelo número de trabalhadores

11 á 100
trabalhadores Até 10
49%
Trabalhadores
51%

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados dos questionários, processados


pelo SPSS, 2018

No que se refere ao tamanho das empresas, nos termos da lei 30/11, Lei das
Micro, Pequenas e Médias Empresas, conforme mencionado na revisão da
literatura, a classificação das empresas é feita de acordo ao seu número de
trabalhadores e facturação anual, sendo o último o critério dominante.
Constatou-se que a maioria dos profissionais inquiridos trabalha com micro
empresas, com uma amostragem de 51%, sendo que as pequenas empresas
representam 49% da amostra, isto significa que, maior parte dos profissionais de
contabilidade trabalha com micro empresas.

3.4-Tempo de Serviço na empresa

45
Gráfico nº 6 - Tempo de Serviço na empresa

De 12 á 15 Anos 5,4%

De 8 á 11 Anos 12,2%

De 4 á 7 Anos 35,1%

De 1 á 3 Anos 39,2%

de 1 á 12 Meses 8,1$

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados dos questionários, processados


pelo SPSS, 2018

Relativamente ao tempo de actividade, de acordo com o gráfico 6, é


predominante o número de Contabilistas que exercem actividade entre 1 à 3
anos, isto é 39,2%, em segundo lugar temos os contabilistas entre 4 a 7 anos
que ocupam 35,1%, entre 8 à 11 anos temos 12,2% de técnicos, de 1 à 12 meses
temos 8,1% e por ultimo temos os profissionais de 12 à 15 anos com 5,4%.

Também o período de desempenho das funções e a posição na estrutura da


empresa, foram identificados. Estes dois tópicos servem posteriormente de
apoio à análise relacional do contabilista com o conhecimento de negócio. É
neste âmbito que se identifica o contabilista com fortes indícios de conhecimento
de negócio.

No entanto, este é um factor essencial no desempenho das suas funções, uma


vez que acompanham a actividade da empresa ao longo de um período de tempo
significativo e que permite ter uma visão realista dos pontos fracos e fortes,
oportunidades e ameaças do negócio, e assim, possibilitar assegurar maior
fiabilidade da informação fornecida pela Contabilidade.

3.5-Cargo exercido na empresa

46
Gráfico nº 7 - Cargo exercido na empresa

Administrador 2,7%

Executor 1,4%

Gerente 4,1%

Sócio Gerente 10,8%

Director Administrativo 2,7%

Director Financeiro 1,4%

Contabilista 77,0%

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados dos questionários, processados


pelo SPSS, 2018

Relativamente ao Cargo ou função exercida, de acordo com o gráfico 7, é


predominante o número de Contabilistas que exercem função de contabilista,
isto é, corresponde a 77,0% da amostra. Aqueles que exercem a função Director
Administrativo e Administradores correspondem a 2,7% da amostra. E aqueles
que exercem a função de sócio Gerente tem-se 10,8%, seguidos do cargo de
Director Financeiro com 1,4%. O profissional de contabilidade ao confirmar suas
ocupações profissionais, assume prontamente responsabilidades éticas e legais
que são descritas pelo Código de Ética do Profissional (J. C. Marion, 1986), por
conseguinte, o código de ética do contabilista, visa ajudar nas acções dos
profissionais na execução da sua função e viabilizar o convívio entre os
contabilistas (A. R. Oliveira, 2012).

3.15- Análise de Confiabilidade

No que diz respeito às diferentes análises, inicialmente decorreu-se à


determinação do Alpha de Cronbach para verificar a validade interna das escalas
criadas. O Alpha de Cronbach permite determinar o limite inferior da consistência
interna de um grupo de variáveis ou itens que corresponderá à correlação entre
a escala usada.

47
O valor de alpha deve variar entre 0 e 1. Assim sendo, valores entre 0.6 e 0.7
têm uma consistência fraca, valores entre 0.8 e 0.9 revelam uma consistência
boa e valores superiores a 0.9 traduzem uma consistência muito boa (Pestana e
Gageiro, 2008).

Tabela nº 3. Análise de Coeficiente de Alpha Cronbach's

Variavel Distribuição Valores

Perfil dos Contabilistas 4,3784 0,88214

Comportamento Ético 3,8074 0,72716

Informação Contabilística 4,5502 0,91265

*. Coeficiente de Alpha Cronbach's 84,06%

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados do questionários, processados


pelo SPSS, 2018

Os resultados da tabela acima, indicam que, três das variáveis em estudo (Perfil
dos Contabilistas, Comportamento Ético dos contabilistas e Informação
Contabilística) revelam uma consistência muito boa, na variável (Informação
Contabilística), sendo que o estudo (Perfil dos Contabilistas e Comportamento
Ético dos contabilistas), o apresentam uma consistência boa.

Assim verificou-se um Coeficiente de Alpha Cronbach's 84,06%, do total das


variáveis em estudo, caracterizando com uma consistência boa, sobre as
variáveis (Perfil dos Contabilistas, comportamento ético dos contabilistas, e a
informação Contabilística) o apresentam uma consistência boa entre elas.

3.16- Análise de Variância (ANOVA)

Para o teste das hipóteses recorreu-se a análise de variância (ANOVA), no


sentido de se determinar a existência de variações significativas entre a
percepção dos profissionais de contabilidade sobre os seu papel na organização
contabilística das MPE´s, com o perfil dos contabilísticas, o comportamento ético
dos contabilistas, e a organização da informação contabilística, conforme ilustra
a tabela abaixo.

48
Tabela nº 3. Análise de Variância as variáveis independentes.

Soma dos Quadrado


Variável
Quadrados Df Médio F

Informação Entre Grupos 34,776 27 1,288 15,495

Nos Grupos 3,824 46 ,083

Total 38,600 73

Ético Entre Grupos 56,791 27 2,103 24,113

Nos Grupos 4,013 46 ,087

Total 60,803 73

Perfil Entre Grupos 16,002 27 ,593 3,120

Nos Grupos 8,737 46 ,190

Total 24,739 73

Fonte: Elaboração do Autor partir dos dados do questionários, processados pelo


SPSS, 2018

Com base os dados obtidos verificou-se que existe uma variação positiva,
associado aos valores críticos de 15,50 a um nível de significância de (p≤0,05),
entre a variável organização da informação contabilística com as demais
variáveis independentes em estudo.

Verificou-se também uma variação positiva, assumindo valores críticos


associados á 24,113 a um nível de significância de (p≤0,05), entre a variável
comportamento ético dos contabilistas em causa com as demais variáveis
independentes em estudo.

A variável perfil dos contabilistas, apresentou também uma variação positiva em


3,120 com um nível de significância de (p≤0,05), com as demais variáveis em
estudo.

49
3.12.1-Análise das Hipóteses

A média de todas as populações são positivas e semelhantes, ou seja, o


tratamento (factor) não tem efeito (nenhuma variação significativa em média
entre os grupos). Nesta secção proceder-se-á ao teste das hipóteses do estudo
a luz daquilo que foi a percepção colhida dos profissionais de contabilidade
inquiridos.

Sendo que a hipótese Nula 𝐻0 : 𝐻1 = 𝐻2 = 𝐻3 , Logo leva-nos a aceitar as


hipoteses formuladas:

▪ H1 Os profissionais de contabilidade têm uma percepção sobre qual deve


ser o seu perfil;
▪ H2 Os profissionais de contabilidade tem uma percepção sobre o seu
papel determinante na preparação de informação param a tomada de
decisão;
▪ H3 Os profissionais de contabilidade tem uma percepção sobre o seu
papel no domínio da garantia da compliance e ético.

O profissional de contabilidade deve ter um perfil que corresponde a um conjunto


de habilidades profissionais, conferidas pelas formações académica e
profissional bem como valores que guiem a sua acção. Esta subsecção descreve
quais devem ser as características deste perfil, na visão dos profissionais
inquiridos.

3.12.2- Hipótese 1: Os profissionais de contabilidade têm uma percepção


sobre qual deve ser o seu perfil

Para o teste desta hipótese, os profissionais de contabilidade foram


questionados sobre qual era o grau de importância das componentes formação,
valores pessoais e prestação do serviço de qualidade. As respostas a estas
questões são analisadas abaixo.

Formação

Geralmente, todo tipo de profissional tem a obrigação de actualizar-se


independentemente dos instrumentos ou meios que são usados no processo de
formação, entretanto, 50% dos profissionais, acreditam que é importantíssimo
ou Imprescindível e necessário actualizar-se o que perfaz a atitude certa;

50
felizmente 31,1% dizem que é muito importante, assim sendo, pode justificar-se
talvez com os custos elevados de uma formação ou das constantes
actualizações que não tem estado à favor de todos profissionais, principalmente
os iniciais.

Tabele nº 4- O profissional de Contabilidade deve ter formação com estágio obrigatório

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importância 3 4,1 4,1 4,1

Pouco Importante 2 2,7 2,7 6,8

Importante 9 12,2 12,2 18,9

Muito Importante 23 31,1 31,1 50,0

Importantíssimo 37 50,0 50,0 100,0

Total 74 100,0 100,0

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados dos questionários, processados


pelo SPSS, 2018

Valores Pessoais

Exercer a profissão de Contabilidade deve ter valores pessoais como ética,


honestidade, liderança e vocação, zelo, diligência, observada a legislação
vigente e resguardados os interesses dos seus clientes e/ou empregadores, sem
prejuízo da dignidade e independência profissionais, constituem um
comportamento ético do contabilista (Barros, 2010).

51
Tabela nº 5- O profissional de contabilidade deve ter valores pessoais como ética,
honestidade, liderança e vocação

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importância 1 1,4 1,4 1,4

Importante 9 12,2 12,2 13,5

Muito Importante 19 25,7 25,7 39,2

Importantíssimo 45 60,8 60,8 100,0

Total 74 100,0 100,0

Elaboração do Autor a partir dos dados dos questionários, processados pelo


SPSS, 2018

Dos contabilistas inquiridos 60,8% dizem que é importantíssimo ou


Imprescindível ou concordam totalmente que os mesmos devem ter um
comportamento ético profissionalmente inquestionável. Ainda 25,7% dizem que
é muito importante que os mesmos devem ter um comportamento ético
profissionalmente inquestionável. Cabe aos contabilistas uma preparação
técnica e um excelente nível de comprometimento, capaz de identificá-los como
profissionais diferenciados, e que não estejam abertos à participação com actos
e acções reconhecidos pela sociedade como imorais ou ilícitos, o que somente
deve ser alcançado com a demonstração de boas acções, dos seus valores e
deveres éticos pessoais e sociais. A honestidade está relacionada com a
confiança que se é depositada, com responsabilidades diante do bem de
terceiros e a sustentação de seus direitos. São atitudes que não aceita meio-
termo, relatividade ou tolerância, pois a maior incumbência do profissional de
contabilidade é exercer suas actividades com honestidade, independência e
sinceridade, com base nos princípios fundamentais de contabilidade (Santa,
2001).

52
Prestação do Serviço com Qualidade

Relativamente ao Profissional de Contabilidade deve prestar serviço de


qualidade, demonstrando experiencia, boa comunicação com os clientes e bem-
apresentado exercida, de acordo com a tabela 6, é predominante o número de
Contabilistas que dizem que é importantíssimo ou imprescindível prestar serviço
de qualidade, demonstrando experiencia, boa comunicação com os clientes, que
corresponde a 66,2%. Daqueles que dizem que é muito importante prestar
serviço de qualidade, demonstrando experiencia, boa comunicação com os
clientes correspondem a 20,3% da amostra.

Tabela nº 6- O profissional de contabilidade deve prestar serviço de qualidade,


demonstrando experiência, boa comunicação com os clientes e bem apresentado

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Pouco Importante 3 4,1 4,1 4,1

Importante 7 9,5 9,5 13,5

Muito Importante 15 20,3 20,3 33,8

Importantíssimo 49 66,2 66,2 100,0

Total 74 100,0 100,0

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados dos questionários, processados pelo SPSS, 2018

Daqueles que dizem que é importante prestar serviço de qualidade,


demonstrando experiencia, boa comunicação com os clientes corresponde a
9,5% da amostra. E daqueles que dizem que é pouco importante ou sem
importância prestar serviço de qualidade, demonstrando experiencia, boa
comunicação com os clientes ou seja 1 contabilistas que corresponde a 4,1% da
amostra.

53
3.12.3- Os profissionais de contabilidade têm uma percepção sobre o seu
papel determinante na preparação de informação para a tomada de
decisão

O papel do profissional de contabilidade nas micro e pequenas empresas cai nos


domínios da preparação da informação contabilística para a tomada de decisão
e do cumprimento legal.

Suporte para Tomada de Decisões

O profissional de contabilidade ajuda a empresa na preparação da informação


contabilística crítica para a tomada de decisão nos vários domínios. A nível das
Micro e Pequenas Empresas destacam-se os seguintes tipos de decisões: de
investimento, do ciclo do negócio, da formação de preços na empresa, do
controlo patrimonial, do planeamento da distribuição do lucro, do crescimento da
empresa, orientavas ao gestor no registro correcto de suas operações e sobre o
cumprimento das obrigações fiscais da empresa. De acordo com a tabela 7, a
percepção do grau de importância do papel do contabilista nestes campos, na
escala de 1 a 5, onde 1 = sem importância e 5 = muito importante, é de 3,72 ≈ 4.
O que implica dizer que no geral, os profissionais de contabilidade inquiridos
consideram como importante o seu papel enquanto auxiliadores na tomada de
decisão das micro e pequenas empresas nos domínios assinalados.

54
Tabela nº 7- Percepção dos Profissionais de sobre a Importância do Seu papel
enquanto auxiliador na Tomada de Decisões das Micro Pequenas Empresas

Descrição N Mínimo Máximo Média Desvio


Padrão

O Profissional de Contabilidade enquanto 92 2,25 5,00 3,7236 ,70624


auxiliador na Tomada de Decisões das
Micro Pequenas Empresas

De investimento 92 1,00 5,00 3,5889 1,33151

Do ciclo do negócio 92 1,00 5,00 3,2222 1,23414

Da formação de preços na empresa 92 1,00 5,00 3,2444 1,32657

Do controlo patrimonial 92 1,00 5,00 3,8333 1,20159

Do planeamento da distribuição do lucro 92 1,00 5,00 3,4222 1,21764

Do crescimento da empresa 92 1,00 5,00 3,9444 1,09505

Pra orientar o gestor no registro correcto de 92 1,00 5,00 4,1333 1,01892


suas operações

Sobre o cumprimento das obrigações fiscais da 92 1,00 5,00 4,4000 ,95752


empresa

Fonte: Elaboração própria com base nas respostas obtidas nos questionários.

3.12.4- Os profissionais de contabilidade têm uma percepção sobre o seu


papel no domínio da garantia da compliance e ético

O papel do contabilista ou profissional de contabilidade no campo da Compliance


e cumprimento legal resume-se em:

▪ Conhecer toda a legislação disponível para o funcionamento da empresa,


em todos os domínios;
▪ Conhecer a legislação no domínio contabilístico e fiscal;
▪ Cumprir com as obrigações legais em todos os domínios;
▪ Cumprir com as obrigações legais nos domínios contabilísticos e fiscais
apenas;

55
▪ Ajudar a interpretar as leis fiscais de formas a encontrar oportunidades
para a empresa poupar no pagamento de impostos;
▪ A actuar de acordo com os mais elevados padrões morais;
▪ A demonstrar lisura nas operações, transparência e ausência de
corrupção, ou violação dos princípios contabilísticos.

Tabela nº 8- Percepção dos Profissionais de sobre a Importância do Seu papel


enquanto Barómetro Ético e da Compliance Legal

No aspecto legal e ético é 92 2,57 5,00 4,3079 ,53277


importante que o profissional de
contabilidade ajude as micro e
pequenas empresas a:

Conhecer toda a legislação 92 1,00 5,00 4,2556 ,93088


disponível para o funcionamento da
empresa, em todos os domínios

Conhecer a legislação no domínio 92 1,00 5,00 4,4667 ,79606


contabilístico e fiscal

Cumprir com as obrigações legais 92 2,00 5,00 4,3444 ,82327


em todos os domínios

Cumprir com as obrigações legais 92 2,00 5,00 4,1889 ,95863


nos domínios contabilísticos e fiscais
apenas

Ajudar a interpretar as leis fiscais de 92 1,00 5,00 4,2222 ,89666


formas a encontrar oportunidades
para a empresa poupar no
pagamento de impostos

A actuar de acordo com os mais 92 2,00 5,00 4,2222 ,88404


elevados padrões morais

A demonstrar lisura nas operações, 92 2,00 5,00 4,4556 ,78126


transparência e ausência de

56
corrupção, ou violação dos princípios
contabilísticos

N válido (de lista) 92

Fonte: Elaboração própria com base nas respostas obtidas nos questionários.

3.16- Análise do Modelo de regressão linear Múltipla.

Os resultados da estimação do modelo através da correlação estabelecido, visão


descrever a influência das variáveis independentes tais como: (Perfil dos
Contabilistas, Comportamento Ético dos contabilistas e Informação
Contabilística), que medem na variável dependente percepção dos profissionais
de contabilidade sobre o seu papel na organização contabilísticas das MPE´s,
conforme os dados apresentados na tabela abaixo.

Tabela nº 9 -Efeitos de influência das variáveis independentes sobre a variável


dependente.

Variáveis Independentes Coef Std.Erro T Sig. Vif R 𝐑𝟐

Constante -,792 ,432 ,231 ,542

Perfil dos Contabilistas ,654 ,341 ,098 ,341 ,231


,874 ,7189
Comportamento Ético ,872 -,452 ,988 ,034 ,452

Informação Contabilistica ,785 ,981 -,452 ,982 ,645

*. A Correlação é significativa a nível de 0,05 (2 Extremidades)

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados dos questionários, processados


pelo SPSS, 2018

Com base os dados obtidos, conclui-se que a percentagem de variação da


variável dependente “percepção dos contabilistas sobre os seus papeis das
organizações contabilísticas das MPE´s” é explicada pelas de variáveis
independentes em uma representação de 71,89% (R² ajustado).

Relativamente à variável perfil dos contabilistas, têm uma influência de forma


estatisticamente significativa e positivamente sobre a percepção dos
profissionais de contabilidade sobre o seu papel na organização contabilística

57
das MPE´s com uma representação de (ß=0,654 e p≤0,05), com uma
representação de 65,4%.

Quanto a variável organização da Informação Contabilística, também têm uma


influência de forma estatisticamente significativa e positivamente sobre
percepção dos profissionais de contabilidade sobre o seu papel na organização
contabilística das MPE´s, com uma representação de (ß=0,785 e p≤ 0,05), com
uma representação de 78,5%.

Conclusão

Com a realização da presente investigação foi possível dar resposta ao problema


científico, objectivo geral, específicos e hipóteses da seguinte forma:

58
▪ Foi possível identificar a importância que as MPE´s têm na economia por
constituírem um dos principais instrumentos de sustentabilidade dos
países, bem como identificar que as variáveis demográficas, o perfil do
profissional de contabilidade, o profissional de contabilidade enquanto
auxiliador na tomada de decisões MPE´s, decisões tomadas com base
nos princípios fundamentais, a utilização da informação contabilística para
fins fiscais e o contabilista que deve pautar por um comportamento ético,
são os possíveis determinantes teóricos da percepção dos profissionais
de contabilidade sobre o seu papel na organização.

▪ Com base os dados obtidos, conclui-se que a percentagem de variação


da variável dependente “percepção dos profissionais de contabilidade
sobre o seu papel na organização das MPE´s” é explicada pelas variáveis
independentes em uma representação de 71,89% (R² ajustado);
▪ Para análise da fiabilidade das escalas obtém-se um Coeficiente de Alpha
Cronbach's 84,06%, do total das variáveis em estudo;
▪ Verificou-se que existe uma variação positiva, associado aos valores
críticos de 15,50 a um nível de significância de (p≤0,05), entre a variável
organização da informação contabilística com as demais variáveis
independentes em estudo;
▪ Verificou-se também uma variação positiva, assumindo valores críticos
associados á 24,113 a um nível de significância de (p≤0,05), entre a
variável comportamento ético dos contabilistas em causa com as demais
variáveis independentes em estudo;
▪ A variável perfil dos contabilistas, apresentou também uma variação
positiva em 3,120 com um nível de significância de (p≤0,05), com as
demais variáveis em estudo;
▪ Assim concluiu-se que o perfil do profissional de contabilidade,
comportamento ético do aspecto legal, a preparação das informações
contabilísticas influencia a percepção dos profissionais de contabilidade
sobre o seu papel na organização no Município do Huambo.

Recomendações
Para as empresas

59
▪ As micro e pequenas empresas têm de inserir em suas organizações,
especialistas em matéria de contabilidade, para que esses conduzam
as suas operações e informações com segurança e rigor para melhor
tomar as suas decisões.
▪ Que o órgão de gestão tenha noção da importância da Contabilidade
e os efeitos que esta pode provocar aos resultados da sua empresa
na generalidade. Por outra recomenda-se ainda à classe empresarial,
que prima mais na organização, procure por contabilistas legalmente
certificados pela Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de
Angola e reconhecidos pela Repartição de Finanças.
▪ Que os empresários valorizem mais o papel do contabilista bem como
a sua importância dentro da empresa, isto é, consultando-o em
matérias que dizem respeito ao profissional, para que o mesmo sinta-
se aproveitado e valorizado no sentido de poder cumprir com a sua
missão, respeitando a ética e a deontologia profissional.

Para os contabilistas

▪ Aos contabilistas recomenda-se, que adiram sempre aos cursos de


actualização constantes que a Ordem dos Contabilistas tem levado à
cabo, no sentido deste profissional acompanhar as mudanças que a
contabilidade vai tendo ao longo dos tempos ou consoante a evolução,
no sentido de influenciarem na tomada de decisões em detrimento dos
seus relatórios; por outra que estes profissionais não valorizem mais
os valores monetários ao ponto de violar os princípios éticos e
deontológicos, preservando assim o seu papel e integridade.

Classe Académica

• À classe académica recomenda-se o gosto pela leitura das informações


contabilísticas e posteriormente a sua disseminação à camada
empresarial ou seu meio ambiente no sentido de cultivar a recorrência as
informações contabilísticas como fonte de tomada de decisões.

60
Sugestões
• Sugere-se aos empresários que primem pela leitura das informações
contabilísticas no sentido, de garantirem a sua sobrevivência e também
que auscultem mais as dificuldades que os contabilistas enfrentam no
sentido de participarem nas formações de actualizações contínuas das
profissionais levadas à cabo pela OCPCA.
• Aos contabilistas sugere-se que primem mais pela responsabilidade no
exercício das suas funções bem como o cumprimento dos princípios
éticos e deontológicos que regem a profissão para melhor prestígio da
carreira.
• Aos estudantes, como investigação futura nesta área, sugere-se a
realização de outros estudos em tudo, semelhantes ao apresentado nesta
pesquisa, mas que permitam incluir outras variáveis que influenciam a
Percepção dos Profissionais de Contabilidade sobre o seu Papel na
Organização Contabilística das micro e pequenas empresas no Município
do Huambo.

61
Limitações de Estudo

Encontrou-se algumas limitações na realização do presente trabalho sendo as


principais as seguintes:

▪ Dificuldade na obtenção de alguns dados na revisão da literatura;


▪ Não utilização de entrevistas nos questionários, sendo que as respostas
obtidas é de âmbito fechado; e
▪ Não utilização de outros métodos na interpretação dos dados.

62
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70
ANEXO

a
Questionário Dirigido aos Contabilistas das Micro e Pequenas
Empresas do Município do Huambo

Aldmir Venceslau Faria Capitango, tendo terminado o plano curricular do curso de


Contabilidade e Auditoria, estando a trabalhar na monografia de fim de curso com o tema:
TEMA: PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE CONTABILIDADE SOBRE O
SEU PAPEL NA ORGANIZAÇÃO CONTABILÍSITICA DAS MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS MUNICÍPIO DO HUAMBO, surge a necessidade de
realizar entrevistas e pesquisas investigativas de carácter científico e, em conformidade
com o regulamento da Universidade José Eduardo dos Santos, vem por esta, solicitar ao
caro profissional de contabilidade, responder as perguntas em anexo. De realçar que, estas
informações serão tratadas de forma agregada, confidencialmente e de uso
exclusivamente académico.

1. Sexo: Masculino 1 Feminino 2

2. Idade: ______ anos

3. Estado Civil: Solteiro 1 Casado/Vive maritalmente 2


Divorciado/separado 3 Viúvo 4

4. Habilitações literárias: I Ciclo do Ensino Secundário 1 II Ciclo do Ensino


Secundário 2 Frequência do Ensino superior 3 Bacharelato 4
Licenciatura 5 Mestrado 6 Doutoramento 7

5. Qual é a sua condição enquanto profissional de Contabilidade?

Trabalha para uma empresa específica com a função de contabilista 1

Trabalha para uma empresa que presta serviços de contabilidade 2

E profissional liberal (trabalha por conta própria como forma de consultoria) 3

Ainda não trabalha em contabilidade, apenas é formado 4

6. Qual é a Dimensão da Empresa em que Trabalha, enquanto profissional de


contabilidade medida pelo número de trabalhadores? Até 10 Trabalhadores 1
11 a 100 Trabalhadores 2

7. Tempo de serviço na empresa: Menos de 1 ano 1 Entre 1 a 3 anos 2

b
8. Entre 4 a 5 anos 3 Entre 6 a 7anos 4 Entre 8 a 9 anos 5 Dez anos e
mais 6.

9. Cargo Exercido na empresa _Escrever o cargo na célula correspondente_______

Parte 1 - Perfil do Profissional de Contabilidade

Na qualidade de profissional de contabilidade, avalie o nível de importância das


afirmações apresentadas na tabela a seguir, com um X, usando a escala de 1 a 5, onde 1=

N/o Afirmação Grau de Importância

1 2 3 4 5

1. O Profissional de Contabilidade deve ter formação com estágio


obrigatório

2. O Profissional de Contabilidade deve ter valores pessoais como


ética, honestidade, liderança e vocação

3. O Profissional de Contabilidade deve prestar serviço de qualidade,


demonstrando experiencia, boa comunicação com os clientes e bem
apresentado

sem importância, 2 = pouco importante, 3 = Importante, 4 = muito importante, 5 =


importantíssimo.

Parte 2 - O Profissional de Contabilidade enquanto auxiliador na Tomada de


Decisões das Micro Pequenas Empresas

As informações preparadas pelo profissional de contabilidade são um auxílio na tomada


de decisões. Na sua visão, qual é a importância do tipo de decisão que se tomam nas
Micro e Pequenas Empresas e que o profissional de contabilidade deve preparar a
respectiva informação. (Use a escala de 1 a como explicado acima).

c
N/o Afirmação Grau de Importância

1 2 3 4 5

Nas micro e pequenas empresas, o Profissional de Contabilidade deve


preparar informação contabilística para a tomada das seguintes decisões:

4. De investimento

5. Do ciclo do negócio

6. Da formação de preços na empresa

7. Do controlo patrimonial

8. Do planeamento da distribuição do lucro

9. Do crescimento da empresa

10. Pra orientar o gestor no registro correcto de suas operações

11. Sobre o cumprimento das obrigações fiscais da empresa

N/o Afirmação Grau de Importância

1 2 3 4 5

No aspecto legal e ético é importante que o profissional de contabilidade


ajude as micro e pequenas empresas a:

12. Conhecer toda a legislação disponível para o funcionamento da


empresa, em todos os domínios

13. Conhecer a legislação no domínio contabilístico e fiscal

14. Cumprir com as obrigações legais em todos os domínios

d
15. Cumprir com as obrigações legais nos domínios contabilísticos e fiscais
apenas

16. Ajudar a interpretar as leis fiscais de formas a encontrar oportunidades


para a empresa poupar no pagamento de impostos

17. A actuar de acordo com os mais elevados padrões morais

18. A demonstrar lisura nas operações, transparência e ausência de


corrupção, ou violação dos princípios contabilísticos

Muito Obrigado

e
INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS

Sexo

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Masculino 59 79,7 79,7 79,7

Femenino 15 20,3 20,3 100,0

Total 74 100,0 100,0

Idade

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid De 20 á 24 Anos 14 18,9 18,9 18,9

De 25 á 29 Anos 33 44,6 44,6 63,5

De 30 á 34 Anos 22 29,7 29,7 93,2

De 35 á 39 Anos 5 6,8 6,8 100,0

Total 74 100,0 100,0

Estado Civil

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Solteiro 36 48,6 48,6 48,6

Casado/ Vive Maritalmente 37 50,0 50,0 98,6

Viuvo 1 1,4 1,4 100,0

Total 74 100,0 100,0

Habilitações Literárias

f
Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Frequência do Ensino Superior 13 17,6 17,6 17,6

Bacharelato 31 41,9 41,9 59,5

Licenciatura 27 36,5 36,5 95,9

Mestrado 3 4,1 4,1 100,0

Total 74 100,0 100,0

Qual é a sua condição enquanto profissional de contabilidade

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Trabalha para uma empresa especifica 28 37,8 37,8 37,8


com a função de contabilista

Trabalha para uma empresa que presta 9 12,2 12,2 50,0


serviço de contabilidade

É Profissional liberal (Trabalha por conta 35 47,3 47,3 97,3


própria como forma de consultoria)

Ainda não trabalha em contabilidade 2 2,7 2,7 100,0


apenas é formado

Total 74 100,0 100,0

Qual é a dimensão da empresa em que trabalha em quanto profissional de contabilidade medida pelo
número de trabalhadores?

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Até 10 Trabalhadores 38 51,4 51,4 51,4

11 á 100 trabalhadores 36 48,6 48,6 100,0

Total 74 100,0 100,0

g
Tempo de Serviço na empresa

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid de 1 á 12 Meses 6 8,1 8,1 8,1

De 1 á 3 Anos 29 39,2 39,2 47,3

De 4 á 7 Anos 26 35,1 35,1 82,4

De 8 á 11 Anos 9 12,2 12,2 94,6

De 12 á 15 Anos 4 5,4 5,4 100,0

Total 74 100,0 100,0

Cargo exercido na empresa

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Contabilista 57 77,0 77,0 77,0

Director Financeiro 1 1,4 1,4 78,4

Director Administrativo 2 2,7 2,7 81,1

Sócio Gerente 8 10,8 10,8 91,9

Gerente 3 4,1 4,1 95,9

Executor 1 1,4 1,4 97,3

Administrador 2 2,7 2,7 100,0

Total 74 100,0 100,0

O profissional de Contabilidade deve ter formação com estágio obrigatório

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importância 3 4,1 4,1 4,1

h
Pouco Importante 2 2,7 2,7 6,8

Importante 9 12,2 12,2 18,9

Muito importante 23 31,1 31,1 50,0

Importantíssimo 37 50,0 50,0 100,0

Total 74 100,0 100,0

O profissional de contabilidade deve ter valores pessoais como etica, honestidade, liderança e vocação

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importância 1 1,4 1,4 1,4

importante 9 12,2 12,2 13,5

Muito importante 19 25,7 25,7 39,2

Importantíssimo 45 60,8 60,8 100,0

Total 74 100,0 100,0

O profissional de contabilidade deve prestar serviço de qualidade, demonstrando experiência, boa


comunicação com os clientes e bem apresentado

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Pouco importante 3 4,1 4,1 4,1

Importante 7 9,5 9,5 13,5

Muito importante 15 20,3 20,3 33,8

Importantíssimo 49 66,2 66,2 100,0

Total 74 100,0 100,0

De investimento

i
Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem importância 9 12,2 12,2 12,2

Pouco Importante 9 12,2 12,2 24,3

Importante 9 12,2 12,2 36,5

Muito Importante 18 24,3 24,3 60,8

Importantíssimo 29 39,2 39,2 100,0

Total 74 100,0 100,0

Do Ciclo de negócio

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importância 9 12,2 12,2 12,2

Pouco Importante 14 18,9 18,9 31,1

Importante 14 18,9 18,9 50,0

Muito Importante 19 25,7 25,7 75,7

Importantíssimo 18 24,3 24,3 100,0

Total 74 100,0 100,0

Da formação de preços na empresa

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importância 14 18,9 18,9 18,9

j
Pouco Importante 11 14,9 14,9 33,8

Importante 12 16,2 16,2 50,0

Muito Importante 16 21,6 21,6 71,6

Importantíssimo 21 28,4 28,4 100,0

Total 74 100,0 100,0

Do controlo patrimonial

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importância 5 6,8 6,8 6,8

Pouco Importante 9 12,2 12,2 18,9

Importante 11 14,9 14,9 33,8

Muito Importante 18 24,3 24,3 58,1

Importantíssimo 31 41,9 41,9 100,0

Total 74 100,0 100,0

Do Planeamento da distribuição do lucro

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importância 6 8,1 8,1 8,1

Pouco Importância 11 14,9 14,9 23,0

Importante 15 20,3 20,3 43,2

Muito Importante 20 27,0 27,0 70,3

Importantíssimo 22 29,7 29,7 100,0

Total 74 100,0 100,0

k
Do crescimento da empresa

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importancia 3 4,1 4,1 4,1

Pouco Importante 2 2,7 2,7 6,8

Importante 9 12,2 12,2 18,9

Muito Importante 24 32,4 32,4 51,4

Importantíssimo 36 48,6 48,6 100,0

Total 74 100,0 100,0

Pra orientar o gestor no registo corrente das suas operações

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importância 2 2,7 2,7 2,7

Pouco Importante 4 5,4 5,4 8,1

Importante 10 13,5 13,5 21,6

Muito Importante 19 25,7 25,7 47,3

Importantíssimo 39 52,7 52,7 100,0

Total 74 100,0 100,0

Sobre o cumprimento das obrigações fiscais da empresa

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Importante 10 13,5 13,5 13,5

Muito Importante 20 27,0 27,0 40,5

Importantíssimo 44 59,5 59,5 100,0

l
Total 74 100,0 100,0

Conhecer toda a legislação disponivel para o funcionamento da empresa, em todos os dominios

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importancia 2 2,7 2,7 2,7

Pouco Importante 2 2,7 2,7 5,4

Importante 5 6,8 6,8 12,2

Muito Importante 21 28,4 28,4 40,5

Importantíssimo 44 59,5 59,5 100,0

Total 74 100,0 100,0

Conhecer a legislação no domínio contabilístico e fiscal

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Pouco Importante 1 1,4 1,4 1,4

Importante 6 8,1 8,1 9,5

Muito Importante 20 27,0 27,0 36,5

Importantíssimo 47 63,5 63,5 100,0

Total 74 100,0 100,0

Cumprir com as obrigações legais em todos os domínios

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importância 1 1,4 1,4 1,4

Pouco Importante 3 4,1 4,1 5,4

m
Importante 7 9,5 9,5 14,9

Muito Importante 15 20,3 20,3 35,1

Importantíssimo 48 64,9 64,9 100,0

Total 74 100,0 100,0

Cumprir com as obrigações legais nos dominós contabilísticos e fiscais

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importância 1 1,4 1,4 1,4

Pouco Importante 2 2,7 2,7 4,1

Importante 7 9,5 9,5 13,5

Muito Importante 27 36,5 36,5 50,0

Importantíssimo 37 50,0 50,0 100,0

Total 74 100,0 100,0

Ajudar a interpretar as leis fiscais de formas a encontrar oportunidades para a empresa poupar no
pagamento de imposto

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Pouco Importante 1 1,4 1,4 1,4

Importante 12 16,2 16,2 17,6

Muito Importante 17 23,0 23,0 40,5

Importante 44 59,5 59,5 100,0

Total 74 100,0 100,0

n
A actuar de acordo com os mais elevados padrões morais

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Pouco Importante 3 4,1 4,1 4,1

Importante 4 5,4 5,4 9,5

Muito Importante 20 27,0 27,0 36,5

Importantíssimo 46 62,2 62,2 98,6

1 1,4 1,4 100,0

Total 74 100,0 100,0

A demonstrar lisura nas operações, transparência e ausência de corrupção, ou violação dos princípios
contabilísticos

Valid Cumulative
Frequency Percent Percent Percent

Valid Sem Importância 1 1,4 1,4 1,4

Importante 5 6,8 6,8 8,1

Muito Importante 15 20,3 20,3 28,4

Importantíssimo 53 71,6 71,6 100,0

Total 74 100,0 100,0

Gráficos

3.6-O profissional de contabilidade deve ter valores pessoais como ética,


honestidade, liderança e vocação.

Gráfico nº 8 - O profissional de contabilidade deve ter valores pessoais como


ética, honestidade, liderança e vocação.

o
Importântissimo 60,8%

Muito Importânte 25,7%

Importânte 12,2%

Sem Importância 1,4%

Fonte: Elaboração do Autor partir dos dados do questionários, processados pelo SPSS, 2018

3.7-O profissional de contabilidade deve prestar serviço de qualidade,


demonstrando experiência, boa comunicação com os clientes e bem apresentado

Gráfico nº 9 - O profissional de contabilidade deve prestar serviço de qualidade,


demonstrando experiência, boa comunicação com os clientes e bem apresentado.

66,2

20,3

9,5
4,1

Pouco Importânte Importânte Muito Importânte Importântissimo

Fonte: Elaboração do Autor partir dos dados do questionários, processados pelo SPSS, 2018

p
3.8-Para orientar o gestor no registo corrente das suas operações

Gráfico nº 10 - Pra orientar o gestor no registo corrente das suas operações.

Importantissimo 39%

Muito Importante 19%

Importante 10%

Pouco Importante 4%

Sem Importancia 2%

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados dos questionários, processados pelo SPSS, 2018

3.11-Sobre o cumprimento das obrigações fiscais da empresa

Gráfico nº 11 - Sobre o cumprimento das obrigações fiscais da empresa

Importantissimo 59,5%

Muito Importante 27,0%

Importante 13,5%

Fonte: Elaboração do Autor partir dos dados do questionários, processados pelo SPSS, 2018

q
3.12-Conhecer a legislação no domínio contabilístico e fiscal

Gráfico nº 12 - Conhecer a legislação no domínio contabilístico e fiscal

Importantissimo 63,5%

Muito Importante 27,0%

Importante 8,1%

Pouco Importante 1,4%

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados dos questionários, processados pelo SPSS, 2018

3.13-Cumprir com as obrigações legais em todos os domínios

Gráfico nº 13 - Cumprir com as obrigações legais em todos os domínios

Importantissimo 64,9%

Muito Importante 20,3%

Importante 9,5%

Pouco Importante 4,1%

Sem Importancia 1,4%

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados do questionários, processados pelo SPSS, 20

r
3.14-A demonstrar lisura nas operações, transparência e ausência de corrupção,
ou violação dos princípios contabilísticos.

Gráfico nº 14 - A demonstrar lisura nas operações, transparência e ausência de


corrupção, ou violação dos princípios contabilísticos

Importantissimo 71,6%

Muito Importante 20,3%

Importante 6,8%

Sem Importancia 1,4%

Fonte: Elaboração do Autor a partir dos dados do questionários, processados pelo SPSS, 2018

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